Sócrates, o líder da Oposição, por David Levy.
27 de Maio: “Sócrates acusa liderança do PSD de zigue-zague”
Assinala-se mais um dia mundial da Criança numa altura em que um estudo indica que a pobreza atinge 40 por cento das crianças em Portugal. A situação é preocupante ... mas tudo teremos que fazer para que as crianças continuem a sorrir, nem que para tal tenhamos que correr com todos os políticos incompetentes e desonestos
Um sorriso pode mudar uma pessoa em vários aspectos. Uma pessoa pode mudar a forma de vida de si mesma. Uma criança e um sorriso são dois complementos que se podem transformar num só: a Paz. Deixem sorrir uma criança Cristiana, 6.ºB |
Pensava-se também que os Templários eram os detentores daquele que, para a maioria, seria a maior e mais estimada relíquia Cristã, o Santo Graal - o cálice que Jesus Cristo usou na última ceia. Esta Ordem foi criada em 1118, na cidade de Jerusalém, por nove cavaleiros de origem francesa. A Ordem dos Templários, cujo nome completo era “Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão”, tornou-se, nos séculos seguintes, numa instituição de enorme poder político, militar e económico. Inicialmente as suas funções cingiam-se aos territórios cristãos conquistados na Terra Santa durante o movimento das Cruzadas, e referiam-se à protecção dos peregrinos que se deslocavam aos locais sagrados. Com a conquista de Jerusalém pela primeira cruzada e o surgimento de um reino cristão, nove cavaleiros que dela participaram pediram autorização para permanecer na cidade e proteger os peregrinos que para lá se conduziam. Balduíno II, autorizou que os estábulos do antigo Templo de Salomão em Jerusalém, lhes servisse de sede. Estes cavaleiros fizeram voto de pobreza e o seu símbolo passou a ser o de um cavalo montado por dois cavaleiros. Em consequência do local da sua sede, do voto de pobreza e da fé em Cristo surgiu o nome da ordem, “Os Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão” ou “Cavaleiros Templários”. Segundo a lenda, nos primeiros nove anos de existência estes Cavaleiros dedicaram-se a escavações feitas na sua sede. Também se conta que teriam encontrado documentos e tesouros que os tornaram poderosos, nomeadamente o Santo Graal, o cálice onde foi recolhido o sangue de Jesus Cristo na cruz, e o mesmo que foi usado na última ceia.
A Ordem dos Cavaleiros do Templo de Jerusalém - TEMPLÁRIOS - nasceu da ideia de cruzada, que justificou e legitimou uma instituição ao mesmo tempo religiosa e militar, votada à "guerra santa".
Fazer a "guerra santa" encontra a sua legitimidade num dos maiores Doutores da Igreja, Santo Agostinho (345- 430), o qual distingue a "guerra injusta", que condena, da "guerra justa" que é lícita e na qual qualquer cristão deve participar.
A primeira cruzada (1096-99) fez nascer quatro estados na Síria-Palestina: o condado de Edessa, o principado de Antioquia, o condado de Trípoli e o reino de Jerusalém. É sentida uma enorme vontade de povoar e defender esses estados contra os emires de Alepo e de Damasco, e bem, assim, contra o califado Fatímida do Egipto, mas acima de tudo a necessidade de dar protecção aos peregrinos e aos lugares santos, o que obriga a que em 1120 Hugo de Payns, cavaleiro da Champagne, a tomar a decisão de criar com os seus companheiros na Terra Santa uma milícia para proteger os peregrinos e guia-los nos lugares santos.
O grande objectivo é combater os muçulmanos dentro de uma regra religiosa. Dá-se deste modo a fundação da ordem do Templo sob o nome oficial de “Fratres Militiae Templi”, na Terra Santa em 1119, com o objectivo de combater os infiéis.
O rei de Jerusalém, Balduíno II, aprova o projecto e instala-os na cidade e na mesquita de al-Aqsa erguida sobre as fundações do Templo de Salomão, estando sob a autoridade do patriarca de Jerusalém e dos cónegos do Santo-Sepulcro.
Em 1128 a ordem é confirmada pelo papa devido à intercessão directa de S. Bernardo de Clairvaux que escreve “ De laude nova militae ad milites Templi” na qual exalta os novos cavaleiros e levanta todas as dúvidas sobre a legitimidade das suas acções na Terra Santa.
«A oliveira é a árvore de Jerusalém, do Médio Oriente... O símbolo dos Templários era uma folha de oliveira.
Em 1129 Hugo de Payns fez introduzir no concílio de Troyes a regra da nova ordem, emancipando-se, assim, do patriarcado de Jerusalém. Grandes doações permitem à nova ordem criar uma rede de comendas no ocidente, cujas receitas são enviadas para o oriente, tal como muitos homens livres (nobres ou não) que pronunciam os três votos (obediência, pobreza e castidade) e partem para a Terra Santa para defende-la do infiel.
O processo dos Templários (1307-14) simboliza a afirmação da política do estado moderno face ao poder da igreja. Em 1312 a coroa francesa, na pessoa do rei Filipe IV, o Belo, principal opositor dos Templários, leva o papa Clemente V a abolir a Ordem do Templo, mas sem a julgar ou condenar, no concílio de Viena.
Em 1307 são acusados de renegar Cristo, práticas mágicas, e práticas sexuais devassas, as clássicas acusações contra heréticos, prenunciando o seu fim. A reacção dos Templários é inútil e a fogueira é o castigo para 54 membros em Paris, talvez em 1310.
Os seus bens são atribuídos á ordem do Hospital ou passaram para a coroa francesa. O mestre da Ordem, Jacques de Mollay, após uma conduta hesitante por parte das autoridades inicialmente, termina na fogueira em 18 de Março de 1314.
São Jorge (275 - 23 de abril de 303) foi, de acordo com a tradição, um padre e soldado romano no exército do imperador Diocleciano, venerado como mártir cristão. Na hagiografia, São Jorge é um dos santos mais venerados no catolicismo (tanto na Igreja Católica Romana e na Igreja Ortodoxa como também na Comunhão Anglicana). É imortalizado no conto em que mata o dragão e também é um dos Catorze santos auxiliares. Considerado como um dos mais proeminentes santos militares, sua memória é celebrada dia 23 de abril como também em 3 de novembro, quando, por toda parte, se comemora a reconstrução da igreja dedicada a ele na Lida (Israel), onde se encontram suas relíquias, erguida a mando do imperador romano Constantino I.
É o santo padroeiro em diversas partes do mundo: Inglaterra, Portugal, Geórgia, Catalunha, Lituânia, da cidade de Moscou e, extra-oficialmente, da cidade do Rio de Janeiro (título oficialmente atribuído a São Sebastião), além de ser padroeiro dos escoteiros, do S.C Corinthians Paulista e da Cavalaria do Exército Brasileiro. Há uma tradição que aponta o ano 303 como ano da sua morte. Apesar de sua história se basear em documentos lendários e apócrifos (decreto gelasiano do século VI), a devoção a São Jorge se espalhou por todo o mundo. A devoção a São Jorge pode ter também suas origens na mitologia nórdica, pela figura de Sigurd, o caçador de dragões[carece de fontes] (ver sincretismo religioso).
De acordo com outras tradições, Santiago teria aparecido miraculosamente em vários combates travados em Espanha durante a Reconquista Cristã, sendo a partir de então apelidado de Matamoros (Mata-Mouros). Santiago y cierra España foi desde então o grito de guerra dos exércitos espanhóis. Santiago foi também protector do exército português até à crise de 1383-Em 1385, (Batalha de Aljubarrota – Dinastia de Avis) foi a altura em que o seu brado foi substituído pelo de São Jorge.
Coluna de hoje do Expresso online:
Meu caro leitor, tive uma ideia genial para o futuro da nação, a saber: Portugal, num acto de caridade ímpar, devia doar a mente de José Sócrates às faculdades de psicologia. Porque, de facto, e muito a sério, ah, a Psicologia é a única coisa que pode explicar Sócrates. A Ética não entra naquela couraça. A Política e a Economia também não. Só os instrumentos psicológicos têm a capacidade para compreender este nosso genial primeiro-ministro. Só a Psicologia pode analisar a genial aversão do nosso primeiro à realidade (sim, genial; a maioria dos comentadores vê na negação da realidade uma "genial capacidade de comunicação"). Ora, sem grande esforço, apontei aqui alguns episódios e factos dos últimos dois meses (só dos últimos dois meses), que mostram como a cabeça de Sócrates é uma espécie de fenómeno do Entroncamento a merecer consagração científica imediata. Vejamos:
(...)
Subject:Adaptação moderna dos Lusíadas
grande Camões E DIGAM LÁ QUE POETA NÃO É O POVO Apesar de tudo ainda há gente que consegue fazer humor com as nossas desgraças.
I
As sarnas de barões todos inchados
Eleitos pela plebe lusitana Que agora se encontram instalados Fazendo aquilo que lhes dá na gana Nos seus poleiros bem engalanados, Mais do que permite a decência humana, Olvidam-se de quanto proclamaram Em campanhas com que nos enganaram! II E também as jogadas habilidosas Daqueles tais que foram dilatando Contas bancárias ignominiosas, Do Minho ao Algarve tudo devastando, Guardam para si as coisas valiosas... Desprezam quem de fome vai chorando! Gritando levarei, se tiver arte, Esta falta de vergonha a toda a parte! III Falam da crise grega todo o ano! E das aflições que à Europa deram; Calem-se aqueles que por engano... Votaram no refugo que elegeram! Que a mim mete-me nojo o peito ufano De crápulas que só enriqueceram Com a prática de trafulhice tanta Que andarem à solta só me espanta. IV E vós, ninfas do Coura onde eu nado Por quem sempre senti carinho ardente Não me deixeis agora abandonado E concedei engenho à minha mente, De modo a que possa, convosco ao lado, Desmascarar de forma eloquente Aqueles que já têm no seu gene A besta horrível do poder perene!
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Há três anos, Ana Sofia Côrte-Real Tomaz era um quadro médio da Estradas de Portugal, coordenadora de Estudos e Projectos. Hoje, aos 35 anos, é vogal do Conselho de Administração da empresa pública, responsável, entre outras, pela importante direcção de concessões, e com um salário bruto mensal de 10.800 euros (151.200 por ano), mais viatura de serviço, combustível e telemóvel.
Pelo meio, há um detalhe importante no seu currículo: foi assessora do secretário de Estado adjunto das Obras Públicas e Comunicações Paulo Campos, durante três anos. “Faz parte do círculo estrito de confiança dele”, conta uma fonte do sector.
SÓ PARA ALGUNS .....
José Sócrates parece ter seguido à risca as sugestões do Presidente da República e optou por fazer férias cá dentro, à semelhança do que já tinha acontecido no ano passado.
Instalado num resort de luxo - o Pine Cliffs Resort - no Algarve, o primeiro-ministro português tem aproveitado para descansar e pôr as leituras em dia.
Mário Soares foi ao Porto para mostrar fidelidade ao PS. E, entre outras pérolas, lá foi dizendo que Sócrates era estimado na Europa, ou coisa do género. Não sei exactamente a que Europa o dr. Soares se referia. Mas não era à Europa que usualmente escreve sobre a parvónia e que anda estupefacta com as sondagens nativas.
Ontem mesmo, por exemplo, o ‘Financial Times’ dedicou-nos umas linhas. Para constatar, em tom de gozo, que uma eventual vitória de Sócrates seria caso histórico na crise corrente. Na Grécia, quem fez falir o país foi corrido a pontapé. O mesmo na Irlanda. Será Portugal a primeira grande excepção?
Saberemos no dia 5 de Junho. E, no dia 6, se a excepção se confirmar, saberemos também que Portugal deixará de ser apenas mais um país pobre e irresponsável da periferia. Será, com toda a certeza, a maior anedota da Europa.
K.R. Popper sugere o termo “Democracia” para designar “todos os regimes que são passíveis de ser destituídos sem derramamento de sangue” (O.S.E., cap. 7, II). Neste sentido, a Democracia seria caracterizada, na prática, pela verificação da alternância pacífica do poder. Popper acrescenta que “todos aqueles que aceitam o princípio da democracia neste sentido não são forçados a encarar o resultado de um voto democrático como uma expressão impositiva da justiça”.
A característica assinalada pelo filósofo, a destituição do poder de forma pacífica, podemos designá-la como o melhor da democracia. Ler mais
A campanha eleitoral está dominada pelo ‘voto útil’. Creio que seria mais avisado discutirmos o ‘voto inútil’. Sobretudo agora, que Paulo Portas se juntou à equipa de Louçã, Jerónimo e Passos Coelho. Governar com Sócrates? Nem mortos, dizem os quatro.
O que implica saber com quem irá Sócrates governar se, para nossa imensa desgraça, o PS vencer as eleições. De momento, não me ocorre ninguém – mas também esclareço que escrevo estas linhas antes de os pequenos partidos invadirem a televisão. Pode haver surpresas.
Seja como for, Sócrates é um pária; e um pária não faz os governos com maioria estável que o dr. Cavaco pede e exige. A seis dias das eleições, há muitas dúvidas mas uma única certeza: votar em Sócrates não é apenas um erro; é, coisa pior, uma inutilidade e um desperdício.
Cruzado voltando para casa.
A queda de Ptolomeu, em 1291, marcou o fim das Cruzadas. Deste modo terminavam as Cruzadas no oriente. Alguns grupos ainda partiram para continuar, mas nunca mais se gerou entusiasmo nem foram preparadas grandes expedições. Rapidamente os poucos territórios que restavam seriam reconquistados pelos muçulmanos. Diversas razões contribuíram para o fracasso das Cruzadas, entre elas: os europeus eram minoria, no meio de uma população geralmente hostil; a opressão para com a população nativa fez com que o domínio fosse cada vez mais difícil; as diversas lutas entre os próprios cristãos contribuíram para enfraquecê-los enormemente. Todas, excepto a pacífica Sexta Cruzada (1228-1229), foram prejudicadas pela cobiça e brutalidade; judeus e cristãos na Europa foram massacrados por turbas armadas no seu caminho para a Terra Santa. O papado era incapaz de controlar as imensas forças à sua disposição. No entanto, os cruzados atraíram líderes como Ricardo I e Luís IX, afectaram enormemente a cavalaria europeia e, durante séculos, a sua literatura. Enquanto aprofundavam a hostilidade entre o cristianismo e o islão, as Cruzadas também estimularam os contactos económicos e culturais para benefício permanente da civilização europeia. O comércio entre a Europa e a Ásia Menor aumentou consideravelmente e a Europa conheceu novos produtos, em especial, o açúcar e o algodão. Os contactos culturais que se estabeleceram entre a Europa e o Oriente tiveram um efeito estimulante no conhecimento ocidental e, até certo ponto, prepararam o caminho para o Renascimento.
Não eram raras as peregrinações de cristãos ao Santo Sepulcro. Os califas muçulmanos não se opunham às visitas, que acabavam sendo lucrativas para eles. No entanto, na segunda metade do século XI, os turcos dominaram grande parte da Ásia Ocidental. Rapidamente, os turcos assimilaram a fé muçulmana. Umas das suas tribos, os seldjúcidas expulsaram os cristãos e proibiram suas peregrinações ao local.
Sob o pretexto de libertar a Terra Santa e impedir o avanço muçulmano na Europa Oriental, o papa Urbano II incentivou a Primeira Cruzada.
As expedições armadas com o objectivo de libertar a Terra Santa do domínio muçulmano estenderam-se de 1096 até 1270. Oito foram as cruzadas oficiais, isto é, organizadas pelo Papa, pelas monarquias europeias e pela nobreza. Na verdade, houve um fluxo ininterrupto de peregrinações a Jerusalém, armados ou não, que desembarcavam todos os anos durante a primavera.
A Cruz de Lorena
A cruz de dupla barra é a cruz de Godofredo de Lorena, príncipe de Lorena, que a colocou no seu estandarte ao conquistar Jerusalém no ano de 1099. A partir daí converteu-se no símbolo das cruzadas.
A notícia da queda de Jerusalém e o apelo de Urbano II atingiram profundamente os anseios populares, reforçados pela pregação de Pedro, o eremita. Alguns milhares de despojados de toda a espécie dirigiram-se à Terra Santa, sob a liderança do místico Pedro sem nenhum preparo, formando uma verdadeira “Cruzada dos Mendigos”. A fome levou os primeiros cruzados ao roubo e ao massacre das populações que encontraram pelo caminho. Apesar da ajuda fornecida pelo império bizantino foram dizimados pelos turcos. A Cruzada dos Mendigos foi totalmente destruída ao chegar à Ásia Menor.
António Reis Luz
A decadência do Império Romano do Ocidente vai ocorrendo em meados do século V. A legião romana por estes tempos caracterizava-se pela forma como se batia, em filas cerradas e muito compactas. Como organização militar acompanha a decadência do seu Império. Em termos de alguma eficácia é a cavalaria que continuará a assegurar a defesa desse Império.
Mesmo assim e apesar de uma mudança para o rural, a decadência atinge em cheio as cidades que entram em desorganização contínua, na Europa Ocidental. Por via desta nova situação, começa a emergir como poder a Igreja Católica de Roma, vista como representante no mundo do poder divino, onde aplicava as suas leis. A Santa Sé com o apoio das armas arbitrava em nome de Deus, todavia casos houve em que se viu obrigada a defender as classes mais desfavorecidas contra a brutalidade proibindo aos cavaleiros o uso da violência gratuita, fazendo apelo à “guerra Justa”, ou seja a guerra teria que ser decretada por uma autoridade legítima. Para alcançar estes objectivos a Igreja não hesitava em deitar mão da “ excomunhão” com efeitos devastadores sobre os privilégios da realeza e nobreza.
Apesar disso a aristocracia militar conduz o feudalismo e implanta uma nova ordem social onde as pessoas sentem, aparte alguns excessos, mais segurança e apoio. Em 1095 o papa Urbano II no concílio de Clermont incita os cavaleiros à guerra para libertar Jerusalém, ocupada “injustamente” pelo Islão.
O guerreiro torna-se num cavaleiro cristão que une à sua força e entusiasmo a humildade e princípios cristãos. Acaba, assim, de nascer o movimento que ficará conhecido como as Cruzadas do Oriente.
Antóno Reis luz
Duvidarão sempre esses assanhados racionalistas, que o claro e o escuro também são manifestações da luz e que a síntese da árvore da vida poderá ser o Homem Arquétipo. Ou duvidam, também, que a Água, Ar, Terra e Fogo, objecto de referência em várias obras de expressão literária, plástica e
filosófica, sejam os “ Quatro Elementos” da natureza.
Ignoram que há muitos milhares de anos, nos pensamentos de Pitágoras, ele afirmou:
“Educai as crianças e não será preciso punir os homens.”
Eles são racionalistas dogmáticos, para quê e porquê dar educação? Importa é que sejamos todos iguais! Exibindo com orgulho que o mérito é uma falácia!
Mais, ignoram que os nossos desejos, emoções, afectos e sentimentos pessoais mais a nossa capacidade intuitiva, sejam produto de uma inteligência criadora que alguém nos deu em uníssono com o extraordinário “Propósito Inteligente” que subjaz a todo o Universo.
Importa para eles, igualmente, que os “Alquimistas” de antanho, fixos na ideia da transmutação dos metais inferiores em ouro, ou na obtenção do Elixir da Longa Vida, (uma panaceia universal, um remédio que curaria todas as doenças) que daria vida eterna àqueles que o ingerissem, tudo conseguido através da pedra filosofal, não passem de uns lunáticos irrealistas. Querem eles, sim, ignorar que a alquimia tenha sido uma fase importante do mundo na qual se desenvolveram muitos dos procedimentos e conhecimentos que mais tarde foram utilizados pela química.
Não querem eles, porém, perceber o significado de tantos castelos e fortalezas que existem em Portugal e em todos os países da civilização ocidental! Quantas mortes e quanto sangue cimentou a defesa da terra onde hoje vivem e são livres de pensar diferente. Nem o significado de todos os reinos ibéricos na sua independência, tanto terem beneficiado do apoio de várias Ordens Militares, das quais se destaca a Ordem dos Templários, uma Ordem militar e religiosa instituída com o propósito da cristianização.
António Reis Luz
Enquanto a campanha eleitoral aquece, chega ao País o primeiro cheque do resgate e com ele a primeira missão do FMI, que inicia o acompanhamento do programa da troika. Esse é o verdadeiro programa do próximo Governo. Mas, qualquer que seja o Executivo, cumprir as metas vai ser uma missão ciclópica.
O acordo impõe que até final de Julho sejam apresentadas propostas para a redução da Taxa Social Única e cortes nas indemnizações. A baixa da contribuição da TSU mexe com as receitas da Segurança Social.
A troika quer uma redução a frio, que pode ter efeitos catastróficos nos cofres da Segurança Social, num momento em que o emprego continua a baixar. Seria mais avisado dar tempo ao novo Governo para enquadrar essa medida com a política fiscal do Orçamento para 2012.
Sócrates continua a não querer falar da substância das alterações. Ficam mais duas, hoje dadas a conhecer na versão impressa do Correio da Manhã:
- Os portugueses vão pagar mais pelos cuidados na Saúde já em Setembro, segundo a revisão do acordo inicial com a troika;
- Os cortes nos subsídios dos transportes terão de ser apresentados até Julho.
“De provedor a gestor“
“A EXPERIÊNCIA da última fase do governo PS revela o preço que o Governo tem de pagar se gerir a Administração Fiscal com critérios partidários e aceitar uma lógica de «aparelho» nas nomeações.
Expresso 6/07/2002
Sou obrigado a ter muita consideração por uma pessoa que escreve deste modo desassombrado! Está aqui dito, de forma muito clara, tudo aquilo que eu penso e sinto, mas que não tenho possibilidades de provar. As cumplicidades são grandes e poderosas, o branqueamento está muito bem organizado.
Se a nossa imprensa actuasse deste jeito e em força, o mal que está a afligir o nosso país rapidamente seria erradicado e a primazia dos valores estaria de volta. Não é mensurável, tudo aquilo que os famigerados aparelhos fazem por um lado e escondem por o outro.
O trabalho que estou a elaborar não tem de modo algum a pretensão de ser encarado como um estudo. Aquilo que, tão-somente pretendo, é relançar uma visão conjuntural sobre a informação de que dispomos, e aperceber-me do grau de entendimento político e social que o cidadão comum tem dela. Procurei alguma coisa escrita sobre uma palavra tão falada como é o “ Aparelho “.
Não encontrei. Os estatutos dos partidos nem disso falam!
Do meu contacto com as pessoas, fica-me a ideia, que a maioria julga serem os “ mandões “ do partido.
Percebo claramente que todo o processo de formação dos partidos portugueses foi de grande complexidade. A par das pessoas simples e idealistas que se foram inscrevendo nos partidos, houve, em elevado número bastantes outras que se tornaram militantes, por interesses inconfessáveis.
Os primeiros, nunca deixarão de serem cidadãos anónimos, os segundos quase seguramente chegarão mais alto e provavelmente integrarão o dito, “ Aparelho “.
Admito que os grandes interesses se instalaram dentro dos partidos, por duas vias: através dos financiamentos ilegais e pela entrada de representantes seus, não publicamente assumidos.
Tais militantes entram com protecções externas, e também internas, e vão dar origem aos tão falados barões; sensibilidades; facções; grupos; tendências; famílias etc., que formam o «aparelho».
Estão assim criadas as condições mínimas para se transformar o aparelho dos partidos numa guerra enorme, cujos disparos das balas não podem ser ouvidos no exterior. O silêncio interessa a todos.
Deste modo, tudo se vai decidir por pressões, negociações, chantagens e os critérios nada têm que ver com o perfil ou capacidades dos possíveis candidatos a qualquer desempenho político. É escolhido o candidato que melhor garantia der de defender os interesses de quem o empurra. Se não for competente, logo se lhe arranjam assessores à altura e provavelmente até será melhor assim!
A partir de um certo nível de responsabilidade e com a ajuda dos «média» fabrica-se-lhe uma imagem como ele nunca pensou ter. Também se ele despertar e tentar ser auto-suficiente, do mesmo modo se lhe desfaz a imagem impoluta ou de competente. Portanto o “Aparelho “ é assim, um caldeirão, pior que o do «João Ratão», em que muita gente fica cosida, mas muitos outros são portadores de grandes interesses e governam muito bem a sua vida. Fui militante de um partido do “ sistema “ muitos anos, e depois de ver tanta injustiça, é esta a ideia que tenho dos famigerados “ Aparelhos “ .
Não é por acaso que Portugal não descola de último, cada vez mais último, entre os países que formam a União Europeia. Não é por acaso que o nosso nível de vida é irrisório, mesmo beneficiando das ajudas da comunidade europeia! Também não será por acaso que o fosso entre pobres e ricos é dos mais elevados dessa UE!
António Reis Luz
PS de Espinho recorreu para o Tribunal Constitucional alegando que houve irregularidades e ilegalidades no processo que deu a presidência da Câmara ao PSD.
O PS de Espinho apresentou na passada sexta feira, 16 de Outubro, um recurso ao Tribunal Constitucional (TC), pedindo a nulidade das Eleições Autárquicas neste concelho.
Urnas que viajaram nas viaturas pessoais dos presidentes de mesa e votos considerados válidos apesar de apresentarem escritos como "o IMI está muito alto" e "mandem o Mota para o Brasil" são alguns dos exemplos referidos na queixa dos socialistas, a que a Lusa teve acesso hoje, terça-feira.
José Mota, o ainda presidente da Câmara que a 11 de Outubro perdeu a reeleição, remete as explicações do caso para Liliana Ferreira, eleita pelo PS para a Assembleia Municipal e para a Assembleia de Freguesia de Espinho.
Liliana Ferreira, advogada, sustenta que o partido "detectou imensas irregularidades e ilegalidades durante todo o processo eleitoral".
"O Tribunal Constitucional tem que apurar responsabilidades e corrigir a situação", acrescenta.
Como alguns exemplos Liliana Ferreira sustenta que "na mesa de voto 4, havia 467 votantes assinalados nos cadernos como tendo comparecido para votar, mas, nas urnas, estavam 637 boletins".
Acrescenta ainda que "a PSP só deve levar os boletins nulos e brancos, e não pode levar os que ficaram por utilizar. Mas houve mesas de votos em que levou tudo".
"Também houve presidentes de mesa que andaram com os votos nos seus carros particulares e tiveram oportunidade de preencher como entenderam esses boletins que estavam por utilizar", frisa a advogada.
Segundo Liliana Ferreira "isso pode justificar a discrepância de resultados".
O caso "mais evidente", para a eleita do PS, será o de Silvalde, onde o PSD começou por ganhar por 299 votos "quando na realidade só tinham 289".
"As contas finais deram a Junta de Silvalde ao PSD por apenas um voto de diferença, mas o PS reclama que há um boletim de voto a favor dos socialistas que foi considerado nulo e não devia", sustenta.
"Nesse caso", explica Liliana Ferreira, "o resultado seria um empate e teria que repetir-se o acto eleitoral".
A queixa que o PS apresentou ao Tribunal Constitucional faz ainda referência a uma carta anónima com fotografias das urnas e dos boletins de votos, alegando que os sociais-democratas pagariam "20 euros ou mais por cada voto no PSD", diz a advogada.
O TC notificou, segunda-feira, todos os partidos que participaram no acto eleitoral de Espinho para se pronunciarem sobre o caso.
Depois de serem ouvidos, o TC tem 48 horas para se pronunciar.
A mesa é constituída por quatro membros: um presidente, um secretário e dois escrutinadores designados pela Comissão Nacional de Eleições ouvidos os partidos políticos e as candidaturas (arts. 134º, n.º 2 e 135º).
Para que as operações sejam consideradas válidas é necessário que estejam sempre presentes, pelo menos, três membros, um dos quais será, obrigatoriamente, o presidente ou o seu suplente e os outros dois farão de escrutinadores (art. 145º).
Constituída a mesa, o presidente assinará um edital publicitando os nomes e os números de inscrição no recenseamento eleitoral dos membros que compõem a mesa, bem como o número de eleitores inscritos para votar que mandará afixar à porta do edifício onde estiver reunida a assembleia de voto art. 141º, n.º 2 (Modelo AL-15).
Afixa, também (Modelo AL-14) que indica a assembleia de voto onde o eleitor exerce o seu direito de voto.
O desempenho da função de membro da mesa é obrigatório (art. 134, n.º 4).
A frequência da formação organizada pela CNE é obrigatório (art. 140º, n.º 2).
Aos membros da mesa é atribuído uma remuneração pelas funções exercidas no dia das eleições, e gozam de imunidades, nos mesmos termos que os candidatos e mandatários (art. 149º e 150º).
Um direito importante conferido aos membros de mesa é de serem dispensados do dever de comparência ao respectivo emprego ou serviço, nos dias de formação específica para que tenham sido convocados pela CNE, no dia das eleições e no seguinte, sem prejuízo de todos os seus direitos e regalias, incluindo o direito a retribuição, devendo para o efeito fazer prova bastante da sua participação na formação e nos trabalhos da mesa (art. 151º).
Para as eleições de 5 de Junho, o Estado vai gastar oito milhões de euros só no pagamento ao pessoal destacado para as mesas de voto.
Em declarações à TSF, o presidente da Associação Nacional de Freguesias (ANAFRE), Armando Vieira sublinhou, em nome individual, não ter dúvidas em assumir que se devia cortar na despesa com o pessoal destacado para as mesas de voto.
"Não tenho nenhum problema em assumir que porventura este trabalho devia ser de voluntariado, uma acção cívica naquele dia, poupando esse dinheiro à República", declarou.
As mais de dez mil pessoas que vão estar nas mesas de voto, no próximo domingo, vão receber cada uma 76, 32 euros. Contas feitas, só nesta parcela, as eleições vão custar mais de oito milhões de euros ao Estado.
Armando Vieira admitiu que o pagamento é feito com atraso. Por exemplo, os pagamentos das eleições de Janeiro só foram feitos na passada semana, mas o presidente da ANAFRE acredita que os problemas das presidenciais não vão repetir-se a 5 de Junho.
P.S. - Naturalmente que as despesas com as mesas de voto são escandalosas perante a situação económica e financeira do País. O Estado subsídia os partidos na sua campanha eleitoral. Os membros para as mesas são indicados pelos partidos e defendem os seus interesses. Afinal, quem defende a legitimidade democrática. Se houver quem pense que é "tudo boa gente", esse alguém não passa de um sonhador. Os perigos reais que a democracia corre, são maiores do que parece. Nas últimas presidênciais deu para entender isso mesmo. Bonito seria que houvesse muito mais voluntariado. Bonito seria que as forças vivas de cada freguesia tivessem na mesa um seu representante, tal como os partidos. Esta seria a melhor maneira de começar a fazer despertar uma sociedade civil sem a qual Portugal nunca vai despertar. Seria ainda a forma de os partidos perceberem que já há muito que deveriam ter feito esta aproximação. Seria ainda a forma de os eleitos locais perceberem de que não devem servir-se dos subsídios com dinheiro do povo, para fazerem a sua política de grupo. A democracia é outra coisa, muito diferente daquilo que se vem fazendo no nosso país! As redes sociais foram concebidas exactamente para terem força e influência na sociedade civil e fiscalizarem a acção política dos partidos, e não para ficarem prisioneiras destes via subsídios envenenados.
ESPARTO
Pólo Museológico do Esparto em Alte
Este pólo museológico permite ao visitante conhecer a aldeia de Alte através da tradição do esparto. Demolhado nas levadas da ribeira e enxuto nas suas margens, o esparto era depois pisado nas ruas e largos da aldeia, sobretudo nas Rua dos Pisadoiros. Seguidamente era feita uma fina baracinha da qual se faziam objectos úteis para o quotidiano. A visita consiste num percurso pedestre em que o visitante pode visitar sítios do esparto, equipamentos culturais, religiosos e artísticos e algumas profissões que já caíram em desuso.
Exportação de fibras e tecidos de esparto, sisal e juta para trabalhos em gesso e utensílios para decoração rústica. Venda de tapetes, estores, chapéus de sol, etc.
16.04.2010 - 09:31 Por Nuno Sá Lourenço, Mariana Oliveira
Os números constam da acusação do Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa, aberta na sequência de uma certidão extraída do processo Face Oculta, onde foram escutados alguns dos intervenientes no caso e que relaciona essas contrapartidas com o apoio eleitoral ao PS.
O apoio foi demonstrado numa entrevista ao Diário Económico, publicada em Agosto passado, e num pequeno-almoço com o também líder do PS no último dia da campanha eleitoral, em Setembro. A contrapartida que mais se tem falado é um contrato de cedência da imagem do ex-futebolista à Taguspark, por um período de três anos, a troco de 350 mil euros no primeiro ano e de duas parcelas de 200 mil euros a ser pagos nos dois anos seguintes, num total de 750 mil euros.
Mas essa não foi a contrapartida mais valiosa. Em Julho de 2009, o Taguspark assinou um contrato proporcionando a uma das empresas de que Figo é sócio, a Dream Factory Network, instalação gratuita no parque por três anos, além de serviços de secretaria telefónica gratuitos. Rui Pedro Soares, administrador do parque tecnológico e da operadora de telecomunicações, já tinha conseguido alojamento do site do projecto de comunicações, tudo oferecido pela PT durante três anos, um serviço cujo custo estimado por um funcionário da PT, Orlindo Soares, era de 1,3 milhões de euros. O somatório dos dois contratos totaliza 2.050.000 euros, não tendo o Ministério Público contabilizado o valor da instalação e secretaria telefónica disponibilizada gratuitamente pelo Taguspark.
Ocultação de despesas?
Se a Entidade das Contas vier a detectar uma ocultação de despesas na campanha das legislativas de 2009, a propósito da acusação no caso Taguspark/Figo, em que três administradores daquela empresa são acusados de corrupção passiva, o actual primeiro-ministro seria uma das pessoas punidas com uma coima.
A procuradora responsável pelo processo remeteu anteontem para a Entidade das Contas a acusação para que o organismo aferisse da eventualidade de financiamento ilícito nas contas da campanha socialista para as legislativas do ano passado.
Após a revelação da acusação já conhecida no caso Taguspark/Figo, o PÚBLICO consultou alguns especialistas na área do financiamento partidário. Segundo estes peritos, uma fiscalização da Entidade das Contas neste caso poderia resultar na eventual confirmação de duas ilegalidades.
A Entidade poderia concluir estar-se perante uma não discriminação de receitas e de despesas, ou seja, uma ocultação de despesas. O ilícito está definido no artigo 31º da Lei do Financiamento dos Partidos Políticos.
Se esta ilegalidade viesse a ser confirmada, o actual primeiro-ministro seria atingido pela lei, a qual estipula que "os primeiros candidatos de cada lista" que "não discriminem ou não comprovem devidamente as receitas e despesas da campanha eleitoral são punidos com coima mínima no valor do IAS [salário mínimo nacional] e máxima no valor de 80 vezes o valor do IAS".
O mandatário financeiro da campanha, incorreria numa sanção semelhante, além do Partido Socialista, que seria hipoteticamente punido com "coima mínima no valor de 10 vezes o valor do IAS e máxima no valor de 200 vezes o valor do IAS".
Mas a Entidade das Contas pode ainda chegar à conclusão de que o negócio em causa representa uma ilegalidade de realização de despesas ilícitas [artigo31º], se se entendesse que a Taguspark teria arcado com uma despesa de campanha - a saber o apoio de Luís Figo. Segundo a lei, as empresas - pessoas colectivas - estão proibidas de contribuir para as campanhas políticas.
Coimas
Neste caso, os possíveis punidos seriam o PS, a Taguspark enquanto empresa, e os três acusados no processo, Rui Pedro Soares, João Carlos Silva e Américo Thomati, como "administradores das pessoas colectivas que pessoalmente participem na infracção".
Não há ditaduras de esquerda. Ponto final.
O ciclo de debates promovidos pela Associação 25 de Abril (A25A) e o Movimento 12 de Março (M12M) tem pelo menos uma utilidade: permite finalmente perceber a razão pela qual, para uma mulher de esquerda, não podem existir ditaduras de esquerda. Para ver aqui (a notável explicação dá-se ao minuto 5:40 mas, para quem conseguir aguentar, vale a pena assistir ao video inteiro).
André Azevedo Alves
A actual campanha é decisiva para a viabilidade do nosso País. Daí os muitos apelos para que se debatessem os maiores problemas que nos afligem e apontassem as soluções preconizadas. Porém, tudo isto em pleno ambiente de verdade.
Urge erguer Portugal do estado a que o PS o levou, sem desânimo e muita fé.
A uma semana das eleições temos visto o maior responsável pela situação crítica que muito nos apoquenta, a desviar os assuntos importantes para simples “miudezas”, concentrando os seus ataques infundados no programa do PSD. Todavia, o partido do Governo não apresenta uma única solução para além de 4 PEC,s impostos pela EU e FMI.
Quanto a estes e ao resgate concedido, os termos do acordo assinado implicam um seu cabal cumprimento. Sem margem para dúvidas, portanto sem “manobras ocultas”.
Levantado na campanha, o problema deste Governo em gestão ter mandado certos ministérios não fazerem alguns pagamentos, com a finalidade de reduzir a despesa de forma artificial, o líder do PS resolveu explicar que, como isso não afecta o défice, está tudo bem. Mesmo somando mais de duzentos milhões, está tudo bem!
Claro que não está, o Governo está a mentir na redução da despesa pública e a causar variadíssimos outros problemas ao OGE e a muitas outras empresas, com implicações na arrecadação de impostos, segurança do emprego, sustentabilidade de empresas, etc. E a faltar à verdade!
O primeiro-ministro está como o outro, que pouco ou nada sabia de contabilidade e resolveu perguntar: “ se o débito é igual ao crédito, onde é que está o lucro?” Assim vai a campanha….
António Reis Luz
( .... ) Há reformas, como a alteração das leis laborais, que causarão gigantescos protestos, como se calcula.
Mas qual é a alternativa: não fazer nada? Ficar tudo na mesma?
Os governos que marcam os povos não são os que cedem às pressões: são os que fazem aquilo que, em consciência, acham que deve ser feito.
Aqueles que não têm medo de governar contra a corrente.
Aqueles que não se deixam condicionar por corporações, sindicatos ou clientelas – e têm a coragem de seguir uma ideia.
O PIOR que poderia agora acontecer a Portugal era um Governo onde estivessem o PS, o PSD e o CDS, porque não seria carne nem peixe, as reformas ficariam bloqueadas, a capacidade de decisão seria mínima, a discórdia seria máxima – e tudo acabaria num mar de desilusões, com os partidos a ficarem ainda mais desacreditados.
Adiante-se que, se o PS entrasse numa coligação deste tipo, estaria sempre com um pé dentro e outro fora do Governo, procurando capitalizar o descontentamento da rua – o que tornaria a governação ainda mais complicada.
A confusão seria total – e a desresponsabilização seria enorme.
O momento exige clareza.
O próximo Governo deverá ser homogéneo e coerente – até para poder ser responsabilizado.
O pior que nos poderia sair na rifa era um albergue espanhol.
Abstenção: não
Por Luís Campos e Cunha
Sexta-Feira 27/05/2011
A abstenção não faz qualquer pressão para os partidos se abrirem e reformarem, nem incentiva novas alternativas de voto
Não votar, abstendo-se, ou votar branco (ou nulo) são atitudes radicalmente diferentes. São idênticas do ponto de vista legal, mas politicamente muito diferentes. E estas eleições são as eleições mais importantes desde as eleições para a Assembleia Constituinte em 1975. Portanto, cuidado.
Em eleições, a abstenção tem pouco significado político. Tem aumentado como sabemos, donde se conclui uma vaga insatisfação com o sistema político-partidário que nos rege. Como tem um significado ambíguo, os partidos pouco se incomodam com o aumento da abstenção e apenas choram cínicas lágrimas de crocodilo. É tudo e é pouco.
De facto, mais uma pessoa a abster-se pode ser muita coisa: o sujeito morreu, mudou de residência, o eleitor está com uma amigdalite, está descrente na política, foi à praia, ou ainda os cadernos eleitorais estão desactualizados. Pode ainda ser um sujeito que não acredita na democracia ou, simplesmente, nesta democracia. Nunca saberemos. Politicamente a abstenção não tem, de facto, muito significado, por muito elevada que seja. Além disso, para qualquer partido perder um voto para a abstenção é meia vitória: menos um que não vai votar no partido concorrente e menos um sujeito com quem se preocuparem. Ou seja, a abstenção não faz qualquer pressão para os partidos se abrirem e reformarem, nem incentiva a que apareçam novas alternativas de voto, ou seja, novos partidos. Por isso, abster-se é pouco inteligente.
A democracia e a liberdade assentam nos partidos. A democracia não se esgota nos partidos, mas estes são os pilares do sistema. E todos temos a sensação que algo vai muito mal nos partidos existentes (uns mais do que outros, naturalmente). Falta credibilidade à classe política e partidária e falta interesse por parte dos mais jovens em participarem politicamente nos partidos existentes. Portanto, a renovação da classe política não se faz, e quando se faz é muitas vezes para pior. O fenómeno não é exclusivo de Portugal, mas é particularmente agudo no nosso caso.
As instituições, como as universidades, os hospitais públicos ou os partidos políticos (e contrariamente às empresas em concorrência) não se auto-reformam. No caso dos partidos, é necessário que haja pressão da opinião pública de forma clara e, eventualmente, organizada para os partidos mudarem e para aparecerem mais alternativas. Como?
Como vimos a abstenção não coloca essa pressão nos partidos. Em certo sentido até reduz; é menos um cidadão a chatear. Mas o voto nulo/branco é bem diferente. Quem vota nulo não morreu, não foi à praia, não mudou de residência, não se borrifou , gosta da democracia e exerceu o seu direito e o seu dever de cidadania. Pelo contrário, não tendo morrido, não foi à praia para ir votar branco. Votando branco/nulo foi dizer, de forma muito clara, que gostaria de ter votado num partido, mas que nenhum satisfaz as suas exigências mínimas para lhe dar a confiança de governar. Por isso, votar branco/nulo é, politicamente, tanto ou mais significativo que votar num partido. É votar contra todos os que se apresentam a votos. É portanto muito diferente da abstenção, como fica claro.
Como cidadãos o nosso dever é, antes de mais, votar. Segundo, devemos procurar conscientemente votar num partido. Se, em terceiro lugar, nenhum partido satisfaz, devemos votar branco/nulo.
Os brancos e nulos têm vindo a aumentar, mas continuam a ser um pequeno resto a que não se dá importância. Mas imagine-se que os votos brancos e nulos passam a 10% dos votos expressos! Isto, legalmente, não teria impacto, mas politicamente seria uma pedrada no charco pantanoso em que o país se vem atolando. Nenhum partido ignoraria que 10% dos votantes estão desejosos de conseguir votar nalgum partido digno de os representar. Podem ser os partidos actuais, para o que se teriam de renovar, ou um hipotético novo partido, o que obrigaria os actuais a renovar-se. O resultado de 10% de votos brancos seria o mesmo: um valente susto na classe partidária instalada, num poder a que só os actuais têm acesso.
Para que não fique a ideia de que defendo o voto branco ou nulo em substituição de uma escolha partidária, faço notar que esta eleição é um verdadeiro referendo a Sócrates, que nos levou à bancarrota e à mendicidade internacional. Como Carlos Fiolhais defendeu, a democracia também serve para afastar os que não servem: e Sócrates não serviu nem vai servir. "Se a escolha em Portugal fosse, por hipótese, entre o actual primeiro-ministro e o Rato Mickey, eu não hesitaria em votar no boneco da Disney." Defendo o voto branco ou nulo como alternativa ética e política à abstenção.
Assim, ou votamos branco-nulo, ou votamos num dos partidos actuais: essa é a escolha. Abster-se é um erro grave e sinal de fraca inteligência. É a última esperança de um cidadão consciente. Mais tarde reivindicaremos que o voto branco tenha representação parlamentar com uma cadeira vazia. E nessa altura veremos a abstenção a baixar e muito. Também porque a partir daí os partidos actuais seriam diferentes e para melhor.
Professor universitário
" o ministro das finanças e a sua comitiva de "notáveis", que regressou esta semana a Lisboa após ter participado no Dia de Portugal, na Bolsa de Nova Iorque, causou alguma sensação. A tal ponto que em "Em OFF" causou alguns comentários pouco abonatórios em pleno aeroporto de Newyork, nomeadamente o de que " temos de os deitar todos para a sarjeta, só assim é que o País vai para a frente". Além de presidentes e administradores de algumas das principais empresas cotadas na Bolsa de Lisboa, a comitiva incluia também o ministro das Finanças, que viajou para Nova Iorque no Sábado, acompanhado da mulher.
À chegada a Lisboa, na madrugada de quarta-feira, Teixeira dos Santos não passou despercebido junto dos funcionários do aeroporto. Ou talvez tenha passado um pouco .... Um dos funcionários virou-se para o colega que estava ao seu lado e declarou: "É o ministro das Finanças, o Freitas do Amaral".
Expresso - Economia 28-05-2011
MINISTRO DAS FINANÇAS
Depois de um longo e incompreensível silêncio de várias semanas que coincidiram com a presença da «Troika» em Portugal, o ministro voltou a falar das finanças. Teixeira dos Santos falou curto e certeiro sobre o que se exige ao próximo Governo que sair das eleições de 5 de Junho. Disse que não terá tempo sequer para se sentar, tal é o volume de trabalho que o espera. Pena é que tenha que ter ido a Nova Iorque para dizer o que pensa sobre o seu país e que ele próprio tenha sido parte do problema que nos últimos anos empurrou Portugal para o top 10 da bancarrota mundial.
Expresso - Economia 28-05-2011
DE BENTO XVI AO MINISTRO DAS FINANÇAS DE PORTUGAL:
MEU FILHO NÃO PEC,s MAIS
No dia em que há violência num comício do PS, vários jornais preferem dar destaque ao ego de Pacheco Pereira. São opções.
Em abono desta ideia, recorda-se que Portas já moveu um combate fratricida a Manuel Monteiro para lhe suceder no CDS, enfrentou Maria José Nogueira Pinto, tirou o tapete a Ribeiro e Castro, não soçobrou ao escândalo Moderna/Dinensino, tem escapado às vagas e salpicos do negócio dos submarinos, minimizou os efeitos colaterais do envolvimento do partido no caso Portucale. E até sobreviveu a um Governo com Santana Lopes, regressando ainda não haviam passado dois anos à liderança do CDS.
Portas tem as características de um sobrevivente político: tenacidade, autoconfiança, adaptabilidade, inteligência táctica. Mas algumas das suas sete vidas são-lhe concedidas por uma esquerda que olha para ele e para o CDS com a mesma benevolência e sentido prático com que alguma direita encara Louçã e o Bloco de Esquerda.
Nunca se tinham visto como há dias, por ocasião do debate televisivo entre Paulo Portas e Passos Coelho, tantos comentadores da área do PS e da esquerda em geral a baterem palmas à prestação de Portas e a menorizarem a intervenção de Passos. Esmiuçando qualquer indecisão do líder do PSD, mas incapazes de encontrarem um só lapso nas palavras do líder do CDS. Nem a megalomania de Portas se apresentar como «mais um candidato a primeiro-ministro» mereceu a mais leve estranheza. Nem a argolada de afirmar que «uma maioria também se forma com o CDS com 23,5% e o PSD com 23%» suscitou a mais pequena crítica (ainda que, por essas contas, Portas colocasse o PS como vencedor, com 30% a 35%...).
FOI preciso o regressado Fernando Nogueira impor algum realismo e bom senso: «Ninguém acredita que Paulo Portas possa ser primeiro-ministro, tinha de haver um cataclismo eleitoral». Nem o próprio Portas acredita, como é óbvio.
Já em 2002, antes das eleições, Durão Barroso era visto como um líder frouxo e com dificuldades de afirmação (tal como Passos Coelho, agora) e a moda já era a de apontar Paulo Portas como a esperança do centro-direita. Durão e Portas acabaram por formar um Governo de coligação. Mas com o PSD nos 40,2% e o CDS nos 8,7%. Veremos qual será em 5 de Junho a proporção.
" O empresário Belmiro de Azevedo afirmou ontem que, "alguém foi responsável por todos os portugueses estarem 30 a 40 % mais pobres", considerando que "tem que haver culpados, nomeadamente os que foram responsáveis pela gestão do País".
Depois do debate entre Sócrates e Passos Coelho a campanha mudou. O PSD ganhou uma dinâmica de vitória e o PS esmoreceu. O que se nota é um novo entusiasmo laranja – que as sondagens evidenciam – e um desalento nas hostes socialistas – que a irritação de Sócrates não disfarça.
Os cidadãos começaram a perceber que a escolha não é entre quem está contra e a favor do Estado social. A escolha é, sim, entre quem deixou o país à beira da bancarrota e quem se apresenta portador de uma nova esperança reformista. Ou seja, de um lado a falência financeira, económica e social e do outro lado um programa sólido, um partido unido e um líder descomprometido do passado. Os portugueses começam a perceber que esta não é uma eleição qualquer. É um momento histórico e não é tempo nem para desperdiçar votos e muito menos para beneficiar o infractor.
Esta semana fomos surpreendidos por um vídeo, estrategicamente colocado nas redes sociais, que nos mostrava uma jovem a ser barbaramente agredida por duas colegas, perante uma plateia de outros jovens que nada fizeram, bem como alguém que se deliciava gravando a cena.
A situação, de uma violência gratuita, coloca-nos a todos um grave problema que nos devia fazer pensar: são estes os jovens que estamos a formar para o futuro? Quais os valores lhes estamos a transmitir? A nossa sociedade não está nada bem e não é apenas do ponto de vista económico. Também do ponto de vista dos valores as coisas não estão bem. As declarações de uma das agressoras dizem isso mesmo: "Não devíamos ter feito aquilo, mas agora está feito." Ou seja, não existiam razões que justificassem aquelas imagens, simplesmente aconteceram. Triste sociedade. É verdade que são situações excepcionais, mas estão a acontecer cada vez com mais periodicidade e cada vez de forma mais violenta. É chegado o momento de se olhar para o problema de frente e tentar perceber quais são as sementes desta violência entre jovens, de forma a podermos intervir socialmente, para evitarmos que num futuro não muito distante tenhamos de intervir criminalmente.
Almeida Santos está convicto de que Sócrates fará tudo para que haja um Governo de maioria
Em plena campanha eleitoral, o Presidente do PS não recusa falar ao SOL sobre cenários de derrota a 5 de Junho. Em matéria de alianças, Almeida Santos, não tem dúvidas de que os partidos acabarão por entender-se se for preciso formar maioria com o PS.
Depois do debate crispado na TV, entre Passos Coelho e José Sócrates, como será um governo PS-PSD com este líder socialista?
Acho que o interesse nacional após as eleições vai preponderar sobre a insensatez de quem diz que nunca será aliado do partido A ou B.
O problema é se o PS não ganhar as eleições....
Se o PS ficar em segundo isso significa que Sócrates não será ministro.
E poderá continuar a ser o líder do PS?
Poderá continuar líder, mas não é exigível é que quem é primeiro-ministro faça de parte de outro governo com outro primeiro-ministro. Não me lembro de nenhuma democracia em que isso tenha acontecido. Agora, depois das eleições os raciocínios são diferentes.
Diferentes em que medida?
Porque há-de haver um mínimo de patriotismo em todos os líderes partidários. E o patriotismo mínimo vai exigir uma solução. E o Presidente vai exigir uma solução maioritária. Partimos deste princípio: seja ele qual for, precisamos de um governo maioritário.
E se houver necessidade de o PS mudar de líder a seguir às eleições, com a urgência em formar um novo governo, perante a crise, há um meio expedito de o fazer?
É preciso que se crie essa situação, não sei se vai criar-se... Acho que José Sócrates, se não ganhar as eleições, vai ser difícil de segurar, mesmo como líder do partido. Eu tentarei tudo por tudo, mas vai ser difícil. Ele próprio há-de querer fazer tudo para simplificar uma solução nacional. E talvez o afastamento dele simplifique nessa altura uma solução nacional. Ele é um patriota, não tenho a mínima dúvida sobre isso.
Sócrates não estará nessa altura agarrado ao poder?
Não estará agarrado ao poder, é evidente. Pelo contrário! Vai sair disto cansadíssimo, estafado e também precisa de repousar.
( ..... ) É impressionante constatar que, apesar dos debates que enxameiam os canais de TV, as pessoas ainda não perceberam que não há políticos ‘bonzinhos’ e políticos ‘mauzinhos’, políticos que querem o bem das pessoas e políticos que querem o mal das pessoas, príncipes perfeitos e vilões.
O que há são opções políticas.
O que os políticos ‘dão’ ao povo não vem do seu bolso – vem dos bolsos de todos.
Se não pagamos um serviço de uma maneira, temos de pagá-lo de outra.
O tão celebrado Obama não é ‘bom’ por querer criar um sistema de saúde universal, nem os seus antecessores eram ‘maus’ por não o quererem.
Ele fez uma opção política – que tem custos e benefícios, e cujo balanço ainda é cedo para fazer.
Em Portugal, vamos ser obrigados rapidamente a perceber que não se pode ter tudo.
Que as novas condições competitivas resultantes do mercado aberto e da globalização nos obrigam a mudar de vida: os salários vão ter de baixar, o emprego terá de se tornar mais flexível e será preciso gastar muito menos com a Saúde.
E isto não significa que passemos a viver pior.
Até podemos viver melhor: numa sociedade com maior mobilidade, menos fantasmas, mais liberta de encargos e impostos, com outro dinamismo.
A verdade é que, apesar de lutarmos tanto pelas leis que temos, os portugueses não parecem hoje muito felizes.
Tenhamos, então, coragem para mudar.
Expresso – 14 de Maio de 2011
Justiça de Perdição
Maria José Morgado
A velocidade incontrolável do sector empresarial do Estado tem sido fonte de corrupção e miséria.
Espantoso é descobrir a denúncia destas espertezas lusas no “Sermão do Bom Ladrão, do Padre António Vieira.
“Basta Senhor que eu porque roubo em uma barca sou ladrão e vós porque roubais em uma armada, sois Imperador? Assim é”.
Pois a armada agora será o sector empresarial do Estado guiado pelo lema do sorvedouro dos dinheiros públicos.
Alguns pequenos exemplos, segundo um especialista.
Há 14.000 entidades, 900 fundações, 1000 empresas do Estado central e local, com duplicação de funções, de despesas e desperdícios absurdos alimentadas por dinheiros públicos e tuteladas pelo Governo. Funcionam em regime de apagão orçamental.
Outra peculiaridade lusa é a de sermos o líder europeu das parcerias público-privadas em percentagem do PIB.
Os encargos assumidos nestes contratos entre o sector público e os consórcios de empresas privadas nas infra-estruturas rodoviárias, ferroviárias e da saúde correspondiam, em 2009, a cerca de 50 mil milhões de euros. Os vultuosos encargos da REFER e da Estradas de Portugal também não eram sujeitos a prestação de contas.
Os fins públicos visados nalguns destes grandes negócios são curiosos: traduzem-se numa rede de transacções entre o Estado e particulares, intermediadas por empresas veículo das quais o Estado também faz parte, com sobrefacturação ao contribuinte, numa original competitividade. A protecção do concessionário privado tornou-se normalmente ruinosa para o Estado.
Outro mistério é o fenómeno da derrapagem nas obras públicas.
A Casa da Música apresentou uma derrapagem de 300 %. Não é excepção. A metodologia das derrapagens parece essencial. Os estádios do euro 2004 são um encargo de mais mil milhões de euros a suportar em vinte anos.
É o campo de alto risco das decisões sobre mercados públicos, obras, empreitadas, subsídios. Sem prestação de contas. Sem gestão dos riscos. O estado tem assumido quase sempre os encargos com protecção exagerada das empresas privadas, como se os decisores públicos não estivessem vinculados por dever de eficiência no bom uso dos dinheiros do contribuinte. Neste húmus de más práticas foi como se o Estado entregasse a chave do galinheiro à raposa.
A crónica má gestão dos dinheiros públicos aliada ao concubinato entre certas empresas e o Estado destruíram a economia e a capacidade de produzir riqueza. Foi o resvalar da incompetência e do desleixo para formas de corrupção sistémica com o descontrolado endividamento público.
O sistema económico da livre iniciativa foi substituído pelo sistema da planificação central das comissões.
A inoperância da justiça nesta área agravou a patologia. Ninguém respondeu financeiramente por nada. Consagrou-se um espaço de actuação sem risco. O resultado está à vista: empobrecimento do país, enriquecimento ilícito e imoralidade pública.
O MP, a polícia, os tribunais devem assumir a sua quota-parte de responsabilidade na mudança na parábola do bom ladrão.
“Roubar pouco é culpa, o roubar muito é grandeza”.
Até quando?
P. S. Ao José Luís, falecido faz hoje um ano.
Procuradora-geral adjunta
Há quase vinte anos, Braga de Macedo, ministro das Finanças, inventou a teoria do oásis. Portugal estava cercado de recessão, mas por cá o ministro vislumbrava sinais animadores, que só se confirmariam mais tarde, e já com Catroga no ministério.
Agora, os dados da OCDE confirmam que Portugal não é nenhum oásis, é mesmo o deserto entre as economias mais desenvolvidas, o único em recessão no próximo ano. Em 2011 e 2012, a economia portuguesa vai perder cerca de seis mil milhões de euros, enquanto as outras ficam mais ricas.
Esta erosão vai custar muito a recuperar e será paga com mais sacrifícios sociais. O maior drama é o desemprego, que em breve atingirá um milhão de pessoas. Depois de uma década de empobrecimento lento, Portugal arrisca uma queda abrupta se não mudar de vida.
É preciso ter estômago para acompanhar o circo eleitoral. Ontem, por exemplo, vi o ministro Silva Pereira numa terra qualquer, a gritar do palanque para os populares amedrontados: estão a ver aquela Caixa Geral de Depósitos?
Estão a ver os correios do outro lado da praça? Preparem-se: vão ficar sem eles se o PSD ganhar. As palavras não são exactas; o espírito é exactíssimo. E ele define o bordão terrorista que o PS vai metralhar até 5 de Junho: a direita quer destruir o Estado Social e ‘privatizar’ Portugal inteiro. O PS, que levou o país à falência e alienou a nossa soberania para as mãos de credores internacionais, é a última barreira contra o dilúvio ‘neoliberal’. Ilógico? Sem dúvida. Mas a lógica só funciona num país ‘normal’, onde a pobreza e a ignorância não são maioritárias. A indigência do PS chegou a isto: fazer de um filme de terror o seu programa eleitoral.
E agora, Francisco Assis? Partido Socialista. Na secção da Almirante Reis, imigrantes só mesmo na vizinhança.
Quem desce a Av. Almirante Reis, dificilmente se apercebe da secção do Partido Socialista, no primeiro andar de um prédio a pedir obras. Não há número na porta nem qualquer inscrição na campainha ou na caixa do correio. Só a bandeira pendurada na varanda nos indica que ali funciona a secção mais cosmopolita do partido liderado por José Sócrates. Pelos menos assim o disse Francisco Assis, no fórum da TSF de segunda- -feira. “Eu conheço a secção da Almirante Reis e sei que esses cidadãos têm uma importante actividade política lá“, afirmou o líder da bancada parlamentar socialista, justificando assim a presença de vários membros das comunidades indiana e paquistanesa no comício de sábado, em Évora. (…)
Depois de uma última tentativa, a porta da secção do PS abre-se finalmente, para revelar aquilo que todos desconfiam: ali não há homens de turbante, muito menos voluntários para a campanha do PS. Não é naquele apartamento transformado que se mobiliza a “estrutura voluntária não controlada”, como definiu a direcção de campanha do PS. Se estávamos à espera de encontrar os homens que se deslocaram num autocarro do PS até Évora, uma rápida visita ao espaço é suficiente para abandonar essa ideia. Num corredor que liga a sala ao bar, as paredes estão vestidas com os nomes dos militantes da secção, ainda do tempo das últimas eleições do partido. São pouco mais de 500, todos eles com nomes bem portugueses: Barbosas, Silvas e afins. “Imigrantes? Temos alguns vizinhos, mas aqui dentro não. Aparece um ou outro moçambicano, mas nunca vi nenhum indiano“, diz-nos um homem de 81 anos, que há muito perdeu a conta ao tempo de militância. “Estou no PS desde mil novecentos e… há muitos anos.” (…)
E a cada abordagem, o argumento demolidor “não entendo” seguido de um olhar desconfiado ao material de trabalho. Ninguém fala, ninguém percebe. A excepção terá sido mesmo naquela tarde de sábado, em Évora, onde uma população de turbantes se sobrepôs ao cante alentejano: “Sócrates é muito boa pessoa, tratou de dar nacionalidade, tratou de tudo”, disse então ao i um dos indianos presentes. (…)
Seguimos para Odivelas, onde vivem alguns dos imigrantes que participaram na campanha. Foram eles que agitaram as bandeiras e gritaram algumas palavras de apoio a José Sócrates. Perto da mesquita, abordamos alguns dos elementos que reconhecemos das imagens publicadas nos jornais e das peças televisivas sobre as acções de campanha do PS em Évora. O silêncio é palavra de ordem. Se alguns se ofereceram como voluntários para acompanhar a comitiva socialista, algo os fez mudar de ideias depois de aparecerem na televisão. (…)
PORTUGAL ESTÁ «COMO SE O ESTADO ENTREGASSE A CHAVE DO GALINHEIRO À RAPOSA»
Da Procuradora-Geral-Adjunta, Drª. Maria José Morgado, vamos citar uma parte do artigo publicado no Expresso de 14 de Maio 2011, com o título “JUSTIÇA de PERDIÇÃO”.
« A voracidade incontrolável do sector empresarial do Estado tem sido fonte de corrupção e miséria. Espantoso é descobrir a denúncia destas espertezas lusas no «Sermão do Bom Ladrão, do Padre António Vieira. “ Basta Senhor que eu porque roubo em uma barca sou ladrão e vós porque roubais uma armada, sois imperador? Assim é.”
Pois a armada agora será o sector empresarial do Estado guiado pelo lema do sorvedouro dos dinheiros públicos..Alguns pequenos exemplos, segundo um especialista.
Há 14.000 entidades, 900 fundações, 1000 empresas do Estado central e local com duplicação de funções, de despesas e desperdícios absurdos alimentados por dinheiros públicos e tuteladas pelo Governo. Funcionam em regime de apagão orçamental.
(…Outro mistério é o de derrapagem nas obras públicas. Por exemplo, a Casa da Música (no Porto) apresentou uma derrapagem de 300%. Não é excepção…).
O Ministério Público, a polícia, os tribunais devem assumir a sua quota-parte de responsabilidade na mudança da parábola do bom ladrão. « Roubarpouco é culpa, o roubar muito é grandeza”. Até quando? E continua…»
Nós acrescentamos: “até que novas gerações sejam educadas na rectidão com que foi formada a ilustre autora, Senhora de origem transmontana, que toda a sua vida defendeu a justiça contra tudo e contra todos.
Mas os parasitas andam aos bandos e defendem-se uns aos outros.
Escolas obrigadas a cortar até 30% nos orçamentos
Publicado em 26/05/2011 MafraHoje
Visitas de estudo e compra de material pedagógico serão as principais 'vítimas' da redução na verba para funcionamento.
in Diário de Notícias
As escolas vão ter até menos 30% de verbas para funcionar no próximo ano lectivo. Como não podem poupar muito mais nos gastos com água e luz, os directores assumem que vão cortar na compra de livros e materiais pedagógicos, assim como nas actividades e visitas de estudo.
Abortos custam 4,4 milhões por ano |
22-Jun-2008 | |
No primeiro semestre da entrada em vigor da nova lei do aborto, de 15 de Julho a 31 Dezembro de 2007, um total de 6107 mulheres abortou a seu pedido. Estes abortos custaram ao Serviço Nacional de Saúde (SNS) 2,2 milhões de euros – 1,4 milhões pagos ao sector público e 828 mil entram nos cofres das clínicas privadas. A manter-se este ritmo, as interrupções voluntárias da gravidez (IVG) ao fim de um ano ultrapassarão as 12 mil e o custo da factura ascenderá a 4,4 milhões de euros.
De acordo com os valores fixados em tabela pela portaria do Ministério da Saúde, a interrupção da gravidez, até às 10 semanas de gestação, realizada em ambulatório, é paga ao preço de 341 euros, no caso de uma interrupção medicamentosa (recurso a comprimidos), e de 444 euros, caso se trate de uma interrupção cirúrgica. Ora, face a estes custos, os 4241 abortos (69,46%) realizados no segundo semestre de 2007 no sector público (hospitais e centros de Saúde) representaram uma despesa de 1,4 milhões de euros, enquanto as 1865 IVG realizadas no sector privado custaram ao SNS 828 mil euros. A legalização da IVG pretendeu acabar com os abortos clandestinos. Questionado pelo CM, Francisco George, director-geral da Saúde (DGS), afirmou ter conhecimento de apenas "dois casos suspeitos". "Foram duas situações suspeitas que surgiram nas Urgências hospitalares devido a complicações e foram devidamente investigadas." SERVIÇO PÚBLICO DÁ RESPOSTA A 70% DOS CASOS |
Correio da Manhã
" (Devo esclarecer que não despertei só agora para a perda de qualidade da governação Sócrates. Critiquei-o publicamente em 2009, 2010 e 2011. E, no outono de 2010, alertei aqui, na Visão, para que ou Sócrates tomava urgentemente as medidas que se impunham, ou outro Governo as tomaria, após a sua queda. Pelos vistos, não me enganei muito.)
Em conclusão, penso que, se José Sócrates pareceu poder ser um bom comandante enquanto o navio singrava em águas tranquilas, o certo é que, quando apareceu a borrasca, em vez de a tornear e conduzir o barco e os passageiros a bom porto, ele deixou-se levar para o meio da tempestade e colocou-nos num redemoinho muito perigoso, que ameaça afundar-nos de vez. Vamos escolher para nos tirar do buraco negro quem nos atirou para lá? Como acreditar que josé Sócrates é a pessoa indicada para salvar o navio, se ele continua a negar que tenhamos estado no meio de qualquer tempestade? A sua governação foi indo de mal a pior. (... ) Em meu entender não deve continuar a ser primeiro-ministro, teve a maioria absoluta do País com ele e perdeu-a. O seu tempo passou.
Diogo Freitas do Amaral
ASFIC/PJ defende diretor nomeado por PR sob proposta da AR
O sindicato dos investigadores da PJ defendeu hoje que o seu diretor seja nomeado pelo Presidente da República, sob proposta do Parlamento, para evitar «nefasta interferência partidária» naquela polícia.
Dei agora uma volta por sites de jornais. A notícia que confirma que o governo usou as nossas reformas num negócio mentiroso e desastroso (comprar dívida para manter o teatrinho de Sócrates) não está destacada em lado nenhum. Não conheço facto mais importante do que este (facto: o governo mexeu nas nossas reformas, na nossa segurança social), mas este facto XXL não merece destaque na imprensa.
Campeões e amigos
Nada têm a ver com ela. Existem, não para servir a sociedade civil, mas para servir os inúmeros interesses e aligeirar as estatísticas.
Por lá passam todo o tipo de interesses. Também a corrupção e os vícios do sistema político. Também a falta de transparência que é nacional. Também os privilégios dos defensores do “Estado Patrão”.
Tudo isto não é pessimismo é ir ao fundo do poço e sem essa viagem, as coisas não se alteram.
Foi o povo mais desprotegido, que se habituou a resistir e a desconfiar de um Estado professoral e intrometido, que manteve sentimentos correspondentes ao que hoje a esquerda chama, com horror, de “neoliberalista”.
Desde sempre foi este poder estatal o causador do endividamento crónico do Estado, da inflação e das ameaças de bancarrota. Não o povo.
Só em 2006 a nossa divida pública cresceu cerca de 7 mil milhões de euros!
De facto este país subsiste. Felizmente também subsistem aqueles que pagam o esbanjamento dos políticos. A sua incompetência. Os custos materiais e morais da corrupção!
É este o povo autêntico. É este povo anónimo que os políticos devem saber ouvir, entender e respeitar e não enganar.
A razão e a verdade está com ele. Mas continua a ser sobre ele que o travão da despesa pública está a funcionar arrasando o poder de compra das famílias!
E a derrapagem das contas públicas lá vai, pelos vistos, de despiste em despiste até ao desastre inevitável.
Os exemplos da possibilidade de entrega das decisões à “Sociedade Civil” podiam-se desdobrar até à exaustão. Com o seu aumento, viria a confiança dessa mesma “Sociedade Civil” . Viria a confiança do povo e o desenvolvimento.
António Reis Luz
" Maria José Morgado não teve, como de costume, papas na língua no último debate promovido pelo CM sobre criminalização do enriquecimento ilícito que contou também com as presenças de Paulo Morais, professor da Universidade do Porto, Magalhães e Silva, advogado, e João Pereira Coutinho, professor da Universidade Católica. "As obras públicas, muitas vezes, são feitas não porque sejam precisas mas apenas para justificar as derrapagens, isto é, a corrupção", afirmou Maria josé Morgado. Para a procuradora do Ministério Público, a falta de controlo sobre os dinheiros públicos e a não responsabilização dos culpados por desvios de milhões nas obras do Estado revelam uma perigosa característica da nossa classe política: "Gostam muito da opacidade, não privilegiam a transparência nos seus actos e isso favorece a corrupção".
Maria josé Morgado
TÊM DE MERECER SEVERA PUNIÇÃO
Carlos Moreno defende sanções aos responsáveis pelos maus resultados da economia
A responsabilização criminal dos responsáveis pelos maus resultados da economia tem de ser definida em tribunal depois de investigação da Polícia Judiciária, disse à Lusa o ex-juiz do Tribunal de Contas Carlos Moreno.
ÚLTIMA HORA: ASAE INTERDITA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA Fiscais da ASAE, da inspecção da higiene alimentar, acabam de encerrar a Assembleia da República. Motivo: Comiam todos do mesmo tacho.
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NÃO QUER VER
1. [...] A primeira morte é económica. O modelo socialista/social-democrata/democrata-cristão, centrado na caridade do Estado e na subalternização do indivíduo, está falido, e brinda-nos com recessões de quatro em quatro anos. Basta ler "O Dever da Verdade" (Dom Quixote), de Medina Carreira e Ricardo Costa, para percebermos que o nosso Estado é, na verdade, a nossa forca. Através das prestações sociais e das despesas com pessoal, o Estado consome aquilo que a sociedade produz. Estas despesas, alimentadas pela teatralidade dos 'direitos adquiridos', estão a afundar Portugal. Eu sei que esta verdade é um sapo ideológico que a maioria dos portugueses recusa engolir. Mas, mais cedo ou mais tarde, o país vai perceber que os 'direitos adquiridos' constituem um terço dos pregos do caixão da III República [...]
da crónica "O regime que morreu três vezes".
2. As pessoas não gostam de Medina Carreira. Mas, na verdade, as pessoas não gostam é da realidade. Ele só aponta para a realidade. Ele só aponta para factos que ninguém quer ver. E é fascinante ver o "denial" das pessoas perante os factos.
AJP Taylor dizia que as pessoas, quando criticavam Bismarck, o realista, estavam, na verdade, a criticar a realidade.
por Henrique Raposo às 18:25
Os Sete Dons do Espírito Santo são os valores centrais que se procuram no culto ao Divino. Estes dons, associados à esperança da chegada de um novo mundo, mais justo e sábio, são o que une os devotos do culto do Divino Espírito Santo, num contínuo doutrinário que assenta no joaquinismo medieval, e hoje dá vida à Irmandade do Divino Espírito Santo.
A imprensa espanhola destaca hoje a vitória "histórica" do PP e a ampla derrota do PSOE que demonstra, segundo os jornais mais conservadores, que Espanha "exige mudança".
Esse é título principal da primeira página do jornal "El Mundo ", que realça a derrota do PSOE tanto nas municipais como nas regionais.
O conservador "ABC " considera que se tratou de uma "vitória histórica do PP ante a queda do PSOE", com os populares a serem "a força mais votada em todas as regiões exceto nas Astúrias e Navarra", pelo que o país "quer mudança".
Nestas eleições, refere o jornal, os socialistas perderam 7% dos votos face a 2007 e o PP consolidou as suas maiorias, sendo ainda de destacar que a coligação basca Bildu irrompe em Guipuzcoa como a força mais votada, conseguindo mais de mil vereadores" na região.
"Aguirre afunda Gómez em Madrid" ou "O PSOE perde Sevilha e Barcelona", estão entre outros grandes títulos deste sufrágio para o jornal.
Socialista lembrou frase de Mário Soares
clique acima
Manuel Maria Carrilho disse esta terça-feira no TVI24 que o líder socialista deitou o socialismo para o «caixote do lixo».
«Sócrates tem os 700 mil desempregados na sua responsabilidade, cisões que me lembram a famosa frase de Mário Soares que tinha que pôr o socialismo na gaveta. Se Mário Soares teve de pôr o socialismo na gaveta, José Sócrates deitou-o para o caixote de lixo», disse.
Pior é impossível<input ... >2010-12-08
O aumento de impostos que aí vem e a diminuição de salários na Função Pública servirá para alimentar um Orçamento do Estado mau, descomunal e que não garante sequer os benefícios mínimos a que os cidadãos têm direito. Em 2011, o Estado irá gastar cerca de 75 mil milhões de euros. O que representa 7500 euros por cada português, 30 mil numa família com dois filhos. Uma barbaridade! Como contrapartida, quais os benefícios para os cidadãos? Ao nível da Saúde, o serviço é satisfatório nos grandes centros, mas quase não há respostas no interior e nas zonas periféricas. O descalabro nos gastos é a regra. Em alguns hospitais, o custo médio por consulta anda acima dos 150 euros, as despesas com medicamentos não param de subir, é a falência anunciada. Já na Educação, milhares de milhões de euros gastos no ensino público representam um custo anual por aluno da ordem dos cinco mil euros... muito mais do que se paga na maioria dos colégios. Nos outros sectores, é a desgraça que se sabe. Mas, pior que tudo, o orçamento é o instrumento que assegura às empresas do regime o pagamento de negócios chorudos, como as concessões de Scut com rentabilidades de 14% ao ano. Garante ainda os empréstimos ruinosos para o financiamento da dívida pública, que irá consumir as receitas correspondentes ao aumento do IVA. E é para alimentar este regabofe que nos vêm impor sacrifícios? Sacrifícios para todos? Não. Deles estão isentos os que conseguem influenciar um Estado permeável às forças corporativas. Os salários não serão reduzidos aos funcionários da Região Autónoma socialista dos Açores. Nem tão-pouco a alguns dirigentes e quadros de empresas públicas. A fuga ao Fisco está ainda autorizada às maiores empresas (mas só às mais ricas), cotadas em Bolsa, que podem antecipar pagamento de dividendos, beneficiando de um quadro fiscal mais favorável. O Orçamento de 2011 ficará na história como aquele que transformou o Fisco num mecanismo de transferência dos recursos dos pobres directamente para os mais ricos. Mário Soares já tinha colocado o socialismo na gaveta. Sócrates deitou-o ao lixo |
A POLÍTICA in situ “
“A forma como os partidos têm funcionado tem-se vindo a degradar ao longo dos anos e é perfeitamente castradora da qualidade. A maioria dos portugueses , principalmente os de maior capacidade política e de mais nobres intenções, não têm paciência para uma vida partidária que, ao funcionar nos moldes tradicionais,exige, acima de tudo, vocação para tarefas menores e não para a defesa de convicções.
Cavaco Silva manifestou apreensão pelo desprestígio da classe política (Miguel Madeira (arquivo))
( ... ) A propósito da apreensão que manifestou pelo “desprestígio da classe política” portuguesa, Cavaco Silva declara: “Existe, de facto, um problema de qualidade na nossa democracia, para o qual eu alertei várias vezes. Não podemos ceder ao populismo fácil de criticar por criticar a classe política”.
“Antes disso, temos de pensar naquilo que nós próprios devemos fazer pelo país. Não irei fazer promessas que não poderei cumprir. Um Presidente responsável, no quadro dos poderes que a Constituição lhe confere, não pode prometer que vai alterar uma situação que diz respeito a todos, começando pelos agentes políticos, que devem dar o exemplo. ( ....) Público
As palavras do actual presidente da Câmara do Porto, são pela sua comprovada honestidade, um alerta de pessoa experimentada e amiga. Infelizmente fazem-nas passar despercebidas!
“ A nossa sociedade está a atravessar uma perigosa crise de valores. Uma crise que todos sentimos nas mais pequenas coisas, quando, no dia-a-dia, constatamos que temos de conviver com uma permanente inversão de prioridades.
Hoje, já começa a ser difícil encontrar quem perceba que o interesse colectivo se tem sempre que sobrepor ao interesse individual. De forma perigosíssima, a sociedade aceita demasiadas vezes e de forma complacente que os interesses individuais ou de grupo ditem políticas que agridem o colectivo. Infelizmente são muitos esses exemplos.”
A política in situ
RUI RIO
A nossa democracia nasceu de forma extremamente complicada, no-pós 25 de Abril. Seguiram-se tempos muito conturbados, com a tentativa do Partido Comunista de, a qualquer modo, controlar o poder. Greves, manifestações, comícios, barricadas e tentativas de golpes militares, houve de tudo! Muitos portugueses resolveram abandonar o país e até ao 25 de Novembro de 1976, não mais houve um dia de sossego. Os militares revoltosos não estavam preparados para governar o país.
De referir também a descolonização, com a vinda de milhares de pessoas do chamado “ Ultramar”, o que também constituiu um factor de forte agravamento da nossa situação.
É muito difícil dizer quem mandou no país neste período altamente conturbado, dado que as Forças Armadas estavam completamente divididas e o “Poder” estava na rua. O chamado “ Conselho da Revolução”, sem experiência política, ia fazendo o que podia, mas que era notoriamente pouco, muito pouco. O oportunismo tomou conta do país e a situação financeira foi-se degradando completamente.
Com o 25 de Novembro de 1976, lá foram aparecendo os partidos políticos e, aos poucos, se foi ganhando maior estabilidade.
É forçoso dizer-se que, a democracia há tanto esperada, não chegou da melhor forma. O nosso país foi tomado pelas pessoas mais oportunistas e menos escrupulosas. Grande parte dos nossos melhores técnicos e quadros, tinham sido compulsivamente afastados, até do seu próprio país.
A situação económica degradou-se tanto, tanto, que só com o recurso ao FMI, se conseguiu, a muito custo, reencontrar algum equilíbrio. A entrada de Portugal na União Europeia ajudou, com a cedência de volumosos fundos, destinados ao seu desenvolvimento. Muitos destes fundos foram, entretanto, consumidos sem proveito para o País e do seu desenvolvimento.
Finalmente que democracia temos em Portugal?
Não é fácil dar uma resposta a esta pergunta. Todavia, podemos responder com outra pergunta: Portugal melhorou desde que pretendeu ser um país democrático?
Aqui, os donos da democracia saltam e apregoam toda uma série de conquistas! Só será de lhes darmos crédito se da comparação com outros países europeus e democráticos, os nossos indicadores, se situarem na média dos países da União Europeia. E isso não acontece. Nem pouco mais ou menos!
Os nossos partidos políticos não têm funcionado como deviam e se exige. A nossa comunicação social também não, afastou-se do verdadeiro esclarecimento político e social. Assim, o povo não evolui nos seus critérios políticos de escolha de candidatos, já de si, longe de parâmetros aceitáveis. Fica presa fácil dos demagogos, oportunistas e mentirosos. Mesmo em momentos cruciais, como acontece agora, em que os responsáveis pelas dramática situação de Portugal estão nas sondagens com possibilidade de continuarem no poder! Aí temos de novo o nosso conhecido FMI!
António Reis Luz
O autor deste artigo é dito ser o Dr. Emanuel Tanya, um conhecido e respeitado psiquiatra. Um homem cuja família pertencia à aristocracia alemã antes da segunda guerra mundial e era proprietário de uma série de grandes indústrias e propriedades.
Quando perguntado sobre quantos alemães eram verdadeiros nazis, sua resposta pode guiar a nossa atitude em relação ao fanatismo: 'Muito poucas pessoas foram verdadeiras nazis', disse ele, 'mas muitos gostaram do regresso do orgulho alemão e muitos mais estavam demasiado ocupados para se importarem com isso’. Eu era um dos que pensavam que os nazis não eram mais que um bando de idiotas.
Assim, a maioria limitou-se a ficar sentada e a deixar tudo acontecer. E antes que nos apercebêssemos eles eram donos de nós, tínhamos perdido o controlo da situação e tinha chegado o fim do mundo. A minha família perdeu tudo, eu acabei num campo de concentração e os aliados destruíram minhas fábricas.'
Tem-nos sido dito repetidas vezes por "especialistas" e "comentadores" que o Islão é uma religião de paz e que a grande maioria dos muçulmanos só quer viver em paz. Ainda que esta afirmação possa ser verdadeira, ela é totalmente irrelevante. É treta sem sentido, destinada a nos fazer sentir melhor e a minimizar o fantasma do alvoroço mundial em nome do Islão. Porém o facto é que são os fanáticos que mandam no Islão neste momento da história.
São os fanáticos que conduzem, são os fanáticos que empreenderam todas as 50 pungentes guerras no mundo, são os fanáticos que sistematicamente trucidam grupos cristãos ou tribais através da África e estão gradualmente tomando conta de todo o continente numa onda islâmica, são os fanáticos que bombardeiam, decapitam, assassinam em nome da lei, são os fanáticos que se vão apoderando das mesquitas, são os fanáticos que zelosamente espalham a tradição do apedrejamento e enforcamento das vítimas de violação e dos homossexuais, são os fanáticos que ensinam seus filhos a matar e a tornar-se bombistas suicidas.
Os factos, rigorosos e quantificáveis demonstram que a maioria pacífica, a ‘maioria silenciosa', é cobarde e irrelevante.
A Rússia comunista era formada de russos que apenas queriam viver em paz, contudo os comunistas russos foram responsáveis pelo massacre de cerca de 20 milhões de pessoas. A maioria pacífica era irrelevante.
A enorme população da China também era pacífica, porém os comunistas chineses conseguiram matar uns 70 milhões de pessoas.
O japonês médio antes da segunda guerra mundial não era um sádico belicista. Todavia o Japão fez um percurso de assassinatos através do Sudeste Asiático numa orgia de matança que incluiu o sistemático abate de 12 milhões de chineses civis, mortos à espada, à pá e à baioneta.
E quem pode esquecer o Ruanda, que colapsou numa carnificina. Não poderíamos dizer que a maioria dos ruandeses eram 'amantes da paz'?
As lições da história são incrivelmente simples e claras, porém apesar de todo o nosso poder de raciocínio, falhamos a percepção dos pontos mais básicos e simples.
Os muçulmanos amantes da paz tornaram-se irrelevantes através do seu silêncio. Os muçulmanos amantes da paz tornar-se-ão nossos inimigos se não marcarem posição, pois que, à semelhança do meu amigo alemão, eles irão acordar um dia e descobrir que os fanáticos são seus donos e que o fim do seu mundo terá começado.
Alemães, japoneses, chineses, russos, ruandeses, sérvios, afegãos, iraquianos, palestinos, somalis, nigerianos, argelinos e muitos outros amantes da paz têm morrido porque a maioria pacífica não tomou posição até ser demasiado tarde. Quanto a nós que assistimos a todo este desenrolar, temos de prestar atenção ao único grupo que conta - os fanáticos que ameaçam nosso modo de vida.
Por último, quem quer que tenha dúvidas de que o problema é grave sempre que alguém se empertigue agarrada ao poder, melhor será que não se acomode no silêncio, antes que seja tarde demais !!!!
Em Portugal, embora se reconhecesse o mérito da obra de Salazar no que respeita à reorganização financeira, à restauração económica e à defesa da paz, muitos entenderam que tinha chegado a oportunidade de mudança politica.
Oliveira Salazar assumira a pasta dos negócios estrangeiros desde a Guerra Civil Espanhola. Com a Segunda Guerra Mundial o imperativo do governo de Salazar é manter a neutralidade. Próximo ideologicamente do Eixo, o regime português escuda-se nisso e também na aliança com a Inglaterra para manter uma política de neutralidade. Esta assentava num esforço de não afrontamento a qualquer dos lados em beligerância.
Primeiramente, uma intensa actividade diplomática junto de Franco tenta evitar que a Espanha se alie à Alemanha e à Itália (caso em que previsivelmente os países do Eixo com a Espanha olhariam a ocupação de Portugal como meio de controlar o Atlântico e fechar o Mediterrâneo, o que desviaria o teatro da guerra para a Península Ibérica).
Com a Espanha fora da guerra, a estratégia de neutralidade é um imperativo da diplomacia por forma a não provocar a hostilidade nos beligerantes e Salazar não tolerou desvios dos diplomatas que arriscassem a sua política externa. Quando o cônsul português, Aristides de Sousa Mendes, em Bordéus concedeu vistos em grande quantidade a judeus em fuga aos nazis, ignorando instruções do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Salazar foi implacável com ele e demitiu-o.
A questão da indemnização da Igreja Católica pela nacionalização dos seus bens durante a 1ª República é considerada por Salazar. Apesar da sua acção no Centro Católico e de ser ele mesmo profundamente católico, a separação de poderes entre o Estado e a Igreja é uma afirmação clara do salazarismo, mas Salazar procurou dar grandes privilégios para a Igreja, para que esta o apoiasse. A definição das relações entre o Estado português e a Igreja Católica viria a oficializar-se em 1940 através da Concordata.
Na Guerra Civil Espanhola, deflagrada em julho de 1936, Salazar declara apoio a Franco e cria a Legião Portuguesa e a Mocidade Portuguesa.
Em 8 de Setembro de 1936, teve lugar em Lisboa a Revolta dos Marinheiros, também conhecida como Motim dos Barcos do Tejo, a mais aparatosa acção levada a cabo durante a Guerra Civil de Espanha contra a ditadura portuguesa.
A acção foi desencadeada pela Organização Revolucionária da Armada (ORA), estrutura criada em 1932 para agrupar as células do Partido Comunista Português (PCP) da Marinha. A organização editava um mensário intitulado O Marinheiro Vermelho.
Os marinheiros comunistas sublevaram as tripulações dos navios de guerra Dão, Bartolomeu Dias e Afonso de Albuquerque, procurando sair com eles da Barra do Tejo. Após uma intensa troca de tiros, que causou a morte de 10 marinheiros, a revolta fracassou e os sublevados foram presos.
Em 1932 era publicado o projecto de uma nova Constituição que seria aprovada em 1933. Com esta constituição, Salazar cria o Estado Novo, uma ditadura civil, anti-liberal, anticomunista e anti-parlamentar que se orienta segundos os princípios da tradição: Deus, Pátria, Família, Autoridade, Hierarquia, Moralidade, Paz Social e Austeridade. Toda a vida económica e social do país estava organizada em corporações - era também um Estado Corporativo. Portugal afirmava-se como "um Estado pluricontinental e multirracial" - assentava-se sobre os pilares de uma política colonialista. Durante o Estado Novo, os Presidentes da República tinham funções meramente cerimoniais. O detentor real do poder era o Presidente do Conselho dos Ministros e era ele que dirigia os destinos de Portugal.
Com a crise económica e a agitação política da 1ª República (que se prolongou inclusive após o 28 de Maio), a Ditadura Militar chamou Salazar em Junho de 1926 para a pasta das finanças; passados treze dias renuncia ao cargo e torna a Coimbra por não lhe haverem satisfeitas as condições que achava indispensáveis ao seu exercício.
Em 1928, após a eleição de Carmona e na sequência do fracasso do seu antecessor em conseguir um avultado empréstimo externo com vista ao equilíbrio das contas públicas reassumiu a pasta. Exigiu controlo sobre as despesas e receitas de todos ministérios. Satisfeita a exigência, impôs forte austeridade e rigoroso controlo de contas, conseguindo um superavit nas finanças públicas logo no exercício económico de 1928-29.
- Sei muito bem o que quero e para onde vou. - afirmara, denunciando o seu propósito na tomada de posse.
Na imprensa, especialmente a que lhe era favorável, Salazar seria muitas vezes retractado como salvador da pátria. O prestígio ganho, a propaganda, a habilidade política na manipulação das correntes da direita republicana, dos monárquicos e dos católicos consolidavam o seu poder. A Ditadura dificilmente o podia dispensar e o Presidente da República consultava-o em cada remodelação ministerial. Enquanto a oposição democrática se desvanecia em sucessivas revoltas sem êxito, procurava-se dar rumo à Revolução Nacional imposta pela ditadura. Salazar, recusando o regresso ao parlamentarismo da 1ª República, dá a solução: cria a União Nacional em 1930, movimento nacional (na prática o partido único) aglutinador de todos quantos quisessem servir a pátria.
Leio que o PS desistiu de usar imigrantes na campanha. Sentimentos contraditórios.
Por um lado, não é bonito explorar a pobreza e a fome para fins eleitorais. Sobretudo se o PS insiste em usar a bifana como pagamento, esquecendo que o porco não é bem visto em algumas das culturas presentes.
Mas, por outro lado, simpatizo com o drama do eng. Sócrates: só mesmo quem não percebe uma palavra da nossa língua é capaz de aplaudir as coisas que o primeiro-ministro debita por aí. Creio que seria possível encontrar um meio termo e continuar com estas excursões multiculturais. Bastava que os organizadores trocassem a bifana pelo caril – e disponibilizassem nos comícios tradução simultânea em urdu, hindi, bitonga ou mandarim. A possibilidade do pessoal ficar horrorizado com o que ouve e desatar a fugir não devia amedrontar um partido democrático como o PS.
" O economista João Duque afirmou ontem que os portugueses só tomariam consciência da verdadeira situação do País se houvesse uma "ruptura de tesouraria" com atrasos de pagamento das reformas e dos vencimentos dos funcionários públicos". As pessoas aí acordavam definitivamente", acrescentou.
cm-
" Com ar importante e convencido, José Sócrates disse em Beja que "Desta vez é a sério". Pergunto: então, o que é que este artista de circo andou a fazer em seis anos como primeiro-ministro? Possivelmente a brincar aos polícias e ladrões, porque em prol do País nada fez, apenas cimentou a fome, o desemprego e a descriminação dos trabalhadores."
Manuel Rufo - Barreiro
Há uns anos, onde a geografia obriga Trás-os-Montes a encontrar o Minho – na freguesia de Cavez, Cabeceiras de Basto –, uma mulher de 70 anos plantou 67 pés de canábis. Depois de ver as botas da GNR dentro de casa, a mulher chorava a realidade dela, ainda que não fosse bem, bem, a realidade. Tinha "confundido" os pés de canábis com tomatinhos franceses.
À jornalista, o vizinho acrescentou só a evidência: "‘Antão’ uma mulher da terra, sempre a mexer na terra, não vê que aquilo não podia ser tomates?!" A campanha eleitoral de José Sócrates tem contado com extraordinários apoiantes – e porque tão assíduos como entusiasmados pouco importa que não falem bem o português.
São imigrantes da Índia e do Paquistão – "inseridos na estrutura voluntária da campanha", segundo o PS, e, no entanto, afastados depois de serem notícia. No sábado, em Évora, Singh Gurmukh contou ao CM que seguia a caravana de graça, num acto de reconhecimento pelo apoio do Governo à sua comunidade – não teria sequer importância que por tão sincera gratidão recebessem transporte e comida. Não são os pezinhos de canábis, nem o transporte ou a comida gratuitos que unem estas duas histórias. É tudo o resto. É o fundamental – toda e qualquer (in)verdade, toda e qualquer conveniência.
Saber contar até oito era mais do que suficiente para obter a classificação máxima numa pergunta do teste intermédio de Físico-Química realizado este mês nas escolas.
A abrir o Caderno 2 - Grupo 5 da prova elaborada pelo Gabinete de Avaliação Educacional (Gave) do Ministério da Educação surgia a seguinte pergunta: "O sistema solar é constituído pelo Sol e pelos corpos celestes que orbitam à sua volta. Atualmente, considera-se que os planetas que fazem parte do sistema solar são Mercúrio, Vénus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Neptuno. Em 2006, Plutão deixou de ser classificado como um planeta, embora continue a fazer parte do sistema solar. Atualmente, considera-se que o sistema solar é constituído por quantos planetas?"
A pergunta está a deixar os professores perplexos, relançando debate sobre o facilitismo no sistema de ensino, mas há mais.
No Caderno 1 - Grupo 1 da polémica prova, os alunos teriam de saber que a água, a 100 graus centígrados, entra em ebulição em vez de solidificar.
Realizados pela primeira vez no ano lectivo de 2005/2006, os testes intermédios "têm como principais finalidades permitir a cada professor aferir o desempenho dos seus alunos por referência a padrões de âmbito nacional, ajudar os alunos a uma melhor consciencialização da progressão da sua aprendizagem e, complementarmente, contribuir para a sua progressiva familiarização com instrumentos de avaliação externa", informa o Gave no seu site.
Mas para o colunista do "Jornal de Notícias ", Manuel António Pina, distinguido este ano com o prémio Camões, "com testes destes, visando aferir o desempenho dos alunos 'por referência a padrões de âmbito nacional' lá se vão o 'direito ao sucesso' desses alunos e a sua rápida entrada no mercado do desemprego".
E QUEM FALA ASSIM NÃO É GAGO (A)....
http://www.sabado.pt/Opiniao/Maria-Joao-Avillez/E-podem-deixar-de-nos-mentir-.aspx
Clique acima
A afirmação de que uma embaixada, no caso a de Moçambique, está a encaminhar naturais daquele país residentes em Portugal para as acções de campanha do PS é muito grave. Certamente que o embaixador será chamado à Ajuda e que uma explicação será dada aos portugueses.
O povo espanhol exprimiu-se este domingo de forma clara. A participação eleitoral foi maior do que há quatro anos, a derrota do PSOE foi estrondosa, a vitória do PP não teve precedentes, surgiram novos movimentos políticos (nas Asturias e no País Basco) e a subida do número de votos em branco ficou muito aquém do pedido pelo “indignados” da Puerta del Sol.
No entanto estas acham que o que se passou não foi democracia. Como explica o antigo director do jornal do PCP “o diário”, Miguel Urbano Rodrigues, “neste início do século XXI, no contexto de uma gravíssima crise mundial de civilização, o capitalismo, em fase senil, cola o rótulo de democracia representativa a ditaduras da burguesia de fachada democrática.” Logo há que ignorar as escolha do povo em eleições livres e permanecer acampado no centro de uma capital europeia.
Entretanto, em Portugal, já existem macacos de imitação. Estão no Rossio e vão produzindo vídeos delirantes. Segundo os próprios, estão “a aprender a democracia, com erros, hesitações, mas estamos a aprender rápido”. Porque, explica de forma mais erudita Miguel Urbano Rodrigues citando Atilio Borón, “um sociólogo marxista argentino de prestígio internacional” (???), os indignados lembram a Comuna de Paris e, se persistirem na sua luta, “poderão derrotar a prepotência do capital e, eventualmente, iniciar uma nova etapa na história não só da Espanha, mas da Europa”.
A ideia não é nova. Marx já a tinha desenvolvido em 1871. Mas não é democrática. Se os rapazes do Rossio quiserem aprender algo realmente interessante sobre o que é viver em democracia talvez encontrem, numa das duas livrarias da praça, um exemplar do clássico de Tocqueville. Podem aproveitar para se ilustrar durante as longas noites do acampamento.
"não estamos a tratar o assunto com a seriedade que merece. eu conheço a secção da almirante reis e sei que esses cidadãos (paquistaneses) têm uma importante actividade política lá"
Francisco Assis
Com a campanha nacional a correr à porta fechada, fomos até Lisboa. Cobrámos a Ferro Rodrigues a demissão de secretário-geral do PS. Aquela que deixou José Sócrates no poder. Há socialistas e há socialistas. E a campanha em Lisboa tem menos paquistaneses, menos seguranças e mais nível.
SERIA BOM QUE PORTUGAL NÃO SE AFUNDASSE MAIS
Os decisores políticos e os gestores públicos têm uma oportunidade de ouro para criar valor, no imediato, através da modernização do sistema de compras públicas. Através de uma execução relativamente acessível, a modernização das compras públicas garante três virtudes inquestionáveis e extremamente relevantes: envolve uma poupança potencial superior a 200 milhões de euros anual na despesa pública, representa uma oportunidade real de modernização estrutural da máquina da Administração Pública e contribui significativamente para a competitividade da economia portuguesa.
Carlos Miguel Oliveira*
24 de Maio de 2011 | 08:09
As medidas de austeridade impostas em Portugal devido à crise financeira poderão custar a cada português, em média, mais 600 euros em impostos em 2013, avança esta terça-feira o Jornal de Negócios.
O aumento da factura fiscal resulta de subidas nos impostos sobre o rendimento e consumo, taxas especiais, tributos sobre o património e cortes nas deduções fiscais, explica o jornal.
Assim, desde 2009, ano em que a crise internacional chegou de forma clara ao nosso País, até 2013, o valor dos impostos a pagar por cada contribuinte poderá crescer em 600 euros.
Dados da Associação Portuguesa de Crianças Desaparecidas
A Associação Portuguesa de Crianças Desaparecidas (APCD) registou nos primeiros quatro meses deste ano um total de 766 desaparecimentos de jovens com idades entre os 12 e os 18 anos.
A APCD, organização não-governamental que assinala na quarta-feira o Dia Internacional da Criança Desaparecida com o lançamento de um manual de segurança infantil, regista também um total de 53 casos de crianças até aos 12 anos que desapareceram desde o passado mês de janeiro.
Em 2010, a APCD, que presta apoio psicológico e jurídico às famílias de desaparecidos, somou 1972 participações de jovens desaparecidos entre os 12 e 18 anos, enquanto o número de crianças até 12 anos sem paradeiro fixou-se em 115.
Patrícia de Sousa Cipriano, presidente da APCD, sublinha a importância do lançamento do manual de segurança infantil, na quarta feira, no auditório dos Serviços Sociais da Câmara Municipal de Lisboa, para combater um fenómeno de crescente preocupação para a União Europeia.
Patrícia de Sousa Cipriano explica que o manual - que tem o apoio de Maria Cavaco Silva - "veicula uma série de regras de segurança para proteção das crianças e procedimentos a ter em conta aquando do desaparecimento de uma criança".
"Foi com grande esforço e dedicação que compilámos estas regras, que vão ser distribuídas gratuitamente no site (www.ap-cd.pt), através de download, a partir do dia 25 de maio. Todos os cidadãos poderão aceder a regras básicas de proteção de uma criança, sem qualquer custo", refere.
O programa da apresentação do manual tem abertura programada para as 18:00, com Francisco George, director-geral da Saúde, após o qual decorrerão debates entre especialistas com experiência prática na área da responsabilidade social, saúde, infância e investigação de desaparecimento de crianças.
A sessão, em que serão debatidos os números, a investigação e o tratamento jurídico do desaparecimento de crianças em Portugal, será encerrada por Bagão Feliz, ex-ministro da Segurança Social e atual conselheiro de Estado.
Também o Instituto de Apoio à Criança (IAC) assinala o Dia Internacional das Crianças Desaparecidas com a realização de uma conferência em Lisboa para reflectir sobre as diversas temáticas relacionadas com o fenómeno.
Em debate estará o fenómeno associado aos crimes de abuso e exploração sexual e as causas de desaparecimento, em particular as fugas institucionais e os raptos parentais.
A sessão de abertura terá a presença do ministro da Administração Interna, Rui Pereira, do ministro da Justiça, Alberto Martins, do procurador-geral da República, Pinto Monteiro, da vice-procuradora geral da República, Isabel São Marcos, do provedor da Justiça, Alfredo José de Sousa, do presidente da Comissão Nacional de Proteção de Crianças e Jovens em Risco, Armando Leandro, do presidente do conselho de administração do Montepio Geral, António Tomás Correia, da presidente do IAC, Manuela Eanes.
O encerramento será realizado pelo vice-presidente da Direcção do IAC, José Coelho Antunes, pelo presidente do Instituto da Segurança Social, Edmundo Martinho, e pela secretária de Estado Adjunta e da Reabilitação, Idália Serrão.
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