Sábado, 10 de Novembro de 2012
Lenin foi o grande líder da Revolução de 1917 e governou a Rússia(URSS) até à sua morte, em 1924. Trotsky, outro líder da revolução e chefe do exército vermelho, disputou o poder com o chefe do Partido Comunista (antigo Bolchevique), Stálin. Lenin temia que o poder caísse nas mãos desse último, mas foi o que aconteceu. Trotsky foi banido da União Soviética e assassinado a mando de Stálin em 1940, no México.
A grande meta de Stálin era tornar a URSS uma potência industrial. O capital para construir as indústrias veio da agricultura. Muitos camponeses e fazendeiros ricos foram perseguidos e mortos. Toda a produção tinha de ser entregue ao Estado. Os operários foram impedidos de mudar de emprego e fazerem greves. Stálin implantou um regime de terror que durou até a sua morte em 1953.
O moinho velho é avistado de todas as proximidades e o marco geodésico instalado no seu interior significa que é o ponto mais alto da freguesia.
Não será caso único, mas aquele moinho tão arruinado, há dezenas de anos que se conserva assim. É facilmente avistado de todas as proximidades e o marco instalado no seu interior significa que é o ponto mais alto da freguesia de Queijas e um dos mais altos do conselho de Oeiras. Esta vila, antigo lugarejo, era terra de semeadoras de sequeiro e cultivo cerealífero. Terra de agricultores da própria terra.
O solo era seco e de baixa profundidade, no qual abundavam pedras sem conta à vista, e grandes pedregulhos negros a pouca profundidade.
Nos anos de industrialização do concelho, Queijas foi abrigo de um projecto de auto-construção e com ele tudo começou a ser diferente.
Os terrenos de semeadora, começaram a ser vendidos para construção.
Árvores só existiam meia dúzia numa velha quinta central, rodeadas por um alto muro. O resto era descampado a perder de vista, com excepção de espaçadas áreas silvestres que incluíam um conjunto de sistemas arbustivos , de formação próxima do carrascal e estevas, com elevado interesse ecológico, e ainda muito mato e alto revestimento herbáceo.
Este, era um ecossistema apropriado para uma fauna diversificada e preferida dos caçadores: coelhos bravos, codornizes e perdizes sem conta, eram vistos a esconderem-se nas muitas e cerradas moitas, mesmo à luz do dia.
Conta a sabedoria popular que o rei D. Miguel, também devoto da Senhora da Rocha, por aqui se entretinha neste passatempo cinegético, o que justifica a existência da Casa de D. Miguel, como seu pavilhão de caça.
Também justifica a existência de uma pequena reserva de caça na freguesia de Queijas, no prolongamento da reserva de caça da Serra de Carnaxide.
Os primeiros habitantes da parte nova de Queijas bem se lembram dos milhares de pintassilgos que, mesmo no centro da povoação, comiam, sem cessar, as sementes dos inúmeros cardos secos que ali cresciam. Bem se lembram de nas cálidas noites de Maio verem centenas de pirilampos ziguezagueando no ar, mesmo à volta das suas casas. Com o desenvolvimento de Queijas, sentiram o ruído e desapareceram para sempre.
Bem se lembram de no começo das obras da cooperativa, aparecerem nos seus quintais ouriços, doninhas e outras espécies do género, a procurarem abrigo, fugindo do roncar ensurdecedor das máquinas a desbravarem os seus lares, as moitas silvestres.
Esta última àrea com as características do que foi esta região, hoje em estado degradado, possui condições de excelência pela biodiversidade ambiental, e por isso se devem traduzir em factores de atractividade e em vantagens de toda a ordem, a maior das quais será de ordem cultural e ambiental.
Depois de termos perdido tanta coisa deste nosso ecossistema, parece justo manter nesta área, salvo melhor opinião, um santuário ecológico que nos ligue ao passado, mas que possa ser igualmente uma porta pela qual possamos melhor visionar o nosso futuro. Futuro esse, que não pode deixar de passar pela defesa do meio ambiente que recebemos como legado.
Naturalmente que é fácil imaginar aquele espaço cimeiro e geodésico, encostado a uma escola secundária e rodeado de perto por várias outras comunidades escolares e habitações, cercado por um muro alto e rústico, adequado ao estado do moinho. A conservar como está.
Seria um pequeno território protector da nossa fauna e flora, em risco de desaparecerem totalmente. Também é fácil imaginar as espécies autóctones a proteger, numa coabitação que já tiveram por milhares de anos, mas que não é tão fácil hoje, por ter de ser num espaço fechado, neste caso o moinho e as suas redondezas. É um trabalho para gente altamente especializada. Passará por uma identificação dos valores naturais da área no que respeita às comunidades vegetais e à fauna, em função da sua importância. Mas é um desafio aliciante e exemplar.
Será naturalmente de manter no espaço eleito, um estado silvestre controlado, correspondente a padrões de uso, onde a intervenção humana é nula ou muito reduzida.
Os jornais gratuitos são o único meio de comunicação em Espanha, e parece que no resto do mundo, que conquistam novos leitores. Os jornais gratuitos, sustentados somente pelos anúncios (será?), conquistaram para as notícias e artigos de opinião, gente que até agora não comprava jornais com regularidade. Este parece ser o tipo de negócio dentro dos órgãos de informação, que continuará a crescer. A blogosfera com toda a sua comunidade e conteúdos, forma já hoje, um apreciável conjunto composto por quem faz, por quem disponibiliza e por quem lê, e vai conquistando as elites. Trata-se de gente que quer inovar e dificilmente se deixar amarrar.
Esta intensa atividade da Internet, vai conquistando leitores, transferindo-os para si de outros meios de informação acabando por os ir esvaziando.
As audiências da rádio mantêm-se estáveis, mas a compra de revistas parece em queda. A imprensa diária das bancas considera os jornais gratuitos uma “ séria ameaça” e embora não se preveja a sua extinção até final da década, ninguém sabe como será dentro de poucos anos.
Hoje, à volta de 70% das notícias publicadas nos nossos jornais são da responsabilidade das agências de informação e ou dos gabinetes de imprensa. As funções dos jornalistas têm deixado de ser ativas na sua tradição. A presença das “Agências de Informação” no controlo da informação, retirou a esta, diversidade de opinião e colou-lhe uma formatação que satura o leitor. As notícias são todas iguais!
Os órgãos de informação, mediando somente entre as Agências de Informação e os leitores, limitam-se a uma atitude passiva, aceitando a notícia formatada pelas agências de informação, passando os jornalistas a fazer assessorias políticas e empresariais no âmbito de gabinetes de Imprensa. Nesta situação passiva a que se remetem, os jornalistas não se encontram tão pressionados, nem tão suspeitos face à promiscuidade, ficando deste modo, tudo isto, para os lados das fontes organizadas de informação. Em países como a Espanha e os EUA a influência destas fontes de informação nos jornais, é muito menor.
As próprias agências portuguesas admitem o seu poder atual de condicionar e influenciar o noticiário dos nossos jornais . Todavia, estes factos, mais a acomodação e passividade da imprensa, estão a abrir crises de representação política e informativa.
De resto, com idênticas crises de representação se está a debater toda a nossa sociedade civil, cada vez mais afastada do pensamento e atitude dos políticos e com menos peso na defesa da sociedade civil. Nota-se uma constante inclinação ideológica na informação disponível, que contagia a opinião pública a favor de preferências de “esquerda” e contamina a sua capacidade de voto democrático, enfraquecendo a nossa democracia. Os resultados estão à vista vista.
Sexta-feira, 9 de Novembro de 2012
Passos Coelho: "Não usaremos nunca a situação que herdámos como desculpa"
Lusa - Esta notícia foi escrita nos termos do Acordo Ortográfico
13:54 Quinta feira, 16 de Jun de 2011
Ler mais: http://aeiou.visao.pt/passos-coelho-nao-usaremos-nunca-a-situacao-que-herdamos-como-desculpa=f608144#ixzz1akwDoNCU
O primeiro-ministro indigitado e presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, prometeu hoje que o seu Governo nunca se desculpará com as decisões do passado e vai empenhar-se no cumprimento do programa de ajuda externa.
"Não usaremos nunca a situação que herdámos como uma desculpa para aquilo que tivermos de fazer. Daremos, por uma vez, um bom exemplo de poupar ao país durante meses o exercício de evocar a circunstância que herdámos. O país conhece-a, e conhece-a suficientemente bem para não ter tido nenhuma dúvida quanto à necessidade de mudar e de mudar profundamente", declarou Passos Coelho.
No final da cerimónia de assinatura do acordo político de governação entre PSD e CDS-PP, num hotel de Lisboa, Passos Coelho considerou que "esta maioria para a mudança do país tem todas as condições políticas para dar certo e o país tem todas as razões para estar tranquilo" porque "vai ter um Governo que não se vai desculpar com o que aconteceu antes nem com as dificuldades do presente para entregar o resultado que os portugueses querem receber.
Nota: Só quem não quer perceber pode ter o descaramento de perguntar a este primeiro-ministro porque atacou o governo anterior! Todo o país tem visto a coragam e o esforço deste primreiro-ministro para não invocar a escandalosa situação que herdou! Poucos o fariam! Quem quiser relembrar-se do comportamento do anterior PM para com com Santana Lopes, é só ver os vídeos disponíveis no "youtube". Foi chocante e de uma grosseria a toda a prova.
Passos Coelho tem aguentado aquilo que poucos aguentariam. A cada semana descobre mais cadáveres nos armários! É claro que o anterior governo escondeu quase tudo sobre a desgraça que nos caiu em cima. Mas, a nossa comunicação social nunca desmascarou, em tempo oportuno, aquilo que muitos percebiam, ou seja, que suportámos uma governação de mentira com a sua complacência (há honrosas excepções). Mesmo agora, Passos Coelho poderia continuar a aguentar tanta incompetência e denonestidades calado, se a nossa comunicação social explicasse ao povo a real situação do país, e quem a originou,mas não, preferem perguntar ao PM, em funções há três meses, porque atacou o governo anterior, continuando assim na ausência de uma informação esclarecedora, verdadeira e informativa para dar aos portugueses.Na sua maioria, pactuou com o sofrimento que viria a atingir milhões de portugueses
Quinta-feira, 8 de Novembro de 2012
Cavaco, que Soares dizia “desconhecer”, representou o primeiro dirigente da democracia portuguesa que chegava ao poder fora da resistência contra Salazar e ao PREC e com uma formação dominantemente económica em vez de jurídica .
A maioria absoluta de Cavaco Silva, uma verdadeira subversão de um sistema eleitoral construído para obrigar a governos de coligação, abrindo caminho a um ciclo de governabilidade sem passado até então e sem futuro até 2005 (19 de Julho de 1987).
Procedeu-se à desregulamentação da economia e fez-se a privatização do espaço televisivo e da comunicação social escrita do estado. Criação da SIC e da TVI.
Fez-se a Revisão Económica da Constituição permitindo finalmente a existência de uma plena economia de mercado e as privatizações. O PS que tinha bloqueado mudanças na parte económica da Constituição finalmente cedeu ao PSD (1989).
Tivemos a primeira Presidência portuguesa da UE. Nunca até então a alta administração pública portuguesa tinha conhecido uma prova tão dura.
A Expo, a realização urbana de grande dimensão mudando a face oriental de Lisboa e levando ao clímax o ciclo de grandes obras dos anos do “cavaquismo” (1998).
Adesão ao euro, principal manifestação da decisão estratégica de manter Portugal no chamado “pelotão da frente”, ou seja no grupo mais avançado da EU, abrindo caminho à questão do défice suscitada pelo Pacto de Estabilidade e Crescimento (1 de Janeiro de 1999).
Percebe-se que Portugal vai recuperando o seu prestigio junto das outras nações e que a integração europeia vai na senda daquilo que os demais parceiros da EU fizeram anteriormente. Liberalização da economia e entrega à iniciativa privada do seu desenvolvimento.
Ao contrário de todo o esforço dos partidos e forças de esquerda para seguirem os passos das economias socialistas/comunistas ( que não tardariam a desaparecer repentinamente do mundo) a nossa evolução foi sendo no caminho das democracias europeias.
Foi neste sentido que as empresas anteriormente nacionalizadas foram quase na sua totalidade devolvidas à iniciativa privada.
Em todo este problema de saber quem detém a posse das empresas, há um outro que não pode ser esquecido por dizer respeito aos seus trabalhadores. Eles são, foram e continuarão a ser o maior capital dessas mesmas empresas e do país e nessa condição viram-se confrontados com difíceis adaptações e uma nova realidade na estabilidade do emprego.
Aquando das nacionalizações as empresas tinham um passado e naturalmente que, aparte algumas injustiças que sempre há, os seus técnicos teriam sido escolhidos pelas provas dadas, seus quadros do mesmo modo. Eram aqueles que na sua actividade diária mostraram ter o perfil adequado a esses desempenhos.
No acto das nacionalizações, que foram actos revolucionários, a primeira acção era regra geral o saneamento selvagem de toda a estrutura de comando ou até técnica. Muita gente de lágrimas nos olhos viu ser-lhes retirado o trabalho e os direitos adquiridos. Normalmente eram substituídos por outros , por vezes alheios às empresas, nomeados nunca por desempenhos ou qualidades demonstradas. Ascenderam a tais posições de relevo na estrutura dessas empresas, mais como comissários políticos. A qualidade pedida era que fossem de esquerda de preferência activistas políticos e antifascistas.
Nesta situação as empresas foram-se deteriorando, adoecendo até se verem forçadas a estender a mão aos cofres do Estado. Os salários começaram a estar em perigo todos os meses, foram poucos os casos de encerramento com despedimento colectivo.
Do lado oposto, nas privatizações, os novos donos foram muitas vezes os donos antigos mas, mesmo sendo outros, o problema era o mesmo. As indemnizações pelas nacionalizações, quando as houve, foram ridículas, mas no acto da privatização têm na sua frente um Estado sem recursos, que tentava encaixar o máximo dinheiro para alcançar o equilíbrio das suas finanças públicas.
Os pretendentes à posse das empresas conheciam-nas como ninguém, estudavam-nas, e conheciam muito bem, igualmente, cada um dos seus empregados. Os anos haviam decorrido e os tais antigos colaboradores já não eram jovens, logo, salvo poucos casos os candidatos às empresas, bons conhecedores de actos de gestão, exigiam antes da privatização que as empresas tivessem uma média etária dos seus empregados dentro dos valores recomendados pelos manuais.
Daqui saírem às centenas e mesmo aos milhares de trabalhadores para a tão famosa pré – reforma. Naturalmente defraudados pelas circunstâncias da vida apareciam sentados nos bancos do jardim homens com cinquenta, ou até menos, anos de idade!
O afastamento forçado, naturalmente, não lhes tinha permitido uma actualização constante mas tinha sim aumentado a sua desmotivação, e era nesta situação de frustração que iriam sair, com muitos sonhos por realizar, e agravando os cofres da segurança social . Por outro lado a empresa ficaria com menores encargos salariais e com uma média etária mais baixa, mas com um capital de experiência muito inferior.
Os outros , os comissários políticos, esses também saiam, mas o sistema arranjava-lhes outra colocação, quase sempre ao abrigo dos cofres do Estado. Afinal eram políticos.
Conclusão : Num país, no mundo, em cada uma das empresas ou organizações governativas, os empresários e os governantes são muito importantes mas, o maior capital são as pessoas e a motivação que lhes for estimulada.
Em 1986 tinha –se dado a adesão de Portugal à Comunidade Europeia.
Ramalho Eanes é sucedido pelo Dr. Mário Soares entre 9/3/1986 e 9/3/1996 que, por sua vez, é sucedido pelo Dr. Jorge Sampaio.
Aníbal António Cavaco Silva, (Boliqueime - Loulé, 15 de Julho de 1939)
Foi primeiro-ministro de Portugal de 6 de Novembro de 1985 a 28 de Outubro de 1995, tendo sido o homem que mais tempo governou em Portugal desde o 25 de Abril.
A 22 de Janeiro de 2006 irá ser eleito Presidente da República, tendo tomado posse em 9 de Março do mesmo ano.
Privatizações vs. Nacionalizações
As nacionalizações, a seguir ao 11 de Março foram da responsabilidade da ala militar ligada ao PCP, no MFA. Das chamadas “conquistas da Revolução” – nacionalizações, reforma agrária e controle operário – a terceira nunca existiu de facto, a segunda deixou uma marca profunda no Alentejo, a primeira moldou o destino da economia e da sociedade portuguesa até aos dias de hoje, no mau sentido.
Em 1986 deu-se finalmente a entrada de Portugal na União Europeia.
A entrada de Portugal para a CEE, a 1 de Janeiro de 1986, marca uma viragem profunda na economia. Nada voltou a ser como dantes, senão veja-se:
.Privatizações. As empresas públicas que chegaram a representar mais de 50% do PIB, foram sendo progressivamente encerradas ou privatizadas. Vinte anos depois restava apenas um núcleo muito pequeno de empresas controladas pelo Estado.
.Agricultura. Este sector foi completamente desmantelado. No início dos anos 80 cerca de 30% da população activa trabalhava nos campos. Vinte anos depois não representa mais do que 4%. Vasta áreas agrícolas foram abandonadas. Muitas aldeias desapareceram ou converteram-se em locais turísticos.
.Pescas. O importante sector das pescas portuguesas, começou a ser desmantelado. Em vinte anos este sector é uma sombra daquilo que em tempos representou para a economia do país.
.Transportes marítimos, Industria de construção e reparação naval. Durante séculos foi uma das áreas da economia mais importantes do país, mobilizando e gerando enormes recursos. Vinte anos depois é um sector completamente desmantelado. Muitas docas e estaleiros estão transformados em locais de lazer
.Transportes ferroviários. As estradas eram más, mas a rede de caminhos de ferro era ampla e cobria todo o país. Vinte anos depois, a rede de caminhos de ferro diminuiu, sendo os transportes de passageiros e mercadorias cada vez mais por rodovias.
.Industrias de mão-de-obra intensiva. Numa primeira fase, Portugal foi ainda inundado de empresas de países da CEE que aqui se instalaram para explorarem as condições excepcionais que lhes eram oferecidas: ajudas económicas e baixos salários dos trabalhadores. O sector da industria têxtil, vestuário e do calçado registaram então aumentos significativos. A prazo, sabia-se todavia que estas empresas acabariam por partir para outros locais onde a mão-de-obra fosse ainda mais barata. Vinte anos depois sucedem-se os encerramentos ou deslocalizações destas e de outras empresas .
Neste período a qualificação da mão-de-obra estava longe de ser um factor decisivo em termos de competitividade. Os principais sectores da economia assentavam nos seus baixos custos. Factor que terá levado uma parte da população a desvalorizar a própria importância da educação, e as empresas secundarizavam a formação. Apesar de tudo registaram-se enormes progressos em termos de escolarização. Infelizmente os enormes investimentos feitos na formação profissional foram, na maioria dos casos, desperdiçados. A Educação nas escolas por força de vários factores, foi no caminho da massificação mas a sua qualidade baixou na vertical, isto enquanto os custos subiriam da mesma forma, na vertical. Perdeu-se a autoridade e as matérias leccionadas perderam qualquer paralelo com a vida real do país e a oferta de emprego.
Recurso ao Fundo Monetário Internacional
O “Apertar do cinto” obrigado pelo FMI, numa situação de quase ruptura das finanças públicas (1983-5) foi o toque a rebate.
Ajustamentos muito dolorosos foram impostos ao povo em 1983, com o FMI a impor medidas duríssimas e Ernâni Lopes a concretizá-las (envolvendo impostos retroactivos, por exemplo). Em 1983-85, com Mário Soares no poder, a inflação chegou a uns impensáveis 24% e o défice desses governos alcançou a vergonhosa marca de 12%! O País estava quase sufocado pela dívida externa e viveu, até essa data (1985), praticamente com as estruturas do Estado Novo depauperadas e com empréstimos do FMI.
O país vinha de vários anos de desmantelamento das estruturas produtivas que tinha, e considerando toda a falta de autoridade, a nível geral, e a desregrada actuação dos sindicatos e organizações políticas, com constantes reivindicações e greves, mais as contínuas manifestações políticas, a produtividade teria que ser necessariamente muito baixa, com estas e outras causas.
O mérito era um conceito fascista e, assim, o melhor era alinhar pela produtividade mais baixa.
Na análise crítica da produtividade em Portugal, que deveria ter sido equacionada logo a seguir ao acto revolucionário,é de salientar que a mesma não depende essencialmente só do comportamento dos trabalhadores, embora também seja condicionada pela sua capacidade técnica e profissional e o seu nível de instrução e educação, mas, as causas mais relevantes baseiam-se na natureza das estruturas económicas (tecnologia, produtos e serviços, organização, estratégia, gestão geral e dos recursos humanos, etc.). Se em vez de militares a revolução ( mudança) tivesse sido conduzida por civis abalizados identificados e enquadrados na política e na estratégia nacionais, definidas em tal contexto. Dessa forma tudo teria sido diferente, bem diferente, e baseado em concertação estratégica contratualizada, na qual a formação técnica e profissional, desde os empresários aos operários, fossem inspiradas por uma correcta e esclarecida visão cultural das nossas capacidades competitivas e das medidas necessárias ao seu aproveitamento.
Muito teria que ser mudado, pois, em muitos aspectos retrocedemos, e muito, sendo o mais importante naquele momento a saúde das nossas finanças públicas.
O fim do Império colonial, em 1974, constituiu uma das mais radicais transformações económicas que Portugal conheceu desde a sua independência em 1143. Toda a economia num curto espaço de tempo, fica sem os enormes mercados coloniais à sombra dos quais tinha vivido desde o século XV. Os principais grupos económicos são primeiro desmantelados e depois nacionalizados. O desemprego não pára de crescer, agravado por cerca de um milhão de "retornados" das ex-colónias e depois por vagas de imigrantes clandestinos e refugiados das guerras.
Apesar desta complexa situação, todos os indicadores sociais melhoraram. Registou-se inclusive uma melhoria muito significativa no rendimento e nas condições de vida da população. Todavia não era sustentado e iríamos pagá-lo muito caro. Vivemos acima das nossas posses!
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Cartaz evidenciando a casa de Jean Monnet
Jean Omer Marie Gabriel Monnet (Cognac, 9 de novembro de 1888 – Houjarray, 16 de março de 1979) foi um político francês, visto por muitos como o arquiteto da unidade europeia (CEE). Nunca eleito para cargos públicos, Monnet atuou nos bastidores de governos europeus e americanos como um internacionalista pragmático bem relacionado. Foi o inspirador do Plano Schuman
Jean Monnet nasceu em Cognac, Charente, numa família de comerciantes de conhaque.
Aos seus 16 anos quando terminou o liceu viajou para muitos países como comerciante de conhaque e, mais tarde, virou banqueiro.
Durante a I Guerra Mundial e II Guerra Mundial exerceu alguns cargos importantes na produção industrial na França e no Reino Unido. Como consultor do governo francês, foi um dos principais inspiradores da famosa Declaração Schuman , que ajudou na criação da Comunidade Europeia do Carvão e do Aço. Entre 1952 e 1955, foi o primeiro Presidente do órgão executivo da referida Comunidade.
A Guerra Fria foi uma disputa entre os Estados Unidos e a União Soviética, país capitalista e socialista que teve fim no ano de 1989.
Os países tentavam mostrar a superioridade de seus respectivos sistemas económicos.
A guerra fria foi caracterizada pela disputa entre Estados Unidos e URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas), principalmente a Rússia, após a Segunda Guerra Mundial, onde ambos os países tentavam mostrar a superioridade de seus respectivos sistemas económicos.
No entanto, esta caracterização pode ser considerada válida, mas com uma série de restrições em apenas um período imediato pós-segunda Guerra, até à década de 1950 e logo depois nos anos de 1960 o bloco socialista decidiu se dividir dentre as décadas de 1970 e 1980, onde a China comunista se aliou aos Estados Unidos em uma disputa contra a União Soviética.
Por este motivo, o mundo acabou sendo “dividido” em dois blocos: O capitalista, dominado pelos norte-americanos, e o socialista, comandado pelos soviéticos. Sendo assim este período também ficou marcado pela corrida armamentista que durante 40 anos deixou o mundo diante da ameaça de uma guerra nuclear.
BlogMail
De um ponto de vista macroscópico, o resultado mais visível da emigração portuguesa é a existência, em numerosos países do mundo, de uma população de imigrantes de origem portuguesa e seus descendentes, constituindo as chamadas Comunidades Portuguesas no estrangeiro.
Uma outra consequência, de montante muito mais substancial do que se imagina e com elevadíssimo valor para a economia nacional, é a massa monetária correspondente às remessas que os emigrantes portugueses fazem entrar em Portugal. No ano de 1994, essas remessas atingiram um valor global superior a 600 milhões de contos.
O volume das exportações portuguesas (uma das fontes de entrada de dinheiro vindo do exterior) corresponde a 29,2% do PIB. O saldo das transferências unilaterais, que representam o valor monetário efectivamente recebido da União Europeia (diferença entre fundos entrados e pagamentos feitos pelo Estado Português), atinge o valor de 6,1% do PIB.
As remessas dos emigrantes têm um valor não muito afastado deste (4,1% do PIB), facto do qual a maioria dos portugueses não terá, certamente, plena consciência: as remessas dos emigrantes portugueses no estrangeiro são superiores a 2/3 da contribuição líquida dos fundos Comunitários para Portugal.
A aplicação deste gigantesco capital traduziu-se por investimentos em bens duradouros (designadamente, um imenso número de habitações construídas por todo o país, em geral de qualidade muito acima da média) e em iniciativas empresariais de toda a ordem; não menos importante, na melhoria do nível de vida das famílias de emigrantes, residentes em Portugal.
Diversas consequências podemos assinalar em relação à emigração portuguesa: entre elas, salientamos o processo de crescimento urbano e industrial, sobretudo na faixa centro e norte litoral do território e o aumento dos movimentos da população com destino aos principais centros urbanos agravando, desta forma, o processo de desertificação do interior que se tem vindo a acentuar no decurso das últimas décadas.
Para além destes aspectos, registamos o aumento do comércio, em particular com o exterior, o desenvolvimento do turismo e das actividades terciárias em particular na periferia dos grandes centros urbanos de Lisboa e do Porto. No seu conjunto estas transformações contribuíram para gerar novas oportunidades de emprego, para o aumento do P.N.B. do país e para uma melhoria significativa do nível de vida da sua população. Contudo, não bastaram para estancar o fenómeno emigratório português que registou, durante o terceiro quartel do século XX uma das fases de maior expansão com destino quer à Europa, quer mesmo ao continente americano.
Razões várias, dos tempos mais remotos à actualidade, justificam a ocorrência, entre nós, deste fenómeno. Importa assinalar a exiguidade e a "míngua dos meios de subsistência", responsáveis pelo "êxodo" de emigrantes isolados e de famílias inteiras, hoje radicadas nos diversos países de imigração. Igualmente importa assinalar as circunstâncias de natureza política que as determinaram associadas a perseguições de natureza política, à falta de liberdade expressão, à guerra nas antigas colónias e às práticas sociais dominantes que levaram à fuga de muitos jovens, antes ou durante o cumprimento do serviço militar.
Em relação aos traços dominantes deste fenómeno, o incremento da emigração para a Europa conhecida entre nós no decurso dos anos sessenta e setenta, embora tendo contribuído para enfraquecer o movimento transoceânico, acompanhou a tendência global da emigração intra-europeia registada igualmente noutros países europeus durante a segunda metade do século XX. Por isso verificamos o seu grande incremento e expansão em todas as regiões do território, facto que se verificou em simultâneo com outras modificações globais que afectaram a sociedade portuguesa.
Em relação à sua extensão no território, notamos que a importância destas saídas foi bastante acentuada nas regiões densamente povoadas do norte e do centro do país, assim como nas Ilhas Atlânticas dos Açores e da Madeira. Da mesma forma, este fenómeno afectou as regiões do Minho, de Trás-os-Montes e da Beira-Alta, de onde partiram os maiores contingentes de emigrantes não só em direcção ao Brasil mas também, já durante a segunda metade do século XX, para os países industrializados da Europa Ocidental: França, Alemanha; Luxemburgo e mais recentemente para a Suíça. Isso o comprova as cerca de um milhão de saídas oficiais registadas no período compreendido entre meados dos anos cinquenta e os finais dos anos oitenta do século XX oriundas dos distritos de Lisboa, do Porto, de Setúbal, de Braga, de Aveiro, de Viseu e de Leiria, para referir apenas as mais importantes.
A dimensão deste fenómeno nas suas vertentes: emigração legal e emigração clandestina e sua expressão em todos os estratos etários da população, sobretudo na população jovem e adulta, confirma a sua antiguidade e as raízes históricas deste movimento. Por isso alguns autores reconhecem tratar-se de uma "constante estrutural" da sociedade portuguesa associado à "míngua das condições de subsistência" relacionadas com as más condições de vida da população, com a estrutura fundiária e com as pressões demográficas decorrentes do declínio das antigas civilizações agrárias da Europa mediterrânica.
Estas, as principais razões da evolução deste fenómeno que conduziu ao "êxodo" de emigrantes isolados e de famílias inteiras, hoje radicadas em diversos países de imigração. Estas condições facilitaram a repulsão demográfica e a exclusão social que favoreceram os movimentos migratórios com destino à França e à Alemanha, ao Luxemburgo, à Suíça e a outros destinos europeus, como anteriormente haviam promovido a emigração para o Brasil, o "Eldorado" português, para os EUA ou mesmo para outros destinos mais longínquos do continente americano.
Outrora constituída por mão de obra essencialmente masculina, a divulgação das saídas para a Europa e o consequente reagrupamento familiar que a partir da segunda metade da década de sessenta se começou a acentuar, está bem expressa não só na maior importância dos indivíduos do sexo feminino - 40% em 1966; 40,8% em 1967 e 53,5% em 1968 - mas ainda na estrutura etária das saídas legais. No seu conjunto, estas referem uma parcela significativa de indivíduos com idade inferior a 14 anos. Trata-se de uma emigração adulta, sobretudo masculina, pouco especializada e letrada. Contudo hoje em dia esta corrente é constituída por jovens e adultos com maior escolarização e formação profissional.
Do mesmo modo podemos assinalar a importância da emigração familiar quer na sua componente transoceânica como europeia, facto que abona a favor do seu carácter mais duradouro e permanente que se tem vindo a acentuar.
A intensificação recente deste movimento foi acompanhado por uma preferência cada vez maior pelas saídas para a Europa, em particular para a França - 985 emigrantes em 1955; 3593 em 1960; 32641 em 1964 e 27234 em 1969 - em detrimento da corrente tradicional, com destino ao Brasil: 18486 emigrantes em 1955; 12451 emigrantes em 1960; 4929 emigrantes em 1964 e apenas 2537 emigrantes em 1969. Estes valores realçam a quebra do movimento transoceânico e a sua substituição pelo intra-europeu .
Daí resultou uma segunda alteração que se verificou através do incremento das saídas clandestinas as quais vieram a superar nos anos de 1969, 1970 e 1971, as saídas legais então registadas.
O incremento dos movimentos da população no continente europeu sobretudo no período posterior à segunda guerra mundial, constitui um dos sintomas do processo de desenvolvimento e de mudança social que experimentou o velho continente no período de reconstrução e de expansão económica que se seguiu àquele conflito armado.
Evidencia, por outro lado, os desequilíbrios existentes entre as diferentes regiões europeias. Foi essa a opinião de G. Tapinos quando defendeu que esta situação decorre da desigual repartição "entre as necessidades e os recursos, a pressão demográfica e o desenvolvimento económico", sendo mais um sintoma da tradicional "divisão norte-sul" manifestada na dependência dos países da periferia, em particular dos países mediterrâneos, perante o poder económico dos países mais industrializados do ocidente europeu.
Recorde-se que não só as razões de natureza económica relacionadas com o nível de vida, as fracas oportunidades de emprego existentes nas regiões rurais e a incapacidade do tecido produtivo em absorver os contingentes de assalariados e de trabalhadores libertos das actividades agrícolas e de subsistência, contribuíram para acelerar este movimento. Também as razões de natureza política decorrentes do regime Salazarista e da guerra em África justificaram muitas dessas saídas. Refira-se ainda que o incremento da emigração para a Europa, registada entre nós no decurso dos anos sessenta e setenta veio a reduzir o tradicional movimento transoceânico e acompanhou a tendência global da emigração intra-europeia igualmente registada noutros países mediterrânicos.
As Grandes Descobertas e a expansão mundial
Emigração
Independentemente dos movimentos de populações que, ao longo da História da humanidade, ocuparam continentes e arquipélagos antes despovoados e das grandes invasões de "Senhores da Guerra" poderosos, que sonharam estender os seus impérios até ao limite máximo do poder dos seus exércitos, necessário se torna considerar que se deveu aos portugueses, seguidos de perto pelos castelhanos e, mais tarde, por holandeses, ingleses e franceses, a abertura de todos os continentes à expansão dos povos europeus.
- a saída de 8000 a 10000 portugueses com destino ao Brasil durante o século XVIII;
- a saída de cerca de 28000 emigrantes portugueses durante a última década do século XIX.
Em relação à evolução deste movimento durante a primeira metade do século XX assinalamos o seu incremento até 1914 e uma quebra acentuada no decurso dos anos seguintes em consequência das guerras e da crise económica dos anos trinta:
9,2 milhares de saídas anuais entre 1939 e 1945 e 26 milhares de saídas anuais entre 1946 e 1955.
Em relação aos períodos mais recentes destaca-se a saída, entre 1955 a 1974, de mais de 1,6 milhões de portugueses ou seja uma média de 82000 emigrantes /anuais. Isoladamente destacamos a saída de - 34113 emigrantes legais em média, entre 1950 e 1960 e de 68100 entre esta data e o início da década de setenta, contra menos de 8200 emigrantes entre 1940 e 1950. Já em relação a datas mais recentes é de salientar que entre 1974 e 1988, somente 230.000 emigrantes saíram oficialmente do país, reduzindo aquele valor para cerca de 15000 saídas anuais.
Note-se que as oportunidades de emprego então registadas em toda a Europa ocidental e a proximidade de Portugal a estes países, permitiu que a emigração se tenha espalhado a todo o território afectando especialmente as áreas rurais e menos desenvolvidas do continente português.
Quarta-feira, 7 de Novembro de 2012
Mesmo dentro da Europa, este fenómeno do abrupto desenvolvimento tecnológico, em cada país apresenta por certo diferenças sensíveis de natureza humana e cultural, motivo por que, a partir daqui, entendo mais lógico centrar esta análise em Portugal.
Uma das maiores consequências de tudo isto traduziu-se em grandes movimentações de massas humanas acorrendo às solicitações de novas oportunidades de emprego, dentro ou fora do seu país. Muitas vezes noutros continentes e fora da terra que os viu nascer !
Tudo isto exigia de facto uma dinâmica de comportamentos não aprendidos, nem sequer imaginados, todavia altamente emocionantes. Mudança em tudo era a ordem constante numa nova vida para o chefe de família e todos os seus membros, nomeadamente para a esposa, quase sempre empurrada pelas dificuldades económicas para um emprego, para além das lides domésticas.
Os baixos salários eram, apesar do emprego, uma condicionante assegurada para a grande maioria dos trabalhadores. As inúmeras multinacionais que vieram fixar-se em Portugal, na segunda metade do século XX, tinham exactamente na sua mira este objectivo.
As guerras de defesa do nosso ultramar arrastaram milhares de jovens para longe da família, muitas vezes já com filhos nascidos.Quanto à emigração, o mesmo se passou!
Os emigrantes, muitos clandestinos, quando voltavam de férias traziam bons carros e um nível de ostentação que entusiasmava quem tinha ficado. Faziam belas casas na sua terra, e tinham condições de segurança social lá fora de fazer inveja!
Temos, assim , como quase impossível descrever, nesta abordagem ao tema, tantos e tantos novos produtos colocados à disposição dos candidatos a consumidores.
Curiosamente dentro de cada produto a evolução tornou-se uma constante em ritmo quase alucinante.
A adaptação a esta realidade exigiu a esta geração nascida nos anos quarenta do século passado um esforço em vários sentidos. Desde logo no domínio profissional e também pelo lado do consumidor.
Como profissional reportemo-nos por exemplo aos relógios, podia ser de técnico de electrodomésticos, de televisões, na medicina, nos transportes, no ensino, na metalurgia, na saúde etc. Bem poderíamos dizer que todos os dias um profissional adormecia actualizado e acordava a precisar de reciclagem.
No caso dos relógios um profissional teria nascido a ver alguém com um relógio de puro funcionamento mecânico e optava por ser um bom relojoeiro. De monóculo numa das vistas lá ia pacientemente verificando as muitas e delicadas peças como rodas dentadas, molas cordas, eixos etc., em busca de conseguir devolver o relógio ao seu dono, que não podia prescindir de lhe dar corda todos os dias.
Muito rapidamente se via a braços com outra lógica de funcionamento e mais outra e outra ainda até perceber que as pessoas haviam deixado de o procurar para consertar os seus relógio.
Já não precisavam de corda, não avariavam e duravam muito tempo, quando muito precisavam de mudar pilhas, serviço que em qualquer papelaria podiam fazer. Os relógios de pulso tornaram-se praticamente descartáveis para milhões de pessoas!
A conclusão dolorosa passava por uma mudança drástica de ramo ou dentro de instrumentos de precisão virados para outras indústrias e mais reciclagens.
O homem de luneta num dos olhos havia desaparecido e para mexer num relógio era então necessário dominar técnicas não aprendidas na instrução primária. Com grande sentido de abrangência e espirito de sacrifício lá ia aprender muitas outras coisas que nunca lhe teria passado pela cabeça vir a precisar e algumas a exigirem conceitos aprendidos, em cursos secundários ou até em escolas superiores.
Esta geração virou-se e passou de televisões a válvulas e a preto e branco para outras a cores e aparelhagens de alta fidelidade !
Pelo lado do consumidor, á maioria das pessoas abriram-se-lhes novas e rasgadas perspectivas como tal, o que também não foi nada fácil.
Desde a impreparação para lidar com a tentação do consumismo e seus riscos, até do lado social e cultural para os quais era preciso uma nova e desinibida atitude na postura do dia-a-dia.
A clonagem ainda não foi entendida por completo pelos médicos e cientista, no que se refere aos conhecimentos teóricos. Na teoria seria impossível fazer células somáticas actuarem como sexuais, pois nas somáticas quase todos os genes estão desligados. Mas, a ovelha Dolly, foi gerada de células somáticas mamárias retiradas de um animal adulto. A parte nuclear das células, onde encontramos genes, foram armazenadas. Na fase seguinte, os núcleos das células somáticas foram introduzidos dentro dos óvulos de uma outra ovelha, de onde haviam sido retirados os núcleos. Desta forma, formaram-se células artificiais. Através de um choque eléctrico, as células foram estimuladas, após um estado em que ficaram "dormindo". Os genes passaram a agir novamente e formaram novos embriões, que introduzidos no útero de uma ovelha acabou por gerar a ovelha Dolly.
A ovelha Dolly morreu alguns anos depois da experiência e apresentou características de envelhecimento precoce. O telómero (parte do cromossomo responsável pela divisão celular) pode ter sido a causa do envelhecimento precoce do animal. Por isso, o telómero tem sido alvo de pesquisas no mundo científico. Os dados estão sendo até hoje analisados, com o objectivo de se identificar os problemas ocorridos no processo de clonagem.
A embriologia e a engenharia genética tem feito pesquisas também com células-tronco e na produção de órgãos animais através de métodos parecidos com a clonagem.
Visita de Merkel a Portugal pode "descambar em violência"
A visita da chanceler alemã a Portugal, a 12 de novembro, é considerada de alto risco pelo Observatório de Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorismo.
8:58 Terça feira, 30 de outubro de 2012
expresso.sapo.pt/visita-de-merkel-a-portugal-
Apertadas medidas de segurança
A chefe do governo alemão desloca-se a Portugal para se reunir com o Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, e com o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho. Merkel, que se fará acompanhar de uma comitiva de empresários, vai participar também numa conferência de investidores, em Lisboa.
Merkel estará em Portugal a 12 de novembro
Andreas Gebert/EPA
( :: )A banca nacional e internacional beneficiava desse mecanismo perverso que consistia em os bancos se financiarem junto do Banco Central Europeu (BCE) a um ou dois por cento para depois emprestarem ao estado português a seis.
Foi este sistema que levou as finanças à bancarrota e obrigou à intervenção externa, com assinatura do acordo com a troika, composta pelo BCE, FMI e União Europeia. Mas este pacto foi, ele também, desastroso. Esperava-se um verdadeiro resgate que transformasse os múltiplos contratos de dívida num único, com juros favoráveis e prazos de pagamento dilatados. Assim, isolar-se-ia o problema da dívida e permitir-se-ia o normal funcionamento da economia. Mas o que o estado então assinou foi um verdadeiro contrato de vassalagem que apenas garantia austeridade. Assim, assegurou-se a continuidade dos negócios agiotas com a dívida, à custa de cortes na saúde, na educação e nos apoios sociais.
Para cúmulo, o empréstimo da troika foi celebrado com juros elevados e condições inaceitáveis. Na componente do empréstimo contratada com o FMI, este impôs até que o mesmo fosse indexado às cotações do euro, mas também do dólar, iene e libra, cuja valorização face ao euro era previsível. Como consequência, por via da flutuação cambial, Portugal terá de pagar mais dois mil milhões de euros de capital. (… )
Paulo Morais -- Professor Universitário
A Tróika é formada por três elementos, a Comissão Europeia, o Banco Central Europeu (BCE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI). É a Troika que irá avaliar as contas reais de Portugal para definir as necessidades de financiamento do país. Conclusão, não é só o FMI que irá financiar Portugal, nem é só o Banco Central Europeu que negociará com o Governo. A troika será responsável por toda a ação de reestruturação económica do país.
Quem manda no país é a Troika e não o Governo! Coisas deste tipo escutam-se a cada canto e momento, quem andar na rua. A desinformação dos portugueses é total. A quem interessa esta realidade? O que ensinam as nossas escolas a este respeito? O que sabem os portugueses sobre a União Europeia e qual é o seu objetivo para os países aderentes? Dos atuais 27 membros da União Europeia algum foi forçado a aderir a este projeto ou à moeda única (euro)? O que resta de soberania a cada um dos países, seus aderentes. Em que estado estava Portugal em 2011, quando um ex. primeiro-ministro assinou com a Troika um empréstimo para salvar o país da bancarrota? Alguém explicou aos portugueses o que significaria a ausência de um empréstimo, que os mercados financeiros mundiais negariam sempre a Portugal? Alguém explicou aos portugueses como é possível um primeiro-ministro tomar esta decisão em nome dos portugueses?
Suponho que poucos portugueses saberiam responder a estas perguntas! Agora, quem anda na rua, ouve sistematicamente, toda a gente a injuriar a Troika e a senhora Merkel! Jornais e revistas, para além das nossas televisões, noticiam inquéritos de rua, nos quais as pessoas dizem barbaridades sobre a Troika e a senhora Merkel! Preparam-se manifestações contra a senhora Merkel, aquando da sua chegada a Portugal. Mesmo vindo ela, trazer investimento a Portugal!
Quem promove e organiza estas manifestações? Já alguém perguntou a toda esta gente completamente desinformada, quantos anos governou esta senhora Portugal? Já alguém perguntou a toda esta gente, quem levou o país a esta situação? Por aquilo que oiço, todos diriam que foi o atual governo e Passos Coelho! Existe uma contínua desinformação promovida por políticos e comunicação social, para que isto aconteça! Porquê?
A quem interessa esconder que Portugal está, fatalmente, condenado a cumprir um acordo assinado por uma só pessoa, e que este vai deixar de rastos todos os portugueses! Para desviarem atenções pedem adiamento e negociações! Adiar, significa pagar mais juros com dinheiro que não existe e quem empresta tem um acordo assinado, em nome de todos nós! Só muda se quiser!
Então como é possível o povo não falar disto? Nem saber que o país teria parado e as pessoas, nomeadamente trabalhadores, não iriam receber os seus vencimentos no final de cada mês! Por que se quer esconder a realidade, para que os portugueses continuem a votar, sem conhecimento de causa?
Segunda-feira, 5 de Novembro de 2012
O país precisa de bons empresários, daqueles que querem arriscar, que têm espírito de iniciativa e que não se resignem com a situação actual. Neste período de crise o motor da economia portuguesa terão de ser os empresários. Para tal, não basta os altos dignitários do país exibirem casos de sucesso, será fundamental uma vaga de fundo. No contexto de todo o território e numa envolvente criteriosamente estudada. Um empresário não pode viver isolado e tem a cada momento de sentir-se estimulado e apoiado. Este apoio caberá ao Governo, sem moeda de troca. Para esse fim deverá saber-se estender-lhe órgãos de apoio que cheguem das cidades às mais remotas aldeias do isolado interior. Investigar o presente e o passado sem esquecer que uma “erva daninha” pode vir a constituir um bom negócio, se devidamente investigada. Portugal não tem matéria-prima nem dinheiro para a comprar. Caberá aqui um papel fundamental à investigação e às universidades. Tal levantamento dos recursos naturais, deverá ser efectuado pelas câmaras municipais no âmbito distrital.
Esquecer de vez quais as habilitações literárias dos possíveis empresários. Se elas fossem condição básica, Portugal teria o problema resolvido através de milhares de licenciados desempregados. A condição só pode ser o velho “toque de Midas”, ou seja, ter aptidão para fazer ouro daquilo em que toquem. Não enjeitar uma necessária revolução nas “Novas Oportunidades”. Em lugar de fazer delas um instrumento de falsa correcção de estatísticas, virá-las para um desempenho de mão-de-obra especializada e de apoio aos novos e antigos empresários. Esquecer ainda, de forma definitiva, as actuais pretensões das “Direcções Comerciais de Luxo” a infiltrarem a política na sociedade e na economia! Esquecer sobretudo as famigeradas “empresas do regime” e a protecção aos “grupos”. A situação é demasiado grave para que alguém possa actuar, a qualquer nível, sem uma completa transparência.O momento é crucial para a grande mudança que de há muito se deveria ter feito!
Nas gélidas terras dos vikings conheci empresários portugueses que ali
montaram negócios florescentes! Por todo o mundo não é caso raro.
Não haverá uma receita mágica para fazer aparecer muitos e bons empresários. Quando muito, poder-se-á delimitar uma zona estratégica, temporal e condicionante para que tal objectivo se possa ir desenvolvendo através de uma selecção natural e evolutiva. Apertando a malha da rede, à medida que se for subindo na pirâmide.
Aquilo que todos sabemos é que sem bons empresários não haverá nunca uma economia sã e próspera. E também sabemos que sem empresários e uma economia produtiva e competitiva não haverá futuro para Portugal. Nem para um mínimo de “Estado Social”. O futuro visiona-se negro, mesmo sem quaisquer tipos de pessimismos. O tempo torna-se curto, e a Grécia está aí!
Esta obra foi um passo, modelado pelas mãos e criatividade do escultor Francisco Simões e no respeito estrito pela história religiosa e simbólica, vertida nas peças agora instaladas na rotunda de Queijas. Ouçamos a sua descrição da forma como ele interpretou esta obra na pele de escultor:
São Miguel Arcanjo é, por qualquer razão que eu desconheço, o meu anjo da Guarda.
São Miguel Arcanjo é o padroeiro de Queijas, mas é também, ao que consta, o anjo de Isabel e, de acordo com alguns testemunhos, o anjo da paz e de Portugal.
Parece também que era o anjo da devoção de D. Afonso Henriques, da Rainha Santa Isabel, de D. João II e do Papa Leão XI.
Seguramente, é a partir de agora, o anjo protector de Queijas.
Arcanjo Mica-el: o seu nome significa " que é como Deus". São Miguel e São Gabriel são os únicos mencionados no Antigo Testamento, com excepção de São Rafael que surge no livro de TOBIT, católico. Segundo a Bíblia, no livro de Daniel, Deus disse-lhe: " O príncipe do reino da Pérsia resistiu-me durante vinte e um dias, mas Miguel, um dos principais príncipes veio em meu socorro. Deixei - o a bater-se com os reis da Pérsia e aqui estou eu para te fazer compreender o que deve acontecer nos últimos dias ao teu povo. (....) Devo regressar à luta contra o príncipe da Pérsia, depois surgirá o príncipe da Grécia. Ninguém me ajuda neste trabalho a não ser Miguel. Só Miguel tem estado a meu lado como um baluarte e uma fortaleza para mim. "
E no Apocalipse diz-se: " Travou-se, então, uma batalha no céu: Miguel e os seus anjos pelejavam contra o dragão e este pelejava também juntamente com os seus anjos. Mas não prevaleceram e não houve mais lugar no céu para eles. O grande dragão foi precipitado, a antiga serpente, o diabo, ou o SATANÁS, como lhe chama, o sedutor do mundo inteiro, foi precipitado na terra, juntamente com os seus anjos. "
São Miguel, vulgarmente representado de espada ou lança é o grande campeão de Deus, o grande comandante das hostes do céu. No livro de Daniel conta-se que quando o mundo voltar a estar em perigo real, Miguel reaparecerá para o defender.
Por todo o mundo, em colinas e montes foram erguidas capelas dedicadas a São Miguel. Muitos destes locais eram em tempos antigos considerados como pontos das forças terrenas do poder do dragão.
Ao longo dos tempos, tiveram os artistas plásticos grande responsabilidade na construção de uma imagística cristã, sendo eles os criadores das representações de muitas das formas angélicas conhecidas. No Renascimento foi a exploração bastante literal do mundo sob uma nova perspectiva que marcou a arte. Os pintores e escultores desta época singular estiveram na vanguarda, desafiando os mais respeitáveis conceitos sobre a vida, o tempo e o espaço, mesmo antes dos filósofos e teólogos se terem sobre eles debruçado.
Também a mim me coube o privilégio de recriar uma destas representações e ao iniciar este trabalho sobre São Miguel Arcanjo fui assaltado por várias dúvidas do ponto de vista formal. Uma delas se seria São Miguel um anjo feminino. Tinha lido algures que assim era, até pelo facto de, ao que parece ele se sentar à direita de Deus. Pela primeira vez consciencializei que era muito pouco importante reflectir sobre o sexo dos anjos. Importante era, sem dúvida, transmitir através de uma forma escultórica, o sentido de toda a carga espiritual contida na entidade sagrada de São Miguel Arcanjo, facto que constitui para mim um desafio invulgar, pois se tratava de materializar no mármore uma força transcendente e essencial que se resume numa ideia de extrema simplicidade : a prevalência do bem sobre o mal.
Assim, concebi um monumento para ser implantado na rotunda de Queijas, uma das suas entradas, onde duas colunas em mármore de lioz, com sete metros de altura, representam, por um lado, os marcos de entrada, as portas da vila e, por outro, pretendem transmitir o simbolismo cósmico e espiritual a elas associado. Simbolicamente, as colunas sustentam o céu e, portanto, ligam-no à terra. Elas manifestam o poder de Deus no homem e o poder do homem sob a influência de Deus, o poder que assegura a vitória e a imortalidade dos seus eleitos. Nestas colunas foram encastradas a seis metros de altura duas asas em Bronze. A colocação das asas nas colunas teve como intenção uma dupla simbologia: enquanto integradas nas colunas elas relacionam-se com a terra e com os homens e simbolizam, assim, a marca da presença da divindade transfigurada em anjo, isto é, o símbolo da espiritualidade. À frente das colunas, com cinco metros de altura, surge, em mármore branco, a figura de São Miguel, com a sua lança em bronze. A estátua representa-o como comandante das hostes divinas, enfrentando o dragão que surge da água, simbolizando o mal e, combatendo-o, assumindo o arcanjo, a atitude de protector de Queijas.
A inauguração a 26 de Setembro de 1999 da Fonte Luminosa na rotunda de Queijas e da respectiva estátua de São Miguel Arcanjo, que passa agora a "guardar" a entrada desta localidade, foram outras obras totalmente realizadas pela Câmara Municipal de Oeiras. Esta alusão ao Patrono da freguesia, com um dragão a seus pés, apontando o combate diário do bem contra o mal, simboliza o sentido do homem e o seu percurso na Terra para o Céu e ilustram, de alguma forma, a acção da Igreja desta freguesia, que em muito tem ajudado para a dinamização e coesão de Queijas.
Queijas passou, assim, a dispor de um portal de grande simbolismo e impacto visual na senda da sua notável evolução dos últimos tempos.
A fonte foi instalada em tanque com 37,9 x 21,4 m, formado por dois níveis distintos unidos por uma cascata.
Instalou-se igualmente uma fonte cibernética com jogos de água e luz controlados por equipamentos informáticos.
A iluminação dos motivos de água é realizada com luz branca.
Está instalado um sistema de controlo anemómetro, para controle da altura dos jogos de água da fonte em função da velocidade do vento, por forma a minimizar saídas de água para o exterior do conjunto.
Inclui-se ainda a instalação de um sistema de filtragem e tratamento de água do tanque com o objectivo de manter a mesma em condições óptimas de transparência e limpeza.
Sobre os 5 pontos referenciados como preocupação do Senhor Presidente da República em 2006:
1 – “Criação de condições para um crescimento mais forte da economia portuguesa.”
2 – “Qualificação dos recursos humanos.”
3 – “Criação de condições para o reforço da credibilidade e eficiência do sistema de justiça".
4 – “Sustentabilidade do sistema de segurança social.“
5 – “Credibilização do sistema político. “
Pessoalmente, gostaria de opinar sobre todos eles, todavia, por falta de espaço e naturalmente de paciência dos leitores, irei debruçar-me, hoje, pela “Sustentabilidade do Sistema de Segurança Social”.
Passarei por cima de causas mais antigas pelo seu conteúdo de humanitarismo, para me centrar nos últimos anos da década dos anos oitenta do último século.
Farei como nos dizia São Tomás de Aquino; “Façam as perguntas certas e os segredos do universo serão revelados nas respostas “ e as perguntas que deixo abaixo e julgo certas, gostaria de ver analisadas num debate nacional por gente entendida:
Quais os motivos que levaram os políticos responsáveis, de 1988 até aos dias de hoje” a promoverem uma saída maciça de muitas e muitas centenas de milhares de trabalhadores do sector público e privado, qualificados e não qualificados, com cinquenta anos, ou menos ( pré-reformas), directamente para os bancos do jardim ? Será possível quantificar os prejuízos morais e materiais de tal decisão ?
Tudo isto numa altura em que na Europa e no Mundo, os responsáveis políticos já pensavam em adiar a idade de reforma para mais de 65 anos, falando-se até nos setenta, de forma a evitar que trabalhadores experientes e muito saudáveis deixassem de contribuir para a segurança social e, bem pelo contrario, passassem a viver dela.
Numa idade em que a própria lei protege tais trabalhadores nos casos de saídas forçadas de uma empresa, gente dedicada e competente viu serem-lhes retirados os últimos sonhos da vida .
Fizeram-no para reduzir o desemprego? Para aumentar a qualificação dos trabalhadores quando o nosso sistema educativo estava e está completamente desajustado da procura do mundo laboral ?
Para arranjar colocação para os alunos do “ Ensino Superior” entretanto criado e que depressa se tornou num escandaloso negócio altamente lucrativo, mas de qualidade mais que sofrível, com raras excepções?
Para facilitar a vida (baixos custos salariais) aos empresários que ficaram com as empresas privatizadas totalmente falidas depois das nacionalizações do PREC?
Quem souber que informe os portugueses de tais motivos, para que a credibilização política e a autoconfiança comece a voltar a este “Povo” tão desanimado e desmotivado que anda. De palavras e discursos estamos fartos! Vamos a isso. Transparência e olhos nos olhos expliquem-se, publicamente, as tomadas de decisões, mais polémicas.
No início de Março de 2006 o Senhor Presidente da República alertou o País para algumas preocupações suas , apontando cinco desafios cruciais para abrir caminho ao progresso de Portugal.
Eram elas, as seguintes :
1 – “Criação de condições para um crescimento mais forte da economia portuguesa.”
2 – “Qualificação dos recursos humanos.”
3 – “Criação de condições para o reforço da credibilidade e eficiência do sistema de justiça".
4 – “Sustentabilidade do sistema de segurança social. “
5 – “Credibilização do sistema político. “
Concorda-se com os 5 pontos referidos mas não com a sua ordem (a opinião que se sente é a de que a “Credibilização do Sistema Político” deveria estar em 1.º lugar) e, infelizmente, ficam de fora muitos outros importantíssimos !
Dir-se-ia mesmo que, no todo nacional, os variadíssimos aspectos que pudéssemos ou quiséssemos apontar estão todos interligados.
Diz também o Senhor Presidente da República que “a estabilidade política, não é um valor em si mesmo, nem se pode confundir com imobilismo". Totalmente de acordo, pois a maioria das vezes, ela em muito contribui para dar cobertura ao “lodaçal político, dizfarsando-o”.
Também se discorda de algumas tentativas de gente importante para a criação de um clima de optimismo e confiança no País através de intervenções públicas de “Homens de Estado” sorridentes e bem falantes, a falarem aos portugueses. Nada mais errado, a “Alma do Povo” mais cedo ou mais tarde, vai percebendo a falta de transparência dessas posturas artificiais.
O caminho só pode ser, de certo ponto de vista, o “ida ao fundo do poço”, melhor dizendo, uma análise profunda dos erros cometidos na condução do País, nas últimas décadas, sem dó nem piedade, não para arranjar bodes expiatórios, mas para que de vez erradiquemos as causas pérfidas dos nossos erros colectivos e do nosso atraso crónico. Do nosso descontentamento, também!
A melhoria da produtividade agrícola pode ser conseguida mediante o uso de sementes melhoradas geneticamente. Produtos como a batata , cacau, café, cana-de-açúcar, arroz, cebola, laranja, milho, soja e tomate tiveram progresso na produção agrícola nos últimos anos através do melhoramento genético e selecção de cultivos de maior produtividade e resistência a factores ambientais.
São inegáveis os danos que os insectos/pragas causam à agricultura. A monocultura e o uso indiscriminado de produtos químicos - defensivos agrícolas - eliminam os inimigos naturais que existem em culturas diversificadas, provocando o desequilíbrio ecológico nas áreas de plantio, gerando condições propícias para o aparecimento de pragas além de aumentar a sua resistência.
Os microrganismos patogénicos aos insectos/pragas são adequados à redução específicas, enquanto que os predadores naturais e insectos benéficos são preservados ou podem se desenvolver, estabelecendo o equilíbrio natural. Portanto, os insecticidas microbiológicos são considerados como uma forma alternativa de controle de pragas.
Entre esses podem ser mencionados:
- fungos - cigarrilha da folha da cana-de-açúcar;
- vírus - granulose da broca da cana-de-açúcar; lagarta da laranja;
- parasitas moscas: broca da cana-de-açúcar; vespas: broca da cana-de-açúcar;
- bactérias: toxinas - lagarta do algodão e legumes, moscas domésticas e bicheiras. moscas azuis e verdes, moscas das frutas
O nitrogénio, sendo um dos nutrientes fundamentais para as plantas, participa da composição das moléculas de proteína e clorofila, além de desempenhar uma função chave no processo de divisão celular. Assim, uma adequada nutrição em nitrogénio é fundamental para o crescimento vigoroso das plantas.
Uma das possibilidades de fornecimento de nitrogénio às plantas é através da fixação biológica, por microrganismos, utilizando o nitrogénio existente no ar.
Esses fixadores de nitrogénio, denominados inoculantes, podem ser usados em leguminosas, gramíneas, florestas, ambientes aquáticos, etc.
Informações dão ciência de que a selecção e reprodução de plantas superiores por métodos convencionais têm sido utilizados desde os tempos antigos considerando a necessidade de produzir quantidades crescentes de alimentos e matérias primas para a indústria.
Uma das áreas mais promissoras na Biotecnologia é a da cultura de tecidos. É uma área já antiga, datando dos anos 20, mas que só alcançou progressos razoáveis a partir do fim da década de 60.
Nos tecidos e células cultivadas “in vitro” pode-se introduzir alterações por acção de agentes físicos ou químicos com maior eficiência do que em plantas inteiras. Assim, as taxas de alterações podem ser grandemente aumentadas e, a partir dessas culturas, pode-se conseguir a regeneração de plantas com características diferentes. Existe também a possibilidade de fusão de células com características diferentes, possibilitando ou novos tipos de combinação, ou combinação de material genético de células provenientes de espécies muitas vezes diferentes. Uma das vantagens é que através dessa técnica pode-se gerar um grande número de material clonado em curto espaço de tempo e em ambientes reduzidos, sendo ainda indicada para a eliminação de doenças.
As vacinas representam um importante instrumento no controle de doenças infecciosas. Muitas doenças podem ser evitadas pela imunidade induzida como a poliomielite, a varíola e o sarampo.
As vacinas podem ser de origem viral, bacteriana, protozoária e mesozoária.
A Biotecnologia, através da técnica do DNA recombinante, tem envidado esforços no desenvolvimento de novos agentes imunizantes para influenza tipos A e B, herpes, pólio e hepatite A e B,
Vacinas de origem bacteriana, para diversos tipos de meningite, tem sido produzidas por meio de fermentação, bem como o componente pertussis da vacina tríplice.
Domingo, 4 de Novembro de 2012
As primeiras experiências com foguetões datam de 1935, realizadas por alemães e norte-americanos e vinculadas à pesquisa de armas bélicas. Depois que o satélite russo Sputnik é lançado a corrida espacial acelera - se com o pioneirismo soviético. São eles que colocam em órbita o primeiro ser vivo, a cadela Laika, em 1957. Acidentes no programa espacial soviético na década de 60 proporcionam aos norte-americanos a oportunidade de assumir a dianteira. Astronautas norte-americanos são os primeiros a pisar a Lua.
Após a conquista da Lua, o objectivo da corrida espacial passa a ser a colheita de informações a respeito dos Planetas vizinhos e o lançamento de satélites para uso comercial. Entre 1962 e 1970 as sondas Veneras soviéticas e Mariners norte-americanas de 70 e 80, os pesquisadores dedicaram-se a enviar sondas para conhecer os demais Planetas do Sistema Solar. A Voyager 2 chega em 1994 a Plutão. As Voyagers levam mensagens e informações sobre a Terra para eventuais contactos com extraterrestres.
É uma plataforma que permite a permanência, por períodos longos, de seres humanos no espaço. Serve como base para naves espaciais e é usada como laboratório para experiências científicas e observatório astronómico. Até agora as únicas estações espaciais existentes, Salyut e Mir (soviéticas) e Skylab (norte-americana), foram colocadas em órbita em torno da Terra. A Salyut I foi lançada em 1971 e pesava 18.600 Kg. Três dias depois, recebeu a visita da nave espacial Soyuz 10, com três astronautas a bordo. Os soviéticos lançaram outras seis estações espaciais da mesma série. A Salyut 6, em órbita por cinco anos, recebeu a visita de inúmeras tripulações, inclusive de astronautas estrangeiros, incluindo cubanos, franceses e indianos. A bordo da Salyut 7, três astronautas estabeleceram o recorde de permanência no espaço, 237 dias, superado pouco depois pelos próprios soviéticos. A sucessora da Salyut no programa espacial soviético é a Mir. Lançada em 1986, ainda permanece em órbita. Definida como estação espacial permanente, pode receber seis naves espaciais e hospedar dois astronautas. Infelizmente Mir está prestes a ser substituída depois de vários defeitos apresentados que representam risco para os astronautas a bordo.
O programa norte-americano da Skylab é mais complexo do que o soviético. A estação espacial, lançada pela nave espacial Saturno 5, pesa 88.900 Kg e é 3,5 vezes maior do que a primeira Salyut. A Skylab é um laboratório em órbita. Realiza experiências científicas e tecnológicas como, por exemplo, o teste de crescimento de cristais em condições de ausência de gravidade. Também é usada para observação da Terra e outros estudos astronómicos - já foram enviadas à Terra 175 mil fotografias do Sol. Os três astronautas da tripulação permanente da Skylab servem de base para estudos médicos de longa duração.
A força de gravidade obriga-nos a permanecer sobre a Terra. O ambiente acima da atmosfera é hostil aos nossos corpos. Porquê, então, ansiarmos fugir do conforto da Terra arriscando-nos no espaço desconhecido? Nesta actividade vamos discutir, entre outras coisas, o desejo humano de viajar pelo universo !
"Um pequeno passo para o homem, um grande salto para a humanidade". Com essas palavras, em 20 de julho de 1969, o norte americano Neil A. Armstrong pisou solo lunar. Foi o primeiro homem a pisar a Lua. Minutos depois, juntou-se a ele Edwin E. Aldrin. Este acontecimento foi conhecido em todo o mundo. A jornada épica da Apollo 11, nave onde estavam estes astronautas é lembrada até hoje, como o inicio para o sonho da humanidade de pisar outros Planetas e pelo grande avanço tecnológico que representou.
Desde sempre o Homem sonhou voar, estando essa firme vontade bem expressa na histórica lenda de ICARO que vale a pena recordar:
Dédalo era o melhor e mais conhecido dos artesãos e inventores da antiguidade. Quem desejasse algo engenhoso vinha primeiro à sua oficina em Atenas. Dédalo tinha um sobrinho, Talos, filho de sua irmã,Policasta. Ele aceitou Talos como aprendiz, e o garoto, apesar de ter só doze anos, logo mostrou sinais de ser mais esperto do que seu mestre! Foi Talos que inventou o primeiro serrote, a roda do oleiro e imaginou o primeiro par de compassos. A reputação de Talos espalhou-se e as pessoas começaram a trazer os seus problemas mais complicados para o garoto, e não para o mestre. Consumido de ciúmes, Dédalo atraiu o garoto até o topo do templo de Atenas e empurrou-o para a morte. A mãe de Talos, Policasta, suicidou-se de tristeza, e Dédalo, juntamente com seu filho, Ícaro – um garoto vaidoso sem nada da esperteza de Talos – foram banidos da cidade de Atenas. Dédalo e Ícaro refugiaram-se na ilha de Creta, onde Dédalo colocou a sua habilidade e esperteza ao serviço do rei Minos. Mas ele perdeu os favores do rei, quando Teseu matou o minotauro e conseguiu escapar do Labirinto, que supostamente era à prova de fuga, e que Dédalo havia construído para abrigar o monstro. Furioso, o rei Minos jogou Dédalo e seu filho na prisão. Enquanto Ícaro passava os dias cuidando de si, vaidoso, Dédalo estudava profundamente, planeando como escapar de Creta. Era longe demais para nadar até à próxima ilha, e impossível conseguir um bote devido à vigilância da armada do rei Minos. Finalmente, Dédalo concebeu um plano audacioso. Ele construiu dois pares de asas, tecendo as penas e juntando-as com cera. Quando as asas estavam prontas, levou Ícaro para um canto. "Coloque isso e siga - me", disse, "mas cuidado para não voar perto demais do sol, ou perto demais do mar. Mantenha um curso médio. Com essas asas escaparemos daqui." Os dois levantaram voo a partir de um rochedo alto e seguiram para o horizonte. Por muitos quilómetros o jovem Ícaro seguiu o seu pai mas, sentindo-se jovem e despreocupado, e desfrutando de vento, começou a subir para o céu, livre como um pássaro.
Quando Dédalo olhou ao redor procurando-o, não conseguiu vê - lo . "Ícaro! Ícaro!", chamou o pai ansioso. Mas não veio resposta. No mar, lá em baixo, um punhado de penas flutuava nas ondas, e algumas pequenas ondulações marcavam o ponto onde Ícaro caíra, pois o rapaz tinha voado perto demais do sol, e a cera que unia as asas derreteu-se como manteiga.
Em boa verdade o Homem voou mais longe do que naquele tempo Ícaro poderia imaginar !
A cada dia que passa, a humanidade vem necessitando cada vez mais de energia, seja para o próprio consumo, na forma de alimentos, ou para proporcionar maior conforto ou facilidades de trabalho. Um exemplo é a produção de uma lata de refrigerante. Para se obter uma lata de alumínio é necessário a disposição e o consumo de muita energia eléctrica, que terá uma parte utilizada como tal e outra parte transformada em energia térmica e energia mecânica. Esse consumo de energia deve-se ao facto do alumínio não se encontrar na natureza na forma metálica, sendo encontrado na forma de minerais que deverão ser trabalhados para a remoção física e química do alumínio metálico, esse processo consome muita energia. A reciclagem do alumínio consome menos energia, mas mesmo assim, é ainda grande a quantidade de energia consumida.
A indústria de uma maneira em geral, necessita e muito de energia eléctrica, que é mais fácil de se obter e que pode ser transformada em qualquer outra. É a partir dessa energia que é possível iluminar cidades, accionar e fazer trabalhar máquinas e equipamentos electrónicos, etc.
Para as pessoas em geral, a energia eléctrica também é indispensável nos dias de hoje, para ligar um aparelho eléctrico, como televisão, computador e frigorífico é necessário energia eléctrica, pois senão o aparelho não funciona. E como poderemos imaginar as pessoas sem estes aparelhos? Actualmente estes aparelhos são indispensáveis para a sua comodidade e conforto.
18 Janeiro 2010 - 00h30
Dia a dia
Aforro sem rendimento
Há milhares de portugueses que ainda aplicam as suas poupanças em certificados de aforro, apesar dos juros muito baixos que o Estado paga por este produto. Em 2009, o montante de dinheiro aplicado foi de 847 milhões de euros. No entanto, foram resgatados 1,173 mil milhões de euros, o que significa que no saldo do ano a aplicação de poupança mais popular de Portugal foi de 326 milhões de euros.
Esta quebra registou-se num ano em que as famílias com rendimentos voltaram a poupar, o que significa que os bancos ganharam com a baixa remuneração oferecida pelos certificados, já que se registou uma notória transferência do aforro, quer para os depósitos bancários quer para outras aplicações mais sofisticadas oferecidas pela Banca.
Quem aplicar este mês a sua poupança num certificado de aforro pode contar com uma taxa de juro bruta de 0,85%, o que em termos líquidos significa apenas 0,683%. Muito pouco para quem conta com a poupança para complementar o rendimento.
Num período em que os mercados financeiros internacionais pressionam os juros da dívida pública, aumentando o prémio de risco para Portugal, os certificados de aforro poderiam ser uma reserva para a tesouraria do Estado, mas com taxas tão baixas e tão pouco competitivas o próprio Estado está a desprezar uma arma tão importante de captação de poupança.
Armando Esteves Pereira, Director-Adjunto
Sábado, 3 de Novembro de 2012
Todos os esforços para encontrar o rumo deste país, continuaram a cair em cima de uma geração sofredora, como outra não houve até hoje em Portugal. É ela que está a pagar tais esforços, com as suas reformas, conquistadas durante uma vida de muitos sacrifícios
Tal geração, nascida em clima de Guerras Mundiais e Civis (1920 a 1945), quando tirar um curso médio, só estava ao alcance de poucos endinheirados. Porém, nesses tempos, ficava-se a saber bastante na Instrução Primária! Era o saber de uma geração que viu morrerem-lhes os pais depois de uma velhice sem reforma nem segurança social, ou quaisquer outros apoios estatais.
Lares não havia, nem era de supor vir a haver Morria-se de quê? Ninguém sabia. Morria-se.
Depois de uma vida a trabalhar de sol a sol, sem férias, nem conforto! Eram felizes quando assim acontecia e por tal davam Graças a Deus!
Morriam olhando os filhos com ar de agradecimento, pelas migalhas e alguns beijos recebidos deles.
Dos filhos de então, que em simultâneo tiveram que dar carinho e apoio a duas gerações, enfraquecidas por razões opostas. A dos seus pais e a dos seus filhos.
Alguns dos filhos já estudavam para aprenderem um ofício. Mas a grande maioria trabalhava desde criança! Para milhares e milhares de pessoas o emprego não aparecia. Esses, legalmente ou a “salto“, debandavam outras terras longínquas, umas vezes para as grandes cidades do seu país outras, para onde não conheciam nada nem ninguém. Sequer a língua que tanta falta fazia.
Muitas vezes para morar em barracas, gelados de frio, como nos “bidon ville”, a fim de mandarem para Portugal as suas remessas em dinheiro. Aos poucos o pecúlio ia crescendo, mas o país que não lhes tinha dado a mão, já não podia passar sem ele, para comprar o crude para a nossa nova economia, de que outros iriam beneficiar.
Mais guerras foram aparecendo, na Índia, na Guiné, em Angola e Moçambique, em Timor e mais soldados morreram, com sonhos por cumprir! Outros, ficaram para sempre inutilizados ou sofredores de pesadelos por matarem, ou por medo de serem mortos.
Nas suas aldeias não havia quem tivesse carro. Mesmo na vila, só duas ou três pessoas usufruíam desse luxo! Por carências de toda a ordem, muitos morriam prematuramente. Também isso pouco importava, perante uma esperança de vida tão baixa. Com várias epidemias, outros milhares deixavam filhos órfãos, sem sustento nem qualquer apoio.
O Estado era rico, mas o país era pobre!
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Enquanto o tempo passava e o século XX dobrava, Portugal apareceu de repente invadido com milhares de coisas que não existiam. O mundo também.
O Estado passou a ser pobre e o país passou a ser rico!
Enquanto não chegasse a bancarrota. Alguns até falavam com amigos sem os ver, e outros podiam ver o mundo inteiro, primeiro a preto e branco e depois a cores. Eram tantas coisas que nos deixavam de boca aberta.
Esta geração não se assustou e em pouco tempo já as havia assimilado e mais à frente, até as sabiam consertar. Computadores e tudo. Até programar!
Portugal não ficou envergonhado, e até tínhamos dos melhores técnicos, segundo diziam os nossos emigrantes de férias em Portugal! Quando se quer muito tudo se resolve, mas é preciso que acreditem em nós. Sem a menor noção dos sacrifícios despendidos por milhões de portugueses para se chegar até aqui, novas gerações julgaram-se ricas e esbanjaram sem respeito por nada nem ninguém.
O país ficou pobre e o Estado na bancarrota.
Acaso não tivessem recorrido à “troika”, e hoje teríamos voltado aos tempos da fome, do desemprego e da falta de respeito generalizada, nomeadamente, exigindo aquilo que o país já não tem e sacudindo as culpas para cima daqueles que tentam, agora, voltar atrás e endireitar este múltiplo secular país. Tal como no filme, são tal e quaL o peixinho Dory, que em segundos perde a memória dos acontecimentos ocorridos! FICARAM SEM MEMÓRIA!
Energia, é geralmente definida como a capacidade de um sistema em realizar trabalho e tem sido indispensável no intenso processo produtivo ocorrido no século XX e que originou o consumismo a ele inerente.
Normalmente, este termo é melhor entendido do que definido. Ou melhor, quando uma vela está acesa e colocamos a mão sobre a chama, o que sentimos? Calor, uma sensação de que a temperatura da superfície da nossa mão está aquecendo, e que senão a tirarmos dali, nos queimaremos. Isto é um exemplo de energia térmica, outro exemplo de energia, mas agora eléctrica, é a luz que utilizamos para iluminar uma sala, ou então, a energia necessária para fazer funcionar um aparelho como o monitor de nosso computador. Neste caso, a energia eléctrica é consumida e parte é transformada em energia luminosa (luz) e térmica (calor).
A Sua Descoberta
O fenómeno da radioactividade foi descoberto pelo físico francês Henri Becquerel em 1896, quando verificou que sais de urânio emitiam radiação semelhante à dos raios-X, impressionando chapas fotográficas e concluiu que, se um átomo tiver seu núcleo muito energético, ele tenderá a estabilizar, emitindo o excesso de energia na forma de partículas e ondas.
Os desenvolvimentos tecnológicos nas telecomunicações: TV, vídeo, fax, telefonia móvel, internet, estradas, pontes e redes de informação...; desenvolvimentos tecnológicos nos transportes: aviões, comboios de alta velocidade, automóveis de baixo consumo, bicicletas , motos etc., consequência: o bombardeio da informação e da publicidade, a aldeia global, a progressiva não-habitabilidade das cidades; reflexões éticas sobre o controle da informação e a criação de opinião.
Espero, entretanto, que esta máquina (computador) não venha a ser uma inimiga do seu criador, que ela não termine os seus dias com o mesmo objectivo para a qual foi criada, ou seja, a Guerra. Penso neste invento como um promissor de coisas positivas nas nossas vidas, principalmente na educação, mas torna-se necessário buscar medidas sociais que possam prevenir as consequências negativas. Trata-se de discutir e alertar o homem que tudo depende de como ele utiliza tais conhecimentos como ser social, pois uma mesma descoberta pode abrir caminho para melhorar a sua condição de vida, como para eliminá-la .
Não penso que os criadores dos grandes sistemas de informática busquem o “poder”. Eles exercem a sua actividade criadora, quase lúdica, de concepção de sistemas inéditos, com paixão. E estamos todos, de certa maneira, “prisioneiros” destes sistemas de comunicação concebidos por uma ciência que ninguém poderia prever que redefiniria de modo tão radical a nossa relação com o mundo.
Actualmente, os micro-computadores são a categoria mais importante de sistemas de computadores para utilizadores finais. O poder de computação dos micro-computadores agora excede o dos computadores centrais das gerações anteriores, e isto a uma fracção do custo destes computadores. Dessa forma, tornam-se poderosas estações de trabalho interligadas para os utilizadores finais.
Os micro-computadores são apresentados numa multiplicidade de tamanhos e formas para uma série de propósitos. Os PCs, por exemplo, são encontrados em modelos de porte manual, notebook, lap-top, de mesa, etc. A maioria dos computadores são desktops projectados para caber numa mesa de escritório, ou notebooks para aqueles que desejam um PC pequeno e portátil para as suas actividades de trabalho e de estudo, ou simplesmente, para fins lúdicos.
Conforme foram acontecendo as descobertas, os matemáticos, pesquisadores e outros foram contribuindo para a evolução metodológica da matemática. Matérias muitas vezes repudiadas pelos alunos, devido à sua complexidade, hoje podem ser vistas de uma outra maneira, através dos inúmeros softwars propícios para tal objectivo. Com o acesso aos computadores cada vez mais facilitado, as pessoas estão descobrindo que a matemática requer apenas um pouco de raciocínio e concentração e que pode, também, ser aprendida de maneira lúdica, isto é, através de jogos electrónicos .
Para Valente (1993) os computadores, através das influências americana e francesa começaram timidamente, a fazer parte das nossas escolas, no começo da década de 1980. Hoje, graças aos benefícios que eles podem proporcionar nesta área, é difícil encontrar uma escola onde ele não esteja, embora, muitas vezes só de “para enfeitar”.
Quarta Geração
Se até aqui a fronteira entre uma geração e outra é muito nítida e bem definida, agora já não o é mais. Senão vejamos: enquanto nas anteriores as mudanças eram físicas, com mudanças na arquitectura electrónica dos computadores, agora é uma questão de evolução de um mesmo componente: o chip.
Quinta Geração
Estamos nos primórdios desta nova geração e as coisas estão evoluindo de tal forma que fica difícil definirmos a época que estamos vivendo. Com o nascimento da quinta geração o homem preocupou - se ao mesmo tempo em simplificar e miniaturizar o computador e também em obter recursos ilimitados com o mesmo. Os computadores de quinta geração tem como características principais: componentes com altíssima escala de integração e velocidade de processamento, inteligência artificial, etc.
Os computadores de hoje
Actualmente, os micro-computadores são a categoria mais importante de sistemas de computadores para utilizadores finais.
Segunda Geração
A segunda geração de computadores utilizava transístores e outros dispositivos semicondutores sólidos ligados a painéis de circuitos nos computadores. Os circuitos transistorizados eram menores e mais confiáveis, geravam pouco calor, eram mais baratos e exigiam menos energia eléctrica que as válvulas electrónicas.
Terceira Geração
Se o salto da válvula para o transístor foi significativo para a evolução da informática, o do transístor para o circuito integrado foi vital, pois só após esta nova tecnologia é que realmente a informática se popularizou e desenvolveu da forma que conhecemos hoje.
Com o advento dos circuitos integrados, surgiu a terceira geração (1965), que é marcada pelo lançamento sensacionalista que a IBM fez de sua linha 360, a qual apresentava pela primeira vez vários modelos para que o comprador pudesse escolher segundo as suas necessidades, e não de acordo com a vontade da indústria.
O CI (circuito integrado) permitiu que as máquinas fossem tão reduzidas em termos de peso e tamanho que isto não mais significava barreiras para a sua utilização. O seu consumo de energia eléctrica passou então a ser insignificante.
Foi graças a estas inovações, por exemplo, que hoje temos os computadores portáteis e de bolso.
Primeira Geração
O início da construção do ENIAC, em 1942, marca o aparecimento da primeira geração de equipamentos e a utilização de válvulas electrónicas. As suas principais características: eram grandes (gigantescos até), manutenção muito complicada, exigiam ambiente refrigerado, muito lentos, faziam apenas uma tarefa de cada vez, exigiam técnicos altamente treinados para os operar, os dispositivos de entrada e saída eram primitivos, a sua programação era feita em linguagem de máquina.
O IBM 650, marca o fim da primeira geração, que chegou à incrível marca de vendas de 1.000 unidades.
O segundo computador inglês, o EDSAC (Eletronic Delay Storage Automatic Computer), foi concluído em junho de 1949, construído nos princípios do EDVAC, ou seja, da “receita” de Von Neumann.
Eckert e Mauchly fundaram a UNIVAC que produziram o BINAC e o EDVAC, sendo este último o primeiro computador electrónico a ser comercializado como produto. A UNIVAC foi adquirida pela Remington Rand. A IBM nesta época fabricava máquinas de tecnologia mais tradicional, electromecânicas, que utilizavam relés e demorou mais a entrar no mercado.
O computador fazia sucesso, e inúmeras companhias fabricantes, através da “receita” de Neumann, surgiram na década de 50. A concorrência acirrada produziu sucessivos aperfeiçoamentos. Surgiram as bandas magnéticas e a memória de núcleo magnético. O transístor foi inventado em 1948, mas havia problemas técnicos na produção em larga escala que atrasaram a substituição das válvulas. Foi somente em 1959 que surgiram os primeiros computadores totalmente transistorizados. A vantagens do transístor sobre as válvulas são tão marcantes que houve um salto gigantesco na qualidade e na capacidade das máquinas a partir de então.
A difusão dos princípios de base do computador moderno, através do texto de Von Neumann, irá seguir, entre 1945 e 1951, múltiplos caminhos que culminarão na construção de cinco máquinas principais, podendo todas elas pretender, por isso ou por aquilo, ser o protótipo das futuras máquinas informáticas. Imediatamente em seguida, desde 1951, o UNIVAC, depois o IBM 701, serão os primeiros modelos comercializados, directamente influenciados pelos protótipos que foram o EDVAC, a máquina IAS, o BINAC, o EDSAC e o Manchester Mark I. Estas cinco máquinas foram os primeiros computadores.
Além desses modelos, especificamente concebidos para serem computadores, é preciso que se incluam as duas máquinas (a ENIAC e a IBM SSEC) que, mesmo continuando calculadoras clássicas, serão utilizados com uma perspectiva próxima dos novos princípios.
Em 1945, os planos dos computadores modernos foram claramente estabelecidos e iniciou-se a construção do EDVAC, concretizado em 1951, por Von Neumann, pois desde que o seu artigo se tornou célebre, não se achou mais ninguém para o concretizar. Por ele foi construído também o IAS. Três anos antes de ser concebido o EDVAC, os ingleses, já conhecendo o artigo de Von Neumann puseram em funcionamento o primeiro computador, o Manchester Mark I, segundo Breton (1991). Para Breton, então, o primeiro computador foi o Manchester Mark I, de origem inglesa.
Se fossemos eleger o homem que mais influenciou o desenvolvimento dos computadores em toda a sua história, este homem provavelmente seria Von Neumann. Em 1946 ele escreveu o mais famoso artigo de toda a história da computação, chamado “Preliminary Discussion of Logical Design of na Eletronic Computing Instrument”, que estabeleceu muitos conceitos que seriam utilizados em todos os computadores desde então. Na verdade, Neumann, ao tornar público este documento, estava dando a “receita” de como fazer um computador. Até hoje se usam as expressões “arquitectura Von Neumann” e “máquina de Von Neumann”. Muitos computadores foram construídos, desde então, com a “receita” de Neumann, mas eram projectos de universidades ou encomendas do governo. Dizem que Neumman tomou conhecimento desta “receita” através de Eckart e Mauchly. Mas os méritos foram dele, pois foi o primeiro a torná-la pública.
Eletronic Numeral Integrator and Calculator, foi construído nos Estados Unidos, na Universidade de Pensilvânia, em Filadélfia, entre os anos de 1943 e 1946.Os créditos pela sua criação são atribuídos a John Mauchly, pelo projecto lógico, e a J. Presper Eckert, pela engenharia. Ele pesava 30 toneladas e tinha 18.000 válvulas, sendo o mais complexo aparelho electrónico já construído até então. Era cerca de mil vezes mais rápida que o seu predecessor, o Mark I, mas cerca de um milhão de vezes mais lenta que os computadores de hoje. A programação era feita pela ligação directa de fios através de centenas de pinos e chaves, e por isso poderia levar horas a preparação do ENIAC para “correr” um programa. A diferença radical entre o Mark I e o ENIAC consistia em que, excepto para as operações de entrada e saída, este último não dispunha de nenhum processo mecânico, já que as operações de armazenamento, cálculo e controle de sequências de operações eram efectuadas por circuitos electrónicos. O ENIAC foi importante porque provou que um computador totalmente electrónico era viável e incentivou assim a pesquisa subsequente em novos projectos mais aperfeiçoados.
Pelo seu design original, o computador ENIAC era incapaz de armazenar programas distintos. Para passar de um a outro, os engenheiros tinham que modificar parte dos circuitos da máquina a fim de que esta pudesse efectuar as operações requeridas para a solução de cada problema específico.
O governo dos Estados Unidos, pressionado pela necessidade de solucionar questões postas pela Segunda Guerra Mundial – entre elas a de conseguir um armamento melhor e mais eficaz - , entregou uma série de projectos a cientistas das mais prestigiosas universidades do país, entre eles os professores Eckert e Mauchly. Entre tais projectos figurava o cálculo das trajectórias dos projécteis das baterias antiaéreas, assim como a elaboração de tábuas de tiros.
Foi neste contexto então, na Segunda Guerra Mundial, que os primeiros computadores iriam surgir, com fins exclusivamente militares. Triste ironia do destino, uma máquina que surgiu como anti-cultura, é hoje a maior aliada da cultura.
Deve ser enfatizado que, embora o acesso à informática na escola possa contribuir para promover a cidadania, ela não surgiu como resposta a este tipo de problema. Não cabe aqui neste resumo uma discussão sobre a história da informática , mas, sim, assinalar que ela se torna uma fenómeno cultural da segunda metade do século XX depois de percorrer o mundo da ciência, da guerra e dos negócios empresariais e se espraiar por praticamente todas as nossas actividades, directa ou indirectamente.
Mas esse sucesso foi logo obscurecido pelo aparecimento dos primeiros computadores electrónicos, que multiplicavam por mil a velocidade dos cálculos. E ao Mark I ficou a glória de ser a primeira calculadora programável e totalmente operacional da história – a realização do projecto de Babbage, passados mais de um século. Se Babbage tivesse vivido mais um século, este feito teria sido dele e não de Aiken, como ele mesmo afirma “se Babbage tivesse vivido 75 anos mais tarde, eu estaria sem trabalho”.
E o homem chegou lá. Tanto fez que conseguiu. O maior invento de automatizar e processar informações acabara de nascer. Um novo actor entra em cena. Um actor que nasceu para ser protagonista e brilhar em muitos e muitos filmes. Então...The Oscar goes to...o computador.
Dizer qual foi o primeiro computador não é uma tarefa fácil. Nas leituras que fiz é unânime os seus autores afirmarem que foi o ENIAC. Para Breton (1991) o ENIAC foi a última grande máquina de calcular anterior à invenção do computador. Ao mesmo tempo, contradiz - se ao citar os nomes dos cinco primeiros computadores, incluindo ainda além destes o ENIAC e o SSEC. Alguns especialistas, alguns ligados à própria IBM, consideram o SSEC, como sendo o primeiro computador da história.
Sabe-se, entretanto, que o primeiro computador a funcionar no mundo, em junho de 1948, foi o Manchester Mark I, de origem inglesa.
Qual foi então o primeiro computador? Fico com o ENIAC, afinal é a voz da maioria. Vamos conhecer, então, a trajectória desses possíveis candidatos ao cargo do primeiro computador do mundo. Antes, porém, se torna necessário focalizar o contexto para o surgimento deste invento.
As máquinas idealizadas por Holerith foram efectivamente utilizadas no recenseamento de 1890. A sua máquina tornou-se um grande sucesso e foi utilizada por muitos países. Holerith fundou a firma que mais tarde evoluiu para se tornar a IBM, em 1924.
O inglês Alan Mathson Turing, desenvolveu a teoria da máquina universal, capaz de resolver problemas diversos, desde que carregada com um programa pertinente. Foi Turing que desenvolveu a fundamentação teórica de um computador, dentro do contexto da automatização de sistemas através de um algoritmo, isto é, através de um programa. A estrutura lógica dos moderníssimos computadores da actualidade é a mesma desenvolvida por Turing. Tudo o que se pode calcular num computador moderno, pode-se calcular na máquina abstracta de Turing, visto que ela foi desenvolvida em 1936.
Seguiu-se o desenvolvimento de calculadoras automáticas a relés, destacando-se a máquina do engenheiro civil alemão Konrad Zuse, em dezembro 1941. Surgia então, a primeira calculadora universal controlada por um programa, baptizada com o nome de Z3.
Foi na IBM que, em colaboração com o Prof. Howard Aiken, da Universidade de Harvard, começou a construir em 1937 uma calculadora composta de partes eléctricas e mecânicas, que ficou pronto em 1943, o Mark I. Era porém, muita lenta, mas mesmo assim resolvia problemas dificílimos de serem resolvidos à mão. Ela fez tanto sucesso e trabalhou em problemas tão importantes quanto à construção da primeira bomba atómica.
A máquina analítica algumas vezes é citada como o primeiro ancestral do computador moderno, porém sua estrutura torna-a apenas equivalente às derradeiras grandes máquinas de calcular que foram desenvolvidas antes da invenção do computador moderno. Os planos de Babbage foram, não obstante, um dos projectos tecnológicos mais adiantados do século XIX.
Nas últimas décadas do século XIX, o Bureau de Recenseamento dos Estados Unidos enfrentava um problema praticamente insolúvel: as leis americanas mandavam efectuar um recenseamento da população de dez em dez anos e em 1886 ainda se trabalhava com os dados de 1880, o que evidentemente, mesmo trabalhando no maior ritmo possível, faria com que não tivesse terminado o seu processamento quando fosse preciso fazer o recenseamento de 1890.
A única solução estava na mecanização das operações de contagem e reclassificação. Herman Hollerith, funcionário da referida repartição, percebeu que a maior parte das perguntas do recenseamento era respondidas por um sim ou um não. Conhecedor dos mecanismos dos cartões perfurados de Jacquard compreendeu que nestes se podia representar a resposta sim com uma perfuração num lugar determinado do cartão e a resposta não com a ausência da referida perfuração. Além disso Holerith idealizou a possibilidade de detectar tais respostas mediantes contactos eléctricos estabelecidos através de perfurações: o passar da corrente representaria um sim, e a ausência da corrente, um não. A grande vantagem do tratamento da informação mediante estes cartões perfurados é que, uma vez registados os dados nos mesmos, é possível manejá-los por meios mecânicos, sempre que necessário e com rapidez.
Para conhecê-los mais amplamente tem-se que recorrer aos escritos de uma aluna sua, Lady Lovelace, filha de Lord Byron. As notas de Lady Lovelace referem-se principalmente à elaboração de programas para a máquina analítica de Babbage, ou seja, os métodos de construir as sequências de instruções para o correcto funcionamento da máquina.
Dentro das ideias de Babbage, há que assinalar também a adopção dos cartões perfurados que utilizava num tear da sua época para tecer telas complexas (o Tear de Jacquard, a fim de introduzir na máquina analítica tanto as instruções do programa como os dados do problema a resolver.
Segundo a ideia de Babbage, a sua calculadora deveria dispor dos seguintes órgãos: 1) Dispositivo de entrada, através dos quais se fornecem à máquina as instruções necessárias para as operações, assim como os dados objectivos da mesma. 2) Memória, para armazenar os dados introduzidos e os resultados das operações intermediárias. 3) Unidade de controle, para vigiar a execução das operações segundo a sequência adequada. 4) Unidade aritmético-lógica, encarregada de efectuar as operações para as quais a máquina foi programada. 5) Dispositivo de saída, para comunicar exteriormente os resultados dos cálculos realizados.
Babbage não conseguiu terminar o seu ambicioso projecto. As técnicas de precisão daquela época não estavam preparadas para satisfazer as necessidades que se apresentavam. Babbage morreu amargurada, deixando muito poucos dados sobre o seu trabalho.
As máquinas mecânicas de cálculos foram-se aperfeiçoando, utilizando os mesmos princípios de Pascal e Leibniz, até que foram totalmente ultrapassadas pelas máquinas electrónicas, que apresentam evidentes vantagens sobre às mecânicas (ausência de peças em movimento, fiabilidade, rapidez, etc.) Não podemos, entretanto, considerar tais máquinas como automáticas, pois as mesmas exigiam a intervenção humana contínua para introduzir novos dados, efectuar as manobras que implica cada operação e anotar os resultados intermédios.
O desejo de evitar estas manobras morosas e repetidas, sempre sujeitas a erro, conduziu à procura da possibilidade de uma máquina capaz de realizar cálculos automaticamente, isto é, sem intervenção humana durante o processo, e com a precisão e a exactidão desejadas. O matemático britânico Charles Babbage foi o primeiro a estudar o problema e a tentar a sua solução com o projecto máquina analítica hoje de uso universal. Babbage, preocupado com os inúmeros erros que ofereciam as tábuas de logaritmos da sua época, ou seja, século XIX, concebeu a ideia de construir um engenho a que chamou máquina de diferenças, capaz de calcular logaritmos com 20 decimais. Espírito criativo ao máximo, ele acabou abandonando este projecto a meio, para realizar outro mais ambicioso, o da máquina analítica.
O seu mecanismo foi concebido como uma calculadora universal, quer dizer, algo capaz de armazenar diferentes programas segundo um esquema análogo em tudo aos dos computadores actuais
As novas formas de vida que a revolução burguesa trouxe e o desenvolvimento do capitalismo estimularam consideravelmente a vida económica das nações. As relações comerciais tornaram-se complexas e apareceram novas necessidades de dispor de instrumentos cómodos e rápidos, capazes de realizar os já complicados cálculos da época.
Foi neste contexto que, no século XVII, surgiu a primeira calculadora mecânica conhecida na actualidade e atribuída ao filósofo e matemático Blaise Pascal. Na realidade era só para ajudar o seu pai, que era encarregado de controle fiscal na Normandia. Tal como no ábaco, no qual a operação básica é contar pedrinhas ou contas, numa calculadora mecânica contam-se os dentes de uma engrenagem. A possibilidade de construir tais máquinas viu-se favorecida pela existência de mestres relojoeiros, verdadeiros artífices do fabrico de mecanismos para medição exacta do tempo. Apesar de todos os méritos da construção desta máquina serem atribuídos a Pascal. A máquina aritmética, concebida por Blaise Pascal , em 1642, faria automaticamente as operações de somar e subtrair, economizando o tempo e a inteligência do operador. A qualidade do mecanismo era tão medíocre, que virtualmente ninguém o adoptou.
Em 1673, Gottfried Wilhelm Leibniz propôs uma máquina que, além das operações de somar e subtrair da máquina de Pascal, também dividia e multiplicava, porém não chegou a funcionar com suficiente fiabilidade.
Baseado no modelo de Leibniz, Charles-Xavier Thomas de Colmar construiu em 1820 uma máquina que funcionava correctamente, chamada aritmómetro. Era prática, portátil e de fácil utilização, sendo a primeira máquina comercializada a fazer sucesso com mais de 1500 exemplares vendidos.
Na Segunda Guerra Mundial, a Matemática com fins militares teve o seu apogeu. Basta lembrar dois grandes matemáticos, Sir James Lightill, creditado como tendo desenvolvido a Pesquisa Operacional para as forças armadas da Inglaterra, e John Von Neumann, apontado como o criador dos computadores electrónicos dos Estados Unidos.
Esta classe de sistemas continuou a evoluir, até aos dias de hoje, incorporando avanços tecnológicos, principalmente da área de Inteligência Artificial (IA), que possibilitaram uma sofisticação grande nos sistemas computacionais derivados, actualmente chamados Tutores Inteligentes (TI).
Atente-se, agora, brevemente, nos principais fatos desta evolução.
O homem não pára. Cada vez mais automatizando as coisas em benefício dele mesmo chega às calculadoras. Milhares de anos se passaram do ábaco até este início, e outros passarão até à construção mais elevada da automatização: o computador. Chamado por muitos como extensão da inteligência humana.
As calculadoras, da mais simples até às mais sofisticadas (entre elas as gráficas) trouxeram inovações à educação matemática. Cálculos com demora de uma eternidade para serem concluídos, já não são demorados, graças ao advento destes instrumentos.
De referir uma experiência obtida num grupo de alunos, ao estudarem as relações entre os coeficientes a, b e c de uma equação quadrática. “Estas experiências só foram possíveis devido às características das calculadoras gráficas e do software Fun, que têm flexibilidade suficiente para que problemas abertos sejam abordados, através de um enfoque não analítico”
Sexta-feira, 2 de Novembro de 2012
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Contas públicas desequilibradas, endividamento excessivo das famílias e empresas e um elevado défice da balança corrente foram as consequências para as quais o documento da Comissão Europeia pretende alertar.
O primeiro ministro António Guterres, depois de um mandato bem ao jeito dos socialistas, aumento do consumo e do bem-estar a qualquer preço, consegue ganhar o segundo mandato que almejava, mas sem maioria absoluta.
Entretanto o ex - primeiro ministro Cavaco Silva do alto da sua experiência vinha alertando em declarações públicas para os perigos da “ Despesa Pública”, à qual chamava de “ Monstro”. Não era ouvido e por vezes até era escarnecido !
Começa aqui a sua caminhada de seis anos à frente do Governo, que irá terminar na noite de 16 de Dezembro de 2001, ao demitir-se após a derrota eleitoral do PS nas eleições autárquicas, uma decisão que justificou com a necessidade de evitar que o país, "num momento de crise internacional", caísse num "pântano político". "É meu dever, perante Portugal, evitar esse pântano político", afirmou na altura.
"É meu dever, perante Portugal, evitar esse pântano político".
Ao proferir esta frase António Guterres abandonou o governo e deu origem a novas eleições que viriam a ser ganhas por Durão Barroso.
Os portugueses tinham interiorizado o estado em que estava o país, embora o Presidente da República não o tivesse feito ! Não houve dissolução da A. R. Em devido tempo!
Durão Barroso recebe um presente envenenado, principalmente quando é obrigado a reduzir o défice público abaixo dos três por cento num só ano, quando ele se encontrava em 4.2 %. Queixou-se então o primeiro ministro Durão Barroso de ter encontrado o país de “ tanga” e desta expressão se aproveitou a oposição para denegrir o 1. º ministro até, aos poucos, banalizar essa verdade e fazer esquecer tal facto, que de resto ainda hoje continua. Desviando a sua atenção, os portugueses foram induzidos a procurar os responsáveis no lugar errado.
Relatório Elucidativo sobre 2001
Apresentação do Governador Vítor Constâncio do Boletim Económico - Março de 2002, em 30 de Abril de 2002
AJUSTAMENTO ECONÓMICO E CONSOLIDAÇÃO ORÇAMENTAL
A publicação deste Boletim Económico constitui uma oportunidade para realizar uma primeira apreciação do comportamento da economia portuguesa no ano passado usando os dados por enquanto disponíveis. Um primeiro balanço da evolução da economia permite-me identificar três grupos de problemas que defrontamos neste momento:
1) uma desaceleração da actividade económica, que partilhamos com o resto da Europa, mas que tem factores internos próprios;
2) uma difícil situação orçamental que requer uma redução significativa do défice em pouco tempo;
3) um défice estrutural de competitividade a que temos que fazer face com novas soluções que alterem o lado da oferta da economia, por forma a vencer os desafios que nos coloca o alargamento da União Europeia.
O ano de 2001 fica marcado por uma significativa redução da taxa de crescimento do produto de 3,6% em 2000 para 1,8%, valor ainda assim superior ao da média europeia. Este desempenho acompanhou a evolução da economia mundial, caracterizada também por uma forte redução do crescimento e por um afundamento do comércio internacional que implicou, no nosso caso, uma desaceleração da procura nos nossos mercados externos de 11,8 % em 2000 para apenas 1,2% em 2001. Para além deste factor, no entanto, há que sublinhar que a quebra do crescimento em Portugal se ficou a dever ao andamento da procura interna que aumentou apenas 0,9% após um incremento de 3,0% em 2000. Esta quebra do crescimento do consumo e do investimento, iniciada já em 2000 em menor grau, representa o ajustamento da economia após um período de forte crescimento que implicou uma forte progressão do endividamento dos agentes económicos. Assim, desde a segunda metade de 2000 que as famílias têm vindo a aumentar a respectiva taxa de poupança e a conter o consumo que cresceu apenas 0,8% no ano passado contra 2,8% em 2000. Este comportamento, apesar da continuação do aumento do Rendimento Disponível (1,9%) e da manutenção da situação de pleno emprego, constitui uma reacção normal ao endividamento atingido e às expectativas entretanto geradas num sentido mais negativo sobre o futuro da economia. No mesmo sentido, as empresas reduziram também o investimento que apresentou uma taxa globalmente negativa de 0,8% apesar do aumento do investimento público.
A desaceleração da procura interna foi entretanto compensada por um aumento do contributo das exportações líquidas de importações para o crescimento da economia. Na verdade, as exportações cresceram mais do que a procura internacional e, desse modo, verificou-se um ganho de quota de mercado das nossas exportações. Em consequência, o défice da balança de bens e serviços reduziu-se significativamente em 2 pontos percentuais. Por sua vez, o saldo conjunto da balança corrente e da balança de capital (equivalente à antiga balança de transacções correntes) reduziu-se para 8,1%. A desaceleração da procura interna contribuiu para esta melhoria do equilíbrio externo que deve, aliás, prosseguir este ano. Com efeito, continuam presentes os factores que determinaram a evolução recente da procura interna, possivelmente acentuados pelas inevitáveis medidas de consolidação orçamental. É, assim, natural que a economia portuguesa venha a crescer este ano abaixo da média europeia.
Nos próximos anos vai ter que continuar a reduzir- se o défice da balança de bens e serviços. Os limites ao défice e ao endividamento são introduzidos pelos próprios agentes privados ou pelos mercados que asseguram, assim, o funcionamento de mecanismos de autocorrecção dos défices, mecanismos que são naturalmente de natureza restritiva. Quanto mais tarde começasse este processo de desaceleração, mais abrupta poderia ser a paragem e maiores os riscos recessivos. Por essa razão se pode considerar como positiva a desaceleração que se começou a verificar na despesa interna, uma vez que isso significa o caminho de um ajustamento suave da economia portuguesa. Desde a segunda metade de 2000 a desaceleração da despesa interna deu-se no contexto de uma situação de pleno emprego, de uma subida dos salários reais e de um aumento do Rendimento Disponível dos particulares. O crescimento deste último, tendo sido superior ao do consumo, significa que houve uma subida na taxa de poupança, o que revela que as famílias começaram elas próprias a corrigir os excessos de crescimento da despesa.
Evidentemente que isso implicou uma quebra do crescimento da economia, mas a desaceleração da despesa interna não tem que se traduzir linearmente na redução do crescimento do produto, visto que há sempre a possibilidade das empresas desviarem mais produção para a exportação. Isso deve ter acontecido o ano passado, uma vez que, como referi antes, houve ganho de quota de mercado, incluindo nas exportações tradicionais. É necessário que esse processo continue nos próximos anos e este é um factor a ter em conta na gestão das expectativas dos agentes económicos por forma a evitar um pessimismo excessivo e injustificado sobre o futuro da economia.
Em suma, o que tudo isto significa é que necessitamos de um outro padrão de crescimento, menos assente na procura interna e mais baseado em aumentos de produtividade que dêem maior solidez à nossa competitividade externa. O que nos remete para o terceiro problema que enunciei acima. Precisamos de um profundo choque estrutural do lado da oferta, que depende de algumas políticas públicas mas que terá que resultar, sobretudo, de mais iniciativa empresarial. Infelizmente, nem a generalidade dos agentes privados nem o Estado parecem ter interiorizado suficientemente as novas regras de funcionamento da economia de um país membro de uma união monetária. São regras que requerem a alteração de comportamentos, algumas reformas estruturais e um novo regime de regulação macroeconómica.
A questão mais séria e imediata é a situação das finanças públicas. No ano passado recordei a necessidade de cumprir o Pacto de Estabilidade e afirmei então que : "Esta exigência significa que, mais do que com uma crise económica, o país está confrontado com uma crise orçamental." O que está em causa são os compromissos que assumimos sobre a evolução a médio prazo do défice orçamental. Não existe, como é conhecido, um problema técnico de sustentabilidade das finanças públicas portuguesas. Temos um rácio da dívida em relação ao PIB de 55%, inferior à media europeia e as regras do Pacto de Estabilidade quanto aos défices asseguram que terá que continuar a diminuir. O respeito pelas grandes orientações contidas no Programa de Estabilidade é essencial à credibilidade internacional da nossa política económica. O agravamento do défice orçamental em 2001 torna a tarefa mais difícil, sendo indispensável um elevado nível de consenso nacional quanto aos objectivos a atingir, sem dramatismos mas de acordo com um sentido de responsabilidade geralmente partilhada relativamente aos interesses do país. Nomeadamente, a referida credibilidade externa requer a manutenção do objectivo de um défice próximo do equilíbrio em 2004 dada a necessidade de darmos visibilidade a um esforço sério de consolidação orçamental. Para reduzir o défice terão que ser tomadas algumas decisões difíceis no sentido da contenção das despesas e evitar quaisquer medidas que possam reduzir as receitas do Sector Público Administrativo. A situação poderá mesmo justificar um aumento de alguns impostos indirectos com efeitos mais imediatos na recuperação das receitas do Estado.
Todas estas medidas têm, no curto prazo, consequências restritivas que se torna imperioso compensar com um maior dinamismo das exportações, impulsionado pela recuperação económica internacional e pelo redireccionamento da produção para mercados externos. Para possibilitar essa evolução torna-se necessário inverter a tendência dos últimos anos de aumentos salariais superiores ao crescimento da produtividade. Não se justifica propriamente um congelamento salarial, mas precisamos de uma maior moderação dos aumentos salariais. Todos devem ter consciência que, na situação actual, isso é uma condição para manter níveis elevados de emprego e evitar, assim, o agravamento de factores de exclusão e maior desigualdade na sociedade portuguesa.
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Passados alguns séculos, da invenção da escrita, foram inventados os algarismos numéricos, que tinham um desenvolvimento mais lento que a escrita, enquanto a escrita se desenvolvia através de vários símbolos para diferentes sílabas , as contagens continuavam a ser feitas com base no conceito 1. Um evento igual a um risquinho numa pedra, numa árvore ou num osso.
Uma das categorias que contribuíram para o avanço da ciência do cálculo foram os primitivos pastores. Durante séculos eles soltavam seus rebanhos pela manhã, para pastar em campo aberto, e recolhiam à tarde. Tudo de maneira simples, até que um dia alguém perguntou para um pastor como é que ele sabia que a quantidade de ovelhas que saiu foi a mesma que voltou? Esse "seríssimo" problema foi resolvido por um pastor, que pela manhã, fazia um montinho de pedras, colocando nele uma pedra para cada ovelha que saia, e à noite retirava uma pedra para cada ovelha que voltava. Mesmo sem saber foi o primeiro ser humano a calcular. Porque pedra, em latim, é calculus.
A primeira maneira que os homens encontraram para mostrar a quantidade a que se estavam a referir foi com o uso dos dedos das mãos. Cinco mil anos atrás para se contar até 20 eram necessários 2 homens, porque tinham que ser usadas quatro mãos, até que alguém percebeu que bastava apenas acumular o resultado de duas mãos, e voltar à primeira mão.
Por volta de 1300 a população europeia teria atingido aproximadamente 100 milhões de pessoas e, segundo alguns, o continente estava superpovoado. Ocorre, então, uma sensível pioria climática. Períodos de fome como o de 1315-1317, eventos catastróficos como a Peste Negra, além de conflitos como a Guerra dos cem anos, causam abalos nas estruturas da sociedade e trazem um forte baque no ciclo de prosperidade que se havia instalado. Algum tempo depois esse baque seria superado, mas então já estaremos na transição da Idade Média para a Idade Moderna, com o Renascimento Italiano.
A partir do século XII, a Europa expandiu - se e a vida cultural desloca - se dos mosteiros. Em meados do século XIII, estavam funcionando várias universidades: Paris, Montpellier, Oxford, Cambridge, Bolónia, Salerno, Palencia e Salamanca.
O ensino era em latim e o instrumento básico era o livro. Devido ao desenvolvimento criado por essas universidades, houve a necessidade de dispor novos textos correctamente escritos no menor tempo possível e a baixo preço, criando a figura do estacionário, pessoa encarregada de conservar os exemplares, fazendo com que a difusão fosse realizada com a máxima fidelidade possível. As cópias eram feitas pelos próprios estudantes ou confiadas aos encadernadores , que existiam geralmente ligados às universidades.
Começa a ser criada a profissão dedicada a fazer livros, onde se desenvolve o ofício das artes aplicadas: caligrafia, iluminação e encadernação. A partir daí, o livro passa a converter – se num objecto de ostentação, criando-se verdadeiras obras de arte com a colaboração dos mais destacados artistas da época onde o texto é relegado para segundo plano.
Em fins do século XIII, começa uma das revoluções mais transcendentes da história do livro: o aparecimento do papel. A produção do papel será feita com trapos de linho e cânhamo. Os materiais que predominam na encadernação são peles, que procuram conservar seu valor natural. A decoração é completada com um traçado de três filetes grossos no meio dos quais se estampam os ferros a frio, formando quadros que eram marcados com figuras de santos, emblemas, flores estilizadas e folhas.
Entre o século XIII e o XV, desenvolve - se em toda a Europa a encadernação gótica e durante todo século XVI, os manuscritos são luxuosos, convivendo com livros populares com o objectivo de satisfazer todos os gostos e necessidades.
Com o aparecimento do papel, material muito mais barato, a nova tecnologia foi baptizada com o nome de "Galáxia Gutenberg" e o manuscrito será uma forma de arte e produto exótico frente à obra mecânica que o tempo se encarregará de converter este invento na maior revolução da história da cultura.
O Renascimento do século XII consistiu num conjunto de transformações culturais, políticas, sociais, e económicas ocorridas nos povos da Europa ocidental. Nessa época ocorreram eventos de grande repercussão: a renovação da vida urbana, após um longo período de vida rural, girando em torno dos castelos e mosteiros; o movimento das Cruzadas, a restauração do comércio, a emergência de um novo grupo social (os burgueses) e, sobretudo, o renascimento cultural com um forte matiz científico-filosófico, que preparou o caminho para o renascimento italiano, eminentemente literário e artístico.
Mapa das Universidades medievais
É um período que se caracteriza pela emergência de um novo grupo social: os burgueses, dedicados essencialmente ao comércio (que se vai impondo como uma das actividades económicas mais determinantes da sociedade). É interessante verificar que até o nome burguês provém de "burgo", que remete para outra característica desta época histórica: a modificação das cidades que vão abandonando a sua dependência agrária, em torno dos castelos e dos mosteiros.
As mudanças culturais são também reflexos do contacto com o mundo oriental e árabe através das cruzadas e do movimento de reconquista da Península Ibérica. De fato, na altura, o mundo islâmico encontrava-se bastante avançado em termos intelectuais e científicos. Os autores árabes tinham mantido durante muito tempo um contacto regular com as obras clássicas gregas (Aristóteles, por exemplo), tendo feito um trabalho de tradução que se tornaria valioso para os povos ocidentais, já que por este meio voltaram a entrar em contacto com as suas raízes eruditas anteriormente “esquecidas”. Seja em Espanha (Toledo), seja no sul de Itália, os tradutores europeus vão produzir um espólio considerável de traduções que permitiram avanços importantes em conhecimentos como a astronomia, a matemática, a biologia e a medicina, e que se tornariam o gérmen da evolução intelectual europeia dos séculos seguintes.
O mesmo ciclo de prosperidade que impulsionou a produção cultural traz também grande impacto na área da técnica. Ocorrem muitas inovações na forma de utilizar os meios tradicionais de produção. No sector agrícola, por exemplo, foi essencial o desenvolvimentos de ferramentas como a charrua, o peitoral, o uso de ferraduras, e a utilização de moinhos d'água. Na arquitectura, surge o estilo Estilo gótico, que foi possibilitado por diversos avanços nas técnicas que foram aplicadas à construção das catedrais.
O período que segue o renascimento do século XII já foi chamado de a Revolução Industri+al da Idade Média, pelo aumento radical no número de invenções e importação de tecnologias. Presenciaram-se descobertas como as dos óculos no século XIII, da prensa móvel no século XV, o aperfeiçoamento da tecnologia da pólvora (descoberta na China) e a invenção dos relógios mecânicos, que se espalharam nos ambientes urbanos e transformaram a noção de tempo daquelas sociedades. Muito importantes foram também avanços em instrumentos como a bússola e o astrolábio, que, somados às mudanças na confecção de mapas e à invenção das caravelas, tornaram possível a expansão marítimo-comercial Europeia do início da Idade Moderna.
O Neto e o Avô
Um amigo com quem habitualmente troco mensagens na Net , enviou-me uma que me deixou a pensar muito sobre a noção que todos nós temos sobre o tempo, que nos leva de novos a velhos e se tem arrastado por gerações intermináveis.
Quero partilhar convosco essa mensagem pois, ainda por cima, ela decorre entre um avô e um neto, o que bem poderia ser o meu caso :
Para ler até ao fim e refletir
>>O neto e o avô...
>>Uma tarde um neto conversava com o seu avô sobre os acontecimentos
>>actuais.
>>Então, de repente, o neto perguntou:
>>- Quantos anos tem, avô?
>>E o avô respondeu:
>>- Bem, deixa-me pensar um momento...
>>Nasci antes da televisão, e já crescidinho apareceu, com um único
>>canal e a preto e branco.
>>Nasci antes das vacinas contra a poliomielite, das comidas
>>congeladas, da fotocopiadora, das lentes de contacto e da pílula
>> anticoncepcional.
>>Não existiam os radares, os cartões de crédito, o raio laser nem os patins
>> on - line.
>>Não se tinha inventado o ar condicionado, as máquinas de lavar e
>>secar, (as roupas secavam ao vento) e frigoríficos quase ninguém tinha.
>>O homem nem tinha chegado à lua.
>>A tua avó e eu casámos e só depois vivemos juntos e em cada família
>>havia um pai e uma mãe.
>> "Gay" era uma palavra inglesa que significava uma pessoa contente,
>>alegre e divertida, não homossexual.
>>Das lésbicas, nunca tínhamos ouvido falar e os rapazes não usavam
>> piercings.
>>Nasci antes das duplas carreiras universitárias e das terapias de grupo.
>>Não havia computador, Comunicávamos através de cartas, postais e
>>telegramas.
>> Mails, chats e Messenger, não existiam. Computadores portáteis ou
>>Internet nem em sonhos...
>>Estudávamos só por livros e consultávamos enciclopédias e dicionários.
>>As pessoas não eram medicadas, a menos que os médicos pedissem um
>> exame de sangue.
>>Chamava-se a cada polícia e a cada homem "senhor" e a cada mulher
>>"senhora".
>>Nos meus tempos a virgindade não produzia cancro.
>>As nossas vidas eram governadas pelos 10 mandamentos e bom juízo.
>>Ensinaram-nos a diferençar o bem do mal e a ser responsáveis pelos
>>nossos actos.
>>Acreditávamos que "comida rápida" era o que comíamos quando
>>estávamos com pressa.
>>Ter um bom relacionamento, queria dizer dar-se bem com os primos e
>>amigos.
>>Tempo compartilhado, significava que a família compartilhava as
>>férias juntos.
>>Ninguém conhecia telefones sem fios e muito menos os telemóveis.
>>Nunca tínhamos ouvido falar de música estereofónica, rádios FM,
>>Fitas, cassetes, CDs, DVDs, máquinas de escrever eléctricas, calculadoras
>> (nem as mecânicas quanto mais as portáteis).
>>"Notebook" era um livro de anotações.
>>"Ficar" dizia-se quando pessoas ficavam juntas como bons amigos.
>>Aos relógios dava-se corda todos os dias, mesmo aos de pulso.
>>Não existia nada digital, nem os relógios nem os indicadores com
>>números luminosos dos marcadores de jogos, nem as máquinas.
>>Falando de máquinas, não existiam as cafeteiras eléctricas, ferros
>>de passar eléctricos, os fornos microondas nem os rádios-relógios
>>despertadores. Para não falar dos vídeos ou VHF, ou das
>>máquinas de filmar minúsculas de hoje...
>>As fotos não eram instantâneas e nem coloridas. Eram a branco e
>>preto e a sua revelação demorava mais de três dias. As de
>> cores não existiam e quando apareceram, a sua revelação
>>era muito cara e demorada.
>>Se nos artigos lêssemos "Made in Japan", não se considerava de má
>>qualidade e não existia "Made in Korea", nem "Made in Taiwan",
>> nem "Made in China".
>>Não se falava de "Pizza Hut" ou "McDonald's", nem de café
>>instantâneo.
>>Havia casas onde se compravam coisas por 5 e 10 centavos. Os
>>sorvetes, os bilhetes de autocarros e os refrigerantes, que se
>>chamavam pirolitos, tudo custava 10 centavos.
>>Cem escudos dizia-se: "cem mil reis".
>>No meu tempo, "erva" era algo que se cortava e não se fumava.
>>"Hardware" era uma ferramenta e "software" não existia.
>>Fomos a última geração que acreditou que uma senhora precisava de
>>um marido para ter um filho.
>>Agora diz-me, quantos anos achas que tenho?
>>- Meu Deus, Avô! Mais de 200! - disse o neto.
>>- Não , querido. Tenho 55!
Quem ainda terá vida para poder apreciar e compreender os novos tempos que alguns nos prometem, com a vinda de uma perfeita “Sociedade de Lazer”?
A Europa é o espaço de liberdade e segurança mais evoluído do mundo para ser habitado por homens dignos, livres e esclarecidos.
O oriente está a fazer o seu caminho e encontrar-se-á com o resto do mundo em igualdade de dignidade, mas o percurso vai ser muito longo, sinuoso e contraditório. Todos terão de aprender muito uns com os outros, mas com a humildade dos homens grandes.
A globalização não será a humilhação de uns por outro, mas a procura da igualdade através de todas as diferenças.
A guerra, a fome, a doença, a mordaça, a indignidade são para expurgar da humanidade através da inteligência humana.
O desígnio da humanidade é o prazer de viver. O lazer e o trabalho só têm sentido acompanhados de saudável prazer.
A sociedade do lazer é o futuro.
É forçoso ser livre para contribuir para a felicidade da humanidade e demais seres vivos. Lutemos todos para aumentar e reforçar a liberdade no mundo.
A robótica caminha no sentido de elevar a produtividade mundial, dispensando de libertar o Homem de uma vida de dedicação única ao trabalho empurrando-o, de facto para uma sonhada “Sociedade de Lazer”! Como aceitarão os sindicatos, esta mudança a curto ou longo prazo? Virão para a rua arrastando os trabalhadores que pela primeira vez se começam a sentir livres no mundo? Livres e realmente iguais no confronto com o seu semelhante! Como lutarão contra os robôs, quando estes dispensarem o Homem de tanta canseira e doenças profissionais trazendo-lhe serenidade e tempo para a família e para o próximo? Reagirão com greves, por que não conseguem compreender que o mundo é mudança e para trás irão ficar os tempos da Revolução Industrial? Ou colocarão também os robôs ao serviço dos sindicatos para defenderem os trabalhadores de gozarem por inteiro o seu espaço de liberdade e os anos de vida que Deus lhes der?
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
A nanotecnologia (algumas vezes chamada de Nanotech) é o estudo de manipulação da matéria numa escala atómica e molecular. Geralmente lida com estruturas com medidas entre 1 a 100 nanómetros em ao menos uma dimensão, e incluí o desenvolvimento de materiais ou componentes e está associada a diversas áreas (como a medicina, eletrónica, ciência da computação, física, química, biologia e engenharia dos materiais) de pesquisa e produção na escala nano (escala atómica). O princípio básico da nanotecnologia é a construção de estruturas e novos materiais a partir dos átomos (os tijolos básicos da natureza). É uma área promissora, mas que dá apenas seus primeiros passos, mostrando, contudo, resultados surpreendentes (na produção de semicondutores, Nanocompósitos, Biomateriais, Chips, entre outros). Criada no Japão, a nanotecnologia busca inovar invenções, aprimorando-as e proporcionando uma melhor vida ao homem.
Um dos instrumentos utilizados para exploração de materiais nessa escala é o Microscópio eletrónico de varredura, o MEV.
O objetivo principal não é chegar a um controle preciso e individual dos átomos, mas elaborar estruturas estáveis com eles.
Existe muito debate nas implicações futuras da nanotecnologia,(implications of nanotechnology), pois os desafios são semelhantes aos de desenvolvimentos de novas tecnologias, incluindo questões sobre a toxidade e impactos ambientais dos nanomateriais,[1] e os efeitos potenciais na economia global, assim como a especulação sobre cenários apocalípticos,(doomsday scenarios). Essas questões levaram ao debate entre grupos e governos a respeito de uma regulação sobre nanotecnologia
Cada vez mais as pessoas utilizam os robôs para as suas tarefas. Em breve, tudo poderá ser controlado por robôs. Os robôs são apenas máquinas: não sonham nem sentem e muito menos ficam cansados. Esta tecnologia, hoje adaptada por muitas fábricas e indústrias, tem obtido de um modo geral, êxito em questões levantadas sobre a redução de custos, aumento de produtividadee os vários problemas trabalhistas com funcionários.
O termo Robô foi pela primeira vez usado pelo Checo Karel Capek (1890-1938) numa Peça de Teatro - R.U.R. (Rossum's Universal Robots) - estreada em Janeiro de 1921 (Praga)[2]. O termo Robótica foi popularizado pelo escritor de Ficção Cientifica Isaac Asimov, na sua ficção "I, Robot" (Eu, Robô), de 1950. Neste mesmo livro, Asimov criou leis, que segundo ele, regeriam os robôs no futuro: Leis da robótica:
- Um robô não pode fazer mal a um ser humano e nem, por omissão, permitir que algum mal lhe aconteça.
- Um robô deve obedecer às ordens dos seres humanos, exceto quando estas contrariarem a Primeira lei.
- Um robô deve proteger a sua integridade física, desde que,com isto, não contrarie a Primeira e a Segunda leis.
A ideia de se construir robôs começou a tomar força no início do século XX com a necessidade de aumentar a produtividade e melhorar a qualidade dos produtos. É nesta época que o robô industrial encontrou as suas primeiras aplicações, o pai da robótica industrial foi George Devol. Devido aos inúmeros recursos que os sistemas de microcomputadores nos oferece, a robótica atravessa uma época de contínuo crescimento que permitirá, em um curto espaço de tempo, o desenvolvimento de robôs inteligentes fazendo assim a ficção do homem antigo se tornar a realidade do homem actual.
A robótica tem possibilitado às empresas redução de custos com o operariado e um significativo aumento na produção. O país que mais tem investido na robotização das atividades industriais é o Japão, um exemplo disso observa-se na Toyota
Porém há um ponto negativo nisso tudo. Ao mesmo tempo que a robótica beneficia as empresas diminuindo gastos e agilizando processos, ele cria o desemprego estrutural, que é aquele que não gerado por crises económicas, mas pela substituição do trabalho humano por máquinas.
Ressalta-se entrentanto que há alguns ramos da robótica que geram impacto social positivo. Quando um robô é na realidade uma ferramenta para preservar o ser humano, como robôs bombeiros (em português), submarinos, cirurgiões, entre outros tipos. O robô pode auxiliar a re-integrar algum profissional que teve parte de suas capacidades motoras reduzidas devido a doença ou acidente e, a partir utilização da ferramenta robótica ser reintegrado ao mercado. Além disto, estas ferramentas permitem que seja preservada a vida do operador.
A robótica é usada em várias áreas. Podemos citar por exemplo: Nanotecnologia (para a construção de nanorobôs a fim de realizar operações em seres humanos sem necessidade de anestesias), na produção industrial (os robôs que são criados para produção e desenvolvimento de mercadorias) e em produções avançadas como os "dummys" feitos para transcrição de colisões de carros,os chamados "crash tests".
Quinta-feira, 1 de Novembro de 2012
Nessa evolução, a produção manual que antecede à industrial conheceu duas etapas bem definidas, dentro do processo de desenvolvimento do capitalismo:
- O artesanato foi a forma de produção industrial característica da Baixa Idade Média, durante o renascimento urbano e comercial, sendo representado por uma produção de carácter familiar, na qual o produtor (artesão) possuía os meios de produção (era o proprietário da oficina e das ferramentas) e trabalhava com a família em sua própria casa, realizando todas as etapas da produção, desde o preparo da matéria-prima, até ao acabamento final; ou seja, não havia divisão do trabalho ou especialização para a confecção de algum produto. Em algumas situações o artesão tinha junto a si um ajudante, porém não assalariado, pois realizava o mesmo trabalho pagando uma “taxa” pela utilização das ferramentas.
- É importante lembrar que nesse período a produção artesanal estava sob controle das corporações de ofício, assim como o comércio também se encontrava sob controle de associações, limitando o desenvolvimento da produção.
- A manufactura, que predominou ao longo da Idade Moderna e na Antiguidade Clássica, resultando da ampliação do mercado consumidor com o desenvolvimento do comércio monetário. Nesse momento, já ocorre um aumento na produtividade do trabalho, devido à divisão social da produção, onde cada trabalhador realizava uma etapa na confecção de um único produto. A ampliação do mercado consumidor relaciona-se directamente com o alargamento do comércio, tanto em direcção ao oriente como em direcção à América. Outra característica desse período foi a interferência do capitalista no processo produtivo, passando a comprar a matéria-prima e a determinar o ritmo de produção.
A partir do aparecimento da máquina, fala-se numa primeira, numa segunda e até terceira e quarta Revoluções Industriais. Porém, se concebermos a industrialização como um processo, seria mais coerente falar-se num primeiro momento (energia a vapor no século XVIII), num segundo momento (energia eléctrica no século XIX) e num terceiro e quarto momentos, representados respectivamente pela energia nuclear e pelo avanço da informática, da robótica e do sector de comunicações ao longo dos séculos XX e XXI (aspectos, porém, ainda discutíveis).
Sabemos que os vários países da Terra e os seus povos, vivem obcecados com uma palavra chamada “democracia”. Nós aqui também, mas por razões diversas e opostas. Estamos, de facto, muito céticos mas com a democracia praticada na Terra. Mesmo muito.
Em certos continentes e também em muitos países, os órgãos de comunicação social acusam certos governos de serem ditaduras. Algumas organizações mundiais, supostamente idealistas e apostadas num mundo melhor, incitam esses povos, na sua opinião vítimas de ditaduras, a destituírem tais governos para imporem uma “democracia”! Nós neste plano, sem demagogia de qualquer espécie, defendemos a prática de democracias, mas não como estão a funcionar na Terra. Consideramos este assunto muito grave.
Será mesmo um dos problemas mais graves que afeta os países que já estudámos. Na verdade, através de múltiplas formas e práticas, mantêm realidades ditas democráticas que no fundo o não são! Dizemos, sem receio de errar, que não há democracia com candidatos “domesticados”, ou seja, candidatos que muito raramente defendem os altos interesses nacionais, para se quedarem em interesses privados. Candidatos apostados em obedecer às diretrizes de quem os nomeou ou, influenciou a sua nomeação. É aqui que a dita “democracia” terá de levar uma volta e com medidas cautelosas e bem executadas, até convergirem numa democracia mais participativa, sendo certo que para tal, os actuais partidos terão de ser reinventados. Os partidos que lá existem, estão infiltrados e dominados!
Dentro do mesmo tema o coordenador quis pôr em destaque a realidade tão discutida e que tem por nome a “República”. Propôs-se analisar este tema não nos tempos do seu aparecimento, portanto com os olhos gregos de há 2 400 anos, mas no momento actual.
Dizia ele,ainda sobre a Caverna, que ela fez incidir a nossa atenção sobre a “luz ao fundo da caverna”. Lembrou que com esta imagem Platão resume a sua visão de uma humanidade ignorante, prisioneira das sensações, do imediatismo e inconsciente da sua limitada perspectiva. Os raros privilegiados que conseguem escapar das amarras dessa “caverna”, através de uma longa e difícil caminhada intelectual vão descobrindo outras dimensões mais completas e realistas – primeiro os objectos e a fogueira – e bem lá no fim, já fora da caverna, encontram a realidade, a origem e a explicação de tudo o que existe. Ouvimos com entusiasmo, mas de trás tomámos conhecimento de outras versões e conclusões desta bonita alegoria.
“Homens algemados de pernas e pescoços desde a sua infância, numa caverna, e voltados contra a abertura da mesma, por onde entra a luz de uma fogueira acesa no exterior, não conhecem da realidade senão as sombras das figuras que passam na rua, projectadas na parede, e os ecos das suas vozes. Ainda ouvi o coordenador afirmar que nesta “Pesquisa”, está a nossa esperança de melhor conseguirmos enviar “sugestões” (projeções do pensamento) para seres recetivos na Terra, a fim de tais seres serem “sentinelas” vigilantes no planeta Terra, através da “Consciência Cósmica”. Ou seja, ao destetarem dificuldades que estejam a afligir os habitantes da Terra, conseguirem, também eles próprios, enviar-nos mensagens de alerta. Não desistiremos de consegui-lo!
O coordenador da reunião, convidou de seguida Platão a fazer o mesmo que Aristóteles, ou seja, numa frase definir o mundo, aquele mundo a que chamamos de Terra, antes porém, quis ele próprio defini-lo adiantando: “a melhor definição que posso adiantar como minha, aponta para uma realidade com um modelo aristocrático do poder. Mas não se trata de uma aristocracia vinda do berço, nem da riqueza, mas da inteligência e cultura, em que o poder é confiado aos melhores. Reconhecidos como tal, ou seja: aos detentores do poder e sabedoria. Seguidamente, Platão resumiu assim numa frase parte do seu pensamento sobre o mundo: “ Para mim o fim do caminho, verdadeiramente, nunca se atinge na existência terrestre, apenas se pode chegar muito perto e vislumbrá-la. Só do outro lado, depois da morte, isso pode ser plenamente conseguido.”
Sabe-se que aquilo a que chamamos de “Consciência Universal”, ou de “Consciência Cósmica”, é uma substância ou energia uniforme e imutável, de alta frequência vibratória, que impregna todo o espaço e está em contacto real e permanente com a consciência de todas as criaturas vivas. Podemos afirmar que todas as consciências existentes na Terra estão, de algum modo ou em certo grau, em contacto com a “Mente Cósmica Universal” pois ela é a soma total das consciências de todas as criaturas vivas ou latentes noutros planos de existência. Isto pode permitir que a algumas dessas criaturas, estimulem e desenvolvam maior grau de sensibilidade às impressões recebidas e emitidas. São, pois, os contactos com essas pessoas ou seres de outro plano de vida, que nós pretendemos desenvolver para melhor podermos transmitir os nossos conhecimentos e conclusões, entendidos por nós como úteis para ajudar todos aqueles que estão de passagem pela Terra.
Era vissível que as águas do rio Tejo já não eram barrentas. Eram cada vez mais límpidas, as cheias ficavam para trás. Quase à superfície, apareciam peixes a nadar vencendo a corrente. A ramagem dos salgueiros deslizava na face das águas correntes. Os adeptos da pesca à linha, das terras vizinhas,
estavam de volta.
Os outros, os profissionais também. Era vê-los remando e estendendo as redes nos seus barcos pretos, em forma de meia-lua. Vários aprestos de pesca como “covos”, “tarrafas”, etc., completavam a faina dos pescadores do rio. A venda deste peixe era feita nas terras envolventes, desprovidas de abastecimento de peixe do mar.
A equipa da National Geographic Society colaborou com militares americanos e responsáveis iraquianos na recuperação do famoso tesouro de Nimrud, que estava guardado nos cofres do Banco Central de Bagdad. Os membros da equipa organizaram a drenagem de mais de dois milhões de litros de água – a zona onde o Museu de Bagdad guardara parte do seu espólio mais cobiçado fora inundada durante a guerra. Proximamente deverão ser expostas as joias deste tesouro, encontrado nos túmulos reais de Nimrud nas primeiras escavações do século XX.
A UNICEF, diz ter informações segundo as quais existe falta de comida e de água pelo terceiro dia consecutivo em Bassorá. Por isso, este organismo alerta: “a proliferação de epidemias constitui um risco verdadeiro para as crianças com menos de 5 anos”. Há muitos anos que esta agência da ONU se substitui ao Governo iraquiano e desenvolve importante ação no apoio social às populações do Iraque. O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) mantém 160 funcionários iraquianos em Bagdad e também fez um apelo urgente para angariar doações. Segundo a delegação alemã da Unicef, quase metade dos 24 milhões de iraquianos são crianças e jovens. “Muitos deles poderão morrer nesta guerra, isso é um facto. A questão é saber quantos, nós poderemos proteger”, disse a diretora da secção alemã da Unicef, Carol Bellamy. Devido aos doze anos de embargo económico, as condições de vida no Iraque já eram precárias antes da guerra.
Talvez que uma das lendas de amor mais incríveis e estranhas da época clássica, seja a de Pigmalião e a sua estátua favorita. Segundo a tradição popular, Pigmalião era um soberano cretense, amante da escultura. Dedicava todo o seu tempo livre a esculpir a pedra, até que um dia achou que tinha esculpido uma figura feminina tão bela que nunca mais se pôde separar dela. Até rogou e implorou aos Deuses do Olímpio que lhe permitissem casar com aquela estátua de pedra que, de resto, era uma infiel reprodução da deusa Vénus e, por isso mesmo, tinha que ser deusa quem decidisse o que havia a fazer a esse respeito. Passava o tempo e Pigmalião sentia-se cada vez mais atraído por aquela efígie que considerava a sua obra-mestra. Estava já como que transtornado e pedia insistentemente à própria Afrodite/Vénus que lhe procurasse, para ser sua esposa, uma mulher idêntica à que ele tinha feito em mármore. Um dia em que Pigmalião se encontrava ensimesmado olhando aquela obra observou que se movia e que descia do seu pedestal de mármore e se dirigia para o seu criador com a forma de um ser vivo. Sem sair do seu assombro, Pigmalião viu-se nos braços daquela mulher que era uma réplica fiel da estátua que ele tinha esculpido. O que é que tinha sucedido? Teria sido que a estátua que a deusa Afrodite/Vénus tinha decidido satisfazer Pigmalião e, para isso, nada melhor que converter a sua estátua numa mulher real, à qual se impõe dar o nome de Galateia. Depois de isto ter acontecido, Pigmalião e Galateia casaram, viveram felizes e tiveram uma filha chamada Pafo, esta era tão bela que até o próprio Apolo a pretendeu.
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Caverna (do latim cavus, buraco), gruna ou gruta (do latim vulgar grupta, corruptela de crypta) é toda cavidade natural rochosa com dimensões que permitam acesso a seres humanos. Podem ter desenvolvimento horizontal ou vertical em forma de galerias e salões. Ocorrem com maior freqüência em terrenos formados por rochas sedimentares, mas também em rochas ígneas e metamórficas, além de geleiras e recifes de coral.
São originárias de uma série de processos geológicos que podem envolver uma combinação de transformações químicas, tectónicas, biológicas e atmosféricas. Devido às condições ambientais exclusivas das cavernas, esse ecossistema apresenta uma fauna especializada para viver em ambientes escuros e sem vegetação nativa. Outros animais, como os morcegos, podem transitar entre o seu interior e exterior. As cavernas também foram utilizadas, em idades remotas, como ambiente seguro e moradia para o homem primitivo, fato comprovado pela imensa variedade de evidências arqueológicas e pela arte rupestre. Em alguns casos essas cavidades também podem ser chamadas de tocas, lapas ou abismos. Os termos relativos a caverna geralmente utilizam a raiz espeleo-, derivada do latim spelaeum, do grego σπήλαιον, "caverna", da mesma raiz da palavra "espelunca".
As cavernas são estudadas pela espeleologia, uma ciência multidisciplinar que envolve diversos ramos do conhecimento, como a geologia, hidrologia, biologia, paleontologia e arqueologia. Além da importância científica, a exploração de cavernas representa um grande papel no turismo de aventura (ou ecoturismo), sendo uma parte importante da economia das regiões em que ocorrem.
Mesmo quando nos servimos da ficção, o nosso pensamento pede adivinhação! Gente entendida e sabedora admite como provável que o surgimento do próprio ser humano tenha ocorrido há cerca de 170 000 000 (?) de anos. Até hoje sempre a Terra deu ao Homem os seus meios de sobrevivência. Que estará para acontecer?
É na lógica de uma próxima escassez dos bens essenciais, por exaustão, que será de admitir a vinda de um «caos» mais acentuado. Tanta coisa vai mal no seu consumo, gestão e preservação! O primado do individual sobre o bem comum, por exemplo, é outro ponto que contribui para esta rutura. Embora seja despiciendo subestimar o individual, um ponto essencial de equilíbrio coletivo é indispensável à nossa sobrevivência.
Parece, contudo, que depois deste «caos», em crescendo, surgirá a já anunciada nova Idade de Ouro.Poderíamos também chamar-lhe de «Paraíso», ou seja, alguma coisa bem melhor do que tudo o que tem existido até hoje na Terra. Esse “paraíso” virá, numa normal convicção, de que uma nova força universal a unir as pessoas, brotará por volta de 2040. Resultará ela, de uma nova cultura que, sem ofuscar a individualidade, conseguirá sobrepor-se a ela, fazendo desabrochar um novo sentido coletivo, quase perfeito, em consequência direta de se ter atingido um grau superior na nossa civilização.
Novamente aquela região dos grandes rios, na qual nasceram as maiores religiões monoteístas do mundo e outras civilizações, será o berço de uma nova civilização! A Sociedade Global em pleno. Muitos apontam, hoje, duas vias para a globalização, ignorando, todavia, que em 2040 estará implementada na Terra uma terceira via! A Idade de Ouro.
Essa, será a grande mudança a ocorrer e constituirá o desaparecimento da mediocridade e oportunismo que nos conduziram ao «caos», relativo, do início deste século. Assim poderá ser em meados do atual século XXI !
Pessoalmente, acredito que este novo século, forçosamente, trará de volta uma nova ordem social e política. Porque serão finalmente repostos o respeito e os tradicionais valores humanos. Nos dias de hoje, a “pirâmide” está completamente invertida.
Representará tal conquista a vitória contra o crime organizado, a criminalidade económico-financeira, o oportunismo e o materialismo selvagem que têm vindo a revelar-se uma ameaça grave contra a moral, democracia, sociedade em geral e a própria economia.
Quem tiver por hábito manter-se informado sobre o mundo, sabe de previsões de organismos internacionais cheios de credibilidade, no sentido de uma certeza absoluta para o século XXI: a escassez, dentro de uma, duas ou três dezenas de anos, de bens essenciais à manutenção do nível de bem-estar dado como adquirido na Terra, pelos países mais desenvolvidos.
Serão os casos, além de muitos outros, do petróleo e, mais ainda, da água potável! A confirmarem-se tais previsões, e se outras soluções não forem encontradas, o «caos» instalado poderá tornar-se muito perigoso para toda a população mundial! Sabemos, ainda, que todo o pensamento é adivinhação, como referia Miguel Tamen na sua obra Maneiras de Interpretação. Dizia ele que só agora os homens começam a compreender o seu poder divinatório. Também dizia que só aquele que pode compreender esta Idade, ou seja – dos grandes princípios de rejuvenescimento geral – conseguirá apreender os polos da humanidade, reconhecer e conhecer a atividade dos primeiros homens, bem como a natureza de uma nova Idade de Ouro que há-de vir …. O homem tornar-se-á consciente daquilo que é: compreenderá finalmente a Terra e o Sol!
Não é estória, é Historia (3): “Cair o Carmo e a Trindade e rés-vés Campo de Ourique”.
Por Luís Fernandes
17/03/2011 por Bibliblog
O terramoto que assolou Portugal em Novembro de 1755 pode ter sido há alguns séculos, no entanto várias expressões populares, como “cair o Carmo e a Trindade” e “rés-vés Campo de Ourique” relativas ao acontecimento em questão, permaneceram no vocabulário dos portugueses. Muitos são os que hoje ainda as usam, mas poucos são os que conhecem a sua origem.
Se dermos hoje um passeio por Lisboa, encontraremos ainda muitas igrejas, antigos conventos, porém, em 1755 Lisboa era coroada por dois grandes edifícios de cariz religioso: o Convento da Trindade e o Convento do Carmo. O primeiro pertencia a Ordem dos Trinitários (religiosos encarregues de resgatar cativos aos mouros), tinha sido construído em meados do séc. XIV, no lugar de uma antiga ermida e era o mais antigo convento de Lisboa; o segundo foi fundado pelo Santo Condestável (D. Nuno Álvares Pereira) no final do séc. XIV em cumprimento de um voto, e entregue à Ordem do Carmo (fundada em finais do séc. XI na antiga cidade de Porfíria, hoje em Israel) da qual o próprio Condestável passou a fazer parte.
Convento do Carmo: antes (reconstituição) e depois do terramoto
Quando o sismo, com epicentro ao largo do sul de Portugal, atingiu a cidade de Lisboa, a 1 de Novembro de 1755, logo pela manhã, os dois conventos, que, tal como muitos outros templos estavam cheios de fiéis que assistiam à missa do Dia de Finados, caíram; tal como caíram centenas de outros edifícios: igrejas, palácios, nomeadamente o próprio palácio real, o Paço da Ribeira (a família real teve sorte, estava no palácio de Belém), mudando assim para sempre a imagem de Lisboa. Deste acontecimento deriva a expressão “cair o Carmo e a Trindade”, que é utilizada para referir um acontecimento com carga negativa ou algo que se pensa ter grandes proporções.
gravura de Georg Hartwig, 1887
Já a segunda expressão – “rés-vés Campo de Ourique” – é utilizada quando surge a necessidade de expressar alguma proximidade, por exemplo “a água chegou rés-vés a Campo de Ourique”, que foi o que de facto aconteceu na manhã do primeiro de Novembro de 1755, quando a onda gigantesca (tsunami) que sucedeu ao terramoto galgou terra e atingiu um dos pontos mais altos da cidade, precisamente Campo de Ourique.
Hoje, o que resta do Convento da Trindade faz parte de uma cervejaria e de edifícios contíguos. O Convento do Carmo, por seu turno, é mais conhecido devido ao seu estado de ruína que mantém desde esse fatídico dia (albergando o museu de arqueológico do Carmo e parte do quartel da GNR). Quanto à chegada da água a Campo de Ourique apenas se pode especular, visto que a única fonte física será uma linha marcada no Convento de Santa Engrácia, vestígio da altura que a água atingiu durante o maremoto.