Sábado, 31 de Dezembro de 2011
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
O Ano-Novo ou réveillon é um evento que acontece quando uma cultura celebra o fim de um ano e o começo do próximo. Todas as culturas que têm calendários anuais celebram o "Ano-Novo". A celebração do evento é também chamada réveillon, termo oriundo do verbo francês réveiller, que em português significa "despertar".
A comemoração ocidental tem origem num decreto do governador romano Júlio César, que fixou o 1 de janeiro como o Dia do Ano-Novo em 46 a.C. Os romanos dedicavam esse dia a Jano, o deus dos portões. O mês de Janeiro, deriva do nome de Jano, que tinha duas faces (bifronte) - uma voltada para frente (visualizando o futuro) e a outra para trás (visualizando o passado).
Terça-feira, 20 de Dezembro de 2011
NA SUA TERRA? MELHOR SERÁ SER VENDEDOR DE "LOAS"
A alternativa externa
Se Passos Coelho fosse um vendedor de carros em segunda mão, ao tentar vender um utilitário com 200 mil quilómetros alertaria para o desgaste do veículo e para os custos da manutenção. Um estilo diferente do seu antecessor em São Bento, que diria que o veículo era uma peça de colecção e até o venderia mais caro do que um novo da mesma marca.
Por:Armando Esteves Pereira, Director-Adjunto
As declarações ao CM sobre os professores levaram a uma onda de críticas injustificadas. Passos respondeu a uma pergunta sobre Angola precisar de 15 mil docentes. Confirmou contactos com José Eduardo dos Santos e adiantou que Dilma também falou da necessidade
Segunda-feira, 19 de Dezembro de 2011
AS
AS VERDADES DOEM!!!
Portugal têm sido desde o século XV um país de emigrantes, facto que acabou por condicionar toda a sua história. Nos século XV e XVI a emigração dirigiu-se sobretudo para as costas do norte de África (Marrocos), ilhas atlânticas (Açores, Madeira, São Tomé, Cabo Verde, Canárias) e depois da descoberta do caminho marítimo para a Indía (1498) espalha-se pelo Oriente, mantendo-se muito activa até finais do século XVIII.
Em meados do século XVI aumenta a emigração para o Brasil, o qual acaba por se tornar no século XVII no principal destino dos portugueses, o que se manterá sem grandes oscilações até finais dos anos 50 do século XX.
Em finais do século XIX os portugueses começam a procurar activamente novos destinos alternativos ao Brasil, quer na Europa, quer no outro lado do Atlântico. Ao longo do século XX, fora da Europa, espalham-se pelos EUA, Argentina, Venezuela, Canadá, Austrália, etc. O fluxo emigratório para África aumenta, em especial para Angola, Moçambique e outras regiões da África Austral como a África do Sul, Zimbabwe ou o Congo.
A grande debandada do país, ocorre todavia a partir de finais dos anos 50, e dirige-se agora para a Europa: França, Alemanha, Bélgica, Holanda, Luxemburgo, Suíça, etc. O impacto deste surto emigratório será tão forte que abala toda a sociedade portuguesa. Em menos de dez anos, imigram para a França, por exemplo, mais de um milhão portugueses.
A emigração portuguesa, apesar de todos os entraves continuou até aos nossos dias, embora numa dimensão mais modesta, assumindo agora um carácter temporário, e cada vez mais ligada a investimentos económicos, realização de estudos, actividades profissionais, tradição, etc
Ao receber tença tardia, Cabral teme pelos índios do Brasil.
Campos de Santarém, à beira-Tejo, dos lados da ribeira dois cavaleiros avançam sobre Pedro Álvares Cabral. Um deles é seu vassalo, reconhece-o. O outro, pelo trajar, será escudeiro d’el-rei D. Manuel I. Apeiam-se, saúdam. Cabral responde com gentileza. El-rei manda-lhe recado, que vá ao Paço. É homem esquecido há muito pela Corte. Qual o motivo de tal convite?
Assopra o escudeiro que El-rei pretenderá atribuir-lhe tença anual.
Tença? Agora, em 1515, quando os seus feitos datam de 1500? Passados quinze anos, por que se lembra hoje El-rei de si?
Mais vale tarde do que nunca, diz-lhe o escudeiro. Será prémio pela sua descoberta da Terra de Vera Cruz. Martim Afonso de Sousa, da capitania de S. Vicente, escreveu carta a El-rei louvando a muita riqueza que nela parece haver.
Pedro Álvares Cabral despede-os, vão-se. Prefere ficar sozinho a remoer.
A muita riqueza que nela parece haver... Cobiça, é só cobiça... E quando dessa terra houverem novas, cobiçosas hão-de ser outras nações. Mas nem a portuguesa, nem as outras, irão atentar na sua riqueza-mor, qual seja a inocência do povo que ali vive em estado natural. De inocência deslumbrada, como poderia ele desenlear-se depois das malícias do Samorim?
Perdeu 6 das 13 naves. El-rei não gostou. Mas quando, dos seus navios, muita especiaria despejou para os armazéns da Ribeira, logo El-rei olvidou o desastre de Cabral. Ganância, é só ganância...
Em 1502 El-rei organizou terceira expedição à Índia. Chegou mesmo a convidá-lo mas exigiu que outrem consigo partilhasse o comando da armada. Era ofuscar a sua estrela, foi grande afronta. Recusou, retirou-se, foi esquecido. E agora outra vez El-rei se lembra de si. E agora outra vez se lembra ele de tudo quanto passou, a viagem ao Paraíso, a viagem ao Inferno.
Tença real? Seja então! Mas já teme que Martim Afonso de Sousa, ou outros por ele, tentem levar ao cativeiro o povo de cuja inocência é ele cativo.
Requiem - Em 1518 Pedro Álvares Cabral recebe segunda tença pela sua descoberta da Terra de Vera Cruz que muito proveito está dando à Coroa. Morrerá talvez em 1520. Será sepultado em Santarém, dentro da Igreja da Graça. Campa rasa.
Para prosseguir nos descobrimentos era necessária uma revisão completa da ciência da navegação. O processo antigo da navegação de cabotagem, realizada próximo à costa e orientando-se pelos pontos de referência ao longo dela, fora adequado às viagens num mar interior como o Mediterrâneo. As viagens costeiras do Atlântico eram impraticáveis devido aos ventos e às correntes. Os pilotos de D. Henrique precisavam aprender a internar-se num mar imenso, dias e semanas seguidos, sem se deixarem perder entre o céu e o mar.
A resposta a esse problema estava escrita nos céus. Os navegantes precisavam aprender a determinar a posição da sua “casca de noz” no espaço marítimo. A bússola, o astrolábio e o quadrante já eram conhecidos. D. Henrique, com os matemáticos e astrónomos reunidos à sua volta, estudou como esses instrumentos poderiam ser aperfeiçoados, simplificados e adaptados à navegação marítima.
Muito se tem dito e escrito a respeito da Escola de Pilotos de Sagres. A verdade é que D. Henrique não fundou uma escola regular, mas a sua corte parecia um congresso de técnicos em sessão permanente. O Infante, enquanto viveu, juntou homens de ciências à sua roda e nunca lhe foi difícil atraí-los. Ele trabalhava até altas horas com uma companhia cosmopolita de físicos e de cosmógrafos. Um dos seus principais colaboradores foi o célebre Jaime de Maiorca, judeu convertido ao catolicismo.
Ele reuniu no promontório de Sagres, na parte mais ocidental de Portugal, “lá onde acaba a terra e começa o mar” (Camões, Os Lusíadas, 54), os maiores especialistas em navegação, cartografia, astronomia, geografia e construção naval.
O Caminho
Caminho percorrido pela expedição (a preto). Nesta figura também se pode ver, para comparação, o caminho percorrido por Pêro da Covilhã (a laranja) separado de Afonso de Paiva (a azul) depois da longa viagem juntos (a verde).
Trajecto seguido por Vasco da Gama na primeira viagem à Índia. A verde é indicado o percurso feito, em conjunto, por Pêro da Covilhã e Afonso de Paiva, no cumprimento da missão que lhes foi confiada por D. João II em 1487.
Iniciava-se, assim, a expedição a 8 de Julho de 1497. A linha de navegação de Lisboa a Cabo Verde foi a habitual e no Oceano Índico é descrita por Álvaro Velho: «rota costeira até Melinde e travessia directa deste porto até Calecute». Durante esta expedição foram determinadas latitudes através da observação solar, como refere João de Barros.
Relatam os Diários de Bordo das naus muitas experiências inéditas. Encontrou esta ansiosa tripulação rica fauna e flora. Fizeram contacto perto de Santa Helena com tribos que comiam lobos-marinhos, baleias, carne de gazelas e raízes de ervas; andavam cobertos com peles e as suas armas eram simples lanças de madeira de zambujo e cornos de animais; viram tribos que tocavam flautas rústicas de forma coordenada, o que era surpreendente perante a visão dos negros pelos europeus. Ao mesmo tempo que o escorbuto se instalava na tripulação, cruzavam-se em Moçambique com palmeiras que davam cocos.
Apesar das adversidades de uma viagem desta escala, a tripulação mantinha a curiosidade e o ânimo em conseguir a proeza e conviver com os povos. Para isso reuniam forças até para assaltar navios em busca de pilotos. Com os prisioneiros, podia o capitão-mor fazer trocas, ou colocá-los a trabalhar na faina; ao rei de Mombaça pediu pilotos cristãos que ele tinha detido e assim trocou prisioneiros. Seria com a ajuda destes pilotos que chegariam a Calecute, terra tão desejada, onde o fascínio se perdia agora pela moda, costumes e riqueza dos nativos.
Sabe-se, por Damião de Góis, que durante a viagem foram colocados cinco padrões: São Rafael, no rio dos Bons Sinais; São Jorge, em Moçambique, Santo Espírito, em Melinde; Santa Maria, nos Ilhéus, e São Gabriel, em Calecute. Estes monumentos destinavam-se a afirmar a soberania portuguesa nos locais para que outros exploradores não tomassem as terras como por si descobertas.
Velho do Restelo é uma personagem criada por Luís de Camões no canto IV da sua obra Os Lusíadas. O Velho do Restelo simboliza os pessimistas, os conservadores e os reaccionários que não acreditavam no sucesso da epopeia dos descobrimentos portugueses, e surge na largada da primeira expedição para a Índia com avisos sobre a odisseia que estaria prestes a acontecer:
94
"Mas um velho d'aspeito venerando,
Que ficava nas praias, entre a gente,
Postos em nós os olhos, meneando
Três vezes a cabeça, descontente,
A voz pesada um pouco alevantando,
Que nós no mar ouvimos claramente,
C'um saber só de experiências feito,
Tais palavras tirou do experto peito:
95
- "Ó glória de mandar! Ó vã cobiça
Desta vaidade, a quem chamamos Fama!
Ó fraudulento gosto, que se atiça
C'uma aura popular, que honra se chama!
Que castigo tamanho e que justiça
Fazes no peito vão que muito te ama!
Que mortes, que perigos, que tormentas,
Que crueldades neles experimentas!
|
96
- "Dura inquietação d'alma e da vida,
Fonte de desamparos e adultérios,
Sagaz consumidora conhecida
De fazendas, de reinos e de impérios:
Chamam-te ilustre, chamam-te subida,
Sendo dina de infames vitupérios;
Chamam-te Fama e Glória soberana,
Nomes com quem se o povo néscio engana!
97
- "A que novos desastres determinas
De levar estes reinos e esta gente?
Que perigos, que mortes lhe destinas
Debaixo dalgum nome preminente?
Que promessas de reinos, e de minas
D'ouro, que lhe farás tão facilmente?
Que famas lhe prometerás? que histórias?
Que triunfos, que palmas, que vitórias?
|
Os Lusíadas, Canto IV, 94-97
A expressão é actualmente utilizada, conforme a intenção inicial de Luís de Camões, para representar o conservadorismo.
Há unanimidade entre os historiadores em considerar a conquista de Ceuta como o início da expansão portuguesa, tipicamente referida como os Descobrimentos. Foi uma praça conquistada com relativa facilidade, por uma expedição organizada por D. João I, em 1415. A aventura ultramarina ganharia grande impulso através da acção do Infante D. Henrique reconhecido internacionalmente com o seu grande impulsionador.
Terminada a Reconquista, o espírito da Cristianização dos povos muçulmanos subsistia. Portugal dirigia-se agora para o Norte de África, de onde teriam vindo os mouros que invadiram a Península Ibérica e aí se estabeleceram. Não obstante, Portugal não podia disfarçar o seu interesse económico, já que era também pelo Norte de África que passava a rota das especiarias, um género de grande valor devido ao esforço necessário para fazê-lo chegar à Europa.
Portugal inicia assim um projecto nacional — o Norte de África que se iria estender a toda o continente africano e mesmo até à Ásia, que se prolongou por vários reinados e séculos, desde o reinado de D. Dinis (1279), com contactos nas Ilhas Canárias, até ao de D. João III (1557), altura em que se estabelecia o Império Português.
Em 1317 D. Dinis contrata o genovês Manuel Pessanha para o comando da frota real . Cerca de 1335 D. Afonso IV envia uma armada ao arquipélago das Canárias cujos privilégios seriam concedidos alguns anos mais tarde (1338) a mercadores estrangeiros. Em 1344 as Canárias são concedidas ao castelhano D. Luís de la Cerda e, no ano seguinte, Afonso IV envia uma carta ao Papa Clemente VI referindo-se às viagens do Portugueses às Canárias e protestando contra essa concessão.
Nas reivindicações de posse, sucessivamente renovadas pelos dois povos ibéricos, prevaleceu, no final, a vontade do rei de Espanha sobre estas ilhas.
Em 1353 é assinado o Tratado de Windsor com a Inglaterra para que os pescadores portugueses pudessem pescar nas costas inglesas.
Em 1370 é criada a Bolsa de Seguros Marítimos e em 1387 há notícia do estabelecimento de mercadores do Algarve em Bruges.
Em 1395, D. João I emite uma lei para regular o comércio dos mercadores estrangeiros.
Motivações dos Descobrimentos
As motivações para a empresa das descobertas foram principalmente, embora não unicamente, de carácter económico: procurar acesso directo a fontes de fornecimento de trigo, de ouro ou de escravos e, mais tarde, das especiarias orientais.
Para além da necessidade de alcançar as fontes de bens escassos ou caros na Europa, havia a intenção política de atacar ou debilitar pela retaguarda o grande poderio islâmico, adversário da Cristandade (neste desiderato se confundindo a estratégia militar e diplomática e o espírito de evangelização herdado das Cruzadas).
O equipamento
Até ao século XV, os Portugueses praticavam uma navegação de cabotagem utilizando, para o efeito, a barca e o barinel, embarcações pequenas e frágeis que possuíam apenas um mastro com vela quadrangular fixa. Estes barcos não conseguiam dar resposta à dificuldades que surgiam no avanço para Sul, como os baixios, os ventos fortes e as correntes marítimas desfavoráveis. Estão associadas aos primórdios dos Descobrimentos, a viagens à Ilha da Madeira, Açores, Canárias, e à exploração do litoral africano até pelo menos às alturas de Arguim na actual Mauritânia.
Mas o navio que marcou a primeira fase dos Descobrimentos portugueses, a fase atlântica e africana foi a caravela. Era de navegação fácil e melhor capacidade de bordejar, dado ter um aparelho latino. No entanto a sua capacidade limitada de carga e a necessidade de uma grande tripulação eram os seus principais inconvenientes, que, no entanto, nunca obstaram ao seu sucesso. Este deve-se em boa parte à evolução técnica registada no século XV e graças às múltiplas viagens de exploração da costa atlântica africana, substituindo definitivamente as barcas e os barinéis naquelas actividades de navegação.
Para a navegação astronómica os portugueses, como outros europeus, recorreram a instrumentos de navegação árabes, como o astrolábio e o quadrante (um quarto de astrolábio munido de um fio de prumo), que aligeiraram e simplificaram. Inventaram ainda outros, como a balestilha, ou "bengala de Jacob" (para obter no mar a altura do sol e de outros astros), que não utiliza a graduação de um arco de circunferência mas um segmento deslizante ao longo de uma haste, com o olho do observador em linha recta com o astro observado. Mas os resultados variavam conforme o dia do ano, o que obrigava a correcções, feitas de acordo com a inclinação do Sol em cada um desses dias. Por isso os Portugueses fizeram tabelas de inclinação do Sol no século XV, impressas em Veneza depois de 1483. Eram preciosos instrumentos de navegação em alto-mar, tendo conhecido uma notável difusão, como outras tabelas que continham correcções necessárias ao cálculo da latitude através da Estrela Polar.
O Povo Português não tem o carácter abstracto ou trágico próprio do espanhol, mas possui uma forte crença mística no milagre e nas soluções milagrosas.
Há no Português uma enorme capacidade de adaptação a todas as coisas, ideias e seres, sem que isso implique perda de carácter. Foi esta faceta que lhe permitiu manter sempre a atitude de tolerância e que imprimiu à colonização portuguesa um carácter especial inconfundível: assimilação por adaptação. O Português tem vivo sentimento da natureza e um fundo poético e contemplativo estático diferente do dos outros povos latinos. Falta-lhe também a exuberância e a alegria espontânea e ruidosa dos povos mediterrâneos. É mais inibido que os outros povos meridionais pelo grande sentimento do ridículo e medo da opinião alheia. É, como os Espanhóis, fortemente individualista, mas possui grande fundo de solidariedade humana. O Português não tem muito humor, mas um forte espírito crítico e trocista e uma ironia pungente.
A mentalidade complexa que resulta da combinação de factores diferentes e, às vezes, opostos dá lugar a um estado de alma sui generis que o Português denomina saudade. Esta saudade é um estranho sentimento de ansiedade que parece resultar da combinação de três tipos mentais distintos: o lírico sonhador - mais aparentado com o temperamento céltico -, o fáustico de tipo germânico e o fatalístico de tipo oriental. Por isso, a saudade é umas vezes um sentimento poético de fundo amoroso ou religioso, que pode tomar a forma panteísta de dissolução na natureza, ou se compraz na repetição obstinada das mesmas imagens ou sentimentos. Outras vezes é a ânsia permanente da distância, de outros mundos, de outras vidas. A saudade é então a força activa, a obstinação que leva à realização das maiores empresas; é a saudade fáustica. Porém, nas épocas de abatimento e de desgraça, a saudade toma uma forma especial, em que o espírito se alimenta morbidamente das glórias passadas e cai no fatalismo de tipo oriental, que tem como expressão magnífica o fado, canção citadina, cujo nome provém do étimo latino fatu (destino, fadário, fatalidade).
Este temperamento paradoxal explica os períodos de grande apogeu e de grande decadência da história portuguesa. Ao contrário do que muitos disseram, o Português não degenerou; as virtudes e os defeitos mantiveram-se os mesmos através dos séculos, simplesmente as suas reacções é que variam conforme as circunstâncias históricas. No momento em que o Português é chamado a desempenhar qualquer papel importante, põe em jogo todas as suas qualidades de acção, abnegação, sacrifício e coragem e cumpre como poucos. Mas se o chamam a desempenhar um papel medíocre, que não satisfaz a sua imaginação, esmorece e só caminha na medida em que a conservação da existência o impele. Não sabe viver sem sonho e sem glória.
Esta maneira de ser torna particularmente difícil a tarefa dos governantes, sobretudo em períodos históricos em que as circunstâncias não permitem desempenhar uma acção que lhes agrade e desencadeie as energias.
Nas épocas extraordinárias, quando acontecimentos históricos puseram à prova o valor do povo, ou lhe abriram perspectivas novas, que o encheram de esperança, então brotaram por si, naturalmente, as melhores obras do seu génio. Porém, nos períodos de estagnação nasce a apatia do espírito, a relutância contra a mediania, a crítica acerba contra o que não está àquela altura a que se aspira, ou cai-se na saudade negativa, espécie de profunda melancolia.
Esoterismo é o nome genérico que designa um conjunto de tradições e interpretações filosóficas das doutrinas e religiões que buscam desvendar o seu sentido oculto. O esoterismo é o termo para as doutrinas cujos princípios e conhecimentos não podem ou não devem ser "vulgarizados", sendo comunicados a um pequeno número de discípulos escolhidos.
Segundo Blavatsky, criadora da moderna Teosofia, o termo "esotérico" refere-se ao que está "dentro", em oposição ao que está "fora" e que é designado como "exotérico". Designa o significado verdadeiro da doutrina, sua essência, em oposição ao exotérico que é a "vestimenta" da doutrina, sua "decoração". Também segundo Blavatsky, todas as religiões e filosofias concordam na sua essência, diferindo apenas na "vestimenta", pois todas foram inspiradas no que ela chamou de "Religião-Verdade".
Um sentido popular do termo é de afirmação ou conhecimento enigmático e impenetrável. Hoje em dia o termo é mais ligado ao misticismo, ou seja, à busca de supostas verdades e leis últimas que regem todo o universo, porém ligando ao mesmo tempo o natural com o sobrenatural.
Muitas doutrinas espiritualistas são também chamadas esotéricas
Reitor da primeira universidade
A palavra Matemática (Mathematike, em grego) surgiu com Pitágoras, que foi o primeiro a concebê-la como um sistema de pensamento, fulcrado em provas dedutivas. Existem, no entanto, indícios de que o chamado Teorema de Pitágoras (a² = b² + c²) já era conhecido dos babilónios em 1600 a.C. com escopo empírico. Estes usavam sistemas de notação sexagesimal na medida do tempo (1h=60min) e na medida dos ângulos (60º, 120º, 180º, 240º, 360º). Pitágoras (500 (?) a.C.) nasceu na Ásia Menor, na ilha de Samos. Percorreu em 30 anos o Egipto, Babilónia, Síria, Fenícia e quiçá Índia e Pérsia, onde acumulou eclécticos conhecimentos: astronomia, matemática, ciência, filosofia, misticismo e religião. É oportuno lembrar a sua contemporaneidade com Tales, Buda, Confúcio e Lao-Tsé. Retornando a Samos, indispôs-se com o tirano Polícrates e emigrou para o sul da Itália, na Ilha de Crotona, de dominação grega. Aí fundou a Escola Pitagórica, a quem se concede a glória de ser a "primeira Universidade do mundo". A Escola Pitagórica e as suas actividades viram-se desde então envoltas por um véu de lendas. Foi uma entidade parcialmente secreta com centenas de alunos que compunham uma irmandade religiosa e intelectual. Entre os conceitos que defendiam, destacam-se:
- Prática de rituais de purificação e crença na doutrina da metempsicose, isto é, na transmigração da alma após a morte, de um corpo para outro. Portanto, advogavam a reencarnação e a imortalidade da alma;
- Lealdade entre os seus membros e distribuição comunitária dos bens materiais;
- Austeridade, ascetismo e obediência à hierarquia da Escola;
- Proibição de beber vinho e comer carne (portanto é falsa a informação que seus discípulos tivessem mandado matar 100 bois quando da demonstração do denominado Teorema de Pitágoras. A palavra hecatombe que significa mortandade ou carnificina, deve a sua etimologia ao grego: sacrifício de 100 bois);
- Purificação da mente pelo estudo de Geometria, Aritmética, Música e Astronomia;
- Classificação aritmética dos números em pares, ímpares, primos e facturáveis;
- "Criação de um modelo de definições, axiomas, teoremas e provas, segundo o qual a estrutura intrincada da Geometria é obtida de um pequeno número de afirmações explicitamente feitas e da acção de um raciocínio dedutivo rigoroso" (George Simmons);
- Grande celeuma instalou-se entre os discípulos de Pitágoras a respeito da irracionalidade da 'raiz de 2'. Utilizando notação algébrica, os pitagóricos não aceitavam qualquer solução numérica para x² = 2, pois só admitiam números racionais. Dada a conotação mística atribuída aos números, comenta-se que, quando o infeliz Hipasus de Metapontum propôs uma solução para o impasse, os outros discípulos o expulsaram da Escola e o afogaram no mar;
- Na Astronomia, ideias inovadoras, embora nem sempre verdadeiras: a Terra é esférica, os planetas movem-se em diferentes velocidades nas suas várias órbitas ao redor da Terra. Pela cuidadosa observação dos astros, cristalizou-se a ideia de que há uma ordem que domina o Universo;
- Aos pitagóricos deve-se provavelmente a construção do cubo, tetraedro, octaedro, dodecaedro e a bem conhecida "secção áurea";
- Na Música, uma descoberta notável de que os intervalos musicais se colocam de modo que admitem expressões através de proporções aritméticas:
Pitágoras é o primeiro matemático puro. Entretanto é difícil separar o histórico do lendário, uma vez que deve ser considerado uma figura imprecisa historicamente, já que tudo o que dele sabemos deve-se à tradição oral. Nada deixou escrito, e os primeiros trabalhos sobre o mesmo devem-se a Filolau, quase 100 anos após a morte de Pitágoras. Mas não é fácil negar aos pitagóricos - assevera Carl Boyer - "o papel primordial para o estabelecimento da Matemática como disciplina racional". A despeito de algum exagero, há séculos cunhou-se uma frase: "Se não houvesse o 'teorema Pitágoras', não existiria a Geometria". Ao biografar Pitágoras, Jâmblico (c. 300 d.C.) regista que o mestre vivia repetindo aos discípulos: “ todas as coisas se assemelham aos números”. A Escola Pitagórica teve forte influência na poderosa verve de Euclides, Arquimedes e Platão, na antiga era cristã, na Idade Média, na Renascença e até nos nossos dias com o Neopitagorismo.
Pensamentos de Pitágoras
- 1. Educai as crianças e não será preciso punir os homens.
- 2. Não é livre quem não obteve domínio sobre si.
- 3. Pensem o que quiserem de ti; faz aquilo que te parece justo.
- 4. O que fala semeia; o que escuta recolhe.
- 5. Ajuda teus semelhantes a levantar a carga, mas não a carregues.
- 6. Com ordem e com tempo encontra-se o segredo de fazer tudo e tudo fazer bem.
- 7. Todas as coisas são números.
- 8. A melhor maneira que o homem dispõe para se aperfeiçoar, é aproximar-se de Deus.
- 9. A Evolução é a Lei da Vida, o Número é a Lei do Universo, a Unidade é a Lei de Deus.
- 10. A vida é como uma sala de espectáculos: entra-se, vê-se e sai-se.
Depois de um enorme e insistente fervor ateísta assistimos agora, também impotentes, a uma transformação subtil e perigosa de algumas correntes radicais a favor de uma desconstrução da nossa cultura europeia e ocidental! Com isso, todas as sociedades ocidentais estão a entrar em perda de harmonia estrutural, logo de solidez. E por isso eles, na sua actuação, estão a comprometer o presente e o futuro desta nossa milenar civilização.
Tais correntes radicais são certamente o expoente máximo de um bem-estar social a que chegou esta nossa cultura e que é hoje tomado por elas como escasso e também considerado como um dado adquirido num mundo repleto de incertezas no futuro.
Os sistemas de ensino entraram, em Portugal, numa desencantada e vazia fonte de aprendizagem não dando aos alunos uma perspectiva real da cultura que nos trouxe até aqui, perdendo-se ultimamente em preocupações “abrilistas”, sobre figuras de um passado recente, bem pequenas e irrisórias quando comparadas com uma larga visão de um mundo, de um país e de uma civilização de milhares de anos.
Nunca tais racionalistas radicais poderão entender a grandeza de gente muito anterior ou posterior a Cristo que, muito para lá da barriga e do conforto, se preocupou essencialmente em desvendar os segredos da natureza, do Homem e do universo, procurando descobrir o seu lado espiritual e superior.
Nunca eles poderão entender ou querer entender, se o universo funciona como um grande pensamento divino. Tais seres limitam-se a pensar que eles próprios são o universo!
Não admitem que a matéria possa ser como os neurónios de uma grande mente, um universo consciente e que 'pensa'. Nem sequer aceitam como possível que todo o conhecimento possa fluir e refluir da nossa mente, uma vez que estamos ligados a uma mente divina que contém todo esse conhecimento.
A sua atenção está tão concentrada no microcosmo que não se apercebem do imenso macrocosmo à nossa volta.
Portanto também não podem aprender e compreender as grandes verdades do cosmo, ou observar como elas se manifestam nas nossas próprias vidas.
Nem que das galáxias às partículas subatómicas, tudo é movimento.
Tão pouco aceitarão que a própria matéria não é passiva ou inerte, como nos pode parecer a nível material, mas repleta de movimento.
Duvidarão sempre esses assanhados racionalistas, que o claro e o escuro também são manifestações da luz e que a síntese da árvore da vida poderá ser o Homem Arquétipo. Ou duvidam, também, que a Água, Ar, Terra e Fogo, objecto de referência em várias obras de expressão literária, plástica e filosófica, sejam os “ Quatro Elementos” da natureza.
A QUEDA DE ÍCARO
Desde sempre o Homem sonhou voar, estando essa firme vontade bem expressa na histórica lenda de ICARO que vale a pena recordar:
Dédalo era o melhor e mais conhecido dos artesãos e inventores da antiguidade. Quem desejasse algo engenhoso vinha primeiro à sua oficina em Atenas. Dédalo tinha um sobrinho, Talos, filho de sua irmã,Policasta. Ele aceitou Talos como aprendiz , e o garoto, apesar de ter só doze anos, logo mostrou sinais de ser mais esperto do que seu mestre! Foi Talos que inventou o primeiro serrote, a roda do oleiro e imaginou o primeiro par de compassos. A reputação de Talos espalhou - se e as pessoas começaram a trazer os seus problemas mais complicados para o garoto, e não para o mestre. Consumido de ciúmes, Dédalo atraiu o garoto até o topo do templo de Atenas e empurrou - o para a morte. A mãe de Talos, Policasta, suicidou-se de tristeza, e Dédalo, juntamente com seu filho, Ícaro – um garoto vaidoso sem nada da esperteza de Talos – foram banidos da cidade de Atenas. Dédalo e Ícaro refugiaram - se na ilha de Creta, onde Dédalo colocou a sua habilidade e esperteza a serviço do rei Minos. Mas ele perdeu os favores do rei, quando Teseu matou o minotauro e conseguiu escapar do Labirinto, que supostamente era à prova de fuga, e que Dédalo havia construído para abrigar o monstro. Furioso, o rei Minos jogou Dédalo e seu filho na prisão. Enquanto Ícaro passava os dias cuidando de si, vaidoso, Dédalo estudava profundamente, planeando como escapar de Creta. Era longe demais para nadar até à próxima ilha, e impossível conseguir um bote devido à vigilância da armada do rei Minos. Finalmente, Dédalo concebeu um plano audacioso. Ele construiu dois pares de asas, tecendo as penas e juntando-as com cera. Quando as asas estavam prontas, levou Ícaro para um canto. "Coloque isso e siga - me", disse, "mas cuidado para não voar perto demais do sol, ou perto demais do mar. Mantenha um curso médio. Com essas asas escaparemos daqui." Os dois levantaram voo a partir de um rochedo alto e seguiram para o horizonte. Por muitos quilómetros o jovem Ícaro seguiu o seu pai mas, sentindo-se jovem e despreocupado, e desfrutando de vento, começou a subir para o céu, livre como um pássaro.
Quando Dédalo olhou ao redor procurando-o, não conseguiu vê - lo . "Ícaro! Ícaro!", chamou o pai ansioso. Mas não veio resposta. No mar, lá em baixo, um punhado de penas flutuava nas ondas, e algumas pequenas ondulações marcavam o ponto onde Ícaro caíra, pois o rapaz tinha voado perto demais do sol, e a cera que unia as asas derreteu-se como manteiga.
Em boa verdade o Homem voou mais longe do que naquele tempo Ícaro poderia imaginar !
O Consumismo
A revolução Técnico – Científica que o século XX viu crescer no desenvolvimento da Revolução Industrial, criou capacidades inimaginadas nas sociedades pré-industriais. No início do século XX, antes das catástrofes que cilindraram o século, já nos principais países industrializados se viviam os problemas que emergiam das novas capacidades de produção e de consumo. Em certos países instalava-se assim, desde os anos 60, a denominada sociedade da abundância. Contudo, não pode subsistir produção em massa sem consumo em massa, sociedade da abundância sem sociedade de consumo. A revolução Técnico - Científica tornou irreversível este processo.
No âmbito dos comportamentos individuais, o consumo transforma-se, porém, em consumismo, menos significativamente no consumo de produtos de primeira necessidade. Vivemos um novo século em que novos desafios, conquistas e preocupações nos são colocadas como consumidores. Até onde pode e deve ir o progresso? Não perderá nunca o Homem o controlo sobre a sua capacidade de descobrir e ir mais além? É nesta atmosfera que novas realidades vão surgindo, colocando novas interrogações na sociedade de consumo, como é o exemplo presente dos alimentos trangénicos .
COMUNICAÇÃO EM MASSA
Na capital portuguesa nos meados da década de cinquenta do século XX, muito poucas famílias dispunham de uma televisão no lar. A maioria deslocava-se aos cafés para depois de beber cafézinho passar a noite a ver programas televisionados.
Os meios de comunicação em massa, canalizavam e canalizam informações que direccionam os gostos, atitudes, pessoas, padrões e lugares para serem consumidos e que vão sendo encontrados mais à frente nas vitrines das lojas dos Shopping Centers, (Grandes Superfícies Comerciais) .
A TV, é o meio técnico de comunicação em massa mais forte, pois ela atinge a grande maioria dos consumidores e, principalmente, passou a ser um elemento de grande influência na vida quotidiana. As pessoas, após o sucesso da TV, passaram a adaptar suas actividades diárias aos programas por ela transmitidos, o que retracta a inserção deste meio técnico como parte integrante do processo de viver.
Um outro aspecto dos novos padrões da sociedade está relacionado com a estrutura familiar. Nas décadas de 60 e 70, houve a gradativa entrada da mulher no mercado de trabalho, trazendo novos modos de gestão da família, pois a mulher, muitas vezes, passou a actuar como seu gestor. Por outro lado, há uma grande parcela da população a viver sozinha, só em casal, ou em pequenas famílias (marido, mulher e no máximo um ou dois filhos), configurando uma nova estrutura social. Este aspecto pode ser comprovado através dos lançamentos imobiliários que apresentam apartamentos de um quarto, pequenos ( menos de 80 m2 ), com cómodos racionais ( armários de cozinha e do quarto embutidos): são os que mais se vendem. Na maioria dos casos, são comprados por trabalhadores com razoável nível de vida e pouco tempo livre para o lazer e consumo.
Estas considerações sobre a Sociedade de Consumo, evidenciam ainda mais a união entre comércio e consumo; indissociável . Desse modo, a actividade comercial passou a criar formas para servir a nova dinâmica da sociedade e, ao mesmo tempo, foi produzindo novos meios para a ampliação do consumo e para o surgimento de novas formas. Estas relações directas entre comércio, consumo e cidade, revelam as grandes contradições que os espaços geográficos contêm e que por esta tríade, podemos compreender, ao menos, parte da dinâmica da sociedade actual e do seu movimento de reprodução.
Dentre as formas que o comércio passou a introduzir no espaço urbano a partir de 1950, estão os Supermercados, os Shopping Centers, os Hipermercados, as Franquias e as Lojas de Conveniência. São estabelecimentos que passaram a funcionar quase 24 horas por dia .
Os primeiros supermercados, trouxeram consigo a inovação do auto-serviço. Com isto, os consumidores passaram a ter contacto directo com as mercadorias, sem a necessidade de um vendedor intermediário. Mas os supermercados trouxeram muito mais do que isto para a sociedade, foi a forma comercial que mais impactos trouxe para o espaço urbano e é a partir dos supermercados, que outras grandes superfícies comerciais passaram a aparecer no espaço urbano.
Esse momento de surgimento dos supermercados é marcado pela maciça entrada de novas indústrias e pelo início da produção em massa de mercadorias. Estes estabelecimentos colaboraram na imposição de um novo ritmo e estrutura interna às cidades.
Os supermercados são superfícies comerciais que concentram territorialmente e financeiramente o capital, possibilitando às pessoas encontrarem num mesmo local, um grande conjunto de mercadorias disponíveis para o seu abastecimento, não sendo necessário ir a vários pontos da cidade para a compra de produtos. Antes dos supermercados, os consumidores abasteciam - se através de um comércio pequeno, de vizinhança ( mercearia, padaria, frutaria, peixaria, talho , e outros).
Esses estabelecimentos ocasionaram mudanças no espaço urbano pois, vários tipos de pequenos comércios, foram desaparecendo e como o sucesso dos supermercados foi sendo garantido pelo aval dos consumidores, eles foram - se localizando em vários pontos (estratégicos) da cidade. As grandes avenidas, foram principalmente os locais mais requisitados para a implantação dos supermercados, particularmente nas grandes cidades .
"A expansão dos supermercados também se deveu a dois outros factores fundamentais que foram o frigorífico e o automóvel. O aperfeiçoamento da refrigeração destinada ao lar, bem como a produção em massa de frigoríficos e a sua consequente redução de preço, permitiu que as pessoas pudessem fazer o abastecimento de géneros alimentícios perecíveis, por períodos mais longos. Por sua vez, o automóvel, que a partir de meados de 60 passou a ser adquirido pelos estratos de rendimentos médios da população, deu maior autonomia aos proprietários, possibilitando fazer as compras fora dos limites do bairro".
Além dessas mudanças, o supermercado representa uma facilidade para a circulação e armazenamento de mercadorias, pois as distribuidoras de alimentos economizam em transporte, já que a entrega é feita em pontos determinados da cidade, em grandes quantidades e não mais em pequenos locais dispersos pelo cidade, sendo uma economia para a composição do preço final do produto. Além disto, houve a diversificação do emprego, pois novas actividades como caixas, seguranças etc. , foram abertas, embora proporcionalmente em número muito menor ao do aumento da produção.
Opinião de Raquel Abecasis
Peço desculpa pelo mau jeito, mas devo dizer que estou inteiramente de acordo com o primeiro-ministro quando aconselha os professores excedentários a irem procurar emprego onde ele existe: fora de Portugal.
19-12-2011 8:09 por Raquel Abecasis
Depois de tudo o que se passou nos anos recentes em Portugal e na Europa, e apesar da situação de evidente falência a que fomos conduzidos, o politicamente correcto continua a tentar fazer o seu caminho.
Passos Coelho foi este fim-de-semana praticamente crucificado, à direita e à esquerda, porque, talvez ingenuamente, disse o óbvio, o conselho que qualquer pessoa verdadeiramente preocupada com um desempregado daria: quem não encontra emprego aqui, deve procurá-lo noutras paragens.
O primeiro-ministro não é, seguramente, um político experiente nem habilidoso no discurso político, mas tem a vantagem de estar a governar o país numa época em que não há tempo para perder com parvoíces.
É uma sorte para Passos Coelho porque, assim, pode dizer o que pensa, o que, normalmente, é mais útil para quem o ouve do que o comummente aceite discurso político, que só agrada mesmo aos políticos que verdadeiramente não fazem ideia do que seja estar no desemprego.
Quinta-feira, 8 de Dezembro de 2011
A Nossa Terrinha
I
(continuação) (clique aqui para ler a primeira parte; a segunda parte; e a terceira parte)
O terceiro fator de ponderação geralmente aceite sem grande discussão é, justamente, a riqueza de cada país, critério que, aliás, não é menos importante do que os outros: as auto-estradas são vias de comunicação muito caras (quando comparadas com outros tipos de estradas), consumindo quantidades astronómicas de recursos financeiros que, em países mais pobres, com orçamentos mais limitados, são indispensáveis para fazer face a outras necessidades, muitas vezes mais básicas e prementes.
Menos fácil é medir a riqueza de cada país. O indicador usualmente empregue é o Produto Interno Bruto (PIB), que constitui a soma de todos os bens e serviços produzidos por um país.
Há cerca de dois anos, o economista Avelino de Jesus fez um cálculo semelhante, no quadro dos países da OCDE, recorrendo ao PIB em valores absolutos. Calculando, com dados de 2006, os quilómetros de auto-estrada por bilião de dólares de PIB, concluiu que, entre os 33 países da OCDE, Portugal era o segundo país com mais quilómetros de auto-estrada por bilião de dólares de PIB: só o Canadá (o segundo maior país do mundo) ultrapassava Portugal. Concluiu ainda que, embora o PIB português correspondesse apenas a 1,3% do PIB da União Europeia, Portugal tinha 3,2% do total de (quilómetros de) auto-estradas da União Europeia [número entretanto desatualizado: em 2008, a percentagem era já de 4,1%].
Em relação a 2008 (o ano que temos vindo a considerar, pelos motivos explicados), Portugal tinha 114 km de auto-estrada por 10 mil milhões de dólares de PIB, valor que coloca o nosso país no 2.º lugar entre os 27 países da UE - só na Eslovénia encontramos um valor (ligeiramente) superior (117 km) -, enquanto no quadro da OCDE o Canadá continuava a liderar [com 129 km (valor este baseado em números de 2006)]. Refira-se, no entanto que os 422 km de auto-estrada que estão a ser construídos em Portugal são suficientes para o nosso país - com 134 km por 10 mil milhões de dólares de PIB - passar para o 1.º lugar na União Europeia (e, fora da UE, ultrapassar mesmo o gigante Canadá). Se adicionarmos os 68 km da auto-estrada Coimbra-Viseu e os 122 km de auto-estradas da Concessão Centro, o valor sobe para 141 km por 10 mil milhões de dólares. Mas com ou sem Concessão Centro, estamos, segundo este critério, prestes a liderar a União Europeia e a ficar confortavelmente distanciados do segundo lugar e bastante longe de alguns grandes da Europa: só para se ter uma noção, o maior país da União Europeia (França) tem 51 km de auto-estrada por 10 mil milhões de dólares de PIB (surge em 8.º nesta lista).
Este indicador revela, no entanto, uma fraqueza: só tem em conta a riqueza produzida pelo país, independentemente da sua dimensão populacional. Para este efeito, parece-nos fazer mais sentido recorrer ao PIB per capita. Por exemplo, Portugal tem um PIB próximo do da Dinamarca, mas tem mais do dobro da população deste país nórdico, o que significa que, em termos reais, a riqueza produzida (em média) por cada português é muito inferior àquela que cada dinamarquês produz. Este indicador permite-nos concluir que a Dinamarca gera mais riqueza do que Portugal (não constitui novidade para ninguém que a Dinamarca é mais rica do que Portugal), o que se reflete, naturalmente, nos orçamentos de ambos os países: a Dinamarca tem mais dinheiro disponível para construir auto-estradas do que Portugal.
Mais pacífico é que, querendo-se fazer uma comparação entre os 27 países da União Europeia, que têm poderes de compra muito diferentes, é recomendável recorrer ao PIB – Paridade de Poder de Compra (PPC), de modo a eliminar essas diferenças. Isto também não é difícil compreender. A construção de uma escola ou de um quilómetro de auto-estrada não custa o mesmo em Portugal ou na Suécia. Dois países podem ter um PIB per capita idêntico, mas se tiverem custos de vida muito diferentes, na realidade a mesma riqueza produzida “vale mais” num dos países do que no outro. Recorrendo a este critério, as diferenças entre os 27 países da União surgem normalmente mais esbatidas do que se considerássemos os valores reais de PIB: baixam os valores de PIB de países ricos como o Luxemburgo, a Holanda, a Áustria, a Suécia, a Dinamarca, a Alemanha, a França, etc., e aumentam os de países mais pobres, entre os quais Portugal. E utilizando este fator de ponderação (em vez daquele que referimos atrás e que colocava Portugal no topo da UE), o nosso país baixa uns lugares na tabela. Eis, portanto, a tabela dos dez países da União Europeia com mais quilómetros de auto-estrada por riqueza produzida:
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I
Quilómetros de auto-estrada / PIB per capita avaliado em PPS (Paridade de Poder de Compra Padrão). Os valores apresentados na tabela resultam da multiplicação do índice obtido por 1 000, para facilitar a leitura do quadro (por exemplo, o índice real da Espanha é 0,525 e não 525). Média (UE): 95.
As seis maiores economias da União Europeia - França, Alemanha, Itália, Espanha, Holanda e Reino Unido - estão entre os sete primeiros lugares e o único país que se intromete entre elas é… Portugal. Portugal é, aliás, a única "anomalia" desta tabela: sem surpresa surgem, nos dez primeiros lugares, alguns dos países mais ricos da Europa comunitária. Anómalo seria se os campeões das auto-estradas fossem os países mais pobres, que continuam a ter orçamentos muito limitados para todas as suas necessidades nas diversas áreas (saúde, educação, transportes, etc.) e tendo, por conseguinte, de orientar os seus insuficientes recursos para as despesas mais prioritárias.
O primeiro lugar da Espanha não deixa, ainda assim, de constituir um desvio (sobretudo pela diferença de números), não obstante estarmos a falar da quarta maior economia da União Europeia e do segundo maior país - cinco vezes e meia maior do que Portugal.Impressionante, nos resultados obtidos, é a enorme disparidade entre os 27 países da União. Só os primeiros seis países da tabela estão acima da média europeia.
WIQUIPÉDIA
Sábado, 3 de Dezembro de 2011
A terra, o seu povo e a sua história
Há mais de 5000 anos, depois de um período de seca que assolou a Península Arábica, os cananeus, tribos dos árabes semitas, vieram estabelecer-se nos territórios a leste do Mar Mediterrâneo que formam, hoje, a Síria, o Líbano, a Jordânia e a Palestina. Os Jebusitas, um subgrupo cananeu, fundaram Jebus - Jerusalém no lugar onde ele está localizado hoje e edificaram o primeiro muro ao seu redor, dotado de 30 torres e sete portões. Aproximadamente 2000 anos mais tarde, os filisteus, vindos de Creta, chegaram à terra de Canaã. Misturaram-se com as tribos cananéias e viveram na área sudoeste da moderna Palestina, sobre a costa do Mar Mediterrâneo na área que agora se estende na Faixa de Gaza até Ashdod e Ashkelon. Os cananeus deram aos territórios que eles habitaram o nome bíblico de "A Terra de Canaã", enquanto os filisteus deram-lhe o nome de Filistina ou 'Palestina'.
Os cananeus descobriram que estavam numa localização estratégica e cercada por poderosos impérios originários do Egipto a sudoeste, através do Mar Mediterrâneo a oeste, e Mesopotâmia e Ásia a nordeste. Mais de um milénio antes do nascimento de Cristo, egípcios, assírios, babilónicos, persas, mongóis, gregos e romanos cresceram ao redor da terra dos cananeus e filisteus e a governaram por variados períodos de tempo. A posição geográfica da área significava que ela servia tanto como uma ponte entre os vários impérios regionais, como uma arena para lutas e conflitos entre eles. Em consequência, os cananeus nunca puderam estabelecer um estado forte e unificado, e as suas organizações políticas tomaram a forma de cidades independentes dotadas de governos ligados por relações federativas. Entre as cidades costeiras mais proeminentes dos filisteus, cananeus e fenícios que habitaram a área da actual Palestina estavam Beirute (Bairtuyus), Sidon, Tiro, Acre, Ashkelon e Gaza. As cidades cananéias do interior incluíam Jericó, Nablus (Shikim) e Jerusalém (Jebus). A religião dessas primeiras civilizações da Palestina era centrada na natureza: o céu era o Deus Pai e a terra era a Mãe Terra. Esses povos semitas de Canaã formaram a base do tronco do qual descendem os palestinos de hoje.
Em termos de geografia, demografia, sociedade, economia e vida cultural, Jerusalém tem sido o centro da Palestina e o grande ponto de encontro de importantes corredores este-oeste, norte-sul. De facto, desde os tempos das civilizações mais primitivas da Palestina, Jerusalém tem sido a parte mais importante e inseparável da Palestina. Assim, quem quer que controle Jerusalém fica numa posição de dominação sobre a Palestina. Nela localiza-se a raiz da turbulenta e conflituosa história da cidade de Jerusalém.
Como Arafat insistia em negociar uma solução para a Questão da Palestina, houve uma dissidência dentro da Organização para a Libertação da Palestina e, em Maio de 1983, as forças leais a Arafat começaram a enfrentar rebeldes chefiados por Abu Mussa. Arafat, por sua vez, assinou novas alianças com o presidente do Egipto, Hosni Mubarak, e com o rei Hussein, da Jordânia e reelegeu-se presidente da OLP no ano seguinte. Em 1985, Yasser e Hussein fizeram uma oferta de paz a Israel, em troca da sua retirada dos territórios ocupados. Os judeus, além de rejeitarem a proposta, mantiveram o exército naquelas regiões. Em 1987 explodiu uma rebelião popular em Gaza, cujo motivo foi o atropelamento e morte de quatro palestinianos por um camião do exército israelita. Adolescentes, munidos de paus e pedras, enfrentaram, nas ruas, os soldados israelitas e os motins alastraram. A repressão israelita foi cruel. Os soldados combatiam os paus e as pedras com bombas de gás, tanques e balas de borracha. Os resultados da Intifada foram vários espancamentos, detenções em massa e deportações. A acção judaica foi condenada pelo Conselho de Segurança da ONU, o que influenciou a opinião pública mundial a favor da OLP. Como resultado da Intifada, as facções da OLP uniram-se na intenção de criar um Estado palestiniano e, em Novembro de 1988, o Conselho Nacional Palestiniano proclamou o Estado Independente da Palestina, ao mesmo tempo que aceitava a existência de Israel. Além disso, o Conselho declarou a sua rejeição ao terrorismo e pediu uma solução pacífica para o problema dos refugiados, aceitando, também, participar de uma conferência internacional de paz.
Sexta-feira, 2 de Dezembro de 2011
Numa campanha que tem alternado cautela e ousadia, os Estados Unidos da América sempre terão desejado, apesar disso, não ter que se envolver em combates urbanos. É, aliás, o que recomenda a doutrina militar americana quando refere que o combate urbano só é opção se for indispensável. O que não foi o caso de quase todas as cidades deixadas para trás durante a progressão para a capital. Achou-se suficiente não ir além de uma acção de isolamento, com um mínimo de forças para esse objectivo. A situação é, porém, diferente no caso de Bagdad. Não porque a captura da capital represente necessariamente a imediata queda do regime e o fim da guerra. Mas porque a sua queda tem um profundo significado político e acabará por abalar seriamente as resistências remanescentes noutros locais. Bassorá, neste contexto, vem um pouco por arrastamento, como a segunda cidade do país, logo a mais ligada à capital, e porque as forças inglesas não quererão, agora, deixar prolongar a situação. São conhecidos os riscos do combate urbano. Só que neste caso há dificuldades adicionais. Do lado da coligação, há o empenho em conquistar a confiança da população civil, logo evitar baixas e minimizar os danos em estruturas, o que implica um regime muito restritivo na aplicação da força do lado iraquiano, a colocação deliberada das suas forças em zonas residenciais e históricas, para tirar partido da relutância dos aliados em combater nestes termos. Pelo que se viu, foi encontrada uma resposta a estes desafios adicionais. Entre outras medidas, envolveu alterações na campanha aérea que passam a incluir a observação permanente da zona com veículos não tripulados, a disponibilidade de munições com graus de destruição variáveis, geralmente menores, e ligação directa entre as tropas e os controladores dos aviões.
Visão nocturna é trunfo para ganhar a batalha
Sentidos aguçados fazem a diferença numa guerra. Por saber disso, o comando das Forças Armadas americanas não economizam em gastos de treino nem do desenvolvimento de tecnologia para, por exemplo “dominar à noite” e ver tudo, mesmo na mais completa escuridão. É compreensível o facto de, a 15 mil pés de altura, ainda que há luz do dia, um piloto não distinga um comboio de refugiados de uma coluna de soldados. Ou um carro de passeio de um tanque. Mas erros como o que ocorreu na semana passada poderão ser evitados no futuro com o emprego de visores de raios infravermelhos, que permitirão aos soldados “ver” o calor. Como parte do seu treino, pilotos de F – 16 saltam de «bungee jumping» do alto de um edifício com o desafio de tentar observar o que acontece durante a queda. O exército americano começou a desenvolver produtos para dar às suas tropas a vantagem de ver melhor do que o inimigo, logo depois da Guerra do Golfo. Recentemente, os oficiais dos EUA fizeram uma demonstração desses produtos, principalmente câmaras e sensores electrónicos de calor. A nova geração de óculos de visão nocturna e de câmaras desenvolvidas com tecnologia Flir (Forward-Loking Infrared) será de 20% a 50 % mais precisa e poderosa do que os dispositivos de primeira geração que são enviados actualmente às tropas dos EUA no mundo inteiro, segundo funcionários do Pentágono.
A Alquimia é uma tradição antiga que combina elementos de química, física, astrologia, arte, metalurgia, medicina, misticismo, e religião. Existem três objectivos principais na sua prática. Um deles é a transmutação dos metais inferiores em ouro, o outro a obtenção do Elixir da Longa Vida, uma panacéia universal, um remédio que curaria todas as doenças e daria vida eterna àqueles que o ingerissem. Ambos estes objectivos poderiam ser atingidos ao obter a pedra filosofal, uma substância mítica que amplifica os poderes de um alquimista. Finalmente, o terceiro objectivo era criar vida humana artificial, o homunculus. É reconhecido que, apesar de não ter carácter científico, a alquimia foi uma fase importante na qual se desenvolveram muitos dos procedimentos e conhecimentos que mais tarde foram utilizados pela química.
Alguns estudiosos da alquimia admitem que o Elixir da Longa Vida e a pedra filosofal são temas simbólicos, que provêm de práticas de purificação espiritual, e dessa forma, não poderiam ser considerados substâncias reais. Há pesquisadores que identificam o Elixir da Longa Vida como um líquido produzido pelo próprio corpo humano, que teria a propriedade de prolongar indefinidamente a vida daqueles que conseguissem realizar a chamada "Grande Obra", tornando-se assim verdadeiros alquimistas. Existem referências dessa substância desconhecida também na tradição da Yoga.
Os Quatro Elementos são: Água, Ar, Terra e Fogo. São objecto de referência em várias obras de expressão literária, plástica e filosófica.
A origem da teoria dos quatro elementos, ao menos no ocidente, está na Grécia, entre os filósofos pré-socráticos. Entre eles, a origem da matéria era atribuída a um elemento diferente: ora o fogo, ora a água.
No entanto, é provável que essa discussão tenha vindo do oriente, onde encontramos, na China, a Teoria dos Cinco Elementos. Estes são, na verdade, elementos subtis, ou melhor, estados de mutação da matéria-energia.
Os escritos dos filósofos da Renascença, porém, levam a supor que o ocidente também via os elementos como forças subtis que se manifestariam através de transformações recíprocas. Esta forma de ver os elementos justifica a ligação entre astrologia e alquimia, que ocorria naquela época.
A astrologia, quando usada para estudar aspectos médicos das doenças, investigava se a pessoa era do tipo sanguíneo (ar), fleumático (água), colérico (fogo) ou bilioso (terra, também chamado nervoso). A cada um desses biotipos corresponde, de acordo com a medicina antroposófica, o seguinte órgão:
- colérico: coração
- fleumático: fígado
- sangüíneo: rins
- bilioso: pulmões
Cada um desses tipos teria então um órgão indicativo de seu estado de relativa saúde ou doença, e durante determinada estação do ano estaria mais propenso a desequilíbrios.
O Homem tem uma constituição Septenária ou seja, é um ser marcado pelo número 7, como de resto toda a Natureza, e é composto por sete corpos ou princípios.
O sete subdivide-se em duas formas geométricas: o quadrado e o triângulo. O quadrado representa os quatro elementos que no homem constituem a sua personalidade e o triângulo está relacionado com a sua parte espiritual ou seja o seu Ser.
O Ser Humano é complexo e, se repararmos bem, podemos e devemos distinguir nele:
1. O corpo físico que todos conhecem;
2. O molde e as causas dirigentes da geração e formação desse corpo físico, bem como a vitalidade que o anima e mantém coeso;
3. Os desejos, emoções, afectos e sentimentos pessoais;
4. Os pensamentos e a capacidade analítica a partir dos dados observados e das coisas sentidas;
5. Uma inteligência criadora, que funciona em termos abarcantes e sem ser comandada, de fora para dentro, pelos fenómenos e pelas reacções que estes suscitam, antes se lhes sobrepondo, num domínio de liberdade (por isso se diferenciando do tipo de pensamento imediatamente antes considerado);
6. Capacidade intuitiva, i.e., de uma sabedoria íntima, real e essencial, adveniente do contacto directo com o âmago dos seres e das situações, o que só pode ser concomitante de um Amor inegoísta, forte, lúcido e que não se confina à própria pessoa e ao que lhe está próximo (distingue
- se, assim, dos afectos atrás referidos);
7. Uma latente Vontade incondicionada de Bem, que se pode manifestar somente quando nenhuma mácula de egoísmo ou separabilidade existe, visto ser uníssona com o grande Plano Divino, com o extraordinário Propósito Inteligente que subjaz a todo o Universo.
E, antes e depois de tudo, É (e, ao Ser, pode expressar-se sob todas as formas que vimos enumerando).
É perfeitamente visível perceber a matemática da Natureza na repetição do 7; nos dias da semana, nas cores do arco-íris, nas 7 ondas, nas sete saias, nos 7 pecados mortais, as sete colinas de Lisboa, os sete Dons do Espírito Santo, as sete partidas do Mundo, etc.
P ´lo sinal luminoso em nossa terra,
a apontar ao mundo inteiro a grande luz,
Neste tempo inseguro, mas de graça,
que precisa urgentemente de Jesus.