Segunda-feira, 4 de Outubro de 2010
LEONOR BELEZA CONTRA DESPERDÍCIO NA SAÚDE
A antiga ministra da Saúde Leonor Beleza defende uma "guerra sem limites" contra o desperdício no Serviço Nacional de Saúde, afirmando que o caminho passa por reformas e melhorias e não por revolução.
A presidente da Fundação Champalimaud defende uma discussão "serena" em torno do Serviço Nacional de Saúde, baseada em dados efectivos, minuciosos e pensados do cenário macroeconómico. (... )
Cm
Preparação museológica de uma foca-anelada
A foca-anelada juvenil foi capturada viva, no dia 17 de Dezembro, a cerca de 25 milhas Oeste do Porto da Póvoa de Varzim. Segundo o mestre da embarcação de pesca "Caminho da Luz", a foca mostrava grande vivacidade e comportamento sociável, tendo no entanto vindo a morrer durante o transporte para o Aquário Vasco da Gama.
A primeira parte do trabalho consiste na esfolagem e descarnagem do corpo do animal, a fim de lhe ser retirada a pele. Em seguida, a pele é curtida e posteriormente surrada, ou seja, desbastada até se obter a espessura desejada.
Na execução do manequim da foca, onde a pele tratada vai ser montada, utilizaram-se duas técnicas: a moldagem e a modelação. Assim, da cabeça e membros do animal fizeram-se moldes em gesso, enquanto que o tronco foi modelado em esferovite, usando-se como referência os dados biométricos e o registo fotográfico.
Neste método, que se pode considerar misto, introduziu-se ainda outra inovação que consistiu na utilização de um molde auxiliar ("dead mask"), o que conferiu um maior rigor à forma da cabeça e do focinho da foca-anelada
Por:Luís Marques Mendes, Ex-líder do PSD
Durante meses, o discurso oficial era categórico: Portugal estava no bom caminho, as previsões orçamentais estavam certas, éramos os campeões do crescimento na Europa, um verdadeiro caso de sucesso. Quando muitos vaticinavam a necessidade de mudar de vida, logo o governo os apelidava de profetas da desgraça. Onde muitos viam o país a resvalar para o precipício, o primeiro-ministro só descortinava razões para optimismo.
Até que surgiu o duríssimo programa de austeridade da semana passada. Um programa que chocou o país e fez muito boa gente abrir a boca de espanto e revolta. Afinal era tudo propaganda e mentira. Afinal havia crise.
Num ápice, caiu a máscara e todos pedem explicações. Afinal o que falhou? À boa maneira dos políticos sem vergonha, o primeiro-ministro não explica. Em duas programadas entrevistas televisivas, o Hugo Chávez à portuguesa despreza tudo – a verdade, a explicação, a inteligência dos portugueses.
Em boa verdade, não há nada a explicar. Está tudo explicado há muito tempo, em três palavras: irresponsabilidade, incompetência e propaganda. Só não vê quem não quer ver.
Foi a irresponsabilidade que conduziu em 2009 às eleições mais caras de sempre. Para sacar votos, mesmo hipotecando o futuro, Sócrates fez de tudo: aumentou em grande os funcionários públicos, o abono de família e as reformas, baixou o preço dos medicamentos, meteu dinheiro a eito nas empresas do regime, até acorreu com milhões ao BPN, tentando salvar com a política aquilo que era e é um caso de polícia. Com a mesma irresponsabilidade chegámos ao desastre deste ano – mais impostos e mais despesa, menos economia e menos emprego.
Foi a incompetência que nos trouxe até aqui – cinco anos de governação que empobreceram o país, com o défice mais alto de sempre, o maior desemprego de sempre, os impostos mais altos de sempre, a maior dívida pública de sempre, as maiores desigualdades sociais de sempre, a maior desfaçatez de sempre.
Foi e é a propaganda a grande imagem de marca deste governo. Eles nunca souberam governar. Especializaram-se, sim, na propaganda. Na arte de manobrar, controlar, mentir e enganar.
Só que não é possível enganar toda a gente durante o tempo todo. Por isso, o primeiro-ministro assinou na semana passada a sua própria certidão de óbito político. É que ninguém aceitará ser enganado durante mais tempo.
Pena é que, por descobrir a verdade, todos tenham de pagar esta factura pesada. Provavelmente por muitos e bons anos.
Há 102anos a insatisfação social culminou no regicídio. As dificuldades crescentes do povo, a crise social e política, criaram a revolta face à indiferença e incapacidade do monarca, aparentemente distraído nas festas da corte, nas caçadas e noutras inúmeras actividades lúdicas. Incapaz de governar um povo tido por indisciplinado e brando, foi o que se sabe.
Por:João Palma, Presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público
A República restituiu o poder ao povo, acabou com os privilégios do rei. Mas, passados 100 anos, a República é ensombrada pela apreensão e incerteza. As lições do colapso da Primeira República não foram interiorizadas por quem governa. O País está de novo mergulhado num atoleiro, à beira do abismo.
Em vez de um rei temos vários, que se servem da coisa pública em proveito próprio. O rei abusava do poder herdado. As dinastias desta maltratada democracia conquistam poderes pois são mestres na arte do engano, da mentira e da ilusão.
Pasma-se como um País como o nosso, tão pobre, consegue, ainda assim, alimentar tantos devaneios e enganos. Na maior das impunidades!
Lisboa
Dois anos para operar crianças
Especialidade de Ortopedia do Hospital D. Estefânia tem uma longa lista de espera. A administração hospitalar diz que os casos não são urgentes.
CM
| | OE: Luís Amado diz que não é tempo para «combate político» O ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, apelou esta segunda-feira à oposição para «cooperar responsavelmente» com o Governo, afirmando que a «situação muito séria» do país exige «convergência dos principais partidos», e não combate político. |
| | | Emigrantes em Angola fazem remessas ter saldo positivo inédito As transferências correntes com os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) tiveram, pela primeira vez, em 2009, um saldo positivo para Portugal de 67,1 milhões euros, sustentado pelas remessas de emigrantes portugueses em Angola, revelou o Banco de Portugal. |
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Domingo, 3 de Outubro de 2010
«Fora a gente sem nome que fez do PS um modo de vida, não há ninguém na política ou no jornalismo que se atreva a justificar o primeiro-ministro, José Sócrates. Não me lembro - excepto em ditadura - de nenhum homem público tão profundamente execrado. O desprezo e a hostilidade variam de tom e pretexto, mas Sócrates conseguiu unir Portugal inteiro contra ele. E não só por causa do PECIII, que infalivelmente nos levará à miséria (embora isso também conte). O que o cidadão comum detesta é a pessoa: a pessoa que ele exibe no Parlamento e no país. E que, se ainda não recebeu ordem de despejo, é porque o PSD e o dr. Cavaco não querem agravar a crise com um vácuo de poder na cena doméstica. Nesta extravagante situação, é curioso relembrar como apareceu (e cresceu) a criatura que nos levou à ruína. Sócrates veio da província com a ambição de fazer carreira. Como educação formal, não foi além de um vaguíssimo diploma de engenheiro, extraído à complacência de uma universidade privada. E, como profissional, não se lhe conhece um currículo respeitável. E, no entanto, "subiu". "Subiu" sob a protecção de António Guterres, que fez dele deputado, secretário de Estado e, depois, ministro (do Ambiente). Não se percebe o que Guterres viu na criatura. Obediência? Dedicação ao trabalho? Algum jeito para a intriga partidária? Não se sabe. O certo é que Sócrates com certeza o serviu fielmente. E, quando Guterres um belo dia se escapou, Sócrates, que não valia nada, emergiu de repente como um candidato plausível a secretário-geral do PS. Porquê? Por causa da RTP, que o resolveu escolher para um debate semanal com Pedro Santana Lopes. Sócrates "passa" bem na televisão (como é obrigatório num político moderno) e essa presença constante em casa de cada um acabou por o tornar numa espécie de encarnação do PS. O resto correu segundo as normas. Durante a campanha contra Manuel Alegre e João Soares, peritos de publicidade arranjaram maneira de ele não se comprometer com coisa nenhuma (uma técnica também obrigatória) e de mentir no caso de um aperto (sobre impostos, claro). Sócrates ganhou; e ganhou, a seguir, a maioria absoluta. Na noite da vitória não agradeceu ao país, com que nunca no fundo se importou. Agradeceu ao PS, a que devia tudo. E, assim, Portugal recebeu do céu (na verdade, do Largo do Rato) um primeiro-ministro, obscuro e vácuo, que não lhe merecia, em princípio, a menor confiança. Mas, tendo votado nesse grosseiro produto do PS, agora não se deve queixar.»
Vasco Pulido Valente, Público
É uma maldição. O homem não consegue mesmo fazer bem as coisas. Promete que vai reestruturar e extinguir empresas e serviços públicos e que lançará um novo imposto sobre a banca, ficando a dúvida – dê-se-lhe o benefício – se vai acabar com o estatuto fiscal e os subsídios às 630 fundações para os clientes do Bloco Central. Mas não nos diz – e mais que não seja porque vamos pagar, temos o direito de saber – como é que se chegou aqui, quando em Maio, há apenas quatro meses, não íamos chegar.
Por:Magalhães e Silva, Advogado
E isto é tanto mais necessário quanto a capacidade de obtenção de receitas não é indefinida; e, por isso, nós, cidadãos, queremos saber como foi, para exigir em tempo, urnas incluídas, que as medidas agora tomadas, sendo de ataque à conjuntura, sejam acompanhadas de redimensionamento do Estado à medida dos recursos existentes.
Mais: passa pela cabeça do homem que é possível anunciar ao País anos de pobreza e não lhe apresentar uma ideia, minimamente consistente, de como se vai reconstruir a economia, e até quando se prevê o aperto?
Ter disso uma ideia clara é uma questão de cultura. Só mais um esforço, Eng.º Sócrates, e pode ser que ainda aprenda.
"PORTUGAL NUNCA TEVE UM GOVERNO TÃO ANTIFAMÍLIA E TÃO ANTINATALIDADE COMO ESTE"
Fernando Castro
Associação Portuguesa das Famílias Numerosas (APFN)
Rogério Chambel
Os portugueses tiveram a confirmação oficial daquilo que há muito suspeitavam: vão ficar ainda mais pobres. E não é só no orçamento familiar. É em tudo. É o Centro de Saúde em falta, na estrada que tarda a ser reparada, na escola onde os alunos vão continuar a passar frio durante mais invernos, na estação de comboios degradada, enfim, num sem-número de situações com que nos vamos deparando no dia-a-dia. E quando o Estado fechar a torneira da transferência de dinheiro para as autarquias (que é quem faz obra útil), então tudo piorará.
Quem manda não sabe, nem quer saber das necessidades reais das gentes deste País. Quem manda não tem consultas no velhinho Centro de Saúde da Quinta do Conde (provisório há mais de vinte anos). Quem manda não conhece os acessos a Barrancos (mais parecem caminhos de cabras). Quem manda não tem os filhos numa escola onde se enregela no Inverno (não faltam exemplos por essa Beira fora) ou onde não há aulas por falta de professores e auxiliares (sucedem-se os casos por este país).
Quem manda nunca viu a estação de comboios de Portimão (está cheia de ervas). Quem manda não sobrevive com pensões de miséria (e são milhares os portugueses que contam os cêntimos). Quem manda não quer saber disto. Vive num mundo só seu. Quem manda assim só faz desmandos.
PÚBLICO
Este é um dos piores resultados jamais registados pelo PSOE. O "El Pais" escreve que a greve geral piorou as expectativas do partido governamental.
PS: Esta é uma reacção saudável do povo espanhol, depois de o PSOE ter estado há muito tempo no governo e ter desencadeado terríveis medidas sociais para combater a crise, no devido tempo! EM PORTUGAL, caímos no fundo, com um défice alarmante, dívida externa vergonhosa e desemprego histórico !! Muito tarde, vieram com medidas muito gravosas, estamos perdidos e sem esperança e ouvimos diariamente mentiras e escândalos em catadupa! Transparência nenhuma !!! Com o PS há quase 15 anos no poder!!!
Perante isto, ninguém pode compreender que as sondagens publicadas possam apresentar os valores, para o Partido Socialista, que aparecem publicados, ou seja: menos 2 pontos percentuais que o PSD!!! Isto não é de um povo normal!!! É, no mínimo, doentio em democracia!
"Aos 48 anos este país tratou-me como se eu fosse um iogurte que ultrapassou o prazo de validade", disse o homem, de repente, pouco depois de me sentar no carro. Explicou: "Fui escanção no restaurante Mónaco, na Marginal, mas aquilo fechou e fiquei no desemprego."
Por:Paulo Pinto Mascarenhas (paulomascarenhas@cmjornal.pt)
Apesar da paixão pelos vinhos – durante a curta viagem recomendou um Quinta do Côtto 2005, "muito em conta nos supermercados" – não acreditava ser possível "voltar à hotelaria".
A razão é simples: "No estado em que Portugal está, mesmo os que consomem boas garrafas, mais caras, têm vergonha de beber em público, nos restaurantes." Bebem em casa, às escondidas, para não despertar invejas alheias.
Guiar um táxi foi a solução que encontrou: "Não me caem os parentes na lama por isso."
Contou-me depois que estivera a ouvir na rádio, durante alguns minutos, o debate parlamentar de quinta-feira na Assembleia da República. Não aguentou muito tempo. Deu-lhe o stress. "Este primeiro-ministro tem maus vinhos e isto não vai longe."
O meu taxista escanção talvez concorde com as palavras de Mário Soares: "Os políticos são como os vinhos. Não sabemos porquê. Há boas épocas em que o vinho é esplêndido e outras épocas em que o vinho não presta. Nesta altura nós temos políticos que não prestam."
Soares falava a propósito do actual momento europeu, quinta-feira, em Coimbra, na sessão de encerramento do colóquio ‘Da Virtude e fortuna da República ao republicanismo pós-nacional’. A fortuna desta República é escassa e a sua virtude não se recomenda.
Por:Francisco Moita Flores, Professor Universitário
Esta semana, José Sócrates apresentou uma receita orçamental com a fórmula dois em um. Apresenta em linhas mestras o orçamento em que espatifa o poder de compra e a capacidade de sobrevivência de milhões ao mesmo tempo que acciona um conjunto de medidas com efeitos a partir do próximo mês. Uma espécie de PEC3. O desemprego vai aumentar, o recurso ao crédito vai ser ainda mais difícil, muitas empresas irão chegar ao fim e nós voltamos à estaca zero do nosso descontentamento. Poder-se-ia dizer que todos estávamos à espera disto, mais dia menos dia, e agora que chegou a negra novidade percebemos que afinal de contas há um discurso só de promessas e há outro, que aparece de vez enquanto, sobre a realidade.
Isto não é política. É um jogo de mistificações e quem se lixa é sempre o mesmo, ou seja, o mexilhão. Isto é, o povo que paga, o povo que ainda trabalha e aqueles que dia-a-dia dão o seu melhor para que este país tenha futuro. A multidão de oportunistas, de boys, de indivíduos que vivem à custa do orçamento e à nossa custa, à espera apenas da próxima campanha eleitoral, aí estão, quietinhos, sossegadinhos, sem um resmungo que seja. Vamos viver uma situação que traz fome e miséria. Quem se recorda dos inícios da década de oitenta, com uma situação económico-financeira menos grave, ainda sente hoje o que foram aqueles anos de sofrimento e de sacrifício. Foi então que surgiu um dos grandes homens da Igreja, o bispo D. Manuel Martins, que veio impor o grito da revolta contra a injustiça e o desfalecimento do povo da península de Setúbal. Perante o estado de choque em que vivemos, percebe-se que a classe política esteja desorientada.
O PSD, pela voz de Passos Coelho, insistiu, repetiu, impôs cortes drásticos na despesa, em vez de aumentos de impostos. Deve insistir para que se reduza mais a despesa, que se acabe com os institutos que apenas albergam decrépitos e frustrados militantes partidários, e ao mesmo tempo procurar ali-viar a carga de impostos. Já se viu que só assim vamos sair deste buraco, e Passos Coelho faz bem em não sair dessa posição de compromisso e negociação, pois mais importante do que os interesses partidários que exaltam o histerismo e a prédica fácil, há um país que é a terra dos nossos filhos, que não pode ser entregue ao folclore político e que tem que ser retirado a quem não o sabe governar e não é confiável. Ao menos que os nossos filhos e netos tenham direito à esperança. Ao menos isso.
O Governo prometeu que dominava a crise. Prometeu este mundo e o outro nas eleições de 2009. Para as ganhar, Sócrates e Teixeira dos Santos distribuíram dinheiro sem olhar a quem. Em todos os dias dos últimos dois anos, o Governo disse que a crise internacional ia brava, mas que por cá a economia reagia bem. Que já estava a recuperar e que em breve estaríamos a sair do vermelho. Primeiro seria em 2010, depois em 2011; agora, num ano qualquer que há-de vir.
Por:Eduardo Dâmaso, Director-Adjunto
O Governo recebeu, ao longo dos últimos anos, avisos de toda a gente sobre os desequilíbrios das contas públicas. A uns chamou profetas da desgraça, a outros velhos do Restelo, às oposições, irresponsáveis. Sócrates, verdadeiro homem providencial, prometeu que nos haveria de guiar à Terra Prometida das energias renováveis e das fabulosas tecnologias. Ele e os seus papagaios disseminados por jornais, televisões e internet levar-nos-iam para a modernidade. Hoje, no delírio propagandístico que atravessa este PS irreconhecível, ainda há quem tenha a lata de dizer que a culpa de tudo o que vivemos é do PSD e de Passos Coelho. E há também quem repita esta obscenidade na esfera mediática sem corar. Como se Sócrates não estivesse lá nem nunca tivesse estado. Como se fosse uma espécie de patriota que, coitado, se esfalfa pelo nosso bem. Uma vergonha...
Apoios: Curso do ex-ministro nos EUA patrocinado por eléctrica portuguesa
Três milhões da EDP para Pinho
Agradecemos à EDP "o seu generoso apoio ao seminário ‘Leaders in Global Energy’". São estas as palavras com que a Universidade de Columbia agradece o donativo de cerca de três milhões de euros concedido pela companhia eléctrica portuguesa e que inclui o patrocínio ao seminário do ex-ministro da Economia Manuel Pinho, onde aliás José Sócrates esteve presente na semana passada.
Por:Paulo Pinto Mascarenhas
Sábado, 2 de Outubro de 2010
Só a Grécia tem um plano de austeridade mais duro
02.10.2010 - 07:51 Por Ana Rita Faria
O Governo queria dar um sinal aos mercados internacionais, para acalmar os receios sobre a dívida pública e evitar que a torneira do financiamento se fechasse. Mas, pelos vistos, foi preciso um grande sinal. As várias medidas de austeridade apresentadas pelo Governo ao longo deste ano ascendem a 11.215 milhões de euros, o equivalente a 6,7 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) português.
A armadilha de mandíbulas é a mais utilizada na captura de animais em vida livre. Este instrumento é accionado quando o animal pisa o sistema de disparo, fazendo com que as mandíbulas de metal se cerrem e o prendam pela pata.
Desprovido de alimento, água e qualquer tipo de protecção dos predadores, pelo menos 1 em cada 4 animais rói a própria pata na tentativa desesperada de se libertar.
Os que o conseguem fazer acabam por morrer pouco depois em consequência da perda de sangue, de infecção, de fome ou caçados devido à vulnerabilidade face ao predador.
Os animais que não conseguem escapar, aguardam em sofrimento durante vários dias ou até mesmo semanas, até que o caçador volte para verificar a sua armadilha e lhes aplique o golpe final, asfixiando-os com os pés. Muitas vezes, os animais não resistem à espera prolongada e morrem de fome, de frio, de desidratação ou atacados por predadores.
Estima-se que todos os anos, pelo menos 5 milhões de animais como cães, gatos, pássaros, esquilos e até mesmo animais de espécies em vias de extinção sejam acidentalmente apanhados, mutilados e mortos nas armadilhas.
Por helenafmatos | Na categoria Geral |
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Manuela Ferreira Leite (www.expresso.pt)
0:00 Sexta feira, 24 de Setembro de 2010
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Manuela Ferreira Leite (www.expresso.pt)
0:00 Sexta feira, 24 de Setembro de 2010
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Querido povo,
Beijinhos amigos do vosso querido Governo.
Esta carta é uma sugestão para a nova estratégia de doutrinação do Governo que é a de falar aos cidadãos através das crianças.
Habituem-se!
Umas pessoas más andam para aí a dizer que temos muitas dívidas e que daqui a nada já não vos podemos dar mais caramelos.
Nós, o vosso Governo, somos muito amigos e preocupamo-nos muito em dar-vos o melhor, por isso não deem ouvidos a estranhos nem abram a porta a ninguém sem nós deixarmos.
A senhora ministra da educação já disse aos meninos e meninas que espera deles muitas alegrias, que lavem as mãozinhas e não risquem as paredes das escolas novas. Todos têm de nos dar alegrias, bater-nos palmas, portarem-se muito bem e agradecer todos os dias o que nós distribuímos a quem é amigo e obediente.
Deixem lá as preocupações, os maus vão pagar os impostos que forem precisos para que os bons durmam confiantes e vão ver que tudo vai acabar bem porque nós zelamos por vós, agora e sempre!
Os mais idosos sabem, porque aprenderam na escola, que mandar é muito ingrato e difícil, por isso devem todos ter a ambição de obedecer.
Há coisas que é sempre bom recordar, a bem da nação.
O maior problema do país não é a dívida astronómica, nem a despesa do Estado, nem o desemprego, nem a economia estagnada, nem as reformas por fazer. O maior problema do país, sem a resolução do qual nenhum dos outros será vencido, é o da confiança nos agentes políticos - os que estão hoje no Governo e os que contam ir para lá amanhã. Essa confiança não se ganha quando um primeiro-ministro sempre sorridente e otimista finge que nada se passa, mas o ministro das Finanças vem reconhecer, de cara fechada pela impotência, que a austeridade em curso talvez não baste para se corrigir o défice. E a confiança também não se ganha quando um líder da oposição, arrependido de ter começado por dar a mão ao Governo, ora se compromete, ora se descompromete, embora com o argumento de que a outra parte não cumpre.
Ao fazer um braço de ferro com o Executivo a propósito do Orçamento para 2011, Passos Coelho escolheu o pretexto errado no momento errado. O pretexto é errado porque o Governo será sempre o último a responder pelo Orçamento que apresentar, desde que o PSD o viabilize pela abstenção - o que decerto acabará por fazer, ou teremos caído num estado de puro delírio. Para se distanciar do que aí vem, bastava a Passos Coelho ter seguido Marcelo Rebelo de Sousa que, enquanto líder do PSD, deixou passar sem condições os orçamentos que precederam a adesão ao euro. A situação atual do país justificava-o plenamente e, afinal, o líder social-democrata já tinha dado os passos mais difíceis ao entender-se com Sócrates sobre o PEC. Assim, não fez mais que oferecer trunfos e desculpas ao Governo.
O momento é errado pelas razões que o próprio Passos antecipou no Pontal. Com o Presidente impedido de dissolver o Parlamento, se acaso pensou sequer em tal hipótese, Sócrates ganhou segurança e poder negocial. O resultado aí está: no teatro mediático em que os dois se apresentam como protagonistas, Passos Coelho surge como o mau da fita, sem vantagem para si próprio nem benefício visível para o país. À vista dos sacrifícios que estão para vir, a limitação das deduções fiscais para a classe média talvez já seja um dos males menores. Fazer finca-pé a recusá-la acabará por soar a um mero expediente político para agradar a um sector do eleitorado onde o PSD pesca mais votos.
Com um líder da oposição enredado na teia que ele próprio criou, o primeiro-ministro e o Governo farão o que têm feito desde outubro de 2009: dissimular a fraqueza com taticismo e retórica, silêncios estudados e vitimização quanto baste, ao mesmo tempo que preparam a mudança de discurso sem assumir culpa alguma no desastre. A ministra do Trabalho já reconheceu que o desemprego não vai parar de crescer. O ministro das Finanças já deixou claro que 2011 será ainda pior do que 2010. O Governo fará, pois, o que for preciso, disfarçando os seus erros e fracassos com a autoproclamação de coragem e responsabilidade políticas. Só falta José Sócrates reorientar o otimismo militante para o confronto com a dura realidade, o que fará a reboque dos acontecimentos como de costume, mas com o mesmo à vontade com que, regressando um dia de Bruxelas, anunciou o aumento de impostos que, uma semana antes, negara no Parlamento. E, assim, a confiança - essa tal palavra-chave que é condição prévia para a resolução de todos os problemas - continuará em suspenso.
Vivemos dias patéticos. Não admira que, visto de fora, Portugal pareça um país à deriva. Na verdade, nunca as aparências iludiram tão pouco.
Jerónimo: Sócrates "encharca televisões com propaganda" (vídeo)
Secretário geral do PCP , Jerónimo de Sousa, diz que o primeiro ministro está a "tentar esconder o conteúdo das malfeitorias" das medidas de austeridade anunciadas esta semana. Clique para visitar o dossiê Orçamento do Estado 2011 (Vídeo SIC no fim do texto)
Lusa
20:07 Sábado, 2 de Outubro de 2010
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Só um professor por cada 38 reformados entra nos quadros
O secretário-geral da Federação Nacional de Professores (Fenprof), Mário Nogueira, disse à agência Lusa que, desde 2007, entrou nos quadros do Ministério da Educação apenas «um professor por cada 38,4 que foram para a reforma».
Daniel Bessa (www.expresso.pt)
Temos uma tendência, em Portugal, para tornar menos claro aquilo em que mexemos. É como se gostássemos pouco da transparência, do branco e do preto, envolvendo tudo num jogo de sombras. Volta a ser assim com os números da execução orçamental.
Há pelo menos um resultado que não é bom: a despesa está a subir e acima do orçamentado. Isto é certo. Há outra certeza pouco favorável: há despesa que não está contabilizada, nomeadamente as dívidas dos hospitais a fornecedores. Há dúvidas que não consegui resolver: o submarino, já está contabilizado?
Depois, para não se reconhecer que os números não são bons, acrescenta-se que "o orçamento vai ser cumprido". Não sei se é muito inteligente: responde-se a uma pergunta que ninguém fez e repete-se uma afirmação que foi proferida ao longo de todo o ano passado, até chegar o dia em que teve de se reconhecer que não iria ser cumprido. Não passou assim tanto tempo, embora eu seja dos que acreditam que o Orçamento para 2010 vai ser cumprido, não sei é como.
Acresce que não é essa a prestação de contas de que eu necessito. O OE para 2010 já morreu duas vezes: no dia em que foi aprovado o PEC 1 e no dia em que foi aprovado o PEC 2. É o PEC, e não o orçamento, que eu preciso de saber se está a ser cumprido; para isso, infelizmente, não tenho resposta.
Texto publicado no caderno de economia do Expresso de 25 de setembro de 2010
Inércia nacional
Inserido em 01-10-2010 20:40
Que bom seria se acontecesse como na Islândia haver um tribunal especial para julgar a negligência do 1º Ministro e do seu executivo que levou ao colapso do país.
Surgem arrogantes e soberbos e tratam-nos com desprezo. Como se tivéssemos feito asneira. Entrincheirados nos cargos que ocupam, castigam-nos com pesadas medidas, indiferentes aos reais problemas das pessoas. Tiram-nos do bolso para manter “jobs” e alimentar serviços que escandalosamente só a eles (e aos seus amigos) beneficiam.
Estou a falar dos nossos políticos, claro: enquanto for dando, ficam por cá a desgovernar o país, mentindo se for preciso, para nos convencer de que fazem o melhor por Portugal.
Mas, se aparece um tacho melhor, é vê-los dar o salto e abandonar o país e depois, do lado de lá, fazerem apelos à responsabilidade nacional – que é coisa que eles próprios nunca tiveram.
Estamos num descalabro e eles mantêm-se inimputáveis.
Que bom seria se acontecesse como na Islândia haver um tribunal especial para julgar a negligência do 1º Ministro e do seu executivo que levou ao colapso do país.
E aqui, ninguém faz nada?
SÓCRATES NÃO DESISTE DO TGV, o que pode acontecer é o povo desistir de Sócrates!!
O primeiro-ministro afirmou ontem à RTP que "desistir do TGV seria contra o interesse nacional". E não se compromete com a subida do salário mínimo para 500 e em 2011.
CM 02-.02-2010
Por:Armando Esteves Pereira, Director-Adjunto
A metáfora é feliz, se bem que, ao contrário dos políticos, os vinhos tendem a ter cada vez mais qualidade, graças aos desenvolvimentos tecnológicos e ao saber crescente dos enólogos e produtores. Soares falava sobre a realidade Europeia. De facto, de Lisboa até à fronteira mais oriental da União, faltam líderes capazes de ultrapassar as dificuldades crescentes que a globalização colocou ao Estado Social, que prosperou após a II Guerra Mundial e que chegou a Portugal com mais de duas décadas de atraso e com menos recursos.
O custo da mediocridade dos políticos já foi explicado por Cavaco Silva no famoso artigo da má moeda. A austeridade que todos vamos sofrer e a recessão que provavelmente irá provocar são consequências dessa mediocridade política, de irresponsáveis que deixaram endividar o País, que não se preocuparam com o regabofe despesista, enquanto a pressão fiscal sobre os cidadãos e empresas nunca parou de crescer. O descrédito dos mercados, que provocou a pressão dos juros, foi também um sinal de desconfiança relativamente aos responsáveis políticos do País.
Finanças
Cunhada de Sócrates é assessora na EPAL
Mara Fava trabalha na organização do arquivo histórico. Irmã da ex-mulher de José Sócrates passou de precária a assessora da administração.
CM - 02-02-2010
Por:João Pereira Coutinho, Colunista
Um exemplo? As pressões, implícitas ou explícitas, para que o PSD se cale e aprove o Orçamento, qualquer que ele seja. Em nome da Pátria e da gloriosa raça que a habita.
O Orçamento será mau? Péssimo? Contrário às ideias de um partido com programa autónomo? Não interessa. A sombra da União Nacional regressa da tumba para lembrar que os partidos são um empecilho; e que a responsabilidade do nosso descalabro económico não está no Governo, mas na Oposição ao Governo.
Desconfio até que os articulistas de serviço, sem falar das eminências pardas do regime, suspendiam de bom grado a democracia (durante seis meses, como dizia a outra), para que não houvesse o mais leve espirro de contestação. Tudo unido e aprumado, a marchar de braço estendido pelo Grande Líder.
Se Passos Coelho aceitar esta chantagem literalmente ditatorial, engolindo às cegas qualquer proposta, só lhe restará mudar de vida, fechar a tasca e pôr à venda a sede da S. Caetano à Lapa.
Sexta-feira, 1 de Outubro de 2010
Fazer de vítima
1 de Outubro, 2010Por José António Saraiva
Sócrates teve de se render. Anteontem vergou-se ao peso de uma realidade que era já impossível de ignorar: as agências internacionais baixavam constantemente os ratings de Portugal, os juros da dívida do país ao exterior subiam em flecha, os bancos torciam-se todos. Durante anos, muitas pessoas alertaram para esta situação.
Medina Carreira, num plano, e Manuela Ferreira Leite, noutro, foram os que mais pugnaram por um discurso de verdade.
E ambos pagaram por isso: Medina foi considerado louco e Ferreira Leite perdeu umas eleições e a liderança do seu partido.
Mas é sempre assim: quem tem razão antes de tempo paga uma pesada factura.
A recusa de Sócrates em aceitar as notícias da crise, insistindo num discurso optimista, tinha de início razão de ser, porque em todas as crises há uma importante componente psicológica.
O discurso optimista apresentava-se como uma tentativa de minorar o impacto da crise em Portugal - ou, pelo menos, de não a agravar.
Ao reagir sempre incredulamente à ideia de que vinham aí tempos difíceis, Sócrates tentava evitar que o país caísse no pessimismo e a crise se instalasse e criasse raízes.
Só que uma posição destas não é sustentável indefinidamente.
Das duas, uma: ou a crise passava, como uma tempestade em trânsito, ou se instalava, como aconteceu.
E aqui Sócrates devia ter tido a noção do timing certo para dizer: Meus amigos, a situação do país agravou-se e temos todos de começar a fazer sacrifícios .
Não o fazendo, o discurso de Sócrates deixou de ter um papel positivo para passar a contribuir negativamente para a evolução do país.
Por três motivos.
Primeiro, porque muita gente continuou a agir como se não houvesse crise nenhuma (o que foi nefasto para o país e para elas próprias, gastando acima das suas possibilidades e contraindo dívidas que hoje não podem pagar).
Segundo, porque assustou outro tipo de pessoas, que viam a situação deteriorar-se todos os dias e o primeiro--ministro a não fazer nada.
Terceiro, porque levou um outro grupo a pensar que Sócrates não estava bom da cabeça, falando de um país que já não tinha qualquer correspondência com a realidade.
Agora, José Sócrates já reconheceu que a situação é muito má e anunciou medidas de excepção.
Mas, antes de se dirigir ao país olhos nos olhos, falando finalmente uma linguagem de verdade, ensaiou outra vez o papel de vítima.
Disse que a responsabilidade por uma eventual crise política não era dele mas sim do líder da oposição, que se recusara a negociar com ele.
Sócrates e o PS têm sido sempre vítimas de alguém ou de alguma coisa.
No caso da licenciatura, o primeiro-ministro foi vítima da inveja; no caso dos mamarrachos, foi vítima da má-língua; no caso Freeport, foi vítima de uma cabala; no caso Face Oculta, foi vítima de escutas telefónicas indevidas; agora no Orçamento é vítima de Passos Coelho.
Sócrates andou tempo demais a fazer um discurso enganador - e, quando viu que tinha de mudar de disco, tentou atirar o ónus para cima do PSD.
Numa atitude inédita, o ministro Pedro Silva Pereira veio atacar Passos Coelho em consequência de duas conversas que este teve a sós com Sócrates - o que nunca se faz, pois ninguém pode saber o que um e outro disseram.
Uma reunião a dois pode ser objecto de um comunicado aceite pelas duas partes - mas nunca pode ser usada no combate político, por impossibilidade de confirmar o que foi dito por cada um dos intervenientes.
Silva Pereira culpou Passos pelos males que adviriam para o país se o Orçamento fosse chumbado, adiantando que o Governo se recusará a governar com o Orçamento da oposição, podendo mesmo ser obrigado a demitir-se.
Neste ponto, o ministro tem carradas de razão: o Governo tem de governar com o seu Orçamento e não com o de outros partidos.
Mas o contrário também é verdadeiro: o PSD não pode co-responsabilizar-se pelo Orçamento que o Governo quiser fazer.
De uma vez por todas, o Governo tem de deixar de atirar as culpas para os outros, sendo responsável pelo que diz e pelo que faz.
Esperemos que, na noite de quarta-feira, Sócrates tenha iniciado um novo ciclo - assumindo finalmente a responsabilidade que lhe cabe neste transe dificílimo.
jas@sol.pt
Dito&Feito
1 de Outubro, 2010Por José António Lima
Três conclusões, todas elas politicamente pouco abonatórias para José Sócrates, resultam desde logo do pacote de medidas anticrise anunciado pelo Governo. A primeira é a de que o chefe do Governo andou a negar a realidade que todos lhe apontavam e a iludir os portugueses, durante mais de um ano. Adiando, até aos limites da irresponsabilidade pública, as inevitáveis decisões para combater o galopante défice das contas do Estado.
Só o fez em desespero de causa, depois de tudo e de todos os outros, forçado pela pressão das autoridades europeias, da incomportável subida dos juros da dívida portuguesa e do ultimato do seu desamparado ministro das Finanças. O país pagou um preço elevado por essa cegueira obstinada.
A segunda conclusão é a de que José Sócrates optou, como sempre, pelo caminho mais fácil. Aumentou impostos em Maio, volta a subi-los em Setembro e, ao invés de reduzir drasticamente o número de serviços, institutos, fundações, empresas públicas e municipais que tornam insustentável o monstro despesista do Estado, optou por empobrecer ainda mais o funcionalismo público.
Em vez de suprimir organismos, diminuindo o peso do funcionamento e das clientelas partidárias em centenas de serviços inúteis ou parasitários, preferiu aplicar a receita do costume a todos os funcionários públicos - tanto aos competentes e indispensáveis como aos improdutivos e excedentários - apertando-lhes ainda mais o cinto.
Os 2.600 milhões ocasionais do fundo de pensões da PT ou os mais de 2.000 milhões de impostos agravados esgotar-se-ão rapidamente. Mas o gigantismo despesista da máquina do Estado continua lá, intocado: em 2012 ou 2013 voltará a asfixiar a economia do país. E com encargos acrescidos de parcerias público-privadas, fundos de pensões para pagar, etc., etc. Sobem-se, de novo, os impostos?
A terceira conclusão é a da falência absoluta do discurso do Estado Social. Com pensões congeladas, abonos da família eliminados, despesas em medicamentos e saúde aumentadas, IVA a 23%, deduções fiscais reduzidas, rendimento social de inserção e subsídio de desemprego diminuídos - com tudo isto e muito mais Sócrates ou algum responsável do PS ainda terão a desfaçatez de insistir no discurso do Estado Social? Provavelmente, têm.
jal@sol.pt
S. Bento compra carro de 134 mil euros para convidados
1 de Outubro, 2010Por Helena Pereira
Um Mercedes S450, de 134 mil euros, adquirido pelo Governo, está envolto em mistério. O gabinete do primeiro-ministro diz que o carro substitui outro em mau estado e se destina a transportar altas individualidades . Numa altura em que Sócrates pede sacrifícios, ninguém parece querer assumir a propriedade do luxuoso veículo. O novo Mercedes deverá ser usado pelo presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, na Cimeira da NATO, dias 19 e 20 de Novembro. Durão, aliás, costumava usar um outro veículo que S. Bento já tinha para esse efeito nas suas deslocações em Portugal.
Era um BMW 750 iLA, comprado em 1998 em segunda mão, que já estava parado. Segundo a secretaria-geral da PCM, nos últimos seis anos, o BMW foi várias vezes à oficina, num valor acumulado de 38.300 euros.
«De modo a manter os rigorosos padrões de segurança exigidos pela marca, haveria que proceder a intervenções em diversos órgãos e sistemas estimados em cerca de 23.000 euros», esclarece a PCM, em nota escrita enviada ao SOL.
O Governo resolveu por isso comprar outro: «Neste contexto e tendo em conta as obrigações protocolares a que está obrigado o Estado português, a PCM decidiu proceder à substituição da viatura por uma nova».
E o leasing, acrescenta, foi a melhor opção, «atendendo aos encargos resultantes desta operação e aos constrangimentos financeiros».
A contratação agora feita, através da Agência Nacional de Compras Públicas, tem a duração de 48 meses «e inclui manutenção e pneus para 160 mil kms», sendo que a renda mensal é de 2.807,20 euros, explica a PCM.
helena.pereira@sol.pt
Jerónimo de Sousa, Líder do PCP