Terça-feira, 15 de Fevereiro de 2011
DESAPARECEU A CREDIBILIDADE
O mapa oficial dos resultados das eleições presidenciais de 23 de Janeiro, publicado hoje em Diário da República, refere um total de 4.431.849 votantes, menos 60.448 do que o inicialmente anunciado, 4.492.297. O documento foi aprovado pela Comissão Nacional de Eleições, com dois votos a favor, dois votos contra e duas abstenções. |
NÃO HÁ DEMOCRACIA
Educação: Grilo, Carneiro e Pedrosa defendem mudança
Ex-ministros querem escolas autónomas
Marçal Grilo, Roberto Carneiro e Júlio Pedrosa, três antigos ministros da Educação, defenderam ontem, num encontro na Fundação Gulbenkian, em Lisboa, promovido pelo Fórum Liberdade de Educação, maior autonomia das escolas públicas. Marçal Grilo, ministro no primeiro Governo de António Guterres (1995/99), foi o mais radical.
Por:Bernardo Esteves
"Mesmo correndo todos os riscos, devemos dar autonomia total a todos os agrupamentos e escolas", disse, frisando que "muitas preferem continuar dependentes do Ministério da Educação porque assim têm menos responsabilidades". Também Roberto Carneiro (ministro de Cavaco Silva, de 1987 a 1991) e Júlio Pedrosa (ministro em 2001, apenas durante 9 meses, no Governo de António Guterres) defenderam a autonomia das escolas.
Numa altura em que os colégios com contrato de associação vivem um período conturbado, Marçal Grilo e Roberto Carneiro defenderam que o serviço público de educação pode ser prestado por privados. "Se numa zona houver uma escola pública e uma privada, se a privada tiver melhor avaliação, fecho a pública e deixo a privada", disse Marçal Grilo. O movimento SOS Educação anunciou que os alunos de escolas com contratos de associação vão, durante esta semana, boicotar a saída das aulas, dormindo dentro dos estabelecimentos de ensino. Hoje, o protesto deverá decorrer no Colégio da Imaculada Conceição, em Cernache, Coimbra.
Lisboa
13º CMudar Localidade
- Angra do Heroísmo, Açores20
- Aveiro7
- Beja17
- Braga3
- Bragança2
- Castelo Branco10
- Coimbra9
- Évora16
- Faro18
- Flores, Açores19
- Funchal, Madeira22
- Leiria11
- Lisboa14
- Ponta Delgada, Açores21
- Portalegre12
- Porto5
- Porto Santo, Madeira23
- Santarém13
- Setúbal15
- Viana do Castelo1
- Vila Real4
- Viseu6
Sucesso
A disputa eleitoral e o seu resultado isolaram ainda mais o BE, colocando-o numa trajectória descendente.
Por:Ângelo Correia, Gestor
O Bloco de Esquerda lançou a moção de censura mais estranha e incongruente que até hoje Portugal pôde constatar. Os seus fundamentos não têm a ver predominantemente com a acção governativa, antes com diferenças ideológicas, o que lhe permite censurar simultaneamente o governo e o principal partido da oposição. Dos seus reais objectivos não consta o derrube do governo, mas pelo contrário, mantê-lo, pois ao também atacar o PSD, convida-o a votar contra a moção e, desse modo, a única força política garante do seu êxito é formalmente impelida a não a apoiar.
O momento do seu lançamento é de tal forma distante da sua votação, que o único efeito pretendido é falar-se dela e dos seus proponentes. Não é o País que interessa. Não é a mudança de Governo que se procura, apenas colocar o BE no centro da política nacional. Percebe-se o porquê. O BE fora derrotado e de que modo nas eleições presidenciais. O candidato por si apoiado tinha caído fragorosamente. A base de apoio da sua candidatura não tinha aproximado os vários eleitorados que a ela tinham aderido. A disputa eleitoral e o seu resultado isolaram ainda mais o BE, colocando-o numa trajectória descendente, e, perante isso, precisava de um número mágico que o posicionasse no centro das atenções. Para o BE o problema não é o País, são os media.
Precisa de inventar algo, quando já esgotou o seu arsenal de causas! Precisa de inventar moções para rivalizar com o PCP. Mas não podemos ver o problema somente por estes ângulos. Esta moção convém ao PS, ao Eng. Pinto de Sousa e de que maneira! Como ela não será aprovada, o Eng. Pinto de Sousa queima uma hipótese à oposição. Como ela não será aprovada, o Eng. Pinto de Sousa aumenta a sua imagem de invencibilidade. Além disso, ainda lhe dá hipóteses para atacar o PSD por, em 24 horas, não ter logo respondido ao desafio. Percebe-se a rapidez desejada pelo Eng. Pinto de Sousa.
É que no PS ele não precisa de ouvir os seus próprios órgãos para a tomada de decisões relevantes. Ele sabe tudo, decide tudo e não ouve ninguém. Ele é o PS. Contrariamente, o PSD é não só democrático como se comporta como tal! O seu líder não é o dono do partido. Esta moção de censura, que aparentemente não serve para nada, tem afinal utilidades várias: mostra que o BE não é um adversário real do PS, mas, mais um apoio estratégico, útil em alguns momentos, como na candidatura de Alegre; mostra que o BE precisa desesperadamente de afecto público; mostra ainda que o Eng. Pinto de Sousa vive para o show e não para os problemas do País. O PSD esse decidirá hoje e decidirá bem!
Grandes chapeladas
As últimas eleições presidenciais revelaram que anda muita porcaria escondida debaixo dos tapetes do regime democrático.
Por:António Ribeiro Ferreira, Jornalista
Mortos e emigrantes nos cadernos eleitorais, indígenas impedidos de votar por incompetência ou má-fé e, agora, qual cereja em cima da lixeira, veio a saber-se que entre os dados recolhidos pelos Governos Civis das mesas de voto e o apuramento final do Tribunal Constitucional há uma diferença de 60 mil eleitores. Nada mau para um País com mais de trinta e seis anos de democracia e muitas eleições no currículo. É evidente que ninguém quer ir ao fundo da questão. Fica mal reconhecer os podres num Estado de direito que faz juras de amor eternas à legalidade e à ética. Mas que cheira mal, cheira. E faz lembrar os velhos tempos das grandes chapeladas.
Mergulho na recessão
A notícia da recessão em Portugal será confirmada quando o INE publicar os dados da actividade económica no primeiro trimestre de 2011. Mas o abrandamento económico já é notório.
Por:Armando Esteves Pereira, Director-Adjunto
O último trimestre de 2010 já foi mau, com uma quebra de 0,3% na riqueza gerada face aos três meses de Verão. O anúncio da austeridade levou à retracção dos agentes económicos, o que contribuiu para a erosão do PIB num ano que até registou um saldo positivo, apesar de 1,4% de crescimento ser insuficiente para travar o flagelo do desemprego.
Na Europa a três velocidades, em que na frente se encontra a poderosa Alemanha, no segundo grupo um numeroso pelotão de crescimento lento, Portugal entra na zona dos proscritos da Zona Euro, que tal como a Grécia e Irlanda, já alvo de resgate do FMI, enfrenta o cenário de empobrecimento em 2011.
Os mercados financeiros que estão agora atentos a tudo o que se passa no País já reagiram aos dados do INE e aumentaram a pressão dos juros, que batem recordes.
A pressão financeira acaba por ser mais um peso negativo. O dinheiro cada vez mais escasso e mais caro limita a capacidade de investimento e acentua a degradação da confiança, o combustível necessário para ultrapassarmos este terrível ciclo de pobreza, a que o País parece condenado.
Junho 8, 2010
— André Azevedo Alves @ 20:20
A parte principal da factura do despesismo socialista ainda está para chegar. Como habitualmente, os portugueses pagarão a conta: Originalidades. Por Gabriel Silva.
Quase todos os países europeus tem vindo a anunciar medidas para diminuir os seus astronómicos deficites públicos. Sem excepção, as medidas incidem na diminuição da despesa pública, nalguns casos de forma muito acentuada.
Um país há que destoa dessa tendência: Portugal. Foi o único governo que centrou a acção na via do aumento da receita mediante um aumento de impostos.
(…)
Ninguém se espante portanto que demais parceiros europeus venham exigir reais cortes (e quanto mais tarde, mais profundos serão) e uma redução efectiva da despesa. E não simplesmente espremer continuamente o contribuinte. É que as garantias prometidas tem o seu preço, e nenhum estará disposto a suportá-las sem esforço de quem delas beneficia.
Segunda-feira, 14 de Fevereiro de 2011
Portugal é um país sui generis. Os primatas que por cá nascem andam de pé como o homo sapiens. Interiormente, contudo, quase todos vivem agachadinhos. Basta sentirem que alguma coisa que digam ou façam os pode prejudicar na sua vidinha e zás: do peito dos bravos lusitanos salta logo o "homo agachadinhus" que trazem dentro deles. Mas o pior de tudo é desagradar ao padrinho ! As consequências podem ser terríveis e muito duradouras !
Os sinais de má formação congénita são os seguintes: quem devia falar, não fala; quem devia escrever, não escreve; quem devia opinar, não opina.
Quem devia demitir-se, não se demite.
Nem todos, contudo, sofrem do mal. (..... )
Nicolau Santos - Expresso 31-10-2009
HERESIAS
06 Outubro 2009 - 00h30
VÁ-SE LÁ SABER PORQUÊ ?
Em Portugal, quando o poder muda de mãos é porque caducou por si mesmo e tombou por extenuação. Isto tanto é válido para o poder central como para o local. Quem detém o poder volta a ganhar, porque sim. (.... )
CM - CARLOS ABREU AMORIM
publicado por luzdequeijas às 16:53
Olha, mais um bárbaro que não respeita o "Estado Social"
Amigo diz-me que o secretário de estado da segurança social acaba de dizer isto na rádio: "os privados gerem os equipamentos sociais melhor do que nós". Quem diria. A dr. Isabel Alçada ouviu isto?
SÓCRATES DESTA VEZ NÃO MENTIU…MAS NINGUÉM O LEVOU A SÉRIO
---------------------------------------------------------------------------------------------------------
NÃO TENHO TALENTO PARA PRIMEIRO MINISTRO.
Pedro Quartin Graça
Engenheiro José Sócrates, vamos vê-lo, um dia Primeiro Ministro? Não! Primeiro, porque não tenho talento e as qualidades que um Primeiro deve ter.Segundo, porque ser Primeiro Ministro é ter uma vida na dependência mais absoluta de tudo, sem ter tempo para mais nada. É uma vida horrível e que eu não desejo. Ministro é o meu limite. Aceitei pagar este preço. Mas nada mais do que isso.
16 de Setembro 2000
È uma quase desconhecida entrevista do então Ministro José Sócrates à revista DNA do Diário de Noticias. Dez anos depois Portugal redescobre a verdade dita pelo próprio José Sócrates. Não tem talento e qualidades para ser Primeiro Ministro.16 de Setembro de 2000, uma data que merece mesmo ficar para a História.
Há diversas explicações para o facto de uns países serem mais ricos do que outros. Direi mesmo que em cada caso haverá razões específicas. No entanto, se nos dermos ao trabalho de procurar os traços comuns que existem entre sociedades mais desenvolvidas, chegamos, obviamente, a algumas características que diferenciam sempre os melhores dos piores.
Os países não passam de realidades político-administrativas. O que realmente existe são as pessoas.
E é o comportamento dessas pessoas, mais propriamente a sua cultura que encaminha os países para o desenvolvimento ou para o sofrimento. Um país é aquilo que for o seu povo. Uma das características nucleares para o desenvolvimento de uma nação, direi mesmo o seu ponto de partida, prende-se com a noção de interesse colectivo que os seus membros tiverem. Quanto maior for o respeito que cada um tiver pelo interesse colectivo, maior será o potencial de desenvolvimento de uima sociedade.
É um valor que se reflecte em todo o quotidiano da nossa vida em comum e que não é passível de ser resolvido por simples recurso a um processo legislativo. Nenhuma lei se consegue impor, se chocar com fenómenos de ordem cultural. É por isso que há normas que hoje não vingam e que, anos mais tarde, perante outro grau de evolução, já conseguem ser aceites. É por isso que na política ter razão antes do tempo é penalizador, precisamente porque, quando isso acontece, é sinal de que não se está em sintonia com o grau de desenvolvimento da sociedade.
O exemplo máximo de ausência de noção do interesse colectivo é, obviamente, a corrupção. O perverso da corrupção é exactamente o facto de ela representar o prejuízo do colectivo em nome do interesse individual.Por isso, quanto mais atrasada é uma sociedade, maior é o seu nível de corrupção; nada mais lógico.
"O Comércio do Porto" - 29 de Agosto de 2000
Gafanhotos 'pra fora
As bagas já não são suficientes. É preciso ir mais além. Agora, o ambientalismo quer que as pessoas incorporem insectos na sua dieta . "Come uma barata e salva o planeta", podia ser o slogan desta brilhante ideia de Arnold van Huis, um cientista (cientista) holandês. E, atenção, este brilharete científico-culinário foi lançada num fórum da FAO das Nações Unidas. Parece que van Huis é altamente considerado pela FAO. Entre outras coisas, este indivíduo diz que uma dieta de bicharocos é "saudável, barata, ecológica" , e, calculo, nem sequer carece de ketchup para disfarçar o sabor das patinhas peludas e das asinhas. Uma perninha de aranha é, com certeza, tão saborosa com uma perninha de frango.
Para van Huis, o Ocidente é bárbaro, porque baniu - há milénios - o hábito de comer insectos. Devemos, portanto, seguir os hábitos desses tribos asiáticas que ainda comem aracnídeos e ortópteros. Isso, sim, é civilização. Mais: este regresso ao tempo-em-que-o-homem-não-sabia-fazer-a-ponta-de-uma-lança não seria apenas um avanço civilizacional (para quando propor, sei lá, o canibalismo?); seria também a salvação do planeta: os insectos são "o alimento verde", por excelência, e são a solução para a crise alimentar e, claro, para o aquecimento global. Porque, vejam bem, as vacas emitem mais gases do que os gafanhotos. Quem diria.
Por mim, acho tudo ótimo. Aliás, já penso em negócio: uma churrascaria alternativa, no Bairro Alto ou Príncipe Real, com um menu pronto a lutar por uma estrela Michelin: churrasco de gafanhotos, espetada de aranhiços, soufflé de barata, refogado de escaravelho e um caldo verde com rodelas de lesmas do Indiana Jones. Uma delícia. Uma mina.
por Henrique Raposo às 09:00 |
Irmandades afetivas
"o paradoxo de Deus é este: pelas perdas ficámos a conhecer, por exemplo, até que ponto o pastor está disposto a ir para resgatar a ovelha perdida. Ele vasculha o mundo "até a encontrar" (Lc 15,4). E, quando a encontra, "põe-na alegremente aos ombros" (Lc 15,5)".
por Henrique Raposo às 11:04
PARA RESOLVER O PROBLEMA DO GOVERNO DE SÓCRATES?
Onze pessoas estavam penduradas numa corda num helicóptero.
Eram dez homens e uma mulher.
Como a corda não era forte o suficiente para segurar a todos, decidiram que um deles teria que se soltar da corda.
Eles não conseguiram decidir quem, até que, finalmente, a mulher disse que se soltaria da corda, pois as mulheres estão acostumadas a largar tudo pelos seus filhos e marido, dando tudo aos homens e recebendo nada de volta e que os homens, como a criação primeira de Deus, mereceriam sobreviver, pois eram também mais fortes, mais sábios e capazes de grandes façanhas...
Quando ela terminou de falar, todos os homens começaram a bater palmas...
Cavaco, que Soares dizia “desconhecer”, representou o primeiro dirigente da democracia portuguesa que chegava ao poder fora da resistência contra Salazar e ao PREC e com uma formação dominantemente económica em vez de jurídica .
A maioria absoluta de Cavaco Silva, uma verdadeira subversão de um sistema eleitoral construído para obrigar a governos de coligação, abrindo caminho a um ciclo de governabilidade sem passado até então e sem futuro até 2005 (19 de Julho de 1987).
Procedeu-se à desregulamentação da economia e fez-se a privatização do espaço televisivo e da comunicação social escrita do estado. Criação da SIC e da TVI.
Fez-se a Revisão Económica da Constituição permitindo finalmente a existência de uma plena economia de mercado e as privatizações. O PS que tinha bloqueado mudanças na parte económica da Constituição finalmente cedeu ao PSD (1989).
Tivemos a primeira Presidência portuguesa da UE. Nunca até então a alta administração pública portuguesa tinha conhecido uma prova tão dura.
A Expo, a realização urbana de grande dimensão mudando a face oriental de Lisboa e levando ao clímax o ciclo de grandes obras dos anos do “cavaquismo” (1998).
Adesão ao euro, principal manifestação da decisão estratégica de manter Portugal no chamado “pelotão da frente”, ou seja no grupo mais avançado da EU, abrindo caminho à questão do défice suscitada pelo Pacto de Estabilidade e Crescimento (1 de Janeiro de 1999).
Percebe-se que Portugal vai recuperando o seu prestigio junto das outras nações e que a integração europeia vai na senda daquilo que os demais parceiros da EU fizeram anteriormente. Liberalização da economia e entrega à iniciativa privada do seu desenvolvimento.
Ao contrário de todo o esforço dos partidos e forças de esquerda para seguirem os passos das economias socialistas/comunistas ( que não tardariam a desaparecer repentinamente do mundo) a nossa evolução foi sendo no caminho das democracias europeias.
Foi neste sentido que as empresas anteriormente nacionalizadas foram quase na sua totalidade devolvidas à iniciativa privada.
Em todo este problema de saber quem detém a posse das empresas, há um outro que não pode ser esquecido por dizer respeito aos seus trabalhadores. Eles são, foram e continuarão a ser o maior capital dessas mesmas empresas e do país e nessa condição viram-se confrontados com difíceis adaptações e uma nova realidade na estabilidade do emprego.
Aquando das nacionalizações as empresas tinham um passado e naturalmente que, aparte algumas injustiças que sempre há, os seus técnicos teriam sido escolhidos pelas provas dadas, seus quadros do mesmo modo. Eram aqueles que na sua actividade diária mostraram ter o perfil adequado a esses desempenhos.
No acto das nacionalizações, que foram actos revolucionários, a primeira acção era regra geral o saneamento selvagem de toda a estrutura de comando ou até técnica. Muita gente de lágrimas nos olhos viu ser-lhes retirado o trabalho e os direitos adquiridos. Normalmente eram substituídos por outros , por vezes alheios às empresas, nomeados nunca por desempenhos ou qualidades demonstradas. Ascenderam a tais posições de relevo na estrutura dessas empresas, mais como comissários políticos. A qualidade pedida era que fossem de esquerda de preferência activistas políticos e antifascistas.
Bloqueios
Administração pública. Os serviços públicos (centrais ou locais) não foram capazes de acompanhar as mudanças que ocorreram no país. Herdeiros de uma tradição colonial, continuaram distantes da população e das suas necessidades. Na saúde, educação ou gestão local, por exemplo, presta um serviço medíocre face aos enormes recursos que consome. Toda a administração pública portuguesa está repleta de dirigentes incompetentes, serviços e procedimentos inúteis.
.20 % em risco. 1/5 da população portuguesa apresenta graves problemas de inserção social ou dificuldades em acompanhar as mudanças em curso. As causas são múltiplas: baixa escolaridade, idade avançada, isolamento, dificuldades de integração social de minorias étnicas (ciganos, africanos), etc.
Rui Pereira é um ministro que vale a pena seguir, para perceber até onde pode chegar a desfaçatez na política.
Tudo na sua carreira política é estranho. A escolha para ocupar a pasta da Administração Interna foi desde logo muito contestada, porque o novo ministro não hesitou em abandonar o lugar de juiz do Tribunal Constitucional, para o qual tinha acabado de ser nomeado. A ambição de ser ministro falou mais alto.
Assim que tomou posse, as primeiras decisões foram no sentido de contrariar tudo aquilo que o seu antecessor, e número dois do PS, tinha decidido para o sector das polícias. Obrigado a recuar, recuou, mas manteve o lugar.
Já mais recentemente, o ministro entrou para o "Guiness da incompetência", com a encomenda, tarde e a más horas, de blindados considerados indispensáveis para a segurança da cimeira da NATO, a cimeira começou e acabou e... blindados, nem vê-los!...
Mas o ministro, indiferente à própria incompetência, manteve-se confortavelmente sentado na cadeira de ministro.
Nas últimas eleições presidenciais, pela primeira vez desde o 25 de Abril, milhares de pessoas viram-se impedidas de votar. O ministro mandou fazer um inquérito. Para quê? Para dizer que a culpa toda é de um seu subalterno, que já foi devidamente despedido.
Perante estes e outros factos que me dispenso de enumerar, resta perguntar: que segredo faz com que este personagem se mantenha, inabalável, como ministro da Administração Interna de Portugal?
Raquel Abecasis
13 Fevereiro, 2011 – 11:27
«Isto realmente passa as marcas» – declarou José Sócrates sobre o facto do PSD reservar para terça-feira uma declaração sobre a moção de censura anunciada pelo BE. É realmente extraordinário o descaramento deste homem. Sócrates representa um dos maiores falhanços na política portuguesa. Teve condições únicas para governar e falhou. E falhou porque não sabe governar. A única coisa que o interessa é a propaganda e a única coisa que o anima é o ataque. A única coisa que aqui passa das marcas é a insolência e o descaramento do pior primeiro-ministro da democracia portuguesa.
É o máximo da hipocrisia. Alguém conhece partido mais cínico e hipócrita do que o BE?
Por:Luís Marques Mendes, ex-líder do PSD
A hipocrisia – sentimento que marca profundamente a política portuguesa – atingiu esta semana proporções especialmente elevadas. Vejamos alguns factos:
Moção de censura – É um instrumento que visa a queda do governo. Mas a iniciativa anunciada pelo BE visa tudo menos isso. Pretende antecipar-se ao PCP, tentando vencer o despique da extrema-esquerda; deseja marcar a agenda do Bloco para o relançar após a derrota presidencial; acaba a fazer um enorme frete ao governo. Conclusão: é uma moção a fingir. Um rematado exercício de hipocrisia.
BE – Um dia depois de ter anunciado a moção, o BE encarregou-se de esclarecer tudo (não fosse algum incauto não ter percebido): que, afinal, a moção não era só contra o governo, mas também contra o PSD, e que seria ridículo a direita votar esta moção. Como quem diz, não se esqueçam de votar contra, porque nós não queremos a queda do governo. É o máximo da hipocrisia. Alguém conhece partido mais cínico e hipócrita do que o BE?
Sócrates – Falando no fórum Novas Fronteiras, eis José Sócrates no seu esplendor. Vociferando contra a demagogia, apelando à responsabilidade, jurando pelo estado social. Quem não o conhecer que o compre! Então fala contra a demagogia quem leva seis anos consecutivos de propaganda? Então apela à responsabilidade quem lançou o país no descalabro que temos? Então faz juras ao estado social quem o anda a matar com cortes brutais nos salários e nas pensões? Mais um requinte de hipocrisia.
Presidenciais – Já sabemos dos problemas que milhares de cidadãos tiveram para votar no dia 23 de Janeiro. Agora ficámos também a saber das enormes discrepâncias entra os resultados provisórios divulgados na noite eleitoral e os resultados finais agora sancionados pelo Tribunal Constitucional. Na prática, ‘desapareceram’ 59 mil votantes. Todavia, nenhum governante assume responsabilidades. Muito menos se demite. À portuguesa, agarram-se como lapas aos lugares. E depois, hipocritamente, ainda falam de responsabilidade.
O que todos estes factos mostram é o lado mais detestável da política. O lado da hipocrisia. Esta gente não tem princípios nem convicções. Move-se por conveniências e tem muito descaramento. São políticos de plástico. Primorosos na encenação mas vergonhosos no exemplo. Quando falam do país, pensam apenas na mesquinhez dos seus interesses pessoais e partidários.
É por tudo isto que as pessoas se revoltam. E com toda a razão.
A culpa da trapalhada da eleição presidencial de 23-1-2011 continua, apesar do tema ser delicado para uma esquerda que quer esquecer que elas existiram.A culpa, uma velha senhora que tende a falecer virgem e intocada, está desaparecida e ninguém a consegue descobrir. O Público, de 10-2-2011, noticia as conclusões do relatório encomendado pelo Governo à Universidade do Minho que refere «uma convergência de razões de natureza operacional e de natureza tecnológica». Talvez explicações mais simples e claras bastassem: má-fé do Governo que não promoveu a habitual campanha de promoção da votação; não notificação dos 770 mil eleitores cujo número mudou e não realização de uma campanha publicitária de dimensão adequada que os informasse; incompetência (ou má-fé) no aumento da capacidade dos servidores que forneciam o número às juntas de freguesia e aos eleitores desorientados; e incompetência e desleixo, ou má-fé, na falta de supervisão do processo pela secretária de Estado Dalila Araújo, pelo ministro Rui Pereira e pelo primeiro-ministro José Sócrates; e falta de verificação do processo pelos dirigentes da Comissão Nacional de Eleições. Agora, apanhados com a boca rosada na botija do vinho do poder, o primeiro-ministro lamenta e atira as culpas para o ministro, que alija a carga da culpa, da secretária de Estado, que atira a culpa para o director-geral que diz que a decisão de não notificar os eleitores cujo número mudou foi conjunta com a secretária de Estado.Além do impedimento eventual de cerca de 270.875 eleitores votarem na eleição presidencial de 23-1-2011, continua sem haver explicações detalhadas e convincentes para a discrepância brutal do número de votos e de eleitores na eleição presidencial entre os dados do Governo e os dados oficiais do Tribunal Constitucional. Ribeiro e Castro sugeriu, ontem, 13-1-2011, que o Governo peça assistência eleitoral a Cabo Verde...Só um inquérito parlamentar exaustivo, com eventual comunicação ao Ministério Público, pode esclarecer a trapalhada e desorganização do sufrágio de 23-1-2011.* Imagem picada daqui.
Domingo, 13 de Fevereiro de 2011
13 Fevereiro, 2011 – 13:11
Rui Pedro Soares era administrador da PT,
que é dona da TMN,
que perdeu registos telefónicos de Rui Pedro Soares,
num caso que também envolvia Joaquim Oliveira,
que é dono do DN,
cujo director tentou abafar a história.
TAGUSPARK GASTA UM MILHÃO EM SINALIZAÇÃO
Auditoria revela que projecto custou quase um milhão de euros mas os sinais continuam num armazém no Prior Velho
VIZINHOS ENCONTRARAM IDOSO MORTO EM CASA
Salomão Oliveira não era visto há oito dias. É o terceiro caso descoberto numa semana!
Os vizinhos vão organizar o funeral, já que não há familiares
PARA SE DESLOCAREM AOS CENTROS DE SAÚDE
Manifestação em Montemor-O-Novo
Enfermeiros
46 milhões para estágio na Saúde
Entidades que formam enfermeiros dão parecer negativo a decreto-lei que pretende obrigar os licenciados a um internato após a conclusão do curso
Casos reflectem “crise da família”
Mortes de idosos: Igreja alerta para “desumanidade”
A Igreja Católica considerou este domingo que os casos de idosos encontrados mortos em casa são a "prova acabada de uma desumanidade da sociedade" e que os culpados por esta situação devem ser chamados à responsabilidade.
CM - 13-02-2011
Símbolos da Paz
Bandeira branca
Usada desde o Renascimento. Simboliza abrir mão das próprias cores para negociar trégua na guerra. Bandeira branca = missão de paz.
A cor BRANCA é a mais citada como um símbolo da Paz por representar a pureza, inocência e verdade.
A bandeira branca é usada como um símbolo da Paz desde o renascimento, simbolizando o ato de se abrir mão das próprias cores para negociar a trégua em tempo de guerra.
Pomba
Na mitologia cristã e na judaica, um pombo branco é um símbolo da paz. Isso vem do Antigo Testamento: um pombo teria sido solto por Noé depois do dilúvio para que ele encontrasse terra. O pombo então volta carregando um ramo de oliveira em seu bico e Noé constata que o Dilúvio havia baixado e que novamente havia terra para o Homem. (Gênesis 8:11). Isso simbolizava que Deus havia terminado a sua "guerra" contra a humanidade. O aparecimento do arco-íris (Genesis 9:12-17) ao final da história do Dilúvio também representa a paz, por onde Deus direciona o seu "arco" contra si mesmo, um antigo sinal de cessão de hostilidade. O tema também pode representar a "esperança pela paz" e até mesmo a oferta de um homem a outro, como na frase "estenda um ramo de oliveira". Comumente, o pombo é representado ainda em vôo para lembrar a quem vê o seu papel como mensageiro.
Code of Nuclear Disarmament)
Com certeza esse é um dos símbolos mais famosos.
A origem pacifista se deu há uns 50 anos atrás. Foi desenhado para servir de logo para o Comitê de Ação Direta Contra a Guerra Nuclear e para a campanha de Desarmamento Nuclear. Duas organizações inglesas promoveram uma manifestação em Londres encabeçada justamente pelo ícone que, posteriormente, seria conhecido mundialmente.
O símbolo foi desenhado por Gerald Holtom (integrante da inteligência durante a Segunda Guerra Mundial) a partir da linguagem de bandeiras, por tratar-se de um código universal adotado em toda comunicação marítima, o que, portanto, assinava sua legalidade.
Este símbolo foi adotado pelos hippies americanos que eram contra a guerra nos anos 60.
A Bandeira da Paz, como é bem conhecida, é o símbolo do Pacto de Röerich. Esse grande ideal humanitário estabelece, na área das realizações culturais da humanidade, uma proteção semelhante a da Cruz Vermelho no alívio do sofrimento físico do homem.
Este símbolo da tríade, que pode ser encontrado em todo o mundo, pode ter vários significados. Alguns o interpretam como o símbolo do passado, do presente e do futuro, encerrado no anel da eternidade; outros consideram que se refere à religião, ciência e arte, reunidas dentro do círculo da Cultura. Mas não importa qual seja a interpretação, o próprio símbolo é de caráter universal. O mais velho dos símbolos hindus, Chintamani, o signo da felicidade, é composto por este símbolo e podemos achá-lo no Templo do Céu, em Pequim. Aparece nos três tesouros do Tibete; no peito do Cristo, no quadro bem conhecido de Memling; na Madonna de Estrasburgo; nos Escudos dos Cruzados e nos Brazões dos Templários. Pode ser visto nas lâminas das famosas espadas caucasianas conhecidas como “Gurda”.
Aparece como um símbolo em vários sistemas filosóficos. Pode ser encontrado nas imagens de Gessar Khan e Ridgen Djapo, na “Tamga” de Timurlane e no Brazão dos Papas. Pode ser visto nos trabalhos de antigos pintores espanhóis e no de Ticiano, e no antigo ícone de São Nicolau, em Bari, e no de São Sérgio e da Santíssima Trindade.
Pode ser encontrado no Brazão da cidade de Samarcanda, em antiguidades Etíopes e Coptas, nas rochas da Mongólia, em anéis tibetanos, nos ornamentos de peito de Lahul, Ladak e em todos os países do Himalaia, e na cerâmica da era neolítica.
É visível nas bandeiras budistas. O mesmo símbolo é marcado em cavalos mongóis. Nada, então, poderia ser mais apropriado para reunir todas as raças do que este símbolo que não é um mero ornamento, mas um símbolo que carrega com ele um profundo significado.
Existiu por imensuráveis períodos de tempo e pode ser encontrado pelo mundo todo. Ninguém, portanto, pode pretender que pertença a qualquer seita específica, confusão ou tradição, e ele representa a evolução da consciência em todas as suas variadas fases.
14 de Fevereiro dia dos namorados
Lenda de S. Valentim
As comemorações de 14 de Fevereiro, dia de S. Valentim, como dia dos namorados, têm várias explicações – umas de tradição cristã, outras de tradição romana, pagã.
A Igreja Católica reconhece três santos com o nome Valentim, mas o santo dos namorados pensa-se ter vivido no século III, em Roma, tendo morrido como mártir no ano 270. Em 496, o papa Gelásio reservou o dia 14 de Fevereiro ao culto de S. Valentim.
Valentim era um sacerdote cristão contemporâneo do imperador Cláudio II. Cláudio queria constituir um exército romano grande e forte; não conseguindo levar muitos romanos a alistarem-se, acreditou que tal sucedia porque os homens não se dispunham a abandonar as suas mulheres e famílias para partirem para a guerra. E a solução que encontrou… foi proibir os casamentos dos jovens! Valentim ter-se-á revoltado contra a ordem do imperador e, ajudado por S. Mário, terá casado muitos casais em segredo. Quando foi descoberto, foi preso, torturado e decapitado a 14 de Fevereiro.
A lenda tem ainda algumas variantes que acrescentam pormenores a esta história. Segundo uma delas, enquanto estava na prisão Valentim era visitado pela filha do seu guarda, com quem mantinha longas conversas e de quem se tornou amigo. No dia da sua morte, ter-lhe-á deixado um bilhete dizendo «Do teu Valentim».
Quanto à tradição pagã, pode fundir-se com a história do mártir cristão: na Roma Antiga, celebrava-se a 15 de Fevereiro (que, no calendário romano, coincidia aproximadamente com o início da Primavera) um festival, os Lupercalia. Na véspera desse dia, eram colocados em recipientes pedaços de papel com o nome das raparigas romanas. Cada rapaz retirava um nome, e essa rapariga seria a sua «namorada» durante o festival (ou, eventualmente, durante o ano que se seguia).
Com a cristianização progressiva dos costumes romanos, a festa de Primavera, comemorada a 15 de Fevereiro, deu lugar às comemorações em honra do santo, a 14 de Fevereiro.
Há também quem defenda que o costume de enviar mensagens amorosas neste dia não tem qualquer ligação a S. Valentim, mas deve-se ao facto de assinalar o princípio da época de acasalamento das aves.
Com o decorrer do tempo, o dia 14 de Fevereiro ficou marcado como a data de troca de mensagens amorosas entre namorados, sobretudo em Inglaterra e na França – e, mais tarde, nos Estados Unidos. Neste último país, onde a tradição está mais institucionalizada, os cartões de S. Valentim já eram comercializados no início do século XIX. Actualmente, o dia de S. Valentim é comemorado em muitos países do mundo como pretexto para os casais de namorados trocarem presentes.
A crise da dívida soberana não tem solução. Ou, melhor dizendo, tem: a União pode transformar-se numa real entidade política, económica e financeira, dispondo de mecanismos de transferência entre estados; ou, então, os países periféricos devem pensar em reestruturar as suas dívidas, abandonando a ilusão de que mais endividamento é a resposta ao endividamento.
Por:João Pereira Coutinho, Colunista
O plano da sra. Merkel, pelo contrário, não é carne nem peixe: é uma mistura de austeridade alemã com optimismo económico que promete partir a espinha das economias deficitárias e alienar-lhes a réstia de independência económica.
Isto, que é trágico, não perturba o nosso primeiro-ministro, que aplaudiu o projecto de pé e fez juras de obediência eterna a Berlim. Na cabeça de Sócrates, o pacote da sra. Merkel evita a vinda do FMI (não evita) e ele, salvador da pátria, pode regressar a Lisboa para viver o seu reinado até ao fim. No meio deste negócio, a única coisa que se espera é que sejam os nossos parceiros europeus a defender os nossos interesses, recusando a proposta de Merkel. O eng. Sócrates, definitivamente, já só defende os dele.
" OS ÚNICOS INTERESSES QUE SÓCRATES DEFENDE SÃO OS DELE"
João Pereira Coutinho
Sábado, 12 de Fevereiro de 2011
ISTO JÁ NÃO É DEMOCRACIA
12 Fevereiro, 2011 – 15:36
As analogias com a novela das negociações relativas ao Orçamento de 2011, são por demais notórias! Só faltará mesmo um coro de “personalidades”, encabeçadas por Cavaco Silva, vir apelar novamente e requentadamente ao “sentido de responsabilidade”….agora, para forçar o PSD a dizer já, imediatamente (e a um mês de distância de um evento que, bem vistas as coisas, ainda é incerto), qual a sua posição! Como se um mês, em política e, principalmente, com a sucessão de acontecimento previstos até Março (desde logo, ao nível da UE), não fosse tempo suficiente para tudo mudar!
Ler mais »
O impasse de Portugal tem de ser resolvido. Apresentamos os dados que podem influir na equação do poder - e do País -, o objectivo e uma estratégia.Os dados:- O Governo do Partido Socialista, liderado por José Sócrates arrasta a Nação para o desastre económico, político e social, sem conseguir inverter o declínio, nem combater a corrupção e moralizar o Estado, nem assegurar a solvência e a independência efectiva da República, nem equilibrar as finanças públicas, nem recuperar a economia, o emprego e o investimento, nem travar a perda de rendimento e de bem-estar do povo.
- O Presidente da República toma posse em 9 de Março de 2011.
- O Bloco de Esquerda informou, ontem, 10-2-2011, que apresentará uma moção de censura no dia seguinte, 10-3-2011, à tomada de posse do Presidente da República, uma moção que será votada no prazo de cinco dias, segundo estipula a Constituição (art. 194.º n.º 2).
- O Congresso do Partido Socialista decorre de 8 a 10 de Abril de 2011.
- A cimeira europeia extraordinária para discutir a crise da dívida portuguesa e de outros países está marcada para 11 de Março de 2011.
- A aprovação de uma moção de censura provoca a queda do Governo (alínea f do n.º 1 do art.º 195 da Constituição), mas não a dissolução do Parlamento.
- Se, por não existirem condições de governabilidade com a actual configuração do Parlamento e a posição das forças políticas, o Presidente da República dissolver a Assembleia da República, as eleições deverão realizar-se no prazo de sessenta dias, conforme estabelece a Constituição (art. 113.º n.º 6). Isso colocaria as eleições antecipadas para a Assembleia da República nunca antes de meados de Maio, pois o Presidente deverá consultar os partidos políticos representados no Parlamento e ouvir o Conselho de Estado (art. 133.º alínea e da Constituição).
- A taxa de juro das obrigações do Estado português a dez anos subiu ontem, 10-2-2011, a 7,64%, mas, depois da intervenção excepcional do Banco Central Europeu (que tinha deixado de o fazer), voltou artificialmente a 7,3%, posição onde hoje se encontram.
O objectivo: a libertação do povo do jugo do socratismo.Uma estratégia, em três etapas: - A União Europeia, e os seus órgãos, nomeadamente a Comissão Europeia e o Banco Central Europeu (BCE), não podem continuar a cobrir a gestão ruinosa do Governo Sócrates, levando o País a pagar juros insuportáveis (no lume brando de 7,3%) e, indirectamente, condições leoninas em empréstimos privados, pois essa cobertura política - ceteris paribus, como a do exército egípcio ao ditador Hosni Mubarak - apenas degrada o País, encarece e aumenta o volume do socorro financeiro necessário e adia a solução. Nem as forças políticas da oposição e as próprias instituições do Estado podem apoiar ou consentir, diplomaticamente, essa cobertura destrutiva para o País.
- Sem o apoio artificial da União Europeia, nada mais restará a Sócrates do que vergar-se ao pedido de socorro financeiro do Fundo Europeu de Estabilização Financeira, por ocasião da cimeira europeia de... 11 de Março de 2011, quando o Bloco apresentar a moção de censura.
- Feito o pedido formal de apoio - para lá dos rogos telefónicos desesperados -, e apresentado ainda pelo Governo Sócrates o novo pacote de austeridade ao País, exigido como contrapartida do socorro financeiro pela União Europeia, fica claro, perante o País e a condição apresentada pelo Presidente da República em 21-12-2010, que o Governo falhou, esgotando a sua acção possível. Então, se, com a habitual prudência e sentido de Estado, o Presidente da República concluir que, por emergência nacional, falta de condições de governabilidade de novo governo e mudança de relação entre as forças políticas, deve ser dissolvida a Assembleia da República, um calendário possível aponta para a dissolução e convocação de eleições durante o próximo mês de Março de 2011 e a sua realização em Maio de 2011, ainda antes do Congresso do Partido Socialista, para conceder a este partido uma oportunidade leal de se apresentar ao sufrágio, com a questão do líder resolvida.
A posição que apresento tem por motivo a Pátria. Pode a vacina doer, o que não pode é prolongar-se o sofrimento do povo às mãos gananciosas de um poder iníquo prolongar-se, como agonia desesperante. Portugal precisa de libertar-se de vez do socratismo: não pode haver hesitação, nem pavor do combate decisivo. É hora!* Recriação da imagem a partir daqui e dali.
O ECONOMISTA E EX-MINISTRO DAS FINANÇAS DE SÓCRATES, ACUSOU O ESTADO DE, NOS ÚLTIMOS DEZ ANOS, SE "TER COMPORTADO COMO A DONA BRANCA" E É POR ISSO QUE OS JUROS SOBEM.
LUÍS CAMPOS E CUNHA
Sexta-feira, 11 de Fevereiro de 2011
E QUANTO CUSTARÁ AO PIB A MANUTENÇÃO DESTE GOVERNO? NÃO HAVERÁ OUTRO ESTUDO QUE O POSSA DEMONSTRAR? |
| | Queda do Governo custará 0,48% no crescimento do PIB Um investigador da Universidade do Minho (UM) concluiu, extrapolando a partir de um estudo já publicado pelo FMI, que a queda do governo em Portugal poderá ter um efeito negativo no crescimento médio do PIB de 0,48 por cento. |
Sexta-feira, 11 de Fevereiro de 2011
INVESTIGAÇÃO JUDICIAL DA ALEGADA ALTERAÇÃO DO DECRETO DO GOVERNO SOBRE A PRESCRIÇÃO DE MEDICAMENTOS
O semanário Sol, de hoje, 11-2-2011, publicou a notícia «A verdadeira razão que levou Cavaco a vetar o diploma das receitas médicas», de que o Governo - ou a Presidência do Conselho de Ministros? - terá, alegadamente, alterado o conteúdo do decreto sobre a prescrição dos medicamentos, aprovado em 16-12-2011, sem que submetesse a nova versão do diploma a nova votação, como a lei exige. O semanário adianta que o Presidente da República terá tomado conhecimento do facto e que isso terá sido um motivo mais para, pela primeira vez, recusar, no dia 8-2-2011, a promulgação a um diploma do Governo socialista.Aliás, no artigo no Expresso, de 5-2-2011 (p. 12), o Prof. Carlos Blanco de Morais, que aqui analisei, menciona a necessidade de o Governo manter com o Presidente uma «lealdade institucional mínima», que dificilmente pode ser remetida para a promessa incumprida de Sócrates ao Presidente sobre o Estatuto dos Açores, há dois anos e meio... A notícia refere um facto muito grave que deve ser apurado pelo Ministério Público: se for uma completa mentira, fica salvaguardado o Governo; se for verdade, quem fez e colaborou nesse acto ilegal deve ser responsabilizado. Ora aí está uma ocasião para o senhor Procurador-Geral da República mostrar a sua isenção.Publicado por António Balbino Caldeira em 12:48:00 PM
André Abrantes Amaral @ 14:31
DESCUBRA AS DIFERENÇAS
O DEBATE POLÍTICO AVESSO AO POLITICAMENTE CORRECTO
(com um pé – e às vezes até dois – na blogosfera)
SEXTA-FEIRA, 11 de FEVEREIRO – 18H05
Domingo, 13 de Fevereiro – 19H05 (REDIFUSÃO)
Esta semana, André Abrantes Amaral e Antonieta Lopes da Costa em debate com António Pinho Cardão e Paulo Pinto Mascarenhas .
Juntos, analisam alguns dos principais temas da actualidade:
- Défice e Dívida Pública – Por imposição da Alemanha, poderão ter de ser adoptados limites constitucionais ao défice das contas públicas. E para a carga fiscal, não há limite?
- Ensino – Enquanto em Portugal se corta no financiamento das escolas privadas, diminuindo-se a liberdade de escolha, no Reino Unido reduzem-se os gastos centrais do Ministério da Educação. Prioridades?
- Veto Presidencial – Cavaco Silva iniciou o seu mandato com um veto ao diploma que procurava incentivar o mercado dos genéricos, mesmo que contra a decisão do médico que prescreveu a receita. Mais vetos virão?
- Escutas Ocultas – O processo face oculta voltou às primeiras páginas dos jornais, com a destruição pela TMN dos registos telefónicos dos vários arguidos. Será que estamos condenados a um país com várias faces ocultas?
“Descubra as Diferenças”… Um programa de opinião livre e contraditório, onde o politicamente correcto é corrido a quatro vozes e nenhuma figura é poupada. No final de cada emissão, fique para ouvir a já clássica “cereja em cima do bolo”: uma música, em irónica dedicatória, ao político/figura/situação em destaque na semana.
PODCAST: http://descubraasdiferencas.podomatic.com
Emissão também disponível online em www.radioeuropa.fm ou através das boxes ZON
i
Rate This
CDS admite comissão de inquérito a incidentes nas presidenciais
11 de Fevereiro, 2011
O CDS-PP considerou hoje que o relatório elaborado pela Universidade do Minho sobre os problemas no processo eleitoral «é parcelar e insuficiente» e exigiu respostas políticas do Governo, admitindo propor uma comissão de inquérito.
«No fundo, lendo este relatório, chega-se a duas conclusões. A primeira é que foi um azar, a segunda, é que a haver culpados, são um director geral que tem opiniões próprias e actua em roda livre, a comunicação social, e os eleitores nervosos que sobrecarregaram o sistema», afirmou o deputado do CDS-PP Nuno Magalhães.
Nuno Magalhães disse que revelará «dados novos» sobre os problemas registados no dia da eleição presidencial e insistiu que o ministro da Administração Interna, Rui Pereira, tem que clarificar se «é ou não verdade» que as notificações aos eleitores que tinham mudado de morada não foram enviadas por razões orçamentais.
«É ou não verdade que essa foi a verdadeira razão para que não se escrevesse a 770.000 eleitores que mudaram o local de recenseamento, à semelhança do que aconteceu em 2009, quando eram 434 mil?», questionou o deputado.
Questionado sobre se admite propor uma comissão de inquérito, Nuno Magalhães respondeu que «todos os cenários são possíveis».
«Vamos ver. Quando o Governo nada explica sobre uma matéria que é séria, e que para nós é séria e temos que ir até às últimas consequências, todos os cenários são possíveis», respondeu.
A notificação das pessoas que alteraram a situação eleitoral nas eleições presidenciais foi ordenada pela secretaria de Estado da Administração Interna, mas «não se concretizou por opção da Direcção-geral da Administração Interna», aponta o relatório da Universidade do Minho.
O relatório elaborado depois dos problemas verificados nas eleições presidenciais com os portadores do cartão do cidadão afirma que «ainda que seja dificilmente estimável o impacto deste tipo de notificação, julga-se legítimo concluir que a não realização das notificações contribuiu para aumentar o número de eleitores que desconheciam o número de eleitor e local de voto, no dia da eleição».
Lusa / SOL
7 de Fevereiro, 2011Por José António Saraiva
Na penúltima Quadratura do Círculo, Pacheco Pereira avançou uma hipótese bastante plausível: o PS não ataca Pedro Passos Coelho porque ainda tem esperança de vir a formar Governo com ele.
De facto, os socialistas estabelecem hoje cuidadosamente a distinção entre a «actual» e a «antiga» direcção do PSD: uma péssima (a de Manuela Ferreira Leite), a outra com quem se pode falar (a de Pedro Passos Coelho).
A questão é que Sócrates e o PS já perceberam que, suceda o que suceder, o PSD ganhará as próximas eleições legislativas.
A dúvida está em saber se terá ou não maioria absoluta - e, no segundo caso, com que partido poderá alcançá-la: se lhe bastará o CDS ou se precisará dos deputados do PS.
É neste último cenário que os socialistas apostam todas as cartas - e é nele que nos vamos concentrar.
SERÁ provável que, se a única maioria parlamentar possível for a soma dos deputados do PSD e do PS, haja um Governo de bloco central depois das próximas eleições legislativas?
Julgo que isso é quase impossível, embora não seja de descartar.
E é quase impossível porque defraudaria as esperanças de grande parte do país - e o líder do PSD sabe-o.
Se o PSD for o partido mais votado, os portugueses desejarão uma mudança de ciclo, um virar de página que possibilite o nascimento de uma nova esperança; ora, a manutenção do PS no Governo, mesmo que em posição subalterna, mataria essa esperança de mudança.
Caso fizesse uma aliança com o PS, Pedro Passos Coelho perderia toda a aura de salvador que - bem ou mal - tem neste momento.
CLARO que, a verificar--se este cenário, o vice-primeiro-ministro indicado pelo Partido Socialista nunca seria José Sócrates.
Sócrates não quereria estar em posição secundária, e preferiria ficar de fora.
Mas a simples presença do PS no Governo permitir-lhe-ia salvar a formidável máquina de propaganda e contra-propaganda que montou (e cuja eficácia esteve uma vez mais à vista nas presidenciais).
Ora, Passos Coelho não pode aceitar isso.
O PSD precisa de desmontar esse polvo instalado em todas as esferas dependentes do Governo e não só: organismos públicos, empresas com capital do Estado, grupos de comunicação social, ordens profissionais, banca pública e intervencionada , etc.
Se essa desmontagem não for feita, rapidamente os alicerces do novo Governo serão minados.
Conclui-se, assim, que o PSD deverá fazer todos os esforços para alcançar uma maioria absoluta - e a forma mais fácil de a conseguir será através de uma coligação pré-eleitoral com o CDS.
Uma coligação pré-eleitoral entre o PSD e o CDS permitirá elaborar com tempo um programa de Governo coerente, evitará que os dois partidos se ataquem mutuamente na campanha, criará laços de colaboração entre os militantes, aproveitará as vantagens numéricas que o sistema concede às coligações e - last but not least - possibilitará a criação de um clima de vitória anunciada que funcionará como cone de aspiração de votos.
Além disso, essa coligação representará para o PSD um compromisso de fidelidade, uma aposta numa aliança séria.
Será uma espécie de noivado - destinado a acabar em casamento.
Inversamente, uma atitude de esperar para ver daria sempre a ideia de que o PSD queria pôr a leilão o lugar do seu parceiro de coligação: quem lhe oferecesse mais seria quem se lhe juntaria no Governo.
Ora esta atitude, além de não ser muito digna, mostraria falta de confiança no CDS - o que dificultaria uma eventual colaboração futura entre os dois partidos.
Resumindo e concatenando: independentemente do que Paulo Portas diga ou não diga, Passos Coelho deverá começar a preparar uma coligação com ele.
Qualquer outro caminho será muito arriscado - e poderá acabar numa situação política praticamente ingerível, com o PS a ficar na situação de fiel da balança e apostado em salvar as suas posições no Estado.
Esta seria a pior situação de todas.
Muito pior do que a actual.
Apoio de Figo a Sócrates foi mesmo um negócio
11 de Fevereiro, 2011por Luís Rosa
Américo Thomati, João Carlos Silva e Rui Pedro Soares vão a julgamento porque o tribunal encontrou um nexo de causa-efeito entre o contrato do Taguspark com Figo e o apoio deste a José Sócrates. Tudo o que o SOL escreveu sobre o assunto se confirmou. O Tribunal de Instrução Criminal (TIC) de Lisboa decidiu levar a julgamento Rui Pedro Soares, ex-administrador executivo da PT, pelo crime de corrupção passiva para acto ilícito.
A juíza Ana Cristina Silva, do 3.º Juízo do TIC, corroborou assim a acusação da 9.ª Secção do DIAP de Lisboa e não teve dúvidas de que existem indícios fortes de que Soares, perante o aproximar das eleições legislativas de 2009, «pôs em execução uma estratégia para obter o apoio à candidatura do PS por parte de figuras públicas beneficiárias de simpatia popular».
Para tal, diz a magistrada, recorreu a meios da Portugal Telecom (PT) e a verbas do Taguspark para convencer Luís Figo a apoiar José Sócrates.
Américo Thomati e João Carlos Silva, ex-presidente e ex-vogal da Comissão Executiva do Taguspark, respectivamente, foram também pronunciados pelo mesmo crime, por terem aderido ao plano de Rui Pedro Soares.
Como contrapartida pelo apoio público de Figo a José Sócrates, os gestores assinaram no Verão de 2009 um contrato de imagem com o futebolista no valor de 750 mil euros.
luis.rosa@sol.pt
Portugal, desde o séc. XX, tem estado sujeito a dois lemas:
No Estado Novo (1926-1974), o lema era : "Deus, Pátria e Família!"
Nesta democracia pós 25 de Abril, por espantoso que possa parecer, o lema tem sido praticamente igual, apenas aumentou...uma só letra. De facto, o lema actual, e que se agravou com os políticos que nos têm (des) governado nestes últimos anos, que querem impor que Portugal siga é:
"Adeus, Pátria e Família!"
|
|
Por José António Lima
Como se não bastasse ter um Governo internamente desacreditado e à deriva, alvo da desconfiança europeia e sob a ameaça de uma intervenção do FMI, o PS ainda saiu politicamente esfrangalhado de umas eleições presidenciais em que o seu candidato não chegou sequer a uns medíocres 20% dos votos.
Eleições em que viu o seu adversário ser reeleito logo à 1.ª volta e com uma percentagem reforçada de votos.
Face a este cenário de descalabro político, Sócrates lançou mão daquela que se tornou, por estes dias, a sua maior especialidade: uma acção de contra-propaganda nos media. Logo na noite eleitoral, o líder do PS nem sequer corou ao tentar colar-se à vitória de Cavaco Silva, dizendo tratar-se do triunfo «da estabilidade e da continuidade», como se o seu Governo tivesse acabado de ir a votos. A seguir, foi o ministro Silva Pereira quem pediu uma entrevista para tentar condicionar o Presidente reeleito, sublinhando o seu discurso «de ressen- timento em relação aos adversários» e a questão das pensões e do salário de Cavaco Silva, além de assegurar que «a eleição presidencial não fomentou» a abertura de «um novo ciclo político». Depois, entre vários outros arautos socialistas que encheram peças de jornais e televisões com a mesma cantilena, apareceu Eduardo Cabrita a falar da «tímida reeleição presidencial que veio moderar os ânimos da direita» e assim dar alento a Sócrates que «voltou a ter espaço para liderar a iniciativa política». Uma análise delirante...
É O MUNDO de pernas para o ar, visto das janelas de S. Bento e do Largo do Rato. Nesta sua ânsia de moldar e distorcer a realidade de acordo com os seus desejos e conveniências, o PS perdeu a noção dos limites. E do ridículo.
Nem todo o PS, reconheça-se. António Vitorino, por exemplo, mantém os pés assentes na terra. E veio alertar as hostes socialistas: «A ideia de que, do ponto de vista sociológico, a esquerda é maioritária em Portugal ficou posta em causa pela segunda vez consecutiva em eleições presidenciais». Sócrates e a sua central de contra-propaganda juram precisamente o contrário. Que Cavaco Silva quase perdeu. E que foram eles que quase ganharam.
jal@sol.pt
"A Linha do Cidadão Idoso da Provedoria da Justiça reabriu a 9 de Novembro. Isto depois de estar suspensa três meses por ordem do novo provedor e por ilegalidade na contratação de funcionários. Nos primeiros sete meses do ano, houve mais de 1700 chamadas."
O problema da SOLIDÃO está intimamente ligado ao Cidadão Idoso. Também o está, a muito mais gente atingida por infortúnios de todo o género. Manter milhões de portugueses enfraquecidos, dependentes de uma linha no intrincado mundo da justiça, é mantê-los metidos entre montanhas de papéis encharcados de burocracia! É dizer-lhes fiquem para aí.... . Nos tempos que correm, e com os imensos recursos dos meios informáticos, não é difícil imaginar como realidade, um amplo contexto de apoios interligados, na ajuda a quem se vê atingido pelo maior sofrimento imaginável: A SOLIDÃO!
Um humanitário banco de dados informático, poderia interligar bombeiros, polícias, hospitais, associações humanitárias, órgãos sociais públicos, finanças, segurança social, CTT, Juntas de Freguesia, Câmaras, Centros Sociais, comunicação social etc. - Começando por serem inscritas nele todas as pessoas que atingissem a idade de reforma (ou qualquer idade por excepção). Nesse banco de dados seriam também incluídos nomes de pessoas vigilantes, indicados pelo próprio; familiares ou outros, vizinhos etc, respectivas moradas e contactos. Os alertas de perigo viriam de uma rede bem estudada, activada e responsabilizada, perante sinais evidentes e detectáveis. Correspondência devolvida, desaparecimento da vida normal, reformas por receber, incumprimentos fiscais ou civis etc. De entre tanta gente pouco aproveitada na Função Pública, e tantas "Fundações Mistério", deveriam vir os recursos para esta inadiável tarefa humanitária. Sem isto posto a funcionar com muito zelo, carinho e competência, ninguém se poderá considerar, de facto, um cidadão de bem.
Quanto ao NOME a dar a tudo isto e pela banalização actual, os "Idosos e Fragilizados" desta sociedade em que vivemos, merecem muito mais do que uma simples linha no "PROVEDOR DA JUSTIÇA "ou a tutela desse PROVEDOR, totalmente mergulhada em casos por resolver e ausência de meios. Alguém que, por exemplo, se poderia chamar PROTECTOR DA SOLIDÃO. Tal figura teria de ter um estatuto de alto relevo na hierarquia nacional. Só depois disto, poderíamos ter a ousadia de falar em humanidade, liberdade ou ESTADO SOCIAL.
Num país onde uma idosa está morta nove anos na cozinha, com as autoridades de braços cruzadas, ninguém tem o direito de se julgar GENTE.
António Reis Luz
Provedor recebeu oito queixas de idosos por dia
por FILIPA AMBRÓSIO DE SOUSA<input ... >10 Dezembro 2009<input ... >
A Linha do Cidadão Idoso da Provedoria da Justiça reabriu a 9 de Novembro. Isto depois de estar suspensa três meses por ordem do novo provedor e por ilegalidade na contratação de funcionários. Nos primeiros sete meses do ano, houve mais de 1700 chamadas.
Rosa, uma viúva de 83 anos, vive sozinha e não tem familiares próximos. Sofre de vários problemas de saúde que a impedem de realizar as tarefas domésticas e sobrevive com uma pensão de velhice que mal chega para pagar os medicamentos. A vida mudou quando decidiu ligar para a Linha do Cidadão Idoso, do gabinete do provedor de Justiça. Depois deste contacto passou a ter uma pensão mensal. E recebe ainda a visita de uma assistente social que a ajuda nas tarefas domésticas e nas idas ao médico.
Esta Linha de apoio reabriu a 9 de Novembro, depois de ter estado três meses suspensa (assim como a linha Recados da Criança) por ordem do novo provedor de Justiça, Alfredo de Sousa.
Por existirem "ilegalidades" na contratação de funcionários, alguns a trabalhar na provedoria há mais de dez anos, o provedor suspendeu o serviço a 23 de Julho. Doze trabalhadores foram dispensados por "impossibilidade legal de renomeação no cargo" e os serviços encerrados. A situação foi entretanto regularizada e a linha activada. Linha esta que nos primeiros sete meses do ano recebeu oito queixas por dia.
Os idosos recorrem à Linha para se queixarem de maus tratos e falta de condições ou para partilhar sonhos por realizar, como o António, de 73 anos, que queria publicar os seus poemas (ver caixas em baixo).
"Muitos casos foram resolvidos apenas através da prestação de informação ou encaminhamento para a entidade competente, em cerca de 73% dos casos", explica ao DN Conceição Lopes, chefe de gabinete do provedor de Justiça. Mas se a maioria das situações é simples de resolver, há outras bem mais complicadas, que, segundo a responsável, obrigaram à abertura "de um processo formal".
O PRIMEIRO-MINISTRO em exercício, sempre que se esquece dos votos diz coisas certas. Lamentavelmente, está sempre a pensar em não sair do poder que tão mal representa! Agora, falou da economia privada e da sua importância no emprego, nas contas públicas e na qualidade de vida dos portugueses. Muito preferêncialmente com investimento privado português! logo, logo vem com a estafada conversa DO INVESTIMENTO PÚBLICO E DO ESTADO PATRÃO que arrasa tudo e todos. Não sabe o que quer. Navega numa perfeita fixação do outro mundo.
Portugal precisa de mais fábricas e mais emprego
O primeiro-ministro defendeu hoje que Portugal precisa de «mais fábricas, mais produção, mais emprego, na fronteira tecnológica», considerando que a combinação entre carro elétrico e energias renováveis é «perfeita», disse José Sócrates na cerimónia que lançou o investimento da Nissan, em
Cacia.
Ora aí vai uma análise com conclusões bem fundamentadas...da autoria de um amigo:
OPTIMISMO! OPTIMISMO!
Já não era sem tempo!
Finalmente, notícia que nos permite sentir algum orgulho...
Um estudo recente conduzido pela Universidade Técnica de Lisboa mostrou que cada português caminha em média 440 km por ano. Outro estudo feito pela Associação Médica de Coimbra revelou que, em média, o português bebe 26 litros de Vinho por ano.
Conclusão:
Isso significa que o português, em média, gasta 5,9 litros aos 100km, ou seja, é económico!
...Afinal, nem tudo está mal, neste País!
|
MORALMENTE e nós falhámos todos vergonhosamente
Inserido em 11-02-2011 08:23
Hoje, é o Dia Mundial do Doente e, a propósito, o Papa alerta que “uma sociedade que não consegue aceitar os que sofrem nem é capaz de ter compaixão e ajudar, para que o sofrimento seja partilhado, é uma sociedade cruel e desumana”.
Pois aqui está uma boa definição de Portugal. Estou a pensar na arrepiante notícia da idosa que caiu no chão e morreu. E assim ficou Augusta Martinho, durante nove anos, morta no chão da sua cozinha.
Quando ouvi isto, ainda perguntei: foi na China ou no Japão?... (na esperança de encontrar algum alívio por ser lá longe, em nações que não nasceram cristãs). Mas não, este pesadelo aconteceu a dois passos de Lisboa e envergonha-nos.
Como alguém comentou já a propósito disto: falhou tudo. “Falhou a família, falhou a vizinhança, falhou a comunidade, falhou o Estado. É o cúmulo da solidão, do abandono e do egoísmo” (Padre Lino Maia ao 'DN' de ontem). Assim, ao falhar humanidade para a nossa compatriota Augusta Martinho, falhou inevitavelmente a dignidade de cada um de nós. Falhou Portugal.
http://aeiou.expresso.pt/sobrinho-de-idosa-morta-ha-9-anos-pediu-arrombamento-de-apartamento=f631161
Clique acima
Uma das principais responsabilidades de um ESTADO é dar protecção às franjas mais fracas da sociedade, ou seja: as crianças e, muito mais, ainda, os idosos por naturalmente estarem muito diminuídos e enfraquecidos no que se refere a todos os aspectos possíveis de imaginar.
Pelo país fora, haverá muitos milhares de idosos a viverem sózinhos, completamente desamparados! Enquanto um estiver vivo e capacitado, vá que não vá, agora nesta situação, só num país de terceiro ou quarto mundo só num Estado muito incompetente. Veja-se uma notícia sobre o caso:
"A família e uma vizinha da idosa que foi encontrada morta em casa há pelo menos nove anos alertaram as autoridades para o seu desaparecimento, tendo inclusive solicitado o arrombamento da porta ao tribunal. Mas este recusou.
«Fui 13 vezes ao Tribunal de Sinta, mas foi sempre negada a autorização para arrombar a porta», disse Armando Martinho Gaspar ao Jornal de Notícias, primo da idosa ontem encontrada.
Já a GNR admitiu que o caso poderia ter sido tratado de outra forma e anunciou a abertura de um inquérito para saber que diligências foram tomadas."
A Lusa procurou obter do Ministério das Finanças e da Administração Pública uma explicação sobre a venda do apartamento num leilão sem uma avaliação prévia, sem que ninguém tenha entrado no imóvel antes da realização do leilão, tendo o gabinete de imprensa referido que "a administração fiscal atuou sempre dentro da legalidade e com o zelo e a prudência aconselhados pelas várias circunstâncias".
Um primeiro-ministro deveria ter vergonha de chamar a isto ESTADO SOCIAL!
publicado por luzdequeijas às 22:
Quinta-feira, 10 de Fevereiro de 2011
Descoberta em Beja uma das maiores necrópoles islâmicas do país
Uma das maiores necrópoles do período Islâmico em Portugal foi descoberta em Beja, nas obras de modernização da Escola Secundária Diogo de Gouveia.
"Esta necrópole é, certamente, uma das maiores encontradas no país", garantiu à Agência Lusa Raquel Santos, que coordena a equipa da Neoépica, empresa que está a efectuar a arqueologia preventiva associada às obras.
Os trabalhos decorrem desde Novembro de 2009 e a necrópole tem estado a ser escavada pelos arqueólogos, no âmbito das obras de modernização da Escola Secundária Diogo de Gouveia (Liceu de Beja), a cargo da Parque Escolar.
"A escavação acompanhou a obra em si e temos várias áreas intervencionadas, quer no exterior, quer no interior do edifício da escola. Os vestígios da necrópole islâmica são os que saltam mais à vista", realçou Raquel Santos.
Até ao momento, disse, os arqueólogos já encontraram esqueletos correspondentes a "250 indivíduos, de ambos os sexos, maioritariamente adultos, mas também crianças e jovens".
"A maior parte é do período islâmico, em que os indivíduos eram enterrados de lado, mas há alguns enterramentos cristãos, em que os mortos foram deitados de costas", acrescentou.
Arqueologia
Modernização de escola de Beja confirma existência de importante necrópole islâmica
10.02.2011 - 12:31 Por Carlos Dias
No local onde em 1936 foi construída a Escola Secundária Diogo de Gouveia, uma das primeiras construções liceais promovidas pelo Estado Novo, continuam a surgir sepulturas datadas do período islâmico. Os primeiros sinais da Necrópole islâmica no interior do espaço escolar surgiram com a abertura de fundações para a construção de um novo equipamento integrado nas obras de modernização da escola, iniciadas em Novembro de 2009.
Cláudio Torres (na foto) e Santiago Macias já tinham colocado a hipótese de ali existir uma enorme necrópole islâmica (Nuno Ferreira Santos)
Esta descoberta arqueológica surgiu durante os trabalhos de abertura de valas que estava a ser realizado por uma retro-escavadora numa área ajardinada no interior das instalações escolares. Expuseram alguns silos, que serviriam para armazenar cereais, uma cisterna e ossadas humanas (ver edição do PÚBLICO de 12 de Novembro de 2009).
Estes achados vieram confirmar a hipótese avançada pelos arqueólogos Cláudio Torres e Santiago Macias, nos anos 90, quando admitiram a existência de uma necrópole islâmica próximo das muralhas que circundavam e circundam o centro histórico de Beja e que se estenderia para o espaço onde está a escola Diogo de Gouveia.
Alguns dos habitantes mais idosos da cidade de Beja, confrontados pelo PÚBLICO em 2009 com o aparecimento dos achados, afirmaram ter visto há quatro e cinco décadas atrás “esqueletos inteiros” durante a realização de obras.
Francisco Louçã, que ainda há pouco tempo tinha afirmado que não via interesse numa moção de censura ao Governo, agastado pela sondagens e pelo desastre nas eleições presidenciais, muda de estratégia e apresenta uma moção de censura. Por um lado, obriga o PCP a ir a reboque do BE na oposição ao governo. Por outro lado, coloca o PSD e CDS em cheque, pois obriga-os a tomar uma posição perante a opinião pública sobre a manutenção do governo. Esta é a estratégia de Louçã.
Estou curioso para ver a reação de alguns apoiantes da coligação BE/PS a esta moção de censura. Por exemplo, Daniel Oliveira, que já tinha avisado no inicio do ano: "será um ano de espera em que todos sabem que quem der o primeiro passo pode ser vítima da sua própria imprudência". Pois bem, foi o BE a dar o primeiro passo. Será que Daniel Oliveira sai a terreiro para criticar o BE, ou muda de opinão, e apoia a Moção de Censura?
publicado por Nuno Gouveia às 17:15
http://www.videolog.tv/video.php?id=242770
Clique acima
SE AS TRAPALHADAS DE SÓCRATES FOSSEM TÃO SIMPLES, MAS NÃO ... DOEM FUNDO NOS PORTUGUESES!
Não há debate em que José Sócrates não acuse a oposição no Parlamento - e em particular o PSD, por ser o outro partido de governo - de não ter ideias para o país. Claro, só não diz se boas, se más. Como ele sistematicamente tem, esgotando o stck.
Quinta-feira, 10 de Fevereiro de 2011
NO PARLAMENTO
Ignora perguntas e responde com 'palha'
"O importante é não esquecer que..."
Boa parte das perguntas da oposição fica sem resposta. O truque tornou-se tão flagrante que o Expresso chegou a ter uma rubrica sobre 'as perguntas a que Sócrates não respondeu'. O CDS mantém a contagem das perguntas que fez e que o PM ignorou (últimos dados: 176 perguntas, 26 respostas).
Em vez de ser objectivo e se cingir à questão, José Sócrates faz a recapitulação das medidas do Governo e repisa vezes sem conta o discurso oficial, muitas vezes esgotando o tempo com isso. Depois, ou não dá resposta ou responde de fugida, já nos 'descontos' de tempo, com Jaime Gama a insistir para que termine.
Do seu arsenal de truques só nunca fez parte uma arma: a humildade.
Paulo Portas acusou hoje o primeiro-ministro de fazer uma festa por colocar dívida a taxas de juro elevadas.
Ao falar no debate quinzenal, que está ainda a decorrer na Assembleia da República, o líder do CDS-PP disse criticou também José Sócrates por cantar vitória com o aumento da cobrança de impostos.
"[O aumento de 15% da receita fiscal em Janeiro não é uma vitória, é um castigo sobres os contribuintes", criticou Paulo Portas, lembrando que a receita aumentou porque os impostos subiram. "Acha normal fazer uma festa porque os credores emprestam dinheiro a 6,45% de taxa de juro?", questionou ainda, no dia em que os juros da dívida pública voltaram a bater recordes no mercado secundário.
Na resposta, José Sócrates acusou o CDS de "falta de patriotismo" por criticar o país em vésperas da colocação de dívida. O primeiro-ministro criticou as declarações da deputada Teresa Caeiro à cadeia CNBC: "Não é normal que contra os interesses do nosso país uma deputada do seu partido, a um canal internacional, tenha dito que Portugal é um país sem credibilidade. Acha que contribui? Dizer que o governo vai ser substituído, que vai haver uma moção lá para Abril ou Maio". Sócrates acusou ainda o CDS de "raciocínios oportunistas".
O Presidente da República vetou o primeiro diploma do Governo. Quinze dias depois de ter sido eleito.
Por:António Ribeiro Ferreira, Jornalista
A prometida magistratura activa muito falada e comentada na campanha eleitoral, com os intelectuais de serviço a torcerem o nariz à utilidade da coisa, começou mais cedo. Mesmo antes da tomada de posse. A partir de agora é muito natural que Cavaco Silva ande de olhos e ouvidos bem abertos a tudo o que vem de S. Bento, isto é, a meter-se onde é chamado. Com uma vigilância implacável à desgraçada obra de propaganda e marketing do grande especialista nacional na matéria, o senhor engenheiro relativo. Um ajudante improvável do chefe veio dizer que os senhores tomavam nota. Fazem bem. Habituem-se. É que Cavaco Silva vai deitá-los na cama que lhe andaram a fazer.
Por:Paula Teixeira da Cruz, advogada
Portugal realizou anteontem uma operação de dívida sindicada. Ora, o índice que mede o juro das Obrigações do Tesouro a 10 anos está agora nos 7,204% e ontem, em mercado secundário, 7,354%. Não é suportável para o País e está a condenar as novas gerações à pobreza. E essas gerações já perceberam exactamente o que se passa.
Há momentos e factos que funcionam como alertas ou detonadores. A este propósito, nestes dias, um desses momentos é simbolizado por uma canção que recebeu um aplauso imenso e uma adesão imediata: refiro-me ao recente êxito (bem mais do que um êxito) dos Deolinda. É um grito de geração. Está lá tudo aquilo de que se queixa toda uma geração e com razão e, ainda assim, com excepção dos jovens quadros que emigram e tiveram de o fazer, o que não deixa de representar outro tipo de capital de queixa.
É verdade que há uma geração – e já não é só uma – que estuda, tira cursos superiores e às vezes mestrados e doutoramentos para acabar a ganhar 500,00 euros, o que não lhe permite pagar nem casa, nem constituir, condignamente, família, perpetuando-a em casa dos pais (quando os tem e tal é possível).
Só que esta geração, como quase termina a canção a que me venho referindo, de parva não tem nada, mas tem seguramente revolta e também, como se lê na respectiva letra, não pode mais, isto dura há tempo demais.
Ter as novas gerações condenadas à emigração, à pobreza, retirando-lhes na prática direitos como os de habitação ou constituir o respectivo agregado, sem dependerem dos pais, é condenar um País. Ora, tudo isso é intolerável.
Há responsáveis pelo estado a que chegámos, mas creio, apesar de tudo, mesmo em todo este contexto restritivo, que também parece que estamos a chegar ao fim das impunidades de quem desgoverna ou saqueia o País. Espero bem que assim seja, para podermos contrariar este ciclo, para que os sacrifícios presentes sejam em prol da construção de um futuro e não apenas para continuar a manter aquilo que deve ser combatido: a irresponsabilização, a impunidade, a corrupção e a apropriação por poucos de um futuro que é de todos nós.
Entrada
Por onde cortar na despesa pública | | | |
25-Out-2010 |
Comunicado da Associação InFamilia com sugestões de medidas para reduzir a despesa pública. O Ministro das Finanças desafiou o país a encontrar possíveis cortes eficazes na despesa pública que simultaneamente:
- minimizem o aumento de impostos;
- minimizem a redução salarial.
Sugerimos algumas medidas concretas:
- Extinguir o subsídio social na maternidade nos casos de interrupção voluntária da gravidez (cfr. Dec-Lei 105/08).
Se foi retirado o abono de família para casais que ganham 800 euros/mês, porquê manter um subsidio de maternidade a quem não quis/pode querer a maternidade? - Cobrar pelo segundo e subsquentes abortos.
Aumentam as mulheres que fazem do aborto um contraceptivo, contra a lei da interrupção voluntária da gravidez. Quem aborta por planeamento familiar deve pagar com o seu dinheiro, e não com o dinheiro de todos. - Liberalizar a Educação sexual
A recente Lei 60/2009 implica supérfluos custos de formação e contratação de professores, materiais, entre outros. Torna a disciplina opcional reduzirá enormemente as respectivas despesas.
O impacto destas 3 medidas é imediato. Segundo um estudo recente da Federação Portuguesa pela Vida, nos últimos 3 anos o Estado desperdiçou mais de 30 milhões de euros com abortos a pedido da mulher, ou seja, cerca de 10 milhões de euros anuais. As medidas 1 e 2 acima indicadas reduziriam drasticamente esse valor, e corrigiriam o previsível futuro agravamento pela tendência de aumento dos abortos anuais em Portugal. Braga, 25 de Outubro de 2010. In Familia |
Abortos custam 4,4 milhões por ano |
22-Jun-2008 |
No primeiro semestre da entrada em vigor da nova lei do aborto, de 15 de Julho a 31 Dezembro de 2007, um total de 6107 mulheres abortou a seu pedido. Estes abortos custaram ao Serviço Nacional de Saúde (SNS) 2,2 milhões de euros – 1,4 milhões pagos ao sector público e 828 mil entram nos cofres das clínicas privadas. A manter-se este ritmo, as interrupções voluntárias da gravidez (IVG) ao fim de um ano ultrapassarão as 12 mil e o custo da factura ascenderá a 4,4 milhões de euros.
Segundo dados da Direcção-Geral da Saúde, no segundo semestre de 2007 realizou-se um total de 6287 abortos, dos quais 6107 foram feitos a pedido da mulher e apenas 179 IVG (2,86%) foram feitas devido a razões médicas, resultantes de doença grave ou malformação congénita do feto, perigo de morte ou lesão grave para a mãe, ou ainda por violação. Desta última situação resultaram 12 gravidezes (0,2%).
De acordo com os valores fixados em tabela pela portaria do Ministério da Saúde, a interrupção da gravidez, até às 10 semanas de gestação, realizada em ambulatório, é paga ao preço de 341 euros, no caso de uma interrupção medicamentosa (recurso a comprimidos), e de 444 euros, caso se trate de uma interrupção cirúrgica.
Ora, face a estes custos, os 4241 abortos (69,46%) realizados no segundo semestre de 2007 no sector público (hospitais e centros de Saúde) representaram uma despesa de 1,4 milhões de euros, enquanto as 1865 IVG realizadas no sector privado custaram ao SNS 828 mil euros.
A legalização da IVG pretendeu acabar com os abortos clandestinos. Questionado pelo CM, Francisco George, director-geral da Saúde (DGS), afirmou ter conhecimento de apenas "dois casos suspeitos". "Foram duas situações suspeitas que surgiram nas Urgências hospitalares devido a complicações e foram devidamente investigadas."
SERVIÇO PÚBLICO DÁ RESPOSTA A 70% DOS CASOS Jorge Branco, coordenador nacional do Programa de Saúde Reprodutiva e director da Maternidade Alfredo da Costa, afirmou ao CM que o dinheiro despendido no Serviço Nacional de Saúde fica no sistema, não sendo considerada uma despesa. "Os portugueses, quando decidiram maioritariamente aprovar em referendo a intervenção legal da interrupção voluntária da gravidez, sabiam que havia custos. Em todo o caso, o serviço público tem uma capacidade de resposta muito grande, de quase 70 por cento, o que é muito superior em relação a Espanha, que em mais de 90 por cento dos casos tem de recorrer ao sector privado. O dinheiro despendido no SNS fica no sistema hospitalar português, entra nas contas gerais dos contratos-programa, não é considerado uma despesa", explicou.
|
Correio da Manhã
O FME
Inserido em 10-02-2011 07:33
A Europa reagiu a tempo de salvar o Primeiro-ministro português do que ele mais temia: a entrada do Fundo Monetário Internacional no país.
Mas o acordo firmado entre a senhora Merkel e Nicolas Sarkozy trará uma fatura pesada para os países, como Portugal, que o Fundo Europeu está disposto a ajudar.
Claro que é bom não ficarmos reduzidos aos especuladores que nos emprestam dinheiro enquanto nos mantêm a corda na garganta com juros insuportáveis. Mas claro que o que o directório europeu nos vai exigir é mais austeridade, mais cortes, mais disciplina, mais trabalho, menos regalias. Com FMI ou com FME, o país vai penar para não ir ao fundo. E os que pensam que saiu a sorte grande ao Governo socialista não estão a ver bem.
Sócrates ganhou tempo, é certo, e os partidos da oposição vão ter que ser mais imaginativos para o derrubar. Mas o português médio vai chegar a meados de 2011 com as férias à porta, a vida apertada e o futuro adiado, e o culpado vai ter um rosto.
Só uma oposição incompetente não saberá mudar o rumo.
Ângela Silva
Quarta-feira, 9 de Fevereiro de 2011
| | Diploma vetado era «favor» de Sócrates à ANF, acusa AFP A Associação de Farmácias de Portugal (AFP) disse esta quarta-feira que o diploma que previa a obrigatoriedade da prescrição de medicamentos por substância activa era um «favor» do primeiro-ministro à Associação Nacional de Farmácias (ANF), detentora de uma «empresa de genéricos». |
Para se melhorar a sociedade - e nos tempos que correm não se trata só de melhorar a sociedade, trata-se, acima de tudo, de tentar travar o perigoso resvalar que sentimos - é nuclear o empenho de todos. Se assim não for, não duvidemos que, pelo rumo que as coisas estão a tomar, o amanhã não será melhor. Direi mesmo que temo que possa ser bem pior. É verdade que quando se trata de lutar pela sociedade a que pertencemos, há sempre quem tenha maiores responsabilidades do que nós. Mas é indispensável que todos interiorizemos que não há nenhum de nós que alguma vez possa dizer que não tem responsabilidade alguma e que a ele nada lhe compete fazer pelo futuro do seu próprio país. Porque, no limite, esse país somos nós mesmos.
O meu artigo publicado ontem na Revista Dia D.
The hardest freedom to maintain is the freedom of making mistakes, Morris West, escritor.
O número de Setembro da revista Máxima, contém uma pequena reportagem sobre os ‘jovens’ de 30 anos que ainda vivem em casa dos pais. As razões apontadas são diversas, sendo a mais importante a dificuldade que é conciliar a compra de casa própria, com o início de uma vida a dois e a realização profissional. Para a maioria dos homens e mulheres que andam por volta dos 30 anos (por sinal, da minha geração) tudo isto é muito complicado. No fundo, no fundo, todos têm um enorme medo de viver.
Fala-se hoje muito da globalização, do perigo chinês, terrorismo, fanatismo religioso e do fim do petróleo que nos conduzirá à miséria. A insegurança é a palavra de ordem e são muitos os que buscam uma garantia para a vida. No entanto, todas estas razões não são razão para coisa alguma. Há 30 anos, os portugueses iam para o Ultramar estilhaçar o que restava da juventude e comprometer o seu futuro. Há 60, uma geração inteira morreu, ou sobreviveu, nas praias da Normandia. Vistas bem as coisas, os problemas que temos no presente são uma brincadeira quando comparados com os perigos do passado.
O drama de hoje é a ânsia do sucesso. O sucesso é bom, mas para o ter é preciso passar, como se costuma dizer, ‘as passas do Algarve’. Ele não chega assim como quem não quer a coisa. Exige esforço e risco. Precisamente o que a maioria da juventude de hoje, não quer. Como não quer e gosta da ideia de sucesso, contenta-se com um emprego certo, um automóvel como salário e pavoneia-se pelas praias do país. O sucesso hoje não é ter uma empresa e criar empregos. É ter um Audi A4 e Tv plasma. Algo que não é produtivo, nem cria riqueza. Antes a gasta.
Fala-se muito de liberalismo, tanto nas colunas de opinião desta revista, como na blogosfera, o que é agradável para um país demasiado estatizado. Sucede que o Estado liberal não nasce de um clique, antes necessita de uma sociedade liberal. De homens e mulheres que não receiem ter medo. O medo faz parte da vida. Tal qual o fracasso e o erro também. Friedrich Hayek terá sido dos poucos a valorizar o que chamou de ‘unmerited failure’. Aquele falhanço imerecido de quem trabalhou no duro, arriscou o que tinha, se esforçou, perdeu e terá de recomeçar de novo, com um novo vigor, numa outra empreitada. Em Portugal, no entanto, o fracasso é alvo de chacota de quem ‘assiste a tudo sentado numa poltrona’.
Se quisermos que os nossos filhos vivam melhor que nós, uma nova mentalidade tem de surgir. Que valorize o empresário, o trabalhador esforçado, o homem e a mulher que não contam apenas com o amparo do Estado, nem sejam um peso pesado para os outros. A espertice terá de ser substituída pela honestidade e a palavra a maior das honras, porque apenas os honrados merecem a liberdade. Uma certa ligeireza de espírito será necessária, tal qual o deixar de ver a vida como uma sequência de coisas previsíveis, indispensável.
Naturalmente, nada disto é obrigatório. Podemos continuar como somos, mas com a certeza que o empobrecimento gradual nos acompanhará para a vida. É uma escolha a ser feita, não por um qualquer governo, mas por cada um de nós, individualmente, sem saber o que farão os outros. A dificuldade do liberalismo está aqui: Não depende da vontade única de um governo, mas da auto-estima de cada um. Porém, é precisamente essa dificuldade que o torna atractivo. Porque apenas quando se supera o difícil se encontra o melhor. Ou se preferirem, o verdadeiro sucesso.
por André Abrantes Amaral @
Fevereiro 9, 2011
A GERAÇÃO PARVA E O VALOR DO INSUCESSO
— André Abrantes Amaral @ 12:17
Este texto do Luís Naves tem interesse e chama-nos a atenção para o erro da chamada música de intervenção dos Deolinda. O queixume não é novo e, sinceramente, não me comove. Num pequeno aparte, esclareço que exerço hoje, por conta própria a minha profissão de advogado, numa aventura que iniciei sozinho há 8 anos, mas que hoje já faço em equipa. Comecei o meu estágio com um excelente patrono para quem trabalhava mais de dez horas por dia e sem receber. 15 meses mais tarde, já depois de ter sido aprovado pela Ordem dos Advogados, contratou-me por muito pouco dinheiro. Não me queixo de nada e benefício hoje todos os dias dos seus ensinamentos. Recordo esses dias com saudade, pois neles ganhei a convicção de que estava a trilhar o caminho certo. Apesar de todos os reveses que me foram corrigindo a trajectória.
Há 5 anos escrevi um pequeno artigo para a Revista Dia D, do jornal Público, intitulado o ‘Valor do Insucesso’. Nela descrevia uma geração que tem medo de perder, de não ser bem sucedida. Por isso, não arrisca. Não falha, mas também não sai de casa dos pais e para quem sucesso é a aquisição de bens materiais. Na altura um Audi A3 e um televisor plasma. Hoje, um iPhone e umas férias numa praia nas Maldivas. É pouco. Muito pouco quando comparado com o sacrifício da geração dos meus pais que ia combater no ultramar depois de terminados os estudos ou quando fazia 21. Lamentavelmente pouco quando o insucesso e, peço desculpa pela dureza das palavras, o sofrimento, devia ser entendido pelos membros desta nova geração como uma fonte de força que os fizesse vencer qualquer obstáculo. Torná-los auto-suficientes, não arrogantes e orgulhosos, mas briosos. Dignos das suas capacidades que os levassem a não querer ser levados ao colo, quer pelos pais quer pelo Estado. Sentir que o que têm foi conseguido por eles, apesar de todas as contrariedades. A dita força interior de que o Prof. Ernâni Lopes falava e que nos faz não querer ser um peso para os outros. Que nos faça apenas exigir da sociedade onde vivemos a liberdade que não tolhe a criatividade nem a vontade.
Esta crise vem-se manifestando de mil e uma formas. São os salários dos gestores públicos nomeados pelo poder que ultrapassam milhares de euros por mês, numa estúpida afronta à pobreza. É o Governo a endividar o país de forma oculta através da desorçamentação e a empenhar o futuro dos nossos filhos, sem que o país se revolte. São as câmaras a autorizar construções em altura que rebentam com as cidades, em benefício sabe-se lá de quem. São os jornais e as televisões a publicarem sondagens fantoches e à margem da lei, sem que a Alta Autoridade para a Comunicação Social faça o que quer que seja. São até notícias "corriqueiras" a sobreporem-se a declarações importantes do Presidente da República. São ministros a insultarem o Alto Magistrado da Nação, segundo se acredita a mando do primeiro-ministro, que se esconde no silêncio. Tudo isto e muito, muito mais, revela uma profunda crise de valores. Tudo isto revela que o país e o seu denominado regime democrático estão profundamente doentes. Parece ser impossível aspirar a resolver todos estes estrangulamentos sem uma ruptura com tudo o que de podre existe entre nós.
Quarta-feira, 9 de Fevereiro de 2011
Cumprida a função protocolar, o subordinado Santos Silva foi ontem, 8-1-2011, chamado a Belém, possivelmente para se explicar sobre a sua falta de respeito e de compostura no discurso de 16 de Janeiro. À saída da audiência, amuado, não quis prestar declarações sobre o raspanete...Também ontem, 8-2-2011, no exercício das suas legítimas competências, o Presidente vetou o decreto-lei do Governo sobre a prescrição dos medicamentos e justificou os quatro motivos por que o fez, com destaque para a trapalhada legislativa e o receio do intermitente Simplex.
Depreciativamente, o Governo reagiu imediatamente através de um secretário de Estado: «o Senhor Presidente da República entendeu vetar este avanço para os cidadãos» (sic!). Um dia destes - como se não bastassem os insultos eleitorais dos ministros -, Sócrates manda a sopeira ultrajar o Presidente...O atrevimento só traz prejuízo. Recomendava-me sempre a minha avó Ana, quando, em pequeno, me excedia: «com teu amo, não jogues as peras, que ele come as maduras e dá-te as verdes...».* Imagem da tomada de posse do novo CEMGFA, de 7-2-2011, picada daqui.
Sábado, 29 de Janeiro de 2011
Exportações - por Henrique Neto
Luis Moreira
Henrique Neto, empresário e ex-deputado do PS, no Público fala-nos de exportações e do BPN: " O governo de José Sócrates não tem, nunca teve, uma visão acertada da economia portuguesa e menos ainda um plano credível e políticas sectoriais para os sectores exportadores"
Henrique Neto é uma autoridade no assunto, toda a vida liderou uma das principais empresas exportadoras na área dos moldes, concorrendo com o que há de mais avançado e inovador no mundo.
"Governo não se preocupa com o baixo valor acrescentado nas exportações, iludindo propositadamente a realidade" diz Henrique Neto. ..." as empresas exportadoras não têm nas actuais condições qualquer alternativa ( preços esmagados) seja pelas dificuldades de crédito, seja porque os impostos e a burocracia não param de crescer para manter um Estado gordo e ineficaz.Isto além de terem de sustentar um sector de bens não transaccionáveis, protegido pelo regime, de grandes empresas igualmente bem instaladas e obesas".
" ...uma parte importante das recentes exportações é gasolina e muitas outras são ar, como as que passam pelo off-shore da Madeira, da ordem dos três mil milhões de euros"..." o governo não é capaz de " conduzir, através da concorrência interna, os grupos económicos do regime a investirem na exportação".
Sem duplicar o valor actual das exportações não conseguiremos resolver as deficiências do nosso modelo económico que é próprio de grandes países beneficiando de um grande mercado interno que Portugal não tem. A AIP já apresentou uma estratégia que enquadra empreendorismo, um ambiente macroeconómico mais favorável, com maior cooperação entre as empresas e o sistema científico, mais concorrência no mercado interno, custos dos factores de produção mais baixos e maior incorporação nacional nos produtos exportados.
"Mas disto Sócrates não fala, seja porque não sabe, seja porque é apenas um vendedor de ilusões, -um caso perdido- como lhe chamou Jerónimo de Sousa no debate quinzenal"
PS :Sócrates que passou seis anos a falar de megaprojectos que todos viam que não tinham prioridade nenhuma e que, por falta de dinheiro, não se concretizaram, vem agora no meio do aperto disponibilizar mais dois mil milhões de euros a ver se ainda vai a tempo de as empresas exportadoras salvarem a situação. Quando chega o momento da verdade, adeus banca, adeus construção civil, adeus empresas públicas, olá PMEs....
publicado por Luis Moreira às 13:00
Austeridade "não toca na gordura do Estado e nos interesses da oligarquia"
04.10.2010 - 07:27 Por Cristina Ferreira
Henrique Neto tem 74 anos e é militante do PS há cerca de 20. Mas é também um empresário da Marinha Grande, tendo criado a Iberomoldes em 1975, uma exportadora de moldes, de componentes para automóveis e de engenharia de produtos.
Henrique Neto
(Foto: Pedro Cunha) Em entrevista ao PÚBLICO, voltou a não poupar críticas às políticas económicas deste Governo. Diz que só os estadistas sabem ouvir os "críticos" e acrescenta que o chefe de governo utilizou um optimismo "bacoco e inconsciente" para esconder os problemas.
Desde o Governo de António Guterres, tem participado nos congressos do PS apresentando moções críticas para as políticas na área económica, por as considerar desajustadas das necessidades do país. Como vê a actual situação?
Com grande preocupação. Como português que gosta muito do seu país, não posso deixar de lamentar as oportunidades perdidas e os erros cometidos. Infelizmente, os nossos governantes não sabem da importância de ouvir os críticos, que é uma qualidade que está apenas ao alcance dos estadistas.
Terça-feira, 8 de Fevereiro de 2011
Primeiro-ministro considera que a matéria não justifica qualquer tensão
Central de informação: Santana Lopes compreende e aceita veto presidencial
21.11.2004 - 21:44
O primeiro-ministro, Pedro Santana Lopes, afirmou hoje, no Porto, que compreende e aceita o veto do Presidente da República, Jorge Sampaio, à criação da "central de informação" do Governo.
"Compreendo e aceito a decisão do Presidente, embora este tipo de organismo exista na maior parte dos países europeus", diz Santana (João Abreu Miranda/Lusa)
Não teve autorização (Presidente da República) para erguer uma CENTRAL DE INFORMAÇÃO do Governo, mas hoje a propaganda do Governo é contínua, alguém acredita que não há uma CENTRAL DE INFORMAÇÃO a apoiar o Governo?
PAGAM TUDO, PRINCIPALMENTE A INCOMPETÊNCIA E O ESBANJAMENTO DO GOVERNO
8 Fevereiro, 2011 – 13:59
O Ministério da Economia só serve para lixar a vida dos portugueses. Então com Vieira da Silva a dirigi-lo, é um fartar vilanagem.
.
Agora esta treta das «linhas de apoio ás exportações». Mais um roubo aos portugueses.
.
Repare-se: o estado aumenta impostos e taxas e custos administrativos ás empresas. Estas terão de cobrar mais pelos seus produtos/serviços: pagam os consumidores e diminuiu competitividade internacional.
.
Vai daí e o Estado resolve «ajudar» as empresas na exportação: subsídios (dinheiro dos contribuintes); juros bonificados (preço de crédito abaixo de custo de mercado, pago pelo contribuintes); seguros de crédito (em condições favoráveis face ao mercado, portanto abaixo de custo e com risco superior, a ser tal custo/risco suportado pelos contribuintes).
.
Quem ganha com esta operação? Os consumidores estrangeiros, que obtêm produtos mais baratos.
.
Quem perde? Os consumidores nacionais + os contribuintes que financiam estas palhaçadas + as empresas que não precisam, ou não são «admitidas» a este tipo de incentivos mas que são vítimas desta concorrência desleal + a produtividade e inovação que diminuem, por serem apoiados artificialmente produtos/serviços fora das condições de concorrência;
.
DOMINANDO O ESTADO QUE É DE TODOS NÓS. SÃO OS NOVOS TIRANOS, DE PÉ DESCALÇO!
José António Lima
Como se não bastasse ter um Governo internamente desacreditado e à deriva, alvo da desconfiança europeia e sob a ameaça de uma intervenção do FMI, o PS ainda saiu politicamente esfrangalhado de umas eleições presidenciais em que o seu candidato não chegou sequer a uns medíocres 20% dos votos.
Eleições em que viu o seu adversário ser reeleito logo à 1.ª volta e com uma percentagem reforçada de votos.
Face a este cenário de descalabro político, Sócrates lançou mão daquela que se tornou, por estes dias, a sua maior especialidade: uma acção de contra-propaganda nos media. Logo na noite eleitoral, o líder do PS nem sequer corou ao tentar colar-se à vitória de Cavaco Silva, dizendo tratar-se do triunfo «da estabilidade e da continuidade», como se o seu Governo tivesse acabado de ir a votos. A seguir, foi o ministro Silva Pereira quem pediu uma entrevista para tentar condicionar o Presidente reeleito, sublinhando o seu discurso «de ressen- timento em relação aos adversários» e a questão das pensões e do salário de Cavaco Silva, além de assegurar que «a eleição presidencial não fomentou» a abertura de «um novo ciclo político». Depois, entre vários outros arautos socialistas que encheram peças de jornais e televisões com a mesma cantilena, apareceu Eduardo Cabrita a falar da «tímida reeleição presidencial que veio moderar os ânimos da direita» e assim dar alento a Sócrates que «voltou a ter espaço para liderar a iniciativa política». Uma análise delirante...
É O MUNDO de pernas para o ar, visto das janelas de S. Bento e do Largo do Rato. Nesta sua ânsia de moldar e distorcer a realidade de acordo com os seus desejos e conveniências, o PS perdeu a noção dos limites. E do ridículo.
Nem todo o PS, reconheça-se. António Vitorino, por exemplo, mantém os pés assentes na terra. E veio alertar as hostes socialistas: «A ideia de que, do ponto de vista sociológico, a esquerda é maioritária em Portugal ficou posta em causa pela segunda vez consecutiva em eleições presidenciais». Sócrates e a sua central de contra-propaganda juram precisamente o contrário. Que Cavaco Silva quase perdeu. E que foram eles que quase ganharam.
jal@sol.pt
MAS QUE PARVA QUE EU SOU, NADA DISSO, EXPERIMENTA AS NOVAS OPORTUNIDADES, FICAS COM O DIPLOMA SEM ESTUDAR E TALVEZ TE DÊM UM MAGALHÃES
SOBRE A CANÇÃO DA DEOLINDA PODER SER TRANSFORMADA NUM HINO
O problema na Canção dos Deolinda não parece ser o do Direito ao Trabalho (se não falaria também dos não licenciados ou dos que tiraram cursos profissionais – não imunes ao desemprego), o que faria da canção um hino socialista clássico. O problema é mais preciso: parte do princípio que estudar (licenciar-se) é uma porta automática para uma remuneração, que estagiar é já uma fraude na promessa-símbolo da entrega do canudo, e que no fundo os licenciados são apenas instrumentalizados, escravizados por todo este sistema sem garantias.
Estamos de facto a falar apenas de um levantamento dos sintomas. A letra não aborda nem as causas, nem as soluções do problema, sendo nesse sentido apolítica. No entanto, torná-la hino seria, isso sim, torná-la política: seria dizer que dada minoria a quem não foram atribuídos privilégios implicitamente prometidos (pelo Estado através do sistema educativo?; pelo culto provinciano dos doutores?) deve ser considerada como classe cujos interesses devem ser protegidos.
A queixa «geração sem remuneração» parece desenhada para designar como interlocutor o Estado – na escolha do conceito macro «geração», unidade de medida apenas interessante na perspectiva da engenharia social, e no conceito legalista de «remuneração». Nesse sentido, tornar a canção num hino seria cristalizar a atitude que vê o Estado como primeiro interlocutor para resolver os problemas da sociedade, quer exigindo ao Estado menos peso, quer exigindo mais peso – ambas as atitudes vêm a sociedade como um mero espelho das acções do Estado.
E se o problema não fosse do Estado? E se o problema fosse da mentalidade portuguesa tradicionalmente adversa ao empreendedorismo; para quem «arranjar emprego» está a milhas do paradigma «criar oportunidade de trabalho»; para quem o acto de ser remunerado é um acto passivo, o resultado de uma hierarquia patrão-instrumento que roça sempre finamente o imaginário da escravatura? Os portugueses encaram o trabalho como a virgem passiva que permite aos outros o uso do seu corpo e exige por isso, muito ofendida, direitos em troca. Neste quadro mental, o trabalho é um sacrifício. Protegem-se os filhos desse mal durante o maior período de tempo possível; deseja-se que sejam agraciados pelo tipo de emprego que menos trabalho requer; fomentam-se as cunhas – trunfo para uma entrada directa da escola para o emprego sem passar pelo esforço de trabalhar o caminho até lá. Noutras culturas (inclusive socialistas cujo Estado tem um grande peso, como nos paises nórdicos) o trabalho é encarado como pedagógico desde de tenra idade; «estar empregado» é uma expressão vazia; e criar oportunidades de trabalho é uma realidade, mesmo entre jovens recém licenciados.
Mas vamos imaginar que o problema tinha mesmo raíz no Estado. Como é que fazer desta canção que perpetua o Estado como patrão de todos nós um hino pode fazer com que o peso do Estado na sociedade deixe de ser o problema? Tornar a canção um hino seria perpetuar a causa dos sintomas que levanta.
PS: TALVEZ NÃO!
DO PARTIDO COMUNISTA PORTUGUÊS
Assis lamenta que PCP admita ser «muleta» do PSD e CDS
O líder parlamentar do PS lamentou hoje que o PCP admita ser «muleta da direita» para derrubar um Governo de centro-esquerda ao colocar a hipótese de aprovar uma eventual moção de censura do PSD ou do CDS. Francisco Assis falava à agência Lusa em reação às declarações proferidas pelo secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, sexta-feira, em entrevista à Antena 1. Veja também:
PCP quer afastar «quem tem executado políticas de direita» PCP nunca hesitou em tentar derrubar os governos do PS
publicado por luzdequeijas às 20:08
PCP quer afastar «quem tem executado políticas de direita»
O deputado comunista Honório Novo afirmou hoje à Lusa que a eventual apresentação de uma moção de censura ao Governo pretenderá afastar «quem tem executado uma política de direita», rejeitando a ideia de que tal favorecerá o PSD.
O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, garantiu na sexta-feira passada, em entrevista à Antena 1, que os comunistas não apoiarão o Governo socialista.
«Não conte o Partido Socialista e o Governo do PS com qualquer apoio do PCP. A manter-se esta política, nós, em nenhuma circunstância, votaremos a favor da sustentação e do prolongamento desta política e daquele que a executa», disse Jerónimo de Sousa.
Diário Digital / Lusa
Segunda-feira, 7 de Fevereiro de 2011
" ORDINARIAMENTE todos os ministros são inteligentes, escrevem bem, discursam com cortesia e pura dicção, vão a faustosas inaugurações e são excelentes convivas. Porém, são nulos a resolver crises.
Não têm a austeridade, nem a concepção, nem o instinto político, nem a experiência que faz o ESTADISTA. É assim que há muito tempo são regidos os destinos políticos. Política de acaso, política de compadrio, política de expediente. País governado ao acaso, governado por vaidades e por interesses, por especulação e corrupção, por privilégios e influência da camarilha, será possível conservar a sua independência?"
(Eça de Queiroz, 1867 in "O distrito de Évora")
"Parva que Sou": Deolinda disponibilizam gravação da canção-fenómeno
"Durante os ensaios e até em apresentações feitas a amigos nunca imaginámos a dimensão que a sua letra poderia tomar ", salientam os quatro músicos dos Deolinda.
"Foi com grande surpresa e emoção que assistimos a uma reacção tão intensa e espontânea por parte das pessoas que estavam a ouvir uma música inédita. Verso a verso, fomos sentindo o público a apropriar-se da canção e a tomá-la como sua. Foram quatro momentos especiais e porventura únicos de comunhão entre nós e o público".
A banda mostra-se ainda satisfeita com " o debate e o diálogo em volta de um assunto atual e da maior pertinência", após a divulgação da música e respetiva letra "nas redes sociais e nos meios de comunicação".
"Parva que Sou" inspirou a BLITZ a compilar uma breve história das canções de protesto: veja aqui as nossas escolhas.
Os Deolinda vão assim disponibilizar "uma versão da música, gravada num dos concertos nos coliseus, para que quem a queira ouvir o possa fazer com maior qualidade sonora ".
Ana Bacalhau, Pedro da Silva Martins, Luís José Martins e Zé Pedro Leitão despedem-se agradecendo ao público pelo carinho e à imprensa pelo "genuíno interesse" em "Parva que Sou". "Mais não precisamos de dizer. A canção fala por si ".
Deolinda que Parva que eu Sou
Sou da geração sem remuneraçãoe não me incomoda esta condição.Que parva que eu sou!Porque isto está mal e vai continuar,já é uma sorte eu poder estagiar.Que parva que eu sou!E fico a pensar,que mundo tão parvoonde para ser escravo é preciso estudar.Sou da geração ‘casinha dos pais’,se já tenho tudo, pra quê querer mais?Que parva que eu sou!Filhos, marido, estou sempre a adiare ainda me falta o carro pagar,Que parva que eu sou!E fico a pensarque mundo tão parvoonde para ser escravo é preciso estudar.Sou da geração ‘vou queixar-me pra quê?’Há alguém bem pior do que eu na TV.Que parva que eu sou!Sou da geração ‘eu já não posso mais!’que esta situação dura há tempo demaisE parva não sou!E fico a pensar,que mundo tão parvoonde para ser escravo é preciso estudar.Deolinda
http://www.tvi24.iol.pt/galeria_nova.html?mul_id=13377657
Terça-feira, Janeiro 25, 2011
Reporter TVI: Abutres
Repórter TVI: «Abutres» retrata a corrupção no seio do Estado
O Estado Português perdeu 104 milhões de euros com as empresas da holding PARPÚBLICA no primeiro semestre de 2010.
Em tempo de crise económica, financeira e de valores, o debate sobre a criminalização do enriquecimento ilícito está na ordem do dia.
A moralização da vida pública é cada vez mais uma necessidade que ninguém contesta. A corrupção, a fraude, o branqueamento, o tráfico de influências e a gestão danosa no seio do sector público minam qualquer estado de direito. E criam, por outro lado, pobreza e desde logo mais desigualdade.
«Abutres» é uma reportagem de investigação de Rui Araújo, Rui Pereira e Carlos Lopes, que retrata o caos vigente no seio de algumas empresas do Estado. No final, quem paga a factura é sempre o contribuinte.
A quem não viu esta reportagem aconselha-se o seu visionamento, a todos aqueles que a viram vale a pena vê-la de novo. Não há dúvidas que isto está tudo roto…
VEJA TODAS AS PROVAS AQUI NA REPORTAGEM COMPLETA
Fonte:
http://www
"À medida que a sociedade avança, os factores de distorção do nosso regime são cada vez mais notórios e mais limitativos do exercício da democracia representativa, tal como foi pensada e praticada, durante anos e anos, nas mais diversas nações."
Semanário - 24-01-1998
"Os partidos são pressionados por dois tipos de interesses perfeitamente distintos. De um lado os pequenos interesses, representados por aqueles que dominam as suas estruturas locais e as fecham à sociedade e, do outro, os grandes interesses representados pelos que dependem dos seus negócios com o poder, seja ele central, regional ou local..
Os primeiros são os principais responsáveis pela degradação da qualidade da classe política. Os segundos, por decisões, cujo principal pressuposto não é o interesse público, mas sim um outro, normalmente antagónico."
Semanário - 24-01-98
GOVERNO NÃO FARÁ DESPEDIMENTOS NA FUNÇÃO PÚBLICA, DIZ SÓCRATES:
"da última vez que Sócrates falou sobre a "agenda neo liberal do PSD" os funcionários públicos ficaram sem 5% do ordenado."
publicado por Rodrigo Moita de Deus às 10:12
link |
NOTA DE RODAPÉ : Diz-se que ALMEIDA SANTOS, antes da guerra rebentar em Moçambique "pisgou-se" para a metrópole! Acontece que depois disso CAVACO SILVA foi mobilizado para MOÇAMBIQUE, exactamente para defender aquilo que os portugueses tiveram de lá deixar, outros houve que bem bem informados trouxeram tudo o que tinham!!!
REPETEM CEM VEZES POR DIA UM GEMIDO DADO POR SÓCRATES, MAS AQUILO QUE INTERESSA AOS PORTUGUESES, SÓ DE SOSLAIO E UMA ÚNICA VEZ POR DIA!!!
A distância entre a "realidade" e os "media"
Ontem, o governo disse que quer reformar o mapa autárquico, sobretudo ao nível das freguesias. Isto é das coisas mais importantes que nós podemos fazer. Mas de que falam os media? Do Jorge Lacão-que-está-armado-em-Henrique-Chaves. Ok, comentem lá o Lacão, mas, por amor da santa, falem um pouco do que interessa. Só um pouco. Não dói.
por Henrique Raposo às 14:38
A geração lixada pelos direitos adquiridos
Coluna de hoje do Expresso online:
(...)
E não há maior exemplo disso do que o mercado de arrendamento. No centro de Lisboa, pessoas têm casas arrendadas por 15, 20 euros. Porquê? Porque estas rendas foram congeladas há décadas. E os políticos nunca tiveram coragem de enfrentar esta geração de inquilinos privilegiados (que têm direito a habitação quase gratuita). Resultado: a minha geração ficou sem um meio que é absolutamente central no começo da vida adulta em qualquer país civilizado e incivilizado: o mercado de arrendamento. Mais: sem a solução de um mercado de rendas competitivo (i.e., barato), a minha geração enforcou-se no crédito à habitação, contribuindo assim para o nosso maior problema: o endividamento. Mas, de forma inacreditável, os políticos não falam disto. Há um silêncio de morte sobre este assunto, porque, então, pá, há direitos adquiridos a proteger.
(...)
por Henrique Raposo às 08:49 |
PELA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA
1. Este tema não pode continuar a ser apenas do Correio da Manhã. Este tema tem de saltar para a imprensa dita de referência. Portugal não é um país de brandos costumes.
2. O affaire Carlos Castro (o acto em si, e as reacções na Net) é a mediática ponta de um iceberg que nós continuamos a desprezar: Portugal não é um país de brandos costumes. 40 mulheres são assassinadas todos os anos. Brandos costumes, my ass.
3. Este é o tipo de trabalho de fundo que os jornais têm de fazer. Este é o tipo de trabalho que só um profissional pode fazer. Um conjunto de blogs não substitui um jornal a sério com trabalhos de fundo. Um jornal é um jornal. A rede de blogs e afins é só isso mesmo, e não substitui a imprensa.
por Henrique Raposo às 11:06 |
COISAS DA SÁBADO:
A HISTÓRIA DOS CARTÕES DE ELEITORES É GRAVE (1)
É tanto mais grave quanto a desresponsabilização é ostensiva e quase insultuosa. Pela primeira vez desde que há democracia as eleições correram mal, muito mal. Não podemos saber exactamente quantos eleitores deixaram de votar, mas podemos saber que o “problema” do número do eleitor atingiu dezenas de milhares de pessoas, a julgar apenas pelas mais de 20.000 que telefonaram num pequeno período de tempo de uma hora para saberem onde deviam votar, o motivo dado para o colapso do sistema informático e telefónico do MAI.
(2)
A verdade é que não só tudo correu mal, como é grave que tal aconteça em eleições em que se temia muita abstenção. E o modo como os serviços dependentes do MAI trataram as pessoas ainda é pior. O modo como alguns eleitores de idade e condição social para nunca terem usado um computador, foram corridos com desprezo – o “senhor vá à Net procurar” – é indigno de uma democracia. E se fossem e-educados, também não lhes serviria de muito, porque os sistemas tinham ido abaixo.
(3)
É suposto que tenha existido uma carta, mas não conheço ninguém que a tenha recebido (eu tenho cartão único, o meu cartão de eleitor antigo foi destruído junto com outros cartões quando o recebi, e também não recebi carta nenhuma). Vi aliás notícias contraditórias sobre a existência da carta. Vi também, quando tudo já corria mal por todo o lado, a CNE vir dizer que estava tudo bem e que, se algo não corria bem, a culpa é dos eleitores que não usavam o SIMPLEX, assim tendo mais trabalho e mais burocracia… E, no dia seguinte, vi o desplante dos responsáveis do MAI virem dizer que não tinham culpa nenhuma e iria haver um inquérito. Não, assim não, esta é uma responsabilidade que não pode ficar abafada, e quando as desculpas começam no Ministro, as culpas começam também aí.
(url)
Será este o país que queremos? Não sou certamente a única socialista descontente com os tempos que vivemos e com o actual Governo 1.Não sou certamente a única socialista descontente com os tempos que vivemos e com o actual governo. Não pertenço a qualquer estrutura nacional e, na secção em que estou inscrita, não reconheço competência à sua presidência para aí debater, discutir, reflectir, apresentar propostas. Seria um mero ritual. Em política não há divórcios. Há afastamentos. Não me revejo neste partido calado e reverente que não tem, segundo os jornais, uma única pergunta a fazer ao secretário-geral na última comissão política. Uma parte dos seus actuais dirigentes são tão socialistas como qualquer neoliberal; outra parte, outrora ocupada com o debate político e com a acção, ficou esmagada por mais de um milhão de votos nas últimas presidenciais e, sem saber que fazer com tal abundância, continuou na sua individualidade privilegiada. Outra parte, enfim, recebendo mais ou menos migalhas de poder, sente que ganhou uma maioria absoluta e considera, portanto, que só tem que ouvir os cidadãos (perdão, os eleitores ou os consumidores, como queiram) no final do mandato. Umas raríssimas vozes (raras, mesmo) vão ensaiando críticas ocasionais.
2.Para resolver o défice das contas públicas teria sido necessário adoptar as políticas económicas e sociais e a atitude governativa fechada e arrogante que temos vivido? Teria sido necessário pôr os professores de joelhos num pelourinho? Impor um estatuto baseado apenas nos últimos sete anos de carreira? Foi o que aconteceu com os "titulares" e "não titulares", uma nova casta que ainda não tinha sido inventada até hoje. E premiar "o melhor" professor ou professora? Não é verdade que "ninguém é professor sozinho" e que são necessárias equipas de docentes coesas e competentes, com metas claras, com estratégias bem definidas para alcançar o sucesso (a saber, a aprendizagem efectiva dos alunos)? Teria sido necessário aumentar as diferenças entre ricos e pobres? Criar mais desemprego? Enviar a GNR contra grevistas no seu direito constitucional? Penalizar as pequenas reformas com impostos? Criar tanto desacerto na justiça? Confirmar aqueles velhos mitos de que "quem paga é sempre o mais pequeno"? Continuar a ser preciso "apanhar" uma consulta e, não, "marcar" uma consulta? Ouvir o senhor ministro das Finanças (os exemplos são tantos que é difícil escolher um, de um homem reservado, aliás) afirmar que "nós não entramos nesses jogos", sendo os tais "jogos" as negociações salariais e de condições de trabalho entre Governo e sindicatos. Um "jogo"? Pensava eu que era um mecanismo de regulação que fazia parte dos regimes democráticos. 3.Na sua presidência europeia (são seis meses, não se esqueça), o senhor primeiro-ministro mostra-se eufórico e diz que somos um país feliz. Será? Será que vivemos a Europa como um assunto para especialistas europeus ou como uma questão que nos diz respeito a todos? Que sabemos nós desta presidência? Que se fazem muitas reuniões, conferências e declarações, cujos vagos conteúdos escapam ao comum dos mortais. O que é afinal o Tratado de Lisboa? Como se estrutura o poder na Europa? Quais os centros de decisão? Que novas cidadanias? Porque nos continuamos a afastar dos recém-chegados e dos antigos membros da Europa? Porque ocupamos sempre (nas estatísticas de salários, de poder de compra, na qualidade das prestações dos serviços públicos, no pessimismo quanto ao futuro, etc., etc.) os piores lugares? Porque temos tantos milhares de portugueses a viver no limiar da pobreza? Que bom seria se o senhor primeiro-ministro pudesse explicar, com palavras simples, a importância do Tratado de Lisboa para o bem-estar individual e colectivo dos cidadãos portugueses, económica, social e civicamente.
4.Quando os debates da Assembleia da República são traduzidos em termos futebolísticos, fico muito preocupada. A propósito do Orçamento do Estado para 2008, ouviu-se: "Quem ganha? Quem perde? Que espectáculo!" "No primeiro debate perdi", dizia o actual líder do grupo parlamentar do PSD, "mas no segundo ganhei" (mais ou menos assim). "Devolvam os bilhetes...", acrescentava outro líder, este de esquerda. E o país, onde fica? Que informação asseguram os deputados aos seus eleitores? De todos os partidos, aliás. Obrigada à TV Parlamento; só é pena ser tão maçadora. Órgão cujo presidente é eleito na Assembleia, o Conselho Nacional de Educação festeja 20 anos de existência. Criado como um órgão de participação crítica quanto às políticas educativas, os seus pareceres têm-se tornado cada vez mais raros. Para mim, que trabalho em educação, parece-me cada vez mais o palácio da bela adormecida (a bela é a participação democrática, claro). E que dizer do orçamento para a cultura, que se torna ainda menos relevante? É assim que se investe "nas pessoas" ou o PS já não considera que "as pessoas estão primeiro"?
5.Sinto-me num país tristonho e cabisbaixo, com o PS a substituir as políticas eventuais do PSD (que não sabe, por isso, para que lado se virar). Quanto mais circo, menos pão. Diante dos espectáculos oficiais bem orquestrados que a TV mostra, dos anúncios de um bem-estar sem fim que um dia virá (quanto sebastianismo!), apetece-me muitas vezes dizer: "Aqui há palhaços." E os palhaços somos nós.
As únicas críticas sistemáticas às agressões quotidianas à liberdade de expressão são as do Gato Fedorento.
Já agora, ficava tão bem a um governo do PS acabar com os abusos da EDP, empresa pública, que manda o "homem do alicate" cortar a luz se o cidadão se atrasa uns dias no seu pagamento, consumidor regular e cumpridor... Quando há avarias, nós cortamos-lhes o quê?? Somos cidadãos castigados!
O país cansa!
Os partidos são necessários à democracia mas temos que ser mais exigentes. Movimentos cívicos... procuram-se (já há alguns, são precisos mais). As anedotas e brincadeiras com o "olhe que agora é perigoso criticar o primeiro-ministro" não me fazem rir. Pela liberdade muitos deram a vida. Pela liberdade muitos demos o nosso trabalho, a nossa vontade, o nosso entusiasmo. Com certeza somos muitos os que não gostamos de brincar com coisas tão sérias, sobretudo com um governo do Partido Socialista!
Será este o país que queremos? Não sou certamente a única socialista descontente com os tempos que vivemos e com o actual Governo 1.Não sou certamente a única socialista descontente com os tempos que vivemos e com o actual governo. Não pertenço a qualquer estrutura nacional e, na secção em que estou inscrita, não reconheço competência à sua presidência para aí debater, discutir, reflectir, apresentar propostas. Seria um mero ritual. Em política não há divórcios. Há afastamentos. Não me revejo neste partido calado e reverente que não tem, segundo os jornais, uma única pergunta a fazer ao secretário-geral na última comissão política. Uma parte dos seus actuais dirigentes são tão socialistas como qualquer neoliberal; outra parte, outrora ocupada com o debate político e com a acção, ficou esmagada por mais de um milhão de votos nas últimas presidenciais e, sem saber que fazer com tal abundância, continuou na sua individualidade privilegiada. Outra parte, enfim, recebendo mais ou menos migalhas de poder, sente que ganhou uma maioria absoluta e considera, portanto, que só tem que ouvir os cidadãos (perdão, os eleitores ou os consumidores, como queiram) no final do mandato. Umas raríssimas vozes (raras, mesmo) vão ensaiando críticas ocasionais.
2.Para resolver o défice das contas públicas teria sido necessário adoptar as políticas económicas e sociais e a atitude governativa fechada e arrogante que temos vivido? Teria sido necessário pôr os professores de joelhos num pelourinho? Impor um estatuto baseado apenas nos últimos sete anos de carreira? Foi o que aconteceu com os "titulares" e "não titulares", uma nova casta que ainda não tinha sido inventada até hoje. E premiar "o melhor" professor ou professora? Não é verdade que "ninguém é professor sozinho" e que são necessárias equipas de docentes coesas e competentes, com metas claras, com estratégias bem definidas para alcançar o sucesso (a saber, a aprendizagem efectiva dos alunos)? Teria sido necessário aumentar as diferenças entre ricos e pobres? Criar mais desemprego? Enviar a GNR contra grevistas no seu direito constitucional? Penalizar as pequenas reformas com impostos? Criar tanto desacerto na justiça? Confirmar aqueles velhos mitos de que "quem paga é sempre o mais pequeno"? Continuar a ser preciso "apanhar" uma consulta e, não, "marcar" uma consulta? Ouvir o senhor ministro das Finanças (os exemplos são tantos que é difícil escolher um, de um homem reservado, aliás) afirmar que "nós não entramos nesses jogos", sendo os tais "jogos" as negociações salariais e de condições de trabalho entre Governo e sindicatos. Um "jogo"? Pensava eu que era um mecanismo de regulação que fazia parte dos regimes democráticos. 3.Na sua presidência europeia (são seis meses, não se esqueça), o senhor primeiro-ministro mostra-se eufórico e diz que somos um país feliz. Será? Será que vivemos a Europa como um assunto para especialistas europeus ou como uma questão que nos diz respeito a todos? Que sabemos nós desta presidência? Que se fazem muitas reuniões, conferências e declarações, cujos vagos conteúdos escapam ao comum dos mortais. O que é afinal o Tratado de Lisboa? Como se estrutura o poder na Europa? Quais os centros de decisão? Que novas cidadanias? Porque nos continuamos a afastar dos recém-chegados e dos antigos membros da Europa? Porque ocupamos sempre (nas estatísticas de salários, de poder de compra, na qualidade das prestações dos serviços públicos, no pessimismo quanto ao futuro, etc., etc.) os piores lugares? Porque temos tantos milhares de portugueses a viver no limiar da pobreza? Que bom seria se o senhor primeiro-ministro pudesse explicar, com palavras simples, a importância do Tratado de Lisboa para o bem-estar individual e colectivo dos cidadãos portugueses, económica, social e civicamente.
4.Quando os debates da Assembleia da República são traduzidos em termos futebolísticos, fico muito preocupada. A propósito do Orçamento do Estado para 2008, ouviu-se: "Quem ganha? Quem perde? Que espectáculo!" "No primeiro debate perdi", dizia o actual líder do grupo parlamentar do PSD, "mas no segundo ganhei" (mais ou menos assim). "Devolvam os bilhetes...", acrescentava outro líder, este de esquerda. E o país, onde fica? Que informação asseguram os deputados aos seus eleitores? De todos os partidos, aliás. Obrigada à TV Parlamento; só é pena ser tão maçadora. Órgão cujo presidente é eleito na Assembleia, o Conselho Nacional de Educação festeja 20 anos de existência. Criado como um órgão de participação crítica quanto às políticas educativas, os seus pareceres têm-se tornado cada vez mais raros. Para mim, que trabalho em educação, parece-me cada vez mais o palácio da bela adormecida (a bela é a participação democrática, claro). E que dizer do orçamento para a cultura, que se torna ainda menos relevante? É assim que se investe "nas pessoas" ou o PS já não considera que "as pessoas estão primeiro"?
5.Sinto-me num país tristonho e cabisbaixo, com o PS a substituir as políticas eventuais do PSD (que não sabe, por isso, para que lado se virar). Quanto mais circo, menos pão. Diante dos espectáculos oficiais bem orquestrados que a TV mostra, dos anúncios de um bem-estar sem fim que um dia virá (quanto sebastianismo!), apetece-me muitas vezes dizer: "Aqui há palhaços." E os palhaços somos nós.
As únicas críticas sistemáticas às agressões quotidianas à liberdade de expressão são as do Gato Fedorento.
Já agora, ficava tão bem a um governo do PS acabar com os abusos da EDP, empresa pública, que manda o "homem do alicate" cortar a luz se o cidadão se atrasa uns dias no seu pagamento, consumidor regular e cumpridor... Quando há avarias, nós cortamos-lhes o quê?? Somos cidadãos castigados!
O país cansa!
Os partidos são necessários à democracia mas temos que ser mais exigentes. Movimentos cívicos... procuram-se (já há alguns, são precisos mais). As anedotas e brincadeiras com o "olhe que agora é perigoso criticar o primeiro-ministro" não me fazem rir. Pela liberdade muitos deram a vida. Pela liberdade muitos demos o nosso trabalho, a nossa vontade, o nosso entusiasmo. Com certeza somos muitos os que não gostamos de brincar com coisas tão sérias, sobretudo com um governo do Partido Socialista!
* Professora universitária, militante do PS |
|
Declarações ao Rádio Clube
Ana Benavente: Sócrates tem explicações a dar ao país sobre o caso Freeport
05.02.2009 - 15:05 Por PÚBLICO
A antiga dirigente socialista, Ana Benavente, defende que José Sócrates ainda tem explicações para dar ao país sobre o caso Freeport, e que o devia fazer antes de se escudar em “cabalas”.
Ana Benavente apela à justiça para que seja célere (Pedro Cunha)
Em declarações ao Rádio Clube Ana Benavente diz que o primeiro-ministro deve tornar mais claros todos os procedimentos que tomou neste caso enquanto era ministro do Ambiente e considera que tudo o que foi dito até agora é insuficiente.
Ana Benavente acrescentou ainda que espera que a justiça esclareça também o caso Freeport com a máxima urgência.
A antiga secretária de Estado diz que José Sócrates deve esclarecer todos os procedimentos que assumiu como ministro do Ambiente e considera que as explicações do primeiro-ministro são insuficientes.
"Isto faz mal ao país, ao Governo, à democracia e aos partidos. Faço aqui o apelo à justiça para que seja célere e aos envolvidos para que clarifiquem. Nós não somos assim tão incultos que não se perceba como as coisas funcionam".
O GOVERNO ATÉ NA EDUCAÇÃO FAZ "AJUSTES DIRECTOS"! SERÁ QUE A SENHORA MERKEL SABE?
Domingo, 6 de Fevereiro de 2011
As escolas do ensino cooperativo e particular custam menos dinheiro ao Estado, oferecem, em geral, melhores condições de aprendizagem e produzem resultados notáveis. Contudo, o Ministério pretende eliminar a concorrência ao ensino público, através da brutal redução de apoios. Porém, debaixo da tentativa do Ministério de reduzir e rescindir apoios a colégios cooperativos e particulares do ensino básico e secundário, parece estar a vontade ministerial de privilegiar o Grupo GPS, ligado ao Partido Socialista, que tem um vigoroso plano de expansão nacional e que até consta ir receber a concessão das escolas portuguesas no estrangeiro.Esse privilégio ao Grupo GPS verificar-se-á nos critérios, plano e execução, do corte selectivo de apoios a escolas cooperativas e privadas.
| | Apenas 9% confia no Governo Os portugueses são os que menos confiam no Governo entre um grupo de 23 países analisados num barómetro que avalia o nível de confiança nas empresas, Governo, ONG e media, que hoje será divulgado. |
Domingo, 6 de Fevereiro de 2011
Por jmf1957 | Na categoria Geral |
6 Fevereiro, 2011 – 12:56
Sexta-feira, 4 de Fevereiro de 2011
publicado por Rodrigo Moita de Deus às 23:47
13:32 Quarta feira, 2 de Fevereiro de 2011 | |
|
| Link permanente: | x | <input ... > |
| | | |
|
Passos Coelho diz que o Governo tem sido muito impaciente ao querer imputar ao PSD qualquer referência ao FMI José Sena Goulão Pedro Passos Coelho afirmou hoje que, se Portugal está hoje com "uma mão à frente e outra atrás", com endividamento excessivo, foi por responsabilidade do Governo e não do PSD ou do Fundo Monetário Internacional (FMI). Falando em São Bento, no final de uma audiência com o primeiro-ministro, José Sócrates, o presidente do PSD recusou-se a responder às críticas que lhe foram feitas momentos antes pelo líder da bancada socialista, Francisco Assis. No entanto, Pedro Passos Coelho frisou que "Portugal é sócio do FMI - e quando se fala em reformas estruturais não se está a incorporar uma agenda do FMI, mas a apontar quais as nossas necessidades". Responsabilidade não é do FMI " Infelizmente, o que tem conduzido Portugal a uma situação de endividamento excessivo não é a agenda do FMI, mas foram decisões de governos que se acumularam ao longo de anos e que colocaram Portugal a gastar muito para além das suas possibilidades. É com isso que estamos preocupados", salientou Pedro Passos Coelho. De acordo com o presidente social-democrata, este Governo "tem sido muito impaciente ao querer imputar ao PSD qualquer referência ao FMI". "Mas, se Portugal está hoje com uma mão à frente e outra atrás, não é por causa do PSD. Portanto, espero que o Governo seja diligente, não apenas reduzindo o défice que ele próprio criou, mas também conduzindo o país a uma reestruturação da área pública que lhe permita pensar que as empresas em Portugal, que criam emprego e riqueza, possam ter acesso ao financiamento e possam ajudar o país a recuperar", acrescentou. |
"Estamos a ser governados por humanóides"
baptista
Hoje, 6h32m