Não. Segundo especialistas, o “encanto” não tem nada a ver com a música, e tudo a ver com o encantador agitando uma pungi, um instrumento de sopro, na cara da cobra.
Serpentes não têm orelhas externas, e percebem apenas um pouco mais que burburinhos de baixa frequência.
Mas, quando elas veem algo ameaçador, levantam-se numa pose defensiva. “O movimento da cobra é completamente influenciado pelo instrumento na sua cara”, diz Robert Drewes, presidente do departamento de herpetologia (estudo de anfíbios e répteis) da Academia de Ciências da Califórnia, em San Francisco. “Ele balança, a cobra balança”.
Drewes estuda como os animais respondem às suas próprias chamadas; a sua especialidade são as rãs.
Rãs têm ouvidos muito bons, o que faz sentido, já que o som é vital para a sua procriação: o coaxo de um macho chama por uma fêmea. Cada chamada de cada espécie de rã é diferente. Rãs do sexo feminino têm ouvidos internos que estão sintonizados apenas para a chamada da sua espécie.
Bernie Krause, músico e “ecologista sonoro”, diz que, embora alguns animais pareçam responder ao que chamamos de música, não há como sabermos o que eles pensam.
Sim, às vezes as aves “chacoalham” ao som de música, macacos tocam teclado, mas estamos “atribuindo” isso aos animais. Segundo ele, para dizer que animais gostam de música, temos que ver um animal que não seja cativo desfrutando de música; um que não esteja procurando nada para aliviar o tédio.
Krause comenta que nós aprendemos a nossa música (música moderna “artificial” de hoje) a partir do mundo natural, e em alguns lugares do mundo, ainda existem grupos de seres humanos que “cantam com a natureza”, ao invés de para ela.
O Kaluli em Papua Nova Guiné, diz ele, “mistura as suas vozes com os sons da floresta, que é como nós aprendemos polifonia” – cantar com mais de uma voz. Encantadores de cobras também podem ter começado desta forma: cantando e dançando com cobras. Mas isso foi há milhares de anos, antes de sabermos que as serpentes sequer podiam ouvir aquele som.[POPSCI]
Com tanta água no mar, pode parecer insensato falar em crise no seu abastecimento. Mas é exactamente para esse risco que a Organização das Nações Unidas (ONU) vem apontando há pelo menos trinta anos. A perspectiva é a de que, na próxima década, a crise de abastecimento atinja proporções inéditas, com a procura superando a oferta anual de 9 mil km3. A década passada foi toda dedicada a estudos da água e 1998 foi o Ano Internacional dos Oceanos, o reservatório de 97,5% dos 1,5 biliões de km3 da água da Terra. A água salgada, representa mais de 97%, das reservas mundiais, que são abundantes, embora não disponíveis quando e onde queremos, e na forma desejada. De tais reservas, quase dois por cento, está na forma de gelo. A água cobre 70% da superfície terrestre! Mas é bom que nos convençamos que a maior parte dessa água, não oferece condições para consumo. Igualmente os recursos fluviais, estão divididos de forma não proporcional: mais de 40% dos rios e lagos estão concentrados em seis países: Brasil, Rússia, Canadá, EUA, China e Índia. Muitas outras zonas da Terra, dispõem de poucos recursos hídricos.
A distribuição da água ao longo do ano, também apresenta enorme variabilidade. Esse facto faz com que existam épocas secas! No decorrer do III Fórum Mundial da Água, realizado no Japão, mais de dez mil representantes de 160 países, apresentaram-se, e muitos trouxeram soluções concretas para os problemas que atingem perto de dois mil milhões de pessoas, em todo o mundo. A crise mundial da água será um dos maiores desafios do século XXI! Noutra Cimeira Mundial, sobre o Desenvolvimento Sustentável, realizada na África do Sul, a comunidade internacional decidiu reduzir para metade o número de pessoas que não têm acesso a água potável até 2015, equivalente a 1,4 mil milhões de pessoas. Existe também o problema daquelas pessoas que não possuem quaisquer condições sanitárias e de salubridade, cujos números apontam para cerca de 2,3 mil milhões de pessoas. O grande drama consiste no facto de no momento em que se fazem grandes esforços, técnicos e financeiros, para dotar muitas pessoas de condições de acesso a água potável, saneamento e salubridade, a escassez do ”ouro azul” e o aumento acelerado da população mundial, atirarem o mundo para uma situação pior do que aquela que existe neste momento! Assim, prevê-se que, em 2025, 50 por cento da população mundial não terá acesso a água potável, contra os 30 por cento que actualmente sofrem esse problema!
"São inevitáveis dentro do euro. Com o escudo o problema da competitividade da economia resolvia-se com a desvalorização da moeda. Como temos a mesma moeda que a Alemanha e não produzimos o mesmo que os alemães, a solução é «emular» a desvalorização com cortes nos rendimentos dos portugueses." CM - 13-03-2011
Esta conclusão é certa até certo ponto! É preciso não esquecer que sabemos isto desde que entrámos para o euro. Também, é preciso saber que assumimos, todos assumiram, a necessidade de haver convergência nas contas públicas entre todos os parceiros da UE (27). Perante isto o que andaram a fazer os Governos PS (Guterres e Sócrates)? A defender o ESTADO e o INVESTIMENTOS PÚBLICO, mais o despesismo em escalada crescente e a desmobilizar quem poupava, quase destruindo os CERTIFICADOS DE AFORRO e qualquer outra forma de poupança.
Com este princípio mataram a possibilidade de atingirmos a CONVERGÊNCIA, e levaram o país a um nível de DESPESA lastimável. Obras públicas aos montes, para satisfazerem os "patrões da construção civil", esquecendo o desenvolvimento de uma economia produtiva e competitiva. Também aqueles que pouparam foram aniquilados, pois com o escudo e a sua receita da desvalorização, eram premiados com a subida dos juros. Com este socialismo, viram as suas poupanças totalmente destruídas e comidas por ausência de regras normais numa sociedade séria. Retiraram-lhes qualquer normal actualização das taxas de juro nas poupanças.
Hoje, os que pouparam voltam a ser altamente prejudicados, acrescentando a estes todos os reformados que pagaram, juntamente com as suas entidades patronais, altos descontos para a Segurança Social! Temos em PORTUGAL um socialismo vergonhoso, que só se preocupa com o mundo gay, casamentos homossexuais e outras formas ridículas de evolução social.Tal socialismo, não passa da ruína de qualquer país, até pela protecção incrível que dá aos poderosos e tira às pequenas e médias empresas. Mesmo perante a actual tragédia, tudo fazem para não saírem do poder. Eles lá sabem porquê!
O homem não é somente uma unidade, uma entidade separada, a não ser em sentido relativo, porque é membro de uma família, de uma comunidade, de uma nação, um dos habitantes da Terra, e está por meio desta relacionado a outros mundos e seus habitantes, pois todos estes mundos estão habitados como já afirmaram alguns astrónomos, raciocinando por analogia. Por seu turno, a ciência oculta faz esta mesma afirmação, e este ensinamento está baseado no conhecimento direto obtido e verificado por meio de faculdades que alguns já possuem, porém que em todos estão latentes.
Esta visão do Universo e da nossa pequena Terra, por estranho que pareça a muitas pessoas, não é tão difícil de crer como é a história da criação em sete dias, quando interpretada literalmente, pois se DEUS criou a Terra nesse breve período de tempo, deve também haver misturado nela os fósseis, multiplicado os estratos, feito as marcas das geleiras e todas as erosões da água, tudo isso para a Sua própria glória e eterna mistificação da humanidade. É muito mais lógico, certamente, sustentar que os diversos corpos celestes são habitados por vidas e formas em evolução e não, apenas, simples lâmpadas penduradas no firmamento para iluminar a nossa pequena Terra.
Esta relação entre o Sol, a Lua e os planetas se vê em cada uma das diferentes religiões mundiais, incluindo a religião Cristã, e os templos antigos são monumentos de credos religiosos hoje quase esquecidos no mundo ocidental, se bem tão grandes, hoje, como na Antiguidade.
A grande pirâmide de Gizeh, que se ergue sobre a planície do grande deserto do Saara, na cabeceira do delta do Nilo, é uma das construções mais antigas da Terra e um eloqüente testemunho do conhecimento que tinham os antigos a respeito de suas verdadeiras relações cósmicas, já que essa pirâmide monumental foi construída segundo medidas universais.
Vemos assim que o confronto entre a Luz e as Trevas no mundo físico está intimamente relacionado, nas Escrituras das diferentes religiões, com a luta dos poderes da Luz e da vida espirituais contra aqueles da escuridão e da ignorância, e que esta verdade foi universalmente difundida entre todos os povos em todas as épocas. Os mitos dos dragões assassinos e seus matadores encarnam a mesma verdade: os gregos falam da vitória de Apolo sobre Python e de Hércules sobre o dragão das Hespérides. Os escandinavos contam do confronto de Beowulf matando o dragão de fogo; de Siegfried triunfando sobre o dragão Fafner, e nós temos o nosso São Jorge matando o dragão.
Hermes sobre Typhon, JAKnaap. Hermes,como a personificação da Sabedoria Universal está aqui representado com o pé sobre o dorso de Typhon, o dragão da ignorancia e da perversão. Para os Iniciados Egípcios, vencer o dragão devorador das almas era se libertar da necessidade de renascer.
Em nossa época materialista estas verdades estão sendo temporariamente relegadas ao esquecimento, ou consideradas conto de fadas, sem nenhum apoio verídico. Mas tempo virá, e não está muito longe, em que essas reliquias serão restauradas e novamente respeitadas como corporificação de grandes verdades espirituais.
<a rel="license" href="http://creativecommons.org/licenses/by-sa/3.0/"><img alt="Licença Creative Commons" style="border-width:0" src="http://i.creativecommons.org/l/by-sa/3.0/88x31.png" /></a><br />Este trabalho foi licenciado com uma Licença <a rel="license" href="http://creativecommons.org/licenses/by-sa/3.0/">Creative Commons - Atribuição - CompartilhaIgual 3.0 Não Adaptada</a>.
Estamos vivendo uma época nunca antes vista ou imaginada pelo homem. Estamos a meio de uma fabulosa Transformação Cósmica. Muito se fala sobre a Nova Era ou ?New Age?, mas pouco se sabe sobre o seu verdadeiro significado. A Nova Era é a etapa de um novo Ciclo Universal e eterno. Esse novo ciclo está começando, e as suas transformações já se fazem presentes. Um ciclo que se intensificará cada vez mais, chegando ao seu ápice no ano de 2012. Esse grande ciclo é baseado no Zodíaco de Dendera, no Egito, que marca o final da grande passagem da Era de Peixes, que se iniciou em 168 a.C. e terminou em 1992.
Agora estamos entrando na grande Era do Aquário, colocando-nos dentro de um novo processo de preparação. O Ano de 2012 dará início definitivo a esta Nova Era, a Era de Ouro para a humanidade. Não veremos o apocalipse, tão pouco o fim do mundo, veremos sim um novo tempo de exuberância, abundância e prosperidade. Uma mudança vibracional e espiritual extraordinária está para vir, e devemos preparar-nos. Os sinais estão cada vez mais presentes, e os chamados (eleitos) cada vez mais latentes, para que nos tornemos conscientes e preparados a viver nessa Nova Terra.
Os fenícios estabeleceram-se nas margens orientais do Mediterrâneo, na fina e fértil faixa situada entre o mar e os montes Líbano e Antilíbano. A pequenez de seu território, a presença de vizinhos poderosos, e a existência de muita madeira de cedro (boa para a construção naval), nas florestas das montanhas, parecem ter sido fatores adicionais que orientaram a civilização fenícia para o mar.
Construiram frotas numerosas e poderosas. Visitaram as costas do norte da África e todo o sul da Europa, comerciaram na Itália, penetraram no ponto Euxino (mar Negro) e sairam pelas Colunas de Hércules (Estreito de Gibraltar), tocando o litoral atlântico da África e chegando até as ilhas do Estanho (Inglaterra). Comerciando sempre, construiram entrepostos e armazéns ao longo de suas rotas. Quando podiam saqueavam e roubavam, mas evitavam os enimigos poderosos, que preferiam enfraquecer mais pelo ouro do que pela espada. Seus agentes e diplomatas não eram estranhos a quase todas as guerras travadas na época, e delas tiravam bom proveito. Fizeram o périplo africano, seguindo em sentido inverso ao caminho que percorreria Vasco da Gama muito mais tarde. E as provas acumulam-se para confirmar que atravessaram o Atlântico e visitaram o novo continente. Os fenícios navegavam utilizando a técnica de orientação pelas estrelas, pelas correntes marinhas e pela direção dos ventos, e seguindo esses indícios os seus capitães cobriam vastas distâncias com precisão. Já eram influentes por volta do ano 2000 a.C., mas o seu poder cresceu com Abibaal (1020 a.C.) e Hirã (aliado de Salomão). Biblos, Sidon e Tiro foram sucessivamente capitais de um império comercial de cidades unidas antes pelos interesses, costumes e religião do que por uma estrutura política mais rígida.
Bibliografia:
- "Grandes Enigmas da Humanidade" (págs 96-100), Editora Vozes – Luiz C. Lisboa e Roberto P. Andrade
A vida associativa só tem sentido quando vivida com intencionalidade ética, como caminho para agir, intervir e vivermos de forma plena a nossa cidadania.
O reconhecimento é a expressão do olhar da sociedade sobre o caminho que todos juntos vamos percorrendo...de forma solidária.
O associativismo, nas suas múltiplas expressões, e em especial as colectividades de cultura, desporto e recreio, constituem uma poderosa realidade social e cultural. Para muitas centenas de milhares de portugueses, o associativismo constitui a única forma de acesso a actividades desportivas, culturais, recreativas, ou de acção social. Para além disso, é através do exercício do direito de associação por muitos cidadãos que são asseguradas formas de participação cívica da maior relevância.
É inquestionável que as associações promovem a integração social e assumem um papel determinante na promoção da cultura, do desporto, na área social, substituindo a própria intervenção do Estado. Porém, há cada vez maiores dificuldades para levar as pessoas a participar na vida associativa. Trabalhar por “carolice” não é fácil e muitos não querem assumir responsabilidades, outros não têm o mínimo de perfil moral e de cidadania ou espírito agregador para um fim tão nobre.
A verdade é que a prática associativa assenta na vontade dos indivíduos, sendo uma emergência social que não pode ser lida fora do seu contexto – a sociedade em que vivemos – porque não se trata de um fenómeno de geração espontânea, nem de grupos, releva da vontade de uns tantos que tenazmente se opõem à corrente. E os exemplos são mais que muitos.
Acontece, porém, que como em tudo na vida, há que vencer a resistência à mudança, logo o associativismo requer aprendizagem, treino, interiorização de uma postura de partilha, sendo também entendido como uma questão cultural. Muitos suportam mentiras, difamações e demais ataques ofensivos à sua dignidade, estes são os eleitos. Aqueles que erguem a obra que outros vão destruir. Aqueles que primam pela tolerância, e que elevam o espírito altruista acima do ataque suez. Outros, que enxovalham toda a gente, que têm posturas policiais, completamente ridículas, quando deveriam ser eles próprios o objecto de sanções disciplinares graves, pelas suas atitudes constantes de afronto e mentira! De insensibilidade social e de amarras a comportamentos "mafiosos" de cartas anónimas! Gente desta, nem percebe que deveriam estar longe das Associações que todos pagamos nos impostos pesados que suportamos sem poder! Uma Associação é um local para a fraternidade e não para polícia à porta, destruindo a unidade e a vontade de entrar!
Promovendo gratuitamente a intolerância. Só o tempo resolve estas situações, dado que tal gente nem a Constituição respeita!. Não tardará que a verdade venha ao de cima, como o azeite! As trevas são o paraíso dos pobres de espírito, mesmo quando exibem diplomas.O carácter de um "verdadeiro Associativista" cheira-se ao longe, não precisa de pérfidos anúncios em "pasquins falidos"!
Art.º 73
1. Todos têm direito à educação e à cultura.
3. O Estado promove a democratização da cultura, incentivando e assegurando o acesso de todos os cidadãos à fruição e criação cultural, em colaboração com os órgãos da comunicação social, as associações e fundações de fins culturais, as colectividades de cultura e recreio, as associações de moradores e outros agentes culturais.
Art.º 74
2.O ensino deve contribuir para a superação de desigualdades eonómicas, sociais e culturais, habilitar os cidadãos a participar democraticamente numa sociedade livre e promover a compreensão mútua, a tolerância e o espírito de solidariedade.
Sempre no respeito pela lei e outras fontes legislativas, a fruição da cultura paga pelo Estado, tem de começar pelos mais necessitados, depois ...poderão vir todos.
O problema de ter o Estado em todo o lado é que ele acaba por não estar em lado nenhum. Eis uma evidência que os defensores do Estado Social ‘gratuito’ e ‘universal’ nunca perceberam. Os resultados estão à vista: em hora de aperto, as universidades estatais vão começar a pedir donativos a alunos e ex-alunos para sobreviverem. É um apelo à ‘gratidão’, dizem os responsáveis; e, além disso, é uma prática comum no mundo anglo-saxónico.
Por:João Pereira Coutinho, Colunista
Infelizmente, os responsáveis esqueceram-se de acrescentar que essas doações, em Inglaterra ou nos Estados Unidos, são o topo do sistema de financiamento do ensino superior. Um sistema que começa cá em baixo, com propinas a sério – e não com a brincadeira populista e iníqua que reina em Portugal, onde alunos ricos, pobres e remediados pagam todos as mesmas mensalidades de comédia ao Estado.
Tivessem os pedintes de hoje enfrentado esse problema a tempo e o País seria poupado à imagem edificante de ver as suas universidades a mendigar.
NOTA: A hora de aperto de hoje, não se resume somente às Universidades. Quanto a estas, tudo bem, pois muito boa gente que exibe diplomas, nem sequer sabe perceber quanto o povo pagou para que esses senhores andem de nariz empinado, ganhando bem e nada fazendo pelo bem-comum! A hora de aperto está a atingir muita gente, como por exemplo os reformados que pagaram as suas reformas ao longo da vida, e hoje, ficam sem os 13.º 14.º meses por ano! A vida nacional deveria dar um salto em frente e acordar. Por exemplo, em qualquer associação cultural, subsidiada pelo Estado (leia-se todos nós), os Corpos Gerentes deveriam ajudar nas necessidades da Associação, pagando despesas do seu carro, água, luz, etc, para que pudessem servir mais gente de poucos recursos económicos. Daqui lanço outro apelo à gratidão, lembrando-lhes que poderiam também pagar os selos das convocatórias para os sócios, as fotografias que tiram às esposas que ursupam a representatividade da Associação, etc, E todos aqueles que por lá andam para pagar menos, poderiam pagar mais um pouco a favor dos que menos têm. Também os monitores deveriam perceber que o momento é de aperto e não exigir aumentos salariais! Querem ganhar mais,pois que vão para as privadas, onde abunda gente que tem dinheiro de sobra.Os Presidentes podiam pagar quotas, que alguns nunca pagaram! Se assim fosse, só seriam Gerentes Sociais aqueles que têm mesmo gosto nisso e não qualquer polícia ou porteiro!
A apanha da azeitona era um trabalho agrícola realizado entre os meses de Novembro e Fevereiro.
Logo de manhã cedo, grupos de rapazes e raparigas juntavam-se à porta da casa do patrão, cada um com a sua cesta de arco, onde levavam a comida (broa, sardinhas e azeitonas) e só regressavam à noite.
Os rapazes levavam as varas às costas com os panais embrulhados e o quarto ou a cabaça da «pinga».
As raparigas levavam o cabaz de verga e os sacos de linhagem.
Os panais eram feitos de linhagem ou de pano cru comprado na feira. No final da safra, estes, eram sujeitos a barrela (lavagem com água quente e cinza) servindo depois para colocar na cama, utilizados como lençoi
O TRAJE
Os rapazes iam vestidos com calças e colete de cotim, camisa de riscado e na cabeça levavam um chapéu de aba larga, também de cotim, todo pespontado, feito pelo alfaiate. Iam calçados de tamancos e usavam cinta preta à volta da cintura.
As raparigas usavam: blusa, avental e saia até ao artelho, tudo de riscado. A saia era escura, usando por baixo desta uma outra também de riscado, mais clara e um saiote vermelho por causa do frio.
Para levantar e segurar as saias usavam uma cinta preta.
Na cabeça, levavam um lenço de melrinho amarelo, cujas pontas cruzavam por baixo do queixo e atavam atrás (lenço atado abaixo). Por cima do lenço colocavam um chapéu preto. Usavam também um xaile preto traçado e atado atrás ou à cinta, conforme fazia frio ou calor.
A VAREJA
Quando chegavam ao olival, as raparigas punham um avental de linhagem para não sujarem o outro. Estendiam os panais debaixo das oliveiras e os rapazes mais ágeis, subiam às mesmas, para irem até às pontas, enquanto os mais velhos com as varas andavam por baixo.
Durante o trabalho o grupo cantava algumas cantigas entre as quais se destacava esta:
À entrada desta rua
Logo mesmo à entrada
Há uma oliveirinha nova
Qu'inda não foi abanada
Azeitona miudinha
Que azeite pode render
Os homens de pouca barba
Que vergonha podem ter
Apanhemos a azeitona
Que a comem os pardais
Comem uma, comem duas
Comem três não comem mais
No fim de cada quadra, era feito um apupo que servia de chamada aos grupos que se encontravam no mesmo serviço nos olivais vizinhos que respondiam: úú-úú-úú.
Chegada a hora do meio dia (jantar) acendia-se a fogueira para assar as sardinhas que eram comidas com broa e azeitonas retalhadas. Para beber era a «pinga» (água-pé) ou água.
No decorrer dos trabalhos ou no regresso a casa, quando encontravam algum homem ou rapaz a «jeito» (caçador, patrão, carteiro, ...) logo uma rapariga escolhida do grupo se lhe dirigia com um ramo de oliveira carregado de frutos com o fim de o penhorar dizendo:
Ofereço-lhe este raminho
Que veio do arvoredo
Eu venho com delicadeza
Penhorar o Sr. Dr. «Azaredo»
Aqui vai este raminho
Cheiinho de botões
Eu te venho penhorar
O penhorado agradecia, dando-lhe um pequeno donativo que servia para ajudar a comprar os bolos, chá, açúcar, e outra mercearia com que presenteava o patrão no dia da penhora, respondendo-lhe:
Eu aceito o raminho
Da raiz do coração
Mas vou dar-lhe um abraço
Não um aperto de mão
No fim do dia e de regresso a casa, transportavam a azeitona nos sacos, em burros, em carros de bois ou mesmo à cabeça.
Chegados a casa, procedia-se à limpeza da azeitona, arremessando-a contra o vento para se separar da folha, caindo depois sobre os panais previamente estendidos.
Limpa a azeitona, era a mesma colocada em cestos de verga e salgada para não «arder».
Ao serão, tratava-se de escolher os ramos, depenicando a azeitona que ainda continham.
Seguidamente, a azeitona era transportada para os lagares e transformada em azeite.
A parte sólida denominada «baganha», era aproveitada na alimentação dos porcos.
O azeite era transportado para casa em barris de madeira utilizados especificamente para esse fim.
A PENHORA
Terminada a safra, o patrão, em sinal de agradecimento, dava uma festa convidando todo o pessoal para um jantar.
Era no decorrer desta festa, que o par escolhido entre o grupo dos trabalhadores, penhorava o patrão, oferecendo-lhe a mercearia que havia sido comprada com os donativos provenientes das penhoras efectuadas.
O jantar constava de: sopa de feijão seco com massa e batata ou arroz com carne.
A festa culminava sempre com um baile, onde toda a gente se divertia, estendendo-se o direito de participação às pessoas que se deslocavam para assistirem à mesma.
O baile terminava sempre com a canção da «Vassourinha», que era uma maneira delicada de mandar as pessoas embora e que era assim:
Tu és de palha e tens pau Que eu inda ontem bem vi Olha amor o que é mau Tomá-ra-la tu para ti
Estribilho
Linda vassoura, quando serás minha Querido abano, vais passar a varredor Varre, varre, querida vassourinha Abana, abana, meu abanador Abana, abana, abana e faz calor
Ó que par tão engraçado Ir de noite à cozinha Ver o abano dependurado namorando a vassourinha
Junto com o rock and rol!, o twist foi uma das danças mais populares das que surgiram nos Estados Unidos. Descoberto casualmente e gravado por um músico desconhecido, rapidamente se transformou na febre dos anos 60 e continua sendo praticada nas danças de salão. A história do twist começa em Tampa, Flórida, no final dos anos 50. Hank Ballard, do grupo Hank Ballard and the Midnighters, foi testemunha de uma nova dança baseada em estranhas e desconhecidas contorções bastante populares entres os jovens da região. Com um bom tino comercial, Ballard incluiu no lado B do compacto simples Teardrops on Yóur Letter -"Lágrimas sobre a sua carta" - (1958) a música The Twist. A intenção de Ballard não foi correspondida pelo público, e o compacto passou praticamente desapercebido. No entanto, a dança chegou até Dick Clark, do American Bandstand que, interessado pela música, procurou entre as bandas locais alguma pessoa que pudesse voltar a gravá-Ia. Um dos que recebeu a proposta - e que de imediato não demonstrou muito interesse - foi Ernest Evans, um cantor que estava abrindo caminho no mundo musical fazendo imitações de outros artistas. Há pouco tempo tinha abandonado o nome de Ernest Evans para adotar um mais sonoro, Chubby Checker. O seu maior êxito tinha sido a música The Class, com a qual se havia colocado no 38° lugar das listas de sucessos, em parte porque incluía imitações de Fats Domino, The Coasters, Elvis Presley e The Chipmunks. Quando Dick Clark sugeriu a Checker que gravasse The Twist no seu próximo compacto, o cantor demorou apenas 35 minutos a completar três sequências da música. Em agosto de 1960, entrou nas paradas de sucesso e colocou-se no primeiro lugar durante sete semanas. Assim nasceu o substituto do rock and roll. The Twist manteve-se entre os mais vendidos durante um ano e meio, e quando foi relançada chegou de novo ao primeiro lugar e esteve entre os mais vendidos durante outras vinte uma semanas. O êxito devia-se à agilidade de Checker, à facilidade de aprender os passos -que na realidade consistiam em fortes giros de cadeiras e pés- e a uma característica abandonada desde os tempos do cha-cha-cha, em que o casal se podia separar e dançar cada um para seu lado. Casais de diferentes idades de todo o mundo criaram os seus próprios estilos, e a partir da segunda metade da década as gravadoras tentaram lançar outras danças parecidas: nas pistas desfilaram o mashed potato, o locomotion, o watusi, o boogaloo, o bristol stomp, o hitchhike, o shing-a-ling, o jerk, o hully-gully ou o swim, mas nenhuma chegou a ter o êxito do twist, definitivamente instalada nos salões de dança. Chubby Checker; o pai do twist Chubby Checker nasceu em 1941, na Filadélfia. Enquanto trabalhava numa granja de galinhas ganhando 15 dólares semanais, gravou a sua primeira música, Jingle Bells (1958) e, ainda com o nome de Ernest Evans, em 1959, gravou The Class, uma canção que teve muito êxito. A partir da gravação do The Twist, Checker transformou-se em um dos músicos mais populares dos anos 60, encarregado, nada mais nada menos, desubstituir o rock and roIl e eclipsar o próprio Elvis Presley. Durante a primeira metade dos anos 60 foi o músico que mais discos vendeu em todo o mundo. Entre os seus êxitos destacam-se The Hucklebuck, Pony Time, Let's Twist Again, The Fly, Jingle Bell Rock, Slow Twistin' e Dancin' Party. O estilo do twist e os princípios básicos do twist são simples: uma rotação com as pernas juntas e flexionadas com o peso apoiado numa parte do pé, nos balanços do corpo para frente e para trás e no movimento dos braços contrários ao movimento dos quadris e das pernas. Mas talvez o que mais chamou a atenção dos dançarinos foi que pela primeira vez, desde o cha-cha-cha, os casais podiam dançar independentemente e demonstrar as suas habilidades. Porém, o mais importante é levar em consideração que o corpo tem que estar relaxado, especialmente os joelhos e os tornozelos. Antes de dançar é conveniente realizar exercícios para aquecer o corpo e dar flexibilidade aos músculos e juntas para evitar possíveis contusões. Se não estivermos seguros da resistência de nossos tornozelos e joelhos podemos dissimular movendo o peito e os braços. O twist em imagens, o melhor modo de aprender a dançar o twist é vê-lo, e Chubby Checker participou de vários filmes. O mais famoso é Twist Around the Clock (1961), no qual um policial perde tempo procurando convencer os habitantes de uma cidade que deixem de dançar o twist. Um filme bastante interessante para os amantes do rock e do twist é Let the Good Times Roll (1973), no qual aparecem nos seus melhores momentos Chuck Berry, Chubby Checker, Fats Domino, BilI Haley e Litte Richard. Recentemente apareceram outros filmes que nos mostram como era a dança dos anos 60, como Twist (1992), um divertido documentário sobre os primeiros anos do rock and roll que culmina com a febre do twist e mostra a loucura desta dança em meados da década de 1960. Coleção: AS MELHORES DICAS DE DANÇA DE SALÃO Edições del Prado, 1999.
Studio de Dança Renato Mota em Santo André - São Paulo
O Livro de Job é um dos livros que constituem a Bíblia e que na Bíblia Cristã está incluída no Antigo Testamento. Utilizando uma linguagem algo complexa, o livro apresenta o sofrimento e a heróica paciência de Job, um homem justo que teria vivido no tempo dos patriarcas.
Desconhece-se quer o autor, quer a época em que foi escrito o Livro de Job embora se pense que a sua narração tenha sido efectuada durante o exílio na Babilónia ou nos anos imediatamente posteriores. Também se desconhece a região a que pertencia Hus, a terra de onde era originário Job, embora se acredite que ficasse localizada algures a sudeste do mar Morto. Job não pertencia, portanto, à linhagem de Abraão sendo, contudo, apresentado como um homem devoto a Deus.
Com estes dados históricos, o autor do livro compõe o hagiógrafo, um poema didáctico, histórico-dramático, quase todo ele escrito em verso e com as características que são próprias da poesia. O objectivo do livro é o de apresentar um modelo de paciência no meio das dificuldades da vida, bem como a aceitação da vontade de Deus mesmo que se desconheça os seus motivos. Mostra também que os males terrenos não constituem necessariamente um castigo do pecado, podendo antes ser um meio de provação para o aperfeiçoamento dos justos.
Quem diria que um dia veríamos os jovens das grandes cidades brasileiras, acostumados a idolatrar artistas estrangeiros enlouquecidos por causa de um ritmo que até pouco tempo atrás sofria grande preconceito.....Pois, é isso o que está acontecendo com o forró, essa mistura “ altamente inflamável” de ritmos africanos e europeus que aportaram no Brasil no início do século. O nome “forró” já é controverso, pois, há quem diga que vem de “ for all” (em inglês “ para todos”) e que indicava o livre acesso aos bailes promovidos pelos ingleses que construíam ferrovias em Pernambuco no início do século; no entanto, há quem defenda a tese de que a palavra forró vem do termo africano “forrobodó”, que significa festa, bagunça. E se a própria palavra possui esta dupla versão para seu significado, imagine os ritmos que compõem o forró ! São tantos e tão diferenciados, que não deixam dúvida sobre de onde vem a extrema musicalidade do forró. Afinal, uma música que tem entre as suas influências ritmos tão diversos como o baião, o xote, o xaxado, o coco, o vanerão e as quadrilhas juninas, só poderia mesmo originar uma dança que não deixa ninguém parado. O baião, por exemplo, era dançado em roda e nasceu no nordeste do Brasil no século XIX. Já o xote, tem sua origem no final do século XIX e é um ritmo de origem européia que surgiu nos salões aristocráticos da época da regência. E por aí, vai. Mas, se são muitas e diferenciadas as influências musicais que deram origem ao forró e se há controvérsias quanto ao surgimento da própria palavra, há um ponto no qual todos concordam: se não fosse Luiz Gonzaga, o forró não teria caído no gosto popular e não seria o sucesso que é hoje. O “Velho lua”, como era conhecido, foi quem tirou o forró dos guetos nordestinos e apresentou-o para o público das outras regiões do país. Isso aconteceu em 1941 quando ele se inscreveu e venceu um concurso da Rádio Nacional que procurava novos talentos. Mas, antes de tocar no rádio, o Velho Lua amargou uma fase de pouco dinheiro e prestígio, animando a noite em prostíbulos e bares do Rio de Janeiro. No entanto, depois de vencer o preconceito do diretor artístico da rádio, que o proibia até de usar as roupas típicas do caboclo nordestino e que seriam depois sua marca registrada, Luiz Gonzaga, foi aos poucos conquistando o país inteiro com seu forró. Por essas e outras, Luiz Gonzaga ficou conhecido nacionalmente como o “ Rei do Baião” consagrando de norte a sul do país e até no exterior, este ritmo que atualmente esquenta as noites de 9 entre 10 capitais do Brasil. Atualmente, o forró está novamente no auge do sucesso e vem conquistando adeptos entre os jovens e adolescentes de todo país. Esta procura por um ritmo que até pouco tempo, era visto com preconceito, está novamente mudando “ a cara ” do forró.
Valsa (do alemão Walzer) é um gênero musical erudito de compasso binário composto (6/8) (embora muitas vezes, para facilitar a leitura, seja escrita em compasso ternário). As valsas foram muito tocadas nos salões vienenses e muito dançada pela elite da época.
Durante meados do século XVIII, a allemande, muito popular em França, já antecipava, em alguns aspectos, a valsa. Carl Maria von Weber, com as suas Douze Allemandes, e, mais especificamente com o Convite à dança (também conhecido por Convite à valsa), de 1820, pode ser considerado o pai do gênero.[carece de fontes?]
Os compositores mais famosos do estilo são os membros da família Strauss, Josef e Johann Strauss. O estilo foi depois reinterpretado por compositores como Frédéric Chopin, Johannes Brahms e Maurice Ravel.
Johann Strauss Jr. compôs mais de duzentas valsas.
Atualmente as valsas são regularmente interpretadas pelas mais importantes orquestras mundiais.
O gênero musical gerou danças com braços entrelaçados ao nível da cintura, tornou-se logo uma dança independente com contato mais próximo entre os parceiros. No fim do século XVIII a dança passou a ser aceita pela alta sociedade - especialmente pela sociedade vienense.
A palavra tem origem no verbo alemão Walzen, que significa "girar" ou "deslizar". É uma dança de compasso binário composto, com um padrão básico de passo-passo-espera, resultando em um deslizar vivamente pelo salão.
A Valsa no Brasil
A valsa chegou ao Brasil com a chegada da corte portuguesa ao país, em 1808. A música foi apresentada em salões onde a elite do Rio de Janeiro dançava. Depois chegou outro género musical, a polca, em 1845. Ao longo da segunda metade do século XIX ela continuou a ter grande aceitação e foi, nas palavras do estudioso José Ramos Tinhorão, "um dos únicos espaços públicos de aproximação que a época oferecia a namorados e amantes".
Entre os músicos brasileiros que fizeram obras neste género estão os compositores Villa Lobos, Carlos Gomes e Ernesto Nazaré
Na sua origem tupi, essa palavra quer dizer algo como "causar um grande estrondo". Ela foi adotada para se referir a um dos mais impressionantes fenómenos da natureza - que ocorre quando o mar invade um rio, na forma de uma grande onda que se choca contra a corrente fluvial. Essa onda pode atingir até 4 metros de altura e durar até uma hora e meia, avançando 50 quilómetros rio adentro. A pororoca só ocorre em regiões de grandes marés, como a foz dos rios Sena, na França (onde é conhecida como mascaret), e Ganges, na Índia (chamada de bore) - mas é muito mais intensa no litoral norte do Brasil. Essa região é especialmente propícia para o fenómeno. Primeiro, por receber as águas do rio Amazonas, que, a cada minuto, lança 12 bilhões de litros no Atlântico. Segundo, por registrar as maiores marés do país - o nível do mar chega a subir até 7 metros.
Para completar, os fortes ventos alísios sopram do leste, fazendo com que a maré entre bem de frente no estuário dos rios. As pororocas mais violentas acontecem nos períodos de lua cheia ou nova, nos meses de março e abril. "Essa é a época de cheia no Amazonas - e também quando a influência gravitacional do Sol e da Lua sobre as marés atinge seu ponto máximo. Aí, ocorrem as elevações do mar que provocam a onda", afirma o oceanógrafo Marcello Lourenço, especialista no assunto.
Os romanos, na antiguidade, utilizavam o ábaco para calcular, e depois os chineses e japoneses o aperfeiçoaram.
Daí, uma variedade de ábacos foram desenvolvidos; o mais popular utiliza uma combinação de dois números-base (2 e 5) para representar números decimais. Mas os mais antigos ábacos usados primeiro na Mesopotâmia e depois na Grécia e no Egipto por escrivães usavam números sexagesimais representados por factores de 5, 2, 3 e 2 por cada dígito.
A palavra ábaco originou-se do Latimabacus, e esta veio do gregoabakos. Esta era um derivado da forma genitivaabax (lit. tábua de cálculos). Porque abax tinha também o sentido de tábua polvilhada com terra ou pó, utilizada para fazer figuras geométricas, alguns linguistas especulam que tenha vindo de uma língua semítica (o púnicoabak, areia, ou o hebreuābāq (pronunciado a-vak), areia).
Cada bastão contém bolas móveis, que podem ser movidas para cima e para baixo. Assim, de acordo com o número de bolas na posição inferior, temos um valor representado. Pode haver variações, como na figura ao lado, onde se fazem divisões na moldura e o número de bolas é alterado. Observe que na figura temos o número 6302715408 (por exemplo 8=5+3, com a parte superior representando múltiplos de 5, neste caso 0, 5 e 10).
Estrutura com hastes metálicas divididas em duas partes, das quais uma tem duas contas e a outra, cinco contas, que deslizam nessas hastes. Os ábacos orientais dispõem de varas verticais divididas em dois, com as contas sobre a barra tendo o valor cinco vezes superior aos das contas abaixo. O suanpan chinês dispõe de duas contas acima da barra ou divisor e cinco abaixo. O moderno soroban japonês por outro lado, tem uma conta acima e quatro abaixo do divisor.
Algumas hastes podem ser reservadas pelo operador para armazenar resultados intermediários. Desta forma, poucas guias são necessárias, já que o ábaco é usado mais como um reforço de memória enquanto o usuário faz as contas de cabeça.
Primeira calculadora utilizada pelo homem: um ábaco representando o número 6302715408.
Exemplo de cálculo:
O cálculo começa à esquerda, ou na coluna mais alta envolvida em seu cálculo, e trabalha da esquerda para a direita. Assim, se tiver 548 e desejar somar 637, primeiro colocará 548 na calculadora. Daí, adiciona 6 ao 5. Segue a regra ou padrão 6 = 10 - 4 por remover o 5 na vara das centenas e adicionar 1 na mesma vara (-5 + 1 = -4) daí, adicione uma das contas de milhares à vara à esquerda. Daí, passa a somar o três ao quatro, o sete ao oito, e no ábaco aparecerá a resposta: 1.185.
Devido a operar assim, da esquerda para a direita, pode começar seu cálculo assim que saiba o primeiro dígito. Na aritmética mental ou escrita, calcula a partir das unidades ou do lado direito do problema.
“O senso comum é uma coisa terrível, não percebe nada de leis ou de direito. Só percebe de justiça e injustiça. É um olhar lúcido, sem escaninhos jurídicos tortuosos. E por vezes vê longe o cidadão comum! “
Ao assistir pela televisão a um debate do parlamento com o governo, ouvi o primeiro-ministro criticar um parlamentar sobre as actividades do ensino, afirmando haver um compromisso constitucional no sentido de ser o Estado a prestar esse Serviço Público. Estranhei ….
O conceito de “Serviço Público” tem sofrido mudanças através dos tempos. As primeiras noções de Serviço Público surgiram em França com a Escola de Serviço Público. Consideravam mesmo, que o “Serviço Público” abrangia todas as funções do Estado.
O mundo evoluiu e hoje advogam-se muito as parcerias entre poder público e a iniciativa privada para desmistificar fórmulas antigas, como a concessão e a permissão de serviços públicos". A “parceria público privada” (tão do seu gosto) não é novidade e desenvolveu-se perante a necessidade de obter maior eficiência na execução das actividades de interesse público, bem como em virtude da ausência de recursos do Estado para a realização de investimentos em infra-estruturas necessários para possibilitar a prestação de tais serviços públicos.
Tudo isto está muito ligado a novos conceitos sobre a noção de “Serviço Público” que são relevantes para analisar o papel do Estado na economia: a intervenção do Estado na Economia, em maior ou menor grau, reflecte-se nos modos de se organizarem os serviços públicos. Assim, num modelo de Estado socializante, o Estado tende a intervir mais na Economia, na medida em que assume maior número de prestações, como prestador directo ou indirecto. Num modelo mais liberal tende a reservar ao Estado um papel de controlador ou regulador dos serviços públicos, que são oferecidos em regime de concorrência pela iniciativa privada e apenas podem ser assumidos pelo Estado quando verificadas as chamadas “falhas de mercado”. O Estado não pode subtrair-se, no entanto, à obrigação de estabelecer regras, assegurar ou controlar as actividades que reconhece formalmente como serviços públicos, seja qual for o modelo económico vigente.
No caso vertente do “Ensino” a nossa constituição estabelece no seu artigo 43.º “A liberdade de aprender e ensinar”.
No seu n.º1 – O estado não pode atribuir-se o direito de programar a educação e a cultura segundo quaisquer directrizes filosóficas, estéticas, políticas, ideológicas ou religiosas.
Assim, ao Estado cabe o papel de regulador, mas se quiser influenciar a educação em termos ideológicos isso, está-lhe proibido. Ao pretender ter a exclusividade do ensino público, estando demonstrado ser mais caro e de menor qualidade, o Governo não está a respeitar os princípios constitucionais. Deve, para que haja liberdade de aprender e ensinar, estabelecer custos iguais para o sector Estado e Privado e deixar que os dois sigam o seu caminho dentro das normas por si estabelecidas. Ao querer um Ensino exclusivamente estatal, também não está a respeitar aquilo que a Constituição estabelece. Antes, está a querer impor directrizes filosóficas, estéticas, políticas e ideológicas ao Ensino pago pelos impostos do povo. Retira-lhe independência e coloca-o ao sabor da ideologia do Governo empossado!
Enquanto o tempo passava e o século XX dobrava, Portugal apareceu de repente invadido por milhares de coisas que não existiam. O mundo também.
Algumas até falavam e noutras podíamos ver o mundo inteiro, primeiro a preto e branco e depois a cores.
Eram tantas coisas, que nos deixavam de boca aberta.
Esta geração não se assustou e em pouco tempo já as ligava e desligava e uns meses mais à frente até as sabía consertar.
Computadores e tudo. Até programar!
Portugal não ficou envergonhado e até tínhamos dos melhores técnicos, segundo diziam os nossos emigrantes de férias em Portugal!
Quando se quer muito, tudo se resolve, mas é preciso que acreditem em nós.Num momento Portugal também ficou cheio de carros, motas, barcos de recreio etc.
A sua posse tornou-se banal.
Os satélites e as viagens à lua também, não no uso mas nos noticiários!
Certo dia, num aeroporto ouvi alguém que chegava dizer à mulher que o esperava: viajei de avião para a Madeira, em serviço, e dormi num bom hotel. Nunca esperei. Sinto-me tratado com respeito.
Nem tudo foram sacrifícios, esta geração já tinha férias, subsídios de doença, assistência médica, descontava para a reforma e, até, comparticipação nos lucros.
Daí a fazer férias no estrangeiro foi um passo. Tudo a prestações! Diziam que não havia liberdade, mas ela nem tinha tempo para pensar nisso.
A “geração de ouro” queria era trabalhar e poupar, para que nada faltasse aos seus filhos e aos seus pais.
De repente, em Abril/74, começaram-nos a dizer para não trabalharmos tanto e para pedirmos aumento de vencimento. Muitos ingenuamente fizeram-no. As greves dispararam!
No final dos meses os vencimentos começaram a estar em perigo. Havia boatos de que era preciso reduzir custos e despedir ou pré – reformar os mais velhos, aqueles que nunca quiseram fazer greve. Aqueles que só queriam que os deixassem trabalhar.
Aos cinquenta anos o José, e o seu primo da Lisnave, que sabia reparar barcos muito grandes, estavam os dois sentados no banco do jardim. Aos poucos vinham chegando cada vez mais e mais. Os bancos já não chegavam.
Foi a ruptura com esta “geração de ouro”. Tinha de ser ela a pagar a crise, mesmo sem fazer greves. Mesmo poupando e amealhando para o futuro!
Naturalmente sentiu-se mal tratada, desprezada. Até hoje continua a pagar!
Parece um castigo!
Nos bancos do jardim ouviam-se coisas como estas: “pelo meu filho soube que na escola dele nenhum miúdo sabia o que era uma lima ou uma grosa. Ninguém sabia a tabuada ou fazer contas. Só sabiam que o Porto era o “maior”!. Tudo isto deveria ser da minha cabeça pois, vi num jornal do clube do bairro, que agora estudam muito mais crianças mas, uma olhou para o jornal que eu lia, e não conseguia ler direito”.
Era uma das que aumentavam as estatísticas do aumento da escolaridade!
Noutro banco podia-se ainda ouvir um pré-reformado: “fui visitar os meus antigos colegas para lhes contar as coisas estranhas que tenho sabido no jardim. Preferia não ter lá ido, estava um licenciado no meu lugar a fazer contas de somar contando pelos dedos. Ainda me ofereci para o ajudar, mas ele olhou-me com má cara”.
Enterraram a “geração de ouro” nos bancos do jardim, prematuramente, e continuam a tirar-lhe dinheiro e regalias que com tantos sacrifícios tinham conseguido! As conquistas eram uma mentira! Nada está adquirido! Tudo é perene. Para alguns não!
Se calhar estes “novos velhos” estavam a mais e deveriam ter morrido mais cedo, como os seus pais, aos cinquenta anos. Era melhor para todos. Esticaram tanto a corda, que partiram o fio condutor!
Agora não encontram remédio para o défice das finanças públicas! Nem para o défice externo. Nem para o desemprego que dispara! E a competitividade não funciona!
Vão ver que ainda vêm ter connosco para pagarmos tudo isto! Certo e sabido. Em lugar de comparticipação nos lucros, a tal geração ganhou comparticipação nos prejuízos! Afinal quem foram os responsáveis por tudo isto? Provavelmente estão no estrangeiro …
Em todo e qualquer país, em todas as sociedades civis, há um fio condutor que assegura o seu progresso e a sua existência. Este fio condutor é composto fisicamente de duas realidades diferentes; uma de natureza humana e outra de natureza sobrenatural. Esta última representa o seu passado e os milhares de pessoas que o serviram, mas que já morreram. A natureza humana representa aqueles que estão vivos e a representam.
Este fio condutor obedece a regras inscritas, talvez, na natureza. Aquela parte do fio de condição humana pode aguentar esforços de distensão rápida ou mesmo de estagnação ou compressão, mas nunca de rupturas. De qualquer modo, devemos estar sempre atentos à componente a que chamei de natureza sobrenatural, muito extensa, que representa aqueles já desaparecidos, ou seja, o passado do país e da sua sociedade civil.
Quem tem a incumbência de tomar decisões se não respeitar esta realidade, ou até se rir dela, pode provocar rupturas de grande dimensão e, muitas vezes, a ruptura de tal fio e das realidades e projectos que ele assegurava. Aquilo que foi o esforço de muitos vivos e mortos, acaba por desaparecer pelo efeito da "entropia" ou seja do lixo avolumado. Isto acontece mesmo que ponham um camião às 10 da manhã a escondê-lo em qualquer sítio!
De certo modo foi isso que aconteceu em Portugal depois da Revolução dos Cravos. Os capitães tiveram muitos seguidores, embora de natureza mais moderada, mas que cometeram e continuam a cometer erros de estratégia na tomada de decisões. Isto acontece pela total desresponsabilização com que se passa uma esponja aos sistemáticos maus decisores.
Quando por exemplo se aposta numa revolução informática é preciso saber que tipo de licenciados temos produzido e fazer nascer esta realidade em largo tempo e , enquanto isso, manter a coesão das várias gerações nas suas competências e saberes adquiridos.
Num momento em que a nossa adesão à UE levou a drásticas reduções no tecido laboral, por vezes, nos limites da sua quase extinção, casos da agrícultura ou das pescas, teria sido preciso garantir que muita dessa gente atingida, ainda tivesse podido ter sido muito útil ao nosso país. No fundo, poucos países têm tanto mar disponível como nós, e há muitas formas de pescar, e muita riqueza nele por descobrir, para desperdiçar tanto talento e experiência. Na agricultura passa-se o mesmo. Por vezes nem é uma questão de dinheiro, mas sim de respeito pelo Homem. E esta falta de respeito por quem tem valor e se esforçou sem cansaço, desinteressadamente, pelo BEM COMUM, paga-se muito cara em termos de falta de mobilização e perda de criatividade.Em bens adquiridos também.O povo empobrece ainda mais!
Até essa época a maioria das pessoas só sabiam contar até três.
Há cerca de 4 mil anos os mercadores da Mesopotâmia desenvolveram o primeiro sistema cientifico para contar e acumular grandes quantias. Primeiro eles faziam um sulco na areia e iam colocando nele sementes secas (ou contas) até chegar a dez. Depois faziam um segundo sulco, uma só conta – que equivalia a 10 –, esvaziavam o primeiro sulco e iam repetindo a operação: cada dez contas no primeiro sulco valia uma conta no segundo sulco. Quando o segundo sulco completava dez contas, um terceiro sulco era feito e nele era colocada uma conta que equivalia a 100. Assim uma quantia enorme como 732 só precisava de 12 continhas para ser expressa.
Apesar de o homem ter começado a fazer, com elas também vieram os erros, e para diminuir esses erros os homens preocuparam - se em inventar um aparelho para auxiliar na contagem
Do ábaco à Internet
A primeira tentativa bem sucedida de criar uma máquina de contar foi o ábaco. O nome tem origem numa palavra hebraica abaq (pó), em memória a antiquíssimos tabletes de pedra, aspergidos com areia, onde os antigos mestres desenhavam figuras com o dedo para educar seus discípulos.
Os inventores do ábaco, aparentemente foram os chineses, que deram o nome de suan pan. Os japoneses também reivindicam a invenção – no Japão o ábaco chama-se soroban – , para não falar nos russos: o deles se chama tschoty. Feito com fios verticais paralelos pelos quais sues operadores podiam fazer deslizar sementes secas, o ábaco chinês era incrivelmente eficiente. Um operador com pratica podia multiplicar dois números de cinco algarismos cada um com a mesma velocidade com que alguém hoje faria mesma conta numa calculadora digital. Quase 3 mil anos depois de ter sido inventado, o ábaco ainda é muito utilizado na Ásia por muitos comerciantes.
Os fundamentos da revolução do computador edificaram-se de maneira lenta e irregular. Um dos pontos de partida foi o desenvolvimento - há mais de 1500 anos, provavelmente no mundo mediterrâneo - do ábaco, um instrumento composto de varetas ou barras e pequenas bolas, utilizado pelos mercadores para contar e calcular. Em termos aritméticos, as barras atuam como colunas que posicionam casas decimais: cada bola na barra das unidades vale um, na barra das dezenas vale 10, e assim por diante. O ábaco era tão eficiente que logo se propagou por toda a parte, e em alguns países é usado até hoje.
Antes do século XVII, época de intensa ebulição intelectual, nenhum outro instrumento de cálculo podia competir com ele.
Historicamente, o primeiro artefacto humano utilizado para realizar contas foi o ábaco. A sua origem remonta à Ásia Menor, 500 anos atrás. Existiram várias formas de ábacos, idealizados pelas várias culturas em que foram usados. No entanto, o seu uso sofreu franca diminuição, sobretudo na Europa, a partir da consolidação do uso do papel e da caneta.
O espectacular avanço da Revolução Industrial durante o século XIX, assim como a grande complexidade da organização social, apresentou um novo problema: o tratamento de grandes massas de informação.
Seguindo a linha histórica, e lidando com "engenhocas" mais sofisticadas, é criada por Pascal, em 1642, a primeira máquina de calcular de que se tem notícia.
Deus também não se esqueceu de mencionar a trombeta que os hipócritas faziam tocar quando “davam” qualquer coisa aos pobres. Claro que é um exagero, uma hipérbole, uma forma inteligente de traduzir o comportamento dos hipócritas. Mas a verdade é que a tentação de aparecer é muito grande para quem “dá” esmola: se os hipócritas não usam a trombeta podem ainda usar outros instrumentos de publicidade mais eficientes. Mesmo que sejam uma plateia ou uma Assembleia-Geral, para dar aos pobres o que por direito é deles. Para dar aos pobres uma ínfima parte dos impostos que o povo paga! Para lhes dar uma migalha e anunciar a esmola com as trombetas bem sonantes, na escolha de quem é necessitado por desamor dos Homens. DAR COM A DIREITA sem que a esquerda sonhe e sem humilhar quem é necessitado.
Pois é, tal escolha deveria ser feita no silêncio dos "bem-intencionados", e não ao abrigo de "Novos Estatutos” ilegais por ignorância progenitora! Que Deus lhes perdoe e lhes dê o perdão com a mão direita longe da esquerda. Estarão neste caso algumas associações frequentadas por gente com "casa de praia", por doutores e engenheiros e demais gente a quem sobra muito daquilo que muitos outros não têm nada! Estes "necessitados" não precisam de pedir para entrar na casa que por direito é sua. Se há gente a mais nela são os "caridosos de serviço e barriga cheia".
Em 2009 podíamos ler e ouvir nos órgãos de informação:”Apesar da crise, o governo decidiu actualizar em 2,9% os salários da função pública e assim aumentar as remunerações dos titulares de cargos políticos - que receberão este ano, no total, mais cerca de meio milhão de euros. A medida beneficia a classe política, já que se aplica aos titulares de cargos públicos, confirmou ao i o Ministério das Finanças de então. "Ao Presidente da República e membros do governo aplica-se o aumento decidido após o processo negocial.
Nos últimos tempos a mesma comunicação social, em lugar de dizer quanto ganham os membros do governo, alvitram a sua redução e, muito principalmente, comparam as declarações de rendimentos dos políticos, apresentadas ao Tribunal Constitucional pelos ministros do actual governo relativamente aos dos ministros do governo anterior! E então concluem: “ que o anterior executivo era assim para o remediado”.
As ilações podem ser diversas, mas duas são de tirar: os membros do anterior governo vivem mais da política do que os membros do actual governo. Estes têm normalmente a sua vida organizada no sector da actividade privada. Assim, talvez fosse de pôr em evidência quais os governantes que perdem mais dinheiro por irem exercer funções governativas e não os que mais ganhavam antes disso!
Já que o mérito e a competência até podem não estar proporcionalmente ligados, e quem perder mais dinheiro merece que se valorize esse facto junto da opinião pública.
( ... ) A crise confronta-nos com o paradoxo fundador da sociedade capitalista: a produção dos bens e serviços não é para ela um objectivo, mas apenas um meio. O único objectivo é a multiplicação do dinheiro.Só nas últimas décadas é que chegámos ao ponto de quase toda a manifestação da vida passar pelo dinheiro e este se ter infiltrado até nos recantos ínfimos da existência individual e colectiva. Sem o dinheiro, que faz circular as coisas, somos como um corpo sem sangue.
Pode-se assim colocar a necessidade - mas também verificar a possibilidade, a vantagem - de sair do sistema baseado no valor e no trabalho abstracto, no dinheiro e na mercadoria, no capital e no salário. Mas esse salto no desconhecido mete medo, mesmo àqueles que nunca se cansam de fustigar os crimes dos "capitalistas". Por agora, o que prevalece é antes a caça ao vilão especulador. Ainda que não possamos deixar de partilhar a indignação perante os lucros dos bancos, é preciso dizer que ela está muito aquém de uma crítica do capitalismo enquanto sistema. ( ... ) A verdade é bem mais trágica: se os bancos sucumbem, se vão à falência em cadeia, se param de distribuir dinheiro, arriscamo-nos todos a sucumbir com eles, porque desde há muito tempo que nos retiraram a possibilidade de viver de outra maneira que não seja gastando dinheiro. É bom reaprendê-lo - mas quem sabe a que "preço" isso irá acontecer!
Ninguém pode dizer honestamente que sabe como organizar a vida de dezenas de milhões de pessoas quando o dinheiro tiver perdido a sua função. Seria bom admitir, pelo menos, o problema. É talvez necessário prepararmo-nos para o "pós-dinheiro" como para o "pós-petróleo".
No início do século XII, o mundo muçulmano tinha praticamente esquecido a Jihad, a guerra religiosa travada contra os inimigos do Islão. A explosiva expansão da sua religião durante o séc. VIII tinha-se reduzido às memórias de grandeza dessa época. Após a queda de Jerusalém, muitos proeminentes líderes religiosos, como o qadi Abu Sa’ ad al-Harawi, tentaram convencer o Califa Abássida a preparar a Jihad contra os Firanji. No entanto, somente perto de duas décadas depois é que o sultão turco designou um proeminente militar, um atabeg chamado Zengi, para resolver o problema Firanj. Após a primeira cruzada, a moral dos muçulmanos estava de rastos.
Os Firanj detinham uma reputação de ferocidade entre os Turcos e os Árabes. Com os espectaculares sucessos em Antioquia e Jerusalém, os Firanj pareciam quase imparáveis.
Eles humilhavam o poderoso califado egípcio anualmente e faziam investidas em terras inimigas impunemente. Exceptuando os vassalos do Egipto, a maioria dos aterrorizados líderes muçulmanos dos territórios mais próximos pagavam um pesado tributo para assegurar a paz. Zengi iniciou o longo e lento processo de modificar a imagem que os muçulmanos tinham dos Firanj. Tendo recebido o domínio das terras à volta de Mossul e Alepo, Zengi começou uma campanha contra o Firanj em 1132 com a ajuda do seu lugar-tenente Sawar. Em cinco anos conseguiu reduzir o número dos castelos importantes ao longo da fronteira do Condado de Edessa e derrotou o exército firanj em batalha.
Cruzado voltando
Em 1144 capturou a cidade de Edessa e neutralizou de forma efectiva o primeiro domínio estabelecido pelos Cruzados. Zengi foi o primeiro líder muçulmano a enfrentar os firanj e que não só sobreviveu, como triunfou. Ele provou que os firanj podiam ser bloqueados. Os líderes de Bagdad aprovaram os sucessos de Zengi, e cedo um grande número de títulos precediam o seu nome: O Emir, o General, o Grande, o Justo, o Ajudante de Deus, o Triunfante, o Único, o Pilar da Religião, a Pedra de Base do Islão, …Honra de Reis, Apoiante de Sultões … o Sol dos Merecedores, … Protector do Príncipe dos Fiéis.
Zengi gostou tanto da enchente de elogios, que insistiu que os seus arautos e escrivães utilizassem todos os títulos na sua correspondência. Embora Zengi fosse um grande herói militar, ele foi simplesmente muito implacável e cruel nas suas campanhas contra Damasco para motivar os muçulmanos para uma guerra religiosa. Uma noite do ano 1146, encontrando-se ele alcoolizado, ao ter presenciado a um erro do seu eunuco particular, Lulu ("pérola"), e prometeu mandá-lo executar por incompetência. Mais tarde, enquanto Zengi dormia, Lulu pegou na adaga do seu dono e apunhalou-o repetidamente e fugiu, coberto pela escuridão da noite.
O herdeiro de Zengi, Nur al-Din, e o seu sucessor Salah al-Din ("Saladino"), eram extremamente piedosos, observando rigidamente a Sunna e os Pilares do Islão na sua vida pública e particular. Ambos rodearam-se de religiosos e teólogos e sábios em geral. Para além disso fizeram uma activa campanha para espalhar o fervor religioso e propaganda entre os seus súbditos muçulmanos. Com os seus exemplos de religiosidade, Nur al-Din iniciou - e o seu sucessor Salah al-Din cultivou - uma guerra religiosa, uma jihad, contra os Firanj. Enquanto que Zengi apenas podia contar com os seus soldados, o apelo à jihad atraiu os soldados muçulmanos de toda a Arábia, Egipto e Pérsia. Este massivo exército permitiu Salah al-Din esmagar os Firanj na Batalha de Hattin e enfraquecer as forças da Terceira Cruzada de Ricardo Coração de Leão.
A chama da Jihad de Salah al-Din deixou de arder em 1193, quando morreu. O irmão do Sultão, Saphadin, não pretendia entrar em mais guerras, e quando Coração de Leão foi para a Europa, o poderio militar dos Firanj estava praticamente neutralizado e não mais necessidade de derramamento de sangue. A partir desta altura Saphadim acreditava que a coexistência pacífica com Firanj ainda era possível. Várias décadas mais tarde, uma jihad iria finalmente purgar os Firanj da Síria e Palestina, embora até 1291, os muçulmanos ainda partilhassem uma pequena parte desse território com os Firanj.
As associações culturais, enquanto agentes de transmissão de identidade cultural e transformação social, adquirem extrema importância numa determinada região. O que torna realmente um concelho atractivo é, na minha opinião, a diversidade de ofertas em termos culturais. Desde bandas filarmónicas, ranchos folclóricos, grupos de teatro, marchas populares, clubes desportivos, entre outros, o importante é existir ofertas para todos os gostos, tentando chegar cada vez mais próximo da população. O direito à livre associação constitui, assim, uma garantia básica de realização pessoal dos indivíduos enquanto seres sociais, e é pena que, actualmente, o associativismo tenha vindo a perder terreno na sociedade. (a) São cada vez menos as pessoas que fazem parte de um grupo cultural, que dão um pouco de si em prol da comunidade em geral, sem que, para isso, tenham de receber algo em troca. Sempre reconheci a importância das associações culturais na formação plena dos indivíduos, mas isso sou eu, que tive a sorte de ter pais que estiveram sempre ligados a associações e me incentivaram a isso. No entanto, e porque “não há bela sem senão”, não posso deixar de manifestar o meu total desagrado por alguns aspectos que vão caracterizando, de uma maneira geral, algumas associações e que prejudicam, a meu ver, o seu bom funcionamento e credibilidade das mesmas perante a população em geral. Sem mais rodeios, dizer que abomino todo e qualquer aproveitamento dos bens materiais das associações em benefício pessoal; todas aquelas pessoas que, por pertencerem à família ou serem amigas de elementos que fazem parte das colectividades, se acham no direito de acompanhar os grupos, sejam eles folclóricos, teatrais, ou o que quer que sejam, para qualquer sítio que vão, comendo e bebendo à custa do grupo ou da organização que os convidou, e achando-se com os mesmos (ou mais, até!) direitos do que os que dele fazem parte; todas aquelas pessoas que criam cargos que nunca existiram nas colectividades, ou que nunca foram necessários, apenas com o objectivo de fazerem incluir nos grupos pessoas que, de outra forma, nunca lhes pertenceriam.
Bárbara Quaresma (sócia executante de uma colectividade há dezassete anos, por mérito próprio, claro!)
a) Amiga, a realidade é muito pior quando se politizam as "Associações" e se lhes retira o mais importante que elas podem ter; a LIBERDADE. Hoje as "associações" têm donos, gente fora da cultura e do humanismo, gente impreparada! Uma "associação" hoje é subsidiada por dinheiros públicos e aqueles que fazem os sócios e participantes pagarem todos os custos do funcionamento e lhes aumentam as quotas como se elas FOSSEM UMA "EMPRESA PRIVADA" não têm o mínimo de espírito associativo e são indignos de se apoderarem de uma coisa destinada aos mais pobres, àqueles a quem a nossa "CONSTITUIÇÃO POLÍTICA" quer proteger da influência política nefasta e do poder descricionário das correntes políticas ou religiosas! Muito pior, quando essa apropriação vem de Câmaras Municipais ou de Juntas de Freguesia, NESTE CASO É A POLÍTICA AO NÍVEL MAIS BAIXO!
O sacerdote do xamanismo é o xamã, que geralmente entra em transe durante rituais xamânicos, manifestando poderes incomuns, invocando espíritos, plantas etc., através de objetos rituais, do próprio corpo ou do corpo de assistentes e pacientes. A comunicação com estes aspectos sutis da vida pode se processar através de estados alterados de consciência. Estados esses alcançados através de batidas de tambor, danças e até ervas enteógenas.
As variações "culturais" são muitas mas, em geral, o xamã pode ser homem ou mulher, a depender da cultura, e muitas vezes há na história pessoal desse indivíduo um desafio, como uma doença física ou mental, que se configura como um chamado, uma vocação. Depois disto há uma longa preparação, um aprendizado sobre plantas medicinais e outros métodos de cura, e sobre técnicas para atingir o estado alterado de consciência e formas de se proteger contra o descontrole.
O xamã é tido como um profundo conhecedor da natureza humana, tanto na parte física quanto psíquica.
De acordo com Eliade (o.c.), entre os manchus e os tungues da Manchúria a tradição dos dons xamânicos costuma ser feita de avô para neto, pois o filho ocupa-se em prover as necessidades do pai, isso no caso dos amba saman (xamãs do clã). Os xamãs independentes seguem a sua própria vocação. O reconhecimento como xamã só pode ser feito pela comunidade inteira depois de uma prova iniciática. Ainda segundo esse autor das referências a distúrbios psicológicos (especialmente no processo de formação) o ideal iacuto de um xamã é: um homem sério, que sabe convencer os que estão à sua volta, não presunçoso nem colérico. Entre os kazak-quirguizes o baqça, guardião das tradições religiosas é também cantor, poeta, músico, adivinho, sacerdote e médico.
Talvez pela experiência do sofrimento antes da iniciação ou experiência de possessão o xamã é confundido com indivíduos portadores de distúrbio mental tipo epilepsia, histeria e psicose, Lévi-Strauss citando os estudos de Nadel e de Mauss na introdução à obra de Marcel Mauss[5] afirma que …existe uma relação entre os distúrbios patológicos e as condutas xamanísticas, mas que consiste menos numa assimilação das segundas aos primeiros do que na necessidade de definir os distúrbios patológicos em função das condutas xamanísticas… afirma ainda, baseado em estudos comparativos, que a freqüência das neuroses e psicoses parecem aumentar nas regiões sem xamanismo e que xamanismo pode desempenhar um duplo papel frente as disposições psicopáticas: explorando-as por um lado, mas, por outro canalizando-as e estabilizando-as.
Não se "é" xamã, se "está" xamã. É um estado de perfeita harmonia e integração com a natureza e o cosmos, matéria e espírito.
Estudos, testes, rituais e provas, podem não ser fatores determinantes em alguns momentos de nossas vidas. Estar em perfeito estado de equilíbrio e harmonia com tudo e com todos sendo grato ao Criador-Criadora, não pode ser garantido por vias culturais, racionais e lógicas. Não existe um método para ser xamã. Aprenda a viver a vida em harmonia, agindo sempre com amor, esta é a maior iniciação para o espírito, isto poderá torná-lo um xamã, este é o verdadeiro xamanismo. Quando perdemos a confiança em nós mesmo, quando ficamos com medo, não amamos. Neste momento não estamos xamã.
O xamã é um curador e deve incentivar o auto-conhecimento e a auto-cura, despertando em outros irmãos "sentidos" que facilitem com que percebam a Ilusão "Maya/Matrix". Um verdadeiro xamã desenvolve e aperfeiçoa suas habilidades e técnicas para servir como instrumento aos seres divinos prestando auxilio aos animais, humanos, plantas e minerais. Ao mesmo tempo que cura é curado, está conectado com a grande teia da vida. Aprende e compartilha o conhecimento, como um lobo que sempre divide sua caça com a matilha. O xamã, não se autoproclama, as pessoas o reconhecem como um xamã.
Os cinco inimigos do xamã são: EGO (personagem tridimensional);MEDO; CLAREZA; PODER e a VELHICE.
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Puro Sangue Lusitano é uma raça decavalos com origem emPortugal. É o cavalo de sela mais antigo do Mundo, sendo montado aproximadamente há mais de 5.000 anos. Os seus ancestrais são comuns aos da raça Sorraia e Árabe. Essas duas raças formam os denominados cavalos ibéricos, que evoluíram a partir de cavalos primitivos existentes na Península Ibérica dos quais se supõe descenderem directamente o pequeno grupo da raça Sorraia ainda existente. Pensa-se que essa raça primitiva foi cruzada com cavalos Brad oriundos do Norte de África e mais tarde tiveram também influência do Árabe.
O Puro Sangue Lusitano apresenta aptidão natural para alta escola (Haute École) e exercícios de ares altos, uma vez que põe os membros posteriores debaixo da massa com grande facilidade. Assim, o Lusitano revela-se não só no toureio e equitação clássica, mas também nas disciplinas equestres federadas como dressage, obstáculos, atrelagem e, em especial, equitação de trabalho, estando no mesmo patamar que os melhores especialistas da modalidade.
Foram estes cavalos portugueses, os utilizados na produção do filme "O Senhor dos Anéis".
Pã, antiquíssima divindade pelágica especial à Arcádia, é o guarda dos rebanhos que ele tem por missão fazer multiplicar. Deus dos bosques e dos pastos, protetor dos pastores, veio ao mundo com chifres e pernas de bode. Pã é filho de Mercúrio. Era assaz natural que o mensageiro dos deuses, sempre considerado intermediário, estabelecesse a transição entre os deuses de forma humana e os de forma animal. Parece, contudo, que o nascimento de Pã provocou certa emoção em sua mãe, assustadíssima com tão esquisita conformação; e as más línguas pretendem até que, quando Mercúrio apresentou o filho aos demais deuses, todo o Olimpo desatou a rir. Mas como é provável que haja nisso um pouco de exagero, convém restabelecer os fatos na sua verdade, e eis o que diz o hino homérico sobre a estranha aventura. "Mercúrio chegou à Arcádia fecunda em rebanhos; ali se estende o campo sagrado de Cilene; nesses páramos, ele, deus poderoso, guardou as alvas orelhas de um simples mortal, pois concebera o mais vivo desejo de se unir a uma bela ninfa, filha de Dríops. Realizou-se enfim o doce o doce himeneu. A jovem ninfa deu à luz o filho de Mercúrio, menino esquisito, de pés de bode, e testa armada de dois chifres. Ao vê-lo, a nutriz abandona-o e foge. Espantam-na aquele olhar terrível e aquela barba tão espessa. Mas o benévolo Mercúrio, recebendo-o imediatamente, pô-lo ao colo, rejubilante. Chega assim à morada dos imortais ocultando cuidadosamente o filho na pele aveludada de uma lebre. Depois, apresenta-lhes o menino. Todos os imortais se alegram, sobretudo Baco, e dão-lhe o nome de Pã, visto que para todos constituiu objeto de diversão."
As ninfas zombavam incessantemente do pobre Pã em virtude do seu rosto repulsivo, e o infeliz deus, ao que se diz, tomou a resolução de nunca amar. Mas Cupido é cruel e afirma uma tradição que Pã, desejando um dia lutar corpo a corpo com ele, foi vencido e abatido, diante das ninfas que se riam.
A flauta de pã ou flauta de pan é um instrumento musicalsul americano, e o nome genérico dado a instrumentos musicais constituídos por um conjunto de tubos fechados numa extremidade, ligados uns aos outros em feixe ou lado a lado. Os tubos são graduados e de diferentes tamanhos, não têm bocal e são soprados com os lábios tangenciando as extremidades superiores. Conforme o local onde são construídas, a flautas podem ter características e nomes diversos, como siringe, na Grécia antiga,nai da Roménia,siku ou antara nos Andes, etc.
Foram denominadas “pã” por associação ao deus gregoPã. Eram muito populares entre os etruscos e os gregos, desde o século VI a.C., com o nome de syrinx ou syringa panos. Hoje, a flauta-de-pã é uma peça importante na música folclórica daRoménia, Myanmar, Oceania e dos países andinos.
A flauta-de-pã andina é conhecida como siku pela comunidadeAimará, como antara pelos Quíchuass e como zampoña pelos espanhóis. Os sikus mais fidedignos ou “puros” são tocados em escala pentatónica, mas existe uma característica comum de tocá-los: em par. Toca-se uma parte e alterna-se a escala com a outra parte, em conjunto. Essas partes são denominadas masculino e feminino. Uma se chama ira, )(a que guia) e a outra se chama arka (a que acompanha). O termo sikuri é usado nas comunidades bolivianas para o tocador de siku. Sikuriadas ou sikuriados são temas melódicos tocados somente com sikus. Nos povoados andinos, é comum encontrar conjuntos que variam de cinco a dez sikuris, ou mais. Dependendo de onde são construídos, existem sikus de vários tamanhos, notas, tipos de canas, pois a nota musical varia de tamanho e sua afinação é relativa, nem sempre se aproximando da nota requerida. No Equador, existe um parente próximo ao siku ou zampoña conhecido como rondador, uma flauta com 20 a 40 canas bem finas e enfileiradas. É também tocado em escala pentatônica e muito utilizado em danças folcóricas ou populares como o sanjuanito, o albazo, a longuita, o pasacalle, etc.
Pã (Lupércio ou Lupercus em Roma) era o deus dos bosques, dos campos, dos rebanhos e dos pastores na mitologia grega. Residia em grutas e vagava pelos vales e pelas montanhas, caçando ou dançando com as ninfas. Era representado com orelhas, chifres e pernas de bode. Amante da música, trazia sempre consigo uma flauta. Era temido por todos aqueles que necessitavam atravessar as florestas à noite, pois as trevas e a solidão da travessia os predispunham a pavores súbitos, desprovidos de qualquer causa aparente e que eram atribuídos a Pã; daí o nome pânico.
Tornou-se símbolo do mundo por ser associado à natureza e simbolizar o universo. Em Roma, chamado de Lupércio, era o deus dos pastores e de seu festival, celebrado no aniversário da fundação de seu templo, denominado de Lupercália, nos dias 15, 16 e 17 de fevereiro. Pã foi associado com a caverna onde Rómulo e Remo foram amamentados por uma loba. Os sacerdotes que o cultuavam vestiam-se de pele de bode.
Nos últimos dias de Roma, os lobos ferozes vagueavam próximos às casas. Os romanos então convidavam Lupercus para manter os lobos afastados.
Há 40 modalidades de datação no mundo. Quando o calendário gregoriano atingir 2000, estaremos no ano... 88 no calendário da Coreia do Norte, 1378 no calendário pérsico, 1420 no calendário muçulmano,1921 no calendário civil indiano, 5100 no antigo calendário hindu, 5760 no calendário judaico. Povos separados por oceanos, sem estarem em contacto , desenvolveram calendários de aproximadamente idênticas extensões. A civilização maia, na América Central, fixou calendários de 260 e 365 dias valendo- se do Sol, da Lua e do planeta Vénus. Bali, na Indonésia, obedecia a um sistema de 12 meses. Em 2600 a.C., os chineses arquitectaram um calendário lunar mensal. Uma sucessão de povos no sul da Inglaterra utilizou as pedras de Stonehenge para retractar o movimento do Sol, da Lua e das estrelas através do céu. Alguns dos antigos calendários ainda estão em uso, mas a difusão do cristianismo ao redor do planeta nos últimos 2 mil anos disseminou também o calendário da fé. Uma versão antiga, o calendário juliano, foi apresentado em Roma em 45 a.C. pelo imperador Júlio César. Tratava-se, na verdade, da revisão de um calendário existente havia 700 anos. No século VI d.C., um monge católico chamado Dionísio Exiguus foi o primeiro a contar o tempo formalmente a partir da data que ele calculava ser a do nascimento de Jesus.
As pessoas não faziam a contagem dos séculos até 1300. Somente a partir de 1920 (isso mesmo, 1920) é que se desenvolveu o conceito de década como forma de caracterizar um tempo de mudança. No final do século XVI, com os dias dos anos bissextos acumulados, fazendo com que a data da Páscoa andasse, confusamente, pelo velho calendário, o papa Gregório XIII estabeleceu o sistema que utilizamos hoje em dia, o chamado calendário gregoriano.
Embora nem todos estejam contentes com uma folhinha que requer um verso para lembrar quantos dias tem cada mês (Trinta dias tem setembro, abril, junho e novembro / se for bissexto, mais um lhe dê em Fevereiro ( 28 + 1) / e os demais, que sete são / trinta e um todos terão), o calendário gregoriano é o padrão global. Trinta mil anos depois de o homem de Cro-Magnon calcular o tempo observando a Lua, o calendário gregoriano é o modo como medimos o fluxo anual do rio do tempo.
O cristianismo herdou do judaísmo a crença na existência de um único Deus, criador do universo e que pode intervir sobre ele. Os seus atributos mais importantes são por isso a omnipotência, a omnipresença e omnisciência.
Outro dos atributos mais importantes de Deus, referido várias vezes ao longo do Novo Testamento, é o amor: Deus ama todas as pessoas e estas podem estabelecer uma relação pessoal com ele através da oração.
A maioria das denominações cristãs professa crer na Santíssima Trindade, isto é, que Deus é um ser eterno que existe como três pessoas eternas, distintas e indivisíveis: o Pai, o Filho e o Espírito Santo.
A doutrina das denominações cristãs difere do monoteísmo Judaico visto que no judaísmo não existem três pessoas da Divindade, apenas um único Deusque viria na forma de homem sendo este o messias "Deus em forma humana". Algumas denominações professam crer também na Santíssima Trindade. Essa doutrina foi criadano Concílio de Nicéiano ano de 325 d.C. pela igreja católica Romana (Concílios ecuménicos)
O cristianismo começou no século I como uma seita do judaísmo, partilhando por isso textos sagrados com esta religião, em concreto o Tanakh, que os cristãos denominam de Antigo Testamento. À semelhança do judaísmo e do Islão, o cristianismo é considerado como uma religião abraâmica.
Segundo o Novo Testamento, os seguidores de Jesus foram chamados pela primeira vez "cristãos" em Antioquia (Actos 11:26).
Desde o início do cristianismo existiram homens e mulheres, que procuraram seguir Jesus Cristo com uma maior liberdade, consagrando a sua vida a Deus. No final do Império Romano, em virtude da sua conversão, milhares de fieis recém-convertidos abandonaram as suas casas, as suas cidades e refugiaram-se em lugares desertos ou simplesmente mais ermos, de forma a levarem um modo de vida mais consentâneo com aquilo que entendiam que era o modelo de vida de Cristo e dos primeiros cristãos. Por vezes, esses cristãos agrupavam-se em pequenas comunidades, para as quais se tornou necessário criar não apenas algumas regras de convivência, mas, posteriormente, um modelo de sociedade que pudesse ser repetido em diferentes locais. Nasciam assim as primeiras ordens, mais ou menos formais, mais ou menos aceites pela hierarquia.
O primeiro grande codificador e fundador de uma ordem religiosa, a qual teve um imenso significado, sobretudo na Europa foi São Bento de Núrsia, o qual fundou uma comunidade no Monte Cassino.
Desse centro e mediante a propagação da respectiva regra, foram-se criando dezenas e centenas de mosteiros por todo o continente. Tinha aquela regra a simplicidade necessária para cobrir quase todos os aspectos da vida quotidiana de uma comunidade religiosa, definindo os tempos de oração, os tempos de trabalho, os tempos de descanso, bem como as regras sobre deveres mútuos, resolução de conflitos, penas, etc.
Posteriormente, outros fundadores, fosse por acrescentarem algum carisma especial, fosse por as circunstâncias históricas, sociais ou geográficas assim o exigirem, foram adaptando e alterando a Regra de S. Bento, criando novas comunidades e novas Ordens.
A decadência do Império Romano do Ocidente vai ocorrendo em meados do século V. A legião romana por estes tempos caracterizava-se pela forma como se batia, em filas cerradas e muito compactas. Como organização militar acompanha a decadência do seu Império. Em termos de alguma eficácia é a cavalaria que continuará a assegurar a defesa desse Império.
Mesmo assim e apesar de uma mudança para o rural, a decadência atinge em cheio as cidades que entram em desorganização contínua, na Europa Ocidental. Por via desta nova situação, começa a emergir como poder a Igreja Católica de Roma, vista como representante no mundo do poder divino, onde aplicava as suas leis. A Santa Sé com o apoio das armas arbitrava em nome de Deus, todavia casos houve em que se viu obrigada a defender as classes mais desfavorecidas contra a brutalidade proibindo aos cavaleiros o uso da violência gratuita, fazendo apelo à “guerra Justa”, ou seja a guerra teria que ser decretada por uma autoridade legítima. Para alcançar estes objectivos a Igreja não hesitava em deitar mão da “ excomunhão” com efeitos devastadores sobre os privilégios da realeza e nobreza.
Apesar disso a aristocracia militar conduz o feudalismo e implanta uma nova ordem social onde as pessoas sentem, aparte alguns excessos, mais segurança e apoio. Em 1095 o papa Urbano II no concílio de Clermont incita os cavaleiros à guerra para libertar Jerusalém, ocupada “injustamente” pelo Islão.
O guerreiro torna-se num cavaleiro cristão que une à sua força e entusiasmo a humildade e princípios cristãos. Acaba, assim, de nascer o movimento que ficará conhecido como as Cruzadas do Oriente.