Domingo, 24 de Outubro de 2010
O nosso PCP, num ataque de probidade, pretende abolir os anúncios em que moreninhas atrevidas, com peito natural e formas generosas, oferecem os seus serviços.
Por:João Pereira Coutinho, Colunista
Quando li a medida, julguei por momentos que o PCP estava disposto a combater a publicidade enganosa. Erro meu. A ideia é combater a exploração, porque na cabeça arcaica do nosso PCP a prostituição é sempre uma forma de exploração – e não, digamos, uma opção da mulher, que prefere esfregar todo o tipo de superfícies, excepto escadas. Não contesto. Lamento apenas que, no meio do puritanismo, o PCP não pretenda combater um outro tipo de prostituição: a moral.
O exacto tipo de prostituição que o PCP pratica quando condena a atribuição de prémios internacionais a activistas dos direitos humanos, seja na China (Liu Xiaobo), seja em Cuba (Guillermo Farinas). Esta prostituição, além de obscena, tem a desvantagem de ser paga com o dinheiro dos contribuintes, obrigados a sustentar cegamente o nosso sistema partidário. Um abuso. Se o PCP gosta de cultivar as suas taras, o mínimo que se exige da matrona é que comece a pagá-las.
Sábado, 23 de Outubro de 2010
André Azevedo Alves @ 21:13
«Ofereceram-me sete presidências de empresas públicas»
O antigo presidente da Câmara de Matosinhos revela que lhe ofereceram sete cargos de empresas públicas para se calar. «Ofereceram-me o cargo de presidente da Metro do Porto, presidente dos transportes públicos do Porto, presidente das Águas do Rio Douro e Paiva, presidente do ex-Instituto Nacional de Habitação e para uma eventual holding para gerir as infra-estruturas marítimo-portuárias…», enumera .
(…)
Considerando a influência de Sócrates no PS «muito maior do que seria aceitável», Narciso lança critica a visão de Sócrates para o país. «Acho que o país idealizado ou construído por José Sócrates é perturbador. É o país do laxismo, do facilitismo, do favor, da ficção, do discurso fantasmagórico e… das cunhas descaradas».
As autarquias tomaram o gosto a uma figura legal chamada "concurso público urgente", que é uma forma de fazer uma negociação directa com um empresário pré-seleccionado. Entre Agosto e Outubro, cerca de 80 concursos públicos urgentes foram lançados, num valor aproximado de 75 milhões de euros.
Por:Miguel A. Ganhão, Editor Executivo
Ser rápido na resposta é condição fundamental para ganhar. Exemplo: para a construção de um centro de alto rendimento de surf, no valor de um milhão de euros, uma autarquia deu o prazo de... 24 horas. Para uma empreitada de substituição integral de uma escola básica, no valor de três milhões, o prazo foi de três dias. Pede-se a intervenção urgente do presidente do Tribunal de Contas, Oliveira Martins.
O caso BPN está a fazer vítimas na área política. O resultado das eleições na Federação do PS de Coimbra é resultado disso.
Existem empresas sem dinheiro para poder pagar a primeira prestação da linha de crédito PME Invest.
Dizem que este Orçamento teve o visto prévio do FMI antes de Teixeira dos Santos o entregar a Jaime Gama. Uma das razões pela demora na entrega.

A ministra do Trabalho, Helena André, quer poupar 250 milhões de euros até ao final de 2011, começando já em Novembro a cortar nos apoios sociais
Cortes
1,4 milhões de crianças com Natal mais pobre
Atribuição do abono de família com novas regras no próximo mês. Governo alega que tem de “reduzir a despesa do Estado” e exclui 383 mil beneficiários.
Correio da Manhã
O primeiro-ministro, que se proclama defensor do Estado Social, é o mesmo que vai cortar o abono de família a 383 mil crianças e reduzir a prestação extra a quase um milhão.
Por:Armando Esteves Pereira, Director-Adjunto
E, no decreto publicado ontem em Diário da República, o Governo ainda tem a ousadia de dizer que esta medida tem o objectivo de reduzir a despesa pública "mantendo um adequado nível de protecção social". Se tirar o abono a um casal com um filho em que cada um dos pais tenha um rendimento bruto de 630 euros é manter o nível de protecção social, está tudo dito. Estas pessoas que levam para casa pouco mais de 500 euros/mês, porque ao salário bruto tem de ser descontada a taxa de 11% para a Segurança Social, arriscam-se também no próximo ano a sofrer um agravamento do IRS.
O abono de família é uma almofada importante no orçamento dos agregados que vão perder a prestação. Por exemplo, uma família com três filhos em que a soma dos salários dos pais seja superior a 2516 euros (1258 brutos cada) perde a partir de Novembro 67,77 euros/mês. Pode parecer que não é muito dinheiro, mas faz muita diferença. Estes cortes cegos no apoio às crianças acontecem num País cada vez mais envelhecido, onde faltam por ano 40 mil bebés para manter a normal substituição de gerações. Mas há uma razão para este défice demográfico: como mostram as estatísticas, ter filhos aumenta o risco de pobreza. Os novos cortes agravam esse risco.
" Sócrates dá emprego a muita gente ... do PS. Por isso, não admira que Mário Soares diga que o PM sabe o que faz e que António Costa diga que ninguém pense que passa pela cabeça de Sócrates desistir. O Estado está cheio de parasitas. Em vez de aumentar impostos para sustentar tanto parasita, extinguindo institutos públicos e fundações inúteis."
Eduardo Rocha - Lisboa
"Percebe-se agora porque é que em tempos Teixeira dos Santos foi considerado o pior ministro das Finanças da Zona Euro. Numa situação de grave crise, exigia-se maior respeito e seriedade na entrega do Orçamento na Assembleia. Tarde e a más horas - foi entregue no prazo limite e mesmo assim amputado do relatório que mostra o cenário macroeconómico do País."
CM - Francisco Pina, Cacém
Sexta-feira, 22 de Outubro de 2010
O JOVEM sócratista Fernando Medina, chamado há pouco a substituir como porta-voz do PS o desaparecido Tiago Silveira, que foi rapidamente consumido pelas labaredas do cargo, vem agora dizer-nos que «o objectivo central é a aprovação de um Orçamento credível na redução do défice». Credível ?! Com o passado recente de falhanços, omissões e mentiras do Governo, pensará que ainda alguém o leva a sério? A ele, a Sócrates ou a Teixeira dos Santos?
JAL - SOL

Exemplares de dragão-marinho estão sendo exibidos no Seaworld de Jacarta
Quando menos esperamos, deparamo-nos com seres que nos parecem totalmente fora do nosso mundo azul, levando-nos a mundos nunca dantes navegados e que parecem vir de mundos a centenas de anos luz do nosso planeta. O exemplar aí de cima é um deles. É chamado, com toda justiça, de dragão do mar ou peixe dragão e é originário das águas do sul e oeste da Austrália, sendo aparentado com o cavalo marinho.
No dia 13 de Julho, a jornalista Sara Capelo contactou o assessor de imprensa do primeiro-ministro para colocar duas perguntas simples: quantos motoristas e quantos carros tem o gabinete? Não obteve resposta.
No dia 13 de Setembro, a jornalista Ana Taborda contactou todos os ministérios com mais perguntas simples: quanto é que cada ministério gasta em despesas de restaurante e Catering para ministros, primeiro-ministro e secretários de Estado. A única resposta que obteve foi uma graçola desrespeitosa do assessor da ministra do Trabalho.
Na quarta-feira, dia 13, a jornalista Maria Henrique Espada contactou o gabinete do primeiro-ministro para repetir uma série de perguntas sobre despesas, carros e motoristas. Não obteve resposta. Na segunda-feira, insistiu, só depois de ter dito que o artigo seria publicado na mesma, teve uma reacção com os números do orçamento e sem resposta às perguntas anteriores.
Como se pode ver a partir da página 44, o primeiro-ministro paga o ordenado a um assessor de imprensa e dois adjuntos entre 71 elementos do seu gabinete. O seu principal papel é responder a perguntas dos jornalistas. Se em três meses não tiveram tempo de dar uma resposta a meia dúzia de questões, foi por um de dois motivos: ou são muito incompetentes ou alguém os mandou ficar calados.
Gonçalo Bordalo Pinheiro - Sábado
O Governo socialista foi incapaz de consolidar a redução do défice. Não podia, aliás, ser de outra maneira, pois deixou-se passar o tempo ideal para se proceder às reformas de que o Estado carece. Não é, portanto, de admirar que a despesa resvale perigosamente e que o Governo tenha de andar de calças na mão a inventar o possível e o imaginário para iludir as suas próprias insuficiências. Não é nada de espantar, nem é nada que esteja a ser dito pela primeira vez.
Aumentos da carga fiscal. Recurso a endividamento oculto. Redução do investimento público. Desorçamentações mais ou menos habilidosas. Receitas empoladas. Défice público escondido.
Tudo isto faz parte do menu de quem não teve nem tem coragem para agarrar frontalmente os problemas reais da governação. Será, pois, neste cenário, que teremos de enfrentar o cumprimento do Pacto de Estabilidade que, pura e simplesmente, não estamos a preparar devidamente.
O futuro próximo é, seguramente, mais difícil de trilhar que o passado recente. Podia ser de forma diversa. Poderíamos ter aproveitado o período alto do ciclo económico para preparar o nosso futuro, mas, infelizmente, não o fizemos. Fizemos como a cigarra que cantou e dançou durante o verão, esquecendo-se que a seguir ao Outono, vem sempre o Inverno. A governação socialista é a governação da cigarra. O Governo canta e dança ao ritmo das privatizações, esquecendo-se que lá virá o dia em que não haverá mais património para vender.
Rui Rio - A Política in situ - 2001
DEBATE SOBRE O ORÇAMENTO DE ESTADO PARA 1999
No entanto, ao contrário do que seria recomendável, o Governo não aproveitou a conjuntura favorável para proceder a uma consolidação da redução do défice orçamental. O Governo aproveitou basicamente a conjuntura para não ter de mexer em situações que requerem alguma coragem política. Actuou como actuam todos os governos que pensam mais no dia de hoje do que no dia de amanhã.
Tudo o que já devia ter sido feito terá de ser penosamente levado a cabo mais tarde numa conjuntura bem mais desconfortável, ou seja, com custos sociais para o povo português, bem acima do que poderia ter sido. É uma atitude que não subscrevemos e que os portugueses, quando se derem verdadeiramente conta da realidade, seguramente também não subscreverão - até porque, obviamente, serão eles os primeiros prejudicados.
Perguntarão, entretanto, os portugueses como se paga tudo isto? Como se paga o despesismo socialista? Paga-se, naturalmente, com aumento de impostos, com reduções de investimento e com endividamento oculto.
Diz o Governo que não há aumento de impostos, porque o seu combate à evasão fiscal é admirável e, por isso, o aumento da receita deve-se a cobranças junto dos que antes fugiam e agora não conseguem. Mesmo que isso fosse verdade, estava errado! Estava muito errado! Se o combate à evasão fiscal fosse um sucesso, o aumento da receita devia ser para baixar os impostos de quem paga demais e não para pagar o despesismo desta espécie de governação. Com a despesa corrente a disparar e sem verba para dinamizar o investimento, o Governo aderiu ao novo princípio do constrói agora e paga depois.
A construção de auto-estradas em regime de portagens virtuais, as denominadas Scuts, constitui um endividamento oculto que vai sobrecarregar as gerações futuras. São, no fundo, juros e amortizações de divida que aparecerão nos orçamentos dos próximos anos, sem que estejam, alguma vez, contabilizados na dívida pública oficial. É uma medida de fuga para a frente. é uma medida típica de quem quer fazer a política do betão que antes tanto criticou, sem que, no entanto, saiba preparar devidamente as finanças públicas para tal. É bom que se diga que este Governo também tem os tais dois milhões de contos de Bruxelas por dia.
Rui Rio - A Política in situ 2001
"Só se fala em cortar, fechar, despedir, congelar. Nem uma palavra sobre trabalhar, inovar, produzir! Não se fala em objectivos, não se fala em soluções. Nem uma palavra de encorajamento! Como é que pretendem tirar-nos da crise? Tomando medidas avulsas e esperar que ela passe? ou arregaçar as mangas e fazer pela vida, quebrando este círculo vicioso?"
Carlos Belo, Lisboa
Sábado, Março 07, 2009
Quem quer RAN ou REN quando se tem PIN?
Um excelente texto sobre o saque ao território nacional:
PINs : Sucesso ou Descalabro ?
"Passadeira vermelha para aprovação. Prestígio. Milhões em investimento. Opção política. Desrespeito pelas normas ambientais e de ordenamento do território. Qualquer uma destas ideias é imediatamente associada aos projectos de Potencial Interesse Nacional (PIN).
Desde a sua criação em 2005, o Governo de José Sócrates apresenta os PIN aprovados com pompa e circunstância, acenando com milhões de euros de investimento em nome do interesse nacional. (....)
Por seu lado, os promotores embandeiram o galardão que lhes dá “ prestígio e visibilidade “ como uma passadeira vermelha sem a qual teriam “mais dificuldade em alcançar aprovação para os projectos”. (....)
Há ainda a visão dos ambientalistas que lembram que os PIN são “muitas vezes atropelos à legislação nacional e comunitária”, nas palavras de Helder Spínola, da Quercus, que acha que se deviam chamar “VIN – vergonhoso investimento nacional”. Ou os “PEN – projectos de especulação nacional”, segundo Eugénio Sequeira da Liga para a Protecção da Natureza (LPN), que lembra que “um PIN aprovado para um terreno em Rede Natura faz disparar o preço do metro quadrado de 20 cêntimos para 2000 euros”.
De facto, muitos destes projectos têm no seu currículo indícios de especulação fundiária. “ Ao permitir que um terreno em reserva ecológica ou agrícola nacional (REN ou RAN) passe a urbanizável, o Estado, com uma mera decisão politico-administrativa, multiplica por vezes por 20 mil por cento o valor desse terreno “, refere Pedro Bingre, docente do Instituto Politécnico de Coimbra que investiga estes assuntos. Por exemplo, “ um hectare de pinhal na península de Tróia que valia 2500 euros passou a valer cinco milhões de euros com um alvará de loteamento”.
Dos 82 PIN aprovados, cerca de um terço afectam de algum modo áreas protegidas: oito localizam-se em zonas de Reserva Natura (que não é considerada « non aedificandi») ; quatro obrigaram à desafectação oficial de 877 hectares de REN; um obteve o Reconhecido Interesse Público (RIP) para implementar um projecto nos seus 100 hectares de REN/RAN ( Plataforma Logística do Ribatejo); outro obrigou à suspensão do Plano Director Municipal (PDM) para alteração do uso do solo ( Hotel Central em Loulé). E pelo menos duas dezenas de projectos PIN integram áreas de REN ou de RAN que não foram desafectadas por exercerem os chamados “usos compatíveis”, ou seja, colocarem o campo de golfe ou espaços verdes nessas zonas ...
É impossível saber a área total de REN e de RAN englobada nestes projectos. Nem o ministério do Ambiente nem a CAA-PIN têm informação sistematizada sobre o assunto. A REN e a RAN são definidas nos PDM e nos planos de pormenor dos projectos e não existe um mapa nacional com a sua utilidade.
O secretário de Estado do Ordenamento do Território, João Ferrão, lamenta que esta informação ainda não esteja disponível e espera que não falte muito para que as cartas de REN digitalizadas sejam uma realidade para todo o país. Para tal “vai avançar uma medida simplex em 2009”. Expresso 31-01-2009
Algumas questões muito importantes :
1 - Quantos milhões desembolsou o país nestes projectos ? Governo e Autarquias.
2 - Que benefícios já colheu o país destes PIN lançados pela mão de um ex-Ministro do Ambiente e primeiro-ministro ? Nomeadamente quantos postos de trabalho ? Sem mentira.
3 - Como se pode mexer nas coisas mais sagradas do nosso país, a natureza que nos envolve, da forma mais autocrática e com a menor transparência e respeito por aquilo que é de todos nós ? Quem pagará a factura de um falhanço ?"
in http://luzdequeijas.blogs.sapo.pt/100026.html
Enviado por João Martins às 7.3.09 
Quinta-feira, 21 de Outubro de 2010
Por:Paula Teixeira da Cruz, Advogada
Senhor Primeiro-ministro, sabe V. Exa. que o País se encontra numa situação económica e financeira muito mais grave do que a conhecida, por única e exclusiva responsabilidade do Governo que tão mal dirige.
Senhor Primeiro-ministro, sabe V. Exa. que o Governo não apresentou ao País e às oposições um Orçamento que contivesse qualquer projecto económico ou de incentivo às empresas e às pessoas e que fosse susceptível de ser viabilizado: V. Exa. fê-lo com o intuito de provocar a não aprovação da proposta e fê-lo com o objectivo de provocar uma crise política, procurando desresponsabilizar-se pelos anos de chefia do Governo em que agravou a situação interna em termos que levaram ex--responsáveis do FMI a admitir a intervenção desta instituição com ou sem aprovação do Orçamento.
Senhor Primeiro-ministro, o Orçamento apresentado pelo Governo vai provocar uma recessão - como é reconhecido quer interna quer externamente - que impedirá a recuperação do País, condenando-o a um empobrecimento de mais de uma década.
Senhor Primeiro-ministro, o Orçamento conduzirá à miséria os portugueses mais necessitados, cortando em necessidades básicas - como as da alimentação - taxando da mesma forma alimentos essenciais de cabaz alimentar e bens supérfluos.
Senhor Primeiro-ministro, há que salvaguardar o tecido económico e empresarial em nome de uma possibilidade de futuro.
Senhor Primeiro-ministro, apesar de o PSD ter, com inegável sentido de responsabilidade, viabilizado medidas necessárias à regularização das contas públicas, o Governo não deixou de aumentar a despesa nem prestou contas da aplicação das referidas medidas. Nos discursos de V. Exa., o País estava muito bem e as contas sãs.
Não pode V. Exa., Senhor Primeiro-ministro, impedir que se apresentem ao País alternativas para diminuir, tanto quanto possível, os efeitos recessivos e consequências negativas constantes da proposta de Orçamento do Estado. E estranha-se, Senhor Primeiro-ministro, tanto nervosismo em torno das propostas do PSD, quando todos os outros partidos da Oposição apresentaram propostas.
Sendo a proposta de V. Exa. um documento reconhecidamente mau, seria bom que todos aqueles que se dirigem ao PSD se dirigissem a quem tem a responsabilidade do Orçamento: ao Governo e, em particular, a V. Exa. É certo, Senhor Primeiro-ministro, que V. Exa. é um problema de credibilidade, mas é Primeiro-ministro.
O GOVERNO BRITÂNICO ANUNCIOU O DESPEDIMENTO DE 400 MIL EMPREGADOS DO ESTADO. Por cá o PS e PSD andam a discutir intensamente a taxa do IVA do leite com chocolate e outras matérias bem interessantes da pobre política nacional. Mas nem tudo é mau.
Por:António Ribeiro Ferreira, jornalista
O engenheiro relativo, primeiro, e o economista relativo cada vez mais liberal, depois, já aceitam a redução dos salários dos funcionários públicos e o fim das mordomias de algumas das mais fortes corporações lusas. Os cortes a sério e a doer chegarão já a seguir, a bem ou a mal, impostos de fora e aceites cá dentro. Agora, trata-se de viabilizar este Orçamento para meia dúzia de mesitos de 2011. Com uma certeza. O dramalhão em curso irá acabar numa noite de paixão ao som do tango e de uns bons copos de leite com chocolate.
Passos Coelho dançou o tango com Sócrates em Maio e não gostou. Naturalmente, agora pretendia evitar a repetição da experiência. Desde 15 de Agosto no Pontal que pregava o veto a um Orçamento com aumento de impostos.
Por:Armando Esteves Pereira, director-adjunto
No entanto, a pressão dos mercados financeiros externos e a impossibilidade constitucional de até Março haver dissolução da Assembleia da República limitam a margem de manobra do líder do PSD. Do não definitivo passou a uma eventual abstenção que viabiliza o documento. Não impõe condições definitivas, apresenta sugestões. Abre caminho a alguma cedência do Governo que lhe permita sair airosamente de uma solução inevitável: a abstenção.
Desta vez, a dança pode ainda ser um tango, mas a letra é a do ‘namoro’ cantada por Sérgio Godinho. Não são mandadas cartas em papel perfumado, o negócio é feito em praça pública. Mas tal como nessa canção, depois de tantas recusas o resultado é igual ao de todas as novelas: acaba em casamento. Pode ser uma relação forçada e de curto prazo. Acaba em Março ou no PEC IV. Até lá, os mercados podem ficar mais sossegados, mas o País vai ficar mais pobre e o desemprego vai subir. A recessão vai começar em 2011, mas não se sabe quando acabará. Desde 2001 que vivemos uma década anémica, mas arriscamo-nos a ter uma segunda década ainda pior. E o fantasma do FMI não está afastado.
DESCUBRA COMO SÓCRATES VAI GASTAR MAIS DE € 4,1 MILHÕES NUM ANO!
Em assessores, secretárias e outros colaboradores, o primeiro-ministro gasta 2,67 milhões de euros. Só nos últimos 12 meses já nomeou 20 motoristas e depois de todos os cortes ainda ficará a ganhar mais 17.702 euros do que Zapatero !
SÁBADO
Quarta-feira, 20 de Outubro de 2010

Andava a ruminar um post sobre a redução da despesa pública e eis que o Gabriel Silva se antecipa. Julgo no entanto que há algo a acrescentar. A proposta não é assim tão crua. Há uma razão prática para que seja exequível, aliás, não anda longe do que foi feito na Nova Zelândia quando da crise por que passou aquele país no início dos anos 90.
O Ministro das Finanças lida com grandes números, não faz ideia quanto gasta a Repartição de Finanças de Mafamude em papel higiénico ou ajudas de custo, ou a Ministra da Saúde, quanto gasta o Centro de Saúde de Alguidares do Meio em seringas, pensos, medicamentos e horas extraordinárias. Uma coisa é certa, quanto mais baixo dentro da hierarquia do Estado estiver a decisão maior é o conhecimento dos potenciais desperdícios e/ou possibilidades de poupança.
Se no topo da hierarquia for tomada a decisão que dê por onde der todo e qualquer serviço do Estado tem que cortar 15% nas suas despesas, sendo que esse corte desce pela hierarquia abaixo, nada impede a exequibilidade da decisão. Há-de chegar ao escriturário que ele próprio tem que cortar. Se no fim faltarem 5% e tiver que chegar às despesas com pessoal (já descontando ajudas de custo, horas extraordinárias, etc) a escolha é simples: ou todos levam um corte de 5% nos salários ou 10% vai para o olho da rua.
O que o Ministro das Finanças tem que dizer aos outros é: cada um leva um corte de 15% no orçamento. Desemerdem-se.
posted by FNV on 3:26 PM # (0) comments
O FRENESIM DOS BITAITES:
O líder do PSD ainda não falou e já há cacofonia. Já não se respeita os minutos de silêncio.
posted by FNV on 2:05 PM # (0) comments
posted by FNV on 6:07 PM # (5) comments
OS VAMPIROS SOCIALISTAS:
De cada vez que oiço os socialistas dizerem que este é um “orçamento de coragem” dá-me vontade de bater em alguém. E sei perfeitamente em quem. Sócrates e Teixeira dos Santos enganaram, esconderam, omitiram e gastaram tudo quanto puderam nos últimos anos e tudo isso para se manterem no poder.
Ainda há poucos meses fizeram o mesmo. E continuam a fazê-lo agora, ao culparem os mercados internacionais e as agências de rating quando tudo se deve a 13 anos de irresponsáveis governos socialistas incompetentes e gastadores, que em bandos e com pés de veludo torraram pela calada o que tinham e o que não tinham.
Tivessem tido antes verdadeira coragem ou aberto os olhinhos mais cedo (ou mesmo lavado as orelhinhas, uma vez que toda a gente decente sabia como isto iria acabar e vinha há muito avisando toda a gente) e não seria preciso este orçamento (e as rectificações que se lhe irão seguramente seguir), que suga os portugueses até ao tutano.
Claro, ficam de fora os políticos, nomeadamente os do governo socialista: esses continuam a encher as tulhas, a beber vinho novo e a dançar a ronda no pinhal do rei, enquanto no chão do medo tombarão os portugueses, vencidos, aos gritos. Ontem era o Ministro das Obras Públicas a anunciar um novo aeroporto em Lisboa. Aos poucos vão-se conhecendo situações vergonhosas (que se espera sejam alteradas para o orçamento passar).
E, ao contrário do que há umas dezenas de anos julgava Zeca Afonso, o sangue da manada afinal ir-se-á esgotar, mas aos dentes destes vampiros socialistas, senhores à força e mandadores sem lei das novas gerações.
Zeca Afonso, coitado. Deve estar a dar voltas na tumba. Nunca terá pensado que os socialistas do governo de agora coubessem tão bem na figura dos vampiros que criou. Como nunca terá imaginado que conseguissem esgotar o sangue da manada. Eles comem tudo e não deixam nada.
posted by VLX on 3:59 PM # (15) comments
Discussão do Orçamento adiada para 2 e 3 de Novembro
Inserido em 20-10-2010 13:11
A votação do OE já não será a 28 e 29 de Outubro. Na conferência de líderes, o PS foi o único partido que se manifestou contra este adiamento.
O presidente da Assembleia da República, Jaime Gama, aceitou hoje o pedido para que a discussão na generalidade do Orçamento fosse adiada. Em vez do documento ser discutido nos dias 28 e 29 de Outubro, a discussão e votação do Orçamento irão acontecer a 2 e 3 de Novembro.
Na conferência de líderes, a oposição aprovou em bloco o novo calendário parlamentar para debater o Orçamento para 2011.
A proposta de adiamento da discussão orçamental partiu do ministro dos Assuntos Parlamentares, Jorge Lacão, que quis evitar "qualquer querela artifificial em torno dos procedimentos parlamentares", depois de PSD e Partido Ecologista "Os Verdes" (PEV) terem defendido novas datas para a realização do debate.
Para evitar então "dúvidas sobre as condições de participação do Governo ou do primeiro-ministro", o ministro dos Assuntos Parlamentares disse que, nesse caso, então, o Governo "não teria dúvidas em assumir a alteração do calendário, o que acabou por acontecer nesta conferência de líderes".
O PEV invocou o atraso na entrega do relatório do OE - que ocorreu apenas no sábado, um dia depois do final do prazo previsto na Constituição (15 de Outubro) - o que motivou "um pedido de desculpas" do ministro Jorge Lacão.
Por outro lado, o PSD pedia o adiamento do debate por o primeiro-ministro, José Sócrates, não poder estar presente na totalidade da discussão, por nos dias 28 e 29 de Outubro participar em Bruxelas na reunião do Conselho Europeu.
PSD aplaude adiamento
O vice-presidente da bancada do PSD congratulou-se com o adiamento da discussão e votação na generalidade do Orçamento, mas rejeitou qualquer relação com possíveis negociações entre os sociais-democratas e o Governo.
"As coisas não estão relacionadas, o que está aqui em causa é o Parlamento discutir de forma profunda a proposta de Orçamento, isso pressupõe a presença do primeiro-ministro, o Governo por sua única e exclusiva iniciativa quis antecipar a discussão do Orçamento para 28 e 29 quando já sabia que se ia realizar o Conselho Europeu", afirmou Luís Montenegro, em declarações aos jornalistas à saída da conferência de líderes.
Assegurando que "a viabilização do Orçamento do Estado por parte do PSD não depende da sua discussão ocorrer a 28 ou 29 de Outubro ou a 2 ou 3 de Novembro", Luís Montenegro sublinhou que o adiamento permitiu salvaguardar "a dignidade do Parlamento, a dignidade do próprio Governo e a dignidade da representação externa do Estado português numa reunião importante do Conselho Europeu".
"Não tem nada uma coisa a ver com a outra, é apenas uma questão da relação institucional entre a Assembleia da República e a garantia que o Governo e o seu mais alto representante, o primeiro-ministro, está no debate", insistiu Luís Montenegro, recusando qualquer relação entre o adiamento e negociações entre o PSD e o Governo sobre o Orçamento para 2011.
Reino Unido:
Na imprensa há rumores de que o custo da taxa de televisão será congelado por seis anos e que a BBC irá tomar a seu cargo o financiamento do Serviço Mundial de rádio, até agora pago pelo ministério dos Negócios Estrangeiros.
Portugal:
Em 2011, haverá um duplo aumento na factura mensal da electricidade. À subida de 3,8% no preço é preciso juntar o agravamento em quase 30% da contribuição audiovisual, prevista na proposta de Orçamento do Estado.
Mais uma razão porque não consigo assistir a qualquer programa da RTP: dá-me voltas ao estômago.
NUM DIÁLOGO ENTRE UM MÉDICO E UM IDOSO MUITO EXPERIENTE FALAVA-SE DE UMA TARTARUGA EM CIMA DE UM POSTE E O IDOSO COMPARAVA ISTO A UMA CERTA PERSONALIDADE QUE, POR NOSSO MAL, TODOS CONHECEMOS MUITO BEM E NUNCA ESQUECEREMOS PELO MAL QUE JÁ NOS FEZ !
" Perante a cara de espanto do médico, o velho acrescentou:
- Você não entende como ela chegou lá;
- Você não acredita que ela esteja lá;
- Você sabe que ela não subiu para lá sozinha;
- Você sabe que ela não deveria nem poderia estar lá;
- Você sabe que ela não vai fazer absolutamente nada enquanto estiver lá;
- Você não entende bem porque a colocaram lá;
- Então, tudo o que temos a fazer é ajudá-la a descer de lá e providenciar para que nunca mais suba, pois lá em cima definitivamente não é o seu lugar! "
PARA O GABINETE DO PM GASTAR MAIS EM PUBLICIDADE, PROPAGANDA, PARECERES E VIAGENS !!!
"
Comentário do dia: "O leitinho com chocolate passa de 6% para 23% de IVA. O vinho mantém-se a 13%.
A minha filha vai passar a levar *Porta da Ravessa para a escola*..."
COMUNICADO do Gabinete do 1º Ministro
"Faz o Governo saber que, até nova ordem, tendo em consideração a actual situação das contas públicas e como medida de contenção de despesas, a luz ao fundo do túnel será desligada"
ESTE GOVERNO NÃO PRECISA DE ÓRGÃO OFICIOSO. A PROPAGANDA TEM-LHE VINDO DE TODAS AS LATITUDES,BEM PAGA, CLARO ! DE HÁ MUITO QUE ESTE CANAL (RTP) DEVERIA TER SIDO EXTINTO, POUPANDO-SE COM ISSO MUITO DINHEIRO AOS CONTRIBUINTES E MUITA TRAPAÇA AOS PORTUGUESES !!!
No meio de muitos cortes anunciados pelo senhor ministro das Finanças estão as famosas indemnizações compensatórias para o vasto universo de empresas públicas endividadas até ao tutano e coutada preferida da rapaziada com cartão do PS e do PSD.
Por:António Ribeiro Ferreira, Jornalista
Uma delas, claro, é a RTP, que, coitada, levava uma valente facada de 33 milhões de euros. Pura mentira. Os espertos que nos governam há quase seis anos e que pensam que a tropa se engana com papas e bolos arranjaram logo uma forma de a querida televisão do Estado ficar à margem do pacote do engenheiro relativo. Aumentaram a taxa que os indígenas com luz em casa pagam todos os meses e está o assunto arrumado. É por estas e por outras que já cheiram mal os chamados serviços públicos e tretas do género. Nesta hora de aperto o que faz mesmo falta é apagar a RTP.
A transferência de atribuições da administração pública para alguns sectores privados é já uma velha tendência do Estado. A área que mais incremento tem tido na última década é a do trabalho jurídico, vulgo pareceres dos escritórios de advogados para o Governo e sector empresarial do Estado.
Por:Eduardo Dâmaso, Director-Adjunto
Para 2011, o Orçamento do Estado prevê que só a administração central (ministérios) gaste cerca de 97 milhões. Muitas outras dezenas de milhões de euros vão ser gastas em pareceres por empresas públicas e empresas organizadas sob a forma societária mas de capitais maioritariamente públicos. Esses milhões, porém, estão encapotados em transferências insondáveis da contabilidade estatal. Este é, aliás, um domínio a que não se aplica qualquer lógica de transparência. O Governo em funções adjudica a quem quer, como quer e quanto quer. E não é segredo nenhum que esses têm sido negócios exclusivos de meia dúzia de sociedades de advogados, cujos líderes já só se dedicam à angariação de contratos com o Estado.
Alguns limitam-se a comprar e vender influência. A crise é para os outros que não têm tão boa carteira de contactos. E para o Estado, cada vez mais incapaz de dignificar a ideia de boa administração. Aqui, só mesmo os protagonistas destes bons negócios de milhões escapam à força implacável da crise.
Terça-feira, 19 de Outubro de 2010
Terça-feira, 19 de Outubro de 2010
Um lapso de 437 milhões de euros...
Recomendo a leitura do notabilíssimo trabalho de cidadania do Prof. Álvaro Santos Pereira, no seu blogue Desmitos (via Cachimbo de Magritte), com o poste: «Subir o IVA ou ajudar a Ascendi?», de 18-10-2010, às 6:35. Um excerto:
«sabia que o mesmo governo que está a querer aumentar o IVA vai igualmente transferir 587,2 milhões de euros para a ASCENDI [da Mota-Engil, liderada pelo socialista Jorge Coelho], com a desculpa de levar a cabo a "reposição da estabilidade financeira" da empresa? E que esse "reforço" equivale a um aumento de 289,6% das verbas pagas à ASCENDI em relação a 2010? (p. 212 do Relatório do OE 2011)»
Entretanto, a Mota-Engil solicitou, logo em 18-10-2010, às 16:42 no Jornal de Negócios, corrigir este «lapso» no Orçamento de Estado, pois não precisa de tanto: «só nos são devidos 150 milhões de euros, relativos a 2010». Um lapso de 437 milhões de euros no Orçamento do Estado, da responsabilidade do ministro das Finanças, o tal que queria um cheque em branco do PSD para viabilizar um orçamento desconhecido!... Mais tarde, pelas 18:40 de 18-10-2010, ainda no Jornal de Negócios, o próprio Governo desculpou-se, dizendo que o dinheiro não é para a Mota-Engil - ou, melhor, é, em parte, não se sabe bem:
«Os 587 milhões de euros que no Orçamento do Estado para 2011 surgem como pagamento para a Ascendi será, afinal, para a banca, especificamente para as instituições que financiaram algumas estradas, esclarece o Ministério das Finanças.
Para 2011, essa dotação extraordinária, que consta do Orçamento do Ministério das Finanças para 2011, "refere-se à regularização de pagamentos a instituições que financiaram as concessões Aenor e a SCUT Interior Norte e que dizem respeito a reequilíbrios financeiros acordados em 2006 e 2008", esclareceu ao Negócios o ministério das Finanças.
No relatório do Orçamento do Estado para 2011 essa dotação estava explicada como pagamento à Ascendi, da Mota-Engil e BES, que afinal só receberá este ano os 150 milhões de euros, também inscritos no Orçamento, mas para 2010.»
O «Orçamento mais importante dos últimos 25 anos», segundo o próprio ministro, não pode ser sujeito a estes lapsos, pois a situação é demasiado grave para esta negligência. O Prof. Teixeira dos Santos é ministro das Finanças desde 21 de Junho de 2005 e o segundo Governo Sócrates, que integra na mesma posição, tomou posse em 26 de Outubro de 2009. O ministro não pode justificar-se com falta de tempo para preparar um orçamento competente, que não fez. Convém, aliás, analisar o orçamento para detectar outros lapsos semelhantes na autorização da despesa.* Imagem editada daqui e dali.
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MODELO ARGENTINO
Segundo testemunham os presentes, Jorge Coelho reuniu empresários da construção civil e explicou: “A manutenção de estradas vai passar a ser feita segundo o modelo Argentino”.
“Público caderno de Economia”- 02-10-2000
Dias depois, um jornal dá a notícia, condimentando-a com declarações do secretário de Estado que especifica: “Vão-se construir cinco empresas regionais de capitais maioritariamente privados, que farão a manutenção das estradas nacionais nos próximos 3 anos”. Mais nos elucida de que, no entanto, “essas novas empresas terão um prazo de existência de 25 a 30 anos” anunciando que “o objectivo é não recorrer ao Orçamento de Estado”.
Será que o Governo descobriu a pólvora e afinal até é possível fazer estradas de borla? Ou será que não a descobriu, mas conseguiu convencer os privados a trabalhar gratuitamente para a comunidade? Uma coisa parece certa. Algo de muito excepcional aconteceu na Argentina, que um simples mortal não tem capacidade para enxergar, quando comparado com estes magos da governação moderna, que constroem sem recurso aos impostos.
Tenho consciência de que não passo de um desses simples mortais e, por isso, cruelmente privado de tudo aquilo que é exclusivo dos sobredotados. Por isso, no âmbito dos meus mais que modestos desabafos, vou ser seguramente injusto para com os sábios que nos governam, mas quem dá o que tem a mais não é obrigado. Para mim – repito, simples e modesto mortal – isto é tudo uma vigarice. É mais uma aldrabice saloia para desorçamentar despesa, transferindo-a para as gerações futuras a preços muito mais altos. Preços que incluem as margens de lucro dos intermediários financeiros e que o povo, durante os tais 25 ou 30 anos, pagará penosamente com os seus impostos.
Trata-se de um expediente para mostrar obra feita, mas não a pagar. Uma forma nada séria de endividar o país ocultamente e condicionar brutalmente os próximos governos. Uma táctica saloia e irresponsável que vai condicionar brutalmente o potencial de crescimento da nossa economia no futuro próximo.
Esta gente não paga as estradas, não paga o equipamento militar, não paga os carros que compra para a polícia, não paga o equipamento para os bombeiros e agora já nem a manutenção das antigas estradas quer pagar. Como diz J. Coelho na sua alegre inconsciência, vamos adoptar o modelo Argentino. É isso mesmo! É melhor voltarmo-nos para a América latina e esquecer a Europa, pois, com uma “política” económica destas, a convergência não será de certeza com a União Europeia.
É uma pena eu ser um simples mortal e não conseguir descortinar os atributos que estes criativos socialistas encontram nesta nova forma de “gerir” as finanças públicas. É uma pena, porque dormia bem mais descansado.
Rui Rio – A Política in situ – Junho de 2002
Vamos lá recordar o passado recente...
24 De Novembro de 2009 – “A principal preocupação da política económica do Governo é a recuperação económica e o emprego. Nesse sentido, não é compaginável com esses dois objectivos um aumento de impostos”, afirmou
2 De Fevereiro 2010 – "Vamos fazer uma consolidação orçamental baseada na redução da despesa e não através de aumento de impostos, porque isso seria negativo para a economia portuguesa".
8 De Março 2010 – "O Governo vai concentrar-se na redução da despesa do Estado, tarefa que é provavelmente a mais difícil e exigente. Mais fácil seria aumentar impostos, mas isso prejudicaria a nossa economia".
30 De Abril 2010 – Sócrates garante que não há aumento de IVA. "O que vamos fazer é o que está no PEC. A senhora deputada vê lá o aumento do IVA? Não vê", disse o primeiro-ministro no debate quinzenal no Parlamento, perante a insistência da deputada do Partido Ecologista "Os Verdes", Heloísa Apolónia. "Estamos confiantes e seremos fiéis ao nosso programa. São essas medidas que importam tomar".
12 De Maio 2010 – "Portugal registou o maior crescimento económico da Europa no primeiro trimestre deste ano. Portugal foi o primeiro país a sair da condição de recessão técnica e o que melhor resistiu à crise".
16 De Junho 2010 – O primeiro-ministro, José Sócrates rejeitou, em Bruxelas, o cenário de redução de salários na função pública, afirmando acreditar que as medidas já adoptadas pelo Governo são suficientes para atingir os objectivos orçamentais em 2010 e 2011.
24 De Agosto 2010 – “Entre Janeiro e Junho, a nossa economia cresceu 1,4 por cento, face às estimativas de 0,7 por cento para o ano inteiro”. Nestes seis meses, o crescimento da economia que se verificou em Portugal foi o dobro do previsto pelo Governo no início do ano”, afirmou o primeiro-ministro em Vale de Cambra.
Por:Ângelo Correia, Gestor
O País vive tempos difíceis. Orçamento sem esperança e sem futuro para a nossa economia. Classe média açoitada por aumentos de impostos de várias naturezas. Governo que não cumpre nem garante o cumprimento do que é necessário fazer. PSD com uma decisão que todos consideram decisiva. Se ele olhar apenas para os seus objectivos de natureza partidária é óbvio que a abstenção no orçamento era a decisão natural. Responsabilizava o PS e o seu Governo pelas medidas, deixava que este provasse a sua incompetência e aguardava pela sua incapacidade de aplicar aquilo que seria aprovado na AR.
Com boa dose de probabilidade chegaríamos a meio do ano com nova crise financeira e a necessidade de um novo PEC. As eleições seriam inevitáveis e o PS punido. Só que a direcção do PSD, e em particular Passos Coelho, não actua apenas nesses termos. Não julgam que o essencial é chegar rapidamente ao poder e afastar o Eng. Pinto de Sousa.
Pensam acima de tudo no País e, a essa luz, a questão é a de saber quais as reacções externas à sua decisão de abstenção ou oposição, as quais, há muito, limitaram o nosso grau de soberania. Preferem elas um mau orçamento e que nada contribua para a sustentabilidade de Portugal, ou, pelo contrário, preferem um orçamento adequado para fazer sair Portugal do buraco em que está? Receio que a nossa pequenez e a distância a que estamos façam com que os olhos que nos contemplam prefiram as aparências de saúde a uma saúde verdadeira, olhem para o montante do deficit e da dívida pública e não para as consequências económicas e sociais que a proposta do OE encerra. Receio, por isso, que reajam negativamente caso o OE não seja aprovado. Em função dessa percepção e dos riscos que corremos perante um eventual agravamento das taxas de juro e falta de fundos mobilizáveis para Portugal, o PSD deverá tomar a sua opção definitiva.
A probabilidade de ocorrências desses riscos é grande, e, se isso acontecer, o aparelho comunicacional que o PS montou e que já colocou o PSD como o "único responsável da crise" aumentará de tom e de criticismo; podendo o PSD pagar por isso, quando nada tem que ver quer com o conteúdo da proposta orçamental, quer com o estado a que o País chegou. O PSD deve pois abster-se e nem negociar com o PS. Por experiência própria, sabe que não se negoceia com quem não tem boa-fé e, sobretudo, deseja o voto contra de Passos Coelho. O que o PS quer é fugir e é isso que não podemos consentir.
Passos Coelho deverá receber hoje carta-branca para decidir o sentido de voto do PSD no Orçamento do Estado. Poucos duvidarão de que, no final, a decisão será a abstenção laranja, que viabilizará o Orçamento mais draconiano da democracia para as famílias e empresas.
Por:Armando Esteves Pereira, director-adjunto
A pressão do meio empresarial sem acesso aos mercados financeiros, de notáveis do PSD e até do Presidente da República, que quer recandidatar-se sem dramas na aprovação do Orçamento, além da ameaça de o Estado não conseguir financiar-se em Novembro e comprometer o pagamento dos salários da Função Pública, das pensões de reforma e dos respectivos subsídios de Natal, tornam inevitável a abstenção do maior partido da Oposição.
Mas, tal como em qualquer novela, o problema do PSD é encontrar alterações do enredo e de argumento que justifiquem a mudança de posição perante os princípios anunciados em meados de Agosto na festa de Pontal e repetidos até à semana passada.
Na entrevista concedida ao jornal alemão ‘Frankfurter Allgemeine’, Passos Coelho diz que a sua preocupação é "que fiquemos numa situação muito difícil se Portugal não tiver um Orçamento para o próximo ano". Passos Coelho é participante involuntário na segunda versão do tango de Sócrates. Mas, no impasse político em que Portugal vive, não tinha alternativa.
O PSD deve anunciar hoje o que parece inevitável. O Orçamento vai passar com a sua abbstenção. São coisas da vida. Ninguém tem culpa que o economista relativo cada vez mais liberal tenha caído nas armadilhas do engenheiro relativo.
Por:António Ribeiro Ferreira, jornalista
E, assim, o partido que recusava aumentos de impostos é cúmplice de um assalto fiscal que não poupa nada nem ninguém. Em poucos meses, o Governo vai sacar aos indígenas para cima de três mil milhões de euros. É obra. Em Maio, houve um patético pedido de desculpas no meio de um tango duvidoso. Agora é preciso ir um pouco mais longe. Com os mercados mais aliviados, é tempo de preparar o futuro. E para isso é preciso que da S. Caetano saia fumo branco para uma moção de censura em Março. Para o povo poder vingar nas urnas o que a democracia impede de resolver nas ruas.
O PS e o seu imperativo
Inserido em 18-10-2010 20:09
A proposta de orçamento apresentada pelo Governo obriga o Partido Socialista a um segundo passo. Não é possível apresentar um documento tão penoso, tão restritivo e tão sofredor para Portugal e manter o Primeiro-ministro.
O PS não pode permitir que Sócrates continue em São Bento. Cem vezes avisado, cem vezes ignorou e ridicularizou todos os alertas. Há um ano, Medina Carreira era um perigoso pessimista, Manuela Ferreira Leite não servia para o tango e o TGV era a bandeira de um governo autista.
Sócrates comportou-se como uma “Alice no País das Maravilhas”, com uma agravante: conhecia a realidade do país. Se não a conhecia, revela incompetência de quem não pode ser Primeiro-ministro.
Quando se pede ao PSD que viabilize o orçamento, pede-se aos social-democratas que, com o seu aval, credibilizem um esforço de futuro. Caso contrário, o país pode enfrentar o caos.
O PS ganhou as eleições. Tem a legitimidade e a obrigatoriedade de governar. Mas tem também um imperativo: convencer Sócrates a sair e substituí-lo na chefia do Governo.
Não é possível pedir-se um tal esforço e manter o responsável pela política que conduziu o país a esta situação na liderança do executivo. A credibilidade de José Sócrates está esgotada. A do PS, se nada for feito, vai pelo mesmo caminho.
Pedro Leal
Segunda-feira, 18 de Outubro de 2010
VERGONHOSO, COM OS PORTUGUESES EM AUTÊNTICA AFLIÇÃO E ELES CONTINUAM NA POLÍTICA DE BAIXO NÍVEL! NÃO QUEREM SAIR DO PODER, DEPOIS DE TEREM DESGRAÇADO O PAÍS E ESTE POVO!
O PS acusou esta segunda-feira o líder do PSD de entrar «em jogos psicológico-políticos» ao propor no processo de revisão constitucional que o Presidente da República possa dissolver o Parlamento nos seis últimos meses do seu mandato. |
Primeiro gostaria de lhe pedir muita atenção para o minuto 19 deste vídeo, pois é ai que o fiscalista
Tiago caiado guerreiro explica em bom português e de forma muito simples um dos maiores problemas que se esta a passar neste momento no pais, é certo que não é o único problema, mas a juntar a outros problemas que na minha modesta forma de pensar seriam de fácil resolução este pais está a piorar de dia para dia.
Estou seriamente a pensar em:
1ª Ir pedir o rendimento mínimo. Dado estar desempregado e sem subsidio.
2ª fazer as malas.
3ª e ficar pronto para o dia em que Portugal vá a falência completa eu partir para outro pais que esteja melhor; ´´ tipo romeno, ate porque sou moreno e a barba me cresse com muita facilidade ´´
Veja o video e por mim espero que o pedro passos coelho chumbe;
Blog Miguel
Há “…quase 14 mil as instituições que anualmente recebem verbas do Estado. …há 13.740 entidades públicas em Portugal, incluindo 356 institutos, 639 fundações e 343 empresas públicas…”
Isto bem reestruturado (fusões, extinções, reduções dos respectivas postos de trabalho dos boys) dava uma bela poupança.
http://www.ionline.pt/conteudo/79563-psd-exige-cortes-nos-institutos-publicos-viabilizar-o-orcamento
Vamos começar por aí.
"Alguns mentores de, políticas ruinosas que contribuíram para a falência da Pátria portuguesa afirmam agora que estão muito preocupados com a actual tragédia nacional. Quando um povo esquece a sua história, perde personalidade e não reage aos constantes enxovalhos e desconsiderações, então, não há dúvidas de que só merece uma classe política de baixa qualidade"
José Rodrigues - Boliqueime
Orçamento protege o país da crise internacional, entende Sócrates
O primeiro-ministro voltou, esta segunda-feira, a dizer que a proposta do Governo para o Orçamento do Estado de 2011 é essencial para Portugal e protege o país da crise internacional.
José Sócrates diz que este é um orçamento que defende o Estado Social. E deve ser. Tal como a amputação defende a perna.
Blasfémias
O PS quer estar no poder quando o FMI chegar à Portela.
O PSD quer ter tempo para chegar onde está o PS para ser ele a fazer a recepção.
Os restantes partidos só querem que PS e PSD (ou de preferência os dois) lá estejam, e que a entrada tenha o maior estrondo possível.

Deus e o Diabo brigam porque nenhum dos dois quer ficar com ele. Sem acordo, pedem a mediadores uma solução, que decidem por uma proposta obrigatória: que se alterne um mês no céu e outro no inferno. No 1° mês , Sócrates vai para o Céu.
Deus não sabe o que fazer, quase enlouquece. O engenheiro maldiz de tudo, põe em causa todos os elementos de oração e daliturgia, dissolve o sistema de assessoria pessoal dos anjos, suborna as nuvens, transfere 1km quadrado do Céu para o inferno, nomeia arcanjos provisórios aos milhares, intervém nas comunicações aos Santos, troca as placas das portas de São Pedro. Envia um projecto de lei aos apóstolos para reformular os Dez Mandamentos e amnistiar o Diabo, o Céu transforma-se num caos. As pessoas não o suportam mais, promovem piquetes e invasões. Anjos-Magistrados, Anjos-funcionários judiciais, Anjos-militares, Anjos-GNR.s, Anjos-polícias, Anjos-bombeiros, Anjos-médicos, Anjos-enfermeiros, Anjos-professores, Anjos-funcionários públicos, etc.etc., convocam greves, protestos, manifestações, vigílias, marchas...
O descontentamento é geral. Deus passa a contar cada minuto até ao fim do mês para o mandar para o inferno. Quando Sócrates finalmente se vai, Deus respira de alívio, mas lá para o dia 20, começa a sofrer novamente pensando que dentro de 10 dias tem que voltar a vê-lo.
No 1º dia do mês seguinte nada acontece. No 5° dia, ainda sem notícias, Deus estava feliz, mas começou a pensar que, tendo passado mais tempo no inferno, Sócrates poderia querer passar dois meses seguidos no Paraíso...
Desesperado com a mera hipótese, Deus decide contactar o inferno por "banda larga" para perguntar ao diabo o que estava a suceder.
Ring...ring...ring...!!! Atende um assessor e Deus pergunta:
"-Por favor,posso falar com o Diabo?"
"-Qual dos dois?", responde o assessor "- O vermelho com cornos ou o filho da mãe do simplex?"
30/05/2010

É (mais) um “pequeno” exemplo da visão paradigmática do poder socialista português. José Sócrates vai ao Brasil e logo se faz constar que Chico Buarque quis conhecer José Sócrates. O cantor – acima retratado há quarenta e tal anos, quando já era Chico Buarque de Hollanda, época desde a qual já decorreram vários “sócrates” por estes países – veio, algo incomodado, negar – seria preciso negar?, a reles mentira não é tão óbvia? Mais uma vez, pois é mais forte do que eles, lá se extravasou a mesquinhez mentirosa (e arrivista) desta gente, na sua tendência para o culto da personalidade (um caso sintomático este), na sua vertigem para a pequena (e grande?) mentira manipulatória do real, na sua adesão à encenação.
O que vale é que vamos ouvindo Chico Buarque. Até já ninguém se lembrar destes “sócrates” – alguém se lembra do nome daqueles tipos do tempo do Tanto Mar? Aqui fica a música, até para vergonha dalguns e dalgumas que com a meia-idade andam “navegando” socraticamente, até esquecidos de si próprios. (Ou será que, afinal, nunca existiram?). E junto-lhe um belo bónus. Para a gente se esquecer mais depressa destes trastes: os do poder; os assessores da tanga; e todos seus apoiantes – já indesculpabilizáveis, tamanho o despautério a que aquilo chegou, e há já muito tempo.
Escrever como um assessor de Sócrates
Durante um dia, pensei e escrevi como se fosse um assessor de José Sócrates. Eis o resultado (aviso desde já que, às 11 da manhã, já via duendes ao virar da esquina).
Henrique Raposo (www.expresso.pt)
12:09 Terça feira, 9 de Fevereiro de 2010
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1. Morreu o último morcego da Papua-Nova Guiné. O morcego foi apanhado nas redes de um investigador de Cambridge. O dito investigador, um fanático da Greenpeace, cometeu suicídio logo a seguir. O suicídio, no entanto, não acalmou a ira dos locais. Em Port Moresby, várias manifestações já eclodiram contra "o imperalismo do homem branco".
2. Elvis foi novamente avistado. Desta vez, cinco cheerleaders dizem que viram Elvis a sobrevoar o estádio onde decorreu o Super Bowl. A NASA, que neste momento até está sem dinheiro, nega qualquer envolvimento.
3. Em Portugal, o céu está azul e os passarinhos cantam (e há duendes por todo o lado).
SÓCRATES JÁ SÓ CONFIA NO FINANCIAL TIMES
o único jornal no mundo que publica as "baboseiras económicas" dos ministros de Portugal
Desconfiado com a imprensa portuguesa que tem atacado fortemente os seus erros governativos, cada vez menos populares até entre as hostes do PS, José Sócrates e Teixeira dos Santos desfazem-se em entrevistas para o Financial Times na esperança de limparem a sua imagem internacional e talvez também na esperança de conseguirem um "cargozito" na ONU ou numa dessas organizações para onde vão os políticos que se "queimaram" nos seus próprios países. À beira do colapso, este Governo esforça-se por provar que se obedecer cegamente às cegas políticas de austeridade impostas pela UE, conseguirá manter a estabilidade governativa. Entretanto, o Financial Times vai "garantindo" alguma "permanência" deste primeiro-ministro, o pior de toda a história de Portugal desde 1910, há 100 anos precisamente...
Não vejo por onde ir se os mercados exigirem mais. O autor desta frase patética é o ministro das Finanças que mais enganou os indígenas com défices errados, crescimentos fantasiosos e medidas criminosas para angariar votos para o senhor engenheiro relativo.
Por:António Ribeiro Ferreira, jornalista
Esta parelha de ilusionistas apresentou um Orçamento com o maior assalto fiscal da história desta miserável democracia e tem a suprema lata de anunciar um corte ridículo de 100 milhões de euros com fusões e extinções de organismos públicos. Não passa pela cabecinha do senhor Teixeira dos Santos acabar com os tachos de milhões de clientes do Rato e da S. Caetano. Isso nunca. Jamais, como dizia o outro. É mais fácil roubar os cidadãos do que correr a pontapé com todos os energúmenos que transformaram o Estado numa enorme manjedoura partidária.
Por:Luís Marques Mendes, ex-líder do PSD
Ao ponto a que chegámos, o Orçamento para 2011 não podia deixar de ser doloroso. A questão decisiva, porém, é outra: era inevitável ser assim? A minha resposta é esta: não, não era inevitável. Tudo podia ser diferente se não se tivesse andado a brincar com o fogo.
Este Governo não tem um ano de vida. Tem mais de cinco. Ao longo destes anos não fez o que devia. Não cortou nas despesas improdutivas do Estado e até as aumentou; não extinguiu serviços inúteis e até os multiplicou; subiu sistematicamente os impostos e, com isso, prejudicou a economia. Conclusão: pagamos agora em dobro os erros e o desgoverno de mais de cinco anos de governação.
Há um ano, tivemos eleições. Para sacar votos e manter-se no poder, o Governo fez de Pai Natal. Distribuiu dinheiro a eito às empresas, mesmo às que estavam falidas; criou medicamentos gratuitos, mesmo sabendo que mais tarde tinha de voltar atrás; alargou abonos e prestações sociais, que agora corta a direito; lançou obras e mais obras com o dinheiro que não tinha. Foi um bodo aos pobres. Um ver-se--te-avias. Como tudo tem um preço, tivemos em 2009 o défice mais alto de sempre. Agora, temos de o baixar, de forma mais radical, à custa de sacrifícios agravados. Conclusão: suportamos agora em dobro os custos do eleitoralismo do ano passado.
Já este ano foi o que se viu. Todos os países em dificuldades punham ordem na casa e cortavam nas suas despesas. Em Portugal era o contrário. As despesas voltaram a subir. O Primeiro-Ministro, esse, garantia que tudo estava bem, que éramos os campeões do crescimento na Europa e que as medidas tomadas eram suficientes. Quem dizia o contrário era um perigoso pessimista, quase um antipatriota. Agora é o que se vê. Sofremos em dobro – com mais impostos e cortes nos salários – as consequências de um ano inteiro a brincar com o fogo. Os outros países começam a recuperar. Nós, ao invés, voltamos à recessão. É sempre assim quando não se faz a tempo e horas o que tem de ser feito. Sofre-se em dobro ou em triplo. Paga-se uma factura muito mais pesada. Corre-se o risco de a cura – em dose tão forte – acabar a matar o próprio doente. Dentro do azar que é apanhar pela frente com um governo destes só mesmo um consolo: nunca mais estes senhores terão a desfaçatez de falar, a sério, na defesa do Estado social. Na boca destes governantes, a partir de agora, a apologia do Estado social é um insulto à inteligência dos portugueses.
Maria José Morgado foi feliz na síntese: Este Orçamento de Estado vai criar "uma
magistratura mendiga". Uma magistratura que vai não só sofrer o efeito conjugado do corte de salários e aumento de imposto, mas que também terá muito menos condições de trabalho.
Por:Eduardo Dâmaso, director-adjunto
Em termos práticos, na fase de inquérito, a ‘magistratura mendiga’ enfrenta 2011 com menos dinheiro para salários, admitir novos quadros, remunerar peritos, fazer deslocações, reforçar a informática, mobilizar outros meios que as investigações exijam, alguns deles muito caros, como traduções e outros trabalhos. Os próprios tribunais vão enfrentar todo o tipo de problemas em matéria de funcionamento.
O desafio que se coloca aos profissionais da Justiça é, portanto, duríssimo. Para quem já se debate há anos com enormes dificuldades para manter o sistema a funcionar em níveis de dignidade e resultados compatíveis com uma ideia de Estado de Direito, daqui para a frente a missão é quase impossível. Desde logo porque, como disse também Maria José Morgado, o estado a que chegámos está directamente relacionado com uma corrupção endémica. E essa, daqui para a frente, será ainda mais difícil de combater. Sem salários dignos e sem meios não há milagres que valham a uma Justiça, ela própria mendiga há muitos

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 |  | Fusão das «secretas» acelerado Com o Orçamento do Estado para 2011 a reduzir as despesas com as «secretas» em quase três milhões de euros torna-se cada vez mais provável a fusão do Serviço de Informações de Segurança (SIS) e Serviço de Informações Estratégico de Defesa (SIED). |
Domingo, 17 de Outubro de 2010
Apesar do estado português se estar a preparar para reduzir até 10% os salários dos seus funcionários, sem o consentimento dos visados, para supostamente salvar o país da bancarrota, continua a vigorar no nosso avançado Direito do Trabalho a regra segundo a qual um trabalhador dependente não pode ter o seu ordenado reduzido, ainda que por acordo com a sua entidade patronal, para salvar a empresa de uma falência certa e o seu posto de trabalho?
O OE que aí vem não vai ser rejeitado porque ninguém quer, mas este pressuposto genérico vai trazer pobreza, desemprego e insolvências. O Governo não quis travar a despesa para se eternizar, criou um monstro nas finanças e prepara-se para matar por asfixia fiscal algumas empresas e sectores.
Um mitónimo pode causar muito. Um povo ignaro que se deixa enganar também. Assumam-se as responsabilidades e quem escolheu este caminho vai ter agora que pagar a sua parte. Mas quem não escolheu também vai. E o sobressalto cívico já nada pode.
publicado por Vítor Cunha às 00:02
QUE NÃO HAJA PASTORES NAS CIDADES ATÉ SE COMPREENDE, AGORA, QUE ACABEM COM ELES NAS ALDEIAS ..... POR FORÇA DE FECHAREM ESCOLAS E NADA FAZEREM PARA REABILITAREM AS NOSSAS ALDEIAS E OS PRÉSTIMOS VALIOSOS QUE DERAM A ESTE PAÍS, É UM CRIME SEM PERDÃO !
http://www.youtube.com/watch?v=OITn6xVjGhg
clique acima
Exposição patente até 19 de Dezembro no centro de exposições do outlet de Alcochete
Freeport oferece viagem pelo mundo da bruxaria
Poderosos venenos, remédios naturais e milagrosos, poções mágicas e perigosas, criaturas extraordinárias e instrumentos de tortura são algumas das 300 peças centenárias, reunidas por um coleccionador italiano no início do século XX e expostas no Centro de Exposições Freeport (Alcochete).
Por:Ana Carvalho Vacas
A exposição ‘Bruxaria e Criaturas Fantásticas’ decorre até 19 de Dezembro e permite recuar até à Idade Média e viajar pelo misterioso mundo da magia e da bruxaria na Europa central e mediterrânica até ao final do século XIX. Para o historiador José Pedro Paiva, a exposição é "heterogénea e muito instrutiva" e permite um "olhar mais vivo de um universo repleto de simbologia". E alerta: "Isto não é um universo da fantasia."
AA A
a utilização do comboio
estudante Arabe em Berlim manda um e-mail para o Pai dizendoCOMBOIS
A UTILIZAÇÃO DO COMBOIO É INDISPENSÁVEL À RECUPERAÇÃO ECONÓMICA DE PORTUGAL ! O PAÍS NÃO PODE CONTINUAR A IMPORTAR MILHARES DE AUTOMÓVEIS, COMBUSTÍVEL E FAZER AUTO-ESTRADAS PARA MANTER UM TRANSPORTE EGOÍSTA E CARO, PARA ENRIQUECER OS PAÍSES SEUS PRODUTORES E COM ISSO AUMENTAR ESCANDALOSAMENTE A NOSSA DÍVIDA EXTERNA!!
"Meu querido pai. Berlim é maravilhoso. As pessoas são excelentes e eu estou realmente a gostar disto. Mas, Pai, eu estou um bocado envergonhado em chegar a minha Faculdade com o meu Ferrari 599GTB em puro ouro, quando todos os meus professores e meus colegas vem de Comboio."
Seu filho, Nasser
No dia seguinte o Pai responde ao e-mail do Nasser:
"Meu amado filho"

"20 milhões de USD acabaram de ser transferidos para a sua conta. Por favor páre de nos envegonhar.
Vá e compre um comboio para si também"....
Love, your Dad
Pedro, estás perdoado
O atraso da entrega do orçamento pode ter justificações técnicas. Mas politicamente é imperdoável. A partir de hoje o PS devia pedir desculpa a Pedro Santana Lopes por tudo o que disse sobre ele.
13:06 Sábado, 16 de Outubro de 2010
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Num ano a pen vai vazia, no outro atrasada e sem alguns mapas, desta vez ainda mais atrasada e sem o documenro mais importante. Não vale a pena contemporizar: este OE será o mais difícil dos últimos 25 anos, mas o atraso e as falhas são incompreensíveis e injustificáveis.
Se tudo isto se passasse no governo liderado por Santana Lopes, o PS inteiro estaria a rir-se, a comentar furiosamente no Twitter, a delirar no Facebook e a espraiar-se deliciado na comunicação social.
Santana tinha tudo e todos contra ele, a começar pelo próprio partido. Sócrates e Teixeira dos Santos ainda têm a compreensão de muitos, graças a uma crise financeira e a uma pressão europeia que não controlam nem condicionam. Mas falharem desta forma naquilo que é fundamental é imperdoável. Em vez de terem passado o Verão a surfar a onda da revisão constitucional e em inaugurações dispensáveis, podiam ter feito o orçamento a horas.
Era o mínimo. Pedro, estás perdoado.
Daniel Bessa (www.expresso.pt)
0:00 Sexta feira, 15 de Outubro de 2010
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Ensinaram-me, e ensinei, que as políticas económicas ou são expansionistas ou são restritivas. A anunciada em Portugal para 2011 (tanto a que já se conhece como a que pode vir ainda a conhecer-se) é muito restritiva. Por isso, num só dia, o FMI divulgou duas taxas de crescimento do PIB previstas para Portugal em 2011, 0% e -1,4%, antes e depois de a ter incorporado no exercício de previsão.
Incomodado, uma vez, por jornalistas sobre uma questão semelhante, Mário Soares terá respondido algo do género "conduzo com um pé sobre o travão e outro pé sobre o acelerador". Pareceu-me um disparate.
Tenho pensado muito nesta resposta nos últimos dias. E acho-a agora bem mais sensata do que me pareceu quando a vi proferida. Com o PEC 3 o Governo Português colocou todo o peso do seu corpo no pé sobre o travão (um ano antes ganhou as eleições prometendo precisamente o contrário). O safanão é de tal ordem que o carro ameaça sair da estrada. A menos que alguém lhe dê, por pequeno que seja, um toque sobre o acelerador.
Resolvido ou em vias de resolver o que é urgente, a redução do défice público, torna-se imprescindível regressar ao que é importante: o crescimento económico, assegurado pelas empresas e pelo investimento produtivo.
O OE 2011 não pode deixar de dar os primeiros sinais nesse sentido.
Texto publicado no caderno de economia do Expresso de 9 de outubro de 2010
Uma vergonha chamada PCP
Henrique Raposo (www.expresso.pt)
O Nobel da Paz foi entregue a um opositor democrático chinês, Liu Xiaobo. Na resposta, o PCP gritou de indignação. Eis a verdadeira face do PCP: uma força anti-democrática, que envergonha Portugal.
I. Em agosto, meio a brincar, escrevi: "o marxismo acabará em Cuba antes de desaparecer em Portugal" . Em setembro, rebenta a notícia: o comunismo cubano está a morrer, e as mudanças 'capitalistas' estão a caminho. Misteriosamente, este assunto não está a ser seguido em Portugal. Há uns aninhos, as nossas TVs estavam sempre a falar de Cuba (sobretudo do catarro de Fidel Castro). Mas agora não mostram nada. O PCP agradece o silêncio. Assim não tem de explicar por que razão o seu modelo político preferido está a morrer.
II. Na semana passada, depois de Liu Xiaobo ter recebido o prémio Nobel da Paz, o PCP disse o seguinte: este acto é um "golpe na credibilidade de um galardão que deveria contribuir para a afirmação dos valores da paz, da solidariedade e da amizade entre povos". Bravo. Um homem que luta contra a ditadura comunista não merece o respeito do PCP. Estamos a falar do mesmo PCP que passa a vida a invocar a PIDE para se sentir superior em relação aos outros partidos. Meus amigos, Liu Xiaobo tem uma "PIDE" à perna, está preso por uma "PIDE". Aliás, ao pé desta "PIDE" chinesa, a PIDE era brincadeirinha. A China ainda é um Estado totalitário. Já não mata aos milhões, como no tempo de Mao, mas a estrutura está lá. Mas, claro, o PCP não reconhece isto, porque o regime chinês é comunista, e os comunistas, como toda a gente sabe, não criam ditaduras.
III. Coisa ainda mais curiosa: é na China que existe o tal "capitalismo selvagem" de que tanto fala o PCP. O capitalismo sem regras, levado à força por um estado totalitário e sem qualquer base de estado de direito: eis a China em 2010. Curiosamente, o PCP defende o regime do "capitalismo selvagem".
IV. Nestas declarações sobre política internacional, o PCP torna explícito o seu desrespeito pela democracia. Mas, atenção, esse desrespeito também existe implicitamente dentro de casa. Dentro da nossa democracia, o PCP continua a pensar que a rua é mais importante do que a urna, continua a pensar que a democracia popular (a força demonstrada na rua) é mais importante do que democracia institucional (o peso real no parlamento). E isto criou um vício tremendo no nosso sistema político: Portugal dever ser o único país da UE onde é impossível a existência de um acordo de governação à esquerda. O PCP (e o BE) excluem-se do processo político, excluem-se do arco de governação, um facto que impede uma coligação de governo (PS/PCP, PS/BE) - a coisa mais normal em democracia. Por que razão isto acontece? Porque os nossos comunistas acham que o modelo de Cuba é que é bom. Um tema para outras conversas.
Recursos naturais em declínio alarmante
Relatório Planeta Vivo da organização ambientalista WWF mostra que a procura de recursos naturais está 50% acima do que a Terra pode oferecer.
Virgílio Azevedo (www.expresso.pt)
As principais causas da perda de biodiversidade na Terra ficaram a dever-se à destruição dos habitats, sobre-exploração das espécies, poluição, espécies invasoras e alterações climáticas
Arménio Belo/Lusa
Fernando Madrinha (www.expresso.pt)
0:00 Sexta feira, 15 de Outubro de 2010
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Os credores veem o que está à vista: Portugal dificilmente sairá pelo seu pé do pântano financeiro em que mergulhou.
A ilusão de que os mercados e as agências financeiras acalmariam por uns tempos durou menos de uma semana. Os credores não se comovem com promessas de sacrifícios, por mais duros que se apresentem a quem vai ter que os sofrer.
Acontece que uma decisão tardia é sempre uma má decisão. E não foi por falta de consciência da gravidade da situação, mas por cálculo político e eleitoralista, que o Governo adiou as medidas drásticas que agora já se mostram ineficazes. Primeiro, Sócrates quis ganhar as eleições de 2009. Tomou iniciativas anticrise de que não se viram outros resultados além da vitória do PS e deixou derrapar para níveis incomportáveis o défice que ele próprio havia controlado. Depois, receando que as "coligações negativas" no Parlamento, conjugadas com a eleição do novo líder do PSD e a hipotética intervenção do Presidente da República, levassem ao derrube do Governo, preparou-se para ir de novo a votos. Por isso, adiou decisões impopulares que outros Estados em situação similar já estavam a tomar. Finalmente, apertado pelas organizações internacionais, encostou as oposições e o país à parede, com um plano demasiado tardio para produzir efeitos junto dos mercados, como se está a ver, mas anunciado no momento mais vantajoso para si próprio, isto é, quando o Governo ficou protegido pela disposição constitucional que impede o Presidente de dissolver o Parlamento.
Quando não coincidiram, as conveniências partidárias foram postas à frente das do país. Ora, com este historial, o Governo e o PS não têm autoridade moral para reclamar o que quer que seja de um PSD já escaldado pelo acordo frustre do PEC II. Menos ainda para irem sugerindo que a aparente hesitação de Passos Coelho quanto ao orçamento é responsável pela persistente desconfiança dos mercados. Pode contribuir alguma coisa, mas não tanto como contribuiu o primeiro-ministro ao ameaçar, em Nova Iorque, com a demissão do Governo.
Em qualquer caso, os credores limitam-se a ver o que está à vista: Portugal mergulhou num pântano financeiro vicioso do qual dificilmente sairá pelo seu pé e sem o aval de terceiros. O nosso destino será o da Grécia, ou pior, se o Estado não se reorganizar de alto a baixo para travar o endividamento. E ninguém acredita que o PS tencione ou seja capaz de o fazer.
No entanto, por força do calendário político e do aperto internacional, o país está refém de Sócrates. Manter em plenitude de funções um Governo que se vai limitar a arrecadar receita para o défice e a confundir-se cada vez mais com uma comissão eleitoral do PS é um risco. Mas não é melhor alternativa oferecer-lhe o capital de queixa necessário para virar costas, para se vitimizar durante largos meses antes de ser possível ir para eleições ou, pior do que tudo, dar-lhe desculpas para não cumprir os compromissos assumidos em nome de Portugal. Viabilizar o Orçamento - seja o PSD ou o CDS a fazê-lo - é a única forma de confrontar Sócrates com as suas próprias responsabilidades.
A entrega do Orçamento do Estado já em cima da meia-noite foi hilariante. É certo que já nem surpreende muito num País que faz leis pela calada da noite.
Por:Eduardo Dâmaso, director-adjunto
Mas a entrega atabalhoada do mais importante documento de gestão de um país é a metáfora cruel do Estado que temos e do estado a que chegámos. Com todos os olhos postos em nós (desde logo os famosos mercados...), o Governo mostra incompetência, desleixo, uma relação conflitual com a pontualidade e o rigor. O que se passou nos últimos dias foi, de resto, apenas um pormenor daquilo que tem sido uma governação irrealista, controladora, de pura autopreservação e feroz propaganda.
Não só ignorou como estigmatizou todas as vozes de alerta, refugiou-se na patética gestão da manipulação estatística para prometer, em contínuo, a recuperação económica que não se vê em lado nenhum. Consentiu, de forma criminosa, o desperdício e a apropriação de recursos públicos por uma imensa corte de rapaziada que saltita no sector empresarial do Estado. O OE que nos saca 33 mil milhões é o resultado dessa governação e não dos erros de Passos Coelho. O réu é Sócrates e não Passos Coelho, que ainda nem tocou na bola. Por muito que gritem as hidras da propaganda de Sócrates, a verdade é esta e a dança dos culpados pára no Governo.
Conferência Episcopal Portuguesa
«Urgente repensar Portugal», dizem bispos católicos 
Os "sintomas de crise social e cultural" levaram os bispos católicos a dizer hoje, durante a Conferência Episcopal Portuguesa, que decorre até quinta-feira, em Fátima, que é "urgente repensar Portugal".
Os bispos católicos estão reunidos na Conferência Episcopal Portuguesa, a decorrer até quinta-feira, em Fátima (Paulo Novais/Lusa)
Quinta-feira, Dezembro 15, 2005 by Pedro F. Ferreira
«Ora, sem crítica, é inconcebível a democracia. Sem crítica, é inconcebível a criação do novo, a proposição do diverso, a coesão consciente que queira evitar a simples homogeneização mecânica ou mesmo orgânica. Sem crítica, o arbitrário, a irresponsabilidade, o descaso e o descaro podem instalar-se com extrema facilidade na acrópole da Cidade de onde depois será muito árduo desalojá-los. A não ser justamente pela “crítica das armas” Sem crítica, a própria sociedade civil - ou os restos que dela subsistam - corrompe-se, avilta-se. Ou, acaso, morre. Sem crítica, a cultura instala-se no uniforme sem inspiração, no escolasticismo sem vontade de essencial, no dogmatismo sem nervo de verdade e, por isso mesmo, em constante apelo à força do “braço secular”. Sem crítica, a querela instala-se por toda a parte: na rua e no palácio, na academia e na caserna, na cidade e no campo, durante a vida e post mortem. Sem crítica, a mediocridade e a vilania crescem e florescem, tentaculares e florestais, por onde podem e querem. Sem crítica, o pântano apodrece cada vez mais até ao nauseabundo insuportável.»Manuel Antunes, in "Repensar Portugal".
Quem está por dentro do nosso sistema de ensino sabe que o actual sistema de Ensino Profissional é uma fantochada. Precisamos de verdadeiras Escolas Profissionais com oficinas, estufas, cozinhas e outras estruturas onde os alunos possam efectivamente aprender uma profissão e serem profissionais competentes e competitivos. Para além disso, é necessário que tenham professores com formação adequada, podendo haver pontes com o Ensino Politécnico.
Ora não é isto que sucede. Nas actuais Escolas Secundárias e Liceus introduziram-se cursos profissionais, em escolas sem equipamentos e sem vocação para este tipo de ensino. Aquilo acaba mais por ser um passatempo para este tipo de alunos que ficam com um diploma se 12.º ano sem saber nada. No mercado de trabalho pouco valem. Se tiver uma padaria, um hotel ou uma carpintaria ou uma exploração agrícola saberá que não é fácil arranjar um empregado com um diploma de 12.º ano profissional que saiba fazer pão e bolos, falar inglês e alemão com fluência, montar um armário ou enxertar laranjeiras.
Bons exemplos há poucos. A Escola de Hotelaria do Algarve é um deles.
Sábado, 16 de Outubro de 2010
André Azevedo Alves @ 22:00
ENFRENTAR A REALIDADE: NÃO VAMOS SAIR DA CRISE . Por Nuno Garoupa.
Se os portugueses aprenderam a lição, nas próximas eleições esperam-se políticos com coragem, que digam a verdade, que saibam esclarecer que os próximos dez anos vão ser maus, e o que está em causa é fazer aquilo que não se fez em vinte anos para que a próxima geração possa viver melhor. Se o PS e o PSD voltarem com o discurso eleitoralista, das falsa promessas, das soluções milagrosas que acabam com a crise em 2013 ou 2014, e se os portugueses voltarem a votar nisso, então muito dificilmente teremos um futuro para oferecer aos nossos filhos. Não vale culpar os políticos por tudo o que corre mal. Eles apenas dizem o que os portugueses querem ouvir. Veremos pois o que os portugueses querem nas próximas eleições. A continuar o facilitismo e a irresponsabilidade, o progresso económico e social de Portugal vai estar adiado.
Por:Eduardo Dâmaso, Director-Adjunto
Finalmente, chegou o Estado Social de José Sócrates, que Pedro Passos Coelho queria destruir.
Está quase todo no Orçamento do Estado para 2011 e nas medidas avulsas dos sucessivos Planos de Estabilidade e Crescimento, os famosos PEC. Ora vejamos: os medicamentos estão mais caros; as famílias de mais baixos rendimentos e a classe média, que Sócrates tanto queria proteger, são as mais penalizadas pelos aumentos de IRS; os produtos alimentares mais básicos são os que sofrem maiores aumentos; os funcionários públicos, a quem vão cortar nos salários, voltam a levar um rombo por via do IRS; as pensões mais baixas não escapam ao aumento da carga fiscal; a ministra da Saúde quer aumentar a idade da reforma; e os combustíveis estão a um fio de subir e, consequentemente, encarecer em cadeia os custos de produção para a economia.
A lista de ‘conquistas’ do Estado Social de Sócrates é fastidiosa. Ah, claro, temos também a generosa filosofia redistributiva enunciada pelo seu secretário nacional adjunto, uma espécie de ‘governanta’ da sede do PS, que, para dinamizar a renovação geracional nas listas das federações socialistas, ofereceu um ‘tacho’ com ordenado de 15 mil euros ao deputado Vítor Baptista. Com tanto apego ideológico aos velhos princípios do Estado Social, porque haveríamos de querer mudar!? Francamente...
É possível que Pedro Passos Coelho viabilize o Orçamento, destruindo assim a sua palavra e a sua autoridade (pela segunda vez).
Por:João Pereira Coutinho, Colunista
Mas a histeria que se instalou por aí a favor do Orçamento não é apenas antidemocrática e um dos episódios mais grotescos da nossa República. A histeria é inútil: este Orçamento não evita o recurso ao fundo europeu e ao FMI; apenas o adia, tal como o PEC 2 adiou, com custos redobrados, as medidas cegas e brutais que serão o início de uma escalada miserável.
Com a economia em recessão e um governo a galopar sem freio na despesa, esperam-nos novos ‘pacotes salvadores’ que, espremendo sempre o contribuinte, serão incapazes de fazer o que só uma intervenção exterior garante: alterar um ‘modo de vida’, ou seja, o gigantismo, o desperdício, o abuso e a corrupção do Estado.
Claro que, conhecendo o que a casa gasta, daqui a uns tempos estaremos a defender esses ‘pacotes’ com a mesma sofreguidão com que defendemos o Orçamento hoje e todos os PEC’s de ontem. Não é apenas Sócrates quem vive fora da realidade; ele conseguiu levar um país inteiro para o reino da fantasia.
Quarta-feira, 19 de Maio de 2010
AMOLADORES - Pregões de Lisboa
São os pregões de Lisboa
Voz da vida, voz do povo,
Seu Fado, sua alegria!
E cada voz que apregoa
Tem um pregão sempre novo
P´ra cada hora do dia!
Francisco Radamanto
Campanha pelo uso de lã coloca ovelhas pintadas de amarelo nas ruas de Londres
Menos de um mês após a London Fashion Week, a capital britânica celebra a British Wool Week, ou a “semana da lã”. A Savile Row, famosa rua que concentra grandes casas de alfaiataria, foi transformada em um pasto onde ovelhas pintadas de amarelo circularam em frente às lojas. Representantes da indústria têxtil enalteceram os benefícios da fibra natural e promoveram descontos em produtos feitos do material.
O evento faz parte de uma campanha encabeçada pelo príncipe Charles para incentivar o consumo de lã, já que o preço do material diminuiu bruscamente na última década. Uma das causas do projeto também envolve o uso de materiais naturais e sustentáveis na confecção de roupas. Mais de 80 grifes aderiram à campanha, como Burberry, Pringle e Paul Smith."A lã é o tecido do futuro", disse Nicholas Coleridge, porta-voz da campanha, em evento promovido na loja de departamentos Selfridges. Confira as ovelhinhas coloridas abaixo: |
Grupo de ovelhas se concentra na Selfridges. Foto: Reprodução www.wwd.com |
Sexta-feira, 15 de Outubro de 2010
I. O trabalho da Sábado vale por si, e não carece de muitos comentários. Tal como refere Gonçalo Bordalo Pinheiro no editorial, estamos a falar de pessoas com duas características: (1) ocupam "um cargo relevante no Estado (ou em empresas de que o Estado é accionista)", apesar de (2) "não terem um currículo na área". As jornalistas Ana Taborda, Maria Henrique Espada e Patrícia Silva Alves fizeram, assim, uma "lista de ex-governantes, ex-assessores, militantes socialistas ou pessoas com qualquer ligação a membros do governo que estão em lugares de destaque por decisão do mesmo governo".
II. Em Julho, quando Portugal era um paraíso na terra, o Governo colocou nas Estradas de Portugal mais uma administradora: Ana Tomaz (150 mil euros ao ano). "Na véspera da sua nomeação, esta engenheira civil sem qualquer experiência de gestão, era adjunta do secretário de Estado das Obras Públicas". Há muitos casos assim. É só ler, caro leitor. O meu caso preferido é o de Filipe Baptista, que, depois de ser assessor e secretário de Estado de Sócrates, passou a ganhar 198 mil euros na ANACOM. Ou seja, José Sócrates colocou um dos seus homens-de-mão numa entidade reguladora, para a qual ele não tinha CV. Este é o melhor retrato do socratismo: a ausência de rigor institucional (colocar um boy numa entidade reguladora é o mesmo que não ter respeito pela regulação e pela separação de poderes), e o favorecimento daqueles que defendem o PS - contra os inimigos do Estado Social, com certeza.
III. Vamos a outro caso, que não é tão chocante, mas que acaba por revelar o problema de fundo. Alexandre Rosa foi colocado no Instituto do Emprego e Formação Profissional, área em que não tinha qualquer experiência. As reacções deste senhor são bem interessantes. Diz ele: "Estes lugares são de nomeação política, é normal que se escolham pessoas em quem se tem confiança política! Eu executo políticas do governo". Ora, o problema está precisamente aqui. O problema está no facto de os altos postos da função pública estarem abertos ao saque do partido do poder (PS ou PSD). Como tem dito António Barreto, há que acabar com esta lei que possibilita ao Governo colocar os seus boys no topo da hierarquia do Estado. Estes lugares de topo devem ser ocupados por funcionários públicos (depois de um concurso livre e transparente) e não por boys.
IV. Eis, portanto, a história da Era Sócrates: a sociedade está um caco, a economia do comum dos mortais está uma miséria, mas a economia dos boys do PS está bem e recomenda-se. Não é por acaso que o PS passa a vida a defender o Estado. É que esse Estado, que nos consome os impostos, é a galinha de ovos de ouro dos socialistas, sobretudo daqueles que têm a sorte de ter o número de telemóvel do primeiro-ministro.
Henrique Raposo
O segundo desafio de Passos Coelho é de médio prazo e bem mais complicado. A receita de Sócrates para compor o défice, com os seus vários PEC, abateu-se, uma vez mais, sobre os funcionários públicos. Mas deixou quase incólume o gigantismo do aparelho de Estado com os seus incontáveis braços (empresas públicas e municipais, institutos, fundações, gabinetes e seus derivados), onde se alberga a sua clientela, em milhares de empregos improdutivos - que são a sua última e intocável base de apoio partidário e eleitoral.
Ao despesismo deste polvo gigantesco de serviços e repartições clientelares, com empregos e mordomias à discrição (direito a carros e motoristas, despesas de representação, refeições e viagens bem pagas), juntam-se os gastos milionários com pareceres de juristas e advogados amigos, com gabinetes de comunicação e empresas de promoção de eventos, etc., etc.
Pior ainda: à colossal dívida escondida das empresas do sector público (da Estradas de Portugal à Parpública, da RTP à CP) somam-se os encargos galopantes da política socrática de atirar as despesas para gerações e anos futuros: dos juros crescentes da dívida aos custos imparáveis das parcerias público-privadas ou da factura dos fundos de pensões. São milhares e milhares de milhões de euros que manterão o défice de 2011 - e de 2012 e de 2013... - em níveis insustentáveis.
Como irá Passos Coelho no papel de primeiro-ministro, provavelmente já em 2011, resistir a este monstro despesista? Sabendo-se, ainda por cima, que o clientelismo partidário no aparelho de Estado não é só uma doença congénita do PS, mas também do PSD?
SOL - JAL
Passos Coelho tem dois desafios de vulto pela frente. O primeiro é imediato e terá que o ultrapassar nos próximos dias.
O líder do PSD já percebeu, ou já o fizeram perceber, que a ideia de chumbar o Orçamento para 2011 é politicamente suicida. E já compreendeu que a sua margem de recuo é mínima e estreita, depois de ter falado de mais e vezes de mais sobre o tema, radicalizando imponderadamente a sua posição e o seu discurso.
Agora, terá que revelar todo o seu talento político para dar o dito por não dito. Para não se afundar num voto irresponsável e afundar, com ele, o país. Até porque a única maneira de obrigar José Sócrates a pagar o desastre a que conduziu a economia e as finanças nacionais é forçá-lo a ficar no Governo nos próximos meses, enfrentando os protestos da crise, o aumento do desemprego, o descalabro anunciado do défice de 2011
SOL - JAL
OS PAÍSES, COMO AS PESSOAS, TAMBÉM SE PERDEM NOS DESERTOS QUE OS FAZEM ATRAVESSAR
PODE DESTRUIR UM PATRIMÓNIO DE MILHÕES DE ANOS ...
Um coral é a melhor idéia de como a vida é perene." A morte de milhões de pequenos animais criou esta formação calcária durante muitos anos. O coral "cresce" de forma muito lenta e um único acidente pode destruir centenas e centenas de anos de crescimento. Em 1998, um iate soltou-se da bóia e foi atirado caindo num recife. Levará o recife neste local 100 anos para recuperar dos danos causados a partir deste simples acidente.
As Irmandades ou Santas Casas da Misericórdia são hoje consideradas pelo Estado associações constituídas na ordem jurídico-canónica, com o objectivo de satisfazer carências sociais e de praticar actos de culto católico, segundo os princípios da doutrina e moral cristã. O Compromisso da Misericórdia tem o valor dos estatutos que regem a instituição. Neste estão definidos a denominação, a natureza, a organização e fins da instituição, as condições de admissão dos irmãos, seus direitos e obrigações, o culto e assistência espiritual, o património e regime financeiro da Misericórdia e os seus corpos gerentes. Os corpos sociais de uma Misericórdia são a Assembleia Geral, a Mesa Administrativa e o Definitório/Conselho Fiscal. Os membros dos corpos e órgãos sociais são voluntários. No que diz respeito à hierarquização organizacional, a União das Misericórdias Portuguesas é a entidade que federa todas as Santas Casas de Misericórdia no país.in Dirigir 79/80
A expansão e as tentativas de estatização
Estas instituições foram crescendo em número pelo território português e além-mar, sendo levadas para todo o mundo a bordo das naus e caravelas quinhentistas vindas de Portugal, semeando assim a sua mensagem de fraternidade e solidariedade à volta do planeta.
Ainda hoje se encontram Santas Casas da Misericórdia na Índia, no Japão, em todos os territórios africanos de língua portuguesa, em Espanha e em Itália.
Apesar de terem sempre procurado manter a sua identidade, as Misericórdias foram submetidas a algumas influências de laicização. A Misericórdia de Lisboa foi a única que cedeu a uma estatização completa em meados do século XIX, o que resultou na perda do seu estatuto canónico de Irmandade.
Uma nova tentativa de absorção estatal deu-se em 1974, no seguimento das políticas de nacionalizações da revolução do 25 de Abril. As Misericórdias então federaram-se em União das Misericórdias Portuguesas (UMP), tendo-se afirmado com uma personalidade própria através de várias iniciativas em todo o país. Em 1979, as Misericórdias do Brasil também se federaram com as portuguesas, dando origem à Confederação Internacional das Miseridórdias.
Durante os seus cinco séculos de existência, a acção de assistência social das Misericórdias assenta nos pilares das já referidas 14 Obras de Misericórdia, a espinal medula da sua cultura institucional.
As Sete Obras Corporais
1. Dar de comer a quem tem fome.
2. Dar de beber a quem tem sede.
3. Vestir os nús.
4. Dar pousada aos peregrinos.
5. Assistir aos enfermos.
6. Visitar os presos.
7. Enterrar os mortos.
As Sete Obras Espirituais
1. Dar bom conselho.
2. Ensinar os ignorantes.
3. Corrigir os que erram.
4. Consolar os tristes.
5. Perdoar as injúrias.
6. Suportar com paciência as fraquezas do nosso próximo.
7. Rogar a Deus por vivos e defuntos.
As Santas Casas da Misericódia primavam por tratar todos os seres humanos como irmãos, independentemente da sua raça, linguagem e cultura. Instalavam e mantinham hospitais e outros equipamentos de promoção e acção social à disposição de toda a população.
Estranha arrogância
Inserido em 15-10-2010 06:48
Nascidas no âmbito da Igreja católica, as seculares Misericórdias são um baluarte fundamental no apoio às populações.
A sua rede capilar destina-se, sobretudo, aos mais frágeis e desfavorecidos e a sua cartilha inspira-se nas 10 obras de misericórdia temporais e espirituais ensinadas pela Igreja.
Muita da riqueza das Misericórdias resulta de heranças. Milhares de pessoas, ao longo dos séculos, confiaram à Igreja os seus bens, certos de que o seu património seria devidamente cuidado, segundo critérios evangélicos. Mas nem sempre. Infelizmente, há provedores – mais virados para a filantropia do que para a caridade cristã - que põem e dispõem sobre questões importantes sem dar conta ao seu bispo.
O braço-de-ferro prolongou-se por vários anos, até que, agora, se esclareceu de vez que o estatuto público das Misericórdias implica a chancela do bispo. Uma medida óbvia para instituições católicas, pensamos nós... Mas a orgulhosa rebeldia da União das Misericórdias Portuguesas em aceitar a decisão dá que pensar.
Na declaração pública que fizeram, recentemente, contra os bispos, os provedores deram um sinal claro de desobediência à Igreja.
Tal arrogância proclamada por responsáveis de instituições católicas é, no mínimo, estranha.
Qual é o problema em obedecer? Porventura as Misericórdias são deles?
A VER SE PERCEBO ISTO DO ORÇAMENTO GERAL DO ESTADO
— ruicarmo @ 10:03
Pelo lado da despesa, foram cortados, redefinidos, emagrecidos, congelados e extintos institutos públicos, empresas municipais e restante sector empresarial do estado (!), parcerias público-privadas mais as fundações, financiamento público aos partidos políticos e grandes obras faraónicas?
INSURGENTE
PS- NADA DISSO, TUDO CONTINUA COMO ANTES!!!
João Ramos de Almeida, Sérgio Aníbal
Governo entrega hoje um orçamento que traz um agravamento fiscal generalizado para as famílias portuguesas.
Por:Armando Esteves Pereira, Director-Adjunto
( ... )O limite nas deduções significa um brutal aumento de IRS. Quem declara mais de 529 euros brutos por mês já se arrisca a pagar mais impostos. Mas é a classe média a mais esmagada. Quem ganha mais de 1500 euros brutos por mês só pode deduzir à colecta 900 euros anuais. Isto significa que se gastar, por exemplo, esses 900 euros no dentista, já não serve de nada deduzir os custos com a educação.
Os reformados são outra classe fortemente penalizada com mais obrigações fiscais. Os limites tão apertados tornam ainda mais injusta a tributação do IRS, o imposto que recai sobretudo sobre os trabalhadores por conta de outrem e reformados.
E são estes contribuintes que vão entregar a mais várias centenas de milhões de euros aos cofres do Estado. Provavelmente, o montante obtido no corte das deduções dá para pagar um submarino.
Esta sobrecarga brutal vai sentir-se especialmente no acerto de contas que será feito em 2012.
Muitas famílias que esperavam o reembolso do IRS como uma espécie de subsídio de férias extra vão perder esse agradável bónus e em alguns casos em vez do reembolso vão ter de pagar ao Fisco. E há ainda o brutal aumento de IVA, num Orçamento de desespero que empobrece o País e leva o desemprego para patamares assustadores.
Por:António Nogueira Leite, Economista
( ... ) De pouco serviram os alertas que eu e muitos outros fomos lançando ao longo desta década. Os portugueses não quiseram saber, a classe política funcionou em estado de negação (salvo raríssimas excepções) e quem poderia, pela força da sua palavra, pôr termo a esta deriva, escondeu-se atrás do biombo de um alegado sentido de responsabilidade e de uma visão limitada e limitativa das suas verdadeiras responsabilidades.
Portugal enfrenta hoje uma dívida externa bem superior à da Grécia, uma dívida pública consolidada de mais de 120 por cento do PIB e, ao contrário da Grécia, tem os seus destinos nas mãos de um governo incompetente que se limita a jogar a responsabilidade para cima de terceiros. A classe dirigente embarca no erro repetido ao longo desta década, alinhando na ilusão de que, o simples assegurar da continuidade desta receita esgotada, lhe possibilitará ultrapassar as enormes restrições por si criadas.
A conjugação da tragédia económica e financeira com a perspectiva do caos político iminente deixa ao país um caminho muito estreito. Tudo se vai jogar nas próximas semanas e meses. Portugal só será viável se todos se comportarem muito acima do que têm vindo a mostrar.
CM
Polémica com André Figueiredo
Deputado acusa assessor de Sócrates de tráfico de influências
O deputado socialista Victor Baptista acusa um assessor de José Sócrates de o aliciar com um cargo numa empresa pública para afastá-lo da corrida à presidência da Federação de Coimbra. André Figueiredo, chefe de gabinete do secretário-geral do PS, já negou a acusação e fez saber que agirá criminalmente contra quaisquer declarações difamatórias.
CM
Finanças
Carga fiscal vai esmagar famílias
Contribuintes só poderão reduzir IRS a pagar até 1100 €. Só os dois escalões mais baixos escapam aos cortes nas deduções com despesas em educação, saúde e casa.
CM
A RESPONSABILIDADE TEM ROSTO

José Sócrates e Teixeira dos Santos fizeram um Orçamento que vai tirar muito dinheiro aos portugueses.
PORQUE MOTIVO OS ALUNOS POBRES NÃO PODERÃO TAMBÉM FREQUENTAR ESCOLAS PARTICULARES? DESSE MODO HAVERIA IGUALDADE DE OPORTUNIDADES PARA TODOS. O ESTADO SABE QUANTO PAGA POR CADA ALUNO NO ENSINO OFICIAL, BASTARIA CRIAR A POSSIBILIDADE DAS ESCOLAS PARTICULARES RECEBEREM O MESMO VALOR! COM O TEMPO A DESPESA DIMINUIRIA PARA TODAS AS ESCOLAS E NÃO HAVERIA DESCRIMINAÇÃO SOCIAL!
Colégios dominam lista

Os alunos do 9.º ano do Externato Escravas Sagrado Coração de Jesus, no Porto, conseguiram os melhores resultados do País, a Português e Matemática. É um colégio privado com carácter religioso, onde o segredo do sucesso passa pela motivação de docentes, estudantes e famílias.(...)
 |  | Marques Mendes denuncia aumento de salários de gestores Luís Marques Mendes denunciou quinta-feira, num programa da TVI24, situações de aumento de salários de gestores públicos, numa altura em que se vivem momentos de crise e se discutem medidas de austeridade. O antigo líder social-democrata considera tratar-se de situações «escandalosas». |
Quinta-feira, 14 de Outubro de 2010
Sábado, 8 de Novembro de 2008
O Menino do Cravo
“25 de Abril, sempre.”
Há 34 anos foi o menino de caracóis loiros, cuja figura reguila se esticava para colocar o cravo numa espingarda de Abril. A fotografia tornou-se o símbolo da revolução, mas o miúdo de roupa esfarrapada, descalço, fotografado por Sérgio Guimarães saiu de Portugal mal atingiu a maioridade. Foi estudar em Londres e apaixonou-se por uma inglesa. Trabalha lá e espera o primeiro filho, que nasce no início de Maio.
- Diogo Bandeira Freire, o menino da revolução, tem 37 anos, vive numa casa de tijolos vermelhos com um jardim, na margem Sul do Tamisa. Vive a vida à inglesa: deixa o Audi A3 estacionado à porta, para não ter de pagar cinco libras de portagem para entrar no centro da cidade e vai de transportes públicos para o emprego. Leva numa lancheira o que comerá ao almoço. E trabalha como ‘financial controler’ sete horas e meia por dia numa empresa de tecnologia.
- Nunca pensei nisso, mas se o 25 de Abril representa democracia, liberdade e a consciencialização das pessoas sobre deveres, como o de votarem, a frase é válida.
Mas já tinha ouvido falar do 25 de Abril ?
Já, mas nunca tinha pensado sobre ela. Há milhentas maneiras de interpretá-la: se significa nacionalizar todas as indústrias, tirar os bens às pessoas: não muito obrigado. O 25 de Abril, de certa forma, também tem duas faces.
O Menino que com três anos aparece num poster que correu mundo, a pôr-se em bicos de pés para meter um cravo no cano de uma espingarda, trinta e sete anos depois, definiu bem o 25 de Abril, mas poderia ter dito muito mais....
Entrevista de Fernanda Cachão – CM
Muito para além da anarquia vivida e das injustiças cometidas, o 25 de Abril levou todo um povo, que tanto já havia sofrido, a acreditar que um país, uma família ou simplesmente uma pessoa, podiam receber um vencimento sem trabalhar duro. O nosso país, também, tem ainda duas faces , a do trabalhador da iniciativa privada, coberto de esforço e de impostos para manter uma função pública esbanjadora, engordada pela revolução e pelas promessas do socialismo. Sem trabalho certo. Condenado à precariedade!
A outra face, dos trabalhadores da função pública que, sem culpa, se deixaram adormecer toda a vida, no sabor doce de uma vida fácil, impregnada de direitos . Mais, ainda, um emprego para toda a vida !
Nenhum capitão explicou ao povo, que cada trabalhador ganhará o pão com o suor do seu rosto. Foram anos de andar para trás !
E para que isso aconteça, há que criar condições de haver emprego para todos, logo o investimento é fundamental e indispensável, e é também preciso haver confiança dos investidores.
A própria China, anos a fio defensora do socialismo puro e duro, se quis fugir à fome, teve que embarcar no celebre “slogan”: «um país dois sistemas», mantendo o socialismo para forçar a aceitação da austeridade, então, ainda necessária, e o capitalismo para conseguir o desenvolvimento e mudar a situação.
Neste momento os chineses produzem muito e de tudo, espalham-se por todo o mundo trabalhando, em jornadas diárias sem limite de horas, à procura da riqueza que lhes permita um nível de vida confortável.Vão consegui-lo .
Nenhum capitão explicou ao povo que sem estabilidade e autoridade, não há emprego nem riqueza produzida para depois distribuir com justiça.
Nenhum capitão explicou ao povo que o mundo e os países são feitos de continuidade na evolução, sem rupturas que, as mais das vezes, provocam destruição e atrasos de longos anos, suportados pelas classes mais desfavorecidas. A nossa vizinha Espanha optou pela nomeação de um rei em desfavor de um Presidente da República, tão caro ao politicamente alienado povo português. Não optou pelo comunismo ou socialismo e foi moderada. O resultado está bem de ver, com a Espanha a dar ao seu povo um nível de vida cifrado quase no dobro do nosso.
E, ainda ajudam , com milhares de empregos, os trabalhadores portugueses !
Tanto se poderia dizer sobre isto, mas por agora importa lembrar que Portugal, cheio de reservas em ouro no Abril de 74, chegou aos anos oitenta na cauda da União Europeia ! O consumismo desenfreado, sem sustentação, atirou-nos, neste novo século, para os piores indicadores da UE ! A Divida Externa é clamorosa ! Chegou a hora da mudança ! Olhos postos na Islândia !
António Reis Luz
TRANSFERÊNCIAS ANUAIS VISAM COMPENSAR ! O QUÊ? A MÁ GESTÃO?
Quer a CP quer a REFER recebem, anualmente, as chamadas indemnizações compensatórias, que visam "pagar" os serviços prestados por aquelas empresas ao Estado. Nos últimos três anos, estas transferências do Orçamento do Estado para as duas empresas ferroviárias têm crescido ao ritmo de 2,5 milhões por ano. Em 2009, a CP recebeu 34,7 milhões de euros, e a REFER 36,1 milhões de euros, de acordo com a informação prestada pelo Ministério das Finanças. A este esforço do Estado, há que somar os subsídios aos investimentos, que foram, em 2009, de 129,7 milhões de euros para a REFER e de 11,4 milhões de euros para a CP.
CM
FINANCIAMENTO - EMPRESAS JÁ DEVEM CERCA DE 8,8 MIL MILHÕES DE EUROS
DÍVIDA DA CP E REFER a alta velocidade
Empréstimos sucessivos garantem comboios a circular e carris. Dívida mais do que quadruplicou em 14 anos
Em 1996 CP empregava 13 mil pessoas para garantir operação
METRO SUL DO TEJO - NOTÍCIAS
Estado vai gastar o triplo com o Metro Sul do Tejo
JOÃO RELVAS/lusa Metro Sul do Tejo deverá começar a circular em Março de 2008
O interesse financeiro do Estado no processo de concessão do Metro Sul do Tejo (MST) foi "descurado". Esta é uma das principais conclusões da auditoria realizada pelo Tribunal de Contas (TC) e cujo relatório foi ontem publicamente divulgado. De acordo com o documento, o Protocolo para a Cooperação Técnica e Financeira assinado entre o Estado e as câmaras municipais de Almada e do Seixal, a 30 de Julho de 2002, "revela ausência de critérios de racionalidade e economia, quando não de desperdício de dinheiros públicos, que são um bem raro".
Metro da Margem Sul sem meios financeiros para operar Utentes temem paralisação
A Comissão de Utentes de Transportes da Margem Sul (CUTMS) considera "preocupante" a possibilidade de o metro parar por falta de dinheiro.
Em entrevista à agência Lusa, o administrador da Metro Transportes do Sul (MTS), empresa concessionária do MST, José Luís Brandão, afirmou que o Estado deve à empresa 7,2 milhões de euros, referentes a indemnizações compensatórias. O administrador afirmou que "se esta situação de atraso no pagamento se arrastar, a concessão não tem meios financeiros para continuar a operar".
O Ministério dos Transportes considera que o atraso no pagamento é responsabilidade da MST, mas adianta que já existe um parecer positivo para a atribuição do dinheiro em falta.
CM
PS: Em Portugal, nenhum Governo se preocupou com a perspectiva de médio / longo prazo na rede de transportes (passageiros e carga). Isto é brincar com o fogo. Entretanto vão-se despejando milhares de milhões de euros em "Indemnizações Compensatórias", por tudo o que mexe na área de empresas públicas, enquanto milhares de carros, todas as manhãs e finais de tarde, entopem os acessos às grandes cidades, com gente que chega tarde e sai cedo do trabalho. A despesa com importação de carros, combustível e sobressalentes é impiedosa para as nossas finanças. Com Indemnizações Compensatórias, também!
As maiores capitais europeias já começaram a resolver este problema, aqui nem estudos existem !!!!
A primeira viagem de comboio realizou-se no dia 28 de Outubro de 1856, no troço entre Lisboa e o Carregado. A partir dessa data, seguiu-se um longo período de expansão ferroviária em Portugal, tal como no resto do Mundo.
Cm
ELEFANTES TÊM MESMO MEDO DE FORMIGAS !!!
A observação, feita pela equipa do professor Todd Palmer, da Universidade americana da Florida, mostrou como um elefante de 5 toneladas tem medo de uma formiga de 5 miligramas. Os investigadores viram que os paquidermes se alimentam de uma grande variedade de acácias, mas não tocavam nas árvores acácia drepanolobium, onde habita uma espécie de formigas muito agressivas (crematogaster). À aproximação da tromba saltam para ela e picam, afastando-os das árvores !!
IMBRICAÇÃO DE EVENTOS
Ler alguns dos textos fabricados pelos cérebros da 5 de Outubro para os professores é um exercício tenebroso e ao mesmo tempo hilariante. A querida escritora Isabel Alçada, que adora inventar aventuras para as criancinhas, devia tentar pôr tudo na ordem e evitar estes desmandos de «eduquês»: O aluno usa gestos e diferentes recursos prosódicos para envolver a audiência na narração de um evento". Ou: " modos de concatenação de ideias ou imbricação de eventos." Ó Isabel Alçada! Safa!
PS: É preciso ter muito pouco que fazer, para se perderem nestas divagações absurdas. Com isso vão derrretendo o nosso dinheiro e a EDUACAÇÃO DOS NOSSOS FILHOS!
"para este sr e os outros na assembleia andarem a passear, sim passear, porque eles não fazem nada, há milhares de Portugueses a passar fome só digo meu Rico Salazar isto agora só lá vai com outro igual"
maria idolinda matos
Hoje, 16h31m