Contributo do serviço de informações d’O Insurgente.
A extensa família dos Ventos, começando pelos alísios e contra alísios e continuando nos: austro, bora, bóreas, brisa, camacheiro, garbino, garroa, gravana, greco ou gregal, harmatão, etc. (excluem-se o ciclone e o furacão, por motivos óbvios), foi totalmente aproveitada na produção de energia eléctrica.
Relativamente ao Sol, e nas regiões do mundo mais pródigas na sua presença, ele tem sido aproveitado, também, na energia eléctrica e no aquecimento em grande escala.
Todas as outras regiões ricas em degelo e abundância de água, continuaram a produzir para a rede geral, no sistema hidroeléctrico. Em começo de exploração, temos ainda a energia geotérmica. A energia conhecida por “Biomassa”, queima de madeira, carvão vegetal e outros subprodutos industriais, ela evita desperdícios e lixo e produz energia, também. Com o mesmo empenho se alcançou a “energia nuclear limpa” e armazenável!
A cada dia, novas técnicas nucleares são desenvolvidas nos diversos campos da actividade humana, possibilitando a execução de tarefas impossíveis de serem realizadas pelos meios convencionais. A medicina, a pesquisa, os transportes, a indústria, particularmente a farmacêutica, e a agricultura são as áreas mais beneficiadas.
O armazenamento dos excessos de produção eléctrica, está em vias de concretização, em resultado da aplicação de técnicas muito complexas. Deste largo conjunto de produção de energia, resultou um eficaz entrosamento, dos prós e contras, de cada um dos tipos de produção de energia.
Quanto à distribuição, ela está planeada em rede mundial, com objectivo de um melhor aproveitamento do seu consumo e segurança. A rede mundial admite várias conexões e alternativas, automatizadas, de tal modo, ser em 2040, praticamente impossível a ocorrência de “apagões” técnicos ou mesmo devido a actos terroristas!
Os investimentos da Universidade Mundial em novas ferramentas para políticas ambientais, faz crer na quase impossibilidade do retorno a novos desastres nesse campo, ou seja, a ocorrência de mais desastres ambientais e ecológicos. Com vários diagnósticos recolhidos de todos os países, A Universidade Mundial, pretende elaborar políticas públicas universais, mais consistentes. Cada diagnóstico revela dados, de modo sistemático, sobre o estado do meio ambiente local, o número de espécies existentes e a composição das respectivas biodiversidades, ainda, sobre o estado dos solos e dos impactos da actividade humana e contaminantes nos subsolos, a situação das águas superficiais e subterrâneas, sobre a atmosfera e os ambientes marinhos e costeiros, recursos existentes e ocorrências ambientais e as suas causas. Também análises, periódicas e descritivas, sobre a qualidade ambiental urbana! Estes diagnósticos gerais, são muito importantes para a elaboração de políticas públicas ambientais, cada vez mais consistentes. A defesa destas políticas passa pelo civismo, tão acarinhado e avaliado em todo o ensino, desde o básico ao superior. Esta é uma das áreas perfeitamente adaptável à experiência e conhecimentos das pessoas mais idosas, que são chamadas ao controlo e observância de todas as normas publicadas. Em paralelo, fazem a recolha de reclamações e sugestões junto das populações. A população sabe que sem um melhor ambiente, não melhora a qualidade de vida de todos. O cidadão comum é, agora, o maior defensor e protector da aplicação das normas, que a todos pretendem proteger.
2003
José Manuel Moran, especialista em projetos inovadores na educação presencial e à distância
Há uma preocupação com ensino de qualidade mais do que com a educação de qualidade. Ensino e educação são conceitos diferentes. No ensino se organizam uma série de actividades didácticas para ajudar os alunos a que compreendam áreas específicas do conhecimento (ciências, história, matemáticas).
Na educação o foco, além de ensinar, é ajudar a integrar ensino e vida, conhecimento e ética, reflexão e ação, a ter uma visão de totalidade. Fala-se muito de ensino de qualidade. Muitas escolas e universidades são colocadas no pedestal, como modelos de qualidade. Na verdade, em geral, não temos ensino de qualidade. Temos alguns cursos, faculdades, universidades com áreas de relativa excelência. Mas o conjunto das instituições de ensino está muito distante do conceito de qualidade.
O ensino de qualidade envolve muitas variáveis:
Organização inovadora, aberta, dinâmica. Projeto pedagógico participativo.
Docentes bem preparados intelectual, emocional, comunicacional e eticamente. Bem remunerados, motivados e com boas condições profissionais.
Relação efetiva entre professores e alunos que permita conhecê-los, acompanhá-los, orientá-los.
Infra-estrutura adequada, atualizada, confortável. Tecnologias acessíveis, rápidas e renovadas.
Alunos motivados, preparados intelectual e emocionalmente, com capacidade de gerenciamento pessoal e grupal.
O ensino de qualidade é muito caro, por isso pode ser pago por poucos ou tem que ser amplamente subsidiado e patrocinado.Poderemos criar algumas instituições de excelência. Mas a grande maioria demorará décadas para evoluir até um padrão aceitável de excelência.Temos, no geral, um ensino muito mais problemático do que é divulgado. Mesmo as melhores universidades são bastante desiguais nos seus cursos, metodologias, forma de avaliar, projetos pedagógicos, infra-estrutura.
Quando há uma área mais avançada em alguns pontos é colocada como modelo, divulgada externamente como se fosse o padrão de excelência de toda a universidade. Vende-se o todo pela parte e o que é fruto as vezes de alguns grupos, lideranças de pesquisa, como se fosse generalizado em todos os setores da escola, o que não é verdade. As instituições vendem externamente os seus sucessos - muitas vezes de forma exagerada - e escondem os insucessos, os problemas, as dificuldades.
Temos um ensino em que predomina a fala massiva e massificante, um número excessivo de alunos por sala, professores mal preparados, mal pagos, pouco motivados e evoluídos como pessoas.
Temos bastantes alunos que ainda valorizam mais o diploma do que o aprender, que fazem o mínimo (em geral) para ser aprovados, que esperam ser conduzidos passivamente e não exploram todas as possibilidades que existem dentro e fora da instituição escolar.
A infra-estrutura costuma ser inadequada. Salas barulhentas, pouco material escolar avançado, tecnologias pouco acessíveis à maioria.
O ensino está voltado, em boa parte, para o lucro fácil, aproveitando a grande demanda que existe, com um discurso teórico (documentos) que não se confirma na prática... Há um predomínio de metodologias pouco criativas; mais marketing do que real processo de mudança.É importante procurar o ensino de qualidade, mas conscientes de que é um processo longo, caro e menos lucrativo do que as instituições estão acostumadas.
Nosso desafio maior é caminhar para uma educação de qualidade, que integre todas as dimensões do ser humano. Para isso precisamos de pessoas que façam essa integração em si mesmas do sensorial, intelectual, emocional, ético e tecnológico, que transitem de forma fácil entre o pessoal e o social. E até agora encontramos poucas pessoas que estejam prontas para a educação com qualidade
Texto publicado no livro Novas Tecnologias e Mediação Pedagógica, 12ª ed. Campinas: Papirus, p.12
O farol de Alexandria (em grego, ὁ Φάρος της Ἀλεξανδρείας) era uma torre construída em 280 a.C. na ilha de Faros (uma ilha, hoje uma península, situada na baía da cidade egípcia de Alexandria e ligada por mar ao porto desta) para servir como um marco de entrada para o porto e posteriormente, como um farol.
Considerada uma das maiores produções da técnica da Antigüidade, foi construído pelo arquiteto e engenheiro grego Sóstrato de Cnido a mando de Ptolomeu.
Farol de Alexandria | |
Representação em 3D de como seria o Farol de Alexandria. |
Sobre uma base quadrada erguia-se a esbelta torre octogonal de mármore, com uma altura que variava entre 115 e 150 metros de altura, que por mais de cinco séculos manteve-se entre as mais altas estruturas feitas pelo homem. Em seu interior ardia uma chama que, através de espelhos, iluminava a uma distância de até 50 quilómetros –
WIKIPÉDIA
Começa aqui o Desafio de Portugal – O Mar
De todas as negociações entre os Reis de Portugal e os vários Papas resultou a vantagem dos mestres das Ordens Portuguesas serem nomeados pelo Papa, dando o mestrado a membros da Família Real. O primeiro a receber este título foi o Infante D. Henrique como Governador e Administrador da Ordem de Cristo.
Devemos notar também que a Ordem de Cristo, durante o comando do Infante D. Henrique, tornou-se a Organização Militar Religiosa mais poderosa do Reino de Portugal, tornando-se ao mesmo tempo muito querida dos Papas por os Cavaleiros da Ordem de Cristo, tornados Navegadores, espalharem a Fé Cristã, na missão das Cruzadas do Ocidente.
E foi, assim, dos cofres da rica Ordem de Cristo que o Infante D. Henrique tirou os dinheiros para custear as despesas dos Descobrimentos e para manter a sua Escola de Navegação, em Sagres. Embora a Escola de Navegação fosse o próprio Infante D. Henrique, -- onde ele estivesse, estava a Escola -- à semelhança das Escolas Filosóficas de Platão e de Aristóteles – o certo é que o Infante veio a morrer perto da Escola de Sagres, em 1460!
Da crónica de João Quadros no Negócio On-Line:
A freguesia.
Desde a ocupação romana da península até 1830, ou seja, grosso modo, até à revolução liberal, a freguesia não era autarquia local.
É um período caracterizado pela existência de freguesias como elementos da organização eclesiástica, mas sem qualquer inserção na estrutura da Administração Pública do país.
«Freguesia» é uma palavra que vem de «fregueses», e «fregueses» vem de «FILIECLESIAE» (que deu FILIGRESES, e depois fregueses), expressão que significava «filhos da Igreja», isto é , a comunidade dos fiéis em torno de um pároco que representa localmente o seu bispo.
Os órgãos eleitos pelos «fregueses» eram chamados, de acordo com a tradição da época, Juízes. Mais tarde, estes juízes chamaram-se «Juízes de vintena» - designação tradicional que se dava aos encarregados de resolver os problemas de convivência e de economia rural que se punham aos habitantes das freguesias.
E assim se chega ao período, que começa quando a revolução liberal, a partir de 1830, incorpora a freguesia no sistema nacional de administração pública.
Foi uma fase de grandes indecisões e de substituição rápida de soluções.
O 3.º período, de 1878 para cá, inicia-se com o Código Administrativo de Rodrigues Sampaio (1878), em virtude do qual as freguesias entram definitivamente na estrutura da nossa Administração Local Autárquica. Assim se têm mantido até hoje, embora, como vimos, sem uma função muito relevante até 1974.
As paróquias e as freguesias
Podemos afirmar que a Freguesia é uma consequência lógica da evolução das Paróquias, cujo começo teve origem em 1830 pelo Decreto n.º 25.
A partir dessa altura e na base desse Decreto em cada Paróquia haveria “uma junta nomeada pelos vizinhos da Paróquia e encarregada de promover e administrar todos os negócios que forem de interesse permanente local”. A partir de então passaram as Paróquias/Freguesias a fazer parte, como autarquias locais, do sistema administrativo público do Estado.
Ao longo destes 172 anos, apesar de várias tentativas para extinguir as freguesias, estas, ao contrário revitalizam-se.
Hoje as Juntas de Freguesias são órgãos do Estado que se afirmam, cada vez mais, junto das populações quer pelo trabalho que desenvolvem quer pelo empenho que manifestam na defesa dos interesses locais.
O título meramente informativo mas com o objectivo bem definido de todos os leitores poderem aferir do que era a Paróquia/Junta de Freguesia ao tempo, realço alguns aspectos bastantes curiosos:
1-Têm voto na eleição dos membros da Junta e secretário da Junta da Paróquia todos os chefes de família ou cabeças de fogo, domiciliados na área da Paróquia.
2-Era ao regedor da Paróquia que competia presidir à Junta e dirigir os seus trabalhos. Além do gesto administrativo da Junta, era da sua competência manter a ordem pública, procurando prevenir ou dissipar qualquer rixa, tumulto ou motim.
3- Perante uma morte violenta era competência do regedor não consentir que o cadáver fosse enterrado enquanto o Juiz de Fora ou do Crime não viesse fazer o exame com médicos ou cirurgiões.
4-Também era da sua competência no caso “flagrante delito” ou em seguimento dele prender as pessoas envolvidas, remetendo-as dentro das primeiras 24 horas contadas a partir da hora da prisão, ao Juiz de Fora ou do Crime debaixo de guarda segura acompanhado do respectivo auto que tivesse sido lavrado.
5- Outro aspecto mais de acordo com a hoje chamado Solidariedade Social estava na competência do regedor em recolher quaisquer crianças achadas ou abandonadas na área da Paróquia e encaminhá-las para a roda dos enjeitados do Concelho provendo à sua sustentação e condução; se algum vizinho da Paróquia quisesse encarregar-se da criação e educação gratuita e caritativa da criança desde que fosse considerado pessoa capaz para o fazer, o regedor entregava-lhe a dita criança lavrando-se Auto de Entrega que após assinado seria remetido ao Juiz de Órfãos etc..
Não será porém de admirar que apesar de estar consagrada uma verdadeira autonomia das Freguesias no n.º2 do art.237 da Constituição da República Portuguesa estas ainda não o tenham conseguido por vários motivos onde a componente de autonomia financeira tem um forte peso.
Transcrição do artigo do médico psiquiatra Pedro Afonso, publicado no Jornal Público
Alguns dedicam-se obsessivamente aos números e às estatísticas esquecendo que a sociedade é feita de pessoas.
Recentemente, ficámos a saber, através do primeiro estudo epidemiológico nacional de Saúde Mental, que Portugal é o país da Europa com a maior prevalência de doenças mentais na população. No último ano, um em cada cinco portugueses sofreu de uma doença psiquiátrica (23%) e quase metade (43%) já teve uma destas
perturbações durante a vida.
Interessa-me a saúde mental dos portugueses porque assisto com impotência a uma sociedade perturbada e doente em que violência, urdida nos jogos e na televisão, faz parte da ração diária das crianças e adolescentes. Neste redil de insanidade, vejo jovens infantilizados incapazes de construírem um projecto de vida, escravos dos seus insaciáveis desejos e adulados por pais que satisfazem todos os seus caprichos, expiando uma culpa muitas vezes imaginária. Na escola, estes jovens adquiriram um estatuto de semideus, pois todos terão de fazer um esforço sobrenatural para lhes imprimirem a vontade de adquirir conhecimentos, ainda que estes não o desejem. É natural que assim seja, dado que a actual sociedade os inebria de direitos, criando-lhes a ilusão absurda de que podem ser mestres de si próprios.
Interessa-me a saúde mental dos portugueses porque, nos últimos quinze anos, o divórcio quintuplicou, alcançando 60 divórcios por cada 100 casamentos (dados de 2008). As crises conjugais são também um reflexo das crises sociais. Se não houver vínculos estáveis entre seres humanos não existe uma sociedade forte, capaz de criar empresas sólidas e fomentar a prosperidade. Enquanto o legislador se entretém maquinalmente a produzir leis que entronizam o divórcio sem culpa, deparo-me com mulheres compungidas, reféns do estado de alma dos ex-cônjuges para lhes garantirem o pagamento da miserável pensão de alimentos.
Interessa-me a saúde mental dos portugueses porque se torna cada vez mais difícil, para quem tem filhos, conciliar o trabalho e a família.
Nas empresas, os directores insanos consideram que a presença prolongada no trabalho é sinónimo de maior compromisso e produtividade. Portanto é fácil perceber que, para quem perde cerca de três horas nas deslocações diárias entre o trabalho, a escola e a casa, seja difícil ter tempo para os filhos. Recordo o rosto de uma
mãe marejado de lágrimas e com o coração dilacerado por andar tão cansada que quase se tornou impossível brincar com o seu filho de três anos.
Interessa-me a saúde mental dos portugueses porque a taxa de desemprego em Portugal afecta mais de meio milhão de cidadãos. Tenho presenciado muitos casos de homens e mulheres que, humilhados pela falta de trabalho, se sentem rendidos e impotentes perante a maldição da pobreza. Observo as suas mãos, calejadas pelo trabalho manual, tornadas inúteis, segurando um papel encardido da Segurança Social.
Interessa-me a saúde mental dos portugueses porque é difícil aceitar que alguém sobreviva dignamente com pouco mais de 600 euros por mês, enquanto outros, sem mérito e trabalho, se dedicam impunemente à actividade da pilhagem do erário público. Fito com assombro e complacência os olhos de revolta daqueles que estão cansados de escutar repetidamente que é necessário fazer mais sacrifícios quando já há muito foram dizimados pela praga da miséria.
Finalmente, interessa-me a saúde mental de alguns portugueses com responsabilidades governativas porque se dedicam obsessivamente aos números e às estatísticas esquecendo que a sociedade é feita de pessoas. Entretanto, com a sua displicência e inépcia, construíram um mecanismo oleado que vai inexoravelmente triturando as mentes sãs de um povo, criando condições sociais que favorecem uma decadência neuronal colectiva, multiplicando, deste modo, as doenças mentais.
E hesito em prescrever antidepressivos e ansiolíticos a quem tem o estômago vazio e a cabeça cheia de promessas de uma justiça que se há-de concretizar; e luto contra o demónio do desespero, mas sinto uma inquietação culposa diante destes rostos que me visitam diariamente.
Pedro Afonso
Médico psiquiatra
Segundo Duncan, é do interesse vital dos cinco países produtores do Médio Oriente um controlo apertado da torneira do crude ao longo dos próximos vinte e cinco anos. Os seus interesses de longo prazo (40 a 50 anos no século XXI) não são compatíveis com as pressões dos países importadores desenvolvidos que querem mais e mais milhões de barris por dia colocados no mercado e a um preço barato.
O Médio Oriente vai transformar-se, por isso, numa região escaldante no presente século (XXI). Uma «guerra santa» prolongada à volta do petróleo, com diversos episódios, não deve ser excluída dos cenários. A maldição do “ouro negro”, raro e essencial para os países industrializados, o petróleo surge associado à instabilidade militar, não só no Médio Oriente como no resto do mundo.
Olhando atentamente no mapa, a verdade é que a dicotomia zona de conflito/petróleo repete-se muitas vezes. Com a excepção do Mar do Norte – onde o petróleo é explorado pelo Reino Unido e pela Noruega e dos Estados Unidos, a maioria das reservas está localizada em áreas instáveis ou potencialmente complicadas. Já que neste caso os problemas não se limitam somente ao Médio Oriente.
Mais ao norte, no Mar Cáspio, numa extensão de território dividido entre a Rússia e algumas repúblicas da ex - URSS, fica uma das reservas mais importantes do mundo. Nas previsões de muitos analistas, por volta de 2010, sairão dali muitos milhões de barris de petróleo por dia. No entanto as expectativas na extracção de crude, são tão grandes como o risco de conflito político e militar. ÁREAS DE influência muçulmana no seu passado, estas antigas repúblicas soviéticas (Azerbaijão, Turquemenistão, Uzbequistão) são permeáveis ao fundamentalismo islâmico, sendo, por isso, provável que usem o petróleo como arma para pressionar o Ocidente. Nesta altura já assistimos naquela zona, ao conflito entre a Chechénia e a Rússia, só aparentemente gerado por um referendo. Luta-se em nome de um nacionalismo, mas também por questões de estratégia económica. O território Checheno é fundamental para a passagem dos oleodutos que trazem o petróleo do Mar Cáspio. Ainda em zonas de influência islâmica mas no Norte de África, não do Médio Oriente, existe outro dos grandes produtores de petróleo e gás natural do mundo: Argélia. Vive-se aqui uma instabilidade acentuada desde que, em 1992, as eleições legislativas ganhas pelos fundamentalistas islâmicos foram anuladas.
Devido à recusa em aceitar o poder nas mãos do partido islâmico, em pouco tempo, aquela era a mais próspera das nações do Norte de África passou a ser um país em guerra constante. Bastante vulnerável aos ataques do GIA (grupo Integrista Islâmico), a Argélia é, neste momento, uma ameaça para todo o Mediterrâneo e um enorme problema de difícil solução. A estabilidade política no Argélia é importantíssima para toda a União Europeia, na medida em que vem daí o gás natural, a principal alternativa de que dispõe relativamente ao consumo de petróleo. Se a norte a instabilidade é muita, no centro e no sul do continente africano a situação não é mais optimista. Entre conflitos étnicos e guerras de poder, ficam duas importantes reservas de petróleo: Angola e a Nigéria.
Em Angola, a guerra da independência durou quase 30 anos e decerto irá ter continuidade no enclave de Cabinda, região muito rica em crude. A morte de Jonas Savimbi, acalmou os conflitos, mas a paz em África apresenta, de forma constante, grande incerteza. A Nigéria, situada entre os 13 maiores exploradores, é conhecida pelos conflitos étnicos e religiosos. Na zona do delta do Níger, onde se fez a extracção de petróleo, as empresas americanas anunciaram a suspensão das operações de extracção dada a insegurança na área.
Segundo a “Human Rigths Watch”, o petróleo é a principal razão para inúmeros atentados aos direitos humanos naquela zona. A organização referencia execuções sumárias sem culpa formada e perseguições. Ainda em África, a grande aposta parece ser a extracção no mar entre São Tomé e Príncipe e a Nigéria. Tal como, a Oriente, as grandes esperanças estão nos milhões de barris de petróleo que irão sair do mar de Timor Leste, país que, até 1999, viveu a ocupação Indonésia com a complacência da Austrália. Naturalmente por causa do Petróleo.
No continente americano, além dos Estados Unidos e do Canadá (em menor escala), a grande produção faz-se entre o México e a Venezuela, num eixo que inclui algumas das ilhas das Caraíbas, como Trinidad and Tobago. Também por estas paragens, como noutras partes do mundo onde o petróleo abunda, a instabilidade política, a grande diferença de classes e a corrupção marcam o dia-a-dia dos países e das populações. Terá ainda sido por causa do petróleo que os venezuelanos saíram à rua em Caracas, para pedir a Chávez que deixasse o poder. A empresa Petróleos da Venezuela foi a origem da greve de dois que parou o país. Apesar deste cenário de incerteza política nos países onde estão situadas as reservas de petróleo, a verdade é que as necessidades deste produto por parte dos países mais industrializados, vão continuar a crescer nos próximos 20 anos, sobretudo nos Estados Unidos. O Ocidente apresenta claramente grande fragilidade neste domínio. Estima-se que o consumo dos Estados Unidos seja em 2020 superior em mais de 10,3 milhões de barris àquele que teve em 1999, consideram-se também que a sua produção (das maiores do mundo) se irá manter. O que indica que a maior economia do mundo – que é também o maior consumidor de petróleo (19,9 milhões de barris por dia) – continuará dependente do exterior e das tensões nas áreas de extracção, importando mais de metade do petróleo que consome. As estimativas de petróleo para 2020 mostram, no entanto, que o crescimento da procura irá aumentar por todo o mundo. Seja em África, na América latina, na Ásia, na Europa de Leste e na Europa Ocidental. Embora, no que respeita à União Europeia, o crescimento previsto seja menor. Tão industrializada como os estados Unidos, a redução na procura europeia pretende-se alcançar com a aposta no gás natural e no gasoduto do Norte de África. O petróleo ficará essencialmente para o sector dos transportes. A certeza é que a pressão sobre o consumo do petróleo irá aumentar nos próximos anos, mantendo-se como principal fonte de energia dos países industrializados.
"Sem eufemismos, aqui fica: num país livre, as artes criativas não devem receber um tostão do Estado. Por razões de salubridade económica, ética e até estética. Se os meus interlocutores discordam, apelando para modelos geneticamente próximos de regimes autoritários, boa sorte. Só agradecia é que fossem mais honestos, mais educados – e, já agora, mais homenzinhos."
João Pereira Coutinho - CM
A "Sociedade Civil" move-se e faz mover uma amálgama de ações coletivas voluntárias à volta de muitos interesses, propósitos e valores.
Deveria ser ela o motor impulsionador de toda a vida na nossa sociedade e o pulsar de qualquer país, recolhendo os políticos nela, a chama e as coordenadas de toda a sua ação governativa.
Só deste modo conseguiriam os governantes cumprir os objetivos da “ Democracia Representativa” que os guindou às rédeas do poder, poder esse delegado sempre em nome da vontade popular devidamente esclarecida por eles, relativamente às variáveis em jogo para cada momento e a cada acção a pôr em prática.
Muitos foram os reputados estudiosos, que até hoje, identificaram o papel da sociedade civil numa ordem democrática como vital e, por tal, recomendam para com ela o diálogo e respeito, permanentes.
Há quem tenha medo desse diálogo e em nome de um poder de decisão indispensável na governação, dizem, opte por fechar os olhos e decidir convictamente sozinho, mesmo nas medidas mais complexas e decisivas para sociedades seculares como a nossa.
Alguns desses políticos até argumentam com a não eleição destas organizações, como se o voto lhes desse inteira liberdade de decisão!
Outros. até chamam a este tipo de reflexão e opinião discursos “ catastróficos” e “ profecias da desgraça” ou “ becos sem saída”. Talvez sejam?
Mas na verdade, porém, os inúmeros erros de governação arredam alguns países da respeitabilidade internacional e mergulham o seu povo no limiar da pobreza. Apeados do poder, tais governantes, acabam por sentir o seu futuro garantido com reformas principescas ou empregos muitíssimo bem pagos. Os altos prejuízos provocados à nação ficam “sem pai” e os pesados sacrifícios sobram para o povo!
O tal que não sabe o que diz ou o que se deve fazer....
É certo que a atitude das pessoas, muitas vezes, não é a melhor, mas é resultado do exemplo e do “ laisser faire” contínuo dos políticos, que não souberam moldar o povo noutra educação e noutra cultura. O melhor exemplo disto, teremos nós no famigerado monstro do défice das finanças públicas que, alguns nele atolados até ao pescoço, ainda acabam por reclamar para eles louvores pelo seu emagrecimento, ou outras atitudes ainda mais estranhas nos discursos que fazem no Parlamento, sacudindo a "água do capote"!
Não constituiria melhor exemplo se os governos alienasse as suas participações em "Instituções Privadas"e pagasse atempadamente aos seus fornecedores? Era um bonito exemplo para o País. Por este caminho já não teriam a tentação de interferir no domínio que só à sociedade civil deve caber. É fácil perceber como a nossa Sociedade Civil é fraca, sem grupos económicos fortes e os que existem estão na dependência do poder governamental, indevidamente!
Enquanto assim for, Portugal não descolará tão cedo da cauda dos países mais atrasados da UE.Todavia, não será por culpa daqueles que, com custos próprios, não se cansam de alertar. Não é deles que vem a desmotivação ao País que estamos a ser, mas sim daqueles que querem continuar a acender a lareira soprando num pequeno fogacho mal aceso. Ou com um bocado de carvão humedecido, em lugar de se municiarem com acendalhas apropriadas e de boa qualidade, iguais em valor aos verdadeiros princípios da "Democracia Representativa".
Depois, seria só ver a chama e o calor (leia-se a motivação, a ética e o desenvolvimento) a aumentarem, trazendo de volta ao povo o bem-estar que merece. Somos pobres, porque nos falta atitude perante os princípios básicos da vida e isso, muito por culpa dos políticos que temos, na nossa ação governativa!
É nossa convicção que a aposta em refazer os partidos, em nada prejudicaria os interesses dos grupos económicos, que não podem nem devem ser divergentes dos interesses gerais do Estado e melhoraria a confiança do povo, trazendo-lhe muito mais motivação, transparência e entrega a um novo “sistema político” mais enraizado. Torna-se muito necessário envolver mais a população para lhe incutir maior responsabilidade política. Votar de 4 em 4 anos, não é prática suficiente, para ser rotulada de “democracia”. É preciso deixar de aproveitar a ingenuidade da população, e incentivá-la a aprofundar, ela própria, a sua democracia, com respeito por tudo e todos. Não chega, é mesmo ridículo, que os partidos, pagos pelo povo, marquem eleições, escolham os candidatos que só eles conhecem, acabando os eleitores por terem em tudo isto, um papel ultra-secundário. Ninguém está seguro de que os partidos actuais, não estejam controlados a seu montante, por forças organizadas não democraticamente. O financiamento ilegal dos partidos está muito na origem deste facto concreto. De qualquer modo, como está a acontecer, o povo é escravo desta suposta democracia. Tais partidos não podem, nem querem, defender genuinamente os interesses de todos! Alguém fica prejudicado e esse alguém é sempre o mais fraco. Este é um fenómeno organizado, global e responsável por muitas crises que já ocorreram e outras que virão a acontecer, muito brevemente! Os partidos de hoje, estão dominados por imensas “teias” e “redes”, que até seriam úteis se não desvirtuassem o intocável “Interesse Geral do Estado”. O que de facto acontece é que as teias e redes exercem o seu poder na procura de mais lucro e poder para os seus protectores. Com isso, vão aumentando a sua influência na sociedade e no Estado e desse modo asseguram também a sua impunidade! Ficam, assim, constituídas estruturas altamente eficientes, estruturadas e com um funcionamento grandemente complexo e altamente hierarquizado. Muito difícil de perceber! Praticamente impenetráveis por estranhos. Dispõem de assessores de altíssima qualidade no apoio jurídico, na gestão financeira, nas telecomunicações e informática, etc. Enfim, no todo nacional. Dominando o mundo dos clientes e fornecedores, sem darem por isso, dispõem de uma gigantesca rede de “tráfico de influências” A partir daí ficam seguros da sua importância e impunidade. Claro, que tudo isto afecta, e muito, aquilo a que todos chamam de “democracia”! As virtualidades de um povo na sua plenitude ficam diminuídas e o Estado da nação enfraquecido. A "sociedade civil" arrasta-se moribunda!
Os graves problemas do desemprego não são resolvidos. A economia torna-se bastante vulnerável e sem crescimento. A “entropia” faz o resto, muitas vezes, até leva à “bancarrota” do país! Inundando-o de tudo que são produtos tóxicos e lixo de muito má qualidade. Esta caminhada de braço dado com a corrupção, não pára. A aposta é cada vez mais descarada e nos alvos preferidos, que são, quase exclusivamente, os grandes e pequenos "centros de decisão". Acima de tudo, são os partidos o veículo óptimo para permitir colocar as pessoas “certas”nos lugares "certos". Sem darem por isso, ou dando, a breve trecho passam a dispor de uma rede gigantesca de tráfico de influências! As virtudes da criatividade e liberdade lá se foram de vez!
A capela de S. João Baptista, em Linda-a-Pastora, é um templo de dimensões modestas e traça arquitectónica simples que sofreu ao longo do tempo importantes alterações.
O actual edifício poderá ter sido uma reconstrução pós-terramoto de 1755. É de notar que este pequeno templo, padece de um desvirtuamento arquitectónico devido à construção de anexos.
Mas a história desta capela deste multi-secular lugar de Linda - a - Pastora, tão carinhosamente cantada por Almeida Garrett, Tomás Ribeiro e Cesáreo Verde, arrastava-se num doloroso problema que era a precária situação da sua legítima propriedade.
"Esta linda capelinha que os antepassados ergueram em honra de S. João Baptista, a quem pertencerá ? A quem pertencerá com efeito aquele tão antigo lugar sagrado ? Ao povo ?" pergunta de novo o P.e Santos Costa, que continua ;
"À paróquia ou à Diocese ? Pois, parece que não, mas sim à Junta de Freguesia desde as famosas liberalidades de 1910. Sabemos que a Junta se não compraz em nada com aquela escaldante e irresponsável posse. Porque se espera ainda ? Onde terão parado os ofícios que há já dois anos começaram sobre o caso a deslizar ?"
Vamos, pois, continuar o relato da situação da capelinha, feito no livro do P.e Francisco dos Santos Costa;
"Infelizmente, aquele feliz estado de coisas ( melhorias várias na vida paroquial) não seria de longa duração, sabido de todos que ainda antes do fim do século passado começa o retrocesso que havia de culminar com os acontecimentos revoltantes de 1908 - 1910 e a fúria da « liberdade » dos anos que se lhe seguiram. A provação atingiria principalmente o P.e António da Fonseca que para aqui veio paroquiar em 1904, as outrora florescentes Irmandades que foram espoliadas e extintas; o templo de Linda - a - Pastora ( que foi roubado ) e da própria paroquial que foi encerrada e prejudicada pelo menos nos seus anexos."
Duma forma geral o ano de 1968 apresentou-se repleto de dificuldades de toda a ordem. Talvez em consequência de no final de 1967 esta região ter sido atingida, não por uma, mas por duas catástrofes na mesma noite.
Foram as terríveis inundações e quase sobre a madrugada do dia seguinte a brutal explosão do forte do Carrascal. Primeiramente foi urgente acudir a tantas famílias, que perderam todos os seus haveres e, em muitos casos as próprias vidas
Deixo, pois, notações somente das principais versões da lenda, ou seja, acrescentarei mais esta outra, que a lavadeira de Linda - a - Pastora, de nome Sr.ª Francisca, terá contado a Almeida Garrett, durante o verão que aqui passou e que foi por ele publicada no "Romanceiro" :
- Linda pastorinha, que fazeis aqui?
Procuro o meu gado que por aí perdi.
- Tão gentil senhora a guardar o gado!
Senhor, já nasci com este fado.
- Por estas montanhas em tão grande p'rigo !
Diga-me, ó menina, se quer vir comigo.
Um senhor tão GUAPO dar tão mau conselho,
Querer que se perca o gado alheio!
- Não tenha esse medo que o gado se perca
Por aqui passarmos uma hora de sesta.
Tal razão como essa não na ouvirei:
Já dirão meus amos que demais tardei.
- Diga-lhe, menina, que se demorou
Co esta nuvem de água que tudo molhou.
Falarei a verdade, que mentir não sei:
A volta do gado eu me descuidei.
- Pastorinha, escute, que oiço BALAR o gado...
Serão as ovelhas que me têm faltado.
- Eu lhas vou buscar já muito depressa,
Mas que me ESPEDACE por essa charneca.
Ai como vai grave de meias de seda!
Olhe não as rompa por essa RESTEVA.
- Meias e sapatos tudo romperei
Só por lhe dar gosto, minha alma, meu bem.
Ei - lo aqui vem; é todo o meu gado
- Meu destino foi ser vosso criado.
Senhor vá-se embora não me dê mais pena,
Que há - de vir meu amo trazer-me a merenda.
- Se vier seu amo, venha muito embora;
Diremos, menina, que cheguei agora.
Senhor, vá-se, vá-se, não me dê tormento:
Já não quero vê-lo nem por pensamento.
- Pois adeus, ingrata Linda - a - Pastora!
Fica-te, eu me vou pela serra fora.
Venha cá, Senhor, torne atrás correndo.
Que o amor é cego, já me está rendendo.
Sentaram-se à sombra. Tudo estava ardendo...
Quando elas não querem, então estão querendo
Madre Maria Clara do Menino Jesus - SERVA DE DEUS (1843-1899)
Beatificação: “Nunca perdi a fé e nunca pedi que me curasse”
18-05-2011
Georgina
A 1 de Dezembro de 1899 falecia em Lisboa a "Mãe dos Pobres", Madre Maria Clara do Menino Jesus, Fundadora da Congregação hoje chamada das Irmãs Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição.
Tinha nascido 56 anos antes, a 15 de Junho de 1843, descendente de uma família de antiga nobreza e aparentada com as casas mais ilustres de Portugal.
Tendo ficado órfã nas epidemias de 1856-1857, foi educada no Asilo Real da Ajuda, em Lisboa, de onde passou, mal completados os 19 anos, para o palácio dos Marqueses de Valada.
Após cinco anos de uma vida faustosa, decidiu renunciar a tudo e ingressar no pobre Convento de S. Patrício, onde iniciou uma caminhada de entrega definitiva a Deus, consagrando-se, primeiro na Ordem Terceira Secular de S. Francisco, sob a orientação espiritual de Frei Raimundo dos Anjos Beirão.
Como vigorasse em Portugal a proibição de Congregações religiosas e se tornasse urgente a fundação de um Instituto genuinamente português, a Irmã Maria Clara foi a Calais, - França, para fazer o seu Noviciado, entre as Irmãs Hospitaleiras e Mestras e aí emitir votos públicos.
Regressada ao seu país, deu início à Congregação das Irmãs Hospitaleiras dos Pobres pelo Amor de Deus, aprovada pelo Governo português como Associação de Beneficência, a 22 de Maio de 1874 e pela Santa Sé como Congregação Religiosa, a 27 de Março de 1876. Dotada de um coração repleto de bondade e de ternura pelos mais pobres e abandonados, a Serva de Deus dedicou a vida inteira a minorar os sofrimentos e dores, enchendo Portugal de centros de assistência, atendimento e educação, onde todos os desvalidos pudessem encontrar carinho, agasalho e amparo, fosse qual fosse a sua condição ou estado social.
Sede da CONFIC em Linda- a - Pastora
Sempre impelida pela mesma ânsia de a todos socorrer, enviou as suas Irmãs a Angola, em 1883, à Índia, em 1886, à Guiné e a Cabo Verde, em 1893.
Durante o tempo de seu governo como Superiora Geral e Fundadora abriu mais de cem obras e recebeu mais de 1.000 Irmãs, tendo constantemente em vista a urgência de a todos socorrer.
Através dos seus membros, a Congregação devia estar presente e actuante em todo o lugar, onde houvesse o bem a fazer, onde fosse necessário dar uma resposta aos clamores dos desamparados.
No meio de sofrimentos de toda a espécie, na solidão, na doença, na perseguição, na incompreensão e na calúnia, a Irmã Maria Clara soube manter-se sempre fiel ao seu Deus e à missão que Ele lhe confiara, num serviço permanente, alegre e generoso a todas as pessoas, sem qualquer excepção, a todos perdoando e desculpando com fé e caridade heróicas.
Convicta de que " nada acontece no mundo sem permissão divina, acolhia tudo como vindo das mãos de Deus, pessoas e acontecimentos, dores e alegrias, saúde e doença.
A sua doação deveria ser levada até ao limite das forças, pois a única razão de ser da Congregação, por ela fundada sob " o olhar providencial de Deus" era servir, animar, acolher e aconchegar a todos " com sacrifício próprio", até a efusão do sangue, se tanto fosse necessário.
Por isso, vemos a sua vida toda permeada de um optimismo invencível e de uma esperança e confiança inabaláveis, mesmo que à sua volta tudo pareça escuro e adverso.
Nada possuindo, além do amor de Deus em Cristo sofredor e em todos aqueles que ela escolhera como " sua gente", podia encerrar em paz os seus dias terrenos, segura de lhe ter sido reservada uma numerosa descendência que levaria ao longe e ao largo o lema de " fazer o bem, onde houver o bem a fazer", protegida sempre pelo olhar providencial de Deus e pela Virgem Imaculada, modelo e mestra de vida em Hospitalidade.
O Estado existe para servir os cidadãos e estes têm que se rever na capacidade positiva deste de legitimar uma relação de confiança essencial. Quando David Osborne nos fala da crescente oportunidade e necessidade de recolocar na agenda o “reinventing the government”, está claramente a colocar a tónica num dos elementos centrais da modernidade competitiva das nações. Importa mais do que nunca reposicionar o Estado como “pivô” central da organização, monitorização e funcionamento adequado das nações e aproveitar as dimensões qualificadoras do conhecimento, inovação e competitividade como atributos capazes de fazer reganhar a confiança estratégica do cidadão naqueles que o representam e têm uma responsabilidade superior na garantia de patamares adequados de qualidade de vida e desenvolvimento social.
A reinvenção estratégica do Estado, enquanto “plataforma de centralidade” onde convergem as dinâmicas de qualificação dos diferentes actores sociais, ganhou hoje um paradigma que não se pode cingir às especificações operativas de mecanismos mais ou menos necessários de Governo Electrónico ou de ajustamentos organizacionais adequados a determinados posicionamentos conjunturais de orgânica interna. Como muito bem nos elucida Samuel Hungtinton, a propósito do eventual choque de civilizações, o que está em causa é a capacidade endógena do Estado se auto referenciar como o primeiro antes de mais e último antes de tudo, centro de racionalidade dos processos sustentados de evolução da sociedade civil. Se é importante, como Francis Fukuyama não pára de reiterar, a evidência da capacidade da sociedade civil protagonizar dinâmicas de liderança nos processos de mudança, não menos verdade é que compete ao Estado modelar a dimensão estratégica dessa mudança.·
No quadro da Sociedade do Conhecimento e da Economia Global, cabe ao Estado o saber assumir de forma inequívoca uma atitude de mobilização activa e empreendedora da revolução do tecido social. Ou seja, independentemente da dinâmica de mudança assentar nos actores da sociedade civil e da sua riqueza em grande parte depender a estabilidade estratégica das acções, cabe ao Estado, no quadro duma nova coerência estratégica e duma nova base de intervenção política, monitorizar, acompanhar. Esta cumplicidade estratégica é essencial para a garantia de padrões coerentes de desenvolvimento e equilíbrio social. Nas sábias palavras de António Paim, emérito politólogo brasileiro, só assim se garante a verdadeira dimensão de confiança entre todos os que acreditam no futuro.
É neste sentido que a legitimidade de actuação e sustentação estratégica se torna central. Processos de compromisso e convergência entre uma base central forte e pontos de descentralização territorial autónomos e indutores de riqueza e bem-estar social a partir da inovação e conhecimento têm que ter por base uma forte relação de cumplicidade estratégica entre todos os actores do tecido social. Um compromisso sério entre uma capacidade natural de mobilizar e empreender e ao mesmo tempo uma vontade de tornar os processos estáveis nos resultados que potenciam. A modernização do Estado assenta em larga medida na capacidade de protagonizar esse desafio de mudança de paradigma.·
Há que fazer por isso opções. Opções claras em termos operacionais no sentido de agilizar a máquina processual e através dos mecanismos da eficiência e produtividade garantirem estabilidade e confiança em todos os que sustentam o tecido social. Opções claras em torno dum modelo objectivo de compromisso entre governação qualificada central, geradora de dimensão estabilizadora e indução de riqueza territorial através da participação inovadora dos actores sociais. Opções assumidas na capacidade de projectar no futuro uma lógica de intervenção do Estado que não se cinja ao papel clássico, dejá-vu, de correcção in extremis das deficiências endémicas do sistema mas saiba com inteligência criativa fazer emergir, com articulação e cooperação, mecanismos autosustentados de correcção dos desequilíbrios que vão surgindo.
David Osborne tem razão em insistir na actualidade e pertinência da chama da reinvenção do Estado. É essencial na Sociedade moderna do Conhecimento consolidar mecanismos estratégicos que façam acreditar. Cabe ao Estado esse papel. Encerra em si uma missão única de fazer da sociedade civil uma fonte permanente de mobilização de criatividade e inovação e de estabilização de participações cívicas adequadas. A governação é hoje um acto de promoção e qualificação da cidadania activa. Importa ao Estado ser relevante. Importa ao Estado constituir-se como um operador de modernidade. Por isso, nunca como agora a sua reinvenção é um desafio de e para todos. A Reinvenção do Estado é em grande medida a reinvenção da Nação.
Por Francisco Jaime Quesado
Pégaso (em grego: Πήγασος) é um cavalo alado símbolo da imortalidade. Sua figura é originária da mitologia grega, presente no mito de Perseu e Medusa.
Pégaso nasceu do sangue de Medusa quando esta foi decapitada por Perseu. Medusa estava grávida de Poseidon naquela época. Havendo feito brotar com uma patada a fonte Hipocrene, tornou-se o símbolo da inspiração poética.
Belerofonte matou a poderosa Quimera, montando Pégaso após domá-lo com ajuda de Atena e da rédea de ouro, que em seguida tentou usá-lo para chegar ao Olimpo. Mas Zeus fez com que ele derrubasse o seu cavaleiro fazendo uma vespa o picar, e Belerofonte morreu devido à grande altura. Zeus o recompensou transformando-o na constelação de pegasus, onde deveria dali em diante ficar à serviço do deus dos deuses. Outra história diz que quando Zeus mandou a vespa e Belerofonte caiu, Atena ordenou que o chão ficasse macio, assim ele não morreu pela queda.
O novo Presidente francês, François Hollande, disse hoje que quer «abrir um novo caminho na Europa». De facto um novo caminho irá surgir, não será é aquele que “levianamente” prometeu aos seus compatriotas! Não será a via do crescimento, mas sim a via de novos hábitos de vida e de trabalho!
As altas figuras políticas estão todas muito desatentas! ESTE SÉCULO XXI, trará, certamente, grandes problemas ao mundo, tais como a escassez de crude, gás e água potável. As matérias-primas terão preços altíssimos. Grandes investimentos terão de ser feitos no sentido de recuperar o ambiente que, de forma desregrada, quase foi destruído num só século de “crescimento” a roçar a “estragação absurda”!
Caminhos? Por exemplo um regresso à vida local.Uma entrega de todos para melhorar a vida social, cultural e a empregabilidade na sua “terra”.
Um regresso ao início do século XX, mas, com muito mais qualidade de vida, hábitos ambientais e sociais!
Não foi por acaso que por essa altura surgiu o “associativismo”! Ele juntou as famílias da mesma “terra”, em sã e salutar convivência. Quando havia fogo, todos colaboravam na sua extinção! Aqueles que defendem agora o “Crescimento”, querem o quê? Gastar para si e com os seus os recursos mundiais para milhares de anos?
Num só exemplo muito simples, vejamos os estatutos de uma associação qualquer, gerida de olhos postos na Constituição e na legislação aplicável:
“ Compete em especial a uma Direcção - RGI (em vigor)
“ Pagar aos monitores ou orientadores ao serviço das actividades culturais, dentro dos limites consentidos por critérios de restrita economia e tendo em vista apenas a justa compensação das despesas ou prejuízos pessoais decorrentes dos serviços prestados;”
Diz a Constituição, no seu art.º 73º:
Direitos e Deveres culturais
3. O Estado promove a democratização da cultura, incentivando e assegurando o acesso de todos os cidadãos à fruição e criação cultural, em colaboração com os órgãos de comunicação social, as associações e fundações de fins culturais, as coletividades de cultura e recreio, as associações de defesa do património cultural, as organizações de moradores e outros agentes culturais.
Neste simples exemplo, esta associação foi assaltada através de muitas dezenas de ilegalidades e ocupada ilegalmente por " Senhores e Senhoras". Tudo “gente” de bons recursos económicos. Gente com boas moradias, propriedades, bons carros e casa de “praia! Onde estão os mais necessitados? Esses tiveram de pagar quotizações mais caras e a mesma mensalidade, nas actividades culturais disponíveis! Uma certa monitora, que fechou a sua casa comercial, foi “comprada” (não podia ser sócia) e hoje os alunos têm de cobrir em dinheiro, aquilo que essa monitora pede por uma aula semanal! Se houver menos alunos terão de pagar mais. É o Estado que está a cobrir estas situações injustas! Claro, com subsídios que se destinavam a outras finalidades sociais, dentro da cultura. As senhoras de “boas famílias” aproveitam tais subsídios para pagarem menos do que pagariam em casas comerciais dedicadas à cultura. Esta associação não paga impostos, mas faz concorrência às casas comerciais do género, que os pagam! Os pobres que não têm casa de praia, nem emprego, estão impedidos da fruição da cultura como determina a nossa “CONSTITUIÇÃO”! Milhares de coisas como esta, terão de mudar, para que haja uma vida social mais justa para todos. E também, UM REGRESSO À VIDA LOCAL, com menos carros e ar mais puro!
"O ASSOCIATIVISMO COMO ALTERNATIVA DE
DESENVOLVIMENTO LOCAL E SUSTENTABILIDADE SOCIAL
João Carlos Leonello
1
Profª Dra Claudia Maria Daher Cosac
2
INTRODUÇÃO
A busca de ações que vislumbrem concretizar interesses comuns capazes de promover o desenvolvimento social através de práticas associativas vem se perpetuando ao longo dos tempos. Por isso, a compreensão do processo de transformação e consolidação das bases locais inscritas pelo associativismo como um conjunto de iniciativas para o enfrentamento das diferenças e para a promoção do desenvolvimento local, só é possível por meio de argumentações críticas sobre o significado e conceitos que retratam o tema.
A ideia de associar interesses comuns a partir de iniciativas de cooperação é bastante antiga, porém, somente a partir de 1990 é que as discussões ganharam consistência através da perspetival do desenvolvimento local e social sob nova conceções e ideias as quais emergiram da conceção de sustentabilidade. Ou seja, o conceito tradicional de desenvolvimento deu lugar ao conceito de desenvolvimento local, associado aos adjetivos
“Integrado e Sustentável”. Os fatores responsáveis por esta mudança de paradigma são múltiplos e estão situados tanto no contexto nacional como no internacional, abrangendo variáveis económicas, culturais, políticas, sociais e ambientais.
Presente neste contexto encontra-se o associativismo, constituindo-se em exigência histórica para melhorar a qualidade da existência humana, ou seja, para melhorar as condições de vida dos indivíduos de um determinado local, pois faz com que a troca de experiências e a convivência entre as pessoas se constituam em oportunidade de crescimento e desenvolvimento."
(Nunca na premissa de atividades ilegais como pano de fundo!)
Por último, atrevo-me a perguntar que peso tem a nossa Sociedade Civil hoje ? Não consigo descortinar nenhum, para além de meter o voto na urna. Gratuitamente!
Ou seja, sem qualquer proveito nem consciência.
Os cidadãos e a sociedade civil estão esmagados pelas estruturas que lhes são impostas por aqueles em quem eles votaram !
Chamam a isto democracia ? Defendo a Democracia Representativa, mas .....
Naturalmente que ainda é cedo para a dita Democracia Participativa, ela nestes tempos, mais não seria que um sonho eternamente adiado.
Portugal tem pressa. Há largos passos a dar neste sentido.
Por enquanto a sociedade civil e cada um dos cidadãos, encarcerados na “caverna”, só vêem sombras da realidade. Mas têm um sentir ! Por cansaço, desânimo e algum comodismo, parecem adormecidos.
Que o povo tenha os seus representantes e os eleja com convicção é indispensável, mas é muito pouco. Tais representantes têm de sê–lo mesmo. Os Partidos têm de mudar radicalmente. Não podem legislar a sua própria existência, desviarem-se da democracia e dela desviarem o país, sem que ninguém tenha poder para corrigir tais desvios.
É preciso inventar qualquer “Entidade Reguladora” para controlar a verticalidade e os procedimentos praticados dentro dos partidos! Com gente acima de qualquer suspeita.
É fundamental que os eleitos saibam e posam erguer uma Sociedade Civil organizada de forma a que os cidadãos no seu dia a dia possam dizer, através das várias opções que tomam, o que querem e o que não querem . Se não puderem escolher, por inexistência de opção, não são livres.
Se não forem livres, ninguém tem o direito de lhes pedir seja o que for.
O seu subconsciente, por instinto de defesa, atira-os para a apatia. Comodamente deixam andar, mas não acreditam em nada. Aparentemente estão adormecidos. Os apelos passam-lhes ao lado. A nação vai definhando. O «Homem Novo» nunca virá, porque é um ser contranatura. Temos que viver com aquele que existe, que está a dar continuidade aos seus avós e outros antepassados.
O Homem de sempre vai resistindo a tudo, até à perda daquilo que mais sagrado existe para ele: Os valores e a família.
“É na área do comportamento que se trava a batalha mais importante do desenvolvimento. Sem as virtudes do civismo, o homem não é capaz de viver de bem consigo, de conviver respeitosamente com os outros e de se integrar na comunidade de trabalho. Por mais que preguem os paladinos da liberdade absoluta, sempre será preferível ver as crianças rodeadas de educadores , a vê-las mais tarde rodeadas de polícias . Um condenado à morte dizia no momento fatal: «Nunca tive ninguém que me dissesse “ não faças isso!“ .
Como prova de que não estamos no bom caminho, basta atentar no seguinte:
São várias as etapas da desresponsabilização, decorrendo a primeira do apregoado direito de cada pessoa fazer o que quiser. É, assim, normal as pessoas embriagarem-se, drogarem-se, prostituírem-se, etc, etc., e ninguém ter nada a ver com isso. Não há satisfação a dar à família, à comunidade, nem aos poderes constituídos.
Temos depois, como segunda etapa , o direito à comiseração geral.
Os que se embrenham em qualquer marginalidade, diz-se, têm direito à compreensão e à tolerância da colectividade. E os apóstolos desta compreensão insurgem-se contra aqueles que ousam censurar os marginais, mas não se abeiram deles a cuidar das suas «feridas», antes se perdem a proclamar que tais situações são fruto das desigualdades sociais, fazendo disso bandeira nas suas disputas ideológicas, perante o silêncio de grande parte da comunidade .
Surge, a seguir, o direito à solidariedade. Exige-se que o Estado e as instituições da área social cuidem destas pessoas. E pondo-se de lado o tratamento das causas, passa-se a tratar, quando muito e se é possível, dos efeitos. É que tratar das causas prende-se com os valores da dignidade humana e isso é coisa proibida nas sociedades onde se cultiva o direito de cada um fazer o que quiser.
Esta é a terceira etapa da desresponsabilização e porventura aquela que entroniza a marginalidade na vivência da comunidade. Acresce, por fim, imagine-se! A subtileza de os infelizes ainda terem direito ao apoio de muitos que se opõem àqueles que são pela sua responsabilização . Coitados, eles marginalizaram-se por culpa de todos os outros e não por culpa deles! E não é adequado complexar os infelizes!
Esta é a etapa da consolidação da desresponsabilização. E lá vamos assim a caminho da desresponsabilização geral.
Quem é que não reparou já na desresponsabilização de altos responsáveis da governação e administração do país?
Esses senhores fazem, nos seus postos de trabalho, o que querem, como querem, e nunca são responsabilizados. Não são demitidos, mas apenas deslocados para outros cargos. E se são governantes, aguarde-se por novas eleições para passarem a deputados. Quem é que os não vê nas bancadas da Assembleia da República?! “
Expresso 15-06-02
“ Sem se perceber bem a origem do mal, o país afunda-se a pouco e pouco num atoleiro. Os sinais são inúmeros e vêm de toda a parte: do universo do futebol, do mundo da política, da relação dos portugueses com a televisão.A mediocridade banalizou-se, tornou-se normal. O mau gosto alastra. A honra das pessoas perdeu valor. (...) Devo dizer, com toda a sinceridade, que não vejo maneira de mudar este estado de coisas.Não sinto que haja energia suficientes para inverter a situação. Há uma espécie de anomia, de conformismo, que puxa o país para baixo.
Perderam-se as referências. Já não se identifica a mediocridade, o mau e o bom gosto misturam-se, confunde-se a esperteza com a falta de carácter, a ambição com o oportunismo. Portugal afunda-se num charco. A salvação já não é colectiva: é individual.”
Expresso 21 Set. 2002
Os pelouros de urbanismo nas câmaras municipais deveriam planear o território e autorizar apenas construções que respeitassem os planos. Mas, na prática, isto nunca acontece. Como os vereadores de urbanismo estão subjugados aos promotores imobiliários que dominam os partidos, estes ‘patos bravos’ compram por tuta e meia terrenos agrícolas e, através de um despacho administrativo obtido na câmara, transformam-nos em urbanizáveis.
Com esta simples operação, esquecem o interesse do povo, multiplicam o investimento dez e mais vezes e garantem lucros obscenos, apenas equivalentes aos do tráfico de droga. O rendimento fica desde logo assegurado. Porque, das três, uma. Ou constroem, vendem apartamentos a preços inflacionados e ganham fortunas. Ou acabam por vender caro ao Estado, porque sobre o terreno, hipervalorizado, vai edificar-se um qualquer equipamento público. Assim foi com as Scut, cujo custo resultou em metade das expropriações de terrenos. Há ainda uma terceira forma de garantir o lucro. Consiste em obter financiamento junto da Banca para os empreendimentos que os promotores… não vão construir. Com a cumplicidade de um administrador corrupto, devidamente colocado em bancos de práticas mafiosas como o BPN, o banco financia todo o valor do projecto, mas recebe como garantia apenas o terreno original… um campo de couves. Estas práticas reiteradas levaram a que, nas últimas duas décadas, tenha inchado uma bolha imobiliária gigantesca. Esta resulta da disparidade de valores entre o que os bancos financiaram e o real preço das casas. Sendo que este, em muitos casos, é perto de zero, pois as casas nem construídas foram. As imparidades da Banca portuguesa resultam da falta de garantias dos empréstimos, sendo que cerca de setenta por cento da dívida privada nacional resulta de operações de especulação imobiliária. No início da crise, em 2008, o crédito imobiliário representava já 168,7 mil milhões de euros. O Estado português vai agora endividar-nos a todos para pagar os prejuízos dos bancos, que resultam maioritariamente do tráfico de solos levado a cabo por essas tríades constituída por promotores imobiliários, vereadores de urbanismo e banqueiros.
Publicada por Helena Sacadura Cabra
Ele chegará acompanhado, mas chegará em breve!
É desta grande vontade nascida de uma opinião pública, antecipadamente esclarecida e criada num maior respeito pela imparcialidade e verdade, escrupulosas, que deve nascer e nasce mesmo, um “PODER” indestrutível.
O poder da razão, da verdade e do serviço à sociedade.
De mãos dadas com este Poder, terão de andar códigos de honra aceites por toda a gente, tais como, total transparência e entrega.A “FAMÍLIA” deverá estar sempre consagrada como a instituição mais sagrada da sociedade. Qualquer “sociedade civil” não pode prescindir de um Conselho Nacional da Família”, eleito de forma inquestionável. Assim, todas as famílias participarão de forma indirecta, das tomadas de decisão políticas, porque todas essas decisões com carácter genérico, serão submetidas a tal Conselho Nacional.
Seguem-se-lhe os “IDOSOS” e as “CRIANÇAS”.
A sociedade obriga-se a acompanhar os idosos (mais de 65 anos), até ao fim da sua vida, garantindo-lhe toda a dignidade. Ninguém é obrigado a reformar-se, salvo se disso fizer petição. Se o não fizer, poderá optar por várias prestações de serviço público local, à sua escolha. Ao seu dispor, haverá um elenco de tarefas de reputado interesse social. Estar ocupado faz parte da sua dignidade de vida. Também o Conselho Nacional de Idosos se pronunciará sobre todas as decisões genéricas tomadas politicamente neste domínio.O banco do jardim como objetivo diário, não favorece um envelhecimento condigno e humano.
Às crianças será garantida, toda a protecção e cuidados educativos. Os legítimos interesses das crianças, serão defendidos por um “Conselho Nacional de Pais”, que devem dar pareceres sobre as tomadas de decisões genéricas e políticas que forem tomadas no país.
Ninguém será descriminado por pertencer a franjas da sociedade com hábitos intrínsecos, mas fora dos procedimentos comuns. Contudo, quaisquer medidas ditas”fracturantes” têm de ser tomadas sem agressão às maiorias. A constituição garante absoluto respeito por todo o ser “individual”, mas tem de privilegiar o interesse colectivo.
" O PREÇO A PAGAR PELA TUA NÃO PARTICIPAÇÃO POLÍTICA É SERES GOVERNADO POR QUEM É INFERIOR."
Platão ( C. 428 - 347 a.C.)
Depois da renovação dos conceitos e valores perdidos, ou feitos desaparecer, a “Sociedade Civil” desabrochou. Acabou por perceber, que tem liberdade de escolher entre quem a serve melhor e mais barato. Acabou por entender que uma boa parte do “Poder”, lhe pertence por direito próprio. Como por encanto, desapareceram as lutas que se levantavam sem esta nova forma de fazer política. Manifestações de rua, greves, boicotes, paralisações, etc. Caíram no esquecimento. Não faziam sentido. Como diriam os antigos donos do Estado, aquilo era servir o capital. Sempre o velho papão!
Diziam isto, todos aqueles que geriam o dinheiro do povo de forma incompetente e irresponsável.
Diziam isto, todos aqueles que queriam representar o povo, sem sequer o ouvir.
Afinal, somente representavam mesquinhas ideologias, muito afastadas do verdadeiro povo. E muitos interesses obscuros!
Por último, que se faça a pergunta: que peso tinha a Sociedade Civil, daqueles tempos que levaram ao caos? Não é possível descortinar nenhum, para além de meterem o voto na urna e votarem num candidato “amestrado”. Gratuitamente! Ou seja, sem qualquer proveito, nem consciência política.
Os cidadãos e a sociedade civil estavam esmagados pelas estruturas que lhes eram impostas, por aqueles em quem eles votaram!
Chamavam a isto, democracia? Hoje, temos de ter ainda, a consciência de que é prematuro querer uma democracia, totalmente participativa. Mas tornou-se necessário equilibrar os pratos da balança. Tornou-se necessários fazer aproximações mais que justas e realistas nesse sentido. Naturalmente que ainda é cedo para a dita Democracia Participativa. Mas ir indo ao seu encontro, não faz mal a ninguém. Não podemos adiar este sonho eternamente adiado.
O mundo tem pressa. Há largos passos a dar neste sentido.
Que o povo tenha os seus representantes e os eleja com convicção é indispensável, mas é muito pouco. E, tais representantes têm mesmo que sê-lo.
Os Partidos tiveram de mudar. Não podiam legislar a sua própria existência, desviarem-se da democracia e dela desviarem o país, sem que ninguém tivesse poder de corrigir tais desvios. Era preciso inventar qualquer “Entidade Reguladora”, ou princípios morais, para controlarem os procedimentos praticados dentro dos partidos! Também, com gente acima de qualquer suspeita.
Era fundamental que os eleitos soubessem e pudessem erguer uma Sociedade Civil, organizada para que os cidadãos, no seu dia-a-dia, pudessem dizer o que queriam, e o que não queriam. Como não podiam escolher, por inexistência de verdadeiras opções, então, não eram livres.
Não sendo livres, ninguém tinha o direito de lhes pedir fosse o que fosse.
Desta forma, o seu subconsciente, por instinto de defesa, atirava-os para a apatia. Comodamente deixavam andar, mas não acreditavam em nada. Aparentemente estavam adormecidos. Os apelos passavam-lhes ao lado. As nações e o mundo iam definhando.
O «Homem Novo» das ideologias socialistas nunca virá, porque é um ser contranatura. Temos que viver com aquele “Homem” que existe, que está a dar continuidade aos seus avós e outros antepassados. O Homem de sempre, foi resistindo a tudo, até à perda daquilo que mais sagrado existia para ele:
Os valores e a família.
Tudo isto não é pessimismo, é ir ao fundo do poço e sem essa viagem, as coisas não se alteravam. Foi o povo mais desprotegido, que se habituou a resistir e a desconfiar de um Estado professoral e intrometido.
De facto e como se pode ver o mundo subsistiu. Felizmente, também subsistiram aqueles que pagaram o esbanjamento dos políticos incompetentes. A sua incompetência e os custos materiais e morais da corrupção! É este o povo autêntico. É este povo anónimo que os políticos deviam ter sabido saber ouvir, entender e respeitar. A razão e a verdade estão com ele. Mas foi sobre ele, que o travão da despesa pública, arrasou o poder de compra das famílias! E a derrapagem das contas públicas lá foi, de despiste em despiste, até ao desastre que o mundo sofreu. Os exemplos da possibilidade de entrega das decisões à “Sociedade Civil” podiam-se desdobrar até à exaustão. Com o seu aumento viria a confiança dessa “Sociedade Civil”. Mas o poder autocrático, disfarçado de democrata, sempre se recusou a vê-los.
Se tivesse visto, e mudado o rumo das coisas, viria a auto-estima das populações, e com ela, viria também um enorme capital social. Viria a inovação. Até viria a produtividade necessária à economia. Os valores desaparecidos no gigantismo das instituições públicas e de um Estado irrealista e esbanjador, ressurgiriam indubitavelmente também, tanto a nível dos serviços prestados, como no desempenho de cada cidadão servidor da comunidade. Estaríamos, como viemos a estar, de regresso aos verdadeiros valores e ao mérito reconhecido, com a possibilidade constante do seu aproveitamento a favor do crescimento económico e do bem-estar das populações.
ECONOMIA SOCIAL
“Relevante é também dar uma ideia da importância da economia social no conjunto das empresas europeias apesar da ausência de dados estatísticos precisos. Com efeito, a economia social representa cerca de 10% do total das empresas europeias, ou seja, 2 milhões de empresas, na sua maioria pequenas ou microempresas, empregando mais de 11 milhões de pessoas, o que equivale a 6,7% da população activa da EU (emprego directo). Além disso, associam uma parte muito significativa da sociedade civil, já que se calcula que mais de 25% dos cidadãos da UE têm a ver com este sector na qualidade de produtores, aforradores, inquilinos, segurados, estudantes, trabalhadores voluntários, etc.”
www.europarl.europa.eu/sides/getDoc.do?pubRef=-//EP//...
Vila Nova de Gaia, 05 maio (Lusa) - Os investimentos que estão a ser feitos na área social vão gerar cinco mil novos postos de trabalho até ao final de 2013, estimou hoje o secretário de Estado da Solidariedade e da Segurança Social, Marco António Costa. "O conjunto de investimentos que estão a ser feitos na área social gerarão mais de cinco mil postos de trabalho e chegarão a mais de 50 mil pessoas", disse o governante, acrescentando que "muitos desses investimentos já se estão a concretizar e muitos concretizar-se-ão até ao final do próximo ano”. Falando em Pedroso, Gaia, onde presidiu à inauguração da creche do Centro Social e Paroquial de S. Pedro, Marco António Costa sublinhou o "duplo papel" do setor social, por um lado, no apoio aos cidadãos e, por outro, na criação de emprego."Em muitos pontos do país, a rede social e solidária é a maior empregadora dos municípios e é um dos fatores mais importantes da dinamização das economias locais", destacou.O secretário de estado assinalou também que estes projetos "não se deslocalizam com a globalização, não abandonam as populações".Marco António Costa citou um estudo da Fundação Millennium BCP e da Confederação Nacional de Instituições de Solidariedade, segundo o qual o setor social movimenta anualmente mais de cinco mil milhões de euros, dos quais só 1,2 mil milhões correspondem a comparticipações estatais.Também presente na inauguração do equipamento social, o bispo do Porto, Manuel Clemente, defendeu uma mobilização de todos, poderes instituídos e sociedade, no sentido de se gerarem mais empregos em Portugal. Neste aspeto, assinalou, "há uma sociedade a reconstruir".
JGJ.
Lusa/fim
O significado dos chapéus encarnados permaneceu desconhecido durante anos. Dois investigadores britânicos avançam com as respostas.
O significado das estátuas da ilha da Páscoa, no oceano Pacífico, com os seus chapéus encarnados, tem sido um desafio para exploradores, antropólogos e arqueólogos ao longo dos anos. Contudo, uma equipa de investigadores britânicos acredita ter descoberto a chave do enigma.
Colin Richards, da Universidade de Manchester, e Sue Hamilton, da Universidade College London, descobriram na ilha uma estrada que serviria para transportar as rochas encarnadas vulcânicas desde a sua origem até um local, nunca antes estudado, onde a rocha era trabalhada, conta o The International Independent. Aí, encontraram um machado, que terá sido deixado como forma de oferenda, o que para os investigadores, explica o carácter sagrado das estátuas.
Os chapéus das cabeças monolíticas eram um símbolo de prestígio. Na realidade, tratam-se de nós no topo da cabeça usados pela elite dos chefes nativos que se envolviam em lutas de poder. A construção das estátuas reflectia essa competição social, que se reflectia na construção de estátuas cada vez mais altas. Os investigadores julgam que os primeiros chapéus terão sido construídos no ano de 1200 ou 1300, altura em que terá havido um aumento do tamanho das estátuas na ilha da Páscoa.
CHEGA A SER CÁUSTICO ouvir diariamente figuras gradas do partido socialista, que vivem pendurados da política uma vida inteira e nada percebem daquilo que é um PAÍS e como ele existe dependente da sua economia e da "sociedade civil". Tudo o resto que é muito, ensino, saúde, transportes etc. só podem ser uma consequência dessa mesma economia e da forma como ela for competitiva e produtiva! Mas isto não tem muito a ver com crescimento abstracto! Esse, conduz a uma maior necessidade de consumir energia (gás, petróleo) e matérias primas, que custam fortunas e o país foi deixado de rastos! A saída tem de passar por um crescimento lento e uma economia sustentável ou então por uma política de baixos salário! A pesada herança fascista foi esbanjada sem honra nem proveito e por quem?
"O saneamento das finanças públicas terá um resultado socialmente insuportável se não for acompanhado de recuperação económica e de criação de emprego". Esse empurrão tem de vir de Bruxelas, com fundos, e do BCE, com juros mais baixos.
Nota: Salvo opinião mais credível, actualmente, a palavra crescimento parece ser a panaceia para todos os males. Como simples mortal pensante, não posso dispensar a minha própria opinião, salvo em presença de provas iniludíveis de realizações concretas, no campo económico, no nosso país. Em boa verdade isso não tem acontecido em Portugal nos últimos 15 a 25 anos. Houve quem promovesse o "consumo desenfreado" na procura do "crescimento". Tal não resultou e só conseguimos com isso aumentar o défice das contas públicas e da nosa dívida externa! A partir daí, passámos a correr atrás do défice e ele a fugir de nós! Nunca corrigimos o dito "défice", nem nunca promovemos a nossa produção interna! A dívida externa foi disparando!
As coisas mais insignificantes à venda vinham do estrangeiro, eram importadas! A situação foi-se agravando e a nossa economia cada vez foi produzindo menos bens transaccionáveis e mais "obras públicas" (país da Europa com mais auto-estradas por Km2). O anterior governo atingiu o cúmulo nesta matéria com as absurdas "parcerias público privadas"!
A nível internacional assistimos ao despontar dos países emergentes, baseados em longas jornadas de trabalho diário e mão de obra barata. Como se isso não chegasse, o mundo concedeu à China condições ímpares de actuação no mercado mundial.Fronteiras abertas, concorrência desleal para com o comércio nacional e venda única de produtos "made in China", com retorno dos proventos à sua origem, sem valor acrescentado para os países hospitaleiros! Nem em mão de obra, sequer!
É aqui que cabe perguntar, porque não se aprofunda a União Europeia no sentido de dispensar idêntico tratamento aos países em grandes dificuldades? Portugal e Grécia! Sabe-se que a falência destes pode arrastar a falência da própria União Europeia e o fim do sonho Europa Unida!
O reequilíbrio da UE e dos países em dificuldades, passa por importar menos e exportar mais e tombem por as suas populações sentirem na própria pele os erros daqueles que elegem. Passa por importar menos e consumir mais produtos nacionais! Nunca passará por soluções unicamente financeiras!
Ainda assim, temos estado a falar dentro de uma visão meramente de "curto prazo". Pois, pensando em médio / longo prazo as soluções terão forçosamente de ser outras. Não esquecer que o crescimento arrasta em si mais consumo de bens em risco de exaustão (petróleo, água, metais, etc.) e seria muito melhor apontar "baterias" para termos que viver com crescimento e défice tipo "zero". E começarmos a pensar em ajustar comportamentos sociais para uma nova economia sustentável. Também para novos conceitos de emprego mais moldáveis a estas novas realidades que em breve surgirão no domínio do trabalho.
O Dever da Verdade: o Fim da Grande Ilusão? O último livro de Henrique Medina Carreira e Ricardo Costa, O Dever da Verdade – Que país somos, em que Estado estamos e para onde caminhamos?, da editora Dom Quixote. Henrique Medina Carreira é um conhecido especialista em assuntos fiscais e analista da economia portuguesa, em particular nas matérias referentes às contas públicas. Durante a sua já longa vida pública tem ocupado diversos cargos de destaque, tendo ocupado entre outros o lugar de Ministro das Finanças e subsecretário de Estado do Orçamento. Para além da intervenção política directa, Henrique Medina Carreira foi Professor do ensino superior e tem várias publicações, incluindo o capítulo “O Estado e a Segurança Social” no importante estudo dirigido por António Barreto “A situação social em Portugal”, publicado nos finais da década de 90. Foi também autor de um Livro Branco sobre a Segurança Social, elaborado a pedido do Engenheiro António Guterres, mas cujas conclusões e medidas aí identificadas nunca viram a luz do dia. O Professor Medina Carreira é também conhecido em alguns meios pelo nome de Cassandra, a personagem da tragédia grega. Cassandra, filha do rei de Tróia e profetiza, recusou-se a dormir com o Deus Apolo e, por isso, foi amaldiçoada. A maldição fez com que ninguém acreditasse mais nas palavras de Cassandra e o anúncio de desgraças e catástrofes passou a ser entendido como um sinal de demência. O resultado de deixarem de acreditar nas profecias de Cassandra foi a queda de Tróia. Acho que quem chamou Cassandra ao Professor Medina Carreira se esqueceu desta parte desta história e só se lembrou do capítulo do anúncio das desgraças. Duas boas razões para ler o novo livro de Medina Carreira e Ricardo Costa. Em primeiro lugar, qualquer pessoa que conheça a realidade da economia e sociedade portuguesas é obrigado a concordar com a maioria das análises apresentadas neste livro de Medina Carreira. As suas análises têm sido catalogadas de pessimistas. Eu prefiro chamar-lhe lúcidas. No entanto, os políticos portugueses e uma parte significativa da sociedade portuguesa continuam, apesar de tudo e pelo menos na aparência, a manter um optimismo e uma confiança como se estes pudessem estar desligados da realidade. Em segundo lugar, vale a pena ler o livro O Dever da Verdade pela coragem da análise. Nunca é fácil ir contra a corrente. Mas em Portugal, um país que lida muito mal com a crítica, que não gosta de discutir, é ainda mais difícil e, por isso, é preciso ter ainda mais coragem para ser impopular. No entanto, é preciso dizê-lo, o livro é um sucesso de vendas. Quais são então as desgraças que o Professor Medina Carreira anuncia à República de Portugal? Em primeiro lugar, a da insustentabilidade das contas públicas portuguesas. O peso crescente das despesas sociais no Orçamento de Estado não é sustentável numa economia estagnada. A análise da sustentabilidade das contas públicas é feita a partir de uma análise dos dados. A conclusão dessa análise é que os portugueses, como muitos outros europeus, serão obrigados a rever as suas expectativas em relação às prestações, salários, reformas ou outras, que irão receber do Estado. Em segundo lugar, que a Europa é um espaço económico que tem apresentado algumas dificuldades de ajustamento face às novas exigências impostas pelo acelerado processo de globalização. A concorrência internacional e as dificuldades que daí têm resultado, têm exposto as debilidades da economia europeia, em geral, e com particular acuidade as fragilidades da economia portuguesa. O sistema de ensino, da justiça e a organização política não têm dotado Portugal dos instrumentos necessários para competir no novo contexto internacional, daí resultando a estagnação económica em que vivemos desde 2000. Em terceiro lugar, no actual contexto, o Estado perdeu os seus principais instrumentos de política económica. Aqui Medina Carreira, embora chame a atenção para a necessidade de encontrar formas alternativas de ‘dar a volta’, parece revelar alguma nostalgia em relação ao Estado Providência. O meu principal ponto de discordância em relação à análise de Medina Carreira talvez seja apenas em relação ao papel da sociedade civil. Primeiro, acho que não está inocente nisto tudo (ver página 120). Segundo, acho que é ela que vai dar a volta. As gerações como a minha que cresceram com o país a progredir não vão aceitar a revisão em baixa das suas expectativas. É fundamental, no entanto, para atingir esse objectivo dizer aos portugueses, como Medina carreira faz neste livro, que pelo caminho que temos seguido não vamos lá. O cumprimento das expectativas de mais progresso para Portugal só serão possíveis com mais trabalho e ambição dos portugueses. |
Artista | Edvard Munch |
Ano | 1893 |
Tipo | Óleo sobre tela, Têmpera e Pastel sobre cartão |
Localização | Galeria Nacional, Oslo |
O Grito (no original Skrik) é uma pintura do norueguês Edvard Munch, datada de 1893. A obra representa uma figura andrógina num momento de profunda angústia e desespero existencial. O pano de fundo é a doca de Oslofjord (em Oslo) ao pôr-do-Sol. O Grito é considerado como uma das obras mais importantes do movimento expressionista e adquiriu um estatuto de ícone cultural, a par da Mona Lisa de Leonardo da Vinci. Em 2012 tornou-se a pintura mais cara da história a ser vendida num leilão.[1]
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