Sábado, 30 de Julho de 2011
Já está na Banca
Quando a esquerda defendeu a reestruturação da dívida chamaram--lhe louca irresponsável. Se tivesse proposto uma renegociação do acordo com a troika, arriscava-se a ser apedrejada. Agora, são os banqueiros que pedem a renegociação do ‘memorandum’ (no que lhes interessa) e uma reestruturação (ao contrário) da dívida do Estado à Banca portuguesa, qualquer coisa como exigir a um cliente com crédito à habitação que antecipe o pagamento para que o banco possa aumentar o capital. Mais extraordinário só mesmo quem leva a sério esta possibilidade.
Joana Amaral Dias - CM
" Com Guterres e com Sócrates houve qualquer coisa de errado, de raíz, no modo de governar do PS"
C M - Medeiros Ferreira
Nota: Por populismo, é castigarem quem poupa e é cumpridor, para captarem os esbanjadores de "serviço", que são muitos milhares de votos! Veja-se:
" PS quer taxar dividendos no IRS - O PS quer que a sobretaxa do IRS inclua os rendimentos provenientes de juros e dividendos de forma a atenuar o corte no subsídio de Natal dos portugueses"
CM - 30-07-2011
Quem fez poupança e não foi para as Maldivas, está a ficar sem ela comida pela inflação e pelos bancos!
Quinta-feira, 21 de Julho de 2011
O autor acredita que com esta reflexão pode provocar algum efeito dominó, que seja benéfico para a sociedade em que nos inserimos, sem excepção de pessoas ou grupos, pequenos ou grandes, pois a intenção não é, nunca poderia ser, modificar o tipo de sociedade ou economia em que já vivemos, desse ponto de vista existe a convicção de que estamos no bom caminho. De uma pedrada no charco, espera-se sempre, que o agitar das águas produza resultados positivos e não que algum peixe seja atingido.
Uma última preocupação desta reflexão, vai acima de tudo na procura do exacto significado de várias palavras, ou expressões, que, por muito utilizadas, deveriam ter um significado mais transparente, logo menos dúbio, de maneira a produzirem junto dos milhões de consumidores de informação um estado de alma mais impregnado de tranquilidade e, sobretudo, isento de desconfiança. Recordem-se de uma expressão muito utilizada pelo antigo primeiro-ministro Prof. Aníbal Cavaco Silva, quando se referia às dificuldades que lhe eram sub-repticiamente criadas: “ “FORÇAS DE BLOQUEIO “.
Ninguém duvidará da honestidade e competência daquele que é considerado por muitos o melhor primeiro-ministro da nossa democracia, contudo, ficou sempre por esclarecer quais eram essas ditas forças. O autor acredita que elas existiram e existem, hoje muito mais, e que tinham sobretudo uma acção bloqueadora.
Há palavras ou expressões muitas vezes referidas na imprensa e de boca para boca, que têm uma acção ainda muito mais complexa, pois funcionam em sentido muito lato e tanto podem bloquear como fazer fluir, dependendo tudo das circunstâncias.
Tal como as bruxas, nas quais poucas pessoas acreditam, também o “SISTEMA“ existe, embora, como elas, nada visível.Penso que ele assenta, sempre, num “vanguardismo iluminado“, apoiado em exércitos numerosos de “tropas de choque“ para quem o escrúpulo tem enorme elasticidade e que estão permanentemente de mão estendida à espera de "benesses". Naturalmente que neste momento estamos de novo a entrar em levitação, ou seja, voando baixinho através da imaginação.
O estado da nossa SOCIEDADE CIVIL é realmente o problema crucial que hoje nos aflige, e que não tem nada a ver com as elites, embora como elas, também seja indispensável ao nosso desenvolvimento social e económico. Nesta ficção, a nossa preocupação reside nos meios de que elas (elites) deitam mão, acabando por criarem, com isso, uma situação na sociedade civil extremamente pantanosa e, por isso mesmo, muito injusta para o normal cidadão. Normalmente aos de melhor cidadania!
Com esta simples reflexão, aparece também a pretensão de clamar a quem detém poder sobre estas coisas, para que comecem a corrigir a rota lentamente mas com firmeza, enquanto é tempo.
Neste Portugal que orgulhosamente deu novos mundos ao mundo, hoje, só por receio, é que as pessoas mais esclarecidas não gritam alto e bom som, que na actual sociedade civil portuguesa HÁ MEDO. É ele que tolhe todo o grande sentido criativo do povo que fomos e que necessariamente ainda somos.
O enorme, perigoso e complexo “ Sistema “que tem vindo a ser montado na nossa “Sociedade Civil“, para além de iludir a democracia, é essencialmente inibidor da criação de valores, em cada uma e em todas as pessoas. É de supor que o número dos incluídos no dito “ Sistema “ cresça, continuamente, pois cada vez são mais as pessoas que se vão apercebendo dele. Perante esta situação, o comum das pessoas ou fingem não perceber, para evitar problemas de consciência ou, de forma mais oportunista, procuram deixar-se seduzir.
Impõe-se urgentemente uma moralização! Como processá-la? É difícil antecipar.
Portugal e os portugueses só se podem impor à consideração e respeito mundiais, pela via de uma sociedade transparente. Muito transparente. Com ela virá a nossa verdadeira identidade e o bem-estar para todos, sem distinção.
A democracia é transparência e respeito pelos outros, e não aquilo que nos estão a dar. O segredo, pode ir amortecendo a queda deste medonho edifício, mas não vai consegui-lo manter de pé durante muito mais tempo. As torres do “World Trade Center “eram de facto imponentes e, em minutos, caíram de forma inesperada e brutal.
Ainda haverá gente de bom senso e de bom carácter que chegará para mudar as coisas? Temos de acreditar que sim. Essa gente, aliada aqueles que ainda estão fora do sistema (a maioria), irá permitir um verdadeiro e profundo saneamento da nossa SOCIEDADE CIVIL.
Aos outros, mesmo empossados em altos cargos, desejo que compreendam que os caminhos de sentido único não interessam a ninguém. São autênticos atentados à dignidade humana e no fundo prejudiciais a toda a população. Até mesmo aos privilegiados! Na vida tudo pode mudar.
António Reis Luz
Quarta-feira, 20 de Julho de 2011
LEI N.ª 2
NÃO CONFIE DEMAIS NOS AMIGOS; APRENDA A USAR OS INIMIGOS
Cautela com os amigos - eles poderão traí-lo rapidamente, pois são com facilidade levados à inveja. Também se tornam mimalhos e tirânicos. mas chame a si um ex-inimigo e ele será mais fiel do que um amigo, porque tem mais a provar. De facto, tem mais a temer por parte dos amigos do que dos inimigos. Se não tem inimigos, descubra uma forma de os arranjar.
Robert Greene - Joost Elffers
Viajando pelas figuras de estilo
COMPARAÇÃO
A comparação, como o próprio nome indica, consiste na associação entre dois termos diferentes, mas entre os quais há algo que permite aproximá-los.
Exemplos:
"Dentro da casa o mar ressoa como no interior de um búzio." (Sophia M. B. Andresen);
"O silêncio pesava como chumbo."
"As árvores pareciam velas desfraldadas ao vento."
"Os olhos de ambos reluziam como pedras preciosas."
"... de face mais escura que a noite e coração mais escuro que a face"
"A rua [...] parece um formigueiro agitado" (Érico Veríssimo)
Pode, pois, concluir-se:
__ que as metáforas sublinham as similitudes entre as coisas, mas não alteram o sentido das palavras;
__ que existe na associação entre as duas realidades comparadas (termo comparante e termo comparado) uma partícula, ou expressão (como, parecer, ser semelhante a, etc.), que marca explicitamente essa mesma associação;
__ e que a riqueza da comparação deriva da sensibilidade e experiência do sujeito para construir associações lógicas, originais e sugestivas.
Guilherme Ribeiro
Segunda-feira, 18 de Julho de 2011
A morte lenta de um regime
1. [...] A primeira morte é económica. O modelo socialista/social-democrata/democrata-cristão, centrado na caridade do Estado e na subalternização do indivíduo, está falido, e brinda-nos com recessões de quatro em quatro anos. Basta ler "O Dever da Verdade" (Dom Quixote), de Medina Carreira e Ricardo Costa, para percebermos que o nosso Estado é, na verdade, a nossa forca. Através das prestações sociais e das despesas com pessoal, o Estado consome aquilo que a sociedade produz. Estas despesas, alimentadas pela teatralidade dos 'direitos adquiridos', estão a afundar Portugal. Eu sei que esta verdade é um sapo ideológico que a maioria dos portugueses recusa engolir. Mas, mais cedo ou mais tarde, o país vai perceber que os 'direitos adquiridos' constituem um terço dos pregos do caixão da III República [...]
da crónica "O regime que morreu três vezes".
2. As pessoas não gostam de Medina Carreira. Mas, na verdade, as pessoas não gostam é da realidade. Ele só aponta para a realidade. Ele só aponta para factos que ninguém quer ver. E é fascinante ver o "denial" das pessoas perante os factos.
AJP Taylor dizia que as pessoas, quando criticavam Bismarck, o realista, estavam, na verdade, a criticar a realidade.
por Henrique Raposo às 18:2
A
demora, por si só, não é hesitação. É demora. E a demora trava o
impulso e redobra a inércia. Tudo o que se adia custa mais a fazer - ou não se faz.
É no estado de graça - que não é mais do que o choque dos adversários e a expectativa dos apoiantes - que se tem de decidir. Romper, avançar, demonstrar firmeza e consistência. Passado o efeito do
knock out, o adversário recompõe-se e os apoiantes desiludem-se se não houver o golpe final. Não existe melhor oportunidade de vencer do que quando o adversário está encurralado e atarantado e a claque se une ao pugilista na sua luta porque acredita na sua força e confia, temporariamente, que o combate não está combinado.
Repito a agenda: auditoria imediata das contas públicas e publicação rápida do «
desvio colossal» e dos abusos; substituição imediata dos dirigentes e agentes socratinos; e responsabilização judicial dos dirigentes e agentes corruptos e
prevaricadores.
* Imagem picada daqui.
Projecto vai recuperar edifícios degradados nas cidades a custo zero
18 de Julho, 2011
O projecto Reabilitação a Custo Zero, vencedor da iniciativa FAZ – Ideias de Origem Portuguesa, vai iniciar a recuperação de um edifício no centro do Porto, com participação de estudantes universitários e doação de materiais por empresas de construção.Um dos mentores da ideia, José Paixão, explicou à agência Lusa que o projecto «consiste em criar uma organização sem fins lucrativos que permita a senhorios carenciados, privados ou camarários, reabilitar o seu património, devoluto ou degradado, a custo zero».
Para concretizar o plano, recorre-se a estudantes de arquitectura e engenharia europeus que se voluntariam para vir para Portugal conceber e realizar as reabilitações e são usados materiais de construção doados por empresas fornecedoras a troco de isenções fiscais.
A supervisão técnica das obras fica assegurada pelas universidades locais, através dos cursos de reabilitação das áreas da engenharia e arquitectura.
«O grande impacto pretendido é o repovoamento dos centros urbanos e a dinamização da cidade como máquina de transformação social», defendeu José Paixão.
Sendo uma organização sem fins lucrativos, «os materiais doados por empresas fornecedoras são considerados mecenato social» e tidos em conta em sede de IRC (Imposto sobre Rendimentos Colectivos), explicou.
O processo inicia-se com o contacto com os proprietários carenciados e o acordo para ser feita a reabilitação a custo zero pelos estudantes que «vêm para Portugal num programa a médio ou longo prazo, formalizado em termos semelhantes a um Erasmus, com equivalência nas suas escolas na Europa».
José Paixão adiantou que o projecto já tem interessados, proprietários e empresas, e está previsto avançar com um projecto-piloto, com um prédio devoluto que pertence à Câmara Municipal do Porto, situado no centro da cidade, em «plena Ribeira», para «mostrar que o projecto funciona».
Este prédio deverá ter uma componente de habitação social e de outra de acolhimento de empresas start-up, de indústrias criativas.
As empresas de materiais de construção interessadas pretendem publicitar a sua actividade, nomeadamente a nível internacional, através dos estudantes, futuros profissionais no sector nos seus países.
«O sistema é sustentável e os recursos necessários ao seu funcionamento vão ser gerados pelo próprio sistema de actividades e são previstas fontes de rendimento», como a publicidade nas fachadas nos edifícios reabilitados, possibilidade de realizar um programa televisivo a acompanhar o desenvolvimento do projecto ou a introdução de uma pequena comissão no arrendamento, por um determinado tempo, especificou o mentor do projecto.
Para José Paixão, o prémio da Calouste Gulbenkian e da Talento representa um «voto de apoio e o acreditar da parte das fundações e do júri no projecto» e vai «facilitar as relações com outras entidades».
A iniciativa FAZ – Ideias de Origem Portuguesa destina-se aos cidadãos de nacionalidade portuguesa e luso-descendentes e premeia uma boa ideia nas áreas da inovação social, ambiente e sustentabilidade, inclusão social, diálogo intercultural e envelhecimento, através de um apoio financeiro de 50 mil euros.
Esta ideia foi escolhida entre 203 apresentadas, provenientes de 28 países dos cinco continentes.
Lusa/SOL
TÁ BEM ABELHA!
Aquelas ou aqueles que passam a vida a trabalhar honestamente morrem cedo, e sem honra nem proveito!
Pois é, a imagem que temos das abelhas é exactamente essa!
Mais não pensam do que visitar, uma de cada vez, milhares de flores da mesma espécie por dia! Com os pelos cobertos de pólen, vão fazendo a polinização de uma forma muito eficaz e altamente competitiva!
Sabem quanto tempo tem de vida estas simpáticas criaturas? Admirem-se então!
A sua média de vida é de 21 dias!
Nem mais nem menos! Valerá a pena tanta honradez e labor para nem sequer chegar à reforma?
Imaginem então se, ainda por cima, falham as condições para se reproduzirem normalmente! Lá se vai tamanha competitividade! Pior, se a polinização tiver de ser feita pelo homem à mão, ela não só ficará mais cara como não terá a mesma eficácia!
Diz-se que as nossas abelhinhas estão a desaparecer por efeito da absorção pelas plantas dos insecticidas, que contamina toda a colmeia!
Há também quem culpe os telemóveis! Pois as suas frequências poderão estar a “desorientar fatalmente” estes animais! Se assim for elas que fujam de Portugal, pois aqui “cão e gato” em vez de trabalharem, passam a vida a falar ao telemóvel! Adeus competitividade!
António Reis Luz
Sexta-feira, 15 de Julho de 2011
“No exame de Português, realizado por 68.409 alunos, a média foi negativa (…) os alunos internos [aqueles que frequentam as aulas o ano inteiro] ficaram-se pelos 9,6″, hoje, no Público (página 12).
Que futuro se pode esperar num país no qual os seus cidadãos, após completarem 12 (doze) anos de escolaridade, não sabem ler nem escrever
Quarta-feira, 13 de Julho de 2011
« Os portugueses sentem-se revoltados em relação ao presente e angustiados em relação ao futuro. Estão fartos de fazer sacrifícios em troca de nada e em nome de coisa nenhuma ( ..... ) Goste-se ou não, a verdade é que cheira mesmo a fim de regime. Ou se constrói uma alternativa credível e mobilizadora, ou o pântano em que vivemos dará lugar a um grave impasse político e institucional e a uma grave convulsão social.»
Luís Marques Mendes
O Governo pretende cortar entre mil e 1500 freguesias (4 260) no país, na reestruturação da administração local que vai levar a cabo. Porém, o PSD deve evitar mexer no número de municípios, um ponto mais sensível e que ficou em cima da mesa depois da passagem da Troika por Portugal. O Memorando de entendimento entre Portugal, Bruxelas e o FMI prevê a redução significativa do número de câmaras municipais e juntas de freguesia até Julho de 2012. No seu programa, o PSD é muito mais moderado.
Além disto, o governo prepara-se ainda para reduzir o número de eleitos locais, reorganizar o sector empresarial local e passar algumas competências municipais para um nível supramunicipal. O executivo quer ter os objectivos da reforma autárquica definidos até ao final do ano e para isso já convocou para as próximas semanas as primeiras reuniões com a Associação Nacional de Municípios e com a Associação Nacional de Freguesias.
Amigos, pode parecer injusto, errado e tudo aquilo que quiserem. Tenho alguma experiência nesta matéria, e posso garantir que dentro do autêntico "ciclone" necessário à salvação de um dos países mais antigos da (Europa), esta é uma das medidas que tem de ser executada.Hoje, pelas Juntas e Poder Local, poderão estar a passar a maior parte dos "pequenos interesses" que minam o país e descredibilizam toda a política e os partidos. Falar em concreto é difícil. Mas, antes que se possa chegar a situações inimagináveis, o melhor é cortar o mal pela raíz! Passar "atestados" não pode justificar uma despesa tão grande ao país. As próprias "delegações de competências" (medida importante, mas que pode, quem sabe?), descambar para comportamentos menos correctos, por via do pouco controlo a que são sujeitas as Juntas pelas autoridades!
Mais atribuições? Só com mais dinheiro, e isso é coisa que o país não tem. Poderão ainda existir muitas outras coisas perigosas no domínio dos desvios à "democracia representativa"! Digo poderão, mas se não existem, estão criadas as condições para elas explodirem. As nossas aldeias, as nossas vilas e até cidades, podem ficar políticamente "aprisionadas"! Como? Se existirem grupos com actuação ilegal local,e secreta, nos nossos dormitórios, rapidamente se pode chegar a uma situação em que as reuniões não têm aqualquer controlo perante a Lei e pela Constituição Política! Rapidamente todos os possíveis candidatos só o serão, com o beneplácito de tais grupos. Os próprios funcionários das juntas serão "apertados" por esta gente, ficando sem saber se devem obediência ao presidente da junta ou a estes comandos ilegais. Os "documentos" da Junta passarão a ser copiados, na rua, para análise desta gente oculta! Enfim, se não se tomarem medidas muito concretas, poderemos cair nesta situação, indigna de uma verdadeira democracia! Não só pelos danos morais e políticos, mas por tudo o resto , até pela corrupção, é preciso evitar que Portugal chegue a uma situação como esta aqui imaginada.
Claro que as medidas da Troika são para cumprir, mas evitar chegar à situação descrita e em perspectiva, é muito mais importante! A ruína moral trás consigo a morte de tudo, inclusivé do nosso próprio País.
António Reis Luz
Terça-feira, 12 de Julho de 2011
Quem gosta do serviço público encontra de tudo! Gente impreparada e desleal que só pretende "deitar abaixo", acima de tudo!. De vistas curtas e pouca abrangência social e associativa também, que faz de tudo para destruir as medidas correctas, de gente experiente no caminho da conquista difícil do prestígio do alto serviço social e cultural. Numa dada freguesia dos arredores de lisboa, o presidente de uma dada associação cultural, resolveu levar as assembleias-gerais de sócios até junto de possíveis aderentes. Para tal organizou uma visita de estudo e no próprio autocarro, aproveitando o tempo de caminhada, fez uma sessão da assembleia geral. Foi acusado de tudo, até de irregularidades e da tentativa de manipulação de votos. Magoado, marcou nova assembleia no local habitual e lá, obteve um resultado ainda maior nas votações realizadas. Histórico!
Vem agora ao caso, que a primeira senhora presidente da Assembleia da República, admitiu, em conversas informais, que gostaria de introduzir algumas novidades, que abram a AR aos cidadãos: por exemplo, reunir, em ocasiões especiais, fora do Palácio de São Bento.
O regimento da AR diz que "a Assembleia da República tem a sua sede em Lisboa, em São Bento". Todavia, prevê que " os trabalhos da AR possam decorrer noutro local, quando assim o imponham as necessidades do seu funcionamento".
Julgo ser este o "melhor caminho para levar Maomé à montanha, já que a montanha não vem até Maomé". Trata-se de uma medida de grande significado, também óptima, para levar ao povo a nossa "Casa da Democracia" e os seus deputados.
António Reis Luz
Governo quer reduzir número de freguesias
Paula Cravina de Sousa com Márcia Galrão
02/02/11 07:50
O objectivo é replicar o modelo de Lisboa no resto do País.
O Governo prepara-se para lançar um debate sobre a reforma administrativa do país. O objectivo: reduzir o número de freguesias. De acordo com o secretário de Estado da Administração Local, José Junqueiro, a ideia é replicar o modelo que foi feito em Lisboa - de redução das actuais 53 freguesias para 24 - a todo o território nacional, tal como o Diário Económico tinha noticiado no passado dia 21 de Janeiro.
O responsável garante que não há ideias pré-definidas e deixa em aberto a possibilidade de, além da redução do número de freguesias nos 308 municípios portugueses, haver também uma diminuição do próprio número de autarquias, tal como noticiou ontem o Diário de Notícias. No final de Janeiro, o secretário Nacional do PS, Vitalino Canas, confirmou que "o acordo em Lisboa teve a cobertura política" de Sócrates e Passos Coelho e que servirá de "teste" aos dois partidos para um novo mapa nacional: "Se correr bem, pode estar aqui a dar-se o primeiro passo para uma reforma
Sementes do Egito suspeitas provocar surto de E.coli na Europa
Kioskea o terça 5 de julho de 2011 às 13:09:26
Um lote de sementes de feno-grego importadas do Egito em 2009 é o vínculo mais provável entre as intoxicações pela bactéria E.coli na França e Alemanha, anunciou nesta terça-feira a Autoridade Europeia de Segurança Alimentar (EFSA).
Um lote de sementes de feno-grego importadas do Egito em 2009 é o vínculo mais provável entre as intoxicações pela bactéria E.coli na França e Alemanha, anunciou nesta terça-feira a Autoridade Europeia de Segurança Alimentar (EFSA).
O feno-grego (alforva ou trigonela) é muito utilizado na cozinha asiática ou com objetivos medicinais.
Segundo uma fonte europeia, a EFSA pediu à Comissão Europeia que adote as medidas necessárias para evitar novos contágios e é possível que ainda nesta terça-feira a UE retire as sementes procedentes desse lote.
"A investigação de rastreamento realizada pela EFSA concluiu que um lote de sementes de feno-grego importadas do Egito é o vínculo mais provável entre as duas epidemias na Alemanha e na França", anunciou a agência, cuja sede se encontra em Parma (Itália), em um relatório publicado em seu site.
A EFSA já havia mencionado a pista egípcia em um comunicado publicado em 29 de junho. No entanto, o ministério da Agricultura egípcio negou em 1º de julho a responsabilidade das sementes de feno-grego produzidas no Egito.
O feno-grego é uma planta de folhas ovaladas e suas sementes são utilizadas na alimentação por serem muito ricas em fósforo e magnésio. Também pode ser usada como erva medicinal e como fertilizante nos cultivos biológicos.
O lote em questão, de 15 toneladas, foi importado em 2009 na Alemanha e depois redistribuído em outros países, principalmente a França.
Os especialistas dos Estados membros da União Europeia (UE) se reuniram nesta terça-feira em Bruxelas para discutir as medidas tomar com base nas recomendações da EFSA, segundo uma fonte europeia.
Este lote é portador da cepa O104:H4 da bactéria E.coli entero-hemorrágica (Eceh). Até a presente data, a intoxicação provada por esta cepa custou a vida de 48 pessoas na Alemanha e uma na Suécia.
Uma segunda epidemia afeta a França, onde 10 pessoas foram intoxicadas pela bactéria Eceh na cidade de Bordeaux (sudoeste).
PROPRIEDADES:
O Feno Grego é uma planta silvestre da família das polipodiáceas e a sua aplicação terapêutica remonta à Antiguidade. Crê-se oriunda da Ásia, florescendo na Primavera. Possui geralmente 1 a 2 palmos de altura, de caules erectos, lisos e arredondados, que se ramificam um pouco. As suas folhas são pecioladas e as flores apresentam uma cor branca amarelada. O fruto forma uma prolongada bainha, sendo as suas sementes de formato ovóide e extremamente ricas em mucilagem. O Feno Grego é uma planta tónica e um excelente reconstituinte geral do organismo, no âmbito físico e mental. Contêm na sua composição hexoses (que por hidrólise origina 50% de manose), 0.13% de alcalóide inócuo (trigonelina), 0,05% de colina (substância resinosa muito amarga), quantidades variáveis de óleo volátil, saponina, fosfatos, vitaminas A, B1, B2, C e pode atingir até 27% de proteínas. Utiliza-se como reconstituinte orgânico dada a sua riqueza proteica. Dadas as suas propriedades faz aumentar o apetite, funciona em estados de debilidade do organismo, estimula o funcionamento de todas as glândulas endócrinas e actua em casos de doenças do coração. Reconhece-se também actividade em termos digestivos, laxantes, afrodisíacos (estimulando as funções genéticas do homem) e como adjuvante no combate ao hemorroidal.
É uma erva verde e macia, semelhante ao trevo, e a sua semente é muito utilizada na cozinha indiana, porque o seu sabor amargo e aromático se mistura bem com as outras especiarias. As folhas sabem a noz, com gosto de caril. Pode-se usar também em carnes e em pickles.
INDICAÇÕES:
O Feno Grego está indicado em situações de falta de apetite, apatia física e mental. Como tratamento complementar indica-se nos casos de hemorroidal, fissuras anais, problemas digestivos, desmotivação sexual e estados de ansiedade ou irritação.
Segunda-feira, 11 de Julho de 2011
Já uma vez se perguntou aqui se um deputado que é também consultor de um banco, por exemplo, será um homem livre para decidir de acordo com o interesse público e não segundo a conveniência de quem o emprega. Na semana em que reabriu portas o Parlamento, Paulo Morais, presidente da Transparência Internacional em Portugal, que combate a corrupção, apresentou estas contas simples: quase um terço dos deputados da anterior Assembleia (70) eram, simultaneamente, gestores de empresas que têm negócios com o Estado.
Importa saber agora quantos dos que lá estavam foram reeleitos. Só para vermos se alguma coisa mudou, ou se os partidos fazem sempre as suas listas de modo a respeitarem as quotas dos patrões dos seus deputados.
Fernando Madrinha - Expresso
OS GOLFINHOS
Um golfinho-roaz nasceu esta semana no estuário do Sado, o que acontece pela primeira vez em três anos naquela comunidade de cerca de 30 animais. O nome vulgar do "Tursiops truncatus", Roaz ou Roaz- corvineiro, estará ligado a dois hábitos de caça e alimentação destes golfinhos.
Em Setúbal, chamam-lhes "roazes" porque tinham o hábito de rasgar as redes dos pescadores em busca de alimento, e "corvineiros" por se alimentarem de corvinas quando estas eram abundantes na região.
Os roazes alimentam-se de vários tipos de peixes, moluscos e crustáceos.
No estuário do Sado, os roazes têm uma especial predilecção por chocos e tainhas, alimentando-se também lulas, linguados, caranguejos, camarões, entre outros.
O roaz ingere diariamente cerca de 20kg de alimento.
Os roazes passam grande parte do seu tempo à procura de alimento, e utilizam várias técnicas de caça, alguns caçam sozinhos, outros em pequenos grupos.
As fêmeas têm uma gravidez de 11 a 12 meses e dão à luz apenas uma cria com cerca de 80 centímetros.
No processo de parto, primeiro sai a cauda do golfinho bebé e só depois a cabeça.
Assim que nasce, a cria é levada à superfície para aprender a respirar.
As crias são amamentadas até aos 18 meses e são-lhes ensinadas desde logo algumas técnicas de caça.
O golfinho-roaz é cinzento-escuro no dorso, diminuindo de intensidade perto da barriga, que é branca ou rosa muito claro.
O seu corpo é muito robusto, bem como a sua cabeça.
O seu bico tem uma força espantosa, capaz de provocar ferimentos muito graves num adversário.
São muito activos e frequentemente acompanham os barcos à proa.
Chegam a atingir mais de 40 quilómetros por hora de velocidade a nadar e, vivendo em liberdade, os roazes podem viver até aos 45 anos, tendo as fêmeas geralmente maior longevidade
IG.
Terça-feira, 17 de Maio de 2011
Segunda-feira, 1 de Novembro de 2010
Sobram os dedos de uma só mão para contar aqueles Estadistas que apareceram à frente do nosso País nos últimos cem anos.
Estão a tornar-se um bem preocupantemente escasso! Ou se é, ou se não é. Eis a questão !
Sabe-se que se nasce já com esse dom, e o muito que se pode fazer, é ajudar a melhorar o seu desempenho.
Mas, para tal, é preciso que eles apareçam.
Aqui radica, e mais transparece, toda a crise partidária; querer ou saber como captá-los. Eles andam por aí, não muitos, mas andam. Mesmo num País ingovernável como parece estar o nosso !
Este, ou qualquer outro governo, com o tempo, acaba por se sentir completamente tolhido na sua acção governativa, com uma liderança a pensar pequeno. A força das corporações, e outras, são de facto eficazmente bloqueadoras.
O País também o sente.
Num primeiro momento, os governantes que vamos tendo ainda inventam uma qualquer ASAE, para mostrarem que mandam. De facto só mandam nas “ginjinhas do Rossio” !
Depois, o desânimo abate-se sem piedade. Eles não mandam nada! E o País vai andando mal.
Os possíveis Estadistas, que existam neste reino, farejam esta realidade e, como qualquer homem comum, escondem-se na mediocridade, mesmo sentindo o chamamento.
Ficam-se nas covas. Não sentem o mínimo de condições exigíveis para avançar !
Aos donos dos partidos isto interessa e muito. A mediocridade da classe política serve a muita gente, não ao País. Principalmente quando o líder governativo apelida os seus opositores de mesquinhez, tomando como mérito seu, o sacrifício de todo o povo para equilibrar as finanças públicas.
Os verdadeiros “ Homens de Estado ” para aparecerem precisam, no entanto, de acreditar ter chegado o momento certo. Depois, a sua acção e postura vão demolindo os bloqueios corporativos e vão fazendo sobressair os mais capazes. Afastam o servilismo e a obra começa a surgir. Com ela regressa a autoridade perdida.
O verdadeiro Estadista pensa na próxima geração, nunca na próxima eleição. O seu sentido de Estado funciona melhor que qualquer GPS (Sistema de Posicionamento Global) na descoberta do caminho certo para os altos interesses colectivos. É uma pessoa desprendida, segue na senda dos valores e não se deixa enredar nos pequenos interesses de grupo. Torna-se incomodo, mas granjeia o respeito das maiorias. Arrasta com o seu forte carácter e força interior, todo o País para o desenvolvimento e bem-estar social.
Faz crescer o PIB em vez de escravizar a população com escandalosos impostos. Os bandos corporativos e empresários, amantes de governantes fracos, deixam de ter a sua governação subterrânea, tão eficaz na defesa da continuidade dos seus interesses pessoais e de casta.
Os potenciais Estadistas, tal como os golfinhos na década de sessenta, quando a poluição invadiu o estuário do Tejo, fugiram para longe. A inteligência e sensibilidade dos golfinhos, tal como a dos Estadistas, não lhes permite lidar, dia a dia, com tanta opacidade. Querem a água limpa, onde se movimentam com toda a transparência.
Hão - de voltar um dia.
Mesmo assim, talvez esteja na hora do País pôr nos grandes jornais mundiais um anúncio como segue:
“ Estadistas precisam-se; condição indispensável falarem a língua de Camões em qualquer parte do mundo e desde nascença”
Certamente que no “ casting ” será rejeitado todo e qualquer candidato por afirmar que, com excepção do seu, todos os partidos estão mal.
Certamente será escolhido todo e qualquer candidato por afirmar que todos os partidos devem ser profundamente revistos no seu funcionamento interno. Todos estão mal.
Em especial há um que está completamente anestesiado. É fácil saber qual é!
As regras internas de funcionamento dos partidos devem ser legisladas e , portanto, serem iguais para todos , para que nos sufrágios haja, de facto, eleições democráticas.
Igualdade à partida.
Quem chamar a isto “coisas mesquinhas” não tem estatura de Estadista.
O povo paga com os seus altíssimos impostos os partidos que temos e deixa-lhes nas mãos o poder de conduzirem o País. Resta-lhe, a este povo, o direito que o funcionamento dos mesmos seja avaliado por uma credível “Alta Autoridade”, constituída por homens bons e de grande credibilidade. Em debate nacional.
António Reis Luz
"Só 8 mil militantes do PS pagam quotas!!!
A duas semanas das eleições directas para o Partido Socialista , o número de militantes com quotas em dia é estranhamente baixo: apenas 8 mil num universo de 116 mil militantes". Expresso
PS: Há por aí tanto analista político, qual a razão por que não opinam sobre este facto real? Com um mês decorrido sobre eleições legislativas e pouco mais das eleições para líder do PS, eleito com tanto "foguetório" para voltar a ser primeiro-ministro, por quantos votos foi Sócrates eleito nesse mediático acto eleitoral? Quanto tempo de antena? Quanta propaganda?
Cento e oito mil militantes não tinham as quotas pagas porquê? Por que não acreditavam na vitória eleitoral? Então e as suas convicções políticas?
Com tantos boys bem colocados e tanto diploma "oferecido", não havia alguns euros para dignificar o partido?
É esta política que está a arrasar Portugal! Os partidos, provavelmente, têm além dos 108 mil sem pagar quotas, muitos outros milhares que nem constam dos cadernos de militantes. Tudo isto envolto em grande falta de transparência e muito oportunismo. No fundo, é este o lixo do país e não aquilo que o povo ganha com o seu labor diário para sustentar a família!
António Reis Luz
Domingo, 10 de Julho de 2011
Alguém tem de falar com sentido de Estado ao país, numa matéria que muito tem prejudicado os portugueses de maior cidadania. Fala-se dos juros sobre as poupanças no contexto financeiro do país em geral!
Foram exactamente estes portugueses, que resistindo à “loucura do consumo”, incentivado como política de crescimento do PIB e da nossa economia pelos governos “rosa”, aqueles que tiveram (forçados) de acudir aos bancos e ao Estado com o suor das suas poupanças. Poupanças essas que em vez de crescerem iam diminuindo, quase desapareceram! Comidas pela inflação e pela pobreza crecente em que PORTUGAL se foi atolando! Eles foram as maiores vítimas de uma política de incentivo desregrado ao consumo, à falta de valores, ao oportunismo, à perda de cidadania, que ocorreu desde 1995.
Com toda esta política injusta e insensata, os bancos foram totalmente coniventes, com o “desgoverno”, e crivando o país de divida externa, para promoverem um consumo doentio, fazedor de ilusões suicídas. Não podemos esquecer as facilitadas e incentivadas compras de casas sem oportunidade ao arrendamento, as viagens turísticas etc, nem tão pouco esqueceremos as vergonhosas parcerias “Público-Privadas” que interessavam aos bancos e a certas empresas de construção! Não ao país, nem aos portugueses.
Entretanto, aqueles que foram prevenindo o seu futuro, julgavam eles, sem darem por isso, mais valia que tivessem ido todos os anos a Cuba, Punta Cana, Londres, Brasil, Seicheles e mais que fosse! Sem esquecer a tartaruga!
Agora ouvimos o presidente da Associação Portuguesa de Bancos, muito preocupado com a situação dos bancos portugueses! Com os portugueses de “hábitos de poupança” nem por isso! Nem se preocupa que os juros ainda estejam baixos, face àquilo que o país paga de juros ao estrangeiro! Não se preocupa com as técnicas de “amarração” dos bancos sobre os pobres depositantes, ou com os elevados spreads e taxas de utilização etc.
Hoje, as taxas de juro dos depósitos a prazo deveriam subir para valores brutos em torno dos 4 a 5% nas aplicações a longo prazo. A banca aposta forte nesta captação de poupança no final do ano, que perdem atractividade, nomeadamente em termos fiscais.
Mas alguns bancos estão a fazer depender a oferta de juros mais altos de um maior grau de relação comercial por parte do cliente, ou seja, o chamado cross selling. Para obter taxas mais elevadas é necessário que o aforrador possua uma carteira com vários produtos do banco, que resultam numa 'amarração' a longo prazo à instituição. Desde a domiciliação de ordenado, pagamento de despesas ou mesmo a subscrição de um PPR, tudo isto é exigido para se conseguir juros mais elevados. Trata-se de um conceito que é normalmente aplicado a produtos de crédito, para se conseguir reduzir o spread .
Ou seja, os juros variam de acordo com o saldo médio de um conjunto de produtos elegíveis, como seguros, PPR ou fundos de investimento e domiciliação do ordenado, mais o débito de pagamentos domésticos ou cartão de crédito. Tudo, formas de baixar, de facto, a compensação para com quem poupa!
Nesta terra continua a não valer a pena ser bom cidadão, os “oportunistas e esbanjadores”, vivem melhor, e com menos preocupações e responsabilidades! Até quando? Num mundo globalizado, por que esperam estes bons cidadãos para colocarem os seus "pés-de-meia" onde melhor os remunerarem? Protegendo-se, assim, contra a bancarrota. Ninguém lhes agradece nada! Então .... ?
António Reis Luz
O triste fado da aldeia foi ditado no início da década de 40 com a chegada de um novo rendeiro, que subia as rendas a seu bel-prazer. Valores que atingiram níveis quase impossíveis de suportar. Durante anos os habitantes "mataram-se" a trabalhar para pagar as rendas. Albino Carvalho recorda esses tempos sem saudade, mas lá vai dizendo que, embora as terras «fossem más», «uns lavravam, outros tinham cabras, outros tinham vacas», e a agricultura lá ia dando para viver e pagar aos rendeiros.
Revoltados com a situação, os habitantes do Colmeal recusaram-se a pagar e, como resultado, tiveram de travar uma longa batalha jurídica que de nada lhes valeu. O processo começou com a acção de despejo para o caseiro da casa dos Cabrais, acusado de deixar de pagar renda ao senhorio, mas anos depois os aldeões passaram à categoria de subarrendatários do mesmo e tratados de igual modo. Por altura das colheitas dois oficiais da justiça chegaram com a sentença final. Uma acção de despejo. Estava-se no dia 8 de Julho de 1957.
Aldeia do Colmeal
de flight69
A GNR apresentou-se fortemente armada para o acto de despejo. Enquanto os aldeões tentavam a sua sorte nos montes sobranceiros à aldeia, as mulheres e as crianças refugiavam-se na igreja. Nada impediu as autoridades de rebentarem com as portas das casas e levarem os poucos haveres desta gente simples.
«Andavam em demanda há muito tempo», na opinião de Albino Carvalho. Designadamente, de Rosa Quirino Cunha e Silva que queria ser dona de todo o Colmeal. Tanto que o seu advogado, Manuel Vilhena, conseguiu "ajeitar" as leis e transformou a aldeia - anterior à nacionalidade portuguesa -, numa quinta.
A única coisa que Albino e a sua família conseguiram salvar foram «algumas roupas». Como não podia regressar ao Colmeal, a terra que o viu nascer, Albino teve de recomeçar do zero noutro lado. A escolha recaiu sobre Bizarril, a terra natal da sua esposa, e uma das anexas que serviu de refúgio às gentes da aldeia despojada. «Arrendámos esta casita», conta Albino, onde ainda hoje vivem os dois, o sustento era garantido pela agricultura. A profissão que sempre conheceram. «Tempos difíceis». As dificuldades arranjaram-lhe uma doença a que ele chama «velhice», e que não o deixa deslocar-se com a mesma energia de antes. Tem apenas 72 anos, mas anda encostado a um pau como se a vida o tivesse deixado. Com lágrimas nos olhos, lembra o filho que deixou lá enterrado. «Disseram-me que o cemitério está num estado lastimável, que arrancaram as pedras», conta. Assim como lamenta que o actual proprietário «tenha vendido todos os santos da igreja, segundo me disseram, a um senhor de Trancoso».
Maria Matilde não nasceu naquela aldeia, mas foi lá crismada, e lembra-se bem da festa de S.Miguel. «Era uma grande festa. Toda a gente das aldeias vizinhas se deslocava ao Colmeal». Maria Matilde não fugiu à regra «e quase todos os anos ia à festa». Esta mulher natural de Bizarril não está de acordo com o que aconteceu aos habitantes da aldeia vizinha. «Aquilo não se fazia», afirma em tom revoltado. «Ainda me lembro que se via um guarda com uma metralhadora, além no cimo do monte». E reforça, «aquilo não se fazia»...
Gabriela Marujo
TERRAS DA BEIRA
Os despojos do dia
Eram mais ou menos dez horas da manhã, quando os habitantes do Colmeal, concelho de Figueira de Castelo Rodrigo, foram surpreendidos por uma força da GNR que os expulsou de suas casas e lhes confiscou os seus pertences. Estava-se a 8 Julho de 1957. Quarenta anos volvidos no meio de todo o abandono a que ficou votado, e do elevado estado de degradação dos edifícios, o Colmeal serve de campo de pastagem dos animais daquele que se diz dono da aldeia. Mas há quem não esqueça esta injustiça.
«Andaram naquilo até à noite», lembra Albino Carvalho. Na altura, tinha pouco mais de trinta anos e a «vida arranjada». A tarefa era executada por «dois homens que traziam as coisas de casa para a rua», e, «como a gente era muita», foi necessário um dia inteiro. De certa forma, os habitantes do Colmeal sabiam que «algo de mal» lhes iria acontecer. Mas nunca pensaram numa sentença tão dura.
A história deste povo é de origem antiquíssima. O documento mais antigo que se conhece data do ano de 1183, quando D.Fernando II (Rei de Leão) se encontrava em Ciudad Rodrigo e doou o Colmeal, conjuntamente com outras povoações, à Ordem de São Julião do Pereiro. Uma doação confirmada pelo Papa Lúcio II em Abril do mesmo ano. Esta ordem teve a sua sede no lugar do Pereiro, onde ainda hoje se podem ver os vestígios perto de Cinco Vilas que faz fronteira com o Colmeal. Após o Tratado de Alcanizes, os bens desta Ordem passam para a Ordem de Alcântara, em 1297, e as terras de Riba Côa são integradas na Coroa Portuguesa. As disputas com os espanhóis despovoaram os lugares da serra, e D.Afonso V deu-lhe carta de Couto - terra que não pagava impostos por pertencer a um nobre, com o nome de Colmeal das Donas em 1540. Era senhorio deste povo João Gouveia.
Com a morte deste fidalgo o Colmeal das Donas passa a pertencer a Vasco Fernandes de Gouveia (1476), e, com a morte deste, a Fernão Álvares Cabral e D.Isabel de Gouveia. Pais de Pedro Álvares Cabral.
Mudanças sucessivas levaram a que a burguesia endinheirada, saída da República, se fosse apoderando dos domínios da nobreza. Os Condes de Belmonte não escaparam e venderam o foro do Colmeal das Donas. Os novos proprietários mantinham direitos que remontavam ao tempo das sesmarias, ao mesmo tempo que lavravam à pressa escrituras e delimitavam terrenos. As gentes do Colmeal por sua vez, habituadas à servidão, continuavam a pagar foro. Desta feita, aos feitores dos novos senhorios.
»...
Gabriela Marujo
Sábado, 9 de Julho de 2011
Quarta-feira, 6 de Julho de 201
"Até ao fim, até ao limite..." - dizem-me, incrédulos.
Até ao fim, a família, até ao fim, o trabalho, até ao fim, o serviço público a que se comprometeu.
Mas porquê, mas como?
Mas, diria ela - porque não? Como não?
Pois se tudo o que fez foi porque acreditou, porque se envolveu, porque se entregou - porque haveria isso de mudar, agora que via o fim?
E se o fim não dependia dela, porquê mudar? Em que é que isso alterava os seus compromissos, as suas prioridades, as suas causas?
Parece tão simples...
Escreveu a Zézinha, no início de Março:
"Um dos mais radicais desafios que nos é proposto, é a entrega de tudo aquilo que - ao limite - não depende de nós. Talvez seja esta a chave para as caminhadas mais duras. Uma entrega que não é derrotista, mas confiante de quem sabe que - at the end of the day - não tem nada a temer."
Foi mais ou menos isto que ela me disse, quando falámos sobre a sua doença: a I. e eu, a fazermos força para não nos comovermos - que é como quem diz: para não chorar - e a Zézinha, com a M. L. P. sempre ao seu lado, a explicar como tudo é simples: - "não te preocupes, está nas mãos de Deus".
"Talvez seja esta a chave": quando a fragilidade impressiona, mas ainda mais a fortaleza; quando vemos alguém assim, sem fingimentos nem recatos, assumida e natural, como se nada fosse - como se fosse natural vir a acontecer-lhe o que de mais natural acontece; quando, envergonhados, encontramos consolo em quem gostaríamos de confortar...
Será mesmo assim tão simples, realmente? E será, também, assim tão estranho?
Nos últimos quinze anos estivémos juntos em muitas lutas, várias eleições, referendos, discussões, campanhas. Quase sempre lado a lado, por vezes em lados opostos. Nunca nada mudou. Nem as conversas em sua casa, nem as novidades que me contava sobre os netos, as perguntas sobre a minha vida ou as graças que fazia. A última vez, a fumarmos no vão das escadas de incêndio no Parlamento, foi apenas há duas semanas, enquanto a Zézinha esperava o P. para ir almoçar. E a sua alegria com o último neto, que tinha podido visitar, era contagiante.
Estes últimos meses impressionam (não esqueço a ovação que recebeu na Assembleia pelo seu dia de anos, em Março, em que quase toda a câmara sabia que estava a aplaudir uma vida, e não só um dia). Mas, no fundo, estes últimos meses impressionam porque foram iguais ao resto da sua vida: a trabalhar, dedicada aos compromissos que assumiu.
Desde a sua "primeira oportunidade" que foi um estudo sobre a reforma agrária, a cultura, a MAC, os referendos, a saúde, a toxicodependência, a Santa Casa, a Cimeira Ibero-Americana, a Câmara de Lisboa, o Plano Baixa-Chiado, o Parlamento... tudo apenas exemplos superficiais dos compromissos públicos que assumiu.
O meu testemunho, sobre a Maria José Nogueira Pinto, é a minha consolação: quando a vimos a trabalhar, a Maria José deu-nos o seu exemplo de serviço e rectidão; quando a vi doente, foi ela quem me deu força com a sua entrega; quando lhe disse que rezávamos por ela, respondeu que não era preciso mais nada.
Deus, guarda a sua alma. E Proteje a sua família, que foi a primeira de todas as suas causas.
publicado por DBH às 19:18
Encontrei a Zezinha Nogueira Pinto pouco depois de ela saber que estava gravemente doente. Ao dizer-lhe que podia contar com as minhas orações, ela agradeceu e sorriu com um ar tão jovial, que até parecia que estávamos a falar de uma coisa boa…
Impressionou-me, sobretudo, a certeza serena que ela tinha. E foi, talvez perante o meu silêncio, que então me explicou que não rezava a Deus pela sua cura, mas para que a ajudasse a dizer sempre que sim.
“Porque – disse ela – ou tudo isto em que acreditamos é verdade ou então não faz sentido o que andamos a dizer”.
Quando nos despedimos, ainda acrescentou: “Sabe o que também me ajuda a abraçar esta cruz? O modo como o nosso João Paulo II viveu o sofrimento!”.
Assim foi. Tal como o grande Papa polaco, a Zezinha não se escondeu por estar doente, nem disfarçou a sua fragilidade, ensinando-nos, deste modo, a abraçar todas as circunstâncias que Deus nos dá, “confiando no melhor”.
Mas que tipo de confiança é esta? A resposta partilhou-a ela com todos, no último artigo que escreveu, publicado ontem postumamente: “Seja qual for o desfecho, como o Senhor é meu pastor, nada me faltará”.
Aura Miguel
Quinta-feira, 7 de Julho de 2011
"Às autarquias do futuro já não se pede apenas que sejam capazes de construir infra-estruturas e equipamentos. Delas se exige que sejam agentes activos na promoção do crescimento eonómico e do desenvolvimento social. Autarquias empenhadas na atracção e promoção de investimento produtivo, na formação profissional, na investigação e na inovação, associadas ao desenvolvimento empresarial, no combate à pobreza e à exclusão social."
Luís Marques Mendes
«Deputados socialistas querem reduzir sal no pão»
Gabriel Silva colocouum post em que defendia que a imposição de limites máximos à quantidade de sal no pão viola a liberdade individual.
Vários leitores responderam que a medida é boa porque o sal faz mal à saúde.
Estas respostas mostram o valor que grande parte dos leitores do Blasfémias atribui à liberdade individual. A liberdade individual pode-se violar desde que isso faça bem à saúde.
É caso para perguntar: que outras razões, para alem da saúde, justificam a violação da liberdade individual?
Blasfémias
Quarta-feira, 6 de Julho de 2011
Considerando que a “CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA PORTUGUESA” é um “livro sagrado” para os portugueses, façamos disso um ponto de partida entre o que ela estipula e aquilo que se passa no nosso dia a dia:
Artigo 46.º
Liberdade de associação
- Os cidadãos têm liberdade de, livremente e sem dependência de qualquer autorização, constituir associações, desde que estas não se destinem a promover a violência e os respectivos fins não sejam contrários à lei penal.
- As associações prosseguem livremente os seus fins sem interferência das autoridades públicas e não podem ser dissolvidas pelo Estado ou suspensas das suas actividades senão nos casos previstos na lei e mediante decisão judicial.
- Ninguém pode ser obrigado a fazer parte de uma associação nem coagido por qualquer meio a permanecer nela.
Aqui temos um caso simples de uma simples associação que, numa simples freguesia dos arredores de Lisboa foi coagida, com as restantes forças vivas da sua jurisdição autárquica a pertencer à Comissão Social local, sendo, até, comum ser a Junta de Freguesia a coordenar os trabalhos e a subordinar todas as actividades destas instituições privadas aos seus desígnios! De resto, tudo isto é tido como normal pelo país inteiro, tendo até, tudo isto, alguma coisa a ver com a política de concessão de alguns míseros subsídios!
Nesta perspectiva política, como pode haver em PORTUGAL, uma SOCIEDADE CIVIL forte e impulsionadora das actividades económicas e sociais em todo o país? Existe sim, uma SOCIEDADE CIVIL de mão estendida e sem vigor ou qualquer influência! Dependente do ESTADO!
António Reis Luz
( ... )Há dez anos começo as minhas aulas na Universidade Católica colocando a seguinte pergunta: “Por que razão Portugal é um país atrasado?”
E a resposta começa pela seguinte conatação: porque a sociedade civil nunca se autonomizou em relação ao poder do Estado.
Porque nunca se formou em Portugal uma burguesia empreendedora e com vida própria. No momento em que nos países hoje desenvolvidos se afirmava uma burguesia com iniciativa, autónoma, independente, em Portugal a incipiente burguesia viveu enfeudada ao Estado central. Nunca se libertou dele. E este foi o nosso fado até hoje.
A dependência do país em relação ao Estado tem sempre estado na base do nosso atraso. Só que, se essa situação foi até agora possível – embora com consequências conhecidas -, a partir de agora deixou de ser suportável. Por duas razões principais. Primeira: porque uma excessiva concentração de poder nas mãos do Estado não é compatível com o nosso sistema de partidos. Os partidos tendem a usar a máquina do estado e as empresas públicas como coutada sua, o que produz grandes traumas sempre que o poder político muda de mãos.
Ora isto só se resolve aligeirando o Estado e dando mais força à sociedade civil. ( ... )
José António Saraiva - SOL
Terça-feira, 5 de Julho de 2011
Portugal não vive apenas uma crise económica, financeira e social. Vive também uma crise ética, moral e de valores. Uma crise que é mais profunda do que se pensa e mais séria do que se imagina. Uma crise que contamina a nossa sociedade, as nossas instituições e a nossa democracia. Uma crise que leva os cidadãos a estarem cada vez mais descrentes e desconfiados de todos aqueles que os representam.
Não gosto de ser alarmista nem de cultivar falsos moralismos. Mas a verdade é que começa a ser tempo de sermos mais exigentes em relação à democracia em que vivemos e, especialmente, em relação aos políticos que temos.
Quando há dois anos critiquei a “trapalhada” do que se passou com o caso da licenciatura do primeiro-ministro, não o fiz por chicana política ou táctica partidária. Fi-lo porque o que daquele caso irradiou para a sociedade foi o exemplo. O mau exemplo. Em vez de se dar aos jovens o exemplo de que tirar um curso superior é uma questão muito séria, que exige rigor, disciplina, esforço e mérito, a imagem que passou foi a da habilidade, do “chico-espertismo” da mera preocupação com o título académico. ( ... ) Ora, o bom exemplo, é mais importante que as melhores leis que possamos aprovar e que os discursos mais brilhantes que possamos fazer. E, além do mais não custa dinheiro nem contribui para o défice público.
Luís Marques Mendes
Reconhecer constrangimentos e espaços de liberdade pessoal.
- 1. Sou capaz de identificar situações de autonomia e responsabilidade compartilhadas, isto é, de identificar os meus direitos e deveres em contexto privado (família, amigos, vizinhos e condomínio).
- 2. Sou capaz de compreender que a construção do Bem Comum se faz muitas vezes em detrimento do meu Bem Individual?
- 3. Sou capaz de explorar exemplos de liberdade e responsabilidade pessoal?
Ag. E assim, pergunto-te: Existe em nós alguma vontade?
Ev. Não o sei dizer.
Ag. E queres sabê-lo?
Ev. Também o ignoro.
Ag. Então, nada mais me perguntes de agora em diante.
Ev. Por quê?
Ag. Porque não devo responder às tuas perguntas, a não ser que queiras conhecer as respostas. Além de mais se não queres chegar à sabedoria, é inútil conversar contigo sobre tais questões. Enfim, não mais poderás ser meu amigo, se não me quiseres bem. Pelo menos, considera o seguinte, em relação a ti mesmo: não tens vontade alguma de levar uma vida feliz?
Ev. Vejo que não se pode negar que todos tenhamos desejo disso. Continua, vejamos o que queres concluir por aí.
Ag. Eu o farei. Mas, antes, diz-me ainda: tens consciência de possuir uma boa vontade?
Ev. O que vem a ser uma boa vontade?
Ag. É a vontade pela qual desejamos viver com rectidão e honestidade, para atingirmos o cume da sabedoria. Considera, agora, se não desejas levar uma vida recta e honesta, ou se queres ardentemente ser sábio. Ou pelo menos, se ousarias negar que temos uma boa vontade, ao querermos essas coisas.
Ev. Nada disso nego, porque admito que não somente tenho uma vontade, mas, ainda, uma boa vontade.
Santo Agostinho, O livre-arbítrio
Domingo, 3 de Julho de 2011
"Fala-se muito e com razão, da crise económica e financeira internacional que nos bateu à porta. É verdade que esta crise é grave, é profunda e está para durar. Mas esta é apenas uma meia-verdade da situação que estamos a viver. Há outra meia-verdade que é sistematicamente ocultada no discurso oficial. E é esta: Portugal não vive apenas os efeitos de uma crise. Portugal vive uma dupla crise: uma crise nacional e uma crise internacional. A crise internacional começou por ser financeira e transaformou-se a seguir numa grave crise económica e social. A crise nacional é, sobretudo, de competitividade que há mais de uma década nos aflige e que é responsável pelo nosso continuado empobrecimento.
Por outras palavras, antes de a crise internacional nos ter batido à porta já Portugal estava em crise, já divergia da Europa, já se afundava nos “rankings” europeus de crescimento e prosperidade, já o desemprego subia e se agravavam as desigualdades sociais.
Esta é a verdade que o discurso oficial omite. E esta omissão é grave e vai ter consequências. É grave porque omitir esta situação é semear a ilusão. A ilusão de que, passados os efeitos da crise internacional, Portugal vai, finalmente, encontrar o caminho do sucesso e da prosperidade.
Lamento dizer mas infelizmente isso não vai suceder. A crise portuguesa começou antes da crise internacional e vai prolongar-se para além do seu terminus.Mas esta omissão vai ter também consequências bem perniciosas. Primeiro, vai representar um choque para os portugueses. Qundo virem outros países recuperarem da crise e nós a continuarmos afundados , os nossos compatriotas não vão gostar do cenário que lhes surgiu pela frente. Será mais uma frustração a somar a várias outras. Depois, porque quanto mais tempo demorarmos a perceber as razões estruturais da nossa crise interna, mais tempo precisaremos para executar a terapia necessária para lhe fazer frente. Os portugueses perceberão então que andámos a perder tempo, a adiar soluções, a hipotecar o futuro".
Luís Marques Mendes
"Um artigo publicado no diário alemão “Die Welt” critica Portugal por estar a pedir ajuda financeira à UE quando tem reservas de ouro avaliadas em mais de euros 13 mil milhões. “Parte deste dinheiro deveria ter sido usado para amortizar dívidas antigas, reduzindo os respectivos juros”, defende o diário alemão".
Expresso