Na verdade, através de múltiplas formas e práticas, mantêm realidades ditas democráticas que no fundo o não são! Dizemos, sem receio de errar, que não há democracia com candidatos “domesticados”, ou seja, candidatos que muito raramente defendem os altos interesses nacionais, para se quedarem na defesa de interesses privados. Candidatos apostados em obedecer às directrizes de quem os nomeou ou, influenciou a sua nomeação. É aqui que a dita “democracia” terá de levar uma volta, com medidas cautelosas e bem executadas, até convergirem numa democracia mais participativa, sendo certo que, para tal, os actuais partidos terão de ser Reinventados. Os partidos que temos estão infiltrados e dominados! Quem estiver atento às estatísticas periódicas publicadas por grandes e prestigiadas organizações mundiais, verifica quais os países em pior estado de corrupção e aqueles que mais se vão afundando de ano para ano. Em última instância, por via da corrupção, tudo passa ao lado da fiscalização, da punição e da traficância de produtos, tomando maior relevo a evasão fiscal, através da qual os protagonistas influentes na rede, muitas vezes, beneficiam de “perdões” inqualificáveis. Grande destaque, assumem os frequentes e gigantescos “branqueamentos de capitais”! Ao lado dos branqueamentos e em ligação a eles, temos a “sobre-facturação” e a diversificação constante de operações envolventes nos domínios do tráfico da droga, pessoas e armamento.
Em simultâneo, agiganta-se uma cada vez maior, “economia paralela”. Concorrem para estes factos, os fenómenos da “desregulamentação” e “perturbação dos mercados”. O lucro ilícito tudo justifica! O financiamento oculto de certas instituições, partidos, futebol e empresas, concorrem e facilitam esta realidade. As causas visíveis de tudo isto aparecem na forma de uma influência dominadora do Estado e da economia por “grupos” subterrâneos! Os “lobbies” são também parte integrante do “crime organizado”, situando-se na mesma realidade os “interesses corporativos”.
Os participantes nesta enorme realidade subterrânea, serão compensados ou prejudicados na proporção da sua lealdade ou passividade ao dito “sistema”. A maioria da população, apercebe-se de que algo está errado, mesmo muito errado, refugia-se na indiferença, mas não consegue tomar consciência dos circuitos envolvidos ou dos numerosos meandros postos ao serviço desta teia que vai empobrecendo os países! Outros, apercebem-se mas, por medo, optam pelo silêncio não comprometedor.
É a tudo isto que se está a chamar “democracia”! Em boa verdade, numa ditadura existe um poder visível, alguém que dá a cara e que pode vir a ser responsabilizado pelos danos causados à sua população. Agora nestas democracias, todas estas ilegalidades tendem a ficar por punir. Será como se um crime fosse praticado por um número muito grande de pessoas, no qual, cada uma dessas pessoas fizesse uma muito pequena parcela desse crime. Esta participação muito pequena não assume qualquer infracção às leis, contudo, o conjunto delas realiza um crime! Atribuído a quem? Na província tem havido casos destes. A população, farta da impunidade das entidades oficiais, resolver agir por sua conta e risco. Começa por jurar um pacto de silêncio, depois atraem a vítima a um local isolado, em hora decidida por todos, envolvem a vítima e ela aparece morta. Quem foi? Ninguém sabe. Mesmo muito pressionados, ninguém fala. No final, nunca há criminoso.
É nossa convicção que a aposta em refazer os partidos, em nada prejudicaria os interesses dos grupos económicos, que não podem nem devem ser divergentes dos interesses gerais do Estado e melhoraria a confiança do povo, trazendo-lhe muito mais motivação, transparência e entrega a um novo “sistema político”. Torna-se muito necessário envolver mais a população para lhe incutir maior responsabilidade política. Votar de 4 em 4 anos, não é prática suficiente, para ser rotulada de “democracia”. É preciso deixar de aproveitar a ingenuidade da população, e incentivá-la a aprofundar, ela própria, a sua democracia. Não chega, é mesmo ridículo, que os partidos, pagos pelo povo, marquem eleições, escolham os candidatos que só eles conhecem, acabando os eleitores de terem em tudo isto, um papel ultra-secundário. Ninguém está seguro de que os partidos actuais, não estejam controlados a seu montante, por forças organizadas não democraticamente. O financiamento ilegal dos partidos está muito na origem deste facto concreto. De qualquer modo, como está a acontecer, o povo é escravo desta suposta democracia. Tais partidos não podem defender genuinamente os interesses de todos! Alguém fica prejudicado e esse alguém é sempre o mais fraco. Este é um fenómeno organizado, global e responsável por muitas crises que já ocorreram e outras que virão a acontecer, muito brevemente! Os partidos de hoje, estão dominados por imensas “teias” e “redes”, que até seriam úteis se não desvirtuassem o intocável “Interesse Geral do Estado”. O que de facto acontece é que as teias e redes exercem o seu poder na procura de mais lucro e poder para os seus protectores. Com isso, vão aumentando a sua influência na sociedade e no Estado e desse modo asseguram também a sua impunidade! Ficam, assim, constituídas estruturas altamente eficientes, estruturadas e com um funcionamento grandemente complexo e altamente hierarquizado. Muito difícil de perceber! Praticamente impenetráveis por estranhos. Dispõem de assessores de altíssima qualidade no apoio jurídico, na gestão financeira, nas telecomunicações e informática. Enfim, no todo nacional. Dominando o mundo dos clientes e fornecedores! Sem darem por isso, dispõem de uma gigantesca rede de “tráfico de influências” A partir daí ficam seguros da sua importância e impunidade. Claro, que tudo isto afecta, e muito, aquilo a que todos chamam “democracia”! As virtualidades de um povo na sua plenitude ficam diminuídas e o estado da nação enfraquecido. Os graves problemas do desemprego não são resolvidos. A economia torna-se bastante vulnerável e sem crescimento. A “entropia” faz o resto, muitas vezes, até a “bancarrota” do país! Inundando país de tudo que são produtos tóxicos e lixo de muito má qualidade. A caminhada de braço dado com a corrupção não pára. A aposta é cada vez mais descarada. Ns alvos preferidos que são, quase exclusivamente, os grandes e pequenos centros de decisão. Acima de tudo, estão os partidos, veículo óptimo para permitir colocar as pessoas “certas”nos lugares "certos".
Sem darem por isso, ou dando, passam a dispor de uma rede gigantesca de tráfico de influências!
Em Portugal, é muito difícil despedir um trabalhador só, mas despedir vários trabalhadores de uma vez (despedimento colectivo) não é assim tão problemático. Um contra-senso, obviamente.
A verdade é que as nossas leis laborais e os ‘direitos adquiridos’ são altamente lesivos da competitividade nacional e não só contribuem para o crescimento do desemprego, como também são a principal razão da nossa precariedade laboral.
Para conter o apetite insaciável do Estado, os nossos governantes têm aumentado a carga fiscal dos portugueses para níveis pouco saudáveis e têm recorrido aos mercados financeiros nacionais e internacionais para financiar as suas dívidas. Se as coisas começam a correr mal, como aconteceu na última década, e não há crescimento económico, o financiamento do Estado pode levantar mais problemas, principalmente se os governos precisarem de financiar despesas futuras elevadas, como é o nosso caso por causa das parcerias público-privadas e compromissos afins. E assim chegamos à inevitável questão: como é que o Estado está a matar a economia nacional?
Soluções: moralizar o Estado e acabar com as reformas douradas; reduzir a dimensão do Governo, do Parlamento, do Tribunal de Contas e outros; extinguir os governos civis; reduzir o número de entidades e organismos do Estado entre 30% e 50%; reduzir o apoio estatal às entidades e fundações privadas; distinguir os cargos de nomeação política e de nomeação pública.
Tudo o que ficou acima escrito são excertos do livro do novo ministro da Economia e Emprego, Portugal na Hora da Verdade, publicado há apenas dois meses, quando Álvaro Santos Pereira não esperaria a tão breve prazo chegar ao Governo e poder aplicar as numerosas, detalhadas e profundas propostas reformadoras que aí faz.
O livro, uma bem fundamentada análise de 530 páginas que abrange todas as áreas da governação, encerra o verdadeiro programa do novo Executivo de Passos Coelho. E termina com um desafio: «É chegada a hora de reconstruir Portugal. Um dos caminhos possíveis para o fazer ficou aqui traçado. Agora, só falta a necessária vontade política de o levar a cabo». Estará o próprio Álvaro Santos Pereira à altura desse desafio? E encontrará no Governo PSD/CDS esse indispensável suplemento de vontade política?
O secretário de Estado da Justiça é um engenheiro. Na verdade, não parece nada mal. Os problemas da Justiça são muitos, é certo, mas o do parque imobiliário não é dos menores.
Por:Eduardo Dâmaso, Director-Adjunto
Basta pensar na embrulhada que é a negociata do Campus de Lisboa em matéria de rendas. Todo o universo de questões práticas e logísticas, que requer uma visão exterior ao sistema e uma grande qualidade de decisão, é decisivo para fazer verdadeiras reformas. Depois, também é bom que esse engenheiro seja uma pessoa com pensamento próprio em matérias como o combate à corrupção. Por fim, não será despiciendo ter uma ministra que não tenha medo de concentrar as questões mais sensíveis do sector. E que assume todo o poder de decisão. Já não estávamos habituados...
É neste momento que o país precisa de investimento, de oportunidades de emprego. Há muita gente à procura de emprego e muitas empresas à espera desta oportunidade.
A Alta Velocidade vai permitir criar “milhares” de postos de trabalho, “este é justamente o momento” para que o projecto avance, porque o país “precisa de investimento”.
Não. Não era um exame para juízes, decisivo para as respectivas carreiras. Era, tão só, um take-home exam o que, traduzido para português, equivale a um teste para resolução em casa (com consulta) e versava sobre qualquer coisa como engenharia electrotécnica.
Os alunos eram cadetes da mais prestigiada academia de formação de oficiais norte-americanos ( West Point) e a cena passou-se no longínquo ano de 1976 .
Porque me lembro disto? Porque, imaginem, na resolução do teste com consulta foi detectada, para vergonha da Academia e consternação geral, uma situação de copianço generalizado.
Considerados Indignos da história da instituição e de fazerem parte da elite militar norte-americana 150 cadetes foram simplesmente expulsos da escola. Entre eles alguns assumiram a culpa e saíram por seu pé. Apresentada a respectiva defesa 98 vieram, posteriormente, a ser reintegrados. Para cinquenta e dois o sonho de uma vida terminou naquele exame caseiro de engenharia.
Mas o prestígio de West Point foi preservado. Dessa classe de 76, fazem parte Ray Odierno e Standley McCrystal , comandantes, respectivamente, das guerras do Iraque e do Afeganistão. No total há hoje, entre reserva e activo, 33 generais desta classe. Um número excepcionalmente elevado na história da academia. Ou seja, 76 acabou por ser um ano de “boa colheita”.
West Point não conseguiu impedir a nódoa mas soube preservar intocado o prestigio dos oficiais ali formados. Foi exactamente o contrário que se passou, por cá, no Centro de Estudos Judiciários. Agora, não será fácil afastar sobre a classe dos juízes formados em 2011 o anátema da turma do copianço.
José Blanco, ministro do Fomento espanhol, teve o topete tipicamente socialista de afirmar que a suspensão do TGV em Portugal era uma «má decisão». Curiosamente, a questão surgiu na mesma altura em que a Renfe espanhola suspendeu o AVE (TGV espanhol) entre Toledo, Albacete y Cuenca «por la escasez de la demanda». Parece que a coisa padecia de uma média de 9 passageiros quando os estudos, feitos a pedido (lá como cá), apontavam para a fantasia dolosa de 2.190… Seria bem melhor que o socialista espanhol cuidasse dos seus próprios falhanços e nos deixasse corrigir em paz as múltiplas asneiras com que que os seus camaradas lusos nos açoitaram.
A METÁFORA, como precisa a sua etimologia, além de procurar a concisão, transfigura o sentido das palavras, dando a ideia de um transporte e de uma mutação. A escrita metafórica surge como um procedimento de codificação, exigindo, da parte do leitor, uma espécie de tradução, tentando decifrar o referente que se encontra detrás do signo.
METÁFORA PURA: aquela em que apenas existe o termo metafórico, sem a presença do termo real (subsiste o plano do evocado e desaparece o plano do real), cabendo ao leitor tentar descodificar as possibilidades possíveis, por meio de associações que o mesmo terá de realizar:
"Eu só queria a coragem
De poder adormecer os meus punhais no coração." (José Gomes Ferreira) => Associação entre punhais e palavras, farpas, vinganças, etc.
"Sua lua de pergaminho
Preciosa tocando vem." (F. García Lorca) => Associação entre a Lua e a pandeireta.
"Vomito horas de tédio
De cansaço...
Morro os sóis que sempre nascem" (Cari)
" É de oiro o silêncio... A tarde é de cristal..."
"Trave da tua casa, lume da tua lareira." José Saramago [Referido-se à avó
Na região de Anatólia Central, dentro de território turco, a Cappadocia é uma mistura de história antiga, briga entre credos e casas em buracos cavados nas montanhas.
Longe vão os tempos em que nas “Mil e Uma Noites”, Harum Al-Rachid (786-809), era louvado no seu espírito de justiça, contando-se como ele disfarçado do seu “visir”, se misturava com o “povo”, para conhecer as suas preocupações e as necessidades da gente miúda.
Talvez que, por volta de 2040, uma vontade semelhante à que movia “Al-Rachid”, virá impor a vontade da população mundial! Outro “Al-Rachid” que venha, desta vez não precisará de procurá-la, disfarçado nas ruas, do seu “visir”. O segredo sobre a Montanha Sinjar, já se faz sentir e, desta montanha, sairão todas as concretizações necessárias para fazer o povo mais feliz! Desta vez a “montanha não pariu um rato”, pariu a vontade universal de um mundo em uníssono. Esta montanha lançará no mundo uma nova cultura social.
Dela sairá um estranho Poder! Que não mais será destruído ou manipulado
Um Poder que se instalará na Terra, baseado na vontade de toda uma população mundial, a sofrer as mesmas angustias e privações. Sabe-se que os desígnios desta Terra nunca deixarão que a sua população se acomode. As dificuldades surgirão sempre, mas sempre serão ultrapassadas, a contento de todos. Como condição essencial, será forçoso que na Terra nunca mais reinem os medíocres.
Passados alguns séculos, da invenção da escrita, foram inventados os algarismos numéricos, que tinham um desenvolvimento mais lento que a escrita, enquanto a escrita se desenvolvia através de vários símbolos para diferentes sílabas , as contagens continuavam a ser feitas com base no conceito 1. Um evento igual a um risquinho numa pedra, numa árvore ou num osso.
Uma das categorias que contribuíram para o avanço da ciência do cálculo foram os primitivos pastores. Durante séculos eles soltavam seus rebanhos pela manhã, para pastar em campo aberto, e recolhiam à tarde. Tudo de maneira simples, até que um dia alguém perguntou para um pastor como é que ele sabia que a quantidade de ovelhas que saiu foi a mesma que voltou? Esse "seríssimo" problema foi resolvido por um pastor, que pela manhã, fazia um montinho de pedras, colocando nele uma pedra para cada ovelha que saia, e à noite retirava uma pedra para cada ovelha que voltava. Mesmo sem saber foi o primeiro ser humano a calcular. Porque pedra, em latim, é calculus.
A primeira maneira que os homens encontraram para mostrar a quantidade a que se estavam a referir foi com o uso dos dedos das mãos. Cinco mil anos atrás para se contar até 20 eram necessários 2 homens, porque tinham que ser usadas quatro mãos, até que alguém percebeu que bastava apenas acumular o resultado de duas mãos, e voltar à primeira mão.
Até essa época a maioria das pessoas só sabiam contar até três.
Há cerca de 4 mil anos os mercadores da Mesopotâmia desenvolveram o primeiro sistema cientifico para contar e acumular grandes quantias. Primeiro eles faziam um sulco na areia e iam colocando nele sementes secas (ou contas) até chegar a dez. Depois faziam um segundo sulco, uma só conta – que equivalia a 10 –, esvaziavam o primeiro sulco e iam repetindo a operação: cada dez contas no primeiro sulco valia uma conta no segundo sulco. Quando o segundo sulco completava dez contas, um terceiro sulco era feito e nele era colocada uma conta que equivalia a 100. Assim uma quantia enorme como 732 só precisava de 12 continhas para ser expressa.
Apesar de o homem ter começado a fazer contas, com elas também vieram os erros, e para diminuir esses erros os homens preocuparam - se em inventar um aparelho para auxiliar na contagem, o ábaco.
A salvação do Estado, que é aquilo que o Governo tem pela frente, não se compraz com delicadezas, sensibilidades e caprichos pessoais. Urge força, impulso, movimento, acção e motivação.
As alternativas são claras: reforma imediata, com barrela geral do Estado; ou bancarrota, saída do euro e falência generalizada de empresas e famílias, em três anos. Decidirá o primeiro-ministro.
Por aqui, defendemos uma linha soberanista para a recuperação de Portugal e a manutenção do País na Zona Euro. A recuperação do Estado português, que, após a ruína provocada pelo socratismo, se encontra debaixo do protectorado da União Europeia e do FMI, não deve ser alienada pelo Governo para a caridade improvável dos parceiros da União. Se o Governo preferir a via mais fácil e suave, Portugal será, mais cedo ou mais tarde, abandonado como a Grécia. Devemos ser nós a equilibrar já as contas do Estado, e criarmos condições de recuperação económica, em vez de contarmos com o improvável socorro sucessivo da União Europeia. A oportunidade de afirmação nacional é também a garantia da independência do País.
Manda a verdade que diga que os mercados financeiros da dívida soberana não sossegaram com a substituição do Governo Sócrates - a taxa de juro das obrigações do Estado português está, nesta tarde de 27-6-2011, em 15,79% - e só sossegarão com uma reforma financeira e económica que preveja o equilíbrio rápido das contas públicas. A redução do défice não levará a taxa de juro para valores suportáveis: só o equilíbrio orçamental e a consequente redução da dívida reduzirão o custo do crédito para o Estado. Por isso, defendemos que o Governo deve elaborar um orçamento superavitário para 2012.
Temos de evitar a bancarrota do Estado, a saída do euro, a falência de empresas e famílias, neste horizonte temporal de três anos do empréstimo da União/FMI. Esse destino trágico ocorrerá se não começarmos imediatamente a equilibrar as contas do Estado. Queremos solvabilidade do Estado, manutenção do euro, desenvolvimento económico e bem-estar das famílias, que ocorrerá após um período de sacrifício iniludível. Queremos fazê-lo nós em vez de esperarmos que os outros o façam pela nossa gente.
Actualização: este poste foi emendado às 21:40 de 27-6-2011.
Tenho uma pergunta para as pessoas que dominam as subtilezas da política primavera-verão de 2011: como escolher entre duas alfaces idênticas quando uma é “biológica” mas importada e a outra é “nacional” mas está cheia de químicos? Estava aqui a pensar o que é que havia de vestir com os “automóveis montados em Portugal para não virem importados do estrangeiro” que ontem o Prof. Marcelo aconselhou o governo a começar usar mas não tenho solução para este dilema.
3.º -Criticar o mais possível o trabalho dos seus dirigentes e corpos sociais
4.º -Nunca aceitar cargo algum nem qualquer responsabilidade pois é mais fácil criticar do que realizar
5.º -Zangar-se se não se for membro da Direcção, mas se se fizer parte, nunca ir às reuniões nem fazer sugestões
6.º - Se o presidente pedir opiniões sobre determinado assunto, responder que se não tem opinião. Depois da reunião, dizer a toda a gente que não aprendeu nada ou então dizer como é que se deveria ter feito. De preferência mentir muito para que as pessoas mintam sem nós o fazermos.
7.º - Não fazer senão o que for absolutamente necessário mas, quando os outros membros arregaçarem as mangas e derem o seu tempo de todo o coração e sem ideias pré-concebidas, lamentar que a associação seja dirigida por um "grupelho"
8.º - Retardar o pagamento das quotizações tanto tempo quanto for possível
9.º - Não ter a preocupação de trazer novos aderentes, mas fingir o contrário
10. - Lamentar por nunca se publicar nada do vosso trabalho, mas nunca se prontificar para o escrever
11.º-Nunca responder às perguntas que vos fizerem.
Podemos definir a clonagem como um método científico artificial de reprodução que utiliza células somáticas (aquelas que formam órgãos, pele e ossos ) no lugar do óvulo e do espermatozóide. Vale lembrar que é um método artificial, pois, como sabemos, na natureza, os seres vivos se reproduzem através de células sexuais e não por células somáticas. As excepções deste tipo de reprodução são os vírus, as bactérias e diversos seres unicelulares.
A primeira experiência com clonagem de animais ocorreu no ano de 1996, na Escócia, no Instituto de Embriologia Roslin. O embriologista responsável foi o doutor Ian Wilmut. Ele conseguiu clonar uma ovelha, baptizada de Dolly. Após esta experiência, vários animais foram clonados, como por exemplo, bois, cavalos, ratos e porcos.
O primeiro-ministro britânico, Tony Blair propôs recentemente a divulgação dos nomes dos magistrados, militares e polícias associados a organizações secretas, ou discretas, como a maçonaria.
A proposta de Blair faz um certo sentido. Numa sociedade aberta e democrática, como são hoje praticamente todas as sociedades ocidentais, haverá razão para a existência de associações cujos membros não se dão a conhecer? O facto de esses elementos, sobretudo aqueles com responsabilidades elevadas no Estado, como magistrados, poderem ter obediências não conhecidas, não acaba por lhes conferir vantagens ou possibilidades superiores (ou, pelo menos desiguais) às dos seus colegas que não contam com as mesmas fidelidades? De certa forma, esta questão é semelhante à que levou a muitos liberais protestantes na Inglaterra e na América a, no passado, desconfiarem dos «papistas», uma vez que estes, na sua condição de católicos romanos, deviam obediência a um «líder» estrangeiro.
Uma sociedade aberta é, por definição, uma sociedade transparente. Não obviamente, como às vezes se confunde, do ponto de vista da privacidade dos indivíduos, mas na perspectiva de que todas as relações e contratos assumidos devem ser públicos. É, além disso, uma sociedade na qual os valores, sejam eles os da Liberdade e Fraternidade maçónica, ou os do catolicismo de organizações como o «Opus Dei», não estão e não podem estar ameaçados, precisamente porque é uma sociedade aberta, onde se respeitam as convicções individuais que não prejudiquem o conjunto.
Desse ponto de vista, a confidencialidade da maçonaria ou do «Opus Dei» é claramente contraditória com a própria sociedade. Enfim, fará tão pouco sentido como um partido clandestino. E se é verdade que as leis impedem, pelo menos em Portugal, a actividade partidária de, por exemplo, militares e magistrados, por que razão não podem controlar, ou verificar, a sua filiação em organizações não partidárias, mas com sérias influências na esfera social e política?
Claro que tudo isto é mais complicado do que parece na simples exposição de princípios. Em Portugal sabe-se que muitos dos problemas políticos no interior dos partidos passam pela existência de solidariedades maçónicas ou do «Opus Dei». Mas também é certo que existem teias construídas nos sindicatos, nos antigos alunos de uma Universidade, nos clubes desportivos, nos ex-membros de organizações de juventude e, seguramente, de diversos outros modos mais ou menos incontroláveis.
Os próprios estados de sociedades abertas e democráticas não se sentem, aliás, suficientemente seguros para prescindirem, por exemplo, de organizações secretas, como os serviços de informação. Porque admitem a existência de ameaças, internas ou externas, cuja prevenção é necessária.
Do mesmo modo, há quem entenda que determinados valores podem estar em perigo, podem ser postos em causa, razão pela qual vêem a necessidade de uma organização de «guardiães», um autêntico núcleo duro, secreto e discreto, capaz de resistir e enfrentar os inimigos desses valores e, simultaneamente, disposto a ocupar os principais lugares da sociedade para os promover.
A proposta de Blair fará sentido no plano meramente teórico. Mas é totalmente ingénua no plano prático.
Avesso que sou a ambientes anárquicos, e aproveitando um simpático convite que recebi de uma companhia aérea brasileira, em 1975 rumei à cidade de São Paulo, por seis meses, com a minha família. Fiquei instalado num hotel na praça dos Bandeirantes, mesmo no centro da cidade. Da janela dos meus aposentos, comecei por assistir, arrepiado, aos ataques desenfreados dos famosos trombadinhas. Qualquer mãe com o seu filho ao colo, entre grande algazarra, era atacada por todos os lados e só pensava em segurar o seu rebento, atirando aos miúdos a própria mala com o sustento para o mês!
Um bem sucedido empresário parece ter decidido modificar a vida dessas crianças abandonadas que praticam furto em São Paulo, os tais "trombadinhas" (gíria para menores que derrubam as pessoas nas ruas para as roubarem enquanto estão caídas). Porém, a polícia o desencorajou, pois dizia-se que raramente os “trombadinhas” agem por conta própria, e que em geral, são comandados por marginais de maior idade que exploram a impunidade dos menores para agir.
Por cá os nossos “trombadinhas” evoluíram muito. Tornaram o “sistema” bem mais sofisticado! Em vez de miúdos famintos, utilizam gente de toda a idade e estado social, mas, com pouca noção de viver numa sociedade livre e justa. Hoje, às vítimas, já não resultaria atirar com a mala aos “amigos do alheio”! Aqui e agora, o mais recalcitrante e seguro das suas virtudes, é completamente isolado. Pois claro, ninguém telefona, ninguém se intromete com tal figurão, que para castigo é posto a “falar sozinho”, para o resto da vida. Foi daqui que nasceu o “Paradoxo da Indiferença! Ou alinhas ou estás “lixado”, Não existes! Ao abrigo da "Constituição" (qualquer artigo serve) ficas ostracizado.Toma que é democrático!
Disse um dia o então primeiro-ministro António Guterres uma frase que ficou inscrita no léxico da política portuguesa: “Não há uma segunda oportunidade para deixar uma boa primeira impressão”.
O novo ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, não deve ter memória desta frase, mas parece. Nas suas primeiras declarações à imprensa, deixou uma boa impressão à maior parte dos portugueses e demonstrou porque pode vir a ser um bom ministro.
Ao dizer que não gosta de ser tratado por títulos, como ministro ou doutor, mas pelo nome próprio, demonstra que não precisa desta tradição bacoca que em Portugal dita a regra de que as pessoas valem pelo título que têm. Por mais que isso incomode a classe política instalada, as pessoas valem pelo que são capazes de realizar.
Mas, nestas declarações, Álvaro Santos Pereira fez mais pelo ego nacional do que todas as afirmações optimistas proferidas nos últimos tempos. Disse o ministro que acredita que o país vai conseguir voltar a crescer e quando lhe perguntaram se acredita mesmo nisso, respondeu de imediato: “Claro! Se não acreditasse, não tinha vindo do Canadá para Portugal”.
Eis algumas vantagens de termos importado um ministro do estrangeiro.
No Livro de Génesis, no jardim do Éden, Deus fez toda a espécie de árvores agradáveis à vista e de saborosos frutos para comer. Nele também colocou, ao centro, a Árvore da Vida e a Árvore da Ciência do Bem e do Mal. Um rio nascia no Éden e ia regar o jardim, dividindo-se a seguir em quatro braços. Segundo a descrição bíblica, O nome do primeiro é Pison, rio que rodeia toda a região de Havilá, onde se encontra ouro puro, bdélio e Ónix ou pedra Sardónica. O nome do segundo rio é Ghion, o qual rodeia toda a terra de Cuche. O nome do terceiro é o Tigre, e corre ao oriente da Assíria. O quarto rio é o Eufrates.
A árvore do conhecimento tinha um fruto que, segundo Eva, manipulada pela serpente (supostamente simbolizando Satanás) devia ser bom para comer, pois era de atraente aspecto e precioso para a inteligência. Contudo, apesar de atraente, ou talvez por isso, era o fruto proibido original.
Os relatos que originaram o Génesis seriam provenientes de uma época em que os mares eram mais baixos [3]. A região do Golfo Pérsico tem uma profundidade média de 50 metros e máxima de 90 metros, portanto toda a área era região acima do nível do mar. Os dois rios actualmente não identificados possivelmente seriam rios que chegariam ao golfo vindos do Irão ou da Península Arábica. O dilúvio teria resultado na subida do nível dos mares, inundando a região do Golfo e consequentemente ocultando sob o mar a localização do Jardim do Éden, possivelmente alterando o clima da região e contribuindo para a desertificação da península arábica.
Longe vão os tempos em que nas “Mil e Uma Noites”, Harum Al-Rachid (786-809), era louvado no seu espírito de justiça, contando-se como ele disfarçado do seu visir, se misturava com o “povo”, para conhecer as suas preocupações e as necessidades da gente miúda.
Em 2040, uma vontade que chegaria de “Al-Rachid”, será com certeza, a vontade do povo! Desta vez não seria necessário procurá-la, disfarçado de visir, nas ruas. Aquele segredo sobre a Montanha Sinjar, já se faz sentir e, desta montanha, sairão todas as concretizações necessárias para fazer o povo mais feliz! Desta vez a “montanha não pariu um rato”, pariu a vontade universal de um mundo em uníssono. Esta montanha lançará no mundo uma nova cultura social.
Dela sairá um estranho "Poder"!
Um "Poder" que se instalará na Terra, baseado na vontade de toda a população mundial. Ela, Montanha de Sinjar, sabe que os desígnios desta Terra nunca deixarão que a sua população se acomode. As dificuldades surgirão sempre, mas sempre serão ultrapassadas, a contento de todos.
Porque nunca mais reinarão os medíocres
O bem e o mal continuarão. Fazem parte de uma vontade Superior. Todavia, aqueles que têm dado a mão ao mal para esmagarem, milhares de pessoas de bem, já perderam esta, e outras guerras, que queiram desencadear.
Daquele “Quase Caos” vivido e sofrido na Terra no início do século XXI, sente-se que em 2040, irá surgir “algo de diferente” na Terra, que não sendo um paraíso, não deixará de o parecer, quando comparado com tudo o que até hoje existiu no mundo. Os "Homens" passarão, de facto, a ser irmãos na dimensão terrestre-
A Globalização, pretendida no século XX, início do século XXI, acabou abortando no meio do caos económico e social, vivido. A verdadeira Globalização foi posta em prática no período que medeia os anos 2020 a 2040. Até aí, o processo globalizante teria proporcionado alguns ganhos na prática livre, do comércio internacional, mas, também é verdade, que tais benefícios daí decorrentes, não tinham chegado a muitos pontos do globo. Talvez se tivesse reduzido mais o enorme fosso entre países ricos e pobres! Está por provar, que os graves problemas que vinham afectando o mundo, tivessem sido corrigidos a benefício de todo esse mundo. De referir, que matérias que estavam a preocupar as pessoas: a justiça e a segurança, a luta contra a criminalidade e o controlo dos fluxos migratórios, não beneficiaram de forma visível com a dita globalização. O mesmo se poderá dizer de soluções esperadas nos domínios do emprego, da luta contra o desemprego e exclusão social e a reclamada coesão económica e social. Não se passou da expectativa nos domínios da poluição, das alterações climáticas e segurança dos alimentos e ambiente! Mais clareza nos assuntos externos, na segurança e defesa das populações. Em suma, as populações que esperaram soluções da Globalização, para os mais variados problemas que os afectavam e preocupavam, ficaram-se pelas expectativas. De palpável, nada. Era sentido que toda a gente esperava, mais transparência, respeito e simplicidade de processos. Esperava por mais reflexão sobre novos conceitos na Administração Pública e na Sociedade Civil, que perspectivassem alcançar uma cidadania mais activa, particularmente no que toca aos aspectos comunicacionais e comportamentais, nos contextos das governações em curso. Esperava-se pela divulgação de instrumentos e práticas nacionais e internacionais que promovessem a participação dos cidadãos na procura do seu próprio destino. Esperava-se o combate à corrupção sem que dele se vislumbrasse qualquer sinal. E ainda se esperava, o enquadramento da cidadania activa no contexto dessa globalização e dos papéis relativos da Administração Pública e da Sociedade Civil na promoção da participação pública, da ética, tendo em conta eixos importantes como: educação, informação e comunicação social para a cidadania activa. Esperava-se, sim. Na realidade ficámos esperando.
O próprio projecto da União Europeia, que acalentou múltiplas esperanças, perdeu-se entre os objectivos do alargamento ou do aprofundamento. Em plena crise, avançou-se com dinheiro a juros insuportáveis para controlar o défice mais críticos. Ao invés de uma gestão solidária do espaço económico europeu a favor das economias dos países desalinhadas e em vias de bancarrota! O défice controla-se com mais produção e não com dinheiro. Também ajudando tais países a produzirem mais e melhor e a preços concorrênciais. Proporcionando-lhes mais actividades económicas com a certeza de colocação dos seus produtos nos mercados europeus e mundiais. Sempre a preços competitivos, valendo-se de empresas "joint venture" logo com empresas de capitaios do país importador e do país exportador.
A única forma de lhes dar a “mão” é trazê-los ao crescimento económico, numa autêntica gestão integral das vocações económicas de cada país membro, dentro do espaço europeu da UE.
O que aconteceu, em concreto, foi um “caos” como nunca tinha sido visto! Foi um desemprego aterrador e a perda total dos valores que balizam uma sociedade, dita humana. Na realidade, tudo o que se esperava não tinha sido conseguido e um montão de carências saltaram à vista de toda a gente! Algumas arrepiantes! Foi uma crise internacional (nalguns casos também nacional) de proporções gigantescas! Foi uma especulação financeira sem limites! Foi o fantasma da fome, de volta!
Ao invés, imensos factores se agravaram! O desemprego atingiu percentagens incríveis! O aumento do custo de vida disparou! O desnível entre ricos e pobres aumentou!
O desprezo pelas franjas sociais relevantes e intrínsecas, IDOSOS E CRIANÇAS, foi chocante! A Violências bateu recordes e a criminalidade agigantou-se! Insegurança foi total! A destruição do ESTADO SOCIAL cavou o aparecimento do “caos”! O mundo mergulhou num poço sem fundo, trazendo com isso, uma completa perda de expectativas e descrença no futuro das populações!
Finalmente encontramos as montanhas em Sinjar, perto da fronteira com a Síria, onde encontraremos numerosos lugares de interesse religioso e cultural, assim como uma população hospitaleira e encantadora.
Sobre os seus povoadores, os yazidíes formam uma minoria pré islâmica cujas raízes remontam a 2000 a.C. Em tempos, foi a religião oficial dos curdos, mas uma islamização obrigatória, reduziu o seu número. No entanto, sendo predominantemente de origem curda, a maioria vive cerca de Mossul, existindo pequenas comunidades em Arménia, Geórgia, Irão e Rússia, (31.273 segundo o censo de 2002), Síria e Turquia. Ao todo somam uns 800.000 fiéis, ainda que esta estimativa seja pouco precisa devido ao secretismo que envolve a sua religião quanto ao reconhecimento do próprio credo. Alguns refugiados “yazidí” vivem na Europa (especialmente na Alemanha) e na América do Norte.
A religião dos “Yazidi”, das montanhas Sinjar, no norte do Iraque,mistura crenças islâmicas e indígenas. De acordo com as suas Mishefa Res, o Dilúvio não ocorreu uma vez, mas duas vezes. No Dilúvio original, sobreviveu um certo Na'umi, pai de Ham, cuja arca descansou em um lugar chamado Sifni Ain, na região de Mossul. Algum tempo depois veio a segunda inundação, sobre os yezidis apenas, na qual sobreviveu Noé, cujo navio foi abalroado por uma rocha, uma vez que navegava sobre o Monte Sinjar, e depois passou à terra do Monte Judi como descrito na tradição islâmica.
Um grupo de Yazidis na MONTANHA SINJAR
Vamos conhecer estrondosas mudanças que vão ocorrer no período que medeia entre 2020 e 2040. Aqui ou ali, o sábio coordenador manipula um “Painel Informativo” de modo a não deixar escapar pormenores que considerava importantes. A diferença entre o visionamento anterior (2020) e este que vamos ver (2040), constitui uma diferença de espantar. Ao visionarmos o mundo de 2040, no sopé da Montanha Sinjar, pudemos ver um enorme complexo de edifícios, no centro dos quais se podia ler:
Universidade Mundial da Nova Ordem Social e Económica
Esta foi a primeira universidade no mundo, a leccionar matérias já dominadas na “Casa do Saber”, dos sábios de vida eterna. Por exemplo as “Leis da Mecânica Celeste” : A Mecânica Celeste é, pois, a parte da Astronomia que visa estudar o movimento relativo dos astros que estão submetidos às forças admitidas como resultantes da atracção gravitacional entre esses corpos celestes. Assim, podemos dizer que a Mecânica Celeste estuda os movimentos relativos dos astros, aplicando as leis da Mecânica Newtoniana. Este caminho teve de ser percorrido, para, de algum modo, podermos dominar as emissões que tanto desejamos que cheguem aos humanos na Terra, em boas condições.
Dela, irá sair a divulgação de múltiplos códigos de conduta social, política e de organização da futura economia. A grande linha orientadora assenta no respeito entre a acção individual e o bem comum. As duas coisas têm de coabitar. Outras grandes revelações do Divino, também vieram de montes e montanhas, como o monte Sinai dos dez mandamentos e o monte Moriá do sacrifício de Isaac. No monte Ararat poisou a arca de Noé, depois de Deus desgostoso com a maldade dos seres vivos, ter querido extingui-los, com quarenta dias de chuva! Em várias voltas ao mundo pudemos visionar nele um aspecto muito agradável. Espaços verdes, limpeza impecável e um harmonioso campo, todo ele aproveitado. Curiosamente até os rios já tinham um nível de água normal. Quase normal. As pessoas já andavam na rua com ar de despreocupado. Não eram visíveis nas ruas carros mas sim óptimos transportes colectivos. Os comboios fornecem boa qualidade e rigoroso cumprimento de horários. De aspecto moderno e muito funcionais. Observamos vários hospitais e escolas, a funcionarem de modo impecável. O civismo parecia ser comum a toda a gente.
A “Universidade do Mundo” surgida nas Montanhas Sinjar, incentivou a construção de “Casas do Futuro” no interior, através das quais as famílias e pessoas, puderam adquirir muitos conhecimentos, saber o porquê das coisas e, acima de tudo participar. E, naturalmente opinar na busca de novas soluções. Até mesmo a partir das suas casas e no ambiente familiar. Passaram a dispor de uma infra-estrutura de “BackOffice”, composta por servidores e PCs, que suportaram a rede instalada na Casa do Futuro, mas que se tornam invisíveis aos olhos dos visitantes. No que respeita aos equipamentos presentes dentro da “Casa do Futuro Interactiva”, necessários para se poder trabalhar descansado e ainda controlar a casa, os seus habitantes podiam interagir com as várias partes integrantes da casa, como sejam subir os estores, ou baixar a intensidade da luz, etc...
Também na área da fotografia digital tinham disponível uma solução completa que passava por uma câmara digital e um equipamento multifunções, que era um autêntico mini-laboratório fotográfico.
Foram cada vez mais os produtos que a “Casa” disponibilizou aos seus consumidores, estivessem eles interessados em aumentar a sua produtividade enquanto trabalhavam em casa, ou apenas, meramente interessados em desfrutar da mais recente tecnologia no que respeita à imagem digital.
O transporte individual, à custa de elevadas penalizações, foi perdendo adeptos. Nomeadamente, quando no acesso às grandes cidades. Tal medida não afectou as populações, porque, como noutros casos, os transportes oferecidos garantiam grande conforto, qualidade e respeito pelos horários.
O civismo ensinado nas escolas e no serviço público oferecido pelos órgãos de comunicação social, veio garantir a diminuição dos gastos com a segurança a nível local, nacional e mundial. A criminalidade resumiu-se a índices muito baixos! O mesmo civismo permitiu, ainda, controlar, primeiro, e extinguir seguidamente o consumo da droga.
O desemprego desapareceu, em virtude de novos conceitos de emprego e horários e locais de trabalho. Também pelo aumento de mais preocupações ambientais e sociais.
De resto, e sempre possível encontrar trabalho, para quem o queira. Os órgãos locais têm calendarizadas actividades para esse efeito.
Entraremos agora numa palavra mágica chamada “PODER”. Nos tempos decorridos pelo mundo, já houve tantos poderes, que esta palavra deixou de ter uma precisa definição. Uma definição sem ambiguidades, clara e entendível por todo o cidadão. Falemos , então, no “PODER” exercido em nome do povo. Sem subterfúgios! Todos os outros imensos poderes têm de ficar bem enterrados. Esse “PODER delegado” como dizem, tem de ser criado de baixo para cima. E para quem está em “cima” exerce-se olhando frequentemente para baixo. Num olhar sem supremacias nem submissões. Num olhar de igual para igual, envolto em honroso respeito mútuo! Se assim for não haverá “basismo”. Se assim for haverá, tão-somente respeito!
A não ser este o posicionamento, entraremos em nova selva humana e num novo “CAOS”. Desta vez, talvez, para não mais sairmos dele!
É desta grande vontade nascida de uma opinião pública, antecipadamente esclarecida e fomentada no maior respeito pela imparcialidade e verdade, escrupulosas, que deve nascer, e nasce mesmo, um “PODER” indestrutível.
O poder da razão, da verdade e do serviço à sociedade. De mãos dadas com este Poder, terão de andar códigos de honra aceites por toda a gente, tais como, total transparência e entrega no relacionamento humano.
A “FAMÍLIA” deverá estar sempre destacada como a instituição mais sagrada da sociedade. Na sociedade que queremos em permanência, ninguém pode ficar para trás. Quem recebe tem de sentir a ajuda como comunhão de todo o povo, repelindo conceitos de agradecimento político.
Qualquer “sociedade civil” não pode prescindir de um Conselho Nacional da Família”, eleito de forma inquestionável. Assim, todas as famílias participarão de forma indirecta, das tomadas de decisão políticas, porque todas essas decisões, com carácter genérico, serão submetidas a tal Conselho Nacional.
Seguem-se-lhe os “IDOSOS” e as “CRIANÇAS”.
A sociedade obriga-se a acompanhar os idosos (mais de 65 anos), até ao fim da sua vida, garantindo-lhe toda a dignidade de pessoa humana. Ninguém é obrigado a reformar-se, salvo se disso fizer petição. Se o não fizer, poderá optar por várias prestações de serviço público local, à sua escolha. Ao seu dispor, haverá um elenco de tarefas de reputado interesse social. Estar ocupado faz parte da sua dignidade de vida. Também o Conselho Nacional de Idosos se pronunciará sobre todas as decisões genéricas tomadas politicamente.
Às crianças têm de ser garantidas, toda a protecção e cuidados necessários.
Os legítimos interesses das crianças, serão defendidos por um “Conselho Nacional de Pais”, que devem dar parecer, sobre as tomadas de decisões genéricas e políticas.
Ninguém será descriminado por pertencer a franjas da sociedade com hábitos intrínsecos, mas fora dos procedimentos comuns. Contudo, quaisquer medidas ditas”fracturantes” têm de ser tomadas sem agressão às maiorias. A constituição garante absoluto respeito por todo o ser “individual”, mas tem de privilegiar o interesse colectivo.
Pessoalmente acredito que este novo século, forçosamente, trará de volta uma nova ordem económica, social e política. Porque serão finalmente repostos o respeito e os tradicionais valores humanos. Nos dias de hoje, a “pirâmide” está completamente invertida.Será o fim do consumo desregrado e individualista.
Representará tal conquista, os novos conceitos,a vitória contra o crime organizado, a criminalidade económico-financeira, a corrupção,o oportunismo desenfreado e o materialismo selvagem que têm vindo a revelar-se uma ameaça grave contra a moral, democracia, sociedade em geral e a própria economia. Também contra os valores humanos!
Quem tiver por hábito manter-se informado sobre como o mundo vai, sabe de previsões de organismos internacionais cheios de credibilidade, no sentido de uma certeza absoluta: a escassez, dentro de duas ou três dezenas de anos, de bens essenciais à manutenção do nível de bem-estar dado como adquirido na Terra, pelos países mais desenvolvidos.
Serão os casos, além de muitos outros, do petróleo e, mais ainda, da água potável! A confirmarem-se tais previsões, e se outras soluções não forem encontradas, o «caos» instalado poderá tornar-se muito perigoso para a sobrevivência do Homem! Sabemos, ainda, que todo o pensamento é adivinhação, como referia Miguel Tamen na sua obra Maneiras de Interpretação. Dizia ele que só agora os homens começam a compreender o seu poder divinatório. Também dizia que só aquele que pode compreender esta Idade, ou seja – dos grandes princípios de rejuvenescimento geral – conseguirá apreender e desvendar os pólos superiores da humanidade, reconhecer e conhecer a actividade dos primeiros homens, bem como a natureza de uma nova Idade de Ouro que há-de vir …. O homem tornar-se-á consciente daquilo que é: compreenderá finalmente a Terra e o Sol!
Mesmo quando nos servimos da ficção, o nosso pensamento pede adivinhação! Gente entendida e sabedora admite como provável que o surgimento do próprio ser humano tenha ocorrido há cerca de 17 000 000 de anos. Até hoje sempre a Terra deu ao Homem os seus meios de sobrevivência. Que estará para acontecer? Sentir-se-á o Homem perdido e abandonado?
É nesta lógica, de uma próxima escassez dos bens essenciais, por exaustão, que será de admitir a vinda de um «caos» mais acentuado. Tanta coisa vai mal no seu consumo, gestão e preservação! O primado do individual sobre o bem comum, por exemplo, é outro ponto que contribui para esta ruptura. Embora seja despiciendo subestimar o individual, um ponto essencial de equilíbrio colectivo é indispensável à nossa sobrevivência.
Parece, contudo, que depois deste «caos», em crescendo, surgirá a já anunciada nova Idade do princípio de rejuvenescimento geral! Poderíamos também chamar-lhe de «Paraíso», ou seja, alguma coisa bem melhor do que tudo o que tem existido até hoje na Terra. Esse “paraíso” virá, de uma normal convicção e aceitação, de que uma força universal, a unir as pessoas, brotará por volta de 2040 na montanha Sinjar, no Iraque. Resultará ela, de uma nova cultura humana forjada no "caos" vivido, que, sem ofuscar a individualidade, conseguirá sobrepor-se a ela, fazendo desabrochar um novo sentido colectivo, quase perfeito, em consequência directa de se ter atingido um grau superior na civilização terrena.
Novamente aquela região doa grandes rios, na qual nasceram as maiores religiões monoteístas do mundo e outras civilizações, será o berço de uma nova e grande civilização! A Sociedade Global em pleno. Muitos apontam, hoje, duas vias para a globalização, ignorando, todavia, que em 2040 estará implementada na Terra uma terceira via! A Idade de Ouro no nosso planeta.
Essa será a grande mudança a ocorrer e constituirá o desaparecimento da mediocridade e oportunismo que nos conduziram ao «caos», relativo, do início deste século. Assim, poderemos ter em meados do actual século,não um mundo sem sofrimento, mas a certeza de que perante ele teremos um uníssono apoio fraterno e humano !
1. [...] A primeira morte é económica. O modelo socialista/social-democrata/democrata-cristão, centrado na caridade do Estado e na subalternização do indivíduo, está falido, e brinda-nos com recessões de quatro em quatro anos. Basta ler "O Dever da Verdade" (Dom Quixote), de Medina Carreira e Ricardo Costa, para percebermos que o nosso Estado é, na verdade, a nossa forca. Através das prestações sociais e das despesas com pessoal, o Estado consome aquilo que a sociedade produz. Estas despesas, alimentadas pela teatralidade dos 'direitos adquiridos', estão a afundar Portugal. Eu sei que esta verdade é um sapo ideológico que a maioria dos portugueses recusa engolir. Mas, mais cedo ou mais tarde, o país vai perceber que os 'direitos adquiridos' constituem um terço dos pregos do caixão da III República [...]
2. As pessoas não gostam de Medina Carreira. Mas, na verdade, as pessoas não gostam é da realidade. Ele só aponta para a realidade. Ele só aponta para factos que ninguém quer ver. E é fascinante ver o "denial" das pessoas perante os factos.
AJP Taylor dizia que as pessoas, quando criticavam Bismarck, o realista, estavam, na verdade, a criticar a realidade.
Que um médico vivo passe receitas a um paciente morto – poucos mortos revelarão sinais de impaciência, diga-se – não constituirá surpresa de monta. Estou mesmo em crer que a Ordem dos Médicos, o Sindicato ou qualquer outra estrutura representativa da classe, terá uma explicação mais ou menos lógica para o acontecido.
Embora mais difícil de justificar, também o curioso fenómeno de médicos falecidos continuarem a emitir receitas a doentes vivos, merecerá uma justificação mais ou menos convincente. Por mim nem acho mal que tal aconteça. Face à falta de médicos com que o país se debate não nos podemos dar ao luxo de prescindir deles. Nem pelo facto insignificante de já terem batido a bota.
Menos normal me parece – acho até que é mais coisa para o paranormal, as ciências ocultas ou actividades afins – que médicos mortos prescrevam medicamentos a doentes que também já adquiriram o estatuto de defunto. Principalmente quando em causa estão fármacos que custam os olhos da cara. Mesmo daqueles que a terra há muito já comeu.
Acredito, ainda assim, que entre médicos, farmacêuticos, doentes, investigadores, políticos e juízes – se fôr caso para tal – se concluirá que tudo se regeu pelos mais elementares princípios deontológicos e que, bem vistas as coisas, o Estado ainda poupou muitos milhões de euros. Ou então que a culpa foi do morto.
Mário Soares defende que o Partido Socialista "tem de ser refundado" e "ter política a sério", independemente de quem for eleito para a liderança do partido.
É decisivo para a recuperação nacional que o novo Governo não detenha o impulso reformista nesta primeira fase de governação. Na presidência do Conselho de Ministros, e em cada ministério, deve haver um quadro na parede com as medidas a tomar, que serão assinaladas quando forem cumpridas, e todos trabalharem estrenuamente em função desses objectivos.
O mais importante nesta fase do Estado é a recuperação da seriedade, a racionalização e a sobriedade.
A recuperação da seriedade do Estado exige uma barrela geral do Estado, com a remoção dos dirigentes corruptos e cúmplices da corrupção, através de auditoria geral das contas públicas e de responsabilização judicial por qualquer ilegalidade ou irregularidade detectada.
A racionalização do Estado implica a poupança drástica ainda em 2011, a antecipação do recebimento dos fundos comunitários para liquidar o máximo de dívida, um orçamento com superavit para 2012, a renegociação das parcerias público-privadas e das concessões - com resolução dos contratos leoninos e o seu envio para inquérito de forças especiais do Ministério Público, com responsabilização judicial dos envolvidos em qualquer prevaricação e corrupção -, reforma da administração pública com fusão de municípios e freguesias, reorganização do dispositivo policial e judicial em função das necessidades e ameaças, a aceleração da privatização de empresas públicas e extinção de institutos públicos inúteis. Nas privatizações avultam as governamentalizadas RTP, RDP e Lusa, que devem ser vendidas o mais depressa possível. O modelo do não-editado canal norte-americano C-Span é o mais adequado para o serviço residual de televisão estatal que deve consistir numa extensão do Canal Parlamento: mesmo a RTP-Internacional e RTP-África devem ser parcialmente privatizadas, em concurso público, mantendo o Estado apenas uma posição de controlo político.
A sobriedade é um princípio fundamental a reintroduzir no Estado. Foi confundida com o salazarismo, para alibi do fausto de governantes e dirigentes, mas tem de ser reintroduzida, pois é o melhor exemplo que deve ser transmitido verticalmente a todo o Estado, autarquias, associações e empresas públicas e privadas. Assessores, secretárias, motoristas, seguranças, carrões, viagens, refeições, cartões de crédito (um tabu...), devem ser reduzidos ao nível mínimo de funcionamento.
Se o novo Governo se deixar embalar nos cantos das musas sistémicas nesta fase, e travar o seu ímpeto reformista, enquanto os adversários corruptos e promíscuos estão em fuga, ou desorganizados, não o recuperará mais tarde. Agora ou nunca.
Comecei a pensar nisso mais tarde. Tentei dar uns passos e reparei que eu próprio andava de uma maneira mais leve do que acontecia na Terra. Parei de novo e olhei à minha volta. Havia espaços verdes a perder de vista. Por cima da minha cabeça, um enorme azul difuso e muito claro. A luminosidade era muito cheia de claridade mas pouco intensa. O silêncio era ensurdecedor! Julguei-me perdido e sozinho naquele espaço imenso. Mesmo na minha frente havia um caminho de terra batida, que curvava à direita. Ao levantar os olhos deparei com uma placa que parecia suspensa no ar, logo por cima da minha cabeça. Vi nela algumas letras ou simples caracteres cujo significado não podia entender. Desejei que pudesse lê-las em português. Instantes decorridos apareceu na placa o seguinte: “Casa do Saber”, com uma seta a indicar o caminho. Estranhei, embora pensasse ser possível eu próprio ter accionado a tradução, logo, a informação, desejada. Só podia tê-lo feito através do meu pensamento. Resolvi dirigir-me a outra placa, igualmente com letras estranhas nela inscritas. Não andariam muito longe de uma escrita, talvez, japonesa. Voltou a resultar e de novo apareceu na placa a indicação que eu queria: Zona dos Lagos.
Tomei a decisão de seguir em frente e, logo comecei a avistar uma casa enorme e de formas arredondadas. Tinha uma cor branca e sem brilho. Aproximei-me e, através de uma porta aberta, vislumbrei o que se estava a passar nessa grande sala. Muita gente estava sentada no chão que, até ali, era de uma matéria verde-claro, muito à semelhança da relva exterior. Alguns, poucos, permaneciam de pé, mas todos escutavam atentamente um orador. A maioria dos presentes era, ou pareciam ser, idosos em permanência, portadores de cabelos e barbas brancas, usando roupas claras, ao estilo dos nossos roupões. Os cabelos eram compridos, o que disfarçava qualquer distinção entre sexos. Ninguém parecia reparar em mim, o que me incentivou a entrar e sentar-me também no chão. Escutei atentamente, reparando que ouvia, em bom português:
“ Todos sabem os esforços que desde sempre esta Casa do Saber e, as muitas Casas da Pesquisa que existem neste nosso plano, têm desenvolvido, com a intenção de ajudar os nossos irmãos do planeta Terra, a solucionarem os muitos problemas com que se deparam para conseguirem um nível de vivência com mínimos de dignidade. À nossa grande vontade de ajudar, juntamos a experiência do saber que fomos adquirindo na nossa existência, em dois planos de vida, numa existência universal.
O picadeiro permitia o treino de cavalos de alta-escola. Na cocheira eram guardados belos “coches” e carruagens antigas, que serviam para passear e de transporte. Um responsável dirigia este sector e todos os serviços indispensáveis ao seu funcionamento, em particular, no que respeitava às montadas e arreios. A criação de porcos era abundante. Tal como a criação de veados e corças, que eram exibidos na sua reserva, com vaidade, aos muitos visitantes da Quinta. No lugar próximo de São Caetano, uma tenda servia de posto abastecedor aos empregados, permanecendo recheada de tudo. Estufas, jardins e lagos com peixes coloridos, estavam cuidadosamente tratados por habilitados jardineiros. O mesmo se passava com os campos de ténis. Na primavera, a quinta era um verdadeiro jardim, com flores cuidadas por profissionais e outras completamente deixadas aos cuidados da própria natureza. Havia uma horta gigante mesmo encostada ao rio. Meia- horta, meio- jardim, com altos muros de “bucho” e labirintos para brincadeiras bem-dispostas de adultos e crianças.
Esta jovem Sabbine, médica alemã, recordou as muitas vezes que se lembra da neve no seu país, dos passeios de fim-de-semana nos Alpes e dos dias de estudante, em que se sentava de frente para o carrilhão (Glockenspiel), da chamada Marienplatz. Adorava ver, durante oito minutos, os seus 43 sinos executarem um verdadeiro festival de uma linda sonoridade. Enquanto isso, aquelas figurinhas de madeira iam-se movendo ao sabor das belas melodias, não deixando esquecer alguns momentos históricos, bons ou menos bons, como o casamento de Wilhelm V e Renata von Lothringen em 1568, e os dançarinos comemorando o fim da peste, que assolou o meu país em 1517.
Os “shows” são pontualmente às 11, 12 e 17 horas. Às cinco da tarde assistia ao “show” e ia tomar o comboio de regresso à minha aldeia, nos arredores da capital da Baviera. No começo do ano lectivo, a grande festa anual (Oktoberfest), que durava 16 dias, era a perdição de muitos estudantes da Baviera. Todas as principais cervejarias e bares da cidade montavam pavilhões no parque da festa, para comemorar um dos mais tradicionais eventos da Alemanha. O local das festas, vira um autêntico parque de diversões, com música, danças, roupas típicas, pratos tradicionais e centenas de milhares de turistas, sendo tudo regado com muitos barris de cerveja. A festa começa com o tradicional desfile de carroças de barris de cerveja. Nunca podia, também, deixar de me lembrar das visitas que fazia com o meu avô ao Castelo de Neuschwanstein, um dos castelos de sonho do Rei Ludovico II. São tantas as minhas recordações que mais vale mudarmos de assunto.
O calor sufocante durante o dia e o frio gélido das noites no Kuwait, são deveras insuportáveis. De Maio a Setembro as temperaturas oscilam entre 40º - 45º e 50º C.
Uma população de mais de 2 milhões de pessoas, concentra-se aqui na faixa costeira do Golfo Pérsico, uma vez que o resto do território não passa de um deserto árido e pedregoso. Na minha terra, ou temos calor ou temos frio, nunca as duas coisas no mesmo dia. Fomos abençoados com muita vegetação nos campos e jardins. Ao lembrar-me da neve e das minhas brincadeiras de criança, fico de certa maneira angustiada! Sabbine, ao fixar nos olhos o já seu amigo Ramiro (membro da ONU visita o seu amigo hospitalizado), pediu-lhe que voltasse a falar-lhe do Nuno (vítima do atentado contra a ONU em Bagdad), afirmando ser importante para ela como médica, conhecer o mais possível os seus doentes. Ramiro acedeu e, sorrindo, mostrou-lhe um livro que segurava na sua mão. Desde que o Nuno chegou a Bagdad, os dois passaram horas, relembrando coisas do passado de cada um. Nuno internado no hospital de Sabinne, amável como é seu hábito, ofereceu-lhe um livro escrito por ele, publicado com o patrocínio da autarquia da sua terra, no qual conta as coisas que mais o marcaram no período da sua juventude. recordar alivia as muitas saudades da nossa terra.
Com base na larga experiência de refutação de alegações sobrenaturais, surgiram alguns prémios para desafiar pessoas que aleguem poder apresentar um evento sobrenatural. Um dos mais famosos é desafio de um milhão de dólares oferecido pela fundação James Randi, a James Randi Educacional Foundation. Ou seja, se alguém demonstrar algum acto que a fundação não consiga explicar naturalisticamente, ganha o dinheiro. Ainda não houve ganhadores.
Esoterismo é o nome genérico que designa um conjunto de tradições e interpretações filosóficas das doutrinas e religiões que buscam desvendar o seu sentido oculto. O esoterismo é o termo para as doutrinas cujos princípios e conhecimentos não podem ou não devem ser "vulgarizados", sendo comunicados a um pequeno número de discípulos escolhidos.
Segundo Blavatsky, criadora da moderna Teosofia, o termo "esotérico" refere-se ao que está "dentro", em oposição ao que está "fora" e que é designado como "exotérico". Designa o significado verdadeiro da doutrina, sua essência, em oposição ao exotérico que é a "vestimenta" da doutrina, sua "decoração". Também segundo Blavatsky, todas as religiões e filosofias concordam na sua essência, diferindo apenas na "vestimenta", pois todas foram inspiradas no que ela chamou de "Religião-Verdade".
Um sentido popular do termo é de afirmação ou conhecimento enigmático e impenetrável. Hoje em dia o termo é mais ligado ao misticismo, ou seja, à busca de supostas verdades e leis últimas que regem todo o universo, porém ligando ao mesmo tempo o natural com o sobrenatural.
Muitas doutrinas espiritualistas são também chamadas esotéricas
A TVI mostrou as imagens do Processo Face Oculta. Como bem se vê as páginas estão cortadas. Convém recordar que a 4 de Janeiro de 2011 o PÚBLICO revelava Pinto Monteiro cortou à tesoura excertos de escutas a Sócrates transcritos num despacho. Quatro dias depois o PGR negava esta informação num Direito de Resposta no mesmo jornal:
1. A notícia publicada na página 6 do PÚBLICO do dia 4 de Janeiro de 2011 e com chamada à .ª e última páginas é inteiramente deturpada e não corresponde aos factos realmente ocorridos;
2. Com efeito, o Procurador-Geral da República não “cortou à tesoura excertos de escutas a Sócrates transcritos num despacho” (sic), tendo-se limitado, em cumprimento do decidido pelo Presidente do Supremo Tribunal de Justiça, a ordenar a destruição dos despachos originais;»
Face às imagens agora revelada pela TVI o PGR tem o dever de responder e explicar o que disse o PGR a 8 de Janeiro.
Passos não poupou dinheiro porque o Governo não paga bilhetes na TAP
25.06.2011 - 11:43 Por Paulo Miguel Madeira
Os membros do Governo não pagam bilhete na TAP quando viajam em serviço e o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, não poupou dinheiro ao Estado com a sua opção de viajar esta semana para Bruxelas em classe económica.
A TAP não quis falar sobre o assunto (Carlos Lopes (arquivo))
A informação de que os membros do Governo não pagam bilhetes na transportadora aérea nacional (uma empresa pública) foi avançada pelo Jornal de Negócios e confirmada pelo PÚBLICO junto de um membro de um anterior Governo.
Esta prática já vem de longa data, mas a TAP não quis explicá-la ao PÚBLICO. “A TAP não fala sobre viagens dos seus clientes nem sobre as condições que têm ou não têm”, disse o director de comunicação da empresa, António Monteiro.
Todos os membros do Governo, do primeiro-ministro aos secretários de Estado, estão isentos de pagamento das viagens em serviço na TAP (tal como acontece também na CP). No entanto, isso já não acontece com os membros dos seus gabinetes, cujos bilhetes são pagos, mas que normalmente já viajavam em económica. Se houver necessidade de membros do Governo viajarem noutras companhias aéreas, a nova política de Passos Coelho já levará a poupança de verbas.
Na quinta-feira, Passos Coelhos confirmou que ele próprio e todos os restantes membros do Governo viajarão para a Europa sempre em classe económica, para “dar o exemplo”, conforme disse na altura à agência Lusa, cumprindo assim uma promessa que tinha feito antes das eleições.
O Jornal de Negócios contactou o gabinete do primeiro-ministro, onde um assessor não quis comentar o assunto, tendo adiantado que a fuga de informação não partiu do Governo.
Ao pôr os membros do Governo a viajar em económica para os destinos na Europa (não se sabe como será no longo curso), Passos Coelho não poupa directamente dinheiro mas liberta lugares na TAP em classe executiva, onde os preços dos bilhetes é muito superior, podendo por esta via permitir que nalguns casos a empresa venda bilhetes nesta classe que de outro modo estariam indisponíveis.
PS: Meus senhores, nos últimos anos ninguém falou dos gastos "sem rei nem Roque", em tudo, mas também nos transportes de governantes! A atitude agora criticada, ou desvalorizada,é um sinal à navegação motivador da poupança que se impõe. É um código de valores transformado num farol protector para o país se salvar da ruína em que o meteram.Um primeiro-ministro não pode reger o modo de se transportar procurando ir na TAP porque é de "borla". O tempo de um primeiro-ministro e a sua agenda, não têm preço! Muitas vezes não terá tempo para dormir ou ver a família pelas presenças que o levam a locais muito diferentes em pouco tempo. Fundamental é procurar apanhar o primeiro meio de transporte e não ficar à espera do avião da TAP porque é de graça! Quem sabe se o lugar de graça para o PM não fez perder à TAP uma passagem paga? Ou se para levar o PM e a sua comitiva não teve a TAP de cancelar viagens reservadas e mandar esses passageiros para um hotel que tem de pagar? De todo o modo, é sempre o país que paga estas viagens incluidas na COBERTURA DOS IMENSOS PREJUÍZOS DA COMPANHIA NACIONAL. Depois existem imensos locais para onde a TAP não tem direitos de tráfego, mesmo na Europa e muitos milhares no mundo inteiro onde tem de ir um PM! Acabemos com a demagogia barata! O que vale é a atitude e estas não têm preço senhores jornalistas!
Localizado nas faldas da Serra da Estrela e coroado pela massa granítica do antigo castelo, Belmonte foi o berço do navegador Pedro Álvares Cabral que em 1500 descobriu o Brasil. A palavra Belmonte tem tudo a ver com monte e julga-se que também com belo. Fora do plano etimológico - a ideia de Belmonte liga-se à ideia de cabras, por vias dos Cabrais.
Em Belmonte não pode deixar de visitar o Castelo, monumento Nacional formado pela Torre de Menagem, vestígios da antiga alcaidaría (Paço dos Cabrais) e um moderno anfiteatro ao ar livre, rodeado por imponentes muralhas. Não deixe de subir à janela Manuelina, verdadeira jóia granítica, de onde poderá contemplar a Serra da Estrela em toda a sua extensão. Junto ao castelo encontra-se uma pequena igreja romano-gótica dedicada a S. Tiago, que tem no interior uma Pietá esculpida em granito, comovente na sua beleza rude e simples. Um anexo à igreja abriga o panteão dos Cabrais, embora as cinzas de Pedro Álvares Cabral se encontrem na Igreja da Graça, em Santarém. Passe pelo Pelourinho, o símbolo medieval de poder municipal que representa uma prensa, e pela Capela Gótica da Nossa senhora da Piedade, onde se encontra uma belíssima pietá, escultura gótica, monolítica, em granito da região, e pela sinagoga, um templo da comunidade judaica de Belmonte. Em Belmonte fixou-se uma importante comunidade judaica, sobretudo no séc. XV, quando aqui se refugiaram judeus fugidos às perseguições movidas por Castela. Moravam em casas situadas fora das muralhas do castelo, no Bairro de Marrocos, onde ainda poderá ver os símbolos das profissões exercidas pelos membros da comunidade, como a tesoura que identifica o alfaiate, gravados nas ombreiras das portas. Visite a Igreja Matriz, uma construção recente dos anos 40 que alberga a imagem quatrocentista de Nossa Senhora da Esperança que, segundo a tradição, é a santa que Pedro Álvares Cabral levou na sua viagem de descoberta do Brasil. Visite Tulha, magnífico edifício de granito do século XVIII, onde eram armazenadas as rendas da família Cabral. Hoje encontra-se aí instalado o Eco-museu do Zêzere, uma estrutura que aborda o rio Zêzere numa perspectiva do seu património natural e cultural, privilegiando os aspectos ligados à fauna, flora, uso do solo e povoamento e não se esqueça de visitar o Museu Judaico de Belmonte, estrutura única no nosso País e o Museu do Azeite.
É o centro da indústria petrolífera iraquiana, com reservas de cerca de 10 mil milhões de barris, que tem vindo a operar desde há 70 anos, com ligações importantes ao Mar Mediterrâneo através de oleodutos. Diariamente são obtidos um milhão de barris, cerca de metade da exportação do país. Este é também um local onde os serviços secretos fazem uma apertada vigilância. “Informação recentemente obtida revelou que o Iraque recebeu uma caravana de 24 camionetas com explosivos. Embora a destruição dos poços não seja um acto significativo do ponto de vista militar, vai ter impactos económicos e ecológicos prolongados no povo do Iraque, bem como nos vizinhos do Iraque”, admite o Departamento de Defesa dos EUA. A colocação de tropas aliadas tem sido feita para que os soldados tomem de imediato controlo deste tipo de instalações. O departamento já definiu estratégias que permitem às forças dos EUA proteger os poços rapidamente para evitar que sejam destruídos. Com base em contrato com as empresas privadas (dos EUA), seriam de imediato extintos os fogos e feito o balanço dos estragos nessas infra-estruturas”, acrescenta este ministério norte-americano.
Altos funcionários da administração Bush disseram à agência de notícias internacional Reuters ter recebido informações preocupantes sobre uma possível catástrofe ecológica no Iraque. Segundo estas fontes, os serviços dos EUA tiveram conhecimento de que foram colocados explosivos nos campos de petróleo de KirkuK. O porta-voz da Casa Branca, Ari Fleischer, não quis confirmar a informação: “Não estou na posição de avaliar esse dado”, disse numa conferência de imprensa. Por seu lado, o subsecretário para o petróleo do Governo iraquiano, Suleiman Al Hadithi, negou que tivessem sido colocados quaisquer explosivos nos poços. Apesar destas posições, o Departamento de Defesa dos EUA está a levar os serviços a sério bem como dados de “”várias fontes” e emitiu um comunicado recente em que dizia: “O Iraque e o regime de Saddam Hussein têm ambos a capacidade e a intenção de danificar ou destruir os poços de petróleo do Iraque. Relatórios de confiança indicam que estas actividades estão a ser planeadas e, alguns casos, podem já ter começado”.
Entretanto do petróleo como causa principal da próxima Guerra do Iraque, muitos vão falando. Na verdade os dados disponíveis são arrepiantes!
“ O Departamento de Energia dos EUA anunciou no início deste mês que em 2025 as importações de petróleo dos EUA serão responsáveis por 70% do total de abastecimento do país. Há dois anos, esta percentagem era de 55%.Toda a política energética de Bush baseia-se no aumento do consumo de petróleo. E onde estão 70% das reservas verificadas de petróleo do mundo? Claro, no Médio Oriente.
Índices de reservas em relação à produção anual de petróleo em diversos países, indicam que os EUA esgotam as suas reservas em 10 anos, tal como a Noruega. No Canadá o índice é menor 8:1; mas no Irão é de 53:1; Arábia Saudita 55:1; Emirados Árabes Unidos 75:1; Kuwait 116:1; Iraque 526:1.”
A crise energética mundial está a evidenciar a vulnerabilidade de todas as economias a este respeito: cerca de 50% dos nossos derivados de petróleo, nos quais se apoiam praticamente todos os transportes terrestres, marítimos, fluviais, aéreos e todo o aquecimento para fins industriais, dependem exclusivamente do petróleo que existe no Médio Oriente, a mais explosiva área do mundo.
Tudo aponta para uma necessidade imediata de se diversificar as fontes e a natureza dos combustíveis, de modo a garantir a nossa sobrevivência, o nosso desenvolvimento e a nossa tranquilidade.
Perante esta evidência não parece muito crível que as grandes forças que comandam a economia mundial, apostadas que estão até na globalização, não tenham este problema mais ou menos equacionado.
Naturalmente que com o fim à vista do petróleo, duas ou três dezenas de anos, o mundo ficaria totalmente paralisado, por via da paralisação da sua economia (global ou não).
Será de admitir que sendo muito importante o problema do esgotamento das reservas petrolíferas, ele deverá estar a ser equacionado, pelos gigantescos interesses mundiais.
Uma funcionária das nações unidas refere-se a uma investigação feita pela America´s Watch, à qual teve acesso, sobre o tema das violações e raptos de mulheres cometidos em Bagdad desde que se instalou a anarquia, a 9 de Abril. Este é um tema tabu porque, para a moral tradicional, uma mulher violada é na sociedade iraquiana uma afronta que desonra toda a sua família e, em vez de compaixão e solidariedade, merece repúdio e ódio. A mulher já sabe que a sua vida terminou, que nunca contrairá matrimónio, e que na sua própria casa será objecto de exclusão e de escárnio. Para lavar a afronta, não é raro que o pai ou algum dos irmãos, a mate. A justiça foi sempre branda com estes «assassínios cometidos para lavar a honra» medievais, e os seus autores recebiam sentenças simbólicas, de testemunhos de meninas, jovens e mulheres sequestradas e violadas em Bagdad pelos foragidos e que, por razões óbvias, resistem a denunciar o crime de que foram vítimas. Não apenas porque agora não há policias e tribunais que funcionem, como também, porque, mesmo quando os houver, os trâmites e humilhações infinitas que tiveram de sofrer as heróicas mulheres que se atreveram a fazê-lo no passado, não tiveram qualquer resultado prático. Apenas as expuseram ao desdém e aos vexames da opinião pública e à hostilidade ainda maior da própria família. Por isso, segundo o relatório da America´s Watch, as meninas e mulheres violadas tentam desesperadamente ocultar o que lhes aconteceu, envergonhadas e com remorsos, como se, com efeito, fossem elas as únicas culpadas da sua desgraça. Agora compreendo melhor porque, às portas da Universidade de Bagdad que visitei ontem, havia tantas mães de família esperando as suas filhas para as levar para casa, como se fossem criancinhas de infantário. O Iraque que hoje podemos ver é um país reduzido a escombros e nada tem de semelhante com o outro Iraque dos anos setenta, quando era um dos países mais desenvolvidos da região e um dos maiores produtores de petróleo do mundo. Este é pois o legado que a governação de Saddam Hussein deixa ao seu país e ao seu povo, mas o pior ainda está para vir.
As valas que estão agora a ser descobertas atraem milhares de pessoas que vêm ver se entre esses restos que aparecem à luz do dia, como testemunho do horror do passado recente do Iraque, descobrem os seus parentes desaparecidos. Um desses casais que, desde Abril, percorre o país em busca dos ossos de um filho que se esfumou há doze anos são dois anciãos – ele muito doente – aos quais só a ilusão de recuperar os restos desse ser querido, vai mantendo vivos. «A minha vida são 35 anos de dor», afirma a senhora Al - serrat, sem chorar com uma cara dura e como que dissecada pelo desespero. É uma mulher sem idade, submersa na “abaya” negra que apenas lhe deixa a cara a descoberto e rodeada pelas duas filhas, muito jovens, veladas também, e que ao longo de toda a entrevista permanecem imóveis e mudas, como estátuas trágicas. Pouco depois desta segunda desgraça, sobreveio a terceira. O pai foi preso e desapareceu na noite da ditadura. Três anos depois, um desconhecido fez chegar à família um pedaço de papel: «Vão à prisão de Abu Ghraib», a prisão dos arredores de Bagdad, cenário das piores torturas e assassínios políticos. Lá estava o seu pai, o qual puderam visitar de tantos em tantos meses, por poucos minutos. Soltaram-no seis anos depois, tão misteriosamente como o tinham capturado. Nunca lhe disseram porque o detiveram. Finalmente, chegou a vez do irmão mais novo, que desapareceu na altura do levantamento xiita de 1991, reprimido pelo regime numa orgia de sangue. Foi soldado durante a guerra do Kuwait. Na última vez que alguém o viu estava de serviço, de uniforme, em Najaf. Desde então, nada mais soube dele e é este desaparecido que os pais da senhora Al-Sarrat procuram, na sua peregrinação dolorosa pelas valas comuns que se descobrem dispersas pela geografia do Iraque.
De óculos escuros e roupa à civil, Ali vagueia, impune, pelas ruas. È um dos polícias afectos ao regime de Saddam Hussein que despiu a farda e que goza da liberdade do caos que se vive no pós-guerra de Bagdad. O seu testemunho dado a Mark Franchetti, enviado do «Sunday Times» à capital iraquiana, é uma espécie de símbolo do regime que chegou ao fim. O relato que fez aos jornais revela parte da barbárie que, aos poucos, se vão descobrindo entre os escombros deixados pelas bombas da coligação, através das mais diversas declarações de ex-presos políticos sobreviventes. Ali era responsável por castigos a dissidentes. Sob o olhar dos familiares, na via pública, a vítima ouvia o veredicto enquanto os guardas lhe cortavam a língua, as mãos ou a cabeça, de acordo com a sentença. E os motivos poderiam ir da oposição “oficial” ao regime até a um mero desabafo proferido contra Saddam Hussein na rua. Ao ser instado a dizer em quantos castigos tinha ele participado com as suas próprias mãos, respondeu, de forma tão fria quanto os métodos que utilizava: «Ia precisar de uma calculadora». Mas acabou por assumir que cortara a língua a 13 pessoas, além da participação no assassinato de outros 16 e decapitações. Entre as vítimas conta-se feras Adnan, um comerciante de 23 anos, acusado de insultar o Presidente durante uma rixa no mercado de Bagdad. Perseguido pela polícia, Adnan conseguiu refugiar-se e esconder-se nos arredores da capital. Chegados a sua casa, perante a sua ausência, os agentes detiveram um tio, um irmão e dois dos seus primos. Na prisão, torturaram-nos com choques eléctricos. Depois chegaria a vez dele. Foi entregue ao corpo policial ao qual pertencia Ali e levado para casa do pai, no norte de Bagdad. À frente da família, Feras Adnan foi amarrado e vendado. Apesar dos apelos insistentes do pai, os guardas cortaram-lhe a língua com uma faca. Mas, desta vez, não chegaram a conseguir concluir o serviço. Adnan ainda exibe a cicatriz e mal articula as palavras, mas conseguiu relatar a sua experiência. Contudo, Ali subestima os seus actos. «Nem sequer pensava no que fazia. Não era mais do que um trabalho», afirma, acrescentando: «comecei a sentir-me mal com os castigos, o das línguas, o das mãos e as decapitações». O antigo dirigente iraquiano Ali Hassan al-Majid, mais conhecido por «Ali, o Químico», foi detido no Iraque e está sob custódia das forças norte-americanas. Quando da ressurreição curda no norte do Iraque, em 1988, al-Majid, então comandante do exército, terá ordenado um ataque com armas químicas que matou milhares de curdos, episódio que lhe valeu a alcunha de “Ali, o Químico”. As segundas e quartas-feiras eram dias de execução de opositores de Saddam Hussein na prisão mais famosa do Iraque. O ritual repetia-se como um relógio e foi aparentemente realizado pela última vez dias antes da guerra.
“Ninguém pode ser deixado para trás!” Dita assim, a frase de Passos Coelho, integrada no seu discurso de posse, não seria mais do que uma afirmação inócua, sem história, desses capazes de gerar unanimidade. Aliás, a frase de campanha é do PS.
Mas uma vez pronunciada, o novo primeiro-ministro quis repeti-la, transformando-a em promessa (a única promessa pós-eleitoral): “Ninguém será deixado para trás!”.
Ora, a fugaz experiência de Passos Coelho, enquanto cumpridor de promessas, gera confiança. O episódio Nobre pode ter sido um erro, com sabor a derrota, mas foi antes do mais uma promessa cumprida, por alto preço.
Foram muitos a sugerir a vantagem da negociação do seu não cumprimento. Teria sido mais fácil arrumá-la na gaveta das impossibilidades. Passos não quis. Correu o risco, e perdeu, mas saiu recompensado. Esquecido o erro ficará para a história a eleição da primeira mulher presidente para a Assembleia da República. Mulher de primeira escolha.
A promessa de não deixar ninguém para trás, no turbilhão de sacrifícios que se adivinham, será bem mais difícil de manter. Serão muitas mais as vozes a alegar a impossibilidade técnica de a tornar verdade. A advogar que as circunstâncias desabrigam razoavelmente o cumpridor.
Será aí que Passos Coelho passará o teste essencial da diferença de ciclo. Se a cumprir, se conseguir que ninguém seja deixado para trás, impedindo que Portugal se torne ainda mais desigual, não será apenas ele a vencer, estaremos todos num novo país de vencedores.
Na filmagem, o felino surge sobre uma janela e parece disposto a ‘enfrentar’ o exterior com um som que muitos associam aos fiéis amigos de quatro patas.
Partilhado no YouTube há cerca de uma semana, o vídeo tornou-se um êxito em visualizações, contabilizando já mais de 2,5 milhões de visitas
Conheça Loukanikos ou (salsicha em português) , um cão de rua da Grécia, que gosta de estar em meio as manifestações sociais nas ruas de Antenas, o vira-latas não tem medo nem do gás lacrimogéneo disparado pela polícia nos manifestantes , neste vídeo você verá os momentos mais memoráveis de Loukanikos, gravado de 2009 a 2011, em diversas manifestações, por BBC Newsnight.Assista:
Na primeira reunião da Assembleia Geral, em Londres, ficou decidido que a sede permanente da Organização seria nos Estados Unidos. Em Dezembro de 1946, John D. Rockefeller, Jr, ofereceu mais de oito milhões de dólares para compra de parte dos terrenos na margem do East River, na cidade de Nova Iorque. A cidade de Nova lorque ofereceu o resto dos terrenos e efectuou muitos melhoramentos.
Os quatro edifícios que constituem a Sede das Nações Unidas são:
O edifício da Assembleia Geral, baixo e com uma cúpula;
A torre de 39 andares, em vidro e mármore, do Secretariado;
O edifício das Conferências, baixo e rectangular, na margem do rio;
A Biblioteca Dag Hammarskjold, situada no canto Sudoeste do perímetro.
Se bem que a Sede das Nações Unidas esteja situada na cidade de Nova lorque, o terreno e os edifícios são zona internacional. Isto significa que a ONU tem bandeira própria, seguranças próprios, correios próprios e até mesmo selos próprios.
Como estão organizadas as Nações Unidas?
O trabalho das Nações Unidas desenvolve-se em quase todo o mundo, e é realizado por seis órgãos principais, que são:
A violência que atingiu o World Trade Center, o Pentágono, e o voo 93 da United Airlines há dois anos atrás constituiu um ataque à liberdade da América, mas também um rude golpe nas esperanças de liberdade no mundo. Cidadãos inocentes de 87 países foram mortos nos ataques de Setembro – Mais do que 3000 homens e mulheres de todos os continentes, culturas, credos, raças e religiões. Cidadãos de países desde Antíqua ao Zimbabwe, incluindo países predominantemente muçulmanos desde o Bangladesh ao Iémen, morreram há dois anos atrás. Mães foram arrancadas às suas filhas e pais aos seus filhos. Casais foram dilacerados, amigos para sempre separados. Nova Iorque perdeu parte do seu famoso horizonte, mas não perdeu o seu espírito.
O mundo mudou?
Os trágicos e terríveis ataques aos seus cidadãos mudaram mais do que apenas a América, mudaram o mundo. O impacto real dos ataques encontra-se muito para além da dor sofrida pelos sobreviventes e familiares das vítimas, e mesmo além da ameaça à segurança dos Estados Unidos. Os ataques de 11 de Setembro alertaram-nos para o facto de que o terror nos ameaça a todos. Os terroristas florescem com o apoio dos tiranos e com os ressentimentos dos povos oprimidos. Quando os tiranos caem, e os ressentimentos dão lugar à esperança, homens e mulheres de todas as culturas rejeitam as ideologias do terror, e viram-se para a procura da paz. Onde quer que a liberdade impere, o terror bate em retirada. Já que todos somos vítimas da ideologia do ódio, e porque os terroristas acreditam que todas as vidas são dispensáveis no seu ímpeto para espalhar o caos, as nações vão continuar a condenar o massacre de inocentes e a rejeitar o ódio que alimenta essa violência. Após o dia 11 de Setembro, o mundo já não é o mesmo de antes, como parecem pensar a generalidade das pessoas. Por outro lado, os Estados Unidos perderam o sentimento de invulnerabilidade. Por outro, os cidadãos de todo o mundo querem sentir segurança, conscientes de que, em reacção ao ocorrido naquela data, um conflito mundial pode ser desencadeado. Ainda não se sabe o número exacto das vítimas que morreram durante os ataques às torres gémeas do World Trade Center (WTC) de Nova Iorque, ao pentágono em Washington e no desastre do avião que caiu na Pensilvânia sem ter atingido o seu objectivo de chocar com a Casa Branca, como dizem muitos, ou contra o Congresso, como afirmam outros. As últimas estimativas citam 2800 mortos mas, ninguém sabe ainda o número exacto. As torres do World Trade Center foram destruídas, uma ala do Pentágono também. A maioria realça o sentimento de unidade que atravessou o país. Os efeitos políticos e económicos dos ataques foram sentidos por todos e não só pelos cidadãos dos Estados Unidos. O principal objectivo do contra ataque americano, declarado logo no dia 11 de Setembro a seguir aos ataques terroristas era o de “capturar e trazer perante a justiça” os autores dos atentados contra o WTC e o Pentágono. Mas com o passar dos dias e das semanas emergiram algumas conclusões mais completas:
Que ia ser difícil encontrar os culpados, escondidos nas terras desertas e abandonadas do Afeganistão, qual agulha em palheiro;
Que a captura dos responsáveis não destruiria a sua rede de apoio que começava no Afeganistão e não se sabia onde acabava;
Que destruir os terroristas e a sua rede de apoio carece de apoio da comunidade internacional, que George W. Bush passou os primeiros nove meses da sua presidência a desprezar;
E que até essa rede ser destruída, a mão terrorista de Osama Bin Laden e a sua organização (Al-Qaeda) pode voltar a aparecer.
Na impossibilidade de encontrar Bin Laden, imediatamente – há anos que os Estados Unidos tentam capturá-lo ou assassiná-lo – um ataque contra o Afeganistão satisfaz a necessidade de acção punitiva exigida pela opinião pública – se mais não fosse porque foi prometida pela administração há já algum tempo – e começa a desfiar a teia de apoios no país aonde Bin Laden se sentia em casa. Outros países, nomeadamente o Iraque estão na lista de suspeitos. Mas atacar outros países “amigos” dos terroristas não resolve o problema do terrorismo. Mais eficaz é convencer terceiros países a não darem guarida, apoio ou albergue aos terroristas. Assim como aconteceu com a guerra fria, o terrorismo, tal como o comunismo, pode não ter para todos os países a mesma urgência que tem para os Estados Unidos. Washington terá grande dificuldade – sobretudo no mundo islâmico – em encontrar aliados de confiança. É que mesmo que Washington diga e repita que esta guerra é contra o terrorismo e não contra a fé islâmica, milhões de muçulmanos em todo o mundo não acreditam.
O regime talibã mergulhou o país num estado brutal de “apartheid” do género, no qual as mulheres e as meninas foram destituídas de todos os seus direitos humanos básicos. As mulheres nem os olhos podem mostrar, ou sequer falar. As meninas não podem ir às escolas, as professoras são proibidas de trabalhar, dão aulas secretas a pequenos grupos. Há ainda mulheres que se pintam, secretamente, pois a maquilhagem também é proibida. Uma mulher que foi executada, estava ajoelhada, completamente envolta no seu xador azul claro, lamentava-se e implorava, quando um miliciano se aproximou vagarosa e displicentemente pelas suas costas, encostou o cano do seu fuzil à sua cabeça e atirou. Vê-se a bala cravando-se no chão e um jorro de massa encefálica.
O conflito entre árabes e palestinianos tem origens históricas. No Corão, livro sagrado dos muçulmanos, os israelitas são definidos como elementos minoritários e como um povo no qual não se deve confiar e que precisa ser mantido sob controlo. A disputa entre estes dois povos tem raízes na antiguidade. A presença judaica na palestina remonta ao segundo milénio antes de Cristo. Em 635, durante a expansão islâmica, a região da Palestina foi ocupada pelos árabes. No início da Idade Média, a Palestina pertencia ao Império Romano e era habitada, na sua maioria, por cristãos. Somente no século VII a região foi conquistada pelos muçulmanos e, durante os séculos seguintes, o controlo da Palestina oscilou entre diferentes grupos até à incorporação da região no Império Otomano. Este último começou a formar-se no século XII e chegou a ocupar terras na Síria, Argélia, Bulgária, Sérvia, partes da Grécia, da Hungria, do Irão e da Arábia, além da Turquia. No século XIX, a maioria dos judeus concentrava-se no Leste Europeu e dedicava-se ao comércio e ao empréstimo de dinheiro a juros. Com o desenvolvimento das burguesias nacionais e da Revolução Industrial, no entanto, os judeus foram responsabilizados pelo desemprego em massa e pela concorrência com as classes dominantes. A partir daí foram confinadas a guetos, sofreram várias perseguições e massacres. O resultado disso foi a emigração para a Europa Ocidental. Esta situação levou o jornalista judeu Theodor Herzi, em 1896, a criar o movimento sionista, cujo objectivo era estabelecer um lar judeu na Palestina. Este povo começou a colonizar o país e, em 1897, fundou a Organização Sionista Mundial. Depois da 1.ª Guerra Mundial, os países europeus, de olho no petróleo e na posição estratégica da região, passaram a dominar a área. Em 1918, a Inglaterra ficou responsável pela região. Um ano antes, o ministro das Relações Exteriores da Grã-Bretanha, Lorde Balfour, apoiou a fundação de uma pátria nacional judaica na Palestina. Tudo isto aconteceu ao mesmo tempo que os ingleses tinham prometido aos árabes a independência em troca de apoio para ajudar a expulsar os turcos da região. Acreditando nas promessas de Balfour, milhares de judeus foram para a Palestina, compraram terras e estabeleceram-se em núcleos cada vez maiores. Neste período, começaram os choques entre judeus e árabes. Os judeus criaram um exército clandestino (haganah) para protegerem as suas terras e, à medida que crescia a emigração judaica para a Palestina, aumentavam os conflitos. Durante a 2.ª Guerra Mundial – em consequência da perseguição alemã -, a emigração judaica para a região aumentou vertiginosamente e a tensão chegou a níveis insuportáveis; os britânicos na época, tomaram o partido dos Aliados e dos árabes, do Eixo. Em 1936, quando os judeus já constituíam 34% da população na Palestina, rebentou a primeira revolta árabe. Bases e instalações inglesas foram atacadas e muitos judeus foram assassinados. A Inglaterra esmagou a rebelião e armou 14 mil colonos judeus para que pudessem defender as suas colónias. Em 1936, quando os judeus já constituíam 34% da população na Palestina, estourou a primeira revolta árabe. Bases e instalações inglesas foram atacadas e judeus foram assassinados. A Inglaterra esmagou a rebelião e armou 14 mil colonos judeus para que pudessem defender suas colónias. Pouco tempo depois, a Grã-Bretanha tentou controlar a emigração judaica para a área e, desta vez, os judeus atacaram os ingleses. Em 1946, o quartel-general dos britânicos foi dinamitado e 91 pessoas morreram.
Apesar destes ataques, os judeus conseguiram apoio internacional devido ao Holocausto, que exterminou mais de 6 milhões de judeus. Desde então, os Estados Unidos passaram a pressionar a Inglaterra para liberar a imigração judaica para a Palestina. Em 1948, os ingleses deixaram a administração da região para a Organização das Nações Unidas que, sob o comando do presidente norte-americano Harry Truman, determinou a divisão da Palestina em duas metades. Os palestinos, que somavam 1.300.00 habitantes, ficaram com 11.500 km2 e os judeus, que eram 700.000, ficaram com um território maior (14.500 km2), apesar de serem em número menor.
Os judeus transformaram as suas terras áridas em produtivas, já que era uma sociedade moderna e ligada ao Ocidente, aumentando ainda mais as diferenças económicas entre judeus e árabes, que sempre tiveram uma filosofia fundamentalista e totalmente contrária ao Ocidente. Neste mesmo ano, o líder sionista David Bem Gurion proclamou a criação do Estado de Israel. Os palestinos reagiram atacando Jerusalém que, segundo a ONU, deveria ser uma área livre. Desde então, o Oriente Médio tornou-se palco de conflitos entre israelitas e palestinianos. O motivo da guerra está muito além das diferenças religiosas, passa pelo controle de fronteiras, de terras e pelo domínio de regiões petrolíferas.
Em 1994, quando o mundo consciencializou-se das barbaridades de Hitler, e tomou providências para que a matança fosse interrompida. Era tarde de mais para esconder toda a verdade. Os sobreviventes judeus, por quererem evitar a repetição do holocausto, propuseram à ONU a criação de um Estado Judaico na Palestina, onde antigamente se localizava Canaã. Com pressões de todos os lados, no espaço de três anos, a Assembleia Geral das Nações Unidas determinou o estabelecimento do Estado Judeu na Palestina e que seria seguida, após alguns meses, da proclamação do Estado de Israel. Segundo muita gente, a Palestina nada mais é, que a terra que foi prometida por Deus aos Judeus que saíram do Egipto e caminharam 40 anos pelo deserto em busca destas terras. Viveram ali muitos anos, mas foram expulsos por outros povos que habitavam a região, espalhando-se então por todo o mundo. Haviam passado quase dois mil anos, quando regressaram, encontrando a terra prometida habitada pelos árabes e dominada pelos ingleses. Quando os ingleses saíram, para permitirem a criação do Estado de Israel, começaram as lutas com os países vizinhos. Dos catorze milhões de judeus que existem por todo o mundo, só um pouco mais de um quinto vive em Israel; há mais judeus em Nova York que em toda a nação judaica. Com uma população residente de 6 milhões, a comunidade judaica dos Estados Unidos é de longe a maior. Ao todo, os Estados Unidos, o Canadá (300 mil), e a América Latina (620mil) concentram mais de 65% dos judeus. Os judeus tiveram de se adaptar constantemente à língua e aos costumes dos locais que escolheram para viver. Devido à influência do Estado de Israel, o hebraico voltou a ser a língua básica da educação judaica, depois da língua nativa das comunidades da Diáspora.
O Judaísmo é a religião mais antiga do mundo. A Bíblia diz que Deus chamou Abraão, e estabeleceu com ele uma aliança. Como sinal dessa aliança todos os homens seguidores da fé Judaica deveriam fazer a circuncisão.
GÊNESIS 12.1-9 - Certo dia o SENHOR Deus disse a Abraão: - Saia da sua terra, do meio dos seus parentes e da casa do seu pai e vá para uma terra que eu lhe mostrarei. Os seus descendentes vão formar uma grande nação. Eu o abençoarei, o seu nome será famoso, e você será uma bênção para os outros. Abençoarei os que o abençoarem e amaldiçoarei os que o amaldiçoarem. E por meio de você eu abençoarei todos os povos do mundo. Abraão tinha setenta e cinco anos quando partiu de Harã, como o SENHOR havia ordenado. E Ló foi com ele. Abraão levou a sua mulher Sarai, o seu sobrinho Ló, filho do seu irmão, e todas as riquezas e escravos que havia conseguido em Harã. Quando chegaram a Canaã, Abraão atravessou o país até que chegou a Siquém, um lugar santo, onde ficava a árvore sagrada de Moré. Naquele tempo os cananeus viviam nessa região. Ali o SENHOR apareceu a Abraão e disse: - Eu vou dar esta terra aos seus descendentes. Naquele lugar Abraão construiu um altar a Deus, o SENHOR, pois ali o SENHOR lhe havia aparecido. Depois disso, Abraão foi para a região montanhosa que fica a leste da cidade de Betel e ali armou o seu acampamento. Betel ficava a oeste do acampamento, e a cidade de Ai ficava a leste. Também nesse lugar Abraão construiu um altar e adorou o SENHOR. Dali foi andando de um lugar para outro, sempre na direcção sul da terra de Canaã.
A obra de Abraão foi completada por Moisés, que deu ao povo Judeu um código de leis, que incluem noções teológicas, hábitos alimentares e sexuais. Entre estas leis figuram as que proíbem o trabalho aos Sábados, as que estabelecem a celebração das festas da Páscoa e o não contacto com animais considerados impuros, como o porco.
Os Judeus foram dominados por vários povos, mas resistiam sempre porque acreditavam serem o “povo eleito” e uma nação escolhida por Deus. Em função disso, os Judeus nunca foram missionários e não procuram espalhar a sua religião pelo mundo.
Das grandes religiões monoteístas existentes no mundo, o Judaísmo é a de raízes mais antigas. Do seu seio surgiu o cristianismo, enquanto o islamismo adoptou vários elementos judaicos e reconheceu Abraão e Moisés como profetas. O Judaísmo é, em sentido restrito, a religião dos antigos hebreus, hoje chamados Judeus ou Israelitas, e, num sentido mais amplo, compreende todo o acervo não só de crenças religiosas, como também de costumes, cultura e estilo de vida dessa comunidade étnica, mantidos com constância e flexibilidade ao longo das vicissitudes de cerca de quarenta séculos de existência do Judaísmo.
As sete principais leis herméticas baseiam- se nos princípios incluídos no livro "O Caibalion" que reúne os ensinamentos básicos da Lei que rege todas as coisas manifestadas. A palavra Caibalion, na língua hebraica significa tradição ou preceito manifestado por um ente de cima. Esta palavra tem a mesma raiz da palavra Kabbalah, que em hebraico, significa recepção.
Lei do Mentalismo
"O Todo é Mente; o Universo é mental." (O Caibalion)
O universo funciona como um grande pensamento divino. É a mente de um Ser Superior que 'pensa' e assim é tudo que existe. É o todo. Toda a criação principiou como uma ideia da mente divina que continuaria a viver, a mover-se e a ter o seu ser na divina consciência.
A matéria é como os neurónios de uma grande mente, um universo consciente e que 'pensa'. Todo o conhecimento flui e reflui de nossa mente, já que estamos ligados a uma mente divina que contém todo o conhecimento.
Lei da Correspondência
"O que está em cima é como o que está em baixo. E o que está em baixo é como o que está em cima"(O Caibalion)
A perspectiva muda de acordo com o referencial. A perspectiva da Terra normalmente impede- nos de enxergar outros domínios acima e abaixo de nós. A nossa atenção está tão concentrada no microcosmo que não nos apercebemos do imenso macrocosmo à nossa volta.
O princípio de correspondência diz-nos que o que é verdadeiro no macrocosmo é também verdadeiro no microcosmo e vice-versa. Portanto podemos aprender as grandes verdades do cosmo observando como elas se manifestam nas nossas próprias vidas.
Lei da Vibração
"Nada está parado, tudo se move, tudo vibra".
No universo todo o movimento é vibratório. O todo se manifesta por esse princípio. Todas as coisas se movimentam e vibram com o seu próprio regime de vibração. Nada está em repouso. Das galáxias às partículas subatómicas, tudo é movimento.
Todos os objectos materiais são feitos de átomos e a enorme variedade de estruturas moleculares não é rígida ou imóvel, mas oscila de acordo com as temperaturas e com harmonia. A matéria não é passiva ou inerte, como nos pode parecer a nível material, mas cheia de movimento.
Lei da Polaridade
Tudo é duplo, tudo tem dois pólos, tudo tem o seu oposto. O igual e o desigual é a mesma coisa. Os extremos tocam - se. Todas as verdades são meias-verdades. Todos os paradoxos podem ser reconciliados" (O Caibalion)
A polaridade revela a dualidade, os opostos representando a chave de poder no sistema hermético. Mais do que isso, os opostos são apenas extremos da mesma coisa. Tudo se torna idêntico em natureza. O pólo positivo + e o negativo - da corrente eléctrica são uma mera convenção.
O claro e o escuro também são manifestações da luz. A escala musical do som, o duro versus o flexível, o doce versus o amargo. Amor e o ódio são simplesmente manifestações de uma mesma coisa, diferentes graus de um sentimento.
Lei do Ritmo
"Tudo tem fluxo e refluxo, tudo tem as suas marés, tudo sobe e desce, o ritmo é a compensação".
Pode - se dizer que o princípio é manifestado pela criação e pela destruição. É o ritmo da ascensão e da queda, da conversão energia cinética para potencial e da potencial para cinética. Os opostos se movem em círculos.
É a expansão até chegar ao ponto máximo, e depois que atingir a sua maior força, torna - se massa inerte, recomeçando novamente um novo ciclo, dessa vez no sentido inverso. A lei do ritmo assegura que cada ciclo busque a sua complementaridade.
Lei do Género
"O Género está em tudo: tudo tem os seus princípios Masculino e Feminino, o género manifesta - se em todos os planos da criação".
Os princípios de atracção e repulsão não existem por si só, mas somente um dependendo do outro. Tudo tem um componente masculino e um feminino independente do género físico. Nada é 100% masculino ou feminino, mas sim um balanceamento desses géneros.
Existe uma energia receptiva feminina e uma energia projectiva masculina, a que os chineses chamavam de ying yang. Nenhum dos dois pólos é capaz de criar sem o outro. É a manifestação do desejo materno com o desejo paterno.
Lei de Causa e Efeito
"Toda causa tem o seu efeito, todo o efeito tem sua causa, existem muitos planos de causalidade mas nenhum escapa à Lei".
Nada acontece por acaso, pois não existe o acaso, já que acaso é simplesmente um termo dado a um fenómeno existente e do qual não conhecemos a origem, ou seja, não reconhecemos nele a Lei à qual se aplica.
Esse princípio é um dos mais polémicos, pois também implica no facto de sermos responsáveis por todos os nossos actos. No entanto, esse princípio é aceito por todas as filosofias de pensamento, desde a antiguidade. Também é conhecido como karma.
Moisés falou ao povo, dizendo: 2Lembra-te de todo o caminho por onde o Senhor teu Deus te conduziu, esses quarenta anos, no deserto, para te humilhar e te pôr à prova, para saber o que tinhas no teu coração, e para ver se observarias ou não seus mandamentos. 3Ele te humilhou, fazendo-te passar fome e alimentando-te com o maná que nem tu nem teus pais conhecíeis, para te mostrar que nem só de pão vive o homem mas de toda a palavra que sai da boca do Senhor. 14bNão te esqueças do Senhor teu Deus que te fez sair do Egito, da casa da escravidão, 15e que foi teu guia no vasto e terrível deserto, onde havia serpentes abrasadoras, escorpiões, e uma terra árida e sem água nenhuma. Foi ele que fez jorrar água para ti da pedra duríssima, 16ae te alimentou no deserto com maná, que teus pais não conheciam
A rede era, assim, lançada de acordo com os sinais de terra e mar, a cerca de 300 braças da praia e ocupando uma extensão de cerca de 200 metros de largura. Cada lance tinha a duração de hora e meia para a permanência da rede na água, e meia hora para a alagem (puxar a rede). Até meados do século XX, logo que «as artes eram postas na água», o cabo de mar içava na lota uma bandeira alaranjada. Acabado esse período, a bandeira era arriada, assinalando o início ao alar das redes. Esta forma de aviso deixou de ser praticada com a vulgarização do relógio. Na borda d’água, estavam os camaradas de terra, para o alar da rede. Com um ritual próprio, lento e cadenciado, dois “cordões humanos” puxam as cordas dos dois lados – mão esquerda agarrada à corda junto ao pescoço, braço direito estendido. É este o ritual que, nos dias de hoje, seduz o visitante e o leva a participar, puxando também ele a rede. Noutros tempos, quando a pesca era sustento de muitas famílias, a chegada do saco a terra era saudada com entusiasmo, se vinha cheio (“aboiado”), ou com tristeza, se vinha vazio (“estremado”). O peixe era posteriormente tirado para os xalavares (tipo de cesto) que, por sua vez, eram transportados para a lota, a fim de se proceder à sua venda. Actualmente, a lota de praia é também recriada, com a licitação do peixe feita com o tradicional “chui” – sinal que o peixe foi arrematado pela melhor oferta.
A distribuição do “quinhão”
No passado, uma certa quantidade de peixe não ia para a lota. Destinavam-se os quinhões de peixe aos camaradas da companha, aos “ajudas” do alar das redes e aos “caldeireiros”. De oito em oito dias, acertavam-se as “contas” (em dinheiro). Segundo a norma, do produto da venda do pescado (“monte maior”), retiravam-se as despesas (impostos à Lota, à Mútua dos Pescadores, Guarda Fiscal, Alfândega e Câmara Municipal; e as despesas relativas à arte, como o boieiro, matrícula e a taberna). Do produto líquido, uma terça parte era para o barco e os restantes dois terços para a companha. O quinhão atribuído a cada homem obedecia a um complexo cálculo, sendo o quinhão do arrais superior aos dos restantes camaradas.
1) Baseado no estudo “O Lance de Arte Xávega”, realizado pelo Museu Dr. Joaquim Manso (1993)
Assunção Esteves fez votos de ser capaz de exercer o cargo com "alegria cristã"
Manuel de Almeida/Lusa
A presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves, dedicou hoje a sua eleição, a primeira de uma mulher no cargo, a "todas as mulheres", sobretudo às "oprimidas", prometendo dedicar cada dia à "redenção histórica da sua circunstância".
"Dedico este meu momento de alegria a todas as mulheres, às mulheres políticas que trazem para o espaço público o valor da entrega e a matriz do amor, mas sobretudo às mulheres anónimas e oprimidas", afirmou Assunção Esteves.
A primeira mulher eleita presidente do Parlamento comprometeu-se a fazer "de cada dia um esforço para a redenção histórica" da "circunstância" dessas mulheres.
Assunção Esteves cita D.Quixote
Assunção Esteves disse assumir o cargo com "sentido de missão" e "alegria cristã" e citou D. Quixote, de Cervantes, para explicar que tentará dignificar a presidência do Parlamento.
"Os lugares verdadeiramente são definidos pelas pessoas e não as pessoas pelos lugares. Eu não venho aqui conformar nenhum lugar, mas espero pelo menos com o meu comportamento não lhe retirar nunca prestígio e tentar dignificá-lo com sentido de missão", afirmou.
Lembrando os presidentes do Parlamento que a antecederam, disse esperar ser herdeira do trabalho por eles desenvolvido.
Assunção Esteves agradeceu ao PSD, que propôs a sua candidatura a presidente da Assembleia, sublinhando, contudo, que a função "é por natureza não partidária" e assumi-la-á "em cada ato como tal".
Ao que parece, Paulo Portas tentou até ao fim, nas negociações com o PSD para a formação do novo Governo, contrariar a privatização da RTP.
Eis um paradoxo que não terá explicação política fácil. Já em Setembro último, no Parlamento, o CDS havia feito coro com o PS, o PCP e o BE contra a hipótese de se privatizar um canal da RTP. Foi um alinhamento político curioso e não menos difícil de entender.
O que levará o CDS a defender o estatismo televisivo ao lado de toda a esquerda, mesmo a mais conservadora nestas matérias? O que argumentará o CDS, que tanto clama contra o desperdício de dinheiros públicos, para sustentar os mais de 360 milhões de euros que o Estado gastou, só em 2010, no poço sem fundo da RTP: 121 milhões em indemnizações compensatórias, 118 milhões na taxa do audiovisual (que pagamos subrepticiamente nas facturas de electricidade e que terá um aumento de 30% neste ano de 2011!...) mais 120 milhões em dotações de capital? Tudo isto além dos 50 milhões de receitas de publicidade que a RTP angariou? O que justifica tal sorvedouro dos depauperados cofres do Estado, um gasto de um milhão de euros por dia?
Na campanha eleitoral, Paulo Portas chegou a contrapor que «há serviços públicos que são indispensáveis, como a electricidade, a água ou a televisão». A televisão?! O único serviço público, verdadeiro e concreto, da RTP são os canais para o mundo lusófono e as comunidades de emigrantes: a RTP-Internacional e a RTP-África. E, eventualmente, algumas delegações regionais que atenuam a interioridade ou a insularidade. Mas os custos de manutenção destas estruturas não chegarão a 15% dos muitos milhões que entram na RTP.
O ponto é que a RTP1 é um canal comercial que mal se distingue da TVI ou da SIC – quer na informação quer na programação (tem concursos em vez de telenovelas e pouco mais – e, hoje em dia, no cabo, há muitas alternativas às novelas).
Privatize-se, pois, finalmente, a RTP1. Irá com isso melhorar a qualidade da programação? Provavelmente, não. Mas também não se notará grande diferença. E 300 milhões de euros do erário público por ano é um luxo a que um país remediado não se pode dar.
A utilização da pergunta de retórica não pretende obter ou dar qualquer resposta. Ela é introduzido seja para tornar mais vivo o discurso, seja para realçar o pensamento, seja para reflectir sobre algo que é inquestionável...
"Este inferno de amar __ como eu amo! __
Quem mo pôs aqui n' alma... quem foi?
Esta chama que me alenta e consome,
Que é a vida __ e que a vida destrói __
Como é que se veio a atear,
Quando __ ai quando se há-de ela apagar?" (Almeida Garrett)
"Que fica da vida? Os grandes feitos ou o dia?" (Ruy Belo)
"Que véu de fogo nos teus ombros arde?" (Carlos de Oliveira)
"De resto, quem, no nosso século, teria coragem de lapidar a Samaritana?" (Aquilino Ribeiro)
"Vem do popular. É o mesmo que não ser contra nem a favor, algo como meio-termo. Na baixa é aquilo que se você fizer "dança", se não fizer também. Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come."
Filed under: Diversos — Rodrigo Adão da Fonseca @ 22:32
Nunca percebi esta ideia do “preso por ter cão e preso por não ter”. Uma opinadora profissional, de cabelo curto e com uns óculos que lhe dão de facto um ar credível, na SIC-N, desenvolve uma teoria contra os “independentes” e ministros “técnicos”, apelando aos “políticos com P grande”. Está assustada também com os lobis, e o medo da contestação do status quo contra um ministro que percebe de economia, com vasta obra publicada. Aqui do meu sofá, diria que é bom ter num governo e na vida pública tanto políticos experimentados como pessoas com perfis mais técnicos. Haja verdadeiras ideias, um bom programa de governo e uma correcta coordenação, não vejo como cidadão onde está o problema de ter gente – imagine-se – capaz num governo. Cá para mim, a senhora do cabelo curto está com medo que lhe faltem “políticos” com “P” grande…
Marialva é uma das 12 Aldeias Histórias de Portugal e situa-se a poucos minutos da cidade de Mêda. Esta aldeia, uma das relíquias vivas da nossa ancestralidade, transporta-nos às raízes mais profundas da nossa história.
Povoada pelos Aravos, povo lusitano, foi posteriormente conquistada pelos romanos, a que se seguiram os árabes, até à vitória final de D. Fernando Magno, em 1063. Em 1179 recebe a carta de foral de D. Afonso Henriques, tendo mantido uma actividade intensa- graças às feiras que aí se realizavam - até finais do séc. XVIII. No ano de 1200 o castelo é mandado reconstruir e restaurar por D. Sancho I tendo sido posteriormente ampliado por ordem do rei D. Dinis.
Ao entrar em Marialva, fica-nos a sensação que entramos num cenário histórico, as ruas, ladeadas por edifícios resistentes ao tempo, conduzem-nos à cidadela cercada pelas muralhada em cujas ruínas perdemos a noção do tempo. No interior das muralhas, destacam-se a Praça, solenemente assinalada pelo Pelourinho e pelo edifício da antiga Casa da Câmara, também tribunal e cadeia (séc. XVII); alguns metros mais à frente a torre de menagem e a Igreja de Santiago com o seu magnífico tecto pintado e a Capela da Misericórdia, apreciada pelo retábulo em talha, são verdadeiros tesouros construídos dentro do recinto muralhado.
A população que habita nas edificações fora das muralhas tem no rosto o olhar hospitaleiro das gentes beirãs, rubricados pela autenticidade das rugas do rosto. Marialva é uma das dezasseis aldeias e freguesias do concelho de Mêda cujos vestígios monumentais guardam a memória de um passado histórico muito importante.
Marialva é sem dúvida um local a não perder e que recomendamos conhecer. Visitar Marialva é percorrer as nossas origens mais profundas, é sentir o tempo parar à nossa volta, e sentir saudade ainda antes de partir.
O novo Governo suscita interrogações quanto à capacidade política de alguns ministros de perfil mais técnico. É um risco que, quem sabe, até se poderá revelar uma boa aposta.
O Executivo liderado por Passos Coelho apresenta, à partida, trunfos importantes. Se, por um lado, há ali falta de experiência governativa de alguns, a começar pelo próprio primeiro-ministro, é por outro lado positiva a juventude dos ministros e a vontade de fazer diferente num país demasiado apegado a rotinas conservadoras.
É também promissora a intenção, sobretudo da parte do PSD, de não alimentar clientelas partidárias. Não será por acaso que temos quatro ministros independentes em pastas de peso.
Ainda mais importante, parece existir vontade de não ceder às corporações e aos “lobbies”, incluindo os empresariais, que têm dominado o Estado português.
Precisamos de um Governo forte, que zele de facto pelo bem comum, em vez de servir interesses particulares ou de grupo. Para isso será precisa muita coragem política. Mas, sem essa coragem, o novo governo deixaria de fazer sentido.
A execução orçamental ontem divulgada revela uma quebra de 89% do défice. Ainda é cedo para deitar foguetes, até porque não se sabe as facturas que ainda não foram contadas.
Por:Armando Esteves Pereira, Director-Adjunto
Provavelmente vão surgir nos próximos meses os esqueletos das finanças. Se como há seis anos, o novo governo encomendasse uma auditoria às contas públicas, com o mesmo método da comissão Constâncio, os números do défice poderiam ser assustadores.
O que é notório e certificado é o brutal aumento da pressão fiscal, mesmo com parte dos funcionários públicos a receber menos salário. O IVA e o IRS suportam esse acréscimo, num período de quebra da actividade económica. Mesmo com as quebras das receitas do tabaco e dos combustíveis, o Fisco arrecada mais 5 milhões por dia.
A propósito, deixemos aqui as palavras de Aquilino Ribeiro, para que o leitor possa reflectir sobre o valor do estilo e, ao mesmo tempo, perspectivar uma definição possível:
«Em literatura o estilo é como o álcool para os corpos embalsamados: conserva-a. Toda a literatura que resiste à corrosão do tempo deve-o ao estilo. Homero, Cícero, Shakespeare, Camões, Voltaire, Tolstoi foram grandes estilistas. Quer isto dizer que o estilo seja uma arte? De modo algum. Mas sem estilo nenhuma obra se salva.
Acresce que a nossa língua está tão pouco clarificada que apenas pensa com precisão e justeza quem escreve correctamente. Julgar que em nome duma postiça originalidade ou evidenciação do humano haja de se abolir a técnica é pueril. E fazer tábua rasa da experiência adquirida no domínio da expressão não pode deixar de representar um inútil, inglório e malogrado intento. A palavra é como o mármore na estátua; dar a essa matéria semblante de vida, curvas voluptuosas, sombras quentes, frémito, solidez, eis o difícil objectivo que não se alcança de golpe. Com verbo desordenado, segundo a flux apocalíptica da imaginação, só poderá obter-se uma turva e destrambelhada arte.»
Forma de ornamento do discurso, para obter um efeito especial de significação. Este sentido é herdado da retórica latina (figura, figurae), pois na tradição grega as figuras chamam-se schemata (“posturas”), ou expressões enunciativas, diferente de ornamento da expressão por força da modificação do significado das palavras. Desde a retórica clássica ao modernos manuais de estilo, a noção de figura de estilo confunde-se ou inclui outras designações próximas como figura de pensamento ou tropo, figura de linguagem, figura de retórica, figura de construção, figura de sintaxe, figura de dicção, figura de expressão, etc. Julgamos ser hoje útil reunir sob a designação de figura de estilo todas as formas de expressão ornamentada do discurso, entendendo-se por expressão ornamentada toda a expressão verbal controlada com o fim de produzir um efeito especial de adorno, elegância ou simples ênfase. Dentro da designação geral de figuras de estilo, podemos distinguir mais em particular (1) aquelas figuras que incidem sobre a pronúncia das palavras, chamadas figuras de dicção (apócope, síncope, sinalefa, hiato, aliteração, onomatopeia, etc.); (2) aquelas que incidem sobre a morfossintaxe, chamadas figuras de construção, que afectam a ordem das palavras no discurso (elipse, zeugma, anáfora, pleonasmo, anástrofe, paralelismo, etc.); (3) aquelas que incidem sobre uma invenção especial, chamadas figuras de pensamento ou tropos.
É comum distribuirem-se as figuras de estilo em três grandes categorias:
a) Figuras de Sintaxe ou de Construção (Elipse, Zeugma, Pleonasmo, Anáfora, Anástrofe, Hipérbato, Anacoluto, Assíndeto, Silepse);
b) Figuras de Pensamento Interrogação (Pergunta de Retórica), Exclamação, Hipérbole, Apóstrofe, Prosopopeia (Personificação ou Animismo), Perífrase, Antítese, Oxímoro, Paradoxo, Gradação);
Mas esta divisão encontra-se sujeita a variaçõs, de forma a estabelerem-se nexos semânticos e estruturais entre as várias figuras. Henri Suhamy, por exemplo, agrupa-as em cinco rubricas distintas:
I. Os Tropos: (Catacrese e Glossemas; Imagem, comparação e metáfora; Metonímia e Sinédoque; Perífrase; Os Tropos de Funções: Enálage, Hipálage, Implicação, Hendiadyn, Litote)
II. As Figuras de Repetição e de Amplificação: Repetição de Palavras: Epizeuxe, Anáfora, Epífora, Anadiplose, Simploce, Antanáclase, Epanalepse, Epanadiplose; Repetição de Sonoridades: Rima, Assonância, Aliteração, Apofonia, Paranomásia, Eufuismo, Poliptoto; Redundâncias: Pleonasmo, Batologia, Tautologia, Expleção; Paralelismo e Amplificação: Paradiástole, Hipozeuxe, Paráfrase);
III. As Figuras de Construção: Ritmo; Cláusula; Quiasmo; Antítese; Oxímoro; Paralelismo; Dissimetria; Inversão; Hipérbato; Anástrofe; Histerologia)
IV. As Figuras de Realce ("de mise en valeur"): Hipotipose, conglobação, Expolição, Onomatopeia, Harmonismo, Exclamação; Interrogação; Apóstrofe; Mitologismo; Antropomorfismo; Prosopopeia; Hipérbole; Litote; Tapinose; Eufemismo;
V. Elipses: Elipse; Abreviação; Parataxe; Braquilogia; Anacoluto; Zeugma);
VI. Figuras de Pensamento: Ironia; Asteismo; Autocategorema; Epítrope; Paradoxo; Tácticas de Argumentação: Precaução, Rejeição, Antecipação, correcção, Retroacção, Antorismo, Antiparástase, Apodioxe, Preterição, Associação, Comunicação)
Parlamento tem sido "centro de corrupção" em Portugal -- Paulo Morais
De Fernando Zamith (LUSA) – Há 1 dia
Porto, 19 jun (Lusa) -- O ex-vice-presidente da Câmara do Porto Paulo Morais afirmou sexta-feira à noite, no Porto, que "o centro de corrupção em Portugal tem sido a Assembleia da República, pela presença de deputados que são, simultaneamente, administradores de empresas".
"Felizmente, este parlamento vai-se embora. Dos 230 deputados, 30 por cento, 70, são administradores ou gestores de empresas que têm diretamente negócios com o Estado", denunciou Paulo Morais, num debate sobre corrupção organizado pelo grupo cívico-político Porto Laranja, afeto ao PSD.
Para o professor universitário, o parlamento português "parece mais um verdadeiro escritório de representações, com membros da comissão de obras públicas que trabalham para construtores e da comissão de saúde que trabalham para laboratórios médicos.
Inspiração para os Templos dos Templários e outros .
Santo dos Santos era uma sala do Templo de Salomão de 10 cúbitos x 10 cúbitos (5 x 5m)[1] onde ficava guardada a Arca da Aliança. Era aqui que se realizava anualmente uma cerimónia de sacrifício expiatório de um cordeiro sem mácula (Ex. 12:5) pelos pecados do povo (Lev 4:35) e era este o único momento em que o Sacerdote podia falar diretamente com Deus. Esta sala ficava separada do templo por uma cortina de linho. O Sacerdote entrava com uma corda no pé.Em caso de estar em pecado ele morria. E como o lugar era santíssimo, outros não poderiam entrar, somente ele. Então puxavam o corpo do sacerdote para fora do Santo dos Santos.
Curiosidade: A corda, que ficava amarrada no pé do Sacertode, tinha um sininho. Se o sino parasse de tocar significava que o Sacerdote estava morto, então puxavam o corpo dele para fora da tenda. obs: Na biblia sagrada não se encontra esta afirmação, e sim que os sinos presos a cintura do sacerdote eram para que ele não morresse (conforme escrito em exodo cap.28 ver.35)ou seja o sonido dos sinos eram para destacar se o sacerdote entrara ou saira da presença de Deus com a devida reverencia. a corda não é citada em lugar algum na biblia. (mito)
O Rei Salomão começou a construir o templo no quarto ano do seu reinado segundo o plano arquitectónico transmitido por Davi, seu pai (1Reis 6:1; Crónicas 28:11-19). O trabalho prosseguiu por sete anos ( 1 Reis 6:37,38).
Em troca de trigo, cevada, azeite e vinho, Hiram ou Hirão, o rei de Tiro, forneceu madeira do Líbano e operários especializados em madeira e em pedra. Ao organizar o trabalho, Salomão convocou 30.000 homens de Israel, enviando-os para o Líbano em equipas de 10.000 a cada mês. Convocou 70.000 entre os habitantes do país que não eram israelitas, para trabalharem como carregadores, e 80.000 como cortadores (1Reis 5:15; 9:20, 21; 2Crónicas 2:2). Como responsáveis pelo serviço, Salomão nomeou 550 homens e, ao que parece, 3.300 como ajudantes. (1Reis 5:16; 9:22, 23)
O templo tinha uma planta muito similar à tenda ou tabernáculo que anteriormente servia de centro da adoração ao Deus de Israel. A diferença residia nas dimensões internas do Santo e do Santo dos Santos ou Santíssimo, sendo maiores do que as do tabernáculo. O Santo tinha 40 côvados (17,8 m) de comprimento, 20 côvados (8,9 m) de largura e, evidentemente, 30 côvados (13,4 m) de altura. (1Rs 6:2) O Santo dos Santos, ou Santíssimo, era um cubo de 20 côvados de lado. (1Reis 6:20; 2Crónicas 3:8)
Inspiração para os Templos dos Templários e outros .
Os materiais aplicados foram essencialmente a pedra e a madeira. Os pisos foram revestidos a madeira de junípero (ou de cipreste segundo algumas traduções da Bíblia) e as paredes interiores eram de cedro entalhado com gravuras de querubins, palmeiras e flores. As paredes e o tecto eram inteiramente revestidos de ouro. (1Reis 6:15, 18, 21, 22, 29)
Após a construção do magnífico templo, a Arca da Aliança foi depositada no Santo dos Santos, a sala mais reservada do edifício.
Foi pilhado várias vezes. Seria totalmente destruído por Nabucodonosor II da Babilónia, em 586 a.C., após dois anos de cerco a Jerusalém. Os seus tesouros foram levados para a Babilónia e tinha assim início o período que se convencionou chamar de Captividade Babilónica na história judaica.
MP acusa ex-ministra da Educação 20 de Junho, 2011
Maria de Lurdes Rodrigues acaba de ser acusada pelo DIAP de Lisboa do crime de prevaricação, por ter contratado ilicitamente João Pedroso – investigador universitário e irmão do ex-dirigente do PS, Paulo Pedroso – para consultor jurídico do Ministério da educação, entre 2005 e 2007. Em causa estão contratos no valor global de mais de 300 mil euros feitos pelo gabinete da ex-ministra, por ajuste directo, com o objectivo de João Pedroso elaborar trabalhos de investigação para o Ministério da Educação. A acusação foi deduzida pelo Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa no passado dia 15. Além de Lurdes Rodrigues, são também arguidos o próprio João Pedroso, e ainda João da Silva Baptista, então secretário-geral do Ministério da Educação, e Maria José Matos Morgado, que era chefe de gabinete da ex-ministra. São todos acusados em co-autoria, do crime de "prevaricação" praticado por titular de cargo político. A acusação salienta que os contratos foram feitos com violação das regras do regime da contratação pública para aquisição de bens e serviços. "Tais adjudicações, de acordo com os indícios, não tinham fundamento, traduzindo-se num meio ilícito de beneficiar patrimonialmente o arguido João Pedroso com prejuízo para o erário público, do que os arguidos estavam cientes" - afirma, em comunicado, a Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa.»
Limitação de responsabilidade (disclaimer): As entidades referidas nas notícias dos media que comento não são suspeitas do cometimento de qualquer ilegalidade ou irregularidade; e quando arguidas têm direito à presunção de inocência até ao trânsito eventual de sentença condenatória.
Conta-se que estando á beira da morte, um pai chamou seu filho e disse-lhe que mesmo não tendo riquezas para lhe deixar tinha um conselho para lhe dar, que valia ouro.
“Se tiveres um segredo, que não queiras ver espalhado pelo vento que soa, não o contes a ninguém. Nem a tua mulher, nem ao teu maior amigo. Guarda-o, porque um verdadeiro segredo guarda-se no coração…”
O rapaz aceitou o conselho, mas ficou muito intrigado, porque não entendia totalmente as palavras de seu pai.
Tanto pensou e matutou que resolveu fazer uma experiencia. Lançaria um falso segredo a ver o que acontecia.
Andava ele a imaginar qual seria, quando se soube que um grande senhor das terras de Sortelha andando à caça, tinha perdido o seu falcão preferido. Oferecia uma bela recompensa a quem o entregasse no castelo, mas ai de quem lhe fizesse mal… Ora aí estava a historia que o rapaz precisava.
Como por acaso, tinha encontrado o falcão perdido que, cansado e com fome, se deixara facilmente apanhar, seria fácil testar as palavras de seu pai.
Convidou o seu maior amigo para jantar e disse-lhe que tinha morto, por acidente, o falcão tão procurado. O amigo ficou muito aflito e mais aflito ficou quando o anfitrião lhe disse que, para não arriscar a ser descoberto o tinha cozinhado e era precisamente o falcão que estavam comendo nesse jantar. O pobre homem ficou tão aflito que nem sabia o que fazer. Se por um lado não podia trair a confiança do seu amigo, por outro lado aquele segredo pesava-lhe na alma. Então, em desespero, dirigiu-se à beira rio e falou em voz baixa para as canas: “Foi o Zé do Feijão que matou o falcão”. Mais aliviado e certo de estar sozinho, lá foi a sua vida. No entanto e pouco depois um pastor que por ali andava cortou uma dessas canas para fazer uma flauta. Para seu espanto quando soprou, em vez de música só se ouviu: “Foi o Zé do Feijão que matou o falcão”. E claro, o segredo espalhou-se rapidamente. Logo foram a casa do Zé do Feijão que, facilmente provou estar inocente, ao apresentar o falcão vivo e de boa saúde. E ainda recebeu a recompensa prometida pelo dono. Mas finalmente tinha percebido o quanto o seu pai era sábio e como eram valiosas as suas palavras…
Desafio cada um dos que me ouvem/lêem um esforço de memória: qual foi o último Governo verdadeiramente fantástico de que se lembra? Quantos ministros que levaram para o executivo a autoridade dos cabelos brancos ou da experiência política foram, de facto, determinantes para o país?
As perguntas servem apenas para sublinhar que raramente dão certo as previsões políticas para um Governo, feitas apenas com uma lista de nomes e os respectivos currícula.
A verdade é que este Governo pode ter tudo para dar certo, exactamente pelas razões que justificam as críticas que lhe são feitas. O facto de ser um Governo jovem pode assinalar, finalmente, uma mudança de geração e, portanto, de hábitos na gestão da coisa publica. O facto de ser um Governo maioritariamente composto por gente com pouca experiência política, mas muita experiência técnica, pode trazer ao país aquilo de que todos precisamos há décadas: profissionalismo, estratégia, decisões tomadas com ponderação e bom senso.
É claro que, para tudo isto, ajuda o caderno de encargos que temos para cumprir, mas é bom sinal que não sejam os do costume a tentar aplicá-lo. Esses já deram provas e, como está à vista, não foram boas.
Desde o momento em que a Grande Mulher Novilha de Búfalo Branco apareceu à Nação Sioux, o Cachimbo vem sendo considerado uma Cura Sagrada, partilhada entre os Irmãos e Irmãs da América Nativa. Trata-se de uma forma de oração, que nos permite falar a verdade e curar relacionamentos feridos ou rompidos.
Nós recebemos o Cachimbo para poder enviar nossas preces e manifestar nossa gratidão ao Grande Mistério e para simbolizar a Paz entre todas as Nações, Tribos e Clãs. O fornilho do Cachimbo representa o aspecto feminino de todas as coisas vivas e o tubo é o símbolo do aspecto masculino em todas as formas de vida. O simples ato de colocar o tubo no fornilho simboliza união, criação e fertilidade.
Quando o Cachimbo está abastecido, cada pitada de Tabaco é abençoada, assim como cada ramo de Nossos Parentes é convidado a entrar no Cachimbo na forma de espírito para poder ser honrado e fumado. Honramos a Mãe Terra, o Pai Céu, o Avô Sol, a Avó Lua, as Quatro Direções, o Povo-em-pé (árvores), O Povo de Pedra, os seres de asas, os seres de barbatanas, os de quatro patas (animais), os rastejantes (insetos) a Grande Nação das Estrelas, Os irmãos e Irmãos do Céu, os povos subterrâneos, os seres do Trovão, os Quatro Espíritos principais (Ar, Terra, Água e Fogo) e todos os seres de Duas Pernas da família humana.
Ao fumar o Cachimbo, é de suprema importância que cada pitada de tabaco colocada no fornilho seja fumada. Cada floco de tabaco assumiu um espírito em seu corpo e é honrado como sendo a essência de Todos os Nossos Parentes em sua forma. Se o fogo, que é parte da Eterna Chama da Vida, não toca nem incendeia o tabaco, o espírito que está lá dentro não pode ser libertado em fumaça. Se a fumaça não é aspirada pelo corpo, os espíritos de Nossos Parentes e de nossos Ancestrais não podem entrar em comunhão conosco. Esvaziar um fornilho que não foi totalmente fumado é cometer um grave erro e desonra os espíritos que vieram fumar conosco. O uso irresponsável do Cachimbo Sagrado pode prejudicar a boa vontade dos espíritos em vir nos assistir na nossa busca de unidade.
A fumaça que sai do Cachimbo representa prece visualizada e nos lembra do espírito presente em todas as coisas. Compreendemos que toda a vida provém do Grande Mistério e retornará a essa fonte original. Graças a essa compreensão. Graças a essa compreensão, sabemos que estamos todos juntos seguindo o mesmo trajeto, caminhando juntos em cada parte do Elo Sagrado ou da Roda da Vida.
Toda vez que partilhamos o mesmo Cachimbo descobrimos a união com Todos os Nossos Parentes. A essência de toda criatura viva penetra em nós quando a fumamos e passamos a carregar seus espíritos dentro de nossos corpos. Somos lembrados de que a harmonia é alcançada através da união sagrada com todos os seres que nos cercam. Nunca pensamos que o espírito de qualquer forma de vida possa estar fora de nós mesmos, já que através do Cachimbo pedimos a eles que entrem em nosso Ser e dividam nosso próprio Espaço Sagrado e nossa experiência de vida.
Os aspectos do ensinamento do Cachimbo que simbolizam a Paz são multifacetados. No mundo moderno muitas vezes olhamos para a paz como ausência de guerra, mas a Paz representa muito mais do que isto, dentro do nosso modo nativo de pensar. A paz é um modo de agir, saber, criar, ouvir, falar e viver. Em todas as circunstâncias a paz vem do interior de nosso próprio Ser. Essa paz resulta do equilíbrio de reconhecer e honrar as polaridades macho/fêmea, ensino/aprendizagem, humildade/orgulho e todos os outros aspectos do viver em harmonia. Não é algo que possa ser pesado, exceto pelo nosso próprio Ser. Se tivesse que haver uma medida, ela seria determinada pela capacidade do coração de permanecer aberto, sereno e livre de receios.
Nota: (Extraído de Cartas do Caminho Sagrado – de Jamie Sams.)
As relações humanas vividas na “Quinta da Cardiga” eram seguramente diferentes de qualquer outra realidade. O relacionamento entre a já larga família proprietária da Quinta e os trabalhadores e suas famílias, eram não só de respeito mútuo, mas também, de estima e saudável entreajuda. A palavra solidariedade tem aqui perfeita aplicação. Em situações difíceis ou mais complicadas os donos da Quinta davam o seu apoio a qualquer pessoa. No sentida inverso os moradores sentiam, como seu, todo e qualquer infortúnio que atingisse a família que lhes assegurava emprego e apoio social e humano.
A figura do “ Feitor ” no desempenho das suas funções emanava calma, serenidade e respeito. Normalmente eram homens de poucas falas, menos risos, mas credores da simpatia de todos os meios sociais envolventes e de todos que na Quinta ganhavam o seu sustento. Contando com as famílias a comunidade residente rondaria o meio milhar de pessoas. Alguns empregados, os que assumiam maiores responsabilidades, vivam junto ao palácio. Umas doze famílias. Os outros, com emprego fixo, viviam num lugar muito próximo chamado de São Caetano.
A grande força de trabalho era, de algum modo, flutuante e residia nas aldeias e lugarejos das redondezas. Ninguém recorda conflitos ou grande azedume entre os habituais moradores na Quinta ou mesmo no lugar de São Caetano.
Problemas graves de saúde, ou mesmo falecimentos, eram casos que só de muito em muito longe aconteciam, mas que todos sentiam como seus. Neste lugar não podia haver indiferença, a solidariedade estava sempre presente. O contacto com a natureza incutia em toda a gente franqueza , lealdade e um forte sentimento de respeito para com o próximo .
Na escola da Quinta os alunos eram poucos e a brincadeira dos recreios fazia-se na estrada e nos olivais em redor. O exame ou a prova, como na altura se dizia, tinha que ser feita na Sede de Concelho que ficava a uns cinco quilómetros de distância. Para o efeito a Quinta punha à disposição um carro puxado a cavalos. Nele seguiam a professora e os alunos.
Muito poucas eram as crianças que podiam continuar para além da 4ª. Classe, como de resto acontecia por todo o país.
Até Março de 1882, data em que foi firmado o contrato para abastecimento de água ao domicilio entre a Câmara do Porto e a Companhia (Compagnie Général dês Eaux pour l’Etranger), os cidadãos do Porto que não possuíssem poços privados, tinham que se abastecer nas fontes e chafarizes que existiam pela cidade.
Estas fontes e chafarizes eram abastecidos por vários cursos de água. Entre estes estava o manancial ou aqueduto do Campo Grande. Este, é hoje o actual Campo 24 de Agosto. Este local teve várias denominações ao longo da história. Na Idade Média, denominava-se Campo de Mijavelhas; depois passou a chamar-se Poço das Patas devido às características alagadiças do terreno que originava a formação de grandes poças que as “patas” frequentavam . Em 1833, denominava-se Campo da Feira do Gado porque ali se realizava um mercado de gado bovino; volvidos seis anos ficou Campo Grande. Em 1 de Agosto de 1860 por decisão camarária, foi designado Campo 24 de Agosto.
Uma das fontes que beneficiava da água deste aqueduto era a “Fonte de Mijavelhas”. Esta fonte ficava situada onde se encontra hoje a estação do metro do Campo 24 de Agosto. Quem já usou a referida estação deve ter reparado com toda a certeza no achado arqueológico que foi encontrado no local e que retrata aquela que foi a “Arca de Água de Mijavelhas” antigo chafariz, reservatório. A sua reconstrução aviva a memória de todos os portuenses e relembra a sua história.
Ao darmos o nome de “Mijavelhas “ ao nosso Centro Comercial estamos também a homenagear essa parte histórica da cidade do Porto que tal como outras, não deve ser esquecida pelos seus cidadãos.
O topónimo Mijavelhas é uma designação pitoresca que teve origem, segundo uma antiga tradição, por ser ali que as mulheres se "aliviavam" quando vinham de Valongo e São Cosme à cidade, para vender produtos agrícolas e pão nas feiras de São Lázaro.
Campo 24 de Agosto
Aquando das escavações para o Metro do Porto, durante a construção da Estação Campo 24 de Agosto, encontrou-se a arca onde se armazenava a água, constituída por um poço com mais de seis metros de profundidade. As ruínas foram incorporadas na estação, e encontram-se lá expostas.
Linhares, aldeia histórica do concelho de Celorico da Beira, é um autêntico museu ao ar livre. Com um passado rico bem guardado até aos nossos dias, cada uma das pedras das magníficas ruas que aqui existem, contam histórias fantásticas, e revelam a importância que esta aldeia teve no passado. Situada na vertente ocidental da Serra da Estrela, à altitude de 180 metros, esta vila de fundação medieval oferece ao visitante magníficas paisagens montanhosas, típicas da Beira, de ar puro, e águas frescas e puras, cultura, artes medievais e renascentistas.É uma das Aldeias Históricas portuguesas. Possuía uma judiaria que pode ainda hoje ser localizada. Num edifício perto do centro, devidamente assinalado, existe uma casa manuelina onde funcionou antigamente uma sinagoga.Esta comunicava com as casas anexas, das quais subsistem apenas os locais das portas. Aqui é possível ver a mais bonita janela de estilo manuelino da aldeia. A judiaria era composta pela Rua Direita (da Procissão) e Rua do Passadiço (da Judiaria). Ainda hoje é possível notá-la através dos portais chanfrados dispersos pela povoação e também através das janelas manuelinas. As casas dos cristãos novos têm, nas ombreiras das portas, cruzes que os protegiam da Inquisição. Mesmo assim, muitos processos foram instaurados a famílias com nomes como Fernandes, Linhares, Nunes, Rodrigues, Froes, Antunes.
É a melhor fotografia dos motins que aconteceram em Vancouver quando, por um jogo de hockey perdido, a cidade cidade foi varrida por distúrbios, carros incendiados, polícia de choque.
Pode ser uma entrada directa para a galeria das "iconic photos", da captura do "momento", e deu origem aos títulos "make love not war"ou"love in the time of rioting", na Esquire.
Agora, graças a uma outra fotografia publicada no twitter, desconfia-se que "o momento" poderá ter sido encenado. De qualquer forma, como foto ou como embuste, vai para a história do fotojornalismo.
Alain Robbe-Grillet (1922-2008) era escritor e foi também cineasta. Foi praticamente o fundador do Nouveau Roman, nova novela, citado acima, onde dentre Duras, figura também Nathalie Sarraute. Ele foi o autor do manifesto Por Uma Novela, onde na tentativa de revolucionar a forma de narrar, características naturalistas ou o texto Balzaquiano descritivos são descartados a favor do fluxo de consciência, interiorização do personagem. Também deixou sua marca na Nouvelle Vague, foi o roteirista de O Ano Passado em Marienbad, filme também de Renais. Escreveu 12 romances, entre eles A Espreita e O Ciúme, e dirigiu dez filmes.
Pela sua atitude de transgressão e renovação, seja em qual for a plataforma, e sua atitude de arte ante mesmo à compreensão, Grillet ganha a segunda posição.
Os próximos anos não vão ser fáceis. Temos que ultrapassar este estado de "anemia" económico . Se o não fizermos, colocamos em risco a nossa sobrevivência.
Se consultarmos as recomendações da OCDE para a criação de riqueza em tempos de crise (ver http://tiny.cc/cvlvk), verificamos que estamos a proceder, em teoria, como, nomeadamente, a Finlândia e a Coreia o fizeram nos seus "tempos negros" da década de 90.
Temos continuamente aumentado a fracção do PIB nos investimentos em investigação científica e inovação tecnológica, e investido na modernização de infra-estrutura de comunicações.
Devemos continuar a fazê-lo, porque a economia baseada no conhecimento é a principal alternativa existente para desenvolver empresas com rápido crescimento e elevado potencial de criação de emprego.
Temos que certamente mudar a nossa educação superior de modo a criar fundadores e líderes , e não apenas futuros empregados de empresas multi-nacionais. Não nos podemos desculpar se não criarmos empresas de impacto internacional com o talento existente em Portugal e aquele que poderemos contratar internacionalmente.
Mas temos, sobretudo, que acreditar que é possível retomar o crescimento. Mudar a mentalidade negativa e perdedora instalada em Portugal é uma das tarefas ciclópicas do próximo Governo. Esse vai ser o seu primeiro e decisivo desafio.
Andámos a semana entretidos a tentar saber quem faz parte do governo. para mim foi uma tarefa inglória, pois escrevo estas linhas no total desconhecimento de quem é e não é ministro.Ainda assim, atrevo-me a considerar três requisitos, todos começados pela letra " i ", que qualquer nomeado para as funções deve ter. Não são os únicos atributos requeridos, mas, a meu ver, são decisivos.
Primeiro, é ser irrepreensível. Nenhum episódio, lapso, esquecimento ou erro que não tenha sido previamente assumido deve fragilizar qualquer membro do novo governo.
Segundo, é ser independente.
Não tanto de um partido, mas de todos os lóbis, corporações e interesses ocultos ou não.
Terceiro, é ser implacável.As regras, leis e regulamentos devem ser aplicados a todos, independentemente da qualidade ou proximidade do destinatário. As isenções e excepções, as leis feitas à medida, os projectos com vencedor antecipado - tudo isso que foi apanágio não só do último governo, mas também de governos do PSD e do CDS, tem de acabar.
Exigir secrifícios sem dar o exemplo; sem, de uma forma transparente, mostrar que se está ao serviço do bem comum; sem terminar com a colonização do Estado por parte dos partidos é a melhor forma de arruinar o executivo que Passos Coelho está a construir. Em breve saberemos se estes são também os princípios que vão nortear a acção do novo governo.
Confesso desde já a minha insignificância intelectual para atingir a profundidade destas declarações, ao nível do indiscutível charme da senhora, a única nota positiva do hediondo governo que integrou.
Mas que Passos Coelho cometeu um erro político de palmatória, não tenho dúvidas. Nem ministério, nem secretaria de Estado, nada! Pese embora toda a consideração pelo Francisco, o seu estilo anafado, bonacheirão e clarividente jamais substituirá a imagem resplandecente de Gabriela. E, supremo sacrilégio, de cada vez que ele aparecer na TV a perorar sapientemente sobre os insondáveis temas da Cultura, o País inteiro emitirá um suspiro de eterna saudade pelo governo socretino…
Na passagem do 8.º aniversário da campanha do MCI - muito relembrada na Freguesia de Queijas - deixamos o seu último contacto com a população, em comunicado feito aos eleitores:
Cara(o) Concidadã(o)
Fizemos da lisura e elevação o essencial na estratégia da nossa campanha eleitoral.
A dois dias apenas das eleições, temos cumprido.
Não podemos contudo deixar de lamentar, ler-mos e ouvirmos outras candidaturas, prometerem aos eleitores aquilo que, em processos penosos, já garantimos para a Freguesia.
No decorrer do mandato concretizámos ou assegurámos, entre outros, os seguintes anseios da população:
Atendimento – Personalizado e permanente;
ALAMEDA DE QUEIJAS – Estudo prévio aprovado;
Arborização – Plantação de muitas dezenas de árvores;
CENTRO DE SAÚDE – Protocolo assinado entre a C.M.O. e o Ministério da Saúde para construção em 2003;
Cultura – Criação da Associação Cultural de Queijas;
Equipamentos – Jardins Infantis;
Espaços Verdes – Aumento substancial;
Honrarias – Elevação de Queijas a Vila;
Iluminação – Quase totalmente renovada;
Mercado – Moderno e funcional;
Património – Estátuas (São Miguel e Madre Maria Clara);
PAVILHÃO COBERTO – Em fase de adjudicação;
Posto da G.N.R. – Modelar;
Rede Viária – Aumento considerável;
Recuperações – Ruas Gil Vicente, Afonso Lopes Vieira, António Feliciano Castilho, Soares de Passos;
Realojamento – de centenas de famílias;
Urbanizações – Bairro da Calçada dos Moinhos e Encosta de Linda-a-Pastora.
MOVIMENTO DE CIDADÃOS INDEPENDENTES -
O Candidato - António Reis Luz
Já divulgámos o nosso programa de acção , quanto a PROMESSAS só de muito trabalho, carinho e respeito por todos os habitantes da nossa Freguesia.
Boas Festas - Dezembro de 2001
BOAS FESTAS TAMBÉM EM 2009
E VAMOSESQUECER QUE FORAM 3 OU 4 CANDIDATOS A TRAIREM ESTE SONHO. O SONHO DE MAIS DE 30 candidatos E DA MAIORIA DA POPULAÇÃO
Foi pena, porque seria INÉDITO EM PORTUGAL . E, talvez, A SOLUÇÃO PARA O NOSSO PAÍS ! Se os interesses mesquinhos, asssim o permitissem.
«Infelizmente temos de constatar, sobretudo na Europa, o aumento de uma secularização que leva a deixar Deus à margem da vida e a uma crescente desagregação da família. Absolutiza-se uma liberdade sem compromisso com a verdade, e cultiva-se como ideal o bem-estar individual através do consumo de bens materiais e de experiências efémeras, descuidando a qualidade das relações com as pessoas e os valores humanos mais profundos; reduz-se o amor a mera emoção sentimental e à satisfação de impulsos instintivos, sem empenhar-se por construir laços duradouros de mútua pertença e sem abertura à vida. Somos chamados a contrastar esta mentalidade. A par da palavra da Igreja, é muito importante o testemunho e o compromisso das famílias cristãs, o seu testemunho concreto, sobretudo para afirmar a intangibilidade da vida humana desde a concepção até ao seu fim natural, o valor único e insubstituível da família fundada no matrimónio e a necessidade de disposições legislativas que sustentem as famílias na sua tarefa de gerar e educar os filhos.»
Neste tempo, e do contacto com os jovens e adultos que, como professor, tenho, noto que estas palavras constituem para a maioria uma blasfémia do hedonismo politicamente correcto, uma linguagem chata, distante e obsoleta. Porém, não foi a Igreja que recuou, mas o homem que partiu dela - e de si próprio - para escapar à disciplina da moral. O homem foge de Deus e até o afronta numa longa e penosa estrada de Damasco, ao fundo da qual a luz de Cristo o espera, cintilante. Mas por mais que se afaste, só Nele sossega.
No princípio (livro do Géneses), Deus disse ao homem " podes comer do fruto de todas as árvores do jardim de Éden, mas não comas o da árvore da ciência do bem e do mal. " E deixando-se tentar pela serpente o homem comeu daquele fruto.
Também o primeiro dos Salmos nos fala de dois caminhos, como se cada um de nós na sua singularidade, crente ou ateu, sábio ou ignaro, rico ou pobre, branco ou preto, poderoso ou simples, progressista ou conservador, seja colocado perante uma escolha individual, interior e transcendente. ( )
O bem e o mal é um mistério e é esse mistério o tema central da Rotunda de São Miguel de Queijas. Não é por isso uma praça ou uma rotunda qualquer, com um monumento qualquer, um jardim, um herói, um santo, uma fonte..... Não. É uma rotunda que nos deixa a pensar sobre os fundamentos e a razão ontológica da nossa existência, do nosso próprio destino. O monumento é inegavelmente belo na sua androginia, então de noite o espectáculo feérico é de facto deslumbrante. Mas é muito mais do que uma fonte luminosa! Faz-nos pensar nessa opção permanente entre dois caminhos, um caminho feito de soberba, engano e dominação que é fonte de toda a ira, de toda a opressão e de toda a violência, ou um caminho feito de verdade, trabalho, humildade e benevolência que é a fonte de toda a paz. De que aproveita o orgulho, de que servem a riqueza e a arrogância. Tudo desaparecerá num ápice como o fumo dissipado pela aragem, como uma ave que voa sem deixar rasto.
Felicitemo-nos, pois todos os dias São Miguel se despede de nós e todos os dias nos dá as boas vindas. Professor Jorge Júlio Landeiro Vaz
A inauguração a 26 de Setembro de 1999 da Fonte Luminosa na rotunda de Queijas e da respectiva estátua de São Miguel Arcanjo, que passa agora a "guardar" a entrada desta localidade, foram outras obras totalmente realizadas pela Câmara Municipal de Oeiras. Esta alusão ao Patrono da freguesia, com um dragão a seus pés, apontando o combate diário do bem contra o mal, simboliza o sentido do homem e o seu percurso na Terra para o Céu e ilustram, de alguma forma, a acção da Igreja desta freguesia, que em muito tem ajudado para a dinamização e coesão de Queijas.
Queijas passou, assim, a dispor de um portal de grande simbolismo e impacto visual na senda da sua notável evolução dos últimos tempos.
A fonte foi instalada em tanque com 37,9 x 21,4 m, formado por dois níveis distintos unidos por uma cascata.
Instalou-se igualmente uma fonte cibernética com jogos de água e luz controlados por equipamentos informáticos.
A iluminação dos motivos de água é realizada com luz branca.
Está instalado um sistema de controlo anemómetro, para controle da altura dos jogos de água da fonte em função da velocidade do vento, por forma a minimizar saídas de água para o exterior do conjunto.
Inclui-se ainda a instalação de um sistema de filtragem e tratamento de água do tanque com o objectivo de manter a mesma em condições óptimas de transparência e limpeza.
Esta obra foi um passo, modelado pelas mãos e criatividade do escultor Francisco Simões e no respeito estrito pela história religiosa e simbólica, vertida nas peças agora instaladas na rotunda de Queijas. Ouçamos a sua descrição da forma como ele interpretou esta obra na pele de escultor:
São Miguel Arcanjo é, por qualquer razão que eu desconheço, o meu anjo da Guarda.
São Miguel Arcanjo é o padroeiro de Queijas, mas é também, ao que consta, o anjo de Isabel e, de acordo com alguns testemunhos, o anjo da paz e de Portugal.
Parece também que era o anjo da devoção de D. Afonso Henriques, da Rainha Santa Isabel, de D. João II e do Papa Leão XI.
Seguramente, é a partir de agora, o anjo protector de Queijas.
Arcanjo Mica-el: o seu nome significa " que é como Deus". São Miguel e São Gabriel é os únicos mencionados no Antigo Testamento, com excepção de São Rafael que surge no livro de TOBIT, católico. Segundo a Bíblia, no livro de Daniel, Deus disse-lhe: " O príncipe do reino da Pérsia resistiu-me durante vinte e um dias, mas Miguel, um dos principais príncipes veio em meu socorro. Deixei - o a bater-se com os reis da Pérsia e aqui estou eu para te fazer compreender o que deve acontecer nos últimos dias ao teu povo. (.... ) Devo regressar à luta contra o príncipe da Pérsia, depois surgirá o príncipe da Grécia. Ninguém me ajuda neste trabalho a não ser Miguel. Só Miguel tem estado a meu lado como um baluarte e uma fortaleza para mim. "
E no Apocalipse diz-se: " Travou-se, então, uma batalha no céu: Miguel e os seus anjos pelejavam contra o dragão e este pelejava também juntamente com os seus anjos. Mas não prevaleceram e não houve mais lugar no céu para eles. O grande dragão foi precipitado, a antiga serpente, o diabo, ou o SATANÁS, como lhe chama, o sedutor do mundo inteiro, foi precipitado na terra, juntamente com os seus anjos. "
São Miguel, vulgarmente representado de espada ou lança é o grande campeão de Deus, o grande comandante das hostes do céu. No livro de Daniel conta-se que quando o mundo voltar a estar em perigo real, Miguel reaparecerá para o defender.
Por todo o mundo, em colinas e montes foram erguidas capelas dedicadas a São Miguel. Muitos destes locais eram em tempos antigos considerados como pontos das forças terrenas do poder do dragão.
Ao longo dos tempos, tiveram os artistas plásticos grande responsabilidade na construção de uma imagística cristã, sendo eles os criadores das representações de muitas das formas angélicas conhecidas. No Renascimento foi a exploração bastante literal do mundo sob uma nova perspectiva que marcou a arte. Os pintores e escultores desta época singular estiveram na vanguarda, desafiando os mais respeitáveis conceitos sobre a vida, o tempo e o espaço, mesmo antes dos filósofos e teólogos se terem sobre eles debruçado.
Também a mim me coube o privilégio de recriar uma destas representações e ao iniciar este trabalho sobre São Miguel Arcanjo fui assaltado por várias dúvidas do ponto de vista formal. Uma delas se seria São Miguel um anjo feminino. Tinha lido algures que assim era, até pelo facto de, ao que parece ele se sentar à direita de Deus. Pela primeira vez consciencializei que era muito pouco importante reflectir sobre o sexo dos anjos. Importante era, sem dúvida, transmitir através de uma forma escultórica, o sentido de toda a carga espiritual contida na entidade sagrada de São Miguel Arcanjo, facto que constitui para mim um desafio invulgar, pois se tratava de materializar no mármore uma força transcendente e essencial que se resume numa ideia de extrema simplicidade : a prevalência do bem sobre o mal.
Assim, concebi um monumento para ser implantado na rotunda de Queijas, uma das suas entradas, onde duas colunas em mármore de lioz, com sete metros de altura, representam, por um lado, os marcos de entrada, as portas da vila e, por outro, pretendem transmitir o simbolismo cósmico e espiritual a elas associado. Simbolicamente, as colunas sustentam o céu e, portanto, ligam-no à terra. Elas manifestam o poder de Deus no homem e o poder do homem sob a influência de Deus, o poder que assegura a vitória e a imortalidade dos seus eleitos. Nestas colunas foram encastradas a seis metros de altura duas asas em Bronze. A colocação das asas nas colunas teve como intenção uma dupla simbologia: enquanto integradas nas colunas elas relacionam-se com a terra e com os homens e simbolizam, assim, a marca da presença da divindade transfigurada em anjo, isto é, o símbolo da espiritualidade. À frente das colunas, com cinco metros de altura, surge, em mármore branco, a figura de São Miguel, com a sua lança em bronze. A estátua representa-o como comandante das hostes divinas, enfrentando o dragão que surge da água, simbolizando o mal e, combatendo-o, assumindo o arcanjo, a atitude de protector de Queijas.
Quando foi que a política se futebolizou desta forma? Mistério. A verdade é que, nos últimos dias, não houve jornal ou televisão que não tenha feito a sua lista de contratações para a próxima época: Catroga joga bem de cabeça, Vítor Bento distribui melhor o jogo; Carlos Costa, mais discreto, é o típico carregador de piano. Quem aterrasse em Portugal até acreditava que o dr. Passos Coelho era o novo Seleccionador Nacional, à procura de equipa para disputar o Campeonato do FMI.
Por:João Pereira Coutinho, colunista
Tanta excitação é manifestamente exagerada. Até porque o novo governo, ao contrário dos anteriores, tem as mãos e os pés atados por uma táctica que vem de fora. Dos novos ministros, espera-se competência técnica para cumprir o acordado; e, já agora, independência de lóbis, feudos ou quadrilhas – duas qualidades raríssimas que, apesar de tudo, é possível vislumbrar nos nomes das pastas mais ‘quentes’: nas Finanças, na Economia, no Ensino, na Saúde e até na Justiça. É um bom sinal. Mas é apenas um sinal.
O resto são prognósticos – e os prognósticos, como dizia o outro, só no fim do jogo.
O primeiro aspecto que me chocou nestas eleições foi ver comentadores que ao longo de semanas tinham andado a ‘explicar’ as razões por que o PS e o PSD estavam tecnicamente empatados nas sondagens ‘explicarem’, com o mesmo à-vontade, as razões pelas quais o PSD tinha vencido com 11 pontos de diferença. As mesmas pessoas que há uns dias enfatizavam os ‘tiros no pé’ de Passos Coelho descreviam agora as razões que estavam na base do seu brilharete.
Que desfaçatez!
Os comentadores ainda não perceberam que não devem comentar sondagens, para não terem de dizer amanhã o contrário do que disseram ontem? ( ... )
No sábado pela manhã o Capitão-mor manda Nicolau Coelho, Pero Vaz de Caminha e Bartolomeu Dias levar a terra os dois mancebos. E muitos homens os cercam e falam e gritam mas tudo sempre em jeito de amizade. Também algumas moças muito moças e gentis, com cabelos muito pretos e compridos a tombar pelas espáduas e suas vergonhas tão altas e cerradinhas que delas vergonha não pode haver.
No domingo de Pascoela determina o Capitão-mor que Frei Henrique cante missa num ilhéu que há na entrada daquele porto, a qual é ouvida com devoção, Cabral empunhava a bandeira de Cristo que trouxera de Belém. E durante a missa muitos nativos aproximam-se nas suas canoas feitas de troncos escavados. Alguns juntam-se aos navegantes tocando trombetas e buzinas. Os restantes saltam e dançam o seu bocado.
Carta de Pêro Vaz de Caminha para D. Manuel I com as novas do achamento da Terra de Vera Cruz, Porto Seguro, 1 de Maio de 1500. Instituto dos Arquivos Nacionais/Torre do Tombo, Lisboa.
Metem-se depois os navegantes terra adentro e junto a uma ribeira que é de muita água, encontram palmas não muito altas. Colhem e comem bons palmitos. Então Diogo Dias, que é homem gracioso e de prazer, leva consigo um gaiteiro e mete-se a dançar com todo aquele povo, homens e mulheres, tomando-os pelas mãos, com o que eles folgam e riem muito ao som da gaita.
Não há vestígio nem de guerra, nem de traição, nem de perfídia, nem sequer de receio. Já vacila o Capitão-mor na sua desconfiança.
Na 6ª. feira opina irem à cruz que colocaram encostada a uma árvore junto ao rio. Manda que todos se ajoelhem e beijem a cruz. Assim o fazem e, para uns doze nativos que mirando estão, acenam que assim façam. Eles ajoelham-se e assim o fazem.
Ao Capitão-mor já lhe parece aquela gente de tal inocência que, se fosse possível entendê-los e fazer-se entender, logo seriam cristãos. Não têm crença alguma, ao que parece. Os degredados que hão-de ali ficar, hão-de aprender a sua fala e não duvida o Capitão-mor que bem conversados logo sejam cristãos, porque esta gente é boa e muito simples. E Nosso Senhor, que lhes deu bons corpos e bons rostos, como a bons homens, ao trazer cristãos àquela terra, Cabral crê que não foi sem causa.
Ainda nesta mesma 6ª. Feira, dia primeiro de Maio, indo os navegantes pelo rio abaixo, os sacerdotes à frente, cantando em jeito de procissão, setenta ou oitenta daqueles nativos metem-se a ajudá-los a transportar e a colocar a cruz junto à embocadura. E quando, já na praia, Frei Henrique canta a missa, todos eles se ajoelham como os portugueses. E quando vem a pregação do Evangelho, levantam-se os portugueses e com eles levantam-se os nativos. E os cristãos erguem as mãos e os nativos erguem as suas. E quando Frei Henrique levanta a Deus, outra vez se ajoelham os navegantes e com eles os nativos. Já acha o Capitão-mor que a inocência desta gente é tal que a de Adão não seria maior.
Esta terra será imensa, dela não se vê o fim. De ponta a ponta é toda praia chã, muito formosa. E os arvoredos, com muitas aves coloridas, correm para dentro a perder de vista. Alguns dos paus são de madeira avermelhada, cor de brasa. Os ares são muito bons e temperados. As fontes são infindas. Querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo, por bem das águas que tem. Mas o melhor fruto, a principal semente, pensa Cabral, será a de salvar o seu povo que tão gentilmente ali vive em estado natural.
Manda Pero Vaz de Caminha escrever novas da descoberta. Depois manda Gaspar de Lemos levar a carta a El-rei e ele parte, com a sua nau, rumo a Lisboa. Das 13 agora restam 11. Abalam de Vera Cruz a 2 de Maio. Em terra ficam dois degredados para aprender a fala do povo. Mais dois grumetes que, por vontade própria, faltaram ao embarque. Os rapazes são cativos das nativas, seus cabelos muito pretos e compridos a tombar pelas espáduas, suas vergonhas tão altas e cerradinhas que delas vergonhas não pode haver...
Abalando deste Paraíso, corroído de inocência, lá vai o Capitão-mor. Será maleita perigosa a diluir-lhe o ímpeto guerreiro, pois tem agora que enfrentar as guerras e perfídias do Inferno.
Perto do promontório de Sagres, o cabo de S. Vicente é um "navio" sempre pronto a entrar mar dentro. O infante D. Henrique, Grão-mestre da Ordem de Cristo, mandou edificar, na orla marítima, uma escola de navegação onde ensinaram os melhores matemáticos e cosmógrafos estrangeiros. Estes, e alguns portugueses versados na arte de navegar estudaram e aprofundaram os conhecimentos através das cartas de marear.
D. Henrique funda um observatório astronómico (para determinar a posição relativa dos astros, o que era fundamental para a navegação). Foram criados estaleiros para a construção de navios e, todos os anos era lançada à água uma caravela. (embarcação, relativamente pequena e de velas latinas ou seja, de forma triangular) Era sempre capitaneada por um cavaleiro ou escudeiro ao serviço de D. Henrique.
Foi com estes pequenos barcos que, desde 1415, os portugueses, incentivados pelo infante, sulcaram e acalmaram os mares. Em 1418 João Gonçalves Zarco, o comandante das caravelas que guardavam as costas do Algarve contra os ataques dos mouros, e Tristão Vaz Teixeira, descobrem a ilha do Porto Santo. Em 1419 o mesmo João Gonçalves Zarco e Bartolomeu Perestrelo, descobrem a Madeira que D. Henrique dividiu em capitanias e entregou aos descobridores.
Em 1425 começa a colonização do Porto Santo e da Madeira, sendo aí introduzida, poucos anos depois, a cultura da cana do açúcar. A exportação para a Europa, nos finais do século XV, já atingia as trezentas mil toneladas.
Em 1427 reúnem-se Cortes em Santarém. Os prelados insistem na revogação do Beneplácito Régio imposto no reinado de D. Pedro. D. João I recusa o pedido.
O bom senso, a inteligência e a cultura pontificam neste reinado. Não nos podemos esquecer que D. João fora educado para ser Mestre da Ordem de Aviz. Isso significava que ele tinha de ser o melhor em tudo. Por isso apesar das lutas iniciais e dos trabalhos de consolidação das estruturas do país, o rei ainda tem tempo para escrever o "Livro de Montaria" onde indica as regras de como se deve proceder numa caçada. Ordena a compilação da Crónica Breve do Arquivo Nacional. E manda traduzir o Novo Testamento.
A Expansão continua com a descoberta de parte dos Açores por Diogo de Silves em 1427. Em 1432 Gonçalo Velho aporta às ilhas de Santa Maria e S. Miguel. Diogo de Teive chega às ilhas mais ocidentais.
A 7 de Junho de 1494, os procuradores de D. João II, rei de Portugal, e de Fernando e Isabel, reis de Aragão e Castela, assinaram na vila de Tordesilhas dois tratados com amplas repercussões nos destinos ibéricos, mormente no que era para os finais do século XV uma das linhas de acção fundamentais para qualquer das partes: a expansão para fora do quadro peninsular.
Do lado português estiveram presentes Rui de Sousa, senhorde Sagres e Beringel, o seu filho João de Sousa, almotacém-mor, e Aires de Almada, vedor dos feitos civis na corte e do desembargo real: a embaixada era secretariada por Estêvão Vaz e tinha como testemunhas João Soares de Siqueira, Rui Leme e Duarte Pacheco Pereira. Por parte de Castela e Aragão participaram o mordomo-mor D. Henrique Henriquez, D. Gutierre de Cárdenas, comendador-mor, e o Dr. Rodrigo Maldonado; secretariados por Fernando Álvarez de Toledo, levavam como testemunhas Pero de Leon, Fernando de Torres e Fernando Gamarra». O primeiro Tratado de Tordesilhas«traduziu-se numa repartição de esferas de influência no espaço atlântico e nas conquistas ultramarinas. Da sua leitura extraímos os seguintes passos fundamentais: a) Seria traçada uma linha divisória de pólo a pólo distante 370 léguas do arquipélago de Cabo Verde, para oeste, pertencendo a parte ocidental a Espanha e a oriental a Portugal; b) Uma delegação de igual número de astrónomos, pilotos e marinheiros de ambas as nacionalidades devia fixar essa linha no prazo de dez meses; c) Garantia-se aos navegadores espanhóis o direito de passagem para ocidente, mas só esse; d) Uma vez que estava então em curso a segunda viagem de Cristóvão Colombo, estipulava-se que seriam de soberania espanhola as terras por ele achadas até 20 de Junho para lá de um limite de 250 léguas a oeste de Cabo Verde, revertendo a favor de Portugal quaisquer descobertas feitas dentro desse limite ou depois dele mas efectuadas em data posterior àquela e até ao semimeridiano definitivo das 370 léguas, único a considerar depois de 20 de Junho; e) Os contratantes comprometiam-se a não recorrer ao «Santo Padre nem a outro nenhum legado ou prelado» para alterar estas disposições, antes se pedia ao papa que as ratificasse na sua exacta forma» (in Dicionário de História dos descobrimentos portugueses, vol. II).
“A forma como os partidos têm funcionado tem-se vindo a degradar ao longo dos anos e é perfeitamente castradora da qualidade. A maioria dos portugueses , principalmente os de maior capacidade política e de mais nobres intenções, não têm paciência para uma vida partidária que, ao funcionar nos moldes tradicionais,exige, acima de tudo, vocação para tarefas menores e não para a defesa de convicções.
Milhares de cidadãos que passaram pelos partidos saíram frustrados com o que assistiram . Atropelos à democracia, ausência de regras claras, votos amestrados, decisões políticas de orgãos jurisdicionais , quotas pagas por terceiros, cadernos eleitorais à medida, representatividade política meramente virtual, prioridade à discussão das tricas internas, organização deficiente e longe dos padrões médios actuais.
Esses cidadãos fugiram da vida partidária . São uma maioria e, ao tomarem essa decisão , estão a prescindir da principal riqueza do regime que é, precisamente ,a participação. Nos moldes em que tudo tem funcionado, a responsabilidade desse afastamento é de todos aqueles que, tendo consciência de esta situação, nada fazem para a resolverem.
A qualidade da nossa classe política está intimamente ligada a esta problemática. Sem uma alteração do quadro actual, jamais será possível a sociedade poder aspirar a mais qualidade. (... ) O mais penoso de esta questão prende-se, no entanto, com o facto de o ritmo de desenvolvimento de qualquer sociedade depender muito directamente do nível da capacidade dos seus dirigentes”.
Toda e qualquer pessoa precisa de sentir, de uma forma bem definida, uma identidade pessoal relativamente à sua nacionalidade, família, local de habitação, emprego, clube de eleição, religião etc.
Tudo isto e muito mais coabita em nós próprios formando um todo, a nossa identidade, dando a toda a gente, sem sombra de dúvida, uma grande consistência moral e comportamental. São as nossas referências que por regra, em grande parte, já nos vêm, em muito, dos nossos antepassados.
Muitas delas são-nos transmitidas de forma genética ou pelo convívio e educação escolar e familiar, mas todas podem, e devem, ser alimentadas e estimuladas.
No que concerne ao nosso local de habitação, venha ele do nascimento ou tenha sido eleito outro por nós mais tarde, tudo se passa da mesma forma.
No caso concreto que escolhi, a Freguesia de Queijas, ela ganhou identidade própria há uma dúzia de anos, logo, necessário se tornou ir mais longe em busca da verdadeira identidade das suas raízes.
Porque, de longa data, sempre pertencemos à antiga Freguesia de Carnaxide, velhinha de muitos séculos, se quisermos cavar bem fundo vamos encontrar as raízes que procuramos no nascimento da nossa própria nacionalidade. Pois é, não há exagero algum. Depois, relativamente ao nosso concelho, as referências são mais tardias, mas andam quase sempre pelo concelho de Oeiras.
Por todas estas fases passou este antiquíssimo Lugar de Queijas, e teve que ser assim, até chegarmos a Queijas Paróquia, Freguesia e Vila!
Não há muita informação disponível sobre um universo de muitos séculos, no qual foi vivendo o território da nossa Freguesia, mas é de absoluta justiça falar daquele que nesta matéria nos deu uma enorme ajuda. Deixar de tecer um grande elogio àquela figura que, na minha opinião, mais pugnou por conhecer as nossas referências e em simultâneo mais se bateu pela solução dos enormes problemas que sempre foram afligindo as gentes da antiga Freguesia de Carnaxide, seria de todo injusto.
Foi essa grande figura humana e eclesiástica, o Pie Francisco dos Santos Costa, que nos legou uma publicação de grande dimensão, O Santuário da Rocha - Coração de Carnaxide. Legou-a a todos aqueles que amam a velha freguesia de Carnaxide, que hoje se espalha pelas freguesias de Carnaxide, Queijas, Linda-a- Velha, Algés e Cruz-Quebrada - Dafundo.
Como habitante de Queijas, vai para 46 anos, é desta maneira agradecida que sinto todo o trabalho que ele nos deixou, não esquecendo também todos aqueles que a ele acrescentaram qualquer contributo, para nós tão importante.
Todavia a realidade surgida com o aparecimento da Freguesia de Queijas, da sua Paróquia e Vila, veio trazer uma nova identidade e um novo sentimento aos habitantes desta circunscrição, para mais, não devemos esquecer que muitos até já nela nasceram.
Tentei pois actualizar factos com uma história riquíssima, desta vez circunscritos à Freguesia de Queijas, que como um filho, nasceu da velhinha Freguesia de Carnaxide.
Servi-me do trabalho que outros primorosamente fizeram, mas também vos digo que esteja onde estiver, muito feliz ficaria se este trabalho por mim assinado, puder ajudar alguém a dar-lhe continuidade na história desta terra que já tantos amam como sua.
A vida ensina-nos que factos escritos como actuais, com o tempo decorrido, logo perdem actualidade, e por isso, carecem ser enriquecidos com outros mais marcantes, por comportarem uma vivência mais vasta e próxima de nós, seres ainda vivos.
Foi, pois, esse trabalho que quis escrever e deixar como legado a toda a população da Freguesia de Queijas.
O Bem e o Mal estão misturados neste mundo e se manifestam sob diversos aspectos. A tragédia e a comédia, a infelicidade e a felicidade, a guerra e a paz, são sempre motivadas pelo Bem e o Mal. Mas porque existem homens bons e homens maus? Deve haver alguma causa fundamental que os origina e esta causa precisa ser conhecida.
Evidentemente, todo ser humano deseja ser bom. Ninguém gosta de ser mau. Tanto no campo da política social como no terreno da família, todos, salvo algumas exceções, amam o bem por inclinação natural, porque sabem que a paz e a felicidade não nascem do Mal.
Vou definir o homem bom e o homem mau.
O homem bom acredita no invisível. O homem mau não acredita no invisível. Quem acredita no invisível, acredita na existência de Deus; em outros termos, é espiritualista. Quem não acredita no invisível, é materialista e ateu.
Quando um homem pratica o Bem, os seus pensamentos emanam do amor, da misericórdia, da justiça social e, em sentido amplo, do amor à humanidade. Há homens que praticam o Bem por acreditarem na lei do karma. Ajudam os outros por compaixão, imbuídos do pensamento budista de retribuição das quatro obrigações.
Não desperdiçar as coisas, agir com simplicidade e frugalidade – são algumas das manifestações do Bem. O homem de fé sente-se grato a Deus. A atitude de agradecimento, o esforço para submeter-se à vontade de Deus – estão entre as principais manifestações do Bem.
Vejamos agora a psicologia do homem mau. Quem pratica maus atos não acredita absolutamente na existência de Deus. Essas pessoas pensam que podem praticar qualquer maldade para se beneficiarem, desde que consigam fazê-lo às escondida. Têm pensamentos niilistas, iludem os outros como se tratasse da coisa mais comum, prejudicam o próximo sem pensar nas perturbações que causam aos homens e à sociedade. Em casos extremos chegam até a perpetrar assassínios. A guerra é um assassínio grupal. Os heróis da antiguidade provocavam grandes guerras para alimentar o seu desejo ilimitado de poder e procediam de acordo com o lema segundo o qual " a razão está com quem detém o poder".
Mas há um velho ditado que diz: " Enquanto os ventos lhes são favoráveis, o homem vence até o céu; quando o céu decide, entretanto, o homem é subjugado". O homem mau pode prosperar durante algum tempo, mas o seu fim será sempre um destino trágico. Isto é claramente demonstrado pela História. O motivo de sua ruína, naturalmente, foi o mal que praticou.
Essas pessoas, porém, crêem que obter vantagens à custas dos outros é até uma prova de esperteza e por isso praticam o maior número possível de atos malignos, para poderem levar uma vida faustosa. Elas também pensam que não existe vida no mundo espiritual e que o ser humano, após a morte, fica reduzido a zero. É através desses pensamentos que surge o Mal.
No entanto, ainda que esses indivíduos tenham sorte, o seu sucesso é apenas temporário. Se as observarmos com uma visão ampla, vemos que um dia acabam sendo infalivelmente destruídas.
Quem erra praticando o mal, vive sempre intranqüilo, no terror de ser descoberto e preso a qualquer momento. E torturado pelo peso da consciência, terá de se arrepender fatalmente.
Muitas vezes, uma pessoa que cometeu um delito acaba por denunciar-se a si própria. E não raro, ao ver-se presa e condenada, fica até contente, sentindo-se aliviada. Isto acontece porque a alma, dada por Deus, foi repreendida por Deus. Porque a alma se comunica com a divindade através do fio espiritual. Portanto, quando um homem pratica o mal, mesmo que iluda perfeitamente os olhos dos outros, não consegue iludir-se a si mesmo. Através do fio espiritual que liga o homem à divindade, Deus conhece detalhadamente todos os atos do ser humano. Todas as coisas que o homem pratica ficam registradas no Livro de Yama ( O Senhor de Hades, o Rei do Inferno).
A origem da teoria dos quatro elementos, ao menos no ocidente, está na Grécia, entre os filósofos pré-socráticos. Entre eles, a origem da matéria era atribuída a um elemento diferente: ora o fogo, ora a água.
No entanto, é provável que essa discussão tenha vindo do oriente, onde encontramos, na China, a Teoria dos Cinco Elementos. Estes são, na verdade, elementos subtis, ou melhor, estados de mutação da matéria-energia.
Os escritos dos filósofos da Renascença, porém, levam a supor que o ocidente também via os elementos como forças subtis que se manifestariam através de transformações recíprocas. Esta forma de ver os elementos justifica a ligação entre astrologia e alquimia, que ocorria naquela época.
A astrologia, quando usada para estudar aspectos médicos das doenças, investigava se a pessoa era do tipo sanguíneo (ar), fleumático (água), colérico (fogo) ou bilioso (terra, também chamado nervoso). A cada um desses biótipos corresponde, de acordo com a medicina antroposófica, o seguinte órgão:
Colérico: coração
Fleumático: fígado
Sanguíneo: rins
Bilioso: pulmões
Cada um desses tipos teria então um órgão indicativo de seu estado de relativa saúde ou doença, e durante determinada estação do ano estaria mais propenso a desequilíbrios
Já anteriormente abordámos a rápida proliferação de barracas no concelho de Oeiras, nomeadamente a partir dos anos sessenta, do século XX:
Como causas maiores estavam na sua origem, a vinda de muitas pessoas da província para a Grande Lisboa à procura de emprego, que a industrialização e construção civil ofereciam, embora, com salários pouco compensadores.
Em consequência do mesmo facto, as rendas a pagar por apartamento em Lisboa, tinham subido a preços incomportáveis para a maioria das pessoas recém empregadas e, ainda por cima, desenraizadas.
A solução foi, sem alternativa, a procura de casa na chamada periferia da capital para muitos, e também para muitos outros, o recurso aos bairros de barracas em terrenos do alheio, por vezes de aluguer.
Foi isto que aconteceu em Oeiras, como de resto em muitos outros lugares dos arredores da cidade de Lisboa.
Acho importante transcrever as palavras utilizadas pelo Pie Francisco dos Santos Costa, quando foi recebido em audiência pelo novo Presidente da Câmara Municipal de Oeiras, na descrição deste facto:
( ) "Até agora apenas referimos as nossas principais preocupações de carácter religioso. Não que não estejamos seriamente apreensivos também socialmente falando, até porque seria utópico pregar o Evangelho a estômagos vazios. Feriu-nos especialmente a atenção o que nos revelou a nossa última campanha de Natal, levada a efeito em todo o âmbito paroquial!
Parece-nos que os seguintes dados o justificam plenamente: na zona da Regueira de Queijas e Taludes encontrámos 35 barracas com 160 pessoas. No Alto dos AGUDINHOS e frente do Forte de Caxias estão quinze barracas e 64 pessoas. Nos Pombais ( terra do Faria ) vivem 260 habitantes em 77 barracas.
Em Atrás - dos - Verdes e Eira Velha pudemos localizar 38 barracas com 163 pobres viventes. Na Senhora da Rocha e proximidades temos 120 habitantes em 34 barracas. Na Gandarela 50 viventes em 17 abarracados. Na estrada da Rocha, BISCOITEIRAS e Olivais 123 barracas com 1330 pessoas. Na zona do Posto RADIOMÉTRICO da Marinha são 46 barracas com mais de 180 habitantes. No Alto dos BARRONHOS mais de 200 barracas com cerca de 1800 pessoas. Na OUTORELA - PORTELA 10 barracas e aproximadamente 40 habitantes. No Alto e Baixo Montijo, quem o pensaria! 110 Barracas em que se amontoam 515 pessoas e finalmente junto ao cemitério de Carnaxide, serra e demais cercanias do lugar - sede da freguesia, Quinta dos Grilos, há ainda 33 barracas com 90 habitantes.
Isto é, resumindo, lado a lado connosco têm os nossos olhos tristes que contemplar hora a hora 735 barracas e saber lá dentro, não poderemos dizer a viver senão que a vegetar, 4755 seres humanos como nós!" (...... )
Em meados da década de sessenta do último século, era esta a situação relativamente a bairros de barracas na freguesia de Carnaxide, na qual estavam incluídas Queijas, Linda - a - Pastora e a Senhora da Rocha.
Todo o panorama se viria a agravar, muitíssimo, com o decorrer dos anos.
Nomeadamente depois da descolonização, posterior ao 25 de Abril de 1974.
Não foram só os portugueses a regressar a Portugal, vindos de todas as ex-colónias, como milhares de pessoas que eram naturais daquelas colónias, que hoje são países independentes.
Em 1985 somavam 5000 as barracas no concelho de Oeiras.
Descrever a realidade vivida nos bairros de barracas, não é tarefa fácil, dada a grande complexidade e promiscuidade que eles envolviam.
Uma existência sem um mínimo de dignidade, sem água, sem luz, condições mínimas de higiene, promiscuidade em família e com os vizinhos, etc.
Dos bairros de barracas de Queijas, Linda - a - Pastora e Senhora da Rocha, poderei dizer alguma coisa porque os visitei várias vezes e, até lá convivi com os seus habitantes.
Assim, tanto os Taludes de Queijas como o Beco dos Pombais, Eira - Velha, Atrás dos Verdes, em Linda - a - Pastora, e a Senhora da Rocha, poderemos dizer que são realidades parecidas, não iguais.
D. José Policarpo, Cardeal-patriarca