Quinta-feira, 21 de Março de 2013

COM OS OLHOS DE OUTRO MUNDO

Tal conceito parece não ter grandes adeptos por aqui! Estávamos a abordar o tema “Ciência Política”. O orador, olhou para mim, esperou um pouco e continuou. Os vários países da Terra e os seus povos, vivem obcecados com uma palavra chamada “democracia”. Nós aqui também, mas por razões diversas e opostas. Estamos, de facto, muito céticos com a democracia praticada na Terra. Mesmo muito.

Em certos continentes e também em muitos países, os órgãos de comunicação social acusam certos governos de serem ditaduras. Algumas organizações mundiais, supostamente idealistas e apostadas num mundo melhor, incitam esses povos, na sua opinião vítimas de ditaduras, a destituírem tais governos para imporem uma “democracia”! Nós neste plano, sem demagogias de qualquer espécie, defendemos a prática de democracias, mas não como estão a funcionar na Terra. Consideramos este assunto muito grave.

Será mesmo um dos problemas mais graves que afecta os países por onde já andámos. Na verdade, através de múltiplas formas e práticas, mantém realidades ditas democráticas que no fundo o não são! Dizemos, sem receio de errar, que não há democracia com candidatos “domesticados”, ou seja, candidatos que muito raramente defendem os altos interesses nacionais, para se quedarem na defesa de interesses privados. Candidatos apostados em obedecer às diretrizes de quem os nomeou ou, influenciou a sua nomeação. É aqui que a dita “democracia” terá de levar uma volta e com medidas cautelosas e bem executadas, até convergirem numa democracia mais participativa, sendo certo que para tal, os atuais partidos terão de ser reinventados. Os partidos que temos estão infiltrados e dominados! Quem estiver atento às estatísticas periódicas publicadas por grandes e prestigiadas organizações mundiais, verifica quais os países em pior estado de corrupção e aqueles que mais se vão afundando de ano para ano. Em última instância, por via da corrupção, tudo passa ao lado da fiscalização, da punição e da traficância de produtos, tomando maior relevo a evasão fiscal, através da qual os protagonistas influentes na rede, muitas vezes, beneficiam de “perdões” inqualificáveis. Grande destaque, assumem os frequentes e gigantescos “branqueamentos de capitais”! Ao lado dos branqueamentos e em ligação, temos a “sobre facturação” e a diversificação constante de operações envolventes nos domínios do tráfico da droga, pessoas e armamento.

publicado por luzdequeijas às 18:48
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Quarta-feira, 20 de Março de 2013

O PÂNTANO

Portugal com o potencial mais baixo da União Europeia.

O crescimento potencial da economia portuguesa está atualmente ( 2006) ao nível mais baixo desde 1970. Nos primeiros anos da década de 70, o valor rondava os 6%. Para 2006 e 2007, as previsões da Comissão Europeia não vão além de 1,2 %.  Entre os países da União Europeia Portugal tem mesmo a mais baixa capacidade de crescer.

No documento “ Portugal ´s Boom and Bust : “Lessons for European Newcomers” é referido que um erro na estimativa do produto potencial poderá ter estado por trás de alguns erros na política orçamental portuguesa no final da década de 90. Isto porque o governo terá atuado nessa altura com base em números que mais tarde se vieram a revelar exagerados. Em 2001, por exemplo, o último ano da governação socialista que terminou com a demissão de Guterres, são bem visíveis as dircrepâncias estatísticas. Nos dados apresentados no final de 2002, o défice corrigido do ciclo do ano anterior era de 4,3% do produto. Quatro anos mais tarde foi revisto para 5,5%. O mesmo acontece em relação aos últimos anos da década de 90, quando o ministro das finanças é acusado de não ter aproveitado a conjuntura favorável para consolidar as contas públicas. Para 1998, por exemplo, as estimativas do crescimento potencial foram revistas de 3,2% para 2,8%.

Estes erros estatísticos e outras decisões pouco acertadas ajudaram a encaminhar a economia portuguesa para uma situação difícil de resolver. Contas públicas desequilibradas, endividamento excessivo das famílias e empresas e um elevado défice da balança corrente foram as consequências para as quais o documento da Comissão Europeia pretende alertar.

O primeiro ministro António Guterres, depois de um mandato bem ao jeito dos socialistas, aumento do consumo e do bem-estar a qualquer preço, consegue ganhar o segundo mandato que almejava, mas sem maioria absoluta.

Entretanto o ex - primeiro ministro Cavaco Silva do alto da sua experiência vinha alertando em declarações públicas para os perigos da “ Despesa Pública”, à qual chamava de “ Monstro”. Não era ouvido e por vezes até era escarnecido !

Começa aqui a sua caminhada de seis anos à frente do Governo, que irá terminar na noite de 16 de Dezembro de 2001, ao demitir-se após a derrota eleitoral do PS nas eleições autárquicas, uma decisão que justificou com a necessidade de evitar que o país, "num momento de crise internacional", caísse num "pântano político". Afirmou na altura:      

"É meu dever, perante Portugal, evitar esse pântano político".

publicado por luzdequeijas às 17:34
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POPULAÇÃO PORTUGUESA

20 % em risco. 1/5 da população portuguesa apresenta graves problemas de inserção social ou dificuldades em acompanhar as mudanças em curso. As causas são múltiplas: baixa escolaridade, idade avançada, isolamento, dificuldades de integração social de minorias étnicas (ciganos, africanos), etc.

publicado por luzdequeijas às 17:28
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BLOQUEIOS

. Administração pública. Os serviços públicos (centrais ou locais) não foram capazes de acompanhar as mudanças que ocorreram no país. Herdeiros de uma tradição colonial, continuaram distantes da população e das suas necessidades. Na saúde, educação ou gestão local, por exemplo, presta um serviço medíocre face aos enormes recursos que consome. Toda a administração pública portuguesa está repleta de dirigentes incompetentes, serviços e procedimentos inúteis.  

publicado por luzdequeijas às 17:25
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ECONOMIA PORTUGUESA DE 1986 A 1999

Em 1986 deu-se finalmente a entrada de Portugal na União Europeia.

A entrada de Portugal para a CEE, a 1 de Janeiro de 1986, marca uma viragem profunda na economia. Nada voltou a ser como dantes, senão veja-se:

.Privatizações. As empresas públicas que chegaram a representar mais de 50% do PIB, foram sendo progressivamente encerradas ou privatizadas. Vinte anos depois restava apenas um núcleo muito pequeno de empresas controladas pelo Estado.

.Agricultura. Este sector foi completamente desmantelado. No início dos anos 80 cerca de 30% da população activa trabalhava nos campos. Vinte anos depois não representa mais do que 4%. Vasta áreas agrícolas foram abandonadas. Muitas aldeias desapareceram ou converteram-se em locais turísticos.

.Pescas. O importante sector das pescas portuguesas, começou a ser desmantelado. Em vinte anos este sector é uma sombra daquilo que em tempos representou para a economia do país.

.Transportes marítimos, Industria de construção e reparação naval. Durante séculos foi uma das áreas da economia mais importantes do país, mobilizando e gerando enormes recursos. Vinte anos depois é um sector completamente desmantelado. Muitas docas e estaleiros estão transformados em locais de lazer

.Transportes ferroviários.  As estradas eram más, mas a rede de caminhos de ferro era ampla e cobria todo o país. Vinte anos depois, a rede de caminhos de ferro diminuiu, sendo os transportes de passageiros e mercadorias cada vez mais por rodovias.

.Industrias de mão-de-obra intensiva. Numa primeira fase, Portugal foi ainda inundado de empresas de países da CEE que aqui se instalaram para explorarem as condições excepcionais que lhes eram oferecidas: ajudas económicas e baixos salários dos trabalhadores. O sector da industria têxtil, vestuário e do calçado registaram então  aumentos significativos. A prazo, sabia-se todavia que estas empresas acabariam por partir para outros locais onde a mão-de-obra fosse ainda mais barata. Vinte anos depois sucedem-se os encerramentos ou deslocalizações destas e de outras empresas .

Neste período a qualificação da mão-de-obra estava longe de ser um factor decisivo em termos de competitividade. Os principais sectores da economia assentavam nos seus baixos custos. Factor que terá levado uma parte da população a desvalorizar a própria importância da educação, e as empresas secundarizavam a formação. Apesar de tudo registaram-se enormes  progressos em termos de escolarização. Infelizmente os enormes investimentos feitos na formação profissional foram, na maioria dos casos, desperdiçados. A Educação nas escolas por força de vários factores foi no caminho da massificação mas a sua qualidade baixou na vertical, isto enquanto os custos subiriam da mesma forma, na vertical. Perdeu-se a autoridade e as matérias leccionadas perderam qualquer paralelo com a vida real do país e a oferta de emprego.

publicado por luzdequeijas às 17:19
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RECURSO AO FMI

O “Apertar do cinto” obrigado pelo FMI, numa situação de quase ruptura das finanças públicas (1983-5) foi o toque a rebate.

Ajustamentos muito dolorosos foram impostos ao povo em 1983, com o FMI a impor medidas duríssimas e Ernâni Lopes a concretizá-las (envolvendo impostos retroactivos, por exemplo). Em 1983-85, com Mário Soares no poder, a inflação chegou a uns impensáveis 24% e o défice desses governos alcançou a vergonhosa marca de 12%! O País estava quase sufocado pela dívida externa e viveu, até essa data (1985), praticamente com as estruturas do Estado Novo depauperadas e com empréstimos do FMI.

publicado por luzdequeijas às 17:15
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BAIXA PRODUTIVIDADE E COMPETITIVIDADE

O país vinha de vários anos de desmantelamento das estruturas produtivas que tinha, e considerando toda a falta de autoridade, a nível geral, e a desregrada atuação dos sindicatos e organizações políticas, com constantes reivindicações e greves, mais as contínuas manifestações políticas, a produtividade teria que ser necessariamente muito baixa, com estas e outras causas.

O mérito era um conceito fascista e, assim, o melhor era alinhar pela produtividade mais baixa.

Na análise crítica da produtividade em Portugal, que deveria ter sido equacionada logo a seguir ao ato revolucionário, é de salientar que a mesma não depende essencialmente só do comportamento dos trabalhadores, embora também seja condicionada pela sua capacidade técnica e profissional e o seu nível de instrução e educação, mas, as causas mais relevantes baseiam-se na natureza das estruturas económicas (tecnologia, produtos e serviços, organização, estratégia, gestão geral e dos recursos humanos, etc.). Se em vez de militares a revolução ( mudança), tivesse sido conduzida por civis abalizados identificados e enquadrados na política e na estratégia nacionais, definidas em tal contexto,teria sido diferente. Dessa forma tudo teria sido  diferente, bem diferente,  e  baseado em concertação estratégica contratualizada, na qual a formação técnica e profissional, desde os empresários aos operários, fossem inspiradas por uma correta e esclarecida  visão cultural das nossas capacidades competitivas e das medidas necessárias ao seu aproveitamento. A aliança MFA - PCP foi ruinosa em todos os aspetos!

Muito teria que ser mudado, pois em muitos aspetos retrocedemos e muito, sendo o mais importante naquele momento, a saúde das nossas finanças públicas que ficaram exauridas!

publicado por luzdequeijas às 17:05
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DE 1974 A 1985

VIVEMOS MUITO ACIMA DAS NOSSAS POSSES

 

O fim do Império colonial, em 1974, constituiu uma das mais radicais transformações económicas que Portugal conheceu desde a sua independência em 1143. Toda a economia num curto espaço de tempo, fica sem os enormes mercados coloniais à sombra dos quais tinha vivido desde o século XV. Os principais grupos económicos são primeiro desmantelados e depois nacionalizados. O desemprego não pára de crescer, agravado por cerca de um milhão de "retornados" das ex-colónias e depois por vagas de imigrantes clandestinos e refugiados das guerras.

Apesar desta complexa situação, todos os indicadores sociais melhoraram. Registou-se inclusive uma melhoria muito significativa no rendimento e nas condições de vida da população. Todavia não era sustentado e iríamos pagá-lo muito caro. Vivemos acima das nossas posses!

publicado por luzdequeijas às 17:01
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ECONOMIA PRIVADA SEM FINANCIADORES

2009 

Assim, para quê os Bancos financiarem os privados? O dinheiro é pouco e não chega para todos! Os privados defendem o que é seu. Pelo Estado ninguém se queixa, ou queixa-se tarde e a más horas. Esta situação nunca irá mudar, a não ser com medidas de combate, muito duras e impopulares. Que deitam abaixo qualquer governo. De resto o nosso país está minado por lóbis, que ninguém sabe onde estão. Na maioria dos países da UE, estão legalizados. Em Portugal eles dominam e atravessam-se nas decisões do governo,do país, dos partidos e dos eleitos, que ocupam determinados lugares, em pontos estratégicos, para que tudo continue sempre na mesma! Não para defenderem o interesse geral do Estado!

A opinião pública é contra a maioria das obras públicas. Sabem os sacrifícios que têm de fazer para as pagar. Depois de um dia de trabalho, chegam a casa, e são obrigados a ouvir um qualquer ministro ou primeiro-ministro, a anunciar mais betão! Mais dispêndio improdutivo!

Há um ministro, que depois de ter evidenciado uma enorme falta de capacidade  para tomar decisões, ficou conhecido por “ jamais”, Mário Lino, lá estava hoje a anunciar pela vigésima vez o célebre TGV. É um projeto completamente ruinoso, mas isso não lhe tira o sono. Se falhar, e claro que falha, serão os outros a pagar a sua falta de escrúpulos. O dinheiro gasto no TGV, daria para fazer do caminho-de-ferro português, um transporte modelo, apreciado e acarinhado pelos utentes. Cobrindo todo o território, com preços acessíveis e oferta decente em matéria de horários. Teria sempre lotação esgotada e levaria a que muitos pusessem o carro de lado. A dívida do gaz, petróleo e das demais importações ao estrangeiro, sairia bem mais razoável. A dívida externa portuguesa, cairia. A CP e a Refer não dariam prejuízos.

Depois, o “ Caminho-de-ferro” terá de ser, dentro de poucos anos, quando o petróleo faltar, o meio de transporte que poderia, a nível de passageiros e carga, resolver o problema nacional dos transportes. Já é tarde para se seguir este caminho, porque este governo chega sempre tarde! Só olha para hoje e, foi por tal, que nem se apercebeu que uma gravíssima crise já tinha chegado. 

Outra pior está para vir e, o governo continua preocupado em não perder as próximas eleições. O ministro Mário Lino quer é fazer inaugurações, de tudo e de nada. De coisas que nunca ouviu falar. Nem para elas contribuiu! Ele e Sócrates. Porquê tanto apego ao poder?

A Dívida da República Portuguesa está debaixo de olho, no mundo inteiro. A nota é muito baixa, o que aumenta o prémio de risco dos juros dos empréstimos, principalmente daqueles que fazem a campanha eleitoral do primeiro-ministro! Os grandes e dispendiosos projetos.

Depois destas reflexões, fica uma grande dúvida por esclarecer. Se os juros sobem por efeito do risco, por que razão os juros dos Certificados de Aforro, em 3 meses, baixaram 40%? Caminham para juros negativos! Para as poupanças a baixa dos juros significa a sua degradação.

Adianto uma resposta; porque é o " ZÉ " que tem de pagar tudo!

 

publicado por luzdequeijas às 16:41
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CP - REFER

 

 

Vinte empresas públicas tinham dívidas, em 31 de Dezembro de 2007, de 14,7 mil milhões de euros, o que representa cerca de 17% do total do Orçamento do Estado! Mais de 84% daquele montante, ou seja, mais de 12,3 mil milhões de euros, concentravam-se apenas em seis empresas, a maioria da área dos transportes: Refer, Metropolitano de Lisboa, CP, Metropolitano do Porto, TAP e RTP.

 

Concentremo-nos, agora, apenas nas empresas responsáveis pelo Caminho-de-ferro (CP e Refer). As duas têm dívidas de médio / longo prazo, dominadas por empréstimos de instituições de crédito, de 7537944 mil milhões, pagando só em juros 308,8 milhões de euros por ano! A CP e a Refer, como as restantes empresas públicas e o próprio Estado, pagam às Instituições de Crédito, anualmente, somas incalculáveis em juros! Além disso, todas demoraram a pagar (e continuam), em prazos muito alongados, aos seus fornecedores. O pagamento destes empréstimos, está programado para muitos anos! A situação é sempre a piorar! O montante a pedir é sempre maior! Os juros também, se falarmos dos spreads cobrados pelos bancos. É uma bola de neve.

O prejuízo desta situação para a atividade económica privada, o motor da economia, é imenso. Funciona como um travão para quem produz riqueza. Um entrave! Um bloqueio da economia produtiva. Da economia real.

 

Claro que os Bancos estão como o "peixe na água", os créditos que concedem ao Estado são uma mina, sempre garantidos. Não há risco. Os juros serão bem negociados? A economia privada é prejudicada de duas maneiras; na demora a receber as dívidas do Estado e na dificuldade em conseguir créditos. Esses vão para o Estado! A história das linhas de crédito do governo, são uma farsa. Não esquecer que o dinheiro está barato, mas continua escasso.  

publicado por luzdequeijas às 16:26
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ORIGEM DA CRISE?

2009

Quanto à crise, podia ler-se num semanário: “ Com a zona euro a crescer 0.5 % o país não vai escapar, embora faça melhor que a Eurolândia “!

 

Estes comentários de alguns jornalistas, comentadores de serviço e do próprio governo, são um espanto. Portugal diverge, vai para dez anos, da média de crescimento da UE ! Temos vivido muito acima das nossas possibilidades, sobrecarregando uma dívida externa medonha e, ouvimos e lemos coisas destas! Já é preciso muita paciência. Temos uma economia quase totalmente dependente da Alemanha e da Espanha ( 70% ), países que vão cair por efeito da recessão, respetivamente -0,8 e - 0,9 % e nós, cairemos, por dados do Banco de Portugal, entre 0 e - 0,5% ! Chama-se a isto adormecer meninos! Na Alemanha, o ministério da economia alemão já prevê atingir uma recessão de - 3% e o FMI e OCDE preveem tempos sombrios . São uns loucos!

Portugal sim, está otimista. O Banco de Portugal ainda mantém no seu site um crescimento positivo de + 1,3%. Esta maneira de fazer política é muito estranha. Não haverá melhor semelhança para as curvas positivas e negativas do crescimento económico do que o exemplo do “ Pêndulo”. Quem mais cresce num sentido, é também quem mais cresce no sentido oposto. Um morto, dada a sua condição, já não tem oscilações! Será este o caso de Portugal ? A história do aumento de poder de compra dos portugueses subir, por efeito da baixa inflação e do baixo preço do petróleo, é igual para todos os países da UE. Todavia os povos alemães e espanhóis, se tiverem uma recessão numericamente mais elevada, perdem poder de compra em função de um poder de compra muito mais elevado que o nosso. Ficarão, porém, nesse aspecto, muito acima dos portugueses. Não nos enganem mais, por favor. Só perde quem tem para perder. A nossa economia está morta. Essa é a realidade, por muito que Sócrates pinte o contrário. Este é o resultado da governação Sócrates, ainda muito pouco influenciado pela crise “ suprime”, e enquanto o preço petróleo não disparar de novo. Depois, será o fim! Isto é realismo, não é pessimismo.

Neste meio tempo, em que apresentamos melhores resultados que os grandes países da UE (?), a bolsa portuguesa apresenta nos últimos 12 meses, um índice de – 51%, o pior ano de que há memória ! Fecham 30 a 40 lojas por dia em Portugal e nem as lojas chinesas escapam! Lisboa é o paraíso dos passaportes falsos! Da avaliação decretada pelo governo para os professores, já quase nada resta! Comprar um árbitro custa só 150 euros! Hotéis fecham por falta de ocupação, o ministro da agricultura engana Sócrates, 20 empresas públicas devem 17,4 mil milhões de euros (responsabilidade direta de Sócrates), etc.

O rol é negro e muito extenso e, terá sido esta realidade que terá levado o governo a fazer que Portugal seja o pioneiro a certificar mortes sem recurso a papéis! Os óbitos serão atestados apenas por via eletrónica! É a primeira mudança em cem anos e revelará, com rigor, o que mata os portugueses! Morreram mas ao menos conhcem a causa!

Tudo isto me cheira a sadismo puro. Não seria muito melhor ninguém saber do que morreu alguém ? Provavelmente, si .

Enfim é o “ Choque Tecnológico “ possível. Quem sabe, se com tal sistema, não seria possível destetar a causa da morte da nossa economia? Que ela já não respira, é um facto!

Por último fica a pergunta. Porque será que os comentadores de serviço têm medo de dizer a verdade sobre a governação de Sócrates? Medo de quem? A campanha eleitoral continua!

  

 

publicado por luzdequeijas às 15:55
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PATRIMÓNIO NACIONAL

 

2009

O património nacional está ao abandono, pode mesmo dizer-se que está em ruínas! Mosteiros nacionais, imóveis classificados em todo o território, outros imóveis classificados de interesse público e joias classificadas de “ Património Mundial na lista da UNESCO. Destas, pelo menos um terço acusa um estado de abandono! Pese, embora, algumas medidas anunciadas pelo governo, como os organismos públicos terem de pagar renda quando instalados em património nacional e 1% das contratações de obras públicas reverterem a favor da recuperação patrimonial. Enfim, tudo medidas anunciadas, como centenas de outras, que não passam disso mesmo. Propaganda! Será que Portugal quer mesmo ser destino turístico? Afinal, as figuras de Foz Côa não sabem mesmo nadar! Desde 1994!

 

publicado por luzdequeijas às 15:53
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CRISE ENERGÉTICA

O petróleo como arma multiusos

Entretanto do petróleo como causa principal da próxima Guerra do Iraque, muitos vão falando. Na verdade os dados disponíveis são arrepiantes !
 
“ O Departamento de Energia dos EUA anunciou no início deste mês que em 2025 as importações de petróleo dos EUA serão responsáveis por 70% do total de abastecimento do país. Há dois anos, esta percentagem era de 55%.Toda a política energética de Bush baseia-se no aumento do consumo de petróleo. E onde estão 70% das reservas verificadas de petróleo do mundo ? Claro, no Médio Oriente.
Índices de reservas em relação à produção anual de petróleo em diversos países, indicam que os EUA esgotam as suas reservas em 10 anos, tal como a Noruega. No Canadá o índice é menor 8:1; mas no Irão é de 53:1; Arábia Saudita 55:1 ; Emirados Árabes Unidos 75:1 ; Kuwait 116:1 ; Iraque 526:1 .”
 
A crise energética mundial está a evidenciar a vulnerabilidade de todas as economias a este respeito: cerca de 50% dos nossos derivados de petróleo, nos quais se apoiam praticamente todos os transportes terrestres, marítimos, fluviais, aéreo e todo o aquecimento para fins industriais, dependem exclusivamente do petróleo que existe no Médio Oriente, a mais explosiva área do mundo.
 
Tudo aponta para uma necessidade imediata de se diversificar as fontes e a natureza dos combustíveis, de modo a garantir a nossa sobrevivência, o nosso desenvolvimento e a nossa tranquilidade.
Perante esta evidência não parece muito crível que as grandes forças que comandam a economia mundial, apostadas que estão até na globalização, não tenham este problema mais ou menos equacionado.
Naturalmente que com o fim à vista do petróleo, duas ou três dezenas de anos, o mundo ficaria totalmente paralisado, por via da paralisação da sua economia (global ou não).
 

Será de admitir que sendo muito importante o problema do esgotamento das reservas petrolíferas, ele deverá estar a ser equacionado, pelos gigantescos interesses mundiais.  Abril 2002

publicado por luzdequeijas às 15:36
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A ARTE DE SER PORTUGUÊS

A Arte de Ser Português

 

«O bom português deve cultivar em si o patriota, que abrange o indivíduo, o pai e o munícipe e os excede, criando um novo ser espiritual mais complexo, caracterizado por uma profunda lembrança étnica e histórica e um profundo desejo concordante, que é a repercussão sublimada no Futuro da voz secular daquela herança ou lembrança...
É já grande o homem que subordina à Pátria, sem os destruir, os seus interesses individuais, familiares e municipais.
Por isso, o viver como patriota não é fácil, principalmente num meio em que as almas, incolores, duvidosas da sua existência, materializadas, não atingem a vida da Pátria, rastejando cá em baixo, entretido em mesquinhas questões individuais e partidárias. Mas para Portugal continuar a ser, precisamos de elevar até ele a nossa pessoa e conhecê-lo na sua lembrança e na sua esperança, na sua alma, enfim.
Não podemos amar o que ignoramos.
Impõe-se, portanto, o conhecimento da alma pátria, nos seus caracteres essenciais. Por ela, devemos moldar a nossa própria, dando-lhe atividade moral e força representativa, o que será de grande alcance para a obra que empreenderemos, como patriotas, no campo social e político.
O político estranho à sua Raça não saberá orientar nem satisfazer as aspirações nacionais. É preciso que ele encarne o sonho popular e lhe dê concreta realidade. Do contrário, fará obra artificial, transitória e nociva, por contrariar e mesmo comprometer o destino superior de uma Pátria.
Sim: o bom português necessita de conhecer e comungar a alma pátria, a fim de se guiar por ela, no seu labor. Depois legislará, reformará ou criará literária e artisticamente uma obra duradoura e útil.»
Teixeira de Pascoaes
in «Arte de Ser Português», Assírio & Alvim (2007).

 

publicado por luzdequeijas às 12:33
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MALES E BLOQUEIOS CULTURAIS

(…) “Mas se a história das nossas "dependências" económicas e culturais está feita, se porventura a definição e entendimento dos nossos males e bloqueios culturais está determinada, não deixa ainda de ser interessante que a voz de Fernando Ilharco engrosse essa corrente pelo esforço lúcido e inteligente de "repensar" a nossa identidade, mesmo com o risco de ser um "discurso" já conhecido, repisando outras posições e atitudes ideológicas que, no correr dos anos, se não tem calado ou silenciado na leitura crítica dos problemas da sociedade portuguesa. No entanto, em O Leme a Deriva, que agora relemos com o mesmo prazer, revela-se uma posição firme de compreender o que de facto mudou depois do 25 de Abril, se acaso mudou alguma coisa de essencial. É um esforço sociológico sensível e otimista, que analisa todas as nossas dependências e mitologias, das descobertas à emigração, da dependência económica de séculos até à tão apregoada "vaga de felicidade" trazida pelos ventos da comunidade europeia, das razões da história ou da brandura dos nossos próprios costumes, enfim da herança de uma consabida pobreza e dos diferentes mitos sebastiânicos e saudosistas de quem soube erguer e perder um vasto império. Mas se ainda fala com algum sentido otimismo dessa nossa "comunidade lusíada" nas páginas deste livro, Fernando Ilharco Morgado deseja sobretudo indicar o caminho que nos trouxe a este porto, quando de todo parece que perdemos o leme e à deriva prosseguimos no esforço da nossa afirmação histórica e cultural.” (…)

Serafim Ferreira
Crítico literário

publicado por luzdequeijas às 12:25
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"SER PORTUGUÊS"

02 Fevereiro 2009

 

Teixeira de Pascoaes

 

Quando comecei a convencer-me que o liberalismo de inspiração anglo-saxónica - a chamada democracia-liberal - não estava a dar bons resultados em Portugal, e não iria dar bons resultados no futuro, quer do ponto de vista económico, quer do ponto de vista social e político, fiz aquilo que me parecia racional fazer: "Esquece tudo o que aprendeste, e começa de novo".

Neste recomeço, no sentido de saber qual o regime mais adequado para Portugal - económico, social e político - comecei por aquele domínio que me é mais familiar - a economia. E voltei a estudar a história económica de Portugal, dando ênfase ao período do Estado Novo, por ser o mais recente. A performance económica do Estado Novo não pode deixar de impressionar um economista.

O passo seguinte foi o de me interrogar que segredos conduziram o Estado Novo a uma performance económica tão extraordinária - a melhor da Europa durante o seu tempo de vida. Como a doutrina do Estado Novo se baseia essencialmente na doutrina de um único homem, o passo seguinte foi o de estudar o pensamento de Salazar à procura das soluções do mistério.

No final desse estudo, aquilo que mais me impressionou no pensamento de Salazar não foi nem a sua doutrina económica, nem o seu pensamento político. Foram, antes, pequenas observações, dispersas aqui e ali nos seus discursos e entrevistas acerca do povo português. Postas em conjunto, elas davam uma teoria acerca do povo português, uma ciência do Ser Português. Passei a acreditar na tese de que Salazar conhecia muito bem as características culturais do povo português e que o seu segredo consistiu em construir um regime económico e político adaptado a essas características e às circunstâncias da época. Salazar era um homem muito inteligente e arguto - uma qualidade que ele também reconhecia aos portugueses (a inteligência rápida). Aquilo que ainda hoje impressiona nele é que, praticamente sem nunca ter saído de Portugal e sem os meios de informação que hoje existem, ele possuía um conhecimento extraordinário de Portugal, dos portugueses, e da cena internacional, incluindo as correntes filosóficas e políticas dominantes no estrangeiro.
Como o pensamento de Salazar nos foi transmitido sobretudo por entrevistas e discursos, e não por trabalhos académicos que mencionem as fontes, é, por vezes difícil descortinar as fontes e os autores em que ele formou o seu pensamento. Para mim foi um grande prazer ter descoberto recentemente que esse extraordinário conhecimento que ele possuía do povo português se fundava, em grande parte, num pequeno livro publicado em 1915 por Teixeira de Pascoaes (1877-1952), o poeta de Amarante -A Arte de Ser Português.

 

Publicada por Pedro Arroja

 

publicado por luzdequeijas às 12:05
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Terça-feira, 19 de Março de 2013

ONDE PÁRA A HERANÇA

 

“ O valor das ideologias “
 
“Cá pelos nossos lados a discussão das ideologias é recorrente . Vai que não vai salta para a ordem do dia . Quase sempre para apaziguar as angustias dos socialistas . Mas, agora, é mais sério. O PS vê as barbas do PCP a arder e trata de pôr as suas de molho .Só que a questão para os socialistas é mais complicada . Mário Soares , por ventura o mais “ousado” de todos em questões “ideológicas” , abriu o caminho mantendo cautelosamente o socialismo na gaveta. Guterres fez o resto . Deu no que todos sabemos . Apesar disso Soares acaba de presentear-nos com mais uma das suas achegas ideológicas. Historicamente de fim de percurso e residual na essência ( Expresso , 04.08). Os socialistas são filhos transviados de boas famílias ideológicas. Excelentes pensadores , invulgares humanistas. Mas as modernas gerações já não recordam sequer os nomes dos avós e não sabem onde pára a herança , que agora parece fazer-lhes falta . Venderam as jóias mas querem continuar a exibir os pergaminhos . Dizem-se socialistas com o mesmo despudor e falta de senso com que os renovadores se dizem comunistas . Nada de novo , porém. O socialismo que o “ideólogo” Soares meteu na gaveta era , já então , uma mera ficção. Eram os primórdios , de um pragmatismo oportunista e eleitoralista perfeitamente insultuosos. De fazer dar voltas na cova a todos os ícones socialistas. O PS passou a ser , como todos os seus congéneres , apenas, uma máquina de guerra no assalto ao poder . Para nada, afinal. A discussão ideológica mudou-se para restritos clubes de gente bem mais dados aos prazeres da discussão e da especulação do que aos destinos da governação , que sabem (hoje) não passar por aí. Perdido o poder , sem ideias , e fustigados por uma prática que quase os destruiu os socialistas andam , agora, à procura de referências e não as encontram. Não admira que andem atarantados . Viram o PCP desfazer-se. Saltaram para a oposição e ninguém tem saudades deles no governo . A sua verdadeira ideologia é a procura do caminho mais curto de regresso ao poder.
Mas para lá chegarem precisam de publicitar uma qualquer banha da cobra . Lembraram-se agora, ( alguns ) da velha ideologia . Mas estão desacreditados de mais para serem levados a sério e falta-lhes a lata dos renovadores . Talvez por isso a grande maioria evite falar de socialismo e se limite a reclamar-se "“de esquerda"” O que tem , pelo menos, uma vantagem: demarcam-se por simples exclusão de partes. Não precisam de ideais , ideais ou ideologias.”
 Correio da Manhã 6 Agosto 2002
 
publicado por luzdequeijas às 19:47
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DESILUDIDOS DA VIDA

“ Porque se matam os velhos “

 

“ Uma corda ao pescoço que se prende ao ramo mais forte daquela árvore , escolhida muito tempo antes do acto definitivo ,ou, por uma questão de pudor e de maior recolhimento , à trave-mestra do celeiro em ruínas . Uma pedra como apoio , às vezes um banco para o qual se vai subir e de onde se dará o passo decisivo e último , pensado há muito , iniciado agora mesmo . Por dentro e por fora , apenas o silêncio e a solidão. A alma já estava morta de tristeza e de secura , tanta mágoa sofrida , tanta desesperança ,tanto abandono , tanto vazio e desamparo. Mas tudo isso já passou e já não conta quando o corpo resolve enfim subir ao banco e atirar-se daquela altura , trinta centímetros ,não mais . Um esticão forte, estremece a árvore, um gemido seco e breve, os olhos arregalados, cede que não cede o velho barrote apodrecido e o corpo fica a balouçar uns momentos , antes de se imobilizar para sempre . Nem uma carta de despedida ou explicação . Porque em vida não houve tempo de ir à escola , porque a despedida não vale a pena e a explicação, a existir, não cabe numa carta .” 

 

 Expresso   12 Agosto 2000

 
publicado por luzdequeijas às 19:44
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O < MARAIS>

“O PÂNTANO político – o « marais » , como lhe chamam os franceses há dois séculos – é um terreno propício à gestação de monstros. A História está cheia de exemplos. O «marais» é o centro grisalho e medíocre onde as opções políticas fundamentais tendem a esbater-se e a diluir-se , tornando-se mais ténues e obscuras , menos contrastadas e visíveis .

A tentação irresistível de agradar aos eleitores flutuantes e marginais , cujos votos poderão ser decisivos para alcançar o poder, acaba por enfraquecer os partidos políticos dominantes. O pêndulo eleitoral passa a oscilar entre o centro-direita e o centro-esquerda – já não entre a direita e a esquerda. Instala-se o rotativismo político a uma velocidade de cruzeiro , a gestão do poder transforma-se numa alternância sem alternativas , a vontade do eleitorado vai-se dissipando no « nevoeiro » do centrismo , aumenta a apatia política e generaliza-se o conformismo .
A combinação entre a fraqueza e a força dos partidos que dominam o sistema e o centrismo insípido , incolor e inodoro que caracteriza o poder , restringe progressivamente a influência dos cidadãos na vida política . Quando a crise espreita e aumentam as incertezas em relação ao futuro , o conformismo generalizado acaba por se transformar em contestação , repúdio e revolta . O voto de protesto torna-se inevitável e é canalizado para os extremos do espectro político . É o tempo dos demagogos, dos agitadores populistas, dos «homens providenciais» que ameaçam restabelecer a ordem e reabilitar a pátria com a força do ”braço direito” .  
Expresso 27 de Abril 2002
 
publicado por luzdequeijas às 19:39
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A VIDA PARTIDÁRIA

“A forma como os partidos têm funcionado tem-se vindo a degradar ao longo dos anos e é perfeitamente castradora da qualidade. A maioria dos portugueses , principalmente os de maior capacidade política e de mais nobres intenções, não têm paciência para uma vida partidária que , ao funcionar nos moldes tradicionais,exige, acima de tudo , vocação para tarefas menores e não para a defesa de convicções.

Milhares de cidadãos que passaram pelos partidos saíram frustrados com o que assistiram . Atropelos à democracia, ausência de regras claras , votos amestrados, decisões políticas de orgãos jurisdicionais, quotas pagas por terceiros , cadernos eleitorais à medida, representatividade política meramente virtual, prioridade à discussão das tricas internas, organização deficiente e longe dos padrões médios actuais.
Esses cidadãos fugiram da vida partidária . São uma maioria e, ao tomarem essa decisão , estão a prescindir da principal riqueza do regime que é , precisamente ,a participação. Nos moldes em que tudo tem funcionado , a responsabilidade desse afastamento é de todos aqueles que, tendo consciência de esta situação, nada fazem para a resolverem.
A qualidade da nossa classe política está intimamente ligada a esta problemática . Sem uma alteração do quadro actual , jamais será possível a sociedade poder aspirar a mais qualidade . (... ) O mais penoso de esta questão prende-se, no entanto, com o facto de o ritmo de desenvolvimento de qualquer sociedade depender muito directamente do nível da capacidade dos seus dirigentes”.
 
                                                Rui Rio   PORTO EDITORA
 
publicado por luzdequeijas às 19:34
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Metáfora

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 

Metáfora: é a palavra ou expressão que produz sentidos figurados por meio de comparações implícitas. Com a ausência de uma conjunção comparativa

Cquote1.svg"Amor é fogo que arde sem se ver"Cquote2.svg
Cquote1.svg"Vi sorrir o amor que tu me destes"Cquote2.svg

O termo fogo mantém seu sentido próprio - desenvolvimento simultâneo de calor e luz, que é produto da combustão de matérias inflamáveis, como, por exemplo, o carvão - e possui sentidos figurados - fervor, paixão, excitação, sofrimento etc.

Didaticamente, pode-se considerá-la uma comparação que não usa conectivo (por exemplo, "como"), mas que apresenta de forma literal uma equivalência que é apenas figurada.

Cquote1.svgMeu coração é um balde despejadoCquote2.svg
publicado por luzdequeijas às 15:56
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OUTRAS ERAS

“O conceito de educação no mundo helénico esteve sujeito a um constante aperfeiçoamento. A “ paideia “ surge primeiro, numa fase elementar, entendida apenas como criação de meninos ( alimentação, cuidados de saúde ), só depois vindo a ser associada a “ aretê “ ( virtude, bravura, coragem, honra ), aglutinando por fim o atributo de “ Kalos Kai agathós “ ( belo e bom ) . Mais do que a coragem e a honra, pretendia-se com esta designação sublinhar os predicados da excelência física e moral. Para alcançar este ideal, tornava-se indispensável, na “ paideia “, o domínio de duas matérias : a ginástica e a música. A ginástica, para o corpo ; a música, para a alma. A música implicava todo o vasto domínio das musas, compreendendo a poesia, a história, a oratória, o drama e a ciência. Para lá da execução musical, impunha-se o conhecimento da língua, porque para cantar os poetas era preciso ler as suas obras. Daí que a compreensão dos poemas mais famosos fizesse parte integrante da “ paideia “. A este propósito, diz-nos Pitágoras: “ Creio eu, Sócrates, que para um homem a parte mais importante da educação ( paideia ) consiste em ser perito em matéria de poesia, e essa perícia significa poder entender e saber distingir, na obra dos poetas, o que está feito de modo correcto e o que não está e justificar-se perante qualquer dúvida. Perante o objectivo fundamental da educação, o mesmo Platão sublinha no ideal educativo uma componente cívica, para nós indissociável do ideal educativo da Grécia clássica. Para além de formar o homem em consonância com os critérios do belo “ Kalós ” e do bom “ agathós “, a educação deveria formá-lo também como cidadão. Diz-nos ele que a essência de toda a verdadeira educação ou « paideia » é a que dá ao homem, logo desde os tempos infância, o desejo e a ânsia, de ele se tornar um cidadão íntegro e a que o ensina a mandar e a obedecer, tendo sempre a justiça como fundamento. E conclui que a « paideia » é “aquele embrião gerador dos maiores bens, aí se formando todos aqueles que justamente são os melhores homens”. É precisamente no âmbito desta demanda global de um conceito de educação orientado para a justiça, a democracia, o amor, a sabedoria, a tolerância, e para os demais valores – ideal que Sebastião da Gama sempre procurou incutir nos seus alunos – que se pode fazer do homem um ser genuíno, leal, verdadeiro, empenhado e solidário. À essência desta matriz helénica, Sebastião da Gama, homem de sempre mas também do seu tempo, apenas terá acrescentado um certo « modus operandi » da pedagogia da Escola Nova, por um lado e, por o outro, uma rara intuição e uma sensibilidade excepcional, logrando a arte suprema do educador de que, para alguns, continua ainda hoje como um paradigma de excelência. “-         

Do livro “ Sebastião da Gama –
Milagre de Vida em busca do Eterno
-          Alexandre F. Santos              
publicado por luzdequeijas às 15:50
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SEJAMOS GRATOS

 

O sentimento de gratidão traz-nos bem-estar e alegria. E esse estado de espirito torna-nos mais aptos para a criatividade, enfortece-nos a autoestima e desperta-nos boas ideias para vermos com maior eficácia as oportunidades que nos surgem. Além do mais, os nossos sentimentos despertam-nos fatos que ajudam a fortalecer esses mesmos sentimentos. Dito de outro modo, a gratidão ajuda a atrair novas situações pelas quais nos sentiremos ainda mais gratos. Ficamos desta forma dominados pela lei da atracão.

Para aumentarmos esse sentimento de gratidão, podemos ainda deitar mãos de práticas simples, que nos garantam resultados seguros. Façamos, pois, uma lista com pelo menos duas ou três dezenas de coisas que nos despertaram gratidão (coisas materiais, pessoas, habilidades que temos, o nosso animalzinho de estimação...).  Coloquemos essa lista na mezinha de cabeceira para não nos esquecermos de a ler antes de dormirmos, tentando despertar em nós o sentimento de gratidão.  

Quanto mais vezes o fizermos mais ele vai aumentando e se habituando a fazer parte da nossa forma de sentir a vida. Este fenómeno irá repetir-se sempre que nos focamos nas coisas que nos despertam essa gratidão, mais, a nossa mente parte à descoberta de outras coisas que também nos fazem ou fizeram sentir gratos, gerando-se assim em nós um cada vez maior sentimento de bem-estar.

Isso ocorre por que a mente tem um mecanismo de atenção seletiva. Através deste mecanismo, ela faz-nos encontrar as coisas a que damos mais importância.

Por exemplo: quando uma mulher está grávida, ela começa a ver muitas mulheres grávidas. Mas cuidado com outros fenómenos que parecem iguais mas não o são. Estão hoje publicadas em todos os jornais sondagens em crescendo na ministra Cristas ao saber-se que ela estava grávida! Este não é um sentimento de gratidão. É um sentimento de simpatia pelo nascimento de um ser, através de uma figura pública. Quando o povo mistura sentimentos destes na política, normalmente troca tudo, resultando daí não gratidão mas ingratidão. Isso é muito perigoso!

Mas quando você resolve comprar um determinado carro, e passa a ver nas ruas muito mais unidades daquele carro, é porque está satisfeito com ele e grato por isso.

Fica a certeza de que quanto mais você agradece por se sentir grato, mais a sua mente encontra motivos para agradecer e descobre casos de real gratidão... 

publicado por luzdequeijas às 15:12
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Segunda-feira, 18 de Março de 2013

A DESCOLONIZAÇÃO? E AGORA ...

DESCOLONIZAÇÃO EXEMPLAR! SEGUE-SE A EUROPA ....
Entretanto, fugindo da guerra nas colónias que se disseminou a partir de 1975, os designados “retornados” foram-se espalhando pelo mundo e a maioria foi enchendo todas as pensões, edificações de veraneio e todo e qualquer tecto disponível em Portugal. Sós, incógnitos ou fim de notícia nos meios de comunicação social, foram o estandarte para as dificuldades da consolidação de uma democracia que relegou, para plano secundário, a vida de milhões de portugueses. Dilacerou-se a alma de quem, afinal, vivera a sua vida num dado enquadramento, mesclando-se, aculturando-se, recriando uma sociedade diferente, num espaço distinto.
 
A Guerra Fria coincidiu com uma significativa ampliação da comunidade internacional. A partir do final dos anos quarenta do século XX, desencadeou-se um extenso processo de Descolonização, que perdurou até à década de setenta. Foram raras as ocasiões, entretanto, em que a liquidação de antigos impérios coloniais ocorreu pacificamente. Ela se deu de forma mais concentrada na Ásia nos anos cinquenta, e na África nos anos sessenta.
 
Com a Descolonização, Portugal perdeu a sua dimensão imperial e ficou reduzido aos seus territórios europeus. Com a democratização, Portugal criou as condições para superar o seu isolamento e recuperar o seu lugar na Europa das democracias.
O fim do isolamento imposto pelo regime autoritário, a Descolonização e a institucionalização de uma democracia pluralista marcam o regresso de Portugal à Europa.
O processo de negociação da nossa adesão foi demorado; Portugal só pôde passar a ser membro de pleno direito das Comunidades Europeias em 1986, oito anos após o pedido de adesão.
A adesão teve efeitos decisivos para Portugal, quer para estabilizar a sua posição internacional, quer para consolidar a democracia, quer para criar melhores condições de modernização económica e social. Mas, sobretudo, tornou possível neutralizar os riscos de marginalização, de certo modo implícitos, na nossa posição periférica .
O fim da guerra fria fechou um ciclo da história europeia e encerrou um século terrível de guerras e de revoluções totalitárias. As divisões políticas e ideológicas que separavam duas Europas, tornaram-se supérfluas.
É preciso inventar uma nova Europa, cujo nome seja sinónimo de paz e de democracia, uma Europa inteira e livre que supere uma longa divisão histórica entre as tais duas Europas.

 

publicado por luzdequeijas às 18:14
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O CACHIMBO DE MAGRITTE

 René Magritte. La trahison des images, 1926

 

 

"Obras e Características

 

Pintor de imagens insólitas, às quais deu tratamento rigorosamente realista, utilizou-se de processos ilusionistas, sempre à procura do contraste entre o tratamento realista dos objetos e a atmosfera irreal dos conjuntos.

 

As suas obras são metáforas que se apresentam como representações realistas, através da justaposição de objetos comuns, e símbolos recorrentes na sua obra, tais como o torso feminino, o chapéu côco, o castelo, a rocha e a janela, entre outros mais, porém de um modo impossível de ser encontrado na vida real."

 

Wikipédia

 

publicado por luzdequeijas às 18:06
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“ SOB SUSPEITA “

Saudoso Jorge Ferreira (2008)  

“ Ontem perguntava aqui, em que país, estamos nós? Hoje já quase nem me atrevo a responder. Depois das tremendas afirmações que Jorge Ferreira fez no Sábado. Disse então ele: “os políticos indígenas gozam de uma impunidade total, assegurada por um sistema regido por interesses inconfessáveis, por uma rede de cumplicidades (suponho que secretas) e pelo medo. Pelo medo, reparem. E disse mais. Disse que o Ministério Publico e o poder judicial sabem de ilegalidades e de crimes a que fecham voluntariamente os olhos, para que tudo prescreva e essas ilegalidades e esses crimes tenham êxito. O “polvo de interesses” acrescenta J F, não abrange apenas (ao contrário do que muitos pensam) o PS e o PSD, o que obviamente indica que abrange também os outros partidos e as altas instituições do Estado. As próprias comissões parlamentares de inquérito só servem para branquear o Governo (hoje o do Guterres, ontem o do impecável Cavaco). J. F. apresenta a título de prova o patético comportamento dos deputados socialistas nas investigações das privatizações à Mundial Confiança e do Tota e, principalmente, do escândalo da JAE. Escuso de insistir na gravidade destas coisas. Mas convém perceber que a prazo nenhum regime sobrevive sob esta espécie de suspeita“.       

DN- Vasco Polido Valente

 

publicado por luzdequeijas às 17:33
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Domingo, 17 de Março de 2013

AS ESCOLAS PÚBLICAS QUE TEMOS

As faturas da Parque Escolar começaram a cair nas escolas no final de 2012. Foi o momento da tomada de consciência da comunidade escolar dos verdadeiros custos envolvidos. Em 2012 esta empresa pública cobrou a 106 escolas, rendas no valor de 42 milhões de euros. Este ano o número de escolas aumenta e as rendas também, e tudo voltará a aumentar com a conclusão das 52 escolas ainda em obras! Chegando às 178 escolas a renda andará por cerca de 640 mil euros ano por escola, num total, de 113 milhões de euros anos, durante 30 anos. Estão suspensas as obras em 34 escolas, se forem aprovadas e concluídas somam 332 escolas e a renda anual total chegará aos 200 milhões durante 30 anos. A tudo isto, há que acrescentar 36 mil euros mês só para manutenção (reparação, fiscalização e seguros). Todo o lucro das escolas em aluguer de espaços, por exemplo pavilhões, terá de ser dividido (50%) com a Parques Escolar!

Se considerarmos os enormes custos de transporte dos alunos originados pela sua centralização em Mega Escolas, estamos na presença de custos brutais provenientes da festa de que falou uma ex-ministra da Educação! Sem perceber aquilo que vai ser pedido aos portugueses, a MESMA SENHORA MINISTRA AFIRMOU: ”Escolas foram donas da obra, é natural que paguem”. Mas pagam como? Paga o ministério que o mesmo é dizer, paga o povo em impostos a subir em flecha!

É esta a escola pública? É esta escola pública na qual os alunos vêm para a rua insultar o governo? Então e a outra escola, a privada? Que leciona a mais de 20 mil alunos e viu o seu subsídio estatal ser-lhe reduzido de 114 mil euros para 85 mil euros. A escola com contrato, que ganha no ranking nacional das escolas, todos os lugares cimeiros?

Gostaria de ver os senhores comentadores da Tv a fazerem um Orçamento de Estado com dívidas ocultas sem conta, e investimentos danosos em PPP, tudo fora do Plano Orçamental, aprovado em Assembleia da República!

 

 

 

 

publicado por luzdequeijas às 20:53
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OS PARTIDOS E OS INTERESSES

Os partidos são pressionados por dois tipos de interesses perfeitamente distintos. De um lado, os pequenos interesses, representados por aqueles que dominam as suas estruturas locais e as fecham à sociedade e, do outro, os grandes interesses representados pelos que dependem dos seus negócios com o poder, seja ele central, regional ou local. Os primeiros são os principais responsáveis pela degradação da qualidade da classe política. Os segundos, por decisões, cujo principal pressuposto não é o interesse público, mas sim um outro, normalmente antagónico. Um e outro degradam o regime, retiram-lhe eficácia e prejudicam sobremaneira o país. Rui Rio

publicado por luzdequeijas às 19:38
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OS MELHORES AFASTADOS DOS PARTIDOS

Quarta-feira, 18 de Março de 2009

 

Abordagem, parcial, ao estado de funcionamento dos partidos políticos portugueses, nomeadamente dos dois maiores partidos alternativos (PS/PSD) :
 
Tema
Em Portugal a lei determina que os partidos políticos concorram para a livre formação e o pluralismo de expressão da vontade popular e para a organização do poder político, com respeito pelos princípios da independência nacional, da unidade do Estado e da democracia política.
 
O mundo, e Portugal em particular, atravessa um momento de esvaziamento das velhas ideologias. Questões básicas da política, como saber as diferenças marcantes entre esquerda e direita, são controversas ou mesmo totalmente confusas e ultrapassadas. De forma atenta pode concluir-se que os partidos políticos se encontram, hoje, afastados da sociedade civil e cada vez mais fechados sobre si próprios. Isto porque o fazem no seu próprio interesse, ou seja, na defesa de pequenos e grandes interesses, de alguns dos seus militantes!. Os grandes interesses, que se destinam aos altos quadros do partido e seus mentores, os outros, os pequenos interesses, que alimentam os donos das estruturas locais dos partidos, vulgo ( caciques ). Muitas vezes ele se interpenetram!
No básico, quanto menos concorrência interna melhor.
De resto, os recursos financeiros dos partidos: quotas (baixas e por pagar) mais financiamentos "envenenados", não permitem uma actividade formadora séria, ficando ela, na posse dos órgãos de comunicação social, principalmente das televisões, através de um noticiário todo enviesado!. Não sendo sua pretensão fazer formação, acabam por a fazer, quase sempre eivada de vícios e desvios oriundos de outros interesses maiores. Em lugar de informarem, desinformam.
 
Quanto ao pluralismo, ele acaba por existir, mais em função da existência dos partidos e dos seus líderes, do que por uma actividade, cimentada por qualquer acção partidária nesse sentido. Tratra-se de um pluralismo aparente!
É o jeito da comunicabilidade do líder, da sua fluência verbal e são as qualidades da sua simpatia que determinam a escolha! Os eleitores acabam por intuir que na realidade pouco diferencia os partidos e vão comendo o que há!
Nada de linhas orientadoras, ideologias ou coisas similares. Nada. É tudo, como se os votantes já tivessem a certeza antecipada de irem ser mais uma vez enganados. Razão maior para o crescente afastamento dos votantes para com os partidos . É este prato que alimenta o aumento contínuo da abstenção! A nossa abstenção engrossa em todos os actos eleitorais.
 
Nem um só vislumbre no caminho da mínima “ Democracia Participativa”. Adeus mundo cada vez a pior.
 
A organização política aparece assim, não por acção dos partidos, mas pela existência de partidos como órgãos a soldo de gente que faz deles coisa sua. De há muito que passaram a dividir o quase nada entre os mais influentes e entrosados com outros poderes. Todavia, e perante um estado igual ao descrito, os partidos existem, estão aí, mas não funcionam nem deixam funcionar o país. A democracia política nada tem a ver com este estado de coisas, os melhores ficam afastados dos partidos, logo, afastados dos destinos da nação. Fazem carreira profissional, muito bem pagos, olhando de soslaio para o constante empobrecimento de Portugal. A corrupção vai alastrando... a incompetência também.
publicado por luzdequeijas às 18:01
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A PROVA ESTÁ FEITA

ANO DE 2008

A maioria dos portugueses e milhões de europeus, têm uma enorme simpatia por Obama. Isto tem a ver com culturas políticas mais ou menos levadas pelo coração ao cérebro! A política e a democracia nada têm a ver com este sentimento ! Os americanos, estão muito à frente da Europa, nesta forma de estar no mundo e na política. Esta parte dos portugueses e dos europeus, ainda não percebeu que se Obama ganhar, a política interna nos EUA não se alterará muito. A política externa não se alterará nada. O povo americano não muda de política, mesmo que apareça eleito nos EUA, um qualquer Hugo Chaves! A rede política está segura, e nunca dependerá de qualquer “alma penada” que, com milhões dados pelos bancos e altos capitalistas, ou patronos da droga, façam uma campanha para enganar o povo ! E ganhem!

Obama vai ganhar e vai provar, o que está dito nesta coluna de opinião!
publicado por luzdequeijas às 17:47
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AS DÍVIDAS DO ESTADO

No DN de 1 de Agosto de 2008, podia-se ler numa notícia, sobre as dividas do Estado, o seguinte :

 

- ( .... ) "Em comunicado divulgado na semana passada, o Ministério das Finanças refere que já notificou um total de 3998 contribuintes com dívidas ao fisco, num valor global de 1,7 mil milhões de euros. Dos contribuintes contactados, "alguns já procederam ao pagamento das suas dívidas, ascendendo o montante cobrado a 3,3 milhões". Por isso, a lista divulgada tem apenas 290 nomes." ( ... )                                      
 
(.... )"Se o Estado exige, também deve cumprir e dar o exemplo", sublinhou o líder da bancada do CDS/PP, considerando que os problemas de liquidez de algumas empresas que não cumprem as suas obrigações fiscais são provocados por falta de pagamento do Estado. De acordo com Nuno Melo, "há empresas com problemas de liquidez que são credoras do Estado. Empresas que só não pagam o que devem porque o Estado também não lhes paga", acrescentou. "( ... )
 
O CDS/PP vai entregar no início de Setembro no Parlamento um projecto de lei que impõe a divulgação das dívidas do Estado às empresas privadas. Daqui resultou uma alteração de comportamento do governo, não sem que antes anunciasse um pacote de ajuda às PME ! Esqueceu-se de que, se pagasse a tempo e horas, essa ajuda não seria precisa! O governo estava a emprestar aquilo que era das próprias PME ! A falta de pagamento do Estado foi gerando um contínuo incumprimento dsa PME e com ele, falências em série e desemprego escusado. Anuncia então o governo, um próximo (?) pagamento! Tem havido muitos anuncios feitos várias vezes, e muitos deles não cumpridos ! Aguardemos!
 
As Dívidas do Estado com mais de nove meses serão publicadas, mas os socialistas exigem como condição, que os montantes a publicar tenham um limite mínimo, a regulamentar pelo Governo, e que as dívidas se reportem a 31 de Dezembro do ano anterior à publicação. Além disso, a publicação destas, deve depender de um requerimento prévio apresentado pelo respectivo credor junto do Ministério das Finanças.
 
Naturalmente que esta condição, acaba por inibir os credores, preocupados com possíveis futuras represálias ! Muitos não o fizeram!
Entretanto na Assembleia da República, José Sócrates, falou de cátedra sobre a proposta do CDS, considerando-a impraticável, tendo-se alongado em conceitos técnicos, que não domina, para justificar tal posição. Todos estavam errados, só ele detinha a verdade dos factos. Como habitualmente. Afinal havia outra. Outra razão!
 
O tempo acaba por repor a verdade, por vezes, com altos custos para pessoas e empresas, que tiveram o azar de ter razão antes do tempo. É a vida, enquanto o governo, vai iludindo de toda a gente, com a ajuda da comunicação social, as suas permanentes e mediáticas tomadas de posição e decisões, sem estudo nem critério, ao sabor de grandes “trapalhadas”. Mas estas, trapalhadas, são como os fatos, parece que só ficam bem a algumas pessoas ! A outras não ! Porque será ? 
 
Agora, vai avançar um plano de "regularização rápida" das dívidas do Estado às empresas, garantiu hoje o ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, na sequência de uma reunião extraordinária do Conselho de Ministros. A Administração Central deverá regularizar dividas no valor de 1200 milhões de euros às empresas, enquanto a administração local e regional pagará cerca de 1250 milhões de euros que estão em falta. No entanto, o Governo ainda não esclareceu a partir de quando é que as empresas poderão começar a receber os pagamentos, nem de onde vai sair este capital. Certamente da Divida Pública, já em situação de falência! É o fim ! O povo continuará a pagar e eles a decidirem, do alto, da sua enorme arrogância!

O porta-voz do CDS-PP considerou que o primeiro-ministro «vem muito tarde» no reconhecimento dos atrasos do Estado no pagamento de dívidas e defendeu a emissão de dívida pública para pagar a totalidade dos valores em atraso. Vem muito tarde, pelo menos três anos», considerou o porta-voz dos democratas-cristãos, lembrando que «o CDS desde há três anos reclama medidas para atender a esse problema».
publicado por luzdequeijas às 17:42
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DIAGNÓSTICO REALISTA

2008

A TOMADA DE POSIÇÃO DA SEDES, foi um dos vários avisos, no sentido de que todas as coisas se vão mudando no mundo. Em Portugal mais ainda ! Quer queiramos, quer não !

O actual sistema político está a esgotar-se . O modelo ecnómico também. Num momento que o mundo se está a tornar muito perigoso, por exigir novos e grandes desafios ! Mudança .
Foi ignorando, que o mundo chegou aqui !
Quisemos ignorar que as reservas da Terra são finitas! Matérias primas, carvão, crude, água potável etc. ! Não saímos de cima da linha e vem lá o comboio! Em menos de um século, esbanjámos aquilo que seria o  sustento de muitas gerações. Os conceitos de "trabalho", têm de mudar em breve. De desemprego também ! A riqueza só para um terço da população mundial vai acabar. Teremos de viver com menos fartura ( ? ) mas com muito mais solidariedade e valores.
 
1) UM DIFUSO MAL-ESTAR
 
Sente-se hoje na sociedade portuguesa um mal-estar difuso, que alastra e mina a confiança essencial à coesão nacional.
Nem todas as causas desse sentimento são exclusivamente portuguesas, na medida em que reflectem tendências culturais do espaço civilizacional em que nos inserimos. Mas uma boa parte são questões internas à nossa sociedade e às nossas circunstâncias. Não podemos, por isso, ceder à resignação sem recusarmos a liberdade com que assumimos a responsabilidade pelo nosso destino.
Assumindo o dever cívico decorrente de uma ética da responsabilidade, a SEDES entende ser oportuno chamar a atenção para os sinais de degradação da qualidade da vida cívica que, não constituindo um fenómeno inteiramente novo, estão por detrás do referido mal-estar.
 
2) DEGRADAÇÃO DA CONFIANÇA NO SISTEMA POLÍTICO
 
Ao nível político, tem-se acentuado a degradação da confiança dos cidadãos nos representantes partidários, praticamente generalizada a todo o espectro político.
É uma situação preocupante para quem acredita que a democracia representativa é o regime que melhor assegura o bem comum de sociedades desenvolvidas. O seu eventual fracasso, com o estreitamento do papel da mediação partidária, criará um vácuo propício ao acirrar das emoções mais primárias em detrimento da razão e à consequente emergência de derivas populistas, caciquistas, personalistas, etc.
Importa, por isso, perseverar na defesa da democracia representativa e das suas instituições. E desde logo, dos partidos políticos, pilares do eficaz funcionamento de uma democracia representativa. Mas há três condições para que estes possam cumprir adequadamente o seu papel. 
Têm, por um lado, de ser capazes de mobilizar os talentos da sociedade para uma elite de serviço; por outro lado, a sua presença não pode ser dominadora a ponto de asfixiar a sociedade e o Estado, coarctando a necessária e vivificante diversidade e o dinamismo criativo; finalmente, não devem ser um objectivo em si mesmos...
É por isso preocupante ver o afunilamento da qualidade dos partidos, seja pela dificuldade em atrair e reter os cidadãos mais qualificados, seja por critérios de selecção, cada vez mais favoráveis à gestão de interesses do que à promoção da qualidade cívica. E é também preocupante assistir à tentacular expansão da influência partidária – quer na ocupação do Estado, quer na articulação com interesses da economia privada – muito para além do que deve ser o seu espaço natural.
Estas tendências são factores de empobrecimento do regime político e da qualidade da vida cívica. O que, em última instância, não deixará de se reflectir na qualidade de vida dos portugueses.
 
3) VALORES, JUSTIÇA E COMUNICAÇÃO SOCIAL
 
Outro factor de degradação da qualidade da vida política é o resultado da combinação de alguma comunicação social sensacionalista com uma justiça ineficaz. E a sensação de que a justiça também funciona por vezes subordinada a agendas políticas.
Com ou sem intencionalidade, essa combinação alimenta um estado de suspeição generalizada sobre a classe política, sem contudo conduzir a quaisquer condenações relevantes. É o pior dos mundos: sendo fácil e impune lançar suspeitas infundadas, muitas pessoas sérias e competentes afastam-se da política, empobrecendo-a; a banalização da suspeita e a incapacidade de condenar os culpados (e ilibar inocentes) favorece os mal-intencionados, diluídos na confusão. Resulta a desacreditação do sistema político e a adversa e perversa selecção dos seus agentes.
Nalguma comunicação social prolifera um jornalismo de insinuação, onde prima o sensacionalismo. Misturando-se verdades e suspeitas, coisas importantes e minudências, destroem-se impunemente reputações laboriosamente construídas, ao mesmo tempo que, banalizando o mal, se favorecem as pessoas sem escrúpulos.
Por seu lado, o Estado tem uma presença asfixiante sobre toda a sociedade, a ponto de não ser exagero considerar que é cada vez mais estreito o espaço deixado verdadeiramente livre para a iniciativa privada. Além disso, demite-se muitas vezes do seu dever de isenta regulação, para desenvolver duvidosas articulações com interesses privados, que deixam em muitos um perigoso rasto de desconfiança.
Num ambiente de relativismo moral, é frequentemente promovida a confusão entre o que a lei não proíbe explicitamente e o que é eticamente aceitável, tentando tornar a lei no único regulador aceitável dos comportamentos sociais. Esquece-se, deliberadamente, que uma tal acepção enredaria a sociedade numa burocratizante teia legislativa e num palco de permanente litigância judicial, que acabaria por coarctar seriamente a sua funcionalidade. Não será, pois, por acaso que é precisamente na penumbra do que a lei não prevê explicitamente que proliferam comportamentos contrários ao interesse da sociedade e ao bem comum. E que é justamente nessa penumbra sem valores que medra a corrupção, um cancro que corrói a sociedade e que a justiça não alcança.
 
4) CRIMINALIDADE, INSEGURANÇA E EXAGEROS
 
A criminalidade violenta progride e cresce o sentimento de insegurança entre os cidadãos. Se é certo que Portugal ainda é um país relativamente seguro, apesar da facilidade de circulação no espaço europeu facilitar a importação da criminalidade organizada. Mas a crescente ousadia dos criminosos transmite o sentimento de que a impune experimentação vai consolidando saber e experiência na escala da violência.
Ora, para além de alguns fogachos mediáticos, não se vê uma acção consistente, da prevenção, da investigação e da justiça, para transmitir a desejada tranquilidade.
Mas enquanto subsiste uma cultura predominantemente laxista no cumprimento da lei, em áreas menos relevantes para as necessidades do bom funcionamento da sociedade emerge, por vezes, uma espécie de fundamentalismo utra-zeloso, sem sentido de proporcionalidade ou bom-senso.
Para se ter uma noção objectiva da desproporção entre os riscos que a sociedade enfrenta e o empenho do Estado para os enfrentar, calculem-se as vítimas da última década originadas por problemas relacionados com bolas de Berlim, colheres de pau, ou similares e os decorrentes da criminalidade violenta ou da circulação rodoviária e confronte-se com o zelo que o Estado visivelmente lhes dedicou.
E nesta matéria a responsabilidade pelo desproporcionado zelo utilizado recai, antes de mais, nos legisladores portugueses que transcrevem para o direito português, mecânica e por vezes levianamente, as directivas de Bruxelas.
 
5) APELO DA SEDES
 
O mal-estar e a degradação da confiança, a espiral descendente em que o regime parece ter mergulhado, têm como consequência inevitável o seu bloqueamento. E se essa espiral descendente continuar, emergirá, mais cedo ou mais tarde, uma crise social de contornos difíceis de prever.
A sociedade civil pode e deve participar no desbloqueamento da eficácia do regime – para o que será necessário que este se lhe abra mais do que tem feito até aqui –, mas ele só pode partir dos seus dois pólos de poder: os partidos, com a sua emanação fundamental que é o Parlamento, e o Presidente da República.
As últimas eleições para a Câmara de Lisboa mostraram a existência de uma significativa dissociação entre os eleitores e os partidos. E uma sondagem recente deu conta de que os políticos – grupo a que se associa quase por metonímia “os partidos” – são a classe em que os portugueses menos confiam.
Este estado de coisas deve preocupar todos aqueles que se empenham verdadeiramente na coisa pública e que não podem continuar indiferentes perante a crescente dissociação entre o conceito de “res pública” e o de intervenção política!
A regeneração é necessária e tem de começar nos próprios partidos políticos, fulcro de um regime democrático representativo. Abrir-se à sociedade, promover princípios éticos de decência na vida política e na sociedade em geral, desenvolver processos de selecção que permitam atrair competências e afastar oportunismos, são parte essencial da necessária regeneração.
Os partidos estão na base da formação das políticas públicas que determinam a organização da sociedade portuguesa. Na Assembleia ou no Governo exercem um mandato ratificado pelos cidadãos, e têm a obrigação de prestar contas de forma permanente sobre o modo como o exercem.
Em geral o Estado, a esfera formal onde se forma a decisão e se gerem os negócios do país, tem de abrir urgentemente canais para escutar a sociedade civil e os cidadãos em geral. Deve fazê-lo de forma clara, transparente e, sobretudo, escrutinável. Os portugueses têm de poder entender as razões que presidem à formação das políticas públicas que lhes dizem respeito.
A SEDES está naturalmente disponível para alimentar esses canais e frequentar as esferas de reflexão e diálogo que forem efectiva e produtivamente activadas.
 
Sedes, 21 de Fevereiro de 2008
 
O Conselho Coordenador
(Vitor Bento (Presidente), M. Alves Monteiro, Luís Barata, L. Campos e Cunha, João Ferreira do Amaral, Henrique Neto, F. Ribeiro Mendes, Paulo Sand
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Sábado, 16 de Março de 2013

PREVISÕES ORÇAMENTAIS DOS GOVERNOS

Por Lusa - 2009-04-21

“O CDS-PP considerou hoje que os dados da execução orçamental relativos ao primeiro trimestre de 2009 provam que as previsões do Governo "estão erradas" e que "mais tarde ou mais cedo" vai ter de aparecer um Orçamento Rectificativo. Mais tarde lia-se nos jornais: (As receitas fiscais baixaram 12,3 por cento no primeiro trimestre de 2009 relativamente ao mesmo período do ano passado, penalizadas pelo recuo de 20,3 por cento na cobrança de IVA.)”

“Dando uma volta pelo passado continuamos a ler: (CDS-PP acusa Governo de falhar todas as previsões orçamentais).” 17/08/2006 - 21:32

Jornais, partidos e comentadores falam de “cátedra”, e sempre a deitar abaixo quem assume a responsabilidade de executar um orçamento governamental, esquecendo-se das inúmeras variáveis em causa e da imprevisibilidade da sua maioria. Um orçamento é uma previsão e como tal está sujeito às correções que o tempo indicar como necessárias e corretas.

"Conceito, origem e funções do Orçamento do Estado (OE)

É um quadro, geral e básico, de toda a Atividade Financeira, já que por seu intermédio se procura fixar a utilização a dar aos dinheiros públicos.

O Orçamento é simultaneamente uma previsão económica ou plano financeiro das receitas e despesas do Estado para o período de um ano; a autorização política deste plano visando garantir quer direitos fundamentais dos cidadãos, quer o equilíbrio e a separação de poderes e ainda a limitação dos poderes financeiros da Administração para o período orçamental.

À margem do Orçamento do Estado ficam, pelo menos três importantes segmentos financeiros: o das Regiões Autónomas, o das Autarquias e o das Empresas Públicas (art. 3º/2 Lei 6/91).

É proposto pelo Governo, ouvidos os parceiros sociais; aprovado pela Assembleia da República; executado pelo Governo e fiscalizado quanto à execução pelo próprio Governo, pelo Tribunal de Contas e pela Assembleia da República.

O Orçamento do Estado (lei de valor reforçado), é uma previsão autorizada, em regra anual, da realização quantitativa das despesas e qualitativa das receitas públicas estaduais, tendo em vista a satisfação das necessidades coletivas´ A desorçamentação traduz-se, quer na saída do Orçamento do Estado, quer no afastamento da disciplina orçamental de importantes massas de dinheiros públicos. A existência de grandes volumes de fundos públicos que se colocam integralmente à margem da previsão e das regras de execução orçamental do Orçamento do Estado."

Não é nada de espantar, nem é nada que esteja a ser dito pela primeira vez. Aumentos da carga fiscal. Recurso a endividamento oculto. Redução do investimento público. Desorçamentações mais ou menos habilidosas. Receitas empoladas. Défice público escondido.

Tudo isto faz parte do menu de quem não teve nem tem coragem para agarrar frontalmente os problemas reais da governação, e era disto que os jornais, Tvs, comentadores e partidos da oposição, deveriam escrever e falar. Nada dizem!  

publicado por luzdequeijas às 18:37
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Sexta-feira, 15 de Março de 2013

UM FUTURO MUITO DIFÍCIL

AÍ ESTÁ O PÂNTANO

Será, pois, neste cenário, que teremos de enfrentar o cumprimento do Pacto de Estabilidade que, pura e simplesmente, não estamos a preparar devidamente.

O futuro próximo é, seguramente, mais difícil de trilhar do que o passado recente. Podia ser de forma diversa. Poderíamos ter aproveitado o período alto do ciclo económico para preparar o nosso futuro, mas, infelizmente, não o fizemos. Fizemos como a cigarra que cantou e dançou durante todo o Verão, esquecendo-se que a seguir ao Outono, vem sempre o Inverno. A governação socialista é a governação da cigarra. O Governo canta e dança ao ritmo das privatizações, esquecendo-se que lá virá o dia em que não haverá mais património para vender.

publicado por luzdequeijas às 19:20
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DÉFICE PÚBLICO ESCONDIDO

FINAL DOS ANOS NOVENTA

O Governo foi incapaz de consolidar a redução do défice. Não podia, aliás, ser de outra maneira, pois deixou-se passar o tempo ideal para se proceder às reformas de que o Estado carece. Não é, portanto, de admirar que a despesa resvale perigosamente e que o Governo tenha de andar de calças na mão a inventar o possível e o imaginário para iludir as suas próprias insuficiências. Não é nada de espantar, nem é nada que esteja a ser dito pela primeira vez.

Aumentos da carga fiscal. Recurso a endividamento oculto. Redução do investimento público. Desorçamentações mais ou menos habilidosas. Receitas empoladas. Défice público escondido.

Tudo isto faz parte do menu de quem não teve nem tem coragem para agarrar frontalmente os problemas reais da governação.  

publicado por luzdequeijas às 19:01
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CONSTROI AGORA E PAGA DEPOIS

ARMADILHA EM 1998

Com a despesa corrente a disparar e sem verba para dinamizar o investimento, o Governo aderiu ao novo princípio do constrói agora e paga depois.

A construção de autoestrada em regime de portagens virtuais, as denominadas Scuts, constitui um endividamento oculto que vai sobrecarregar as gerações futuras. São, no fundo, juros e amortizações de dívida que aparecerão nos orçamentos dos próximos anos, sem que estejam, alguma vez, contabilizados na dívida pública oficial. É uma medida de fuga para a frente. É uma medida típica de quem quer fazer política do betão que antes tanto criticou, sem que, no entanto, saiba preparar devidamente as finanças públicas para tal.

É bom que se diga que este Governo também tem os tais dois milhões de contos de Bruxelas por dia. 

 

Rui Rio - Política in situ   

publicado por luzdequeijas às 18:40
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DEBATE SOBRE O ORÇAMENTO DE ESTADO

PARA 1999

No entanto, ao contrário do que seria recomendável, o Governo não aproveitou a conjuntura favorável para proceder a uma consolidação da redução do défice orçamental. O Governo aproveitou basicamente a conjuntura para não ter de mexer em situações que requerem alguma coragem política. Atuou como atuam todos os governos que pensam mais no dia de hoje do que no dia de amanhã.

Tudo o que já deveria ter sido feito terá de ser penosamente levado a cabo mais tarde numa conjuntura bem mais desconfortável, ou seja, com custos sociais para o povo português, bem acima do que poderia ter sido.

É uma atitude que não subscrevemos e que os portugueses, quando se derem verdadeiramente conta da realidade, seguramente também não subscreverão – até porque, obviamente, serão eles os primeiros prejudicados.

Perguntarão, entretanto, os portugueses como se paga tudo isto? Paga-se, naturalmente, com aumentos de impostos, com reduções de investimento e com endividamento oculto.

Diz o governo que não há aumento de impostos, porque o seu combate à evasão fiscal é admirável e, por isso, o aumento de receita deve-se a cobranças junto dos que antes fugiam e agora não conseguem. Mesmo que isso fosse verdade, estava errado! Se o combate à evasão fiscal fosse um sucesso, o aumento de receita devia ser para baixar os impostos de quem paga demais e não para pagar o despesismo desta espécie de governação.

Rui Rio – A Política in Situ

publicado por luzdequeijas às 17:40
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DIAS DIFÍCEIS

 

VÊM AÍ (2000)

 

Cavaco Silva: «Já não é possível dominar o monstro sem dor»

<input ... >23 OUT 00

Cavaco Silva considera o problema orçamental português «muito grave», podendo causar o abrandamento do crescimento nacional, quando ele é forte na Europa. Cavaco considera essencial reduzir o sector público na economia, para se regressar à convergência.

«Já não é possível dominar o monstro sem dor», afirmou hoje Cavaco Silva, considerando que «o problema orçamental português é muito grave» e faz ao país correr o risco de se manter, a prazo, em divergência com a Europa.

O ex-primeiro-ministro falava num seminário organizado pelo Instituto Francisco Sá Carneiro, no Centro Cultural de Belém, subordinado ao tema «Para onde vai a economia portuguesa?».

Procurando uma primeira resposta àquela pergunta, Cavaco começou por dizer que «a situação mais preocupante [no actual momento da economia portuguesa] é o abrandamento do crescimento, quando ele é forte na Europa».

«Acabou o ciclo de convergência?», perguntou, limitando-se a responder: «Para já, as perspectivas não são optimistas» e a hipótese, durante muito tempo acalentada, de Portugal chegar à média de riqueza da União Europeia em 2015 «é uma oportunidade perdida».

Para se regressar à convergência, disse Cavaco Silva, «é fundamental reduzir o sector público na economia», para o que não contribuiu o orçamento de 2000, «esse monstro que nunca devia ter sido aprovado», sem fazer referências específicas à proposta orçamental para 2001, já entregue na Assembleia da República.

A curto prazo não há dificuldade de financiar o défice externo. A questão aqui é outra, disse Cavaco: «Até quando é que isto se pode manter? Até quando pode o país continuar a endividar-se, sem queda do “rating” do crédito obtido e consequente aumento do prémio de risco?»

Se, do lado dos custos, o cenário de uma não inversão da trajectória do défice é aquele, do lado das contrapartidas futuras da dívida por saldar adivinha-se «como consequência a transferência de propriedade».

E «o melhor, neste caso, é não pensar em intervir pelo lado Administrativo», advertiu Cavaco Silva, numa alusão aos casos recentes - Grupo Mundial Confiança e Cimpor - em que só uma intervenção discricionária do executivo impediu a transferência total dos respectivos activos para o controlo externo.

Se o controlo da «descontrolada despesa corrente primária» é o «nó» das políticas alternativas propostas hoje por Cavaco e a ameaça futura vem do lado do agravamento do défice externo, a «situação preocupante» de fundo a que Cavaco foi referindo todo o seu diagnóstico diz respeito à divergência de crescimento em que Portugal entrou face aos parceiros comunitários.

Portugal é a «excepção negativa», numa Europa que em média está a viver o mais forte crescimento dos seus últimos 11 anos, sendo a divergência mais «chocante», quando a comparação é feita com a Espanha (este ano, um diferencial de crescimento de 1,5 pontos percentuais), a Grécia (1,0 pontos) e a Irlanda (5,0 pontos), os chamados países da coesão.

«Porque é que vêm aí dias difíceis para Portugal, e não para os outros?», perguntou.

publicado por luzdequeijas às 16:21
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COMO BATEMOS NO FUNDO

Fernando Madrinha tem o direito (?) de escrever o que quiser nos seus artigos no Expresso, mas ele e muitos outros jornalistas, devem perceber, que são lidos por quem paga caro os jornais, e essa condição, também, dá a estes leitores, o direito à indignação e contraditório.

Nunca houve um PM em Portugal, que tivesse no exercício das suas funções, tanto “tempo de antena e vista grossa”, dos órgãos da CS principalmente, a SIC e RTP1, como José Sócrates e o PS. A razão desse facto está por entender. A sua governação vai entrar no 4.º ano e todos os indicadores são piores do que aqueles que o governo encontrou! Para quem duvide. Leia-se a transcrição:

19.02.2008 - 11h03 Lusa, PÚBLICO

 

Cinquenta minutos, dedicados à Economia, Saúde, Educação e Política, mas que não satisfizeram nenhum partido da oposição. A entrevista feita ontem ao primeiro-ministro, José Sócrates, em parceria entre a SIC e o jornal “Expresso”, levou a que PSD, CDS-PP, PCP e BE tecessem duras críticas ao líder socialista, que apenas aproveitou o tempo de antena para fazer “autoelogios” e falar de um “país que desconhece” de forma “intranquila e arrogante”.

 

Esta é uma situação recorrente, talvez, por as Entidades Reguladoras, estarem compostas por gente nomeada por Sócrates. Por tal, as críticas, as conclusões e os alertas para o estado em que se encontra o país, têm de vir de fora, veja-se:

Teixeira dos Santos foi considerado o pior ministro das Finanças  pelo Jornal Financial Times, que avaliou o desempenho dos responsáveis das Finanças de 19 países da União Europeia. O Financial Times teve em conta os indicadores económicos de cada país e a opinião de um painel de especialistas. Ao ministro português foi atribuída a pior «performance»  política. Teixeira dos Santos está também entre os ministros europeus com o pior desempenho a nível macroeconómico.”

 

Entretanto sobre Manuela Ferreira Leite, quase sem tempo de antena, Fernando Madrinha, desanca sem “dó nem piedade” :

“ Ao pedir a suspensão da avaliação dos professores (. ) depois de, há meses, ter considerado que a mesma devia prosseguir – Manuela Ferreira Leite cometeu aquele pecado a que nenhum chefe partidário sabe resistir: o velho oportunismo político. É pena . “

Dá a impressão de que os jornalistas entendem pela positiva tudo o que diz Sócrates e pela negativa tudo o que diz MFL ! Sempre a ouvi defender a avaliação. Ela, até, acrescentou que há muitas espécies de avaliações e avançou com uma, na base de avaliações externas ! Ela defendeu a avaliação como os professores também a defenderam. Avaliar é importante. Como será feita, é o que se vai ver. Da forma que a ministra quer não é certamente!

“ (...) E o seu silêncio sobre a provocação de Alberto João Jardim ao avaliar com um “Bom”, por despacho, todos os professores da Madeira, também não ajudou” (. )

Bom, que outra alternativa teria AJJ? Dando o “Bom”, os professores estão a trabalhar e as escolas funcionam. No continente, o governo não dá “Bons” nem “Maus”! Nada funciona no Ministério da Educação. O país está a perder um ano léctivo e nada podia estar pior. A MFL nada mais restava que, mais uma vez, ficar calada. Para criticar um lado caía no apoio ao outro. A imprensa faz o resto. O país está dominado pelo PS. A CS tem a mão estendida para Sócrates.

“ (. ) Pior ainda, em mais uma semana para esquecer, foram as queixas da 14.ª notícia do telejornal, dada em poucos segundos e precisamente à hora a que começava o Benfica – Sporting”. “ (. )

Quanto a esta última questão, deixo um repto ao jornalista (Fernando Madrinha), ou mesmo à direção do Expresso e da SIC. Peçam os tempos de antena dados ao PS, ao governo, a José Sócrates individualmente e por último a MFL. Depois, publiquem.

Mesmo como 14.ª notícia, os temas com o PSD são tratados com visível má vontade! Antipatia e enfado.

À hora que estou a escrever esta coluna de opinião a SIC não larga, mais uma vez, as palavras de MFL sobre as reformas. As interpretações dadas são vergonhosas! Se duvidam lembrem-se do que disse o Secretário de Estado da Administração Pública sobre a mesma reforma, lembram-se? Mais ou menos isto: “Quem se opuser às reformas será trucidado "

Isto tem pouco a ver com democracia, ou será que tem? 

Sabem o que fez a CS? Tudo para que o caso fosse esquecido! Tudo mesmo. Inclusive, apagaram as notícias, publicadas a quente, que constavam da Internet! Alguns jornais, nada publicaram! Tenho cópias das notícias  publicadas e cópias com elas apagadas. Senhores da CS acham que o governo é bom? Que Sócrates é um bom e admirado PM?

Então continuem, que estão no bom caminho! Todos trabalham para o PS.

Sejam felizes. A sua má situação e os prejuízos causados ao país,  são obra do acaso! Mais um pouco, ainda serão todos atribuídos à oposição!

Recordo o momento em que Sócrates gritou aos microfones:

“Quero fazer de Portugal um país mais pobre! “

Claro que foi um engano, porque era Sócrates! Com MFL seria um raciocínio sequencial, dito sem querer, em voz alta ! Por acaso até conseguiu!

publicado por luzdequeijas às 16:04
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UMA DIREÇÃO COMERCIAL DE LUXO

DN - 02.08.08O

Governo é uma "direcção comercial de luxo", disse o ministro Manuel Pinho. O Governo vai tratando dos negócios, com Chávez ou com Khadafi, mas também com a Intel e a Embraer. O Governo tem ideias, projectos e "estratégias" empresariais. Vamos ter o carro eléctrico, o TGV e o portátil português. O Governo tem caprichos, a que chama "visão estratégica". Não há qualquer noção de risco ou rentabilidade. O povo paga.

O Governo acredita que gere o País como se fosse uma empresa. Mas um país não é bem uma empresa. Um país é composto por milhões de indivíduos e milhares de empresas com interesses e objectivos conflituantes. Uma empresa tem um número limitado de objectivos coerentes entre si. Pode ser dirigida num dado sentido de forma consistente. Os cidadãos e as empresas de um país têm uma infinidade de objectivos. Um governo que define objectivos para toda a economia, que escolhe projectos e que favorece empresas está a tomar partido pelos objectivos de alguns portugueses, penalizando os restantes. A função do Governo não é essa. A função do Governo é defender o interesse geral, respeitando regras gerais e abstractas que permitam a todos os agentes prosseguir os seus objectivos económicos em pé de igualdade.

Este Governo comporta-se de facto como uma direcção comercial. Vai tratando de casos, de pequenos interesses, de forma arbitrária. O Governo não se submete nem aceita leis gerais e abstractas. Tem produzido uma infinidade de leis especiais, isenções fiscais e facilidades burocráticas destinadas a beneficiar projectos concretos e empresas específicas. Mas se o Governo toma partido no eterno confronto entre as várias facções da sociedade, quem é que desempenha as funções de árbitro? Se o Governo cria privilégios e leis especiais, quem deve combater os privilégios e promover a justiça e a igualdade perante a lei? Se o Governo quer ser empresário, a quem cabe o papel de regulador imparcial da economia? Quem é que cuida do interesse geral? Quem é que desempenha as funções próprias de um governo?

investigador em biotecnologia
jmirandadn@gmail.com

 

publicado por luzdequeijas às 15:09
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ESTADO PATRÃO, LIVRA!

A Organização Europeia para Pesquisa Nuclear anunciou, esta quarta-feira, que descobriu uma partícula nova que pode ser o bosão de Higgs, conhecido como a "partícula de Deus", porque confere ordem massa ao universo.

 

Com profundo respeito por esta suposta descoberta, seria de preferir que descobrissem um qualquer “SIMULADOR” que ajudasse, por exemplo, todas as câmaras e governos deste país a encontrarem os modelos ideais para investimentos, que nos dessem "massa" e ordem, sem sobrecarregarem o povão. Que pudessem criar riqueza e emprego, de tal modo que acabassem os famigerados “INVESTINENTOS PÚBLICOS”. Tudo isto a propósito de declarações de um deputado do BE no nosso parlamento, no qual afirmava que o país precisava mesmo era de “ Investimento Público Produtivo”.

Ora, a nossa preocupação vai no sentido de sabermos e acreditarmos na existência da partícula de DEUS (Bosão de Higs), mas não podermos acreditar em Investimento Público Produtivo” pois, sabe-se que todo o investimento do ESTADO só serve para dar emprego aos políticos e seus amigos, não sendo conhecida qualquer “Empresa Pública” a dar lucro, mesmo aquelas que parecem dar! Por favor, inventem o tal SIMULADOR e acabem com o Estado Patrão. Se é verdade que é o “POVO QUEM MAIS ORDENA”, então sigam por aí, e promovam o aparecimento de muitos e bons empresários. É disso que Portugal precisa.

publicado por luzdequeijas às 14:44
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Quinta-feira, 14 de Março de 2013

AS PRIVATIZAÇÕES

Cavaco, que Soares dizia “desconhecer”, representou o primeiro dirigente da democracia portuguesa que chegava ao poder fora da resistência contra Salazar e do PREC, e com uma formação dominantemente económica, em vez de jurídica.

A maioria absoluta de Cavaco Silva, uma verdadeira subversão de um sistema eleitoral construído para obrigar a governos de coligação, abrindo caminho a um ciclo de governabilidade sem passado até então, e sem futuro até 2005 (19 de Julho de 1987).

Procedeu-se à desregulamentação da economia e fez-se a privatização do espaço televisivo e da comunicação social escrita do Estado. Criação da SIC e da TVI.

Fez-se a Revisão Económica da Constituição, permitindo finalmente a existência de uma plena economia de mercado, e as privatizações. O PS que tinha bloqueado mudanças na parte económica da Constituição, finalmente cedeu ao PSD (1989).

Tivemos a primeira Presidência portuguesa da UE. Nunca até então a alta administração pública portuguesa tinha conhecido uma prova tão dura.

A Expo, a realização urbana de grande dimensão mudando a face oriental de Lisboa e levando ao clímax o ciclo de grandes obras dos anos do “cavaquismo” (1998).

Adesão ao euro, principal manifestação da decisão estratégica de manter Portugal no chamado “pelotão da frente”, ou seja, no grupo mais avançado da UE, abrindo caminho à questão do défice, suscitada pelo Pacto de Estabilidade e Crescimento (1 de Janeiro de 1999).

Percebe-se que Portugal vai recuperando o seu prestígio junto das outras nações e que a integração europeia vai na senda daquilo que, os demais parceiros da UE fizeram anteriormente. Liberalização da economia e entrega à iniciativa privada do seu desenvolvimento.

Ao contrário de todo o esforço dos partidos e forças de esquerda para seguirem os passos das economias socialistas/comunistas (que não tardariam a desaparecer repentinamente do mundo) a nossa evolução foi sendo no caminho das democracias europeias.

Foi neste sentido que as empresas anteriormente nacionalizadas foram quase na sua totalidade devolvidas à iniciativa privada.

Em todo este problema de saber quem detém a posse das empresas, há um outro que não pode ser esquecido por dizer respeito aos seus trabalhadores. Eles são, foram e continuarão a ser o maior capital dessas mesmas empresas e do país, mas também aqui, há uma história nas nacionalizações vs. privatizações. Trata-se da abordagem ao problema da educação, a fazer noutra altura.

Aquando das nacionalizações as empresas tinham um passado e naturalmente que, aparte algumas injustiças, que sempre há, os seus técnicos seriam os melhores e os seus quadros foram também, naturalmente, aqueles que na sua actividade diária mostraram ter o perfil adequado a esses desempenhos.

No acto das nacionalizações, que foram actos revolucionários, a primeira acção era regra geral o saneamento selvagem de toda a estrutura de comando ou até técnica. Muita gente de lágrimas nos olhos, viu ser-lhes retirado o trabalho e os seus direitos adquiridos. Normalmente eram substituídos por outros. Algumas vezes de fora, mas nunca por empenho ou qualidades,  ascenderiam a posições de relevo na estrutura dessas empresas. A qualidade pedida era que fossem de esquerda, de preferência ativistas políticos.

Nesta situação as empresas foram-se deteriorando, adoecendo até estenderem as mãos aos cofres do Estado. Os salários começaram a estar em perigo em cada mês que passava, e não foram poucos os casos de encerramento.

Do lado oposto, nas privatizações, os novos donos foram muitas vezes os antigos donos mas, mesmo sendo outros, o problema era o mesmo. As indemnizações pelas nacionalizações, quando as houve, foram ridículas, mas no acto das privatizações, apareceu na sua frente um Estado sem recursos, que tentava encaixar o máximo de dinheiro para alcançar o equilíbrio das contas públicas.

Os pretendentes à posse das empresas conheciam-nas como ninguém e conheciam muito bem, igualmente, os seus empregados. Os anos haviam decorrido e os tais antigos colaboradores, saneados, já não eram jovens. Salvo poucos casos, os candidatos às empresas a privatizar, bons conhecedores de actos de gestão, exigiam antes do acto se consolidar, que as empresas tivessem uma média etária, dentro de valores padrão recomendados.

Daqui saírem às centenas, ou aos milhares de trabalhadores, para a tão famosa pré – reforma. Naturalmente defraudados pelas circunstâncias da vida, apareceram sentados nos bancos do jardim homens com cinquenta, ou até menos, anos de idade! Gente boa, leal e competente ! Eram as vitimas da mudança.

O afastamento forçado, naturalmente, não lhes tinha permitido uma atualização constante, mas sim aumentado a sua desmotivação e, iriam sair, com muitos sonhos por realizar, grande frustração humana e agravando os cofres da segurança social. Por outro lado, as empresas ficariam com menores encargos salariais, com uma média etária mais baixa, mas com um capital de experiência muito inferior.

Os outros, os comissários políticos, esses também saíam, mas o "sistema" arranjava-lhes outra colocação, quase sempre ao abrigo dos cofres do Estado. Afinal eram políticos.

 

publicado por luzdequeijas às 18:58
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OS MÉDIA EM 2008

O mundo está em mudança acelerada e Portugal tem pela frente a recuperação, em relação aos outros países da UE, acompanhada das grandes mudanças e desafios que estão em curso em todos os continentes. Para tal, terá que conseguir vencer os "bloqueios " que paralisam o nosso país, rapidamente, e acima de tudo, com uma liderança sábia. Não está a acontecer! Vejamos os maiores bloqueios:

 

. Administração pública. Os serviços públicos (centrais ou locais) não foram capazes de acompanhar as mudanças que ocorreram no país. Herdeiros de uma tradição colonial, continuaram distantes da população e das suas necessidades. Na saúde, educação ou gestão local, por exemplo, presta um serviço medíocre face aos enormes recursos que consome. Toda a administração pública portuguesa está repleta de dirigentes pouco qualificados, serviços e procedimentos inúteis. Funcionários públicos, totalmente desmotivados.  

. 20 % em risco. 1/5 Da população portuguesa apresenta graves problemas de inserção social ou dificuldades em acompanhar as mudanças em curso. As causas são múltiplas: baixa e má escolaridade, idade avançada, isolamento, dificuldades de integração social de minorias étnicas (ciganos, africanos), etc.

 

O primeiro-ministro José Sócrates sabe bem que voltar a "aproximar Portugal do nível de vida dos países mais desenvolvidos da Europa", objetivo que definiu na sua intervenção de Natal do 1.º ano do seu mandato, depende menos dele e da sua equipa, que da sociedade portuguesa e da própria Europa. Por muito otimismo que se queira imprimir à sociedade, há estruturas que não se conseguem mudar nem em duas legislaturas.

Assistimos, neste momento, exatamente à demonstração dessas dificuldades. Para impor as necessárias medidas de correção, o partido socialista tem, como bons, os seus métodos. Marcha em frente, só parando para ganhar as próximas eleições. Greves nunca antes vistas, contestação generalizada! Mas calada e neutralizada pelos media!

 

publicado por luzdequeijas às 18:50
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PENSANDO NO BEM COMUM

ESTÁVAMOS EM 2008

O primeiro-ministro sempre em postura arrogante, não consegue dar as mãos à sociedade civil. Não, apoia-se na comunicação social, que domina por completo, mas não tem humildade para dialogar, para mudar um pouco, o rumo da sua trajetória, etc. Apoia-se no grande capital! Com linguagem de esquerda! Deseja ardentemente o betão! A via das PME é mais segura para o país!

Quanto à oposição que, neste momento, apresenta boas sugestões, o PS e o PM, arrasam-na, com demagogia, e a lealdade total dos média! Estes, estão a prestar um mau serviço à democracia e ao país. Há de facto outros métodos e soluções que eles querem ignorar. Porque estão demasiado agarrados ao poder. Com a crise internacional e as medidas  tomadas, estamos a cair num perigoso " capitalismo de Estado "! Perto de Hugo Chávez! Há semelhanças, muito perigosas. 

O Presidente Cavaco Silva, seu companheiro e cúmplice nas atuais reformas, enfrentou essas dificuldades nos seus dez anos de Governo. As mudanças que dependiam de atuação legislativa, como foram a reestruturação do sector financeiro, a privatização e a desregulamentação da economia, concretizaram-se. Aquelas que estavam nas mãos da sociedade, como a qualificação educativa e profissional de cada um e a organização mais produtiva das empresas e do Estado, falharam. E é destas que depende hoje, como nunca, o desenvolvimento do País. E é nestas que estão hoje centradas as atuações do Governo de José Sócrates. Sem avanços, talvez até com recuos e muitos danos causados ao país! Não há mobilização!

Todos sabemos que a situação que se vive em Portugal não é fácil. Podemos estar condenados a ser uma das regiões mais pobres da União Europeia. Pior do que isso, ainda não estamos fora do perigoso caminho do retrocesso, de acabar pior do que começámos esta legislatura. A comunicação social, quer a continuação deste estado de coisas, por razões clubísticas, em vez do altruísmo e isenção da informação. Pensando no bem comum!

 

publicado por luzdequeijas às 18:28
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Quarta-feira, 13 de Março de 2013

O MARAVILHOSO CHOQUE TECNOLÓGICO

Um tal Bino (não o Pino) foi à China descobrir inovações para depois vender ao Hugo Chaves ! Ora vejam ......  e, também, para conhecer melhor as novas tecnologias e uma "Pen" que não falhe........

 
Tecnologia chinesa! O tal Bino foi de visita à China e comprou um 
par de óculos cheios de tecnologia, que permitiam ver todas as pessoas nuas.
O tal Bino coloca os óculos e começa a ver todas as mulheres nuas..., fica 
encantado com a descoberta chinesa. - Ponho os óculos..., só vejo
mulheres nuas! Tiro os óculos..., já as vejo vestidas! Que maravilha! 
Isto sim é tecnologia!!! Melhor que o " Magalhães " !

E assim foi o tal Bino para Portugal, louco para mostrar a novidade à sua Maria. No avião, maravilha-se ao máximo vendo as hospedeiras e as passageiras todas nuas. Quando chega a casa, entra já com os óculos postos para abraçar a sua Maria toda nua. Abre a porta de casa e vê a sua Maria a conversar com o seu vizinho, todos nus sentados no sofá. Tira os óculos..., todos nus! Põe os óculos..., todos nus! Tira os óculos..., todos nus! Põe os óculos..., todos nus! então, o tal Bino exclama:  já avariaram !!! ... uma porcaria, estes produtos chineses !

 

Produtos chineses " Jamais"

 

 

publicado por luzdequeijas às 16:59
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A LEI DE GOODHART

É na luta partidária, entre PS/PSD, de atribuição de culpas, que os nossos partidos gastam as suas energias e o povo engole privações. Nada se explica ao povo, mas aumentam-se os impostos descaradamente! Incumprem-se as promessas, enquanto se fazem auto-elogios com a correcção do défice, paga pela população. Deus sabe com que sacrifícios ! 

Os números apresentados, de tanto discutidos na praça pública, acabam por desacreditar toda a informação estatística servida ao país, e até ao estrangeiro. É aqui que entra a “Lei de Goodhart“ que diz: “ deixa de ser fiável o valor de uma grandeza estatística que é transformada em objectivo político”. O problema dos dados estatísticos já de si é difícil ! Tanto o cidadão comum, como os políticos e os jornalistas, normalmente, não têm preparação para fazer uma correcta leitura e análise destes dados. Agrava-se o facto ainda mais, com a descredibilização que tais dados informativos estão a atingir !
publicado por luzdequeijas às 16:51
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O SUOR DOS PORTUGUESES?

Para a história ficará, que foi no período entre 1995 e 2001, a entrada de cerca de 120.000 funcionários para a Função Pública! Havia 600.000 funcionários em 1995, e no final de 2001 o total era 720.000 . Um aumento de 20 % em funcionários que acarretaria, logicamente, o mesmo aumento na despesa salarial do Estado. Todavia, ela foi bem maior! Os novos funcionários entraram com uma média de salários superior aquela que havia antes! Porquê? É que a maioria dos novos funcionários fora colocada como quadros nos muitos “ Institutos do Estado “, então criados! Tais Institutos vieram duplicar funções que já eram desempenhadas na Função Pública! Só que, quando de um lado havia um diretor, do outro passou a haver um Presidente, com 4 ou 5 administradores, carros, motoristas, altos vencimentos e muitas mordomias. Instalações novas, novos e caros equipamentos, enfim, uma verdadeira babilónia! Os custos originados não se ficaram pelos 20 %, mas por 25 %! Este facto, traduzido em percentagem, resultou num acréscimo de 3,75 % do PIB! Desde 2001, é precisamente este valor percentual de + ou - 3,75 %, que Portugal tenta corrigir como défice crónico anual. Tem custado o suor dos portugueses!

 

 

publicado por luzdequeijas às 16:48
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PAÍS DE CARREGAR NO BOTÃO

Se no desemprego conjuntural os empregos perdidos podem ser recuperados com uma melhoria da conjuntura, no desemprego estrutural, os postos de trabalho perdidos, muito dificilmente serão recuperados.

Vem a talho de foice, tudo o que se passou em Portugal nos últimos dez anos. Para um bom observador e amante do seu país e das suas gentes, o dia-a-dia vai-lhe deixando marcas que perduram. A propósito, citaremos a título de exemplo, um tão apregoado “choque tecnológico”. Também o gosto de falar na rua com as pessoas que nos dão “troco”. No caso, jovens e idosos que, embora em campos opostos, muito têm a ver com a “suposta evolução” da sociedade. Na verdade é ela, que mais mexe com o chamado “desemprego estrutural”. Foram milhares de postos de trabalho que o país perdeu, com a introdução de milhares de equipamentos eletrónicos que varreram gente ocupada dos seus locais de trabalho. Certamente com destino ao desemprego ou a uma reforma, talvez, “antecipada”. Somos um país de idosos que muito ofereceram a outras gerações mais novas. Graças a Deus não morreram, mas mesmo passeando pela rua e transportes públicos, se percebe, como foram tratados sem qualquer respeito. Repudiu aqueles políticos que querem comprar esta boa gente com bailaricos e almoçaradas!

Quando esta boa gente comprava o seu bilhete de transporte público, falava, informava-se e convivia com quem os atendia. Depois do “choque tecnológico, falam para máquinas. Ainda se falassem com máquinas simples, vá que não vá, mas não, falam para máquinas que só entendem uma lógica informática. Máquinas que contemplam “n” situações diferentes, com dezenas de botões que têm instruções em letra minúscula, com portas de acesso eletrónicas, sem qualquer indicação se devem ser acionadas para a direita ou para a esquerda. Com telefones, algures, a jeito de falarem para o boneco etc.,

Cabe perguntar a alguém: “Quem ganhou com aquela eliminação de tantos postos de trabalho?

Que respeito e carinho houve por milhares e milhares de idosos, que felizmente estão vivos e, mesmo vendo mal, são felizes?

Ora, em todo e qualquer país e em todas as sociedades civis, há um fio condutor que assegura o seu progresso e a sua existência. Também o seu futuro. Este fio condutor é composto fisicamente (?) de duas realidades diferentes: uma de natureza humana e outra de natureza sobrenatural. Esta última, representa o seu passado e os milhões de pessoas que o serviram, mas que já morreram. A natureza humana representa aqueles que estão vivos e a representam. Dentro desta, teremos de muito acarinhar, os idosos e as crianças na sua especificidade e limitações!

 

Este fio condutor obedece a regras inscritas, talvez, na natureza. Aquela parte do fio, de condição humana, pode aguentar esforços de distensão rápida ou mesmo de estagnação ou compressão, mas nunca de rutura.

 

publicado por luzdequeijas às 15:34
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DESEMPREGO CONJUNTURAL

    O desemprego conjuntural resulta, normalmente, de uma situação temporária. Quando um país enfrenta problemas económicos, aparece um abrandamento da produção industrial e agrícola, diminuição das vendas no comércio,  e diminuição na prestação de serviços. Em resultado disto, surge a eliminação de muitos postos de trabalho  e o consequente aumento do desemprego. Tais postos de trabalho perdidos durante a crise económica, tendem a ser novamente recuperados com o fim da crise.

Nos últimos anos o desemprego em Portugal vem aumentando muito rapidamente, situando-se nos 16/17%. A nossa vizinha Espanha, país desenvolvido, tem 26/27 % de desemprego ( superou 5 milhões de desempregados), em apenas um ano (entre fevereiro de 2012 e fevereiro de 2013), acumulou mais 328 mil desempregados, um aumento homólogo de 6,96%.
Os dados mostram também uma nova queda de 22 mil pessoas no número de trabalhadores ativos, para cerca de 16,15 milhões. A perda de emprego ocorreu em todos os setores e afetou maioritariamente homens.

 

publicado por luzdequeijas às 14:41
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DESEMPREGO ESTRUTURAL

    Os trabalhadores não qualificados são as maiores vítimas das inovações tecnológicas na agricultura, na indústria, no comércio e na prestação de serviços. Cada vez aparecem mais máquinas inteligentes, ou robôs que realizam atividades repetitivas com vantagens assinaláveis, substituindo os trabalhadores pouco especializados. O desemprego estrutural é, assim, resultante da modernização das estruturas produtivas e do trabalho, que ocorre com a introdução de automatismos nos processos de produção. O desenvolvimento e a utilização de serviços de auto atendimento, como terminais bancários, aparelhagem eletrónica nos autocarros, nas portagens, nas caixas eletrónicos dos bancos etc., contribuem para diminuir o número de empregos. No desemprego estrutural o posto de trabalho substituído por uma máquina deixa de existir, desempregando o trabalhador.

          

 

publicado por luzdequeijas às 14:08
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VEM AÍ OS ROBÔS

RUBÓTICA

Cada vez mais as pessoas utilizam os robôs para as suas tarefas. Em breve, tudo poderá ser controlado por robôs. Os robôs são apenas máquinas: não sonham nem sentem e muito menos ficam cansados. Esta tecnologia, hoje adaptada por muitas fábricas e indústrias, tem obtido de um modo geral, êxito em questões levantadas sobre a redução de custos, aumento de produtividadee os vários problemas trabalhistas com funcionários.

O termo Robô foi pela primeira vez usado pelo Checo Karel Capek (1890-1938) numa Peça de Teatro - R.U.R. (Rossum's Universal Robots) - estreada em Janeiro de 1921 (Praga)[2]. O termo Robótica foi popularizado pelo escritor de Ficção Cientifica Isaac Asimov, na sua ficção "I, Robot" (Eu, Robô), de 1950. Neste mesmo livro, Asimov criou leis, que segundo ele, regeriam os robôs no futuro: Leis da robótica:

  1. Um robô não pode fazer mal a um ser humano e nem, por omissão, permitir que algum mal lhe aconteça.
  2. Um robô deve obedecer às ordens dos seres humanos, exceto quando estas contrariarem a Primeira lei.
  3. Um robô deve proteger a sua integridade física, desde que,com isto, não contrarie a Primeira e a Segunda leis.

A ideia de se construir robôs começou a tomar força no início do século XX com a necessidade de aumentar a produtividade e melhorar a qualidade dos produtos. É nesta época que o robô industrial encontrou as suas primeiras aplicações, o pai da robótica industrial foi George Devol. Devido aos inúmeros recursos que os sistemas de microcomputadores nos oferece, a robótica atravessa uma época de contínuo crescimento que permitirá, em um curto espaço de tempo, o desenvolvimento de robôs inteligentes fazendo assim a ficção do homem antigo se tornar a realidade do homem actual.

A robótica tem possibilitado às empresas redução de custos com o operariado e um significativo aumento na produção. O país que mais tem investido na robotização das atividades industriais é o Japão, um exemplo disso observa-se na Toyota

Porém há um ponto negativo nisso tudo. Ao mesmo tempo que a robótica beneficia as empresas diminuindo gastos e agilizando processos, ele cria o desemprego estrutural, que é aquele que não gerado por crises económicas, mas pela substituição do trabalho humano por máquinas.

Ressalta-se entrentanto que há alguns ramos da robótica que geram impacto social positivo. Quando um robô é na realidade uma ferramenta para preservar o ser humano, como robôs bombeiros (em português), submarinos, cirurgiões, entre outros tipos. O robô pode auxiliar a re-integrar algum profissional que teve parte de suas capacidades motoras reduzidas devido a doença ou acidente e, a partir utilização da ferramenta robótica ser reintegrado ao mercado. Além disto, estas ferramentas permitem que seja preservada a vida do operador.

A robótica é usada em várias áreas. Podemos citar por exemplo: Nanotecnologia (para a construção de nanorobôs a fim de realizar operações em seres humanos sem necessidade de anestesias), na produção industrial (os robôs que são criados para produção e desenvolvimento de mercadorias) e em produções avançadas como os "dummys" feitos para transcrição de colisões de carros,os chamados "crash tests".

publicado por luzdequeijas às 13:48
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Terça-feira, 12 de Março de 2013

É SÓ FAZER AS CONTAS .....

De 2002 a 2006 o défice foi reduzido para 3,9% do Produto Interno Bruto. Fonte: Instituto Nacional de Estatística

 

Mesmo assim, mais de 50% até 2006, do que este país produziu, foi "engolido" pela máquina do estado. Como poderá algum país conseguir ser competitivo e/ou se desenvolver neste estado de coisas? Isto tudo apesar do aumento dos impostos nos produtos petrolíferos, sobre os carros, energéticos (ISP), IVA e aumento do tabaco etc.

O Tribunal de Contas ( TC ) afirmou que continua a ter dúvidas sobre as contas do Estado, porque a informação disponível não permite certezas sobre as receitas e as despesas públicas, e, consequentemente, sobre a dimensão do défice orçamental. Na verdade o governo procede, em contínuo, a uma total mistificação dos dados que vai sendo apresentado, ou seja, em lugar da apresentação dos valores da execução orçamental comparativamente aos valores orçamentados, desvia esta análise, para a comparação com os dados do ano anterior!

Assim, custa mais a perceber se os objetivos estão a ser ou não cumpridos, e onde se situam os principais desvios. A situação explicita a enorme mistificação que o governo tem vindo a fazer, afirmando o controlo das finanças públicas e do défice, pela redução da despesa. Não é verdade.

Apesar da brutal carga de impostos, dizia José Sócrates: A nossa ambição é uma: colocar a economia portuguesa na rota do crescimento, da criação de emprego, da justiça social e da promoção do bem-estar. O mandato que terá 4 anos e meio (maior que o normal), tudo aponta, que vai chegar ao fim e nenhum destes objetivos (e muitos outros) estão alcançados, antes pelo contrário, o país atrasou-se irremediavelmente!- O défice das contas públicas ficou, em 2007, nos 2,6% ( ? ), revelou o Instituto Nacional de Estatística (INE). As contas de 2008 são ainda escassas. A crise internacional está para durar, mas o FMI prevê cescimento para Portugal em 2007 0,6% e para 2009 - 0,1%! Significa  estagnação para toda a gente menos para o PM! Com o seu otimismo (?), vê nisto crescimento!

Contudo, quando os ventos vindos de fora eram de expansão, o governo reclamava aplausos para si pelo crescimento das exportações! Agora, a culpa é da ganância dos americanos. Há aqui algumas semelhanças com Hugo Chávez!

 

Se fizermos o calculo do Défice de 2007, nas condições que havia em 2004, ou seja, sem as receitas dos aumento dos impostos e dos cortes sociais que se verificaram, para comparação dos Défices de 2007 e 2004, e acrescentarmos as receitas extraordinárias  (1,4%) obtemos para o Défice de 2007 o valor assustador de cerca de 7%, muito superior aos 5,2% do PIB obtidos em 2004. Para este ano o valor do défice deveria ter um valor semelhante aquele de 2007 ! Ou pior!

 

De resto, toda a recuperação no défice se está a dever às receitas fiscais, no entanto, o maior acréscimo foi registado nos impostos diretos. Tal mérito deveria merecer um aplauso à Dr.ª Manuela Ferreira Leite por ter criado as condições para que tal acontecesse! Todo o planeamento do saneamento fiscal, a ela e Bagão Félix se deveu!

O défice vai sendo controlado, mas não é indiferente para a economia tal acontecer por via do aumento dos impostos e não por via da diminuição da despesa. Também não é indiferente para a economia que tal controlo se deva a um enorme esforço da população pagando impostos excessivos. Logicamente que para o fazer teve de se conter, muito, no consumo! A economia ressentiu-se disso, o que não teria acontecido se tivesse sido reduzida a despesa corrente do Estado. Mas ganhar eleições soa mais alto!
 

As tão faladas reformas estruturais não se fizeram, a despesa continua alta, e agora o “subprime” vai complicar o “show of ” eleitoral (com o dinheiro do povo), que o governo queria fazer em 2009, gastando em investimentos o dinheiro que o país não tem, naquilo que o país não precisa!

publicado por luzdequeijas às 22:03
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COMO É EVIDENTE!

Paulo Núncio, que falava na conferência 'Reforma do IRC: uma oportunidade única para Portugal', organizada pelo Diário Económico e pela Ernst & Young, disse que «da reforma do Estado depende a necessidade de menos impostos sobre as empresas e as famílias» e que «só com menos Estado e melhor Estado, no âmbito da redução da despesa pública a par do combate à fraude e evasão fiscal, será possível reduzir a carga fiscal».

O governante fez questão de frisar que 2013 será «o ano de uma reforma profunda do IRC», principalmente em quatro eixos: o alargamento da base tributária, a redução das taxas nominais, a simplificação das obrigações declarativas e a reestruturação da política fiscal internacional do Estado.

Diário Digital / Lusa

publicado por luzdequeijas às 12:45
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Segunda-feira, 11 de Março de 2013

O SILÊNCIO DOS BONS

A educação (para a vida) e a cultura ao longo dos anos, deve plasmar consciências coletivas, estruturadas nos valores eternos da sociedade: moralidade, espiritualidade e ética.

Solução síntese: transformar a consciência do português. O processo deve começar na comunidade onde vive e convive o cidadão;

A comunidade quando está politicamente organizada em Associações de Moradores, Clube de Mães, Clube de Idosos, etc. Torna-se num micro estado.

As transformações desejadas pela Nação para Portugal, serão efetuadas nesses microestados, que são os átomos do organismo nacional – Confirma a Física Quântica.

Ao analisarmos a conduta das pessoas nos países ricos e desenvolvidos, constatamos a grande maioria segue o paradigma quântico, isto é, a prevalência do espirito sobre a matéria, ao adotarem os seguintes princípios de vida:

1 – A ética, como base;

2 – A integridade;

3 – A responsabilidade;

4 – O respeito às leis e aos regulamentos;

5 – O respeito pelos direitos dos outros cidadãos;

6 – O amor ao trabalho;

7 – O esforço pela poupança e pelo investimento;

8 – O desejo pela superação;

9 – A pontualidade;

Somos como somos porque vemos os erros e só encolhemos os ombros e dizemos: “ não interessa”! ….A preocupação de todos, deve ser com a sociedade, que é a causa, e não com a classe política, que é o triste efeito.

Só assim conseguiremos mudar o Portugal de hoje.

Vamos agir! Reflitamos sobre o que disse Martin Luther King: “O que é mais preocupante, não é o grito dos violentos, dos corruptos, dos desonestos, ou dos sem ética.

O que é mais preocupante, é o silêncio dos que são bons.

publicado por luzdequeijas às 22:17
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UM PAÍS DE LOUCOS?

HOJE

Com video 0

Realizaram-se 579 manifestações em Lisboa, 1,5 por dia, no ano passado

Realizaram-se 579 manifestações em Lisboa, 1,5 por dia, no ano passado

A PSP indicou hoje que o ano passado realizaram-se 579 manifestações em Lisboa, significando, em média, 1,5 por dia.

publicado por luzdequeijas às 19:11
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CAUSAS DO ESTADO DO PAÍS

 

Julgo serem muitas as causas que concorrem para o estado em que se encontra a nossa democracia e a nossa sociedade, eis algumas:

 

“Educação mais transparente”- O país não pode prescindir de valorizar o seu capital humano. É uma obrigação de todos, de cidadania. O mérito é a razão da mudança. Portugal é o país que pior e mais gasta no ensino. Formamos milhares de jovens que saberão «tudo acerca de nada», mas incapazes de usar o português básico, ou a matemática!

“ Valores ignorados”– A construção de uma sociedade ética (de valores) será o resultado da acuação daqueles que consciente e deliberadamente desenvolverem uma ação social e de amor pelo próximo. A ação social que se refere, não imobiliza recursos, ao contrário, mobiliza potencialidades dando sustentabilidade a uma criativa rede de relações complementares. Porque nas pessoas "instruídas" em que não haja valores humanos, o que encontramos é somente ansiedade e preocupação. Também a visão estreita do oportunismo. Os valores que preconizamos produzem paz, dentro de uma sociedade justa e livre. Esta sociedade virá.

“Demagogia no lugar da verdade”- A demagogia eleitoral é outro dos fatores de distorção a corrigir para que a democracia possa melhorar e os políticos ganhem maior credibilidade. Os comportamentos tudo ganharão com isto! A credibilidade também.

“ Votar à esquerda e à direita “- Um povo amadurecido politicamente tem coragem e entendimento para votar no melhor candidato ou na alternância se for o caso. Votar sistematicamente por simpatia no mesmo partido é um mau serviço prestado à democracia.

 “ Medo de desmistificar os secretismos”- Em Portugal existe a moda de copiar o “estrangeiro” mas depois ninguém sabe encontrar os limites razoáveis para tal cópia. Todavia agora, como já tinha sido no início do século passado, assistimos a um domínio total das tendências, dos lóbis e grupos que estão a transformar o nosso país num arremedo de democracia. A sua qualidade é paupérrima em razão desse facto. A transparência e o falar verdade são a única forma de captar a confiança do povo e a sua inteira motivação para a luta que nos espera. A batalha do presente e do futuro!

“Falta mais e melhor democracia”- É necessário vontade de agir, de maneira a cultivar a verdadeira democracia, fazer progredir o desenvolvimento e expandir as liberdades humanas, em todo o mundo. Em Portugal, muito mais. As soluções passam por uma maior participação civil e pela criação de instituições justas e responsáveis, que protejam os direitos humanos e as liberdades básicas.           

“ Saneamento dos partidos políticos” – Deve o Estado intervir no mau funcionamento interno dos partidos? Atendendo ao estado a que eles chegaram, sim. Não tenho a menor dúvida de que o mal da nossa democracia e do nosso sistema político reside nos partidos políticos que temos. O Estado não pode continuar a financiá-los com o dinheiro do povo, quando eles se transformaram numa coutada. Distribuem entre os seus amigos os lugares, cujo desempenho deveria caber aos mais competentes. Hoje, são partidos de cartel. Não haja dúvidas. A existência de “sindicatos de votos”, quotas pagas por outros que não os próprios, atropelos à democracia internam, etc. e muito mais!

 

Comentário para quê? Sem o retorno aos valores, não vejo como mudar. O regresso aos valores não se faz de um dia para o outro. Foram precisos anos para se atingir o caótico estado atual. Serão precisos muito mais anos para se atingir o mínimo de vivência salutar, baseada nos indispensáveis valores humanos. Parece que a atual situação interessa a muita gente, se refletirmos convenientemente, ela não interessa a ninguém. Quanto à modificação do atual estado de coisas , só sei que ele tem que mudar, como, de facto não sei ! Mas sei que mudará, COM MAIS CIVISMO E MENOS GREVES E MANIFESTAÇÕES

publicado por luzdequeijas às 19:00
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A DESRESPONSABILIZAÇÂO GERAL

Uma sociedade estruturada em valores humanos, poderá levar centenas de anos até ser conseguida. É uma forma contínua de respeito pelos valores recebidos e muito esforço pelo seu aperfeiçoamento. Tudo em resultado de uma entrega abnegada e desinteressada de milhões de almas nascidas e desaparecidas de consciência tranquila!

Hoje, em Portugal e contrariamente ao que gostamos de presumir, a vida hipnotiza-nos com muita facilidade e logo nos esquecemos do que devemos fazer, mesmo se for Deus a pedir-nos  «um copo de água». Basta o olhar de uma linda mulher, ou um elogio envenenado. Basta a embriaguez do poder adquirido sem merecimento. É na área do comportamento que se trava a batalha mais importante do desenvolvimento. Comportamento individual e coletivo. Sem as virtudes do civismo, o homem não é capaz de viver de bem consigo próprio e de conviver respeitosamente com os outros, tão pouco de se integrar na comunidade civil, de trabalho ou familiar. Tudo se transforma num lodaçal! O cheiro é irrespirável!

 

Como prova de que não estamos no bom caminho, basta atentar no seguinte: São várias as etapas da desresponsabilização , decorrendo a primeira do apregoado direito de cada pessoa fazer o que quiser. É assim normal, as pessoas embriagarem-se, drogarem-se, prostituírem-se, etc., etc., e ninguém ter nada a ver com isso. Não há satisfação a dar à família, à comunidade, nem aos poderes constituídos.

Temos depois, como segunda etapa, o direito à comiseração geral.

Os que se embrenham em qualquer marginalidade, diz-se, têm direito à compreensão e à tolerância da coletividade. Surge, a seguir, o direito à solidariedade. Esta é a terceira etapa da desresponsabilização e porventura aquela que entroniza a marginalidade na vivência da comunidade. Esta é a etapa da consolidação da desresponsabilização. E lá vamos, assim, a caminho da desresponsabilização geral. 

 

Quem é que não reparou já na desresponsabilização habitual de altos responsáveis da governação e administração do país? Esses senhores fazem, nos seus postos de trabalho, o que querem, como querem, e nunca são responsabilizados. Não são demitidos, mas apenas deslocados para outros cargos, ainda melhores! E se são governantes, aguarde-se por novas eleições para passarem a deputados. Quem é que os não vê nas bancadas da Assembleia da República? Foi por este caminho de gente “boazinha”, gente que tudo perdoa, gente com horror à responsabilização que Portugal bateu no fundo! Foi por este caminho que se perderam os valores e a responsabilização de quem não quer ser responsável consigo próprio, nem com os outros! Só quer os seus direitos sociais! Aqui chegados, já nem sabemos o significado de “comportamento”!

 

A corrupção alastra, o compadrio substituiu o mérito e o interesse material oblitera o dever de servir a comunidade. A maledicência, a intriga e o oportunismo minam o debate e a informação, que se desejavam cordiais e frutuosos. A mediocridade banalizou-se, tornou-se normal. O mau gosto alastra. A honra das pessoas perdeu valor.

Já não se identifica a mediocridade, o mau e o bom gosto misturam-se, confunde-se a esperteza com a falta de carácter, a ambição com o oportunismo. A denúncia é virtude, muito bem paga! Portugal afunda-se num charco! Da economia à justiça, da administração interna à saúde, os pequenos e grandes escândalos e crimes surgem a um ritmo quase diário. Todas as atividades são atingidas, escapam, quando muito, as pessoas mais resistentes. E uma ou outra instituição!

 

Confesso, com toda a sinceridade, que não vejo maneira de mudar este estado de coisas. Não sinto que haja energia suficiente para inverter a situação. Um regresso muito desejado a uma sociedade mais transparente, mais humana e com predomínio da dignidade pessoal, pode estar em perigo. Os políticos resistem o mais possível às mudanças, só as admitindo quando já é demasiado chocante tudo continuar na mesma.

 

O recrutamento de governantes revela que já não existe uma elite preparada e disponível para exercer o poder. Ou seja: já se anda a rapar no fundo do tacho.

 

Há um problema de captação de elites porque os partidos não querem fazê-lo. Querem manter a mediocridade em que se movem. As elites terão de vir de outras formas de apuramento. Talvez da sociedade civil e dos seus pilares.

 

publicado por luzdequeijas às 18:43
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IDEAL OLÍMPICO, PRECISA-SE

Tradicionalmente, costuma-se afirmar que os primeiros Jogos Olímpicos foram realizados na Grécia Antiga no ano 776 a.C., como uma importante celebração e tributo aos deuses. Porém, em 1896, um aristocrata francês, Barão de Coubertin, recuperou os Jogos, tentando reavivar o espírito das primeiras Olimpíadas, que passaram a ser realizadas de quatro em quatro anos desde então (como a tradição grega), tendo sido interrompidos apenas durante a Primeira e a Segunda Guerra Mundial. Inicialmente, os Jogos eram disputados apenas por atletas amadores. Entretanto, no fim do século XX, a competição foi aberta a atletas profissionais e crianças. Os gregos faziam uma oração no templo de Zeus para que as competições fossem justas. Pierre de Coubertin foi inspirado pelas suas visitas a colégios ingleses e estadunidenses, propondo-se a melhorar os sistemas de educação. Nas melhorias que visionava estava incluída a promoção da educação para o desporto, que ele acreditava ser uma parte importante do desenvolvimento pessoal dos jovens.

 

Atualmente, os atletas prometem, no juramento, honra, boa vontade e desportivismo.

 

"O importante não é vencer, mas competir. Com dignidade." Esse era o lema do educador francês Pierre de Frédy, mais conhecido como Barão de Coubertin.

A primeira edição das Olimpíadas modernas foi marcada para a primavera de 1896, em Atenas. A principal luta do Barão de Coubertin foi impedir a presença de atletas profissionais nas disputas. Pierre de Frédy gastou praticamente toda a sua fortuna para colocar em prática o sonho da Olimpíada. Morreu pobre e isolado, em 1937, em Genebra, na Suíça. Como forma de reconhecimento, o seu coração foi transportado para Olímpia  ( Grécia), onde repousa até hoje num mausoléu. O seu corpo repousa em Lausane, na Suíça.

A manifestação do ideal olímpico, através do equilíbrio da mente, corpo e espírito, valoriza a verdadeira liderança, naqueles que aspiram à integridade pessoal e querem alcançar a excelência, ou seja, equilíbrio em qualquer atividade profissional, educativa, política ou pessoal.

 

publicado por luzdequeijas às 18:12
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O QUARTEL GENERAL EM ABRANTES

 

Os Jogos Olímpicos em Pequim, de 2008, terão sido aqueles em que a representação portugueses, obteve os piores resultados, em termos de medalhas conquistadas. Já no Europeu de futebol, deste ano, houve algo de estranho! Tudo isto seria de somenos, se a atitude dos nossos atletas se tivesse pautado por uma atitude de equilíbrio da mente, corpo e espirito. Ou se o juramento olímpico tivesse sido cumprido.

 

" É isto que se deve exigir a quem se propõe governar um país como Portugal" Se assim for bem dispensaremos manifestações e greves, com toda a sua carga negativa!

 

Não terá sido assim, infelizmente ! Então que as culpas não sejam todas assacadas aos atletas, mas principalmente aos maus políticos. É justo, que assim seja. Os atletas terão tido as suas culpas ; declarações e actuações arredadas do desportivismo, honra e com a boa vontade, a ficar-se longe de uma atitude muito digna. Os políticos, no geral, não têm honrado o voto que o povo lhes deu! Houve excepções a confirmar a regra. Também houve atenuantes, que roçam o estado geral do país, a influenciá-los. Mas a doença anda por aí!

A verdadeira disputa nos Jogos Olímpicos é um verdadeiro teste ao espírito do atleta. Por esse espírito tem de passar o amor à verdade, à transparência e ao sacrifício !

Com Carlos Lopes, Rosa Mota, Aurora Cunha e outros heróis olímpicos portugueses, o contexto era diferente. Havia querer, espirito de sacrifício e grande vontade de ganhar. De ouvir o hino nacional também e sem tantas condições, como hoje são dadas. Foram muito dignos !

Como podem estes jovens de hoje, saídos há pouco das escolas, até mesmo ainda estudantes, sentir-se quando sabem e percebem que são dados diplomas escolares a centenas de pessoas, sem trabalho da sua parte? Dados, é o termo ! Com o único objectivo, de falsear as estatísticas. Neste plano, estes exemplos na governação actual são muito latos ! O clima de facilidades nos exames é algo de muito contagioso no espirito do povo e mais, dos jovens. O é mérito ignorado no exercício da profissão, muitas vezes premiando quem usou caminhos estranhos à verdade e à transparência, desmotiva ! Os presos que não cumprem as suas penas ! Claro que sim, sempre houve ! Mas nunca com a dimensão que há hoje. O facilitismo, a mentira, a denuncia e a falta de dignidade nas atitudes, estão aí ! Descaradamente, infelizmente . O povo percebe isto e muito mais ! Interioriza ! O que é pior .

Por último, uma palavra de respeito para meia dúzia de atletas que, ganhando ou não, tiveram um comportamento digno de campeões (o povo sabe quem são). Alguns são portuguess por opção, nunca tiveram quem os ensinasse a amar uma pátria. Eles aprenderam sofrendo, muito. Um campeão olímpico tem de saber respeitar os adverários e ter como atitude trabalho (duro), humildade, ambição e liderança. Estes, mesmo quando perdem, são sempre campeões ! Diplomas dados, nunca, são a negação do mérito!

No resto, os meninos mal educados, cábulas e a quem fazem a "papinha" toda, nunca farão grande uma pátria. Sem desporto nas escolas, muita educação sexual e certificados "dados", está em marcha o progresso para a destruição, social , ecnómica e ambiental a que chamam “ Entropia”. Geralmente associada ao conceito subjectivo de desordem. Vivemos ignorando o lixo quando arrumamos a nossa casa !  Qualquer dia não podemos entrar ou ,viver nela.  Fala-se do país, no seu todo !  O desporto poderia ser uma terapia . Infelizmente ...... está contagiado do mal geral. Depois do maior investimento de sempre! No ranking das medalhas, 19 dos 27 países da UE ficaram à nossa frente ! O habitual ! Igual a nós só o Panamá, declarou feriado nacional pela conquista da medalha de ouro no salto em comprimento ! Vicente Moura retirou o pedido de demissão. Tudo como dantes, o Quartel General em Abrantes.
publicado por luzdequeijas às 17:13
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A FENIX RENASCIDA

Este é um novo e grande desafio para que o povo português faça a sua descida ao fundo do poço. No mundo esotérico há muita convicção de que a verdade está no fundo do poço.
Em boa verdade parece mesmo que a verdade está no fundo do poço. A descida até lá é, decerto, desanimadora e sofredora .... mas é lá que está a verdade. Tem de ser  verdade que todo aquele que não ficar a meio, mas descer efectivamente ao fundo do poço é um esoterista por inteiro. O esforço para se descer a grande profundidade e a angustia de não  sabermos o que vamos encontrar, ou se voltamos, redobra a coragem e alegria na subida.
O nosso problema de hoje é a falta de preparação de cada português, individualmente e do colectivo nacional, para combater os seus monstros interiores. Fizeram de nós seres fracos pela ausência do sacrificio continuado. Os grandes campeões nunca o serão sem que antes tenham bebido muitas lágrimas! Sem terem caído, exaustos, vezes sem conta. Leventando-se a sofrer, para continuar!
 
Neste sentido o poço é um símbolo verdadeiramente universal. Odim, ao beber a água do poço, conseguiu o conhecimento dos acontecimentos passados, presentes e futuros.  De certo, logo a seguir a uma viagem de todos nós ao fundo do poço, virá à nossa alma colectiva de portugueses, a mesma força que fez com que este povo entrasse pelo mar dentro cheio de confiança e orgulho e, sem surpresa, ficasse frente a frente com gente de outros credos, raças, culturas e riquezas. E com eles aprendesse e ensinasse sem reservas, o modo espiritual de estarmos no mundo, sem manifestações e greves.
 
A lenda de Artur e do Graal, remete-nos para duas realidades fundamentais e que se complementam:
     - Uma na linha da individualidade aponta a busca da iniciação espiritual (demanda do Graal).
     - Outra no sentido da restauração de ouro. Um reino no qual poderemos encontrar de novo a harmonia entre os homens e a comunicação entre estes e o divino. (O regresso de Artur).

O eremita Trevizento informa o sobrinho Parsifal, da tradição do Graal e dos seus guardiões (os Templáros) : É pela virtude da pedra "Lapsit exilis "que a fénix se consome e se transforma em cinzas. Mas é destas cinzas que renasce a vida, a fénix renascida. 

 

publicado por luzdequeijas às 17:02
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Domingo, 10 de Março de 2013

UM DIPLOMA

TAMBÉM PODE SER UM NETO ...

 

Uma pequena história, bem ilustrativa, das mil e uma maneiras de se conseguir um diploma ! Trata-se de uma história com humor e que não ofende ninguém . Desta e de outras formas de conseguir um diploma, não tardará, que Moçambique se torne em África, no país mais alfabetizado ! É um caminho, para cegos, pelo menos...... .  

Um velhote de Nacala está na varanda de casa com um amigo, quando um menino passa por ali. Ele chama:
- Diploma, vai falar para sua avó trazer uma cafézinho aqui para a visita
!

E o amigo estranha:
- Mas que nome engraçado tem esse menino!!! É seu parente??
- É meu neto! Eu chamo ele assim porque mandei minha filha estudar em Maputo e ela voltou com ele
...

publicado por luzdequeijas às 17:13
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SABEM O QUE É ESTAGFLAÇÃO?

ANO DE 2011

Não! Estão muito longe de serem os únicos. Mesmo muito. Parece ser coisa de economistas! Aqueles a quem o povo paga o curso, para resolverem os problemas económicos do país! Só que o país não tem capacidade para os perceber. A nossa economia não funciona. Com a crise internacional pior! Com a liberdade conquistada deixámos de plantar! Arrumámos a enxada num canto!

Pela terminação da palavra em título, parece ter algo a ver com a inflação. Só que mais complicado! No fundo o povo conhece todas estas Marias, a quem eles chamam Felisberta! A inflação é uma coisa que tem a ver com a quantidade de batatas que a gente compra com o mesmo dinheiro. Quando, com o dinheiro bem contado, a gente leva menos batatas para casa, é a inflação. Ponto final. Agora para os economistas a conversa é outra. Falam de crescimento, variação de preços, deflator do consumo e do PIB etc. Mais “core inflation”, Índice Harmonizado de preços no Consumidor, ganhos de produtividade, Espiral Recessiva, etc.! É melhor ficar por aqui. Até nos faz dor de cabeça!

 

Bom, tudo isto lido em jornais que querem ser de grande expansão, torna-se mais complicado,99 % das pessoas não entendem. Porque não fazem, simplesmente, um governo só de economistas? Ou não tiram o Sócrates e metem em PM um economista que seja melhor nesta matéria. Por exemplo o Governador da BP. Ou talvez um jovem chamado Passos Coelho. Sim ele é “Economista”!

Bom, mas depois não me digam que lhe vão fazer arruaças, manifestações, insultos, greves etc. Comandados por um sindicalista (guarda-redes) ou um comunista operário, que destas matérias, eles nada sabem? Pois, sabemos que gritam muito, e são ainda melhores a fazer excursões gratuitas, com os reformados, a caminho de S. Bento. Sempre a cantar a “Grândola, Vila Morena afirmando que “é o povo quem mais ordena”. Se assim é, está tudo bem! Nem é preciso saber o que é a “Estagflação”. Basta ir comprar batatas e trazer sempre só um quilo!

 

" A recuperação das contas públicas com impostos ou poupanças tem sempre consequências recessivas

 a curto prazo."

 

De facto, assim é! Então qual foi a razão de os promotores das manifestações e greves, estarem tantos anos caladinhos, enquanto alguém ia transformando Portugal no país da UE com mais auto-estradas por km2?

Pode-se evitar uma dívida monstruosa, agora pagá-la sem produzir recessão e desemprego não há quem! Principalmente quando o maior responsável por essa dívida também assina os termos do empréstimo.

Não podem nunca mais, é esquecer-se das bandeiras para as manifestações e greves em tempo oportuno e, se assim não fizerem, mais vale mandarem chamar, outra vez, o Sócrates!

 

 

publicado por luzdequeijas às 16:50
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O BOM PASTOR

Aos poucos, vê - se a natureza renascer e o solo começar a respirar.Um renascer contínuo trazendo sempre a primavera, mostrando-nos que tudo renasce num ritmo contínuo. É um renascer de milhões de vezes e de milhões e milhões de anos ! Como se pode renascer tanta e tanta vez ? Na primavera renova-se a natureza, brotam dos troncos as folhas novas, a terra tinge-se de cores e a beleza lembra aos poetas trovas e poemas de encantar ! A vida renasce nos verdes campos, nos ares ecoam as aves trinando nos seus ninhos, Os coelhos macios entre as moitas, saltitam velozmente pelos caminhos!
Lembramos então daquele Ser que na cruz, nos deu a vida eterna e essa luz, insiste em mostrar-nos, em cada ano, a nova via … com a alegria e o Renascer na Páscoa.
A grande ênfase da Páscoa não pode ser somente a morte de Jesus e a sua ressurreição. Mas o motivo pelo qual isso aconteceu! O que se deseja deixar passar para vós é que a Páscoa conta uma história linda de coragem, altruísmo, força, determinação, esperança, fé, vitória e principalmente de amor!
Disse - nos Jesus : "Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas." 
Para os cristãos, a Páscoa é a passagem de Jesus Cristo da morte para a vida : a Ressurreição. A passagem de Deus a viver entre nós na terra e a nossa passagem para Deus além morte. É considerada a festa das festas, a solenidade das solenidades, e não se celebra dignamente senão na alegria . É este mistério e esta alegria que ficam em nós de crianças ao fim dos tempos !
O Ovo da Páscoa simboliza a ressurreição, o nascimento para uma nova vida, a unidade.De todos ossímbolos, é o mais lembrado das Páscoas da nossa infância. Era a festa mais bonita para as crianças de meados do último século. Pintar ovos com cores da primavera, para celebrar a páscoa, foi adoptado pelos cristãos, nos século XVIII. Era ver magotes de crianças, no seu “ fatinho pascal”, afadigados na procura de um ovo .Estavam habitualmente disfarçados em arbustos pouco altos, nos jardins. Esta festa fazia a alegria de todos em geral e das crianças em particular! A igreja doava aos fiéis os ovos bentos. Com esta a alegria se celebrava uma grande festa. Jesus tinha vencido a morte e nunca mais nos iria deixar. Por sempre e para sempre estaria vivo connosco de uma forma espiritual, mas intensamente viva.
O Círio Pascal, é outro símbolo na forma de uma grande vela que se acende na igreja, no sábado de aleluia. Significa que "Cristo é a luz dos povos".Nesta vela, estão gravadas as letras do alfabeto grego "alfa" e " ômega ", para nos dizer : “ Deus é princípio e fim “. O Círio Pascal simboliza também Cristo Aquele que ressurgiu das trevas para iluminar o nosso caminho. O caminho do cristão.       O caminho de amar o próximo como a nós mesmo.
A grande ênfase da Páscoa não pode ser somente a morte de Jesus e a sua ressurreição. Os símbolos são deveras importantes, mas, com os tempos alguma coisa foi mudando no formalismo pascal. Asubstituição dos ovos cozidos e pintados por ovos de chocolate, pode ser justificada pela proibição do consumo de carne animal, por alguns cristãos, no período da quaresma. A versão mais aceita é a de que o surgimento da indústria do chocolate, em 1830, na Inglaterra, fez o consumo de ovos de chocolate aumentar.
 O coelho é um mamífero roedor que passa boa parte do tempo comendo. Ele alimenta - se de cenouras e vegetais. Quando surge a primavera é o primeiro a saltar para o prado e a fazer lembrar o renascer a vida e alegria desta estação. Pela sua grande fecundidade, o coelho tornou-se o símbolo mais popular da Páscoa. É que ele simboliza a Igreja que, pelo poder de cristo, é fecunda na sua missão de propagar a palavra de Deus a todos os povos.
  O cordeiro é o símbolo mais antigo da Páscoa, é o símbolo da aliança feita entre Deus e o povo judeu, na páscoa da antiga lei.
Outros símbolos existem e têm cada um o seu significado, como : a Cruz, o pão e o vinho.
publicado por luzdequeijas às 16:15
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COMEI OS FRUTOS DA TERRA

Isto te servirá de sinal, Ezequias: Este ano, comereis do que nascer sem plantar; no ano que vem, do que brotar sem semear; no terceiro ano, porém, ides semear e colher, plantareis vinhas e comereis os seus frutos.” (Isaías 37, 30)

 

Nunca vislumbrei algo escrito, que nos dissesse que comeríamos da terra sem plantar! Como se diz acima e quando muito, teríamos um ano para comer sem trabalhar.

O que aconteceu em Portugal foi muita gente a abandonar a terra e a comer fruta importada. No primeiro ano paga com as poupanças de gente difamada, depois, comiam aquilo que a terra ia dando sem plantar. Já sem poupanças, tudo foi piorando em nome de um socialismo que tira aos ricos para dar aos pobres. Por fim, só restam as manifestações para apagar a revolta da míngua “dura e crua” e uma crença estúpida de que mudando de governo, a terra dará o que precisamos sem termos de semear nada. Mudou-se de um para outro governo e nenhum faz milagres!

Enquanto isso, a nossa dívida foi crescendo e tornou-se impossível de pagar! Resta agora protestar contra uma qualquer troika que caíu na asneira de nos emprestar dinheiro, na esperança de que voltássemos a trabalhar a terra. Mas o “canto da sereia” que aparece do nosso lado esquerdo, leva, como já levou de muitas outras vezes, a população para a rua, afirmando que “com manifestações e greves” isto vai! Mas não vai, pois, sem a enxada já lá não vamos, e mesmo com ela, teremos de comer um pouco menos, porque a terra não tem sido devidamente estrumada! Por fim, pergunta-se:” quando é que este povo percebe que sem uma enxada, não vamos lá? Quando percebe ele, que há promotores de greves e manifestações pelos quatro cantos do mundo e, ao que se saiba, em sítio algum conseguiram pôr a terra a dar frutos! Mudar de governos e líderes governamentais, só nos faz perder tempo, suor e lágrimas?

Os verdadeiros culpados, quando se chega a este ponto, já há muito que se puseram ao “fresco”, comendo frutos sem pegar na enxada!

publicado por luzdequeijas às 15:36
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Sábado, 9 de Março de 2013

FERNANDO PESSOA DISSE ..

Existiram quatro impérios: • o Império Grego – aglutinando todos os conhecimentos e toda a experiência dos antigos impérios pré-culturais; • o Império Romano – juntando toda a experiência e cultura gregas e fundindo em seu âmbito todos os povos formadores, já ou depois, da nossa civilização; • o Império Cristão – fundindo a extensão do Império Romano com a cultura do Império Grego, e complementando com elementos de toda a ordem oriental, entre os quais o elemento hebraico); * o Império Inglês – distribuindo por toda a terra os resultados dos outros três impérios.

O V Império é um Império desejado por Fernando Pessoa, que este espera que Portugal o crie. Basicamente o V Império, esse tão esperado, consiste na reunião das duas forças separadas há muito, mas há muito que se estão a aproximar: • o lado esquerdo da sabedoria, isto é, a ciência, o raciocínio, a especulação intelectual; • e o seu lado direito, ou seja, o conhecimento oculto, a intuição, a especulação mística e cabalística. Este Império Português caso viesse a existir seria ao mesmo tempo um império de cultura e um império universal.


Que Portugal é um país predestinado no mundo e para o mundo, a sua história parece comprová-lo. Mesmo como país predestinado, nunca poderíamos fugir aos ciclos, mesmo andando, como por vezes parece, em contraciclo ! Provavelmente por isso mesmo. Só andando com o passo trocado, em momentos determinados, poderemos liderar um novo ciclo. Englobados dentro de um ciclo, nunca alcançamos os lugares cimeiros.


“… Quase ao mesmo tempo emudeceu a lira de Camões e parou a pena de João de Barros, o cronista da Índia. A providência levou-os a todos quando a Pátria já não precisava dos cantos do Poeta, nem das crónicas do Historiador, nem dos cálculos do Cosmógrafo...”.


À medida que foi sendo consolidado o comércio na rota das índias, a partir da sua descoberta em 1498, a coroa foi absorvendo gradualmente os poderes da Ordem de Cristo. Até que em 1550 o rei D. João III fez o papa Júlio III fundir as duas instituições. Com isso, o grão-mestre passa a ser sempre o rei de Portugal, e o seu filho tem o direito de sucedê-lo também no comando  da Ordem de Cristo e das expedições.


Por esta ou outra razão depois de se ter atingido o apogeu de Portugal o nosso país vai começar a entrar em declínio até se extinguir todo o Império !


O declínio irá atingir Portugal em todos os seus aspectos mais essenciais, nomeadamente nos valores morais dos seus cidadãos. Sem eles o país, no seu conjunto, perde a confiança. Os timoneiros, eleitos ou não, igualam-se por baixo.


..... Desprezam os gostos e os valores; o mau gosto torna-se sinónimo de requinte o idiota passa por genial, cantores medíocres são vistos como estrelas. Já não há em Portugal mais lugar para um bravo Português...... 


Bater bem no fundo é o inicio do virar de página. São os ciclos que ocorreram em todas as grandes civilizações. Portugal e os Portugueses têm de acreditar no V Império de Fernando Pessoa.
publicado por luzdequeijas às 18:44
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O SECTARISMO VS ÉTICA NA POLìTICA

O sectarismo é o espirito de “seita”, de grupo pequeno, de grupo fechado. O mesmo termo, sectarismo (usado geralmente com conotação pejorativa) pode ser definido como a visão estreita, intolerante ou intransigente. Algumas atitudes de grupos ideológicos também podem ter comportamentos sectários na defesa ferrenha dos seus ideais ou interesses !

O sectário é o praticante das ideias de uma "seita" e, por isso, apresenta um comportamento típico do sectarismo ideológico. "Seita" é um conceito originariamente sociológico e é utilizado para designar, em princípio, simplesmente qualquer doutrina, ideologia ou sistema que divirja da doutrina ou sistema dominante e, ainda, o próprio conjunto de pessoas que aderem às suas práticas.
Pensemos agora na “ Democracia Representativa” e em alguém eleito, oriundo, por exemplo, de uma seita e convicto dos seus ideais ou interesses. Ora, esse alguém sabia que, em princípio, e face às ideias consideradas dominantes, as suas convicções divergiam das da maioria e deviam, portanto, ser rejeitadas, salvo quando ele compreendesse que tinha que ser abrangente. É preciso saber viver com uma maioria relativa. Mesmo com uma maioria absoluta, o respeito implica cautelas redobradas.
Está, aqui, o perigo de se poder eleger um candidato sectário. Estes conceitos e realidades sobem-nos á cabeça, com algum calor, por exemplo, quando os nossos olhos se põem a ler uma entrevista dada por um autarca ou por um líder da oposição, nesta precisa situação ! Quando a forma de estar é esta:
 
"O líder da oposição acusa Passos Coelho de insensibilidade social e arrogância nunca vista, como não há memória", por não aceitar discutir as propostas da oposição!
 
Quando este líder da oposição tem um discurso sempre deste jeito, insultuoso e vernáculo, e quando as televisões lhe dão mais tempo de antena que dão ao primeiro-ministro, algo vai mal no reino da gente credível. Até pode ser um discurso tático, o que não pode é acontecer e porquê? Nesta altitude política, a realidade não ocorrre somente entre estas duas figuras públicas! Ela ocorre na vastidão de todo um país que está a sofrer. O PM acaba por sofrer, também, as maiores provocações vindas de gente mal-informada, até pela comunicação social! Sofrer agruras, cuja responsabilidade pertence a outros que não a ele! Ninguém, até hoje, passou por uma situação tão difícil ao nível político, e em vez de ajudado nesta cavalgada amarga, é sistematicamente "calcado" por cumprir e falar verdade aos portugueses. Quem não mostrar um forte sentido ético e da justiça humana, deve afastar-se da política e dar o lugar a outro.
 
publicado por luzdequeijas às 17:43
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OS PAÍSES LATINOS

O Pacto de Estabilidade que, por pressão do Bundesbank, o ministro Theo Waigel conseguiu ver aprovado no Conselho Europeu, mais não reflecte do que os receios alemães em trocar lebre por gato. Nota-se um temor no Banco Federal alemão relativamente à possibilidade de os países latinos “abandalharem” o rigor das suas finanças públicas e, assim arrastarem o euro para a instabilidade. Seria para eles um péssimo negócio: a troca de uma moeda credível por uma moeda vacilante. É um risco que, compreensivelmente, a Alemanha não quer correr e que pode pôr em causa a própria construção europeia. O objectivo é competir com o dólar e não com o rublo.

Quando olhamos para o nosso ministro Sousa Franco e para as suas habilidades com a Partest ou para os sorrisos da ministra da Saúde perante os défices do seu Ministério, rapidamente compreendemos os temores do Bundesbank.

Com (des) equilíbrios deste género, será mais difícil ao nosso Governo explicar, no âmbito da agenda 2000, que deve continuar a existir um Fundo de Coesão para os países mais atrasados. Ao aluno aplicado é sempre mais fácil conseguir os seus objectivos. Estou convencido de que essa batalha até pode ser ganha, mas estou também perfeitamente consciente de que ela tem de ser conseguida com a apresentação de resultados concretos e não com uma simbiose de habilidades e diálogo.

A construção europeia, em que o euro é uma peça nuclear, pode ser a garantia para que todos nós, portugueses, alemães ou mesmo ingleses, possamos entrar no terceiro milénio com as mesmas perspectivas de desenvolvimento que temos vindo a conseguir desde o pós-guerra. Ela é a nossa principal arma num mundo em que a crescente globalização obriga a novos equilíbrios, sem os quais os choques de culturas e religiões se podem revelar desastrosos. Uma União Europeia integrada e em paz não só vive melhor, como pode, inclusive, ter condições para poder ser um importante fiel da balança, no quadro das tensões que se imagina que possam vir a acontecer à escala planetária. Perante a evolução que o mundo está a tomar, uma Europa desavinda que nem sequer de si soubesse cuidar, perderia, seguramente, toda a influência que, ao longo da História sempre soube ter.

RUI RIO – 1 de Agosto de1998

publicado por luzdequeijas às 14:37
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O CRISTÃO E A ESPERANÇA

O cristão deve ser homem de esperança, pois sabe de onde vem e para onde vai. Sabe que vem de Deus e regressa a Ele.

Para viajarmos neste grande barco da vida, o bilhete de ingresso chama-se “família”, mas logo que entramos nele, temos de perceber através do amor que temos à nossa família, que é inevitável fecharmos os olhos ao desafio de aceitarmos a conceção de uma família mais alargada, e dessa maneira fiaremos abertos ao encontro e ao diálogo de gerações.

Tudo aquilo que não queremos para a nossa família, também não podemos nem devemos querer, ou aceitar, para a grande família alargada, a quem chamam o “próximo”.

Nasceu, então, em nós e a partir de agora outro conceito; o conceito da justiça social e o destino universal dos bens da Terra.

Chegámos, sem darmos por isso, a um porto até agora desconhecido, chama-se ele: “conceito cristão sobre a propriedade e o uso dos bens”.

É o princípio típico da Doutrina Social Cristã; os bens deste mundo são originariamente destinados a todos.

O Direito à propriedade privada é válido e necessário, mas não anula o valor de tal princípio.

Sobre a propriedade privada, de facto, está subjacente «uma hipoteca social», quer dizer, nela é reconhecida, como qualidade intrínseca, uma função social, fundada e justificada precisamente pelo princípio do destino universal dos bens.

Depois, e ainda, dentro do mesmo barco começamos a respirar, levemente, um suave perfume que, lido no frasco que o contém, sabemos chamar-se hino à “solidariedade humana”.   

Conforme a fragrância escolhida, podemos optar pela caridade paciente, caridade bondosa, caridade discreta, caridade da verdade mas nunca deveremos obter alguns outros tipos de caridade postas à venda como, a caridade indiscreta ou a caridade interesseira, ufana ou mesmo, invejosa.

Assim que sairmos de novo do barco, no qual fizemos esta longa viagem, teremos seguramente descoberto que há outra forma de ser feliz na terra, que desconhecíamos e que também, ainda nos pode levar à salvação eterna.

Sem medo de nos rotularem de utópicos, sabemos ser esta a viagem aconselhada. Não é fácil tomar a qualquer hora este barco! A maior qualidade para nele entrarmos será certamente o desapego material! De seguida o “amor ao próximo”!

 

publicado por luzdequeijas às 13:56
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DOUTRINA SOCIAL CATÓLICA

"Os crentes viviam muito unidos e punham em comum tudo o que possuíam. E, cada dia que passava, o Senhor aumentava o número dos que tinham recebido a salvação."

 

É este o tom geral do Texto de Meditação, e para a maioria das pessoas uma espécie de paraíso na Terra. No mundo real em que vivemos, também a maioria das pessoas, relativamente ao paraíso descrito, não hesitam em o classificar de utópico.

 

Muitas pessoas, também parecem não entender, que os bens que julgam ter, são demasiado perecíveis e terrenos, e que mais não servem senão para esconder outra felicidade, à qual nós insistimos em fechar os olhos, obcecados que estamos com o materialismo. Querem ignorar que a própria realidade da vida terrena é uma curta passagem, à qual os humanos fazem vista grossa, como se ela fosse mesmo eterna.

Poucos querem aceitar e proceder em conformidade, com a fragilidade desta passagem pela terra que Deus nos concedeu, embrulhada num constante afrontamento entre o bem e do mal.

Vivemos esse dilema, que no fundo é a forma de sermos postos à prova perante o julgamento final e, temos o descaramento de falarmos em utopia relativamente aos supremos valores da nossa existência.

Depois de coabitarmos forçosamente, com o bem e o mal, deste confronto só avançamos com vida, se conseguirmos manter dentro de nós, um sentimento elevado chamado esperança, qual boia de salvação que nos pode levar até ao fim da vida.

A força secreta que move todo o esforço humano é a esperança num amanhã diferente para melhor.

Mas a esperança cristã, tal como a fé, não é uma esperança individual: é antes uma esperança com os outros e para os outros.

publicado por luzdequeijas às 13:40
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O MUNDO OCULTO

A expressão “LOBBIES “, palavra inglesa, só muito recentemente teve tradução para a língua portuguesa. A propósito desta palavra, volta a pairar a ideia de algo mais ou menos sigiloso, mas quanto ao modo de funcionamento e às técnicas prosseguidas, já o caso fia mais fino. Também quanto às finalidades da sua existência todos aceitarão que são as mais variadas, mas, em concreto tudo se torna muito mais complicado.

Os “lóbis”? São terríveis! São interesses ocultos! Bom, eles estão mesmo ocultos em Portugal. Bem poderiam estar à luz do dia, legalizados, e a servir os superiores interesses nacionais. Como em tudo o resto, existem os bons e os maus. Entre estes, muitos não andarão longe das associações do crime organizado do mundo económico – financeiro.

 Quanto ao seu batismo com a palavra “lobby”, há quem diga que é fruto da sua atividade ser desenvolvida por representantes de interesses económicos junto dos políticos, nos átrios (lobbies em inglês) dos vários edifícios onde pontifica o poder. Também há quem lhe atribua outras origens, mais para o lado dos medonhos «lobisomens».

Conta-se que Ovídio, poeta romano, descreveu que Zeus procurou refúgio no castelo do tenebroso rei Lycaon. Este, de facto, tentou matá-lo, misturando carne humana no seu jantar. Zeus apercebendo-se disso, destruiu o castelo, exilou o rei condenando-o a passar o resto dos seus dias como lobo. Vem daí o fenómeno da transformação do homem em lobo, conhecido por licantropia. Durante muitos séculos as populações viveram atormentadas, acreditando na existência dos medonhos «lobisomens». Muita gente acusada de ser «lobisomem» foi, por isso, condenada à morte.

Em Portugal, todavia, o pavor continua entre as populações. É que anda aí por todo o lado um novo tipo de «lobisomens». Tão maus como os antigos.

Desta vez porém é mais complicado, porque estes existem mesmo.

São os homens que representam todo o tipo de interesses de forma oculta, ou seja, os lóbis – mais concretamente os «lobisomens». Estes cheiram a corrupção, negócios escuros, tráfico de influências, armas, droga e todo o tipo de interesses não legais. Todos sabem que assim é, mas dizem-no de forma tão vaga, tão genérica e sem provas, que o combate a esta praga fica por acontecer. Os nossos famosos comentadores de serviço nem querem ouvir falar deles, não vão tais "poderes", tirarem-lhes o “ganchinho”.

Os “ lobis “, dá para perceber, que são conduzidos por pessoas colocadas nos lugares certos, a fim facilitarem, dificultarem ou até desviar o normal curso de certos processos em curso, de maneira a que as conclusões finais sejam aquelas que mais interessam a quem fomentou os ditos «lobis». É fácil destetar nas grandes empresas, universidades, bancos, seguradoras etc. quadros e administradores que estiveram em vários governos. Não certamente pela sua competência, mas por serem profundos conhecedores dos meios, dos processos e das pessoas que estão empossadas em lugares onde se tomam as decisões. Quem protege estas organizações e como elas ultrapassam o “Poder “ legitimamente constituído? Ou se entrelaçam com ele? Isso muita gente gostaria de saber e outros tantos fingem não entender!

 

 

publicado por luzdequeijas às 12:40
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UM MUNDO NOVO A SÉRIO

OS COMENTADORES DE SERVIÇO

Basta estar atento e depois refletir, sobre a agenda dos comentadores da comunicação social de referência portuguesa. O nosso objetivo é identificar a importância de tais temas sobre a “Política Nacional”, nas prioridades dos colunistas e comentaristas e na forma como argumentam sobre tal temática, tendo em conta a relevância político-mediática das suas opiniões junto dos portugueses. Também da forma como fazem crescer a descrença nas instituições e na elevada taxa de abstenção nos momentos eleitorais, por optarem no seu acertar o passo, com pretensas maiorias pré-fabricadas ou “tsunamis” forjados.

 

Percebe-se, nos diversos comentadores de serviço, uma aparente falta de preparação, cultura e imparcialidade! As agências noticiosas acabam por fazer o noticioso diário e semanal, em formato igual para todos os jornais. O preço dos jornais difer, também o seu especto gráfico, mas as notícias são iguais em todos eles! Entretanto, são muitos os políticos que viraram comentadores de serviço. Sempre os mesmos, como as posições que defendem são, normalmente, sempre as mesmas. Os números das manifestações são empolados, as agressões verbais ficam na gaveta e, curiosamente, ninguém explica a tais manifestantes “anti-troika”, que sem o empréstimo feito a Portugal estávamos com todo o país parado. Além de Paula Teixeira da Cruz (no Parlamento), ninguém tem tal coragem quando ela afirma:

“O executivo tem falhado na sua comunicação”, “A verdade é que se não tivéssemos Troika não tínhamos dinheiro para pagar salários e pelo menos agora, nem pensões”. Falem na pesada herança que Passos Coelho herdou! Não o ofendam, lembrem-se que ele, ainda criança, chegou a Portugal de calções e em lugar de lhe chamarem português chamavam-lhe “retornado”! Ainda Zeca Afonso não tinha acabado de cantar a “Grândola, Vila Morena” já havia por todo o lado ocupações “selvagens”! Gente a fugir do seu país, etc. Eu próprio vi em New York, numa viagem de serviço e em plena 5ª Avenida, dezenas de cartazes que diziam: ”A luta continua, Barreto para a rua”. O ministro estava em serviço nos EUA…..

Ninguém explica que as greves são predominantemente feitas nas empresas públicas e que estas apresentam prejuízos avultados, sempre pagos pelos portugueses. Ninguém explica a ninguém, que Passos Coelho está a cumprir um trajeto traçado pelo anterior governo. Ninguém explica que ninguém nos livra da austeridade, nem ninguém explica que o mundo está a mudar, só que Portugal, por azar e nosso mal, e pelo acordo assinado por “alguém”, vai bem na frente. Quando outro líder vem falar de crescimento, esse líder está a mentir, não há, nem pode haver crescimento nos tempos mais próximos. Não há dinheiro, nem estabilidade política que incentivem o investimento estrangeiro. O nosso futuro não é nada risonho! As manifestações e greves só dificultam a nossa viragem de página. Senhores “Comentadores de Serviço” esqueçam-se dos vossos proventos e expliquem ao povo a grave situação deste país! Recordem-se do poeta quando dizia: “calem-se, que pode o povo querer um mundo novo a sério”. Neste “mundo novo a sério” não haverá lugar para “comentadores de serviço”, bem ou mal pagos…..

 

publicado por luzdequeijas às 10:28
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Sexta-feira, 8 de Março de 2013

A CLONAGEM PERFEITA

Todos sabemos que a clonagem é a cópia, ou a duplicação, de células ou de embriões a partir de um ser já adulto.

A figura da MARIGROSSA, nome fictício, reproduziu-se nas últimas dezenas de anos em milhares de seres completamente iguais, todos dedicados, de alma e coração a um certo “Sistema”.

O que me parece mais estranho é que toda esta reprodução de «clones» não se tenha processado da forma mais conhecida, mas de outro processo que, ao que julgo saber, não vem nos compêndios.

Têm um processo de formação totalmente exógeno, ou seja, conduzido por fatores exteriores.

São produto de condições criadas de forma muito hábil, não se sabe bem por quem, e que funcionam como o isco posto no anzol para apanhar os pobres peixes. Aqui, o segredo passa pela constituição de tal engodo.

O isco e o engodo constituem, não promessas feitas, mas insinuações e pequenas recompensas, que poderão ir aumentando de valor intrínseco.

A oferta desse produto aos humanos, passa por um fenómeno parecido com o que acontece entre o macho e a fêmea, em fase de encantamento.

A fêmea poderá representar, quando bela, o engodo. Contudo nada funcionará sem que através de um rubor na face e várias trocas de olhares, algo comprometedores, mas bastantes esclarecedores, seja entendida a vontade de namoro ou algo mais. Existe como sempre o perigo de adultério ou mesmo o aparecimento de desconfianças que podem colocar em perigo o segredo jurado pelas trocas de olhares meigos, coniventes e promíscuos.

É assim deste modo, que foram reproduzidos os milhares de clones a partir de uma primeira MARIAGROSSA ao serviço do famigerado “Sistema”.

 

Uma vez apanhado no anzol, o «clone» assim nascido, jamais abandona o meio ambiente que o fez nascer, antes pelo contrário, torna-se cada vez mais servil e as recompensas aparecem como ele sabe, de todas as formas e valores.

Há medida que o tempo passa, tais «clones» vão ficando totalmente dependentes do “Sistema”. A sua semelhança com os toxicodependentes é total.

Esta gente pouco ou nada tem a ver com o povo, embora andem no meio dele, guardando o segredo num bolso, que nunca abrem, nem está roto.

A partir daí, quanto mais eficientes forem na denúncia, na mentira e na falta de escrúpulos, mais sobem na vida.

Muitos vão longe. Onde nunca esperaram ir. Os seus familiares também.

As pessoas alheias ao “Sistema” interrogam-se;

Como é possível haver tanta sorte? Só eu não tenho nenhuma!

Longe ou perto não há «clone» que não sinta segurança na vida.

Não pode é pensar. Se por acaso o fizer então que não o diga.

Remorsos também são proibidos. Dormir bem é muito necessário pois, grande parte do trabalho é feito em horas extraordinárias!

 

publicado por luzdequeijas às 16:01
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O LIVRO DE RECLAMAÇÕES

O cidadão português não se compenetrou ainda dos seus direitos e, mesmo quando isso não é verdade, reage por comodismo ou simples falta de atitude, não reclamando! Terá sido por esta razão que em 2005 o governo tenha tornado obrigatório o uso do “ Livro de Reclamações”.

“As exigências das sociedades modernas e a afirmação de novos valores sociais têm conduzido, um pouco por todo o mundo, ao aprofundamento da complexidade das funções do Estado e à correspondente preocupação da defesa dos direitos dos cidadãos e do respeito pelas suas necessidades, face à Administração Pública. A resposta pronta não se compadece com métodos de trabalho anacrónicos e burocráticos, pouco próprios das modernas sociedades democráticas!

Na rua ouve-se muita coisa, mesmo sem querer, quando as pessoas desabafam umas com as outras. Foi dessa forma que um punhado de gente ouviu a lamentação e indignação de uma mãe que terá ido à Junta da sua terra expor um problema familiar íntimo e pedir ajuda. Teve de faze-lo na frente de todos os funcionários. Contava ela que, para melhor a ouvirem, pararam o trabalho, enquanto era atendida. Mesmo não falando alto, o atendimento num open space coloca qualquer um numa situação desagradável e, por via disso, tinha sabido que o seu lamento andava na rua, de boca em boca.

Dá–se o caso de as instalações daquela Junta já terem tido boas condições para um atendimento personalizado. Obtidas com onerosos recursos financeiros, para que o cidadão pudesse ser atendido dentro de uma cultura de serviço público aprofundada, orientada para os cidadãos e pautando – se pela eficácia, descrição e qualidade.

Na Junta em causa, tais objetivos foram atingidos com um funcionário em permanente atendimento, quando solicitado, num espaço reservado e acolhedor. As pessoas em espera, ficavam comodamente sentadas numa antecâmara, esperando a sua vez. Sempre que este funcionário se tivesse de ausentar, chamaria outro colega, de modo a haver, sem demora, alguém que atendesse. Este colega poderia, caso não houvesse ninguém para atender, continuar a processar o seu trabalho, dado os computadores estarem ligados em rede.

Tudo que foi feito ficou exarado num “ Regulamento Orgânico da Junta”. Aprovado pelo executivo e discutido e aprovado por unanimidade na Assembleia de Freguesia.

Tal Regulamento fez levar à prática o conteúdo do decreto – Lei n.º 135/99 de 22 de Abril, que considerou, e bem, que os serviços públicos estão ao serviço do cidadão, em particular, e da sociedade civil em geral.

Duas torres quadradas, em boa e bonita madeira, foram imaginadas para proteger a privacidade e poderem servir também de arquivo, aos documentos mais necessários num atendimento célere.

Logicamente que os funcionários, para que pudessem efetivar um bom desempenho deviam, também, ter boas condições de trabalho. E tiveram.

Nos mandatos seguintes, nomeadamente no atual, a mentalidade reinante fez “finca pé“ nos defeitos mais drásticos dos pseudo- políticos de Portugal e que se resumem na expressão:

“Os tipos que perderam as eleições eram uns “ burros “ e só fizeram asneiras“. É assim, com este espirito, que o país gasta rios de dinheiro e volta sempre à estaca zero! Destruíram tudo, mesmo tudo que se tinha feito. E assim irá continuar, por que o fundamental é mudar, mesmo que seja para pior. Normalmente até é, porque ser oposição é dizer mal de tudo e de todos!

O atendimento voltou a um balcão despersonalizado e a um atendimento em massa! Voltou a um open space, com todos a pararem o seu trabalho para ouvir e darem, até, a sua opinião! Por último, com a vida dos cidadãos a ser trazida para a praça pública!

Talvez não tenha chegado ao ponto mais baixo de sempre: antes da reforma, uma mulher “política”, analfabeta, dominava os funcionários com cumplicidades estranhas e atendia toda a gente falando com a boca cheia de comida! Só ela mandava! E pedia que lhe lessem os ofícios, que ele não conseguia ler!

É muito triste ser político em Portugal e não é político quem quer. É cansativo fazer e desfazer milhares de coisas bem-feitas. Fazer e desfazer governos, ministérios, câmaras, juntas, jardins, pessoas e até o próprio país. É de facto uma canseira mas, até pode dar dinheiro e recompensas monetárias! A elas voltaremos.

Os sinais exteriores de riqueza de alguns estão bem à vista, as ditas recompensas monetárias, embora disfarçadas, também estão! Na política não estão os melhores, estão aqueles que dá jeito que estejam …

 

publicado por luzdequeijas às 15:43
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Quinta-feira, 7 de Março de 2013

CONHECER E GEMINAR

É esta a ideia que preside ao movimento de geminação de cidades ou vilas, que despontou na Europa pouco após a segunda guerra mundial. Atualmente, a geminação aproxima municípios, cidades e vilas de toda a Europa, unindo-os numa densa rede de cidadãos.

É também um conceito através do qual cidades ou vilas de áreas geográficas ou políticas distintas criam laços a vários níveis, sobretudo a nível cultural mas também económico ou outro.

Abre vias para conhecer melhor a vida quotidiana dos cidadãos de outros países, trocar ideias e experiências, desenvolver projetos conjuntos, sobre questões de interesse comum.

A geminação de cidades e vilas caracteriza-se por um empenho significativo por parte dos cidadãos, podendo, pois, conferir um impulso importante ao desenvolvimento da cidadania europeia e mundial.

O Homem está agora a descobrir que o Mundo é global, aquilo que as aves, os peixes e os animais sempre compreenderam!

Não posso esquecer a rica experiência de quando liderei a elevação de Queijas a Vila e, hoje, sabendo que não podemos nem iremos ser elevados a cidade, imagino outros caminhos de manter a minha terra no mapa e alargar a sua imagem.

Em viagem pela Galiza e quase dormitando num autocarro, vi na berma duma estrada uma tabuleta indicando uma localidade chamada Queijas, tal e qual!

Passou-me logo pela cabeça poder ser uma oportunidade de aproximar as gentes da minha terra com os povos galegos, historicamente enraizados connosco. De criar redes autênticas e não forjadas. Redes que reúnam coletividades regionais e locais e intervenientes também na economia social.

Lembrei-me dos “Caminhos de Santiago” e visionei o Santuário da Rocha, vi o mar e as bacias de Vigo ou da Corunha ferventes de atividades de pesca tradicional, marisqueira e de aquicultura marinha... ocupando 4,1% das pessoas ativas, ou seja, 45 mil pessoas.

Na Galiza mais de 13.000 pessoas trabalham no cultivo do mexilhão etc.!

Lembrei-me do estuário do Tejo (Lisboa, Oeiras e Cascais) e numa oportuna aposta pela criação de emprego na pesca tradicional, marisqueira e na aquicultura, perfeitamente conciliável com a atividade turística. Depois de despoluída toda a bacia.

A aposta, certa, de Oeiras na área dos serviços podia ficar reforçada pala diversificação. A Galiza é hoje o principal destino das exportações portuguesas”, “ Nos primeiros 11 meses do ano passado, Portugal exportou mais de 1750 milhões de euros para a Galiza”, A Galiza tem hoje uma enorme importância estratégica para o comercio externo português”, “ 507 milhões de euros entraram em Portugal vindos da Galiza nos últimos 14 anos” !

Mais, calcula-se que mais de 30 mil portugueses trabalham do outro lado do rio Minho. 

Imaginei logo intercâmbios escolares, a geminação de dioceses, acordos de cooperação cultural e porque não, a geminação das duas Queijas.

Busquei de novo informações deste “pueblo” e fiquei a saber tratar-se de uma localidade pequena, mas muito bonita, envolta em “ turismo rural” e situada muito perto da Corunha.

Para o topónimo da nossa vila de Queijas fala-se de 4 possíveis explicações e bastante diferentes umas das outras. Uma delas julga-se oriunda do castelhano ou do Espanhol como se diz mais vulgarmente. Assim, em castelhano, os substantivos comuns "quexigo, caxigo, e cassigo", referem-se a uma espécie de carvalho. Ora, esta árvore, geralmente, cresce em serras, montes e zonas pedregosas. Como Queijas se situa num local elevado, é possível que o nome venha daí.

Será que para o topónimo do “pueblo” da Corunha a explicação também radica nesta hipótese?

Com geminação ou sem ela, importa fazer crescer e engrandecer a tal rede de cidadãos e no caso de Queijas, do concelho de Oeiras, precisamos que esta terra tenha mais vida própria e par tal mais desenvolvimento económico. Porque não, nos poucos terrenos ainda disponíveis em Queijas, alguns com vista para o oceano, fazer nascer um polo empresarial que traga emprego local?

publicado por luzdequeijas às 22:30
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CORAGEM PRECISA-SE

O mundo vem, mais recentemente, apresentando grandes ciclos históricos, centenários. Quando em 2005 tomou posse um Governo, ele beneficiou de um “estado de graça” que não encontra paralelo nos tempos mais recentes. Porquê? É difícil saber.

As primeiras medidas de austeridade, bem como aquelas que visavam pôr fim a privilégios relativos, foram aplaudidas com uma inusitada unanimidade. Nunca se viu tanto “ Marketing Político” nem tanta “compreensão” da comunicação social !

Porém, o mundo vem de trás e segue para a frente. Ele é impiedoso no abrir e fechar ciclos económicos, sociais e políticos. Em 1776 começara o «laissez faire» com Adam Smith. Com a crise de 1873, Smith foi posto de lado e emergiu o "Estado do Bem Estar". Durou uns cem anos até às fracturas mundiais provocadas pelo abandono do padrão-ouro em 1971 e a crise do petróleo em 1973. O crude, de facto, virou o ouro-negro! Nos últimos oitenta anos houve um desenvolvimento, impressionante, todo ele baseado na utilização do petróleo! Muito boa gente se foi interrogando; que será do mundo quando ele acabar?

A escalada dos seus preços antecipa, em muito, a sua prevista escassez. Ainda existe, mas começa a estar fora do alcance de muitas das economias dos países europeus. Da nossa acima de tudo! O aumento do seu consumo, originado pelo forte crescimento das “economias emergentes”, só não causou já o pânico, devido ao euro, fortemente valorizado em relação ao dolar. Por esta razão não será de estranhar o clima de pânico e revolta que se respira por todo o lado, em Portugal. Subidas sem controlo! Tudo aponta para uma subida especulativa e injusta. Dezoito aumentos só em 2008, sufocam !

A situação é insustentável! Lamentos de rua, cafés, famílias e principalmente na net, onde se incita a movimentos de contestação, gigantescos. Ninguém pode ficar indiferente, nem deixar de sentir raiva de alguém, ou de alguma coisa. Primeiramente todos esses sentimentos tinham destinatários certos, companhias petrolíferas e “Autoridade da Concorrência ”. Recentemente, com mais informação disponível, os maus humores tiveram de ser desviados para outro lado, sem contudo desculpabilizarem os anteriores.

Vamos então tentar compreender e ser mais justos, começando por analisar o que pagamos no preço dos combustíveis :

Gasolina – um litro 1,436 euros. Os seus custos desdobrados são :

----- crude 29 % - margem de refinação 6 % - logística 7 % ISPP 42 % - IVA 17 %.Num litro vai para o Estado 59 % do seu preço. Dois impostos em simultâneo! Mais os lucros anuais, fabulosos, das companhias do Estado !

Entretanto, o barril de petróleo sobe todos os dias, mas em dólares, na moeda europeia custa cerca de 75 euros, o mesmo de há três anos ! O valor que o Estado encaixa no consumo total dos combustíveis, num ano, é uma soma fabulosa ! O monstro engole tudo e fica à espera de mais! É insaciável ! Não se diga que é para baixar o défice . O argumento está estafado e não pega, tem estado muito mal contado. Entretanto quem vive perto da raia de Espanha é lá que se abastece, por que será ?

Era sabido que quem ganhasse as legislativas de 2005, teria que enfrentar, de vez, este problema e muitos outros. Era imperioso fazer muitas REFORMAS, para salvar o País e o Estado. Reforma da Justiça, Ensino, Saúde, etc. (Reforma da Função Pública), o governo em exercício, atirou-se a elas mas da forma mais desastrada que se podia imaginar! Virando a opinião pública contra os trabalhadores! Nisso foram apoiados pelos média.

Os primeiros foram os juizes, com os seus dois meses de férias . Entretanto, queimavam–se na praça pública aqueles que tinham grandes reformas! Até um ministro desse governo! Era a pura demagogia, aproveitando-se do sentimento de revolta do povo. Se assim não é, veja-se quantas reformas milionárias continuam a ser concedidas! Com um batalhão de trabalhadores feridos no seu amor próprio tiveram de conter o poder na rua! Como? Cedendo, a tudo.

O País ficou mais pobre, ainda, e as “Reformas” ficaram por fazer . Provavelmente até depois das próximas eleições legislativas. Depois, vai ser “gato a bofe” ! O que sobrou de tudo isto, foi uma enorme perda de confiança política e a total desmotivação dos portugueses. Será possível que estes não percebam que nos últimos 13 anos o partido deste governo, esteve no comando do país 10 anos? E que não estiveram mais tempo, porque tal partido abandonou os portugueses à sua sorte, deixando as suas convicções e paixões pelo caminho? De bandeja, ofereceu-nos uma "bancarrota".

A subida especulativa dos combustíveis não tem de facto solução. A descida dos impostos deixaria o monstro com a barriga um pouco vazia e de muito mau humor! A despesa foi sempre subindo! O mercado liberalizado para os preços descerem através da concorrência, por artes mágicas, só produziu aumentos em série ! A cura é conhecida “ Menos Estado, Melhor Estado “. Que fique a lição aos portugueses. Vem aí um novo ciclo  histório, económico, social e político! Será que terão a CORAGEM de fazer as necessárias reformas? Mesmo com as habituais e dispendiosas manifestações de rua e greves em contínuo? E contra numerosos lóbis ...?

 

 

 
publicado por luzdequeijas às 16:46
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À CHUVA, VENTO E FRIO!

Inconformismo é hoje a palavra eleita. Porque ser inconformista é acima de tudo ser um homem de bem. É nunca estar conformado com o mal dos outros. É querer para o próximo uma sociedade melhor, sem privilégios de grupos. É um homem que assina por baixo, tudo o que escreve e diz.

Ao contrário, há os outros. Aqueles que só querem privilégios para si e para os amigos. Aqueles que se escondem para planear aquilo que diz respeito a todos os portugueses. Aqueles que nunca assinam, mas enviam, de forma mesquinha, mensagens anónimas. 

 

Vamos então falar do povo, cujo sofrimento causa inconformismo às pessoas de bem. Para tal, falaremos dos interesses da população de Queijas, especialmente, daquela que veio para esta terra expulsa da cidade grande. Que encontrou lotes minúsculos, para casas minúsculas. Ruas onde mal cabiam dois carros, porque era suposto nunca virem a ter carro próprio. São todos aqueles homens de bem que , depois de uma dura vida de trabalho, hoje, estão sentados no banco dos jardins, sem flores, de Queijas. São estes que nos causam inconformismo, porque os outros que vieram depois, são conterrâneos, mas não precisam tanto de nós !

 

São, também aqueles que andam nos transportes públicos. Transportes esses que mal cabem nas nossas ruas. Aqueles que para se deslocarem a Lisboa, suportam uma caminhada do terceiro mundo ! Pagam caro a pouca comodidade e pontualidade, das muitas camionetas que trazem e levam centenas de habitantes desta vila por dia. Caminonetas que, há longos anos não têm onde parar, para " fazer horário". Onde os motoristas ao estacionarem as camionetas, não têm onde fazer as necessidades mais básicas ! Têm de as fazer contra os muros das vivendas. Falam alto e desabridamente com os colegas, não deixando os moradores descansarem. São, também,  vitimas do mesmo desleixo e falta de respeito, como os nossos moradores. Há um sanitário, que ninguém utiliza, junto ao mercado. Os técnicos da CMO quando decidem, não escutam a vontade e o saber da população!

 

As muitas carreiras com início e termino em Queijas, estacionam no início da R. Mouzinho da Silveira. Mesmo a seguir à curva! Rua com dois sentidos ! O espaço da rua, na largura, também, mal dá para outro carro passar! Esta é uma rua de acesso aos bairros das Ilhas e  Cheuni.

A ninguém ocorreu que se aquele trajecto de hoje, se fizesse ao contrário, poderia ter sido encontrada uma solução barata. Quando se diz ao contrário, diz-se seguindo até à R. Angra do Heroismo/ R. dos Açores e descendo a Mouzinho da Silveira que, no seu final, teria uma faixa larga, à direita, para estacionar. Teria, se não a tivessem ocupado para estacionamento de carros. Queijas precisa de parques de estacionamento subterrâneos. Para já.

Nesse local, ainda há um pequeno lote de terreno cheio de ervas altas, ( o habitual) que poderia ser aproveitado em pequenas instalações do serviço terminal. Não precisaríamos de mais. Não ambicionamos um caro  "Terminal". Precisamos que saibam que existimos!

Mas choca e causa um certo inconformismo, ler as notícias do jornal de hoje e comparar :

 

" A Carris vai investir cerca de cem mil euros numa campanha multi-sensorial, que se traduz por autocarros com cheiro a manjerico, limão e brisa do mar, música ambiente e uma textura resistente em todos os assentos ! O objectivo é ganhar clientes e tornar as viagens mais agradáveis aos utentes."

 

Na semana da mobilidade humana, quando leio isto, e penso nas pessoas da freguesia com dificuldades motoras, fico cheio de inconformismo, para não dizer revolta. Se isto é saudável ou doentio, pouco me importa, basta-me sentir que é injusto !

publicado por luzdequeijas às 14:34
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Terça-feira, 5 de Março de 2013

VIZINHO, AMIGO E FAMILIAR

O artigo 1366º, n.º 1 do Código Civil determina que “é lícita a plantação de árvores e arbustos até à linha divisória dos prédios; mas ao dono do prédio vizinho é permitido arrancar e cortar as raízes que se introduzirem no seu terreno e o tronco ou ramos que sobre ele propenderem, se o dono da árvore, sendo rogado judicialmente ou extrajudicialmente, o não fizer dentro de três dias”.

Tudo seria muito simples se as relações entre vizinhos pudessem ser legisladas com toda esta simplicidade, muito embora no caso vertente também surjam grandes problemas. Apesar das dificuldades nesta abordagem, na passagem do Dia do Vizinho, convém reflectir numa realidade que temos à entrada e saída da nossa porta, no dia a dia.  

Podemos afirmar que as Freguesias são uma consequência lógica da evolução das Paróquias, cujo começo teve origem em 1830 pelo Decreto n.º 25.

A partir dessa altura e na base desse Decreto em cada Paróquia haveria “uma junta nomeada pelos vizinhos da Paróquia e encarregada de promover e administrar todos os negócios que fossem de interesse permanente local”. A partir de então passaram as Paróquias/Freguesias a fazer parte, como autarquias locais, do sistema administrativo público do Estado.

Ao longo destes 177 anos, apesar de várias tentativas para extinguir as freguesias (as mais fracas foram extintas) , elas, ao contrário revitalizam-se.

 

A criação das freguesias foi obra dos vizinhos que confiavam a defesa dos seus interesses a uma Junta constituída por pessoas da sua confiança e ao Regedor (hoje não é bem assim!), pessoa experiente e muito respeitada. Para tal, necessariamente, os vizinhos trocavam entre si opiniões e promoviam a sua união em torno de um objectivo; a sua segurança e a defesa dos seus interesses individuais e colectivos e dos desprotegidos da sorte ( crianças abandonadas e mendigos).

 

Os tempos mudaram, tudo atingiu uma escala gigante, os vizinhos quase não se conhecem, as escolhas dos candidatos são meramente políticas, mas os problemas são os mesmos, embora tratados com menos transparência e carinho.

 

A bem de uma vida melhor para a sociedade civil, nos tempos que correm é preciso descobrir novas sinergias nas capacidades humanas e sociais dos modernos  vizinhos.

Se em cada lar começar a haver novos conceitos de vida, e em vez de se ver no vizinho alguém que tem um carro melhor que o nosso, conseguirmos ver nele uma pessoa que nos pode acudir primeiro que ninguém numa aflição, o nosso vizinho começa a ser para nós um complemento da nossa família.

Pode até tudo isto nos parecer totalmente utópico, irrealista, mas em boa verdade se nos lembrarmos de que tudo aquilo que temos nada está garantido, alguma solidariedade começará, aos poucos, a despontar .

 

De resto já tanta coisa mudou no mundo até hoje e muitas outras irão continuar em mutação constante, que ao cidadão comum nada mais restará que estender a mão ao seu vizinho deixando transparecer para ele todos os dias um franco e aberto sorriso de permeio com uma palavra amiga. A linha de orientação política do Poder Local não pode ser um único homem, tem de ser o conjunto de todos os vizinhos e das suas famílias. O resto vem depois, a contento de todos.

 

publicado por luzdequeijas às 15:45
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O ESTADO SOLIDÁRIO

O Estado, como hoje o conhecemos, com tradução em políticas sociais é, de facto, ainda pouco experimentado. Nasceu no século XX, à volta de 1940, no meio de duas guerras mundiais e inspirado nas teorias económicas defendidas por Keynes e desenvolvidas por Lord Beveridge que deram origem à nova “ Carta Magna” e ela ao Estado Providência, desenvolvido nos próximos 30 anos.

 

Em boa verdade, desde os finais da II Guerra Mundial até meados dos anos 70, a maior parte dos países democráticos da Europa experimenta ritmos de crescimento económico inimagináveis. Este crescimento e a melhoria muito rápida dos padrões de bem-estar representavam as duas faces da mesma moeda; como alguém disse “a economia afetiva que rodeia o Estado torna-se cada vez mais complexa. À imagem do pai sobrepõe-se, sem no entanto se substituir a ele, a da mãe. O Estado torna-se paternalista, mas com presença altamente dominadora! Deste modo o Estado vê projetarem-se sobre ele os pedidos latentes e difusos dos indivíduos e dos grupos”.

 

É neste contexto de euforia expansionista que vamos assistir, a altos níveis de proteção de saúde e à adoção de esquemas muito favoráveis no que se refere ao acesso e aos quantitativos de pensões de velhice, às prestações de garantia de rendimentos aos desempregados e, ainda, no apoio social a grupos económica e socialmente mais desfavorecidos.

 

Com toda esta evolução, os sistemas de proteção social assumem um compromisso moral e financeiro de proporções perigosas.

Assim nos meados da década de 50 as despesas de segurança social representavam em média 12% a 18% do Produto no conjunto dos países da CEE, em 1980 essa percentagem já varia entre 15% e 30% e hoje oscila entre os 20% e 34%. Em alguns casos, o ritmo de crescimento da despesa iria mostrar-se superior ao próprio Produto.

 

Aparecem então vozes como a do economista Milton Friedman que acusa: “o esbanjamento é deprimente, mas apesar de tudo é o menor dos males... o maior de todos os males é o efeito negativo que exerce sobre a estrutura da nossa sociedade: enfraquece os alicerces da família, reduz os incentivos para o trabalho; diminui a acumulação de capital e limita a liberdade. Esses fatores é que devem ser julgados.

É assim que, pela conjugação de um complexo conjunto de fatores, nos últimos vinte anos, os sistemas de segurança social, ou, se quisermos, o chamado Estado- Providência, tem sido arrastado para o centro de uma polémica em que, além de acusados de efeitos indesejáveis, aqueles sistemas são ainda responsabilizados pela manifesta incapacidade para realizar objetivos que lhes caberiam, nomeadamente a eliminação da pobreza que, sob diversas formas e com intensidade variável, passou a afligir as sociedades modernas, nomeadamente as europeias.

E uma conclusão parece clara: mesmo assessorado por toda a moderna tecnologia, por mais sofisticada que seja, o Estado não tem capacidade de tratar e resolver todos os problemas em domínios tão sensíveis para o bem estar das famílias, especialmente das mais desfavorecidas.

Que deve então o Estado fazer por esta realidade que de tão prevista se tornou real?

 

-          Não deixar de estimular todas as  iniciativas credíveis da sociedade civil.

-          Nomeadamente, além da economia, nas áreas da saúde, acção social, educação, habitação, mutualismo e segurança social. Ainda iniciativas locais de emprego.

-          Organizar – se para coordenar todas as iniciativas focadas, de um modo efectivo e estimulante, apoiado numa rede de malha alargada.

-          Assegurar os meios necessários a todas as iniciativas privadas aprovadas, desde que se não desviem dos objectivos previstos.

-          Por último abraçar com eficiência e carinho uma existência digna e de qualidade à família e às crianças, idosos e adultos em exclusão, que devem ser considerados como protegidos de todos os cidadãos contribuintes e por tal, os mesmos, responsáveis no seu plano material e social, sem excluir formas programadas de serviço cívico, aliviando o desemprego. Os custos, em vez de saírem do OE devem ser informados ao cidadão e taxados em separado de um imposto único que haja.

Deve ainda o Estado tomar a seu cargo a acção coordenadora da defesa do ambiente ( que até pode criar receita) e inovação generalizada, de modo a que sejam preservados e economizados os recursos do país e do mundo de uma forma rigorosa e preocupada com o presente e o futuro.

 

 

publicado por luzdequeijas às 13:48
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SUBSIDIARIEDADE

Pelo princípio da subsidiariedade, tudo que possa ser resolvido por um nível de poder político mais ‘baixo’, mais próximo dos cidadãos, deve sê-lo.

Este princípio foi introduzido na revisão constitucional de 1997, tendo como ideias orientadoras a proximidade do cidadão e de administração autónoma. Distingue-se de outros similares (delegação de competências) por uma vontade firme de grande dimensão na prossecução dos interesses inerentes às populações e cabe, em primeira mão, aos órgãos autárquicos mais próximos dos cidadãos.

Em Portugal, além do poder político central apenas temos poder político local, pelo que só é possível descentralizar e delegar a partir do Poder Central (Estado central) para o Poder Local (Municípios e Freguesias). E é bem capaz de ser o suficiente e mais económico.

Quanto ao poder local, os eleitos por razões de legitimidade devem responder perante os eleitores do território do seu círculo de eleição e, por sinal, conhecem melhor que ninguém a génese dos problemas a solucionar.

A não responsabilização dos deputados perante os eleitores do seu círculo de eleição, e um certo “distanciamento” do poder central, remete para os autarcas, por razões de proximidade, o dialogo com os eleitores do seu circulo relativamente a todos os seus anseios e preocupações, mesmo quando, por competência, elas cabem ao poder central.

Nesta realidade assume toda a relevância o incremento acelerado da concretização da transferência de atribuições e competências da administração central para as autarquias locais, reconhecendo que os municípios constituem o núcleo essencial da estratégia de subsidiariedade. É certo que tem havido delegação de competências mas impõe-se um aumento acelerado do seu volume. Mesmo para associações de municípios nas necessidades mais abrangentes a nível regional.

Hoje o Estado Central tem de coordenar, articular e graduar as políticas sectoriais do Estado central em todo território nacional, de forma a aumentar a eficácia da despesa pública. A situação de fraco desenvolvimento do País demonstra que estes objetivos estão longe de serem alcançados. As verbas inscritas anualmente na despesa pública ficam muito aquém dos resultados obtidos em todas as áreas; saúde, educação, cultura, investimento em infraestruturas etc.

Uma moderada descentralização dos ministérios no território nacional permitiria também que os ministros ouvissem mais do que uma opinião técnica sobre os problemas a resolver dentro das suas competências e tivessem a perceção do modo como os problemas se colocam nos diversos territórios. Poderiam ainda conhecer melhor os resultados obtidos pelas suas administrações e o grau de satisfação das populações. Articulariam melhor as políticas sectoriais do seu ministério com as de outros ministérios e ainda com o poder local.

Verificariam então que em cada território as pessoas enfrentam problemas diferentes e há necessidade de afetar a despesa pública de modo diferente, mesmo em casos aparentemente iguais.

Tudo aponta que no atual contexto este é o caminho mais realista para o País conseguir otimizar a relação custo/benefício dos dinheiros públicos. A via dos princípios da autonomia local, da descentralização e da subsidiariedade parecem ser os princípios fundamentais da organização do Estado no respeito pelo art.º 6º da Constituição.

publicado por luzdequeijas às 13:01
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Segunda-feira, 4 de Março de 2013

O FUNDO DE RESGATE

Tradução de António José André para esquerda.net

Nova ECONOMIA>

 

Como funciona o fundo de resgate?

 

O fundo de resgate é o nome corrente para o Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF) criado em Maio de 2010 para ajudar a resolver o problema da dívida governamental Europeia. Este fundo funciona como um banco que faz empréstimos a economias europeias em dificuldades e que já não se conseguem financiar nos mercados internacionais a taxas aceitáveis.

Este veículo foi criado no Luxemburgo, com apoio do Banco Europeu de Investimento sendo que os empréstimos emitidos são garantidos pelos outros países da Zona Euro. O gestor do fundo é o Sr. Klaus Regling, com vários outros gestores e supervisores. As garantias são dadas pelos 17 países que compuseram o fundo, dos quais Portugal também faz parte com uma reduzida percentagem.

Não é fácil pedir o empréstimo, aplicando-se realmente a situações limite e envolvendo a Comissão Europeia e o Fundo Monetário Internacional. Para o país se candidatar ao fundo e após a análise das contas públicas, todos os países da Zona Euro têm de aprovar o resgate. Naturalmente que este não é dinheiro dado e que o empréstimo tem de ser pago, com juros. Se um país não honrar esta dívida e entrar em falência, todos os outros países terão problemas em conseguir o dinheiro. Mesmo sendo o principal objectivo do fundo apoiar países, em ocasiões especiais ele também pode ser acionado quando o país tem de apoiar os seus bancos em apuros.

Quando foi criado, o fundo podia dar garantias até 440 milhões, mas devido ao acentuar da crise e à utilização do dinheiro do fundo para recapitalizar os bancos, os países da Zona Euro decidiram aumentar a sua dotação para 2 biliões de euros estando ainda em aprovação esta última medida.

 

publicado por luzdequeijas às 21:41
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IOMAF - MIRAFLORES

Quarta-feira, 26 de Agosto de 2009

 

Autarquia inaugura Via Longitudinal Norte

 

A Câmara Municipal de Oeiras vai inaugurar a Via Longitudinal Norte, que faz a ligação entre Miraflores (Algés) e Outurela (Carnaxide).
A cerimónia terá início com o descerramento da placa toponímica Avenida Cáceres Monteiro – Jornalista (1948 – 2005), um arruamento, com início na Rua Afonso Praça e fim na Rua Miguel Serrano, que está localizado em Miraflores, freguesia de Algés, local onde este munícipe residiu, desde 1971 e até à sua morte.
A nova ligação VLN-Miraflores permitirá, segundo a autarquia, “um reequilíbrio dos fluxos de tráfego cuja origem ou destino sejam Carnaxide / Outurela e Portela, Algés / Miraflores ou Linda-a-Velha, aliviando o trânsito no nó da A5 de Carnaxide / Linda-a-Velha e também nos acessos da CRIL a Miraflores, permitindo alcançar uma melhor acessibilidade a estas zonas”.
A criação desta via – cuja construção e ligação aos sistemas viários associados custou 10 milhões de euros – tem por objectivo “resolver alguns problemas de acessibilidade e de mobilidade verificados naquela zona do concelho de Oeiras”.
Foi a “determinação de promover a melhoria da circulação automóvel” que levou o Município a intervir na rede estruturante de Oeiras, “através da construção de uma via longitudinal a Norte da A5, a VLN”.

Publicada por Joana Lopes às 20:04

 

publicado por luzdequeijas às 17:05
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A VLN, E O IOMAF

Sexta-feira, 9 de Maio de 2008

 

 

 

Tudo isto a propósito da Via Longitudinal Norte, há mais de 10 anos anunciada e sistematicamente adiada. Em boa verdade, anda ali pelos lados da Outurela, aquilo que foi designado pelo 1.º sublanço da Via Longitudinal Norte, e mesmo assim, por iniciativa da CMO. O 2.º sublanço era para chegar a Queijas em 2004!

O monstro, que a partir do ano 2000 se tornou desmedidamente grande, ao abrigo de um consumismo incentivado como panaceia para o crescimento económico, provocou no poder central e local uma magreza assustadora, na sua capacidade de realização de obras estruturantes!

Parece lógico que as prioridades de execução do poder central se articulem em paralelo com as do poder local. Na verdade, elas quando falham, afectam sempre vários projectos em curso não só de um, mas de vários concelhos!

Neste caso, a não execução da VLN afectou principalmente os concelhos de Oeiras, Cascais e Sintra. No caso de Oeiras, afectou durante vários anos, em especial, a boa funcionalidade do principal polo do desenvolvimento estratégico de Oeiras, o Taguspark.

Lamentavelmente, muitas sequelas continuaram, originadas pela ausência da VLN. A realização desta via teria ainda permitido um melhor aproveitamento do aeródromo de Tires e o descongestionamento da A5 e IC19.

Mais do que necessária, acho indispensável essa infra-estrutura. A grande força de desenvolvimento destes concelhos foi a A5 ter chegado a Cascais. Agora, um novo impulso seria uma via que permitisse fazer a ligação entre os concelhos de Cascais e Oeiras, pelo seu interior. Temos que afastar as pessoas de se deslocarem no seu transporte individual, e junto ao mar temos já uma linha de comboio, mas é preciso que as freguesias de Porto Salvo, Barcarena, Queijas e Carnaxide, sejam servidas pelo mesmo meio de transporte. Muitas urbanizações no concelho de Oeiras e noutros, fizeram-se a contar com as acessibilidades disponibilizadas por esta via VLN e hoje, na sua falta, ficou um trânsito caótico, nomeadamente ao princípio e final dos dias de trabalho.

Dentro das povoações é uma verdadeira balbúrdia, como seja por exemplo, o caso da vila de Queijas.  O congestionamento do IC19 levou ao atravessamento deste tráfego em Queijas, entre esta via e a A5, ora num sentido, ora noutro. A obrigatoriedade de pagamento de portagens na CREL, fez com que muitos condutores a ignorassem e, em Queijas, invadissem esta vila para, através da Estrada Militar, atingirem o IC19 ou a A5 sem pagarem portagens. Estes, serão os constrangimentos externos no caótico trânsito dentro desta vila, aos quais serão de somar outros internos. Queijas e Porto Salvo há mais de 50 anos, foram escolhidas como localidades para albergarem um projeto de auto-construção, destinado a pessoas de baixos recursos financeiros. Esta foi uma medida eleitoral populista do Estado Novo, dos anos 60, de curta duração e contemplou pouco mais de cem famílias. Depois do acto eleitoral, acabou!

Todavia, a estreiteza de conceito urbanístico, fez nascer ruas e passeios de largura muito reduzida. Com o decorrer dos anos, vieram outros projectos sociais como cooperativas, atiradas para o lado nascente de Queijas e, sem outras acessibilidades que não fossem as estreitas ruas de Queijas.

Já nos tempos em que se falava da Via Longitudinal Norte outras urbanizações foram aprovadas  (encosta de Linda-a-Pastora) no pressuposto das acessibilidades desta infra-estrutura que serviria de circular á parte nascente de Queijas com duas rotundas, uma próximo da Senhora da Rocha e outra mais a norte.

Com o passar dos anos e o esquecimento da realização desta obra (VLC), muitas centenas de moradores são obrigados, diariamente, ao atravessamento de Queijas pelas suas ruas estreitas. sem condições de circulação rodoviária normal.

As acessibilidades funcionais de Queijas e de outras localidades dos três concelhos envolventes, ficaram feridas de morte.” Ad Eternum”! 

 

 

 

publicado por luzdequeijas às 16:13
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Domingo, 3 de Março de 2013

SUSTENTABILIDADE DA SEGURANÇA SOCIAL

Sobre os 5 pontos referenciados pelo senhor Presidente da República, só mais algumas notas sobre a “Sustentabilidade do Sistema de Segurança Social”.

Passando por cima de causas mais antigas atendendo ao seu conteudo de humanitarismo, para me centrar nos últimos anos do último século. Farei como nos dizia São Tomás de Aquino; “Façam as perguntas certas e os segredos do universo serão revelados nas respostas “ e as perguntas que deixo abaixo e julgo certas, gostaria de as ver analisadas num debate nacional,por gente entendida:

- Quais os motivos que levaram os políticos responsáveis, de 1988 até aos dias de hoje” a promoverem uma saída maciça de muitas e muitas centenas de milhares de trabalhadores do sector público e privado, qualificados e não qualificados, com cinquenta anos e menos (pré-reformas), directamente para os bancos do jardim ? Será possível quantificar os prejuízos morais e materiais de tal decisão ?

 

Tudo isto numa altura em que na Europa e no Mundo, os responsáveis políticos já pensavam em adiar a idade de reforma para mais de 65 anos, falando-se até nos setenta, de forma a evitar que trabalhadores experientes e muito saudáveis deixassem de contribuir para a segurança social e, bem pelo contrario, passassem a viver dela.

Numa idade em que a própria lei protege tais trabalhadores nos casos de saídas forçadas de uma empresa, gente dedicada e competente viu serem-lhes retirados os últimos sonhos da vida.

 

- Fizeram-no para reduzir o desemprego? Para aumentar a qualificação dos trabalhadores quando o nosso sistema educativo estava e está completamente desajustado da procura do mundo laboral ?

 

- Para arranjar colocação para os alunos do “ Ensino Superior”, entretanto criado, e que depressa se tornou num escandaloso negócio altamente lucrativo, mas de qualidade mais que sofrível, com raras excepções?

 

- Para facilitar a vida (baixos custos salariais) aos empresários que ficaram com as empresas privatizadas totalmente falidas depois das nacionalizações do PREC?

 

- Também seria bom sabermos onde pára o imenso dinheiro arrecadado pelas antigas Caixas de Previdência e eclipsadas na Revolução de Abril?

Esse dinheiro tinha donos e seria a garantia de uma reforma segura para quem tinha descontado com esse fim.

 

- Sabe-se que muita gente tem reformas sem nunca ter descontado para esse fim! Sendo que muitos deles andam por aí nas manifestações, a criar mais problemas a quem tenta corrigir incompetências e desonestidades, praticadas por quem?                                                                         

Quem souber que informe os portugueses de tais dúvidas ou garanta não existirem, para que a Credibilização e a Autoconfiança comece a voltar a este “Povo”,tão desanimado e desmotivado. De palavras e discursos estamos fartos! De manifestações também.

publicado por luzdequeijas às 12:13
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Sábado, 2 de Março de 2013

DESAFIOS CRUCIAIS

No início de Março de 2006 o Senhor Presidente da República alertou o País para algumas preocupações suas, apontando  cinco desafios cruciais para abrir caminho ao progresso de Portugal.

Apontou as seguintes:

1 – “Criação de condições para um crescimento mais forte da economia portuguesa.”

2 – “Qualificação dos recursos humanos.”

3 – “Criação de condições para o reforço da credibilidade e eficiência do sistema de justiça".

4 – “Sustentabilidade do sistema de segurança social. “

5 – “Credibilização do sistema político. “

 

A “Credibilização” talvez devesse estar em 1.º lugar e, infelizmente, ficam de fora muitos outros!

No todo nacional, os variadíssimos aspectos que pudéssemos ou quiséssemos apontar estão todos interligados, mas sem credibilidade nos agentes políticos e nos partidos, nada feito. Não há ar para respirar! 

Diz também o Senhor Presidente da República que “a estabilidade política, não é um valor em si mesmo, nem se pode confundir com imobilismo". Totalmente de acordo, pois a maioria das vezes, ela em muito contribui para dar cobertura ao “lodaçal político”, das suspeitas.

Também se pode discordar de algumas tentativas de gente "importante" para a criação de um clima de optimismo e confiança no País,através de intervenções públicas de “Homens de Estado” sorridentes e bem falantes discursando aos portugueses. Nada mais errado, a “Alma do Povo” mais cedo ou mais tarde, percebe a falta de transparência dessas posturas artificiais. Contudo, o modo como um político se expressa, é meio caminho para a credibilidade política. As atitudes da oposição,constituem outro ponto nevrálgico da nossa incipiente credibilidade política. Quando os políticos assumem que fazer oposição é "dizer mal de tudo", nada se pode fazer para elevar esse paradigma. Quando um líder da oposição não aponta caminhos e soluções credíveis e,ao invés, utiliza uma linguagem de baixo nível para se dirigir ao senhor PM  não há alternância que nos valha. 

O caminho parece só poder ser, nesta situação,a ida ao fundo do poço, melhor dizendo, uma análise profunda dos erros cometidos na condução do País,nas últimas décadas,  sem dó nem piedade, não para arranjar bodes expiatórios, mas para que de vez erradiquemos as causas pérfidas dos nossos erros colectivos e do nosso atraso crónico.

 

 

publicado por luzdequeijas às 17:53
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ENTRE O CARTEL E A PERFEIÇÃO

Grande parte dos nossos eleitores ainda votam, sistematicamente pelo mesmo partido, com um sentimento igual ao que têm pelo seu clube predileto!

Outra grande parte do eleitorado vota sempre de cartão amarelo na mão, como vêm fazer aos árbitros no futebol!

Ainda outra larguíssima faixa do eleitorado, desiludida, vota em branco ou abstém-se!

Num mundo em mudança constante, estes comportamentos são aparentemente incompreensíveis.

No panorama político nacional assistimos na última década ao aparecimento de vários politólogos em cena. Alguns, poucos, dão aulas de política em universidades exibindo um diploma que ninguém sabia terem, outros especializados nas áreas das “Ciências Sociais e Políticas” e da “Sociologia”, estão a dissecar a existência dos partidos em Portugal.

Um deles afirmou:

“Até 2009, os partidos vão receber do Estado tanto quanto Bill Gates vai investir em Portugal: 64 milhões de euros” .

Sem pretender fazer, por ora, qualquer viagem ao incrível mundo dos financiamentos políticos, vincamos a convicção que já tínhamos de que é o povo que paga os partidos que temos. Porquê e para quê ainda não percebi.

Na verdade os partidos estão na posse de elites fechadas.

Afirmou ainda o mesmo senhor, membro de uma  “Comissão de sábios” consultada nos trabalhos da “ Reforma do Sistema Eleitoral”, quando lhe perguntaram :

Acha que os partidos deixaram de ser espaços de afinidade ideológica e social e passaram a ser grupos mais pequenos e coesos de disputa eleitoral? A resposta aí está:

Os partidos passaram a ser máquinas de conquista de poder, muito agarrados ao Estado por isso lhes chamamos, partidos de cartel Deixaram de ser organizações de combate ideológico e programático, de massas, e passaram a ser partidos de eleitores e, mais recentemente, de cartel”.

Na verdade passaram a ser máquinas de conquista de poder, que quando conquistado é distribuído pelos amigos. Os eleitores vão sempre perdendo!

Noutro jornal de grande dimensão consegui ainda ler a opinião de outro especialista político:

“ PS e PSD não nasceram de movimentos sociais, nem são o produto de clivagens sociais e ideológicas lineares. Ainda que com importantes diferenças, ambos são (partidos de cartel) construídos por elites e assentes na distribuição dos recursos públicos”.

Com o meu pensamento preso àquilo que de há muito sei ser um “cartel”, coisa ligada ao mundo mafioso e aos trust dos interesses obscuros, e conhecedor da sua ilegalidade em Portugal, confesso que fiquei aturdido.

Dei por mim a pensar se será possível o PS e o PSD combinarem as suas atuações políticas nos bastidores, traindo aqueles milhares de pessoas que votam no seu clube de eleição ou, então, os outros que pretendem mostrar o cartão amarelo punindo o infrator?

Deste modo o infrator nunca é punido porque com os benefícios do cartel, só aparentemente perde o poder.

Provavelmente os únicos eleitores que estarão certos serão os que não rejeitam nenhum voto, mas se esforçam para votar pensando nos problemas do país e não nos seus próprios problemas. Pensando assim, pode não ganhar, mas de certo modo ajudou muita gente, quem sabe até os seus mais próximos. A política está longe de ser um mundo de perfeição!

 

 

publicado por luzdequeijas às 14:55
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A NOSSA CAMINHADA TERRENA

No nosso sentir, o Homem vive toda uma vida procurando sempre qualquer coisa mas dificilmente se apercebe do que é tal coisa! A melhor explicação para esse estado de espirito parece residir no constante espanto que sente perante tudo aquilo que o rodeia.

Tarde ou cedo, acaba sempre por concluir que essa procura, seguindo projetos tecnológicos, consumistas ou libertários ou por quaisquer outros, desemboca invariavelmente, no ponto de partida. Insatisfeito e sem conclusões!

 

É tudo tão misterioso, que na sua procura, o Homem fica esmagado.

 

Assim, procurar o sentido da vida, é como querer conhecer o sol, olhando diretamente tamanho colosso de luminosidade. Os nossos olhos deixam de ver e depressa voltamos a cara, cegos, e ainda mais ignorantes e deslumbrados.

 

Esta sensação repete-se sempre que quisermos conhecer os desígnios do mundo, do universo, da vida e do próprio Deus.

Fica-nos por fim uma certeza; o Homem existe porque para Ele há uma finalidade depois da morte.

Esta finalidade, parece-nos o grande mistério e a ela, enquanto vivos, não teremos acesso!

 

A grande sabedoria para o Homem que desfruta duma vida, terá de ser encontrada nos caminhos da simplicidade, da humildade e do amor.

Terá de ser, inclinarmo-nos para que qualquer um outro, agarrando-se ao nosso pescoço, se possa levantar.

Terá de ser, o respeito pelos verdadeiros impulsos que vêm de dentro de nós, não esquecendo que foram lá postos pelo criador, para serem sentidos e entendidos em qualquer língua, por qualquer filósofo ou ignorante e, certamente, sem necessidade de dicionário.

 

Este saber, ou seja, criar o homem com um código de conduta dentro de si, só o ilimitado poder de um Deus o poderia fazer.

 

A qualquer Homem deverá bastar esta conclusão, tornada saber na estrada da simplicidade, do respeito por si próprio e do amor ao próximo. Bastará acreditar que vale a pena tudo fazer e suportar, para durante a nossa vida não abandonarmos esta caminhada.

 

Depois da morte virão todas as explicações, e desse novo mundo, certamente, poderemos olhar este ou outro sol, sem perigo de cegueira nem voltar a cara, pois os nossos olhos já serão outros.

Já serão olhos com alguma divindade. 

 

publicado por luzdequeijas às 14:32
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CORTES PAGAM PENSÕES ?

Segundo o FMI os quase 4 mil milhões de euros ganhos com cortes nos vencimentos dos funcionários públicos desde 2011 foram usados para financiar gastos com pensões e não para reduzir a despesa global do Estado.

Este problema é muito sério, e é muito anterior a 2011! Os políticos mais conscientes sabiam, desde o começo deste século, que o “Monstro” estava a amamentar uma enorme e incontrolável “espiral recessiva” no país. Tudo isto com origem num ESTADO monstruoso e insaciável. Todos os políticos eleitos sabiam do caso e da sua gravidade, mas também sabiam que tocar nos funcionários públicos é perder eleições! Isto, comprovou-se mais tarde, quando com o país já praticamente falido, e com uma dívida externa medonha, um certo governo aumentou os funcionários públicos 2,9%!

Apesar de tudo, tinham apresentado ao país uma fórmula mágica:

“ Por cada dois funcionários entrados na reforma, entraria um novo funcionário público”!

Haverá alguém que não perceba que em lugar de dois à mesa do Monstro passaram a estar três? Assim, em lugar de reduzirem a despesa do ESTADO ela foi sempre aumentando!

Seria benéfico para todos os portugueses saberem, quanto até hoje foi pago pelos funcionários públicos e pelo ESTADO, para suporte dos enormes encargos pagos e a pagar pelas REFORMAS DOS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS E DOS POLÍTICOS.

Curiosamente, coisas deste tipo nunca merecem qualquer reparo dos muitos analistas políticos, muito bem pagos, que por aí andam. Da comunicação social também não, essa, só quer casos “bombásticos”, mas cheios de inocuidade!

 

publicado por luzdequeijas às 14:04
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