Domingo, 31 de Outubro de 2010
Qual seria a necessidade de um estudo sobre o Halloween se esta é uma festa americana e de alguns países europeus?
Apesar desta festividade não ser muito conhecida pela maioria das pessoas, ela vem ganhando um grande espaço na nossa cultura através de escolas primárias, escolas de inglês, TV, clubes, etc.

O QUE SÃO AS FESTAS DE HALLOWEEN ?
O Halloween acontece nas noites dos dias 31 de Outubro que são geralmente celebradas com festas a fantasia, fogueiras e com crianças fantasiadas de monstros, fantasmas, bruxas, etc., saindo de casa em casa pedindo doces, ou outras coisas engraçadas.
Hoje, Halloween é um dia importante para os lojistas americanos. É uma noite em que "as pessoas decentes se tornam exibicionistas ultrajantes". Sessenta por cento de todas as fantasias são vendidas a adultos.
No dia 31 de outubro, uma de cada quatro pessoas com idades que variam de dezoito a quarenta anos vestem algum tipo de fantasia representando certo personagem.
Para os leitores psíquicos, clarividentes e os que se declaram visionários, este é o dia mais agitado do ano. As editoras que publicam livros que vão desde astrologia até bruxaria registam um aumento colossal nas vendas. Salém, no Estado de Massachusetts, sede da bruxaria norte-americana, celebra na época do Halloween, o "festival da assombração", para expandir a temporada de verão.
CABEÇAS DE ABÓBORA (“JACK-O-LANTERNS”)
A lanterna feita com uma abóbora recortada em forma de "careta", veio da lenda de um homem notório chamado Jack, a quem foi negada a entrada no céu, pela sua maldade, e no inferno, por pregar partidas no diabo. Condenado a deambular pela terra como espirito até ao dia do juízo final, Jack colocou uma brasa brilhante num grande nabo oco, para iluminar-lhe o caminho através da noite. Este talismã (que virou abóbora) simbolizava uma alma condenada.


António Ferra desvenda as dúvidas sobre a autoria da célebre fotografia que ainda hoje perdura como ícone do 25 de Abril, a do menino, da g3 e do cravo. Começa assim: « chamava-se Sérgio Guimarães e morreu relativamenmte novo, em 1986. Era fotógrafo, sobretudo de publicidade, mas também fez outras fotografias com outros destinos, nomeadamete para certos livros que editou – As Paredes da Revolução, Diário de uma Revolução, O 25 de Abril visto pelas crianças…» Ler o resto da história em http://funcionamento.blogspot.com/2009/04/o-autor-da-fotografia-do-menino-com-o.html.
Sábado, 8 de Novembro de 2008
O Menino do Cravo
“25 de Abril, sempre.”
Há 34 anos foi o menino de caracóis loiros, cuja figura reguila se esticava para colocar o cravo numa espingarda de Abril. A fotografia tornou-se o símbolo da revolução, mas o miúdo de roupa esfarrapada, descalço, fotografado por Sérgio Guimarães saiu de Portugal mal atingiu a maioridade. Foi estudar em Londres e apaixonou-se por uma inglesa. Trabalha lá e espera o primeiro filho, que nasce no início de Maio.
- Diogo Bandeira Freire, o menino da revolução, tem 37 anos, vive numa casa de tijolos vermelhos com um jardim, na margem Sul do Tamisa. Vive a vida à inglesa: deixa o Audi A3 estacionado à porta, para não ter de pagar cinco libras de portagem para entrar no centro da cidade e vai de transportes públicos para o emprego. Leva numa lancheira o que comerá ao almoço. E trabalha como ‘financial controler’ sete horas e meia por dia numa empresa de tecnologia.
- Nunca pensei nisso, mas se o 25 de Abril representa democracia, liberdade e a consciencialização das pessoas sobre deveres, como o de votarem, a frase é válida.
Mas já tinha ouvido falar do 25 de Abril ?
Já, mas nunca tinha pensado sobre ela. Há milhentas maneiras de interpretá-la: se significa nacionalizar todas as indústrias, tirar os bens às pessoas: não muito obrigado. O 25 de Abril, de certa forma, também tem duas faces.
O Menino que com três anos aparece num poster que correu mundo, a pôr-se em bicos de pés para meter um cravo no cano de uma espingarda, trinta e sete anos depois, definiu bem o 25 de Abril, mas poderia ter dito muito mais....
Entrevista de Fernanda Cachão – CM
Muito para além da anarquia vivida e das injustiças cometidas, o 25 de Abril levou todo um povo, que tanto já havia sofrido, a acreditar que um país, uma família ou simplesmente uma pessoa, podiam receber um vencimento sem trabalhar duro. O nosso país, também, tem ainda duas faces , a do trabalhador da iniciativa privada, coberto de esforço e de impostos para manter uma função pública esbanjadora, engordada pela revolução e pelas promessas do socialismo. Sem trabalho certo. Condenado à precariedade!
A outra face, dos trabalhadores da função pública que, sem culpa, se deixaram adormecer toda a vida, no sabor doce de uma vida fácil, impregnada de direitos . Mais, ainda, um emprego para toda a vida !
Nenhum capitão explicou ao povo, que cada trabalhador ganhará o pão com o suor do seu rosto. Foram anos de andar para trás !
E para que isso aconteça, há que criar condições de haver emprego para todos, logo o investimento é fundamental e indispensável, e é também preciso haver confiança dos investidores.
A própria China, anos a fio defensora do socialismo puro e duro, se quis fugir à fome, teve que embarcar no celebre “slogan”: «um país dois sistemas», mantendo o socialismo para forçar a aceitação da austeridade, então, ainda necessária, e o capitalismo para conseguir o desenvolvimento e mudar a situação.
Neste momento os chineses produzem muito e de tudo, espalham-se por todo o mundo trabalhando, em jornadas diárias sem limite de horas, à procura da riqueza que lhes permita um nível de vida confortável.Vão consegui-lo .
Nenhum capitão explicou ao povo que sem estabilidade e autoridade, não há emprego nem riqueza produzida para depois distribuir com justiça.
Nenhum capitão explicou ao povo que o mundo e os países são feitos de continuidade na evolução, sem rupturas que, as mais das vezes, provocam destruição e atrasos de longos anos, suportados pelas classes mais desfavorecidas. A nossa vizinha Espanha optou pela nomeação de um rei em desfavor de um Presidente da República, tão caro ao politicamente alienado povo português. Não optou pelo comunismo ou socialismo e foi moderada. O resultado está bem de ver, com a Espanha a dar ao seu povo um nível de vida cifrado quase no dobro do nosso.
E, ainda ajudam , com milhares de empregos, os trabalhadores portugueses !
Tanto se poderia dizer sobre isto, mas por agora importa lembrar que Portugal, cheio de reservas em ouro no Abril de 74, chegou aos anos oitenta na cauda da União Europeia ! O consumismo desenfreado, sem sustentação, atirou-nos, neste novo século, para os piores indicadores da UE ! A Divida Externa é clamorosa ! Chegou a hora da mudança ! Olhos postos na Islândia !
António Reis
Depois de um assombroso crescimento económico e tecnológico nos últimos oitenta anos, metade da população mundial atingiu um bem estar económico inimaginável.
Enquanto isso, a outra metade da população mundial, permanece no limiar da total pobreza ! Milhões de famílias com rendimentos mensais rondando os dois dólares, passam fome, frio, miséria ! O comum para nós, eles nunca viram ou tiveram, como uma simples chamada telefónica, ou terem visto um telemóvel. Incrível mas é verdade !
Daqui, ao que se supõe, a preocupação em se avançar com uma globalização, que ninguém sabe se trará maior igualdade á população mundial face ao bem estar Europeu ou Norte Americano, ou se atirará todo o mundo para o famoso limiar da pobreza.
Mesmo assim vale a pena tentar, seria indigno não o fazer !
Contudo, os problemas do HOMEM serão somente de natureza económica ?
Vejamos se assim é .
O nosso Alentejo é a região do nosso País na qual se matam mais idosos :
Uma corda ao pescoço que se prende ao ramo mais forte daquela árvore, escolhida muito tempo antes do acto definitivo, ou, por uma questão de pudor e de maior recolhimento, à trave mestra do celeiro em ruínas. Uma pedra como apoio, às vezes um banco para o qual se vai subir e de onde se dará o passo decisivo e último, pensado há muito, iniciado agora mesmo. Por dentro e por fora, apenas o silêncio e a solidão. A alma já estava morta de tristeza e de secura, tanta mágoa sofrida, tanta desesperança, tanto abandono, tanto vazio e desamparo. Mas tudo isso já passou e já não conta quando o corpo resolve enfim subir ao banco e atirar-se daquela altura, trinta centímetros, não mais. Um esticão forte, estremece a árvore, um gemido seco e breve, os olhos arregalados, cede que não cede o velho barrote apodrecido e o corpo fica a baloiçar uns momentos, antes de se imobilizar para sempre. Nem uma carta de despedida ou explicação. Porque em vida não houve tempo de ir à escola, porque a despedida não vale a pena e a explicação, a existir, não cabe numa carta....... !
Quem se importa com toda esta gente boa que morre, por um lado a pensar no céu e por outro em tanta mágoa sofrida em silêncio ?
Será assim só no Alentejo? Será em todo o nosso País também ? E no resto do mundo ?
A maior miséria é de facto o abandono ! Mas também é GLOBAL !
Será que os velhos não prestam por não terem capacidade política de revolta ?
Ninguém lhes dá importância, os próprios filhos se esquecem deles !
Um horror e os dias passam sem que apareçam homens de boa vontade !
Quando as forças não chegam para subir as escadas dos seus prédios sem elevador ( há prédios cheios de velhos do 1º ao último andar), nem conseguem ir à mercearia da esquina buscar as batatas para matar a fome ! Ou um vizinho faz a boa acção do dia, ou a noite chega sem nada no estômago.
É um cenário deprimente que nos interpela a todos como cidadãos deste País e deste MUNDO.
É disto que nos fala a Mensagem de Sua Santidade João Paulo II. Está a falar-nos do óbvio, mas os nossos ouvidos estão surdos.
O actual 1º. Ministro fez como promessa eleitoral, um pequeno aumento financeiro para os mais desprotegidos. Será disto que fala a Mensagem ? Não certamente !
Ela fala-nos de uma grande mudança na mentalidade de todos nós. O carinho, a companhia, o amparo e uma palavra amiga valem muito mais que alguma fome no estômago.
De facto como chegarão ao Céu milhões destes idosos, depois de tanto abandono, muitas vezes da própria família ?
A sociedade portuguesa desumanizou-se bastante neste largo período de crescimento e bem estar económico. Em muitos aspectos, nos tempos da “sardinha para três”, parece ter havido muito mais solidariedade !
O problema ultrapassa, em muito, a questão meramente económica !
Virar o mundo é fundamental, mas isso ainda não se ensina nas UNIVERSIDADES !
António Reis Luz
Até parece que se vai escrever sobre o Portugal dos Pequeninos, mas não. Trata-se realmente de desabafar e escrever sobre um outro país muito parecido, chamado de “ Babilónia “ e dos seus políticos.
Neste país a classe política está totalmente desacreditada pela falta de “ Sentido de Estado”, ou tão somente pela falta de “ Serviço Público” que esperávamos ter e nunca apareceu, até hoje, naquilo a que querem chamar de democracia. A idade média desta classe política já é o que menos importa ! Tem havido de tudo. Novos e idosos, mas a falta de sensibilidade e transparência é igual em todos !
Particularmente, nesta “ Babilónia “, vão imperando, nos últimos tempos, os “ políticos pequeninos”, gente com muita falta de saber e de uma visão globalmente socio-económica. A estrada da vida que já percorreram, por serem pequeninos, não lhes deu a possibilidade de falarem ou pensarem sobre os mais velhos, ou seja, daqueles que já dobraram os cinquenta anos de idade. Não lhes é possível imaginar o que sente um homem de cabelos brancos, sem lá chegarem. Não têm sensibilidade para tal. Aquele cidadão, reformado, que ainda pensa e sente como seu, tudo aquilo que é de todos e para todos é, para eles um ser extraterrestre ! Os políticos pequeninos desta Babilónia agem e decretam, sentindo no seu íntimo a velha máxima; “ Não é meu que se lixe.”
É aqui que começa a sua prática demagógica, aquela que um ser pequenino mais rapidamente utiliza. Não é verdade que com ela muitas vezes tentaram ludibriar os seus próprios pais? Pois, são estes políticos pequeninos, novos ou velhos, que puseram a “Babilónia” a funcionar como está ! Ou seja, nela nada funciona. Não funciona a justiça, educação, ambiente, segurança, saúde etc., ou melhor funcionam, mas exactamente ao contrário daquilo que deviam.
Temos e vivemos, assim, numa Babilónia”, vergada ao peso do deixa andar, da incompetência, do oportunismo, da falência eminente, da corrupção e da prevalência dos interesses particulares, muitas vezes ilegítimos, em detrimento do interesse geral do país. É neste grave momento que a Babilónia atravessa, que os tais políticos pequeninos sem coragem para tomar as salvadoras medidas de fundo, de há tanto diagnosticadas, embarcam com total descaramento pela via da demagogia.
Lembram muito os cozinheiros de alguns restaurantes que para disfarçaram o travo amargo da carne retardada, carregam sem conta na mostarda.
Na nossa Babilónia há uma profunda crise de Estado, a identidade da nação está perdida e ao invés de haver coragem de pôr em prática as medidas estruturantes adequadas à gravidade, tratam-se os reformados como se fossem, na generalidade, uns autênticos privilegiados e oportunistas!
Quem recebe uma reforma da Segurança Social, pagou-a durante longos anos de trabalho. A sua entidade empregadora também cumpriu a sua obrigação social. Quase de certeza que deste dinheiro descontado, muitos dos políticos pequeninos desta Babilónia auferem, antes do tempo ou da razoabilidade, autênticas mordomias e reformas de nababos ! Estas sim, são de corrigir. Como podem abordar de forma tão demagógica e generalizada, um problema tão sério? Esquecem-se que milhares de trabalhadores foram corridos dos seus locais de trabalho nos últimos anos deixando para trás sonhos e regalias que estavam ainda nos seus horizontes? Com cinquenta e poucos anos sentados no banco do jardim ! Tudo isto em nome dos desvarios dos tais políticos pequeninos que arrastaram o país numa revolução completamente desactualizada e aberrante !
Também para arranjar empregos aos milhares de alunos das universidades privadas, cujas receitas encheram os bolsos aos ditos políticos pequeninos da nossa Babilónia. É crime os reformados trabalharem ? Melhor seria enterrá-los enquanto antes ! E vivos, para não darem mais despesa ao país!
António Reis Luz
O Estado em que o País se encontra !
(Publicado em 2005)
Há quatro anos, António Guterres perdeu as autárquicas e disse que não tinha condições para continuar a governar, pois a situação era de "pântano político". Abandonou.
Hoje o nosso primeiro-ministro, Sócrates, anda a barafustar e gritar no parlamento e nas televisões, esquecendo -se que ele é um dos muitos culpados que meteram o país no pântano. Depois, com o barco a meter água, todos somos um pouco culpados. Curiosamente apareceu no Expresso de 6 de Maio 2005, um artigo de opinião de um novo Viriato, que lá das faldas da Serra da Estrela, ensinava ao actual governo como tão facilmente se podia debelar o crónico défice das finanças públicas. Ele, imagine-se, a primeira medida que tomava era retirar o 13.º e 14.º mês aos reformados.
O que mais espanta é que passada uma semana, apareça o Secretário de Estado do Orçamento em público a chamar a atenção para a possibilidade de os pensionistas deixarem de receber o subsídio de férias para ajudar a equilibrar o Orçamento do Estado, que eles desequilibraram!
Nem o celebre pastor do grande clássico da publicidade portuguesa, com o “Tou Chim”, conseguiria uma mensagem com melhor recepção ! No mesmo dia o DN trazia o desmentido dessa possibilidade, mas não do que disse o secretário de Estado. Estes cargos de Secretários de Estado são normalmente ocupados por gente jovem que já saiu das faculdades nos tempos em que mal dominam a tabuada ou a história de Portugal, tão pouco o teorema de Pitágoras. Para eles tudo é “Bué de Fish”. Gastaram o seu tempo assimilando as concepções filosóficas de Platão, nomeadamente à procura do “ homem novo”. Os velhos são trapos. Começa exactamente aqui a falta de respeito por quem passou uma vida dura de trabalho granjeando a sua reforma e a de muitos políticos, que nada deram ao país. Para eles, os velhos já estão a mais, mesmo que sejam os seus pais, e por isso muitos no natal vão deixá-los à porta do hospital !
Os tais "homens de esquerda" que conseguiram convencer o povo mais simples de que ninguém como eles tem tanta sensibilidade social, quando no poder, foram dando tudo o que não era deles. Menos aos idosos ! A eles tiram, são para morrer !
Agora, que já não há mais nada para dar, até os direitos de gente em fim de vida, honesta e de trabalhadora, querem roubar!
Convido o Sr. Secretário de Estado a publicar, de modo a que todos os portugueses possam saber, quantos milhares de trabalhadores foram compulsivamente colocados na reforma com menos de 65 anos, alguns até com menos de 50 !
O Sr. Secretário de Estado sabe para quê ? Para diminuir o desemprego que os políticos foram fomentado destruindo a nossa economia. Para baixar os custos das empresas privatizadas. Para conseguir competitividade na economia. Para colocar licenciados saídos das Universidades onde muitos enchem os bolsos e outros têm o enésimo emprego. Para que os filhos daqueles que servem os “grupos” que arrasam o país, fiquem com os seus empregos.
A geração que o Sr. Secretário está a atacar, nascida nos anos 30/40 e 50 do último século é uma geração que deu tudo a este país, que enfrentou um nunca antes havido desenvolvimento tecnológico, sem preparação para tal. Mas conseguiu vencer e Portugal também!
Enfrentaram a imigração, as guerras, a censura, os baixos salários e mesmo assim, queriam continuar a trabalhar. Não queriam ficar de "barriga ao sol" perdendo os últimos sonhos profissionais. Foram, obrigatoriamente, atirados para reformas antecipadas
Esta “geração de ouro” sabe que parar é morrer e preferia não ter sido aviltada nos seus direitos e continuar a trabalhar até à idade legal de reforma. Ou mesmo até poderem .
Seria bom o Sr. Secretário de Estado não esquecer que numa sociedade evoluída que pretendemos ser , os políticos serão certamente avaliados pela forma como tratarem os mais vulneráveis, os idosos, os excluídos e as crianças. Ao longo do último século, a esperança média de vida aumentou em mais de 30 anos! Neste período de longevidade aparecem várias doenças crónicas, a perda de autonomia, a dependência total, o sofrimento físico e psicológico ! Este sofrimento decorre de perdas contínuas e de grande dimensão moral e funcional. O idoso torna-se num ser sem auto-estima pela perda da sua imagem, do seu bem-estar social e económico e pela perda da sua capacidade reivindicativa.
Aqueles que esquecem que envelhecer é um processo que se inicia quando nascemos, não poderão esquecer que recai sobre os que trabalham a responsabilidade de resolver o problema do défice das finanças públicas e não às crianças, idosos ou vindouros. Por exemplo, os membros do governo podiam prescindir dos seus 13.º e 14.º meses para este efeito, e dariam com isso uma bonita imagem de solidariedade social. Infelizmente aquilo a que assistimos é ver esses responsáveis, de alma e cara lavada, a serem entronizados em altos cargos a nível nacional e internacional. Com mordomias aviltantes! Quanto ao mérito político-profissional é melhor esquecer!
Quando é noticiado que entre 100 a 150 mil portugueses estão, neste momento, a emigrar para o estrangeiro em busca de trabalho, juntando-se ao menino que simbolizou o 25 de Abril , metendo um cravo na espingarda, valha-nos ao menos, que se tivermos que fugir todos, também os idosos, teremos alguém conhecido lá fora como Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados. Aí será o pântano para todos, até para os incompetentes!
António Reis Luz
Hoje é o "DIA MUNDIAL DA POUPANÇA" um conceito estranho e praticamente impossível de concretizar para a maioria dos portugueses, que já fazem um esforço gigantesco para esticar o magro rendimento até ao fim do mês.
Por:Armando Esteves Pereira, Director-Adjunto
Contudo, a poupança é necessária para a economia e um acto de bom senso para quem tem rendimento que lhe permita colocar algumas reservas de parte. Uma das razões por que Portugal se transformou numa espécie de protectorado dependente dos mercados financeiros é o facto de não ter poupança suficiente e, até para o endividamento público, precisar da torneira aberta dos mercados internacionais. Mas a queda da poupança tem várias justificações e Teixeira dos Santos também contribuiu para desincentivar o aforro dos cidadãos.
O maior erro do ministro no ataque à poupança foi a desvalorização dos certificados de aforro, a aplicação mais popular. Numa altura em que os juros não compensavam, o Governo ainda piorou a situação.
Essa mudança de regras tirou confiança aos aforradores. Talvez por isso, os novos certificados de tesouro, que oferecem juros interessantes a quem mantém a aplicação por 5 anos.
Em Espanha, assiste-se a uma guerra para a captação de depósitos. Por cá, já se nota uma subida de juros para captar poupança, mas longe das taxas do lado de lá da fronteira.
Uma das bandeiras do PSD, desde a liderança de Manuela Ferreira Leite, foi conquistada com o acordo para o OE. O Governo aceita "reanalisar as parcerias público-privadas (PPP) e as grandes obras, sem excepção ". Fica assim adiado o TGV e outras grandes obras até que o contexto económico seja mais favorável. Será criado um grupo de trabalho para proceder a esta análise custo/benefício. Os encargos do Estado com as PPP ascenderia, em 2011, a 841 milhões de euros.
CM
OS AMANTES DO ESTADO SOCIAL SÃO ASSIM !
A VENDA DE UMA CASA pode fazer perder o abono de família ao casal Silva, residente em Nelas, distrito de Viseu. "Vendi a minha casa por 100 mil euros e depositei o dinheiro no banco até comprar outra. Como tenho que apresentar os dados dos depósitos bancários, "vou perder os 157 euros de abono, queixa-se Luís Silva, 50 anos, actualmente no desemprego. A mulher, Sónia, trabalha como cabeleireira e recebe 500 euros mensais. Têm dois filhos, de três e sete anos. Com os cortes orçamentais anunciados pelo Governo, temem pelo futuro. Descontamos uma vida inteira, pagamos os impostos, mas quando mais precisamos de ajuda não a temos", lamenta Luís Silva.
F.P. - CM
O drama foi tanto que o alívio sentido por ver viabilizado o Orçamento de Estado (OE) até parece inaugurar um tempo em que os amanhãs vão cantar. Como se sabe, não vai ser assim.
Por:Eduardo Dâmaso, Director-Adjunto
O acordo entre o Governo e o PSD traz fumo branco e negro. Fumo branco porque, na verdade, é preferível ter um OE do que não ter. É preferível ter um documento orientador para todos, particularmente para as empresas, do que não ter. E, sobretudo, é preferível poder utilizá-lo para levar alguma acalmia aos mercados financeiros do que manter esta situação de morte cada vez menos lenta.
Para a navegação à vista, ter o Orçamento é sempre melhor do que não ter. Mas o fumo negro também está lá, e esse forma uma nuvem teimosa sobre o País que há muito não nos larga. Com este OE, pagamos a factura de um outro, de 2009, vergonhosamente eleitoralista, que ignorou todos os dados objectivos da crise internacional e da nossa própria.
Foi totalmente subordinado ao desígnio da conquista de poder a qualquer custo. Com este OE, agrava-se o desemprego, e as famílias ficam mais pobres. É um documento que não leva esperança a ninguém e imputa uma espécie de responsabilidade colectiva no ataque à crise. Como se fosse possível esconder ou ignorar as responsabilidades objectivas de quem governa há cinco anos.
Derretimento de gelo "prende" morsas em praia do Ártico
Cientistas estão preocupados com as milhares de morsas que se alojaram nas praias do noroeste do Alasca
03 Janeiro 2009 - 00h30
Investigação: Fontes hidrotermais profundas
Hidrotermalismo de baixa profundidade
é explorado no monte submarino D. João de Castro (Açores)
Mar dos Açores: o segredo da origem da vida
Não dispomos de uma máquina do tempo que nos permita saber tudo sobre a origem da vida. Para animais e plantas, sobretudo para as que têm partes duras, temos o registo fóssil, mas para os primeiros microrganismos, seres unicelulares, não é tão simples obter pistas.
Pouco nos dizem como seria o ancestral comum a todos os seres vivos, que se crê ser um organismo amante do calor como as arqueas hipertermófilas (microrganismos unicelulares que, à semelhança das bactérias, não têm núcleo), que vivem nas fontes hidrotermais submarinas. Os cientistas acreditam que pelo estudo da vida nestas estruturas, que se encontram nas hidrotermais açorianas, se possa explicar a origem e evolução da vida na Terra.
As fontes hidrotermais localizam-se nas zonas de rifte, fossas tectónicas com centenas ou milhares de quilómetros de extensão na forma de um vale alongado com fundo plano. São o resultado dos movimentos combinados de falhas geológicas paralelas ou quase paralelas na planície oceânica, onde se regista um vulcanismo activo.
Actualmente, são conhecidas nos Açores cinco fontes hidrotermais (‘Lucky Strike’, descoberta em 1992, ‘Menez Gwen’, em 1994, ‘Rainbow’, em 1997, ‘Saldanha’, em 1998 e ‘Ewan’, em 2006), todas elas localizadas a sul do arquipélago açoriano, e a serem alvo de estudos científicos.
segunda-feira, 26 de janeiro de 2009
Escrevi estas linhas agora á noite....Não é poesia, são sim versos livres.Antes eu achava que o amor fosse uma plantinha. Que você regava,regava e crescia...Mas eu estava equivocada.O amor é uma árvore. Tem raízes fortes, é grandioso, demora pra crescer mas quando cresce,se for verdadeiro,dura, dura e dura.Você aproveita e se refresca na sua sombra,come e se DELICIA com os seus frutos...Pode construir até uma casa nessa árvore,planeada primeiramente nos seus sonhos.Comparar o amor a uma plantinha, que apesar de graciosa vive num pequeno pote no quintal, e que não dá fruto nenhum, não é justo para com a grandeza do amor.Mas como vivemos num mundo onde quase ninguém dá valor ás causas ambientais, e também ao amor, o mesmo está sofrendo um desmatamento terrível.A cada atitude impensada, a cada palavra que foi proferida e magoa o outro lado, a cada ano em que homens e mulheres vão ficando mais desconfiados, generalizadores, egoístas, traumatizados e etc, cerca do equivalente a 12 beijos de amor se perdem, 4 passeios agradáveis sáo destruídos pelas queimadas. As causas mais comuns desse desmatamento são, claro, o calor das discussões que poderiam ser evitadas, a falta de compromisso,o medo da solidão que faz com que se esteja junto de alguém só por estar.
O Carvalho
Árvores muito importantes
Por SAPO Kids, 15 de Setembro de 2010
Sabes como se chama o carvalho português?
Chama-se Carvalho-cerquinho (Quercus faginea). A sua altura média é de 20 metros e é muito ramificada.
Esta árvore encontra-se em bosques e, muitas vezes, vive com outras espécies de árvores, como o sobreiro e a azinheira.
As folhas do carvalho não caem quando ficam secas. Elas têm uma queda tardia e, por vezes, chega a Primavera e elas ainda estão presas nas árvores. Por isso, diz-se que o carvalho é uma árvore de folha marcescente.
Sabes qual é o fruto do carvalho?
O fruto do carvalho é a bolota. As bolotas são o alimento de porcos, de esquilos e de outros animais.
Quando caem no solo, algumas bolotas são comidas pelos animais e as restantes vão germinar novas árvores. É assim que nasce uma floresta.
A madeira do carvalho é cara e de grande qualidade. Ela é utilizada no fabrico de móveis, no fabrico de vasilhames para o vinho e também para nos aquecer nos dias frios de Inverno.
Estas árvores são muito importantes. Sabes porquê?
O carvalho é uma árvore que consegue viver em solos calcários e degradados, ao contrário de outras espécies de árvores.
O carvalho é uma árvore resistente aos fogos. Isto quer dizer que um fogo demora mais tempo a queimar um carvalho do que, por exemplo, um eucalipto. Logo, o fogo não se propaga de uma forma tão rápida.
Curiosidade: Sabias que os Lusitanos comiam bolotas? É verdade! Os cereais eram escassos no Inverno, por isso os Lusitanos colhiam as bolotas no Outono e transformavam-nas em farinha. Assim, tinham pão durante todo o Inverno.
Na região do Alentejo a bolota ainda é confeccionada em algumas receitas, como sopa de bolotas, doce de bolotas, entre outras.
Conteúdo desenvolvido por:
Natureza Brincalhona - Educação Ambiental, Lda.
www.natureza-brincalhona.pt
A Azinheira - causas da degradação do montado de azinho

O montado de azinho sofreu uma regressão acentuada em Portugal durante o século XX, na sequência de uma conjuntura desfavorável de diversos factores. São discutidas a causas dessa degradação e apontam-se medidas práticas de gestão dos montados.
A Azinheira é uma espécie arbórea associada a condições de secura, cujos povoamentos deveriam ser ainda belos e exuberantes no início do século XX. No entanto a espécie começou a regredir sensivelmente a partir da década de 70, particularmente nas regiões do interior onde a sua implantação era mais significativa. No alicerce desta condição estiveram o abandono da criação de porcos, que usavam o azinhal como área de pasto, mas outro factor que contribui para esta decadência foi a descida de preços da lenha e do carvão, que levaram ao abandono da sua exploração favorecendo outras formas de exploração do solo, muitas vezes decidindo pelo seu corte raso para plantação em substituição de árvores de crescimento rápido. As pragas e doenças chegaram e deste modo acelerando o processo, e o resultado é hoje a situação de pré-deserto que as zonas suportam (Janeiro e Basto, 2001).
A destruição do montado de azinho é algo preocupante e que se agrava com o decorrer dos anos. Para o estado de miséria da azinheira em Portugal tem contribuído grandemente a permanência no montado, durante anos e anos, das árvores mortas; o conhecimento precário, para não dizer o desconhecimento, da dinâmica das populações dos insectos e dos fungos parasitas da azinheira; a retirada do porco do montado; o uso indiscriminado dos pesticidas (DDT) durante muitos anos como meio de luta contra os insectos desfolhadores; o uso de ferramentas não desinfectadas durante as podas permitindo a difusão das doenças (Ferreira et al., 1990), etc..

Segundo o Professor Natividade, a agricultura intensiva com lavouras usando charruas pesadas terá acelerado o processo de degradação dos montados de azinho.
Origem etimológica do nome da freguesia.
O topónimo desta freguesia, sob o ponto de vista histórico, assume significado importante, pois revela vestígios da presença por estas bandas dos monges Cister, também conhecidos por Bernardos, nome que herdaram do fundador da Ordem que, foi S. Bernardo.
“A Ordem de Cister, baseada na doutrina de São Bento, foi fundada num sítio ermo conhecido por “deserto de Cister”, perto da cidade de Dijon, em França.
Quando São Bernardo tomou o hábito de monge de Cister, juntamente com 30 companheiros por volta do ano de 1100, essa ordem de frades, iniciou um grande desenvolvimento e expansão por toda a Europa, incluindo Portugal, onde se construíram dezenas de mosteiros, sendo o mosteiro de Alcobaça o de maior nomeada. Daí resultou que os religiosos da ordem da Cister passaram a ser conhecidos também por religiosos da ordem de São Bernardo, ou mesmo por Bernardos.
Entre os mosteiros que existiram em Portugal, pertencentes à ordem de Cister, encontra-se o mosteiro dos Tomareis, relacionado com a lenda do fidalgo Gonçalo Hermingues, no tempo do primeiro rei de Portugal, D. Afonso Henriques.
Muitas são as dúvidas sobre a localização deste mosteiro, visto não terem chegado até nós vestígios das suas ruínas e os escassos documentos a ele referentes, pouco ou nada informarem sobre a sua localização geográfica.
No entanto sabe-se que a fundação deste mosteiro ocorreu no tempo de D. Afonso Henriques, constando que foi o próprio fidalgo da corte, Gonçalo Hermingues (depois de professar no mosteiro de Alcobaça, após a morte da moura Ouriana, com quem havia casado) que juntamente com alguns frades fundou este pequeno mosteiro no termo de Ourém, onde Gonçalo possuía vastas terras herdadas de seu pai e também doadas pelo rei de Portugal em paga dos altos serviços prestados por este fidalgo nas conquista cristãs aos mouros, em plena fase de expansão do reino de Portugal.
Sabe-se que esta congregação religiosa concentrava a maior parte da sua actividade em torno da agricultura e da silvicultura. Dedicando-se com mestria à agricultura e à floresta não é de estranhar se sentissem seduzidos pelos recursos naturais desta região
Numa conferencia realizada há alguns anos (20JUN94), o Dr. Pedro Barbosa referiu que uma das herdades pertencente ao mosteiro de Tomareis se situava a leste de Urqueira, limitando com um lugar chamado Carvalhal e muito possivelmente coincidindo com a actual povoação de Casal dos Bernardos ”.
Revista “Ourém e o seu Concelho” 31Out99
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FUNDAÇÃO FU PARTICIPA EM A ALMA E A GENTE DA RTP2
“Floresta, Pulmão do Mundo” foi o título do programa apresentado pelo Sr. Professor José Hermano Saraiva. No programa de 12 de Junho, foi possível em a “Alma e a Gente”, todos os telespectadores puderem ver um programa dedicado ao nosso património florestal e ás memorias da nossa floresta.
Para a Fundação Floresta Unida foi uma honra ter colaborado com a Videofono, a RTP2 e toda a equipa dirigida pelo Sr. Professor que desenvolveu e produzir este programa.
Se ainda não viu este programa por favor clique AQUI e tenha 30 minutos deliciosamente apaixonantes.
O Amanhã Será Sempre Verde é um programa de desenvolvimento florestal sustentável que dinamiza acções de âmbito nacional e internacional.
Este programa não só planta árvores com 30 anos de protecção como também constrói desde cedo ferramentas para suprimir necessidades diversas e necessárias para a sustentabilidade do património florestal.
Objectivos principais:
- Plantar 400 Milhões de árvores com 30 anos de protecção em áreas públicas ou comunitárias.
- Promover a protecção de povoamentos jovens e adultos já instalados num total de 150 Milhões de árvores.
- Promover o combate a espécies exóticas e invasoras.
- Sensibilizar 5 Milhões de pessoas até 2030.
- Promover a investigação e construção de ferramentas de combate a incêndios que não utilizem água.
- Promover a protecção dos recursos florestais e restantes ecossistemas envolventes.
- Dinamizar e apoiar a formação profissional florestal e o desenvolvimento económico do sector florestal.
- Desenvolver conceitos de protecção ambiental sustentável no mundo empresarial, inovando e fazendo com que cada empresa marque a diferença no mundo.
PS: ESTA É A FORÇA DA SOCIEDADE CIVIL; ONDE PÁRA O MINISTÉRIO DA AGRICULTURA?
Sábado, 30 de Outubro de 2010
Marktest, 19-24 Out., N=807, Tel.
Após redistribuição proporcional de indecisos:PSD: 42%PS: 25%BE: 10%CDU: 8,3%CDS-PP: 8%Fonte aqui. Comparar com sondagem anterior: PSD sobe quatro pontos, PS desce quase 11, vantagem de PSD sobre PS passa de pouco mais de 2 pontos para 17.Sobre isto, acho que vale a pena fazer um comentário. É certo que Portugal é um país onde há muita volatilidade de eleição para eleição, onde o voto se encontra pouco ancorado socialmente, e ondemuitos eleitores declaram não se sentirem próximos de qualquer partido e respondem "5" ("centro") quando convidados a posicionarem-se ideologicamente numa escala de 0 (esquerda) a 10 (direita). Logo, flutuações importantes de sondagem para sondagem não são coisa que nos deva espantar demasiado, porque o voto se encontra comparativamente pouco ancorado em factores sociais, psicológicos ou ideológicos que que lhe dêem estabilidade. Dito isto, a diferença entre esta sondagem e a anterior é muito grande. Uma ideia, nada original, seria fazer nessas sondagens algumas perguntas que nos permitissem algum controlo sobre a "representatividade política" da amostra.Em tempos, a Marktest (e outras empresas) perguntavam aos inquiridos como tinham votado na eleição anterior e usavam esses resultados para ponderar as intenções de voto. Por exemplo, se na amostra a percentagem daqueles que dizem ter votado em 2009, digamos, na CDU, fossem metade daqueles que realmente votaram, o resultado ponderado duplicaria as intenções de voto nesse partido para a sondagem em concreto. Sempre me pareceu má ideia fazer isso, pela simples razão de que a memória da pessoas é muito selectiva. Uma alternativa preferível seria perguntar às pessoas de que partido se sentem mais próximas ou o seu posicionamento ideológico. Há inquéritos - como o European Social Survey, realizado de 2 em 2 anos - onde essas questões são colocadas a amostras de qualidade necessariamente muito superior às de uma qualquer sondagem eleitoral e onde a distribuição obtida poderia servir de "gold standard" para uma comparação. É evidente que identificação partidária ou posicionamento ideológico não são imutáveis, mas são bastante mais estáveis e fiáveis que a recordação de voto numa eleição ocorrida há meses ou anos. Conhecendo esses resultados para a sondagem eleitoral, ficaríamos com uma ideia sobre o que poderia estar por detrás de mudanças tão grandes como as detectadas nas duas últimas sondagens da Marktest, e se essas mudanças reflectem - como até é plausível que tenha sucedido - reais mudanças nas preferências das pessoas.Nada disto é novo, e encontramos este tipo de discussão com muita frequência sobre as sondagens feitas nos Estados Unidos. Um exemplo.
publicada por Pedro Magalhães às 9:39 AM
Quem ouvir os noticiários , ler os jornais e alguns livros e for ouvindo os telejornais, procurando estabelecer uma relação entre as notícias, depara certamente com acontecimentos aparentemente sem lógica, mas que se percebe não acontecerem por acaso, tal o grau de eficiência que existe na sua execução.
Ouvi com muita atenção e respeito o discurso do Senhor Presidente da República no anúncio da sua candidatura a Belém. A ninguém pode restar dúvidas de que ele é uma pessoa competente e muito honesta. Tocou a minha sensibilidade, quando o ouvi dizer que nunca seria o Presidente de qualquer "grupo" ou "facção", mas sim de todos os portugueses! Não esperava outra coisa, mas, no dia seguinte quando procurei nos jornais esta afirmação feita por ele, não a encontrei em nenhum!
É como se um conjunto de pessoas, não expostas, mas muito influentes, através de um complicado sistema de cordelinhos, conseguissem encaminhar todos os acontecimentos a seu belo prazer, supõe-se também que com vantagens próprias asseguradas. Provavelmente tudo não passará de simples coincidência, ou mesmo pura alucinação. Mas, em boa verdade e realidade, os valores são relegados e combatidos, as teorias do “relativismo” são acarinhadas e defendidas.
O mau uso e concepção da “tolerância” atiram-nos para o meio do extenso “lodaçal” em que vivemos. O mérito, a honestidade, o desempenho, a competência e a inteligência das pessoas parecem ser um estorvo à funcionalidade do “Sistema” que tudo controla.
Este, prefere o servilismo de legiões de “clones” onde abundam o oportunismo, a denúncia, e a incompetência, ou mesmo, o analfabetismo endémico. Dessa forma conseguem um total domínio estruturado, no mau sentido, da nossa Sociedade Civil ! Foi assim que se deu o aparecimento da descrença e da desmotivação colectiva, por todo o País.
A suspeita e o desencanto são o estado de espirito do povo. Qualquer pessoa mais resoluta e forte no seu carácter é sempre traída no seu idealismo pelo poder, pela corrupção e pela mentira. Foi assim, também, que as palavras mais bonitas do candidato foram pela "porta fora"!
Antonio Reis Luz
O senhor primeiro-ministro José Sócrates, rendido aos encantos de Hugo Chavez lá foi à Venezuela trocar crude por alimentos, que nós importamos. Quando penso nestas trocas, não esqueço que normalmente um fica rico e o outro pobre, mesmo vendendo muitos Magalhães! Ou seja, nem com alimentos ficamos, e o negócio dos Magalhães pode não ser lucrativo para Portugal!. É preciso não esquecer que estas trocas nos fazem perder muitas outras vantagens comerciais da parte do mundo que não nutre grande simpatia por este cavalheiro.
Repensar Portugal vai muito para além destas trocas, nomeadamente na busca de petróleo. Os combustíveis fosseis têm o prazo de validade anunciado e, até lá, poucos aguentarão a subida dos seus custos! A mudança, que se exige, vai muito para além das eólicas ! Perante a crise das matérias primas, os graves riscos do empobrecimento da classe média, os 14 aumentos sufocantes no combustível em 2008 etc., toda a estratégia de Portugal deve ser repensada, a começar pelos transportes. São eles que nos pode ajudar, em muito, a reduzir a esmagadora dívida externa que temos e nos vai sufocar a prazo.
Pensando rápido, talvez pudessemos reabrir as linhas e estações ferroviárias abandonadas e reabilitar este meio de transporte nas de cinturas das grandes cidades. Aumentar o seu nível de frequência e comodidade de todos os transportes públicos, recorrendo até ao metro de superfície. Fica caro? Mais caro fica comprar petróleo ao Sr. Hugo Chavez! E ainda temos que lhe apanhar os papéis do chão!
Por último, o objectivo seria ir diminuindo o uso do carro, que nos faz empobrecer e enriquecer quem já é rico. Estas importações maciças de carros, alguns escandalosamente caros, só enriquecem quem os produz!
A divida externa ficaria muito agradecida e o Orçamento de Estado também. Só em auto-estradas poupávamos uma "pipa" de massa e podíamos meter o senhor Hugo Chavez no seu lugar. Bem longe de nós.
António Reis Luz
O cidadão português não se compenetrou ainda dos seus direitos e, mesmo quando isso não é verdade, reage por comodismo ou simples falta de atitude, não reclamando! É assim que se comporta com as decisões dos governos, por mais absurdas que elas sejam !
Terá sido esta a razão pela qual em 2000 o governo em vigência, tornou obrigatório o uso do “ Livro de Reclamações”.
“ As exigências das sociedades modernas e a afirmação de novos valores sociais têm conduzido, um pouco por todo o mundo, ao aprofundamento da complexidade das funções do Estado e à correspondente preocupação da defesa dos direitos dos cidadãos e respeito pelas suas necessidades, face à Administração Pública. A resposta pronta não se compadece com métodos de trabalho anacrónicos e burocráticos, pouco próprios das modernas sociedades democráticas!
Na rua ouve-se muita coisa, mesmo sem querer, quando as pessoas desabafam umas com as outras. Foi dessa forma que um punhado de gente ouviu a lamentação e indignação de uma mãe que terá ido à Junta da sua terra expor um problema familiar íntimo e pedir ajuda. Teve de fazê-lo na frente de todos os funcionários. Contava ela que, para melhor ouvirem, pararam o trabalho, enquanto ela era atendida. Mesmo não falando alto, o atendimento num “open space” coloca qualquer um numa situação desagradável e, por via disso, tinha sabido que o seu lamento familiar andava na rua, de boca em boca.
Dá – se o caso de as instalações daquela Junta já ter tido boas condições de atendimento personalizado. Obtidas com onerosos recursos financeiros, para que o cidadão pudesse ser atendido dentro de uma cultura de serviço público aprofundada, orientada para os cidadãos e pautando–se pela eficácia, descrição e qualidade.
Na Junta em causa, tais objectivos foram atingidos com um funcionário em permanente atendimento, quando solicitado, num espaço reservado e acolhedor. As pessoas em espera, ficavam comodamente sentadas numa antecâmara, esperando a sua vez. Sempre que este funcionário se tivesse de ausentar, chamaria outro colega, de modo a haver, sem demora, alguém que atendesse. Este colega poderia, caso não houvesse ninguém para atender, continuar a processar o seu trabalho, dados os computadores estarem ligados em rede.
Tudo que foi feito ficou exarado num “ Regulamento Orgânico da Junta”, aprovado pelo executivo e discutido e aprovado por unanimidade na Assembleia de Freguesia.
Tal Regulamento fez levar à prática o conteúdo do decreto – Lei n.º 135/99 de 22 de Abril, que considerou, e bem, que os serviços públicos estão ao serviço do cidadão, em particular, e da sociedade civil em geral.
Duas torres quadradas, em boa madeira, foram imaginadas para proteger a privacidade e poderem servir também de arquivo, aos documentos mais necessários num atendimento célere.
Logicamente que os funcionários, para que pudessem efectivar um bom desempenho deviam, também, ter boas condições de trabalho. E tiveram. Nos mandatos seguintes, a mentalidade reinante fez “ finca pé “ nos defeitos mais drásticos dos pseudo políticos de Portugal e que se resumem na expressão: “Os tipos que perderam as eleições eram uns “ burros “ e só fizeram asneiras “. É assim, com este espírito, que o país gasta rios de dinheiro e volta sempre à estaca zero! Destruíram tudo, mesmo tudo que havia sido feito!. E continuam lá. Ninguém os tira de lá!
O atendimento voltou a um balcão despersonalizado e a um atendimento em massa! Voltou ao “open space “, com todos a pararem o seu trabalho para ouvir e darem, até, a sua opinião! Por último, com a vida privada dos cidadãos a ser trazida para a praça pública!
É muito triste haver esta matriz política em Portugal e esquecer-se que não é político quem quer. Também é cansativo fazer e desfazer milhares de coisas que estavam bem-feitas: Fazer e desfazer governos, ministérios, câmaras, Juntas, jardins, pessoas e até o próprio país! É esta gente que se vai perpetuando por todos estes sítios e, muitos outros, porque não têm alma, dignidade ou classe. É de facto uma canseira mas, até pode dar dinheiro, e dá, como dá outras vantagens em recompensas, como prémio de venderem a alma ao diabo.
Os sinais exteriores de riqueza de alguns vão ficando bem à vista ! Enquanto o país cai na bancarrota!
António Reis Luz
Precisamos, como de pão para a boca, de uma organização estatal estável, competente e muito preocupada na sua dedicação à formulação de políticas e de tecnologias para o uso e gestão sustentável das nossas Florestas, e da melhoria do bem-estar dos habitantes envolvidos neste mundo fascinante. Assolada pela calamidade dos fogos, temos visto uma das maiores riquezas nacionais – a floresta – ser dizimada, pondo em causa o equilíbrio ecológico de muitas áreas e a sustentabilidade de muitas populações que, assim, se vêem empurradas para a desertificação. A maioria dos países que têm riquezas, por exemplo petróleo ou minerais, protegem essas riquezas, nós que temos entre as maiores riquezas a floresta, o que é que fazemos? Deixamos que seja consumida pelo fogo! Entretanto, discute-se o que deveria ter sido feito e não foi, procuram-se razões e culpados, perde-se o pouco tempo que ainda temos para salvar o que resta do nosso delapidado património florestal.
Em primeiro lugar, devemos aprender com a história, pois desde o tempo da monarquia até aos anos 60, havia uma preocupação com a florestação e com a manutenção da floresta que se mantinha em equilíbrio com as populações locais. A partir dessa altura, o fogo, juntamente com a alteração dos sistemas agrícolas, encarregou-se da desflorestação e da desertificação e só, esporadicamente, temos visto algumas tentativas de se colocar ordem na desorganização que daí resultou.
O Governo prepara-se para reorganizar os serviços florestais do Estado pela quinta vez em cinco anos!
O ex-director-geral pede aos partidos que não deixem passar a integração das florestas nas direcções regionais de agricultura.
Explicando: «Neste contexto de crise, estas alterações consideradas a propósito da redução de despesas conduzem, por um período significativo, a uma forte perturbação no desempenho dos serviços», sendo absolutamente inoportuna. Acusa, ainda, o Governo de ter tomado uma decisão sem ter feito qualquer estudo prévio e sem ter medido as consequências da decisão na eficácia do serviço público.
António Reis Luz
De uma bonita e triste narrativa real colhida no jornal SOL, reparei que ela se adaptava a uma realidade pungente: «Estou aqui há muito tempo e nunca vi coisa igual. Como vamos viver assim, se os hipopótamos arrancam tudo?». O desabafo e a interrogação são de Maria Rosa, camponesa do Chitumbo citada pelo Jornal de Angola na edição de terça-feira. Na embala de Chitumbo, a poucas dezenas de quilómetros da comuna do Dumbi, município de Cassongue, província de Kwanza-Sul, os hipopótamos reproduzem-se a olhos vistos e dão cabo de tudo: milheirais, hortas, plantações de mandioca, de abóbora, de cana-de-açúcar.
Os cinco mil habitantes da região desesperam com os ataques nocturnos e o cenário desolador a cada dia que nasce. Já tentaram de tudo para evitar a acção devastadora dos animais - desde a abertura de valas à construção de vedações com troncos de árvores ao longo das margens do rio Cuvelai. Mas nada resulta, nada detém os possantes hipopótamos. «É muito remota a possibilidade de os animais abandonarem a região, pois sentem-se seguros e têm imensos produtos à disposição», lamenta o administrador comunal Joaquim dos Santos Horta, que explica a invasão de hipopótamos na embala do Chitumbo com o aumento do caudal do rio Queve, que provocou a migração dos animais para o refúgio no afluente Cuvelai.
«Matá-los é crime, mas a continuarmos assim vamos assistir a mortes por causa da fome», alerta Clemente Eduardo, líder comunitário no Dumbi. Além das colheitas perdidas, a degradação das estradas secundárias e terciárias, agravada pela passagem dos hipopótamos, agudiza ainda mais o drama da população.
A hipótese de captura e transporte daqueles bichos para longe das terras do Chitumbo é afastada à partida, pela complexidade da operação, dado o seu peso, a sua força e a sua agressividade quando ameaçados no que tomam como seu território. E eles continuam a comer tudo. E a destruir o que resta. Clemente Eduardo diz que cada hipopótamo adulto consome por dia 300 quilos de produtos diversos. Se as estimativas apontam para mais de 60 hipopótamos só na região... é fazer as contas.
Olhe D. Maria Rosa, não desanime que nós por cá, mesmo sem hipopótamos, estamos muito pior! Os nossos hipopótamos são muito mais e comem desalmadamente! Matá-los é crime, também acho, mas que já deviam estar presos há muito, não tenho dúvidas. Só que são eles a dar ordens aos guardas! Levá-los para longe era uma óptima ideia, só que ninguém os quer receber. Embora as auto-estradas e Scuts sejam boas mas muito caras.
Por cá já destruiram tudo que havia para destruir, não sobra uma cove. A fome já chegou, e se as contas públicas estão num «grande buracão», como referiu Catroga, e se «não se pode esconder esse cenário escondendo a realidade» (apesar da vasta experiência deste Governo nessa matéria), como afirmou Teixeira dos Santos, como se chegou a este ponto? E para quê, se não há alternativa à viabilização de um mau Orçamento do Estado?
Deste processo já ninguém sai bem. E o país sai inevitavelmente pior.
Maria Rosa tem razão: «Nunca se viu coisa igual. Como vamos viver assim...?». Eles comem tudo e não deixam nada ...
António Reis Luz
29 de Outubro, 2010Por Ana Paula Azevedo

O Ministério Público (MP) de Aveiro mandou abrir um inquérito ao ex-ministro das Obras Públicas, Mário Lino, por suspeitas de crimes de corrupção ou de abuso de poder. Em causa estão os factos apurados no processo Face Oculta, de favorecimento dos negócios do arguido principal, Manuel Godinho, com a Refer, uma empresa do Estado então tutelada por Mário Lino, tendo o MP mandado extrair uma certidão e abrir um inquérito autónomo.
«Importa apurar se o então ministro Mário Lino teve uma interferência no processo de reestruturação da Refer ou outro tratamento de favor, factos susceptíveis de integrar, em abstracto, os crimes de corrupção ou abuso de poder», diz o MP.
A intervenção de Mário Lino é uma das novidades do despacho de acusação neste processo, que ontem foi conhecido. O MP de Aveiro diz que, em Maio 2009, o empresário da sucata Manuel Godinho solicitou a Armando Vara (então vice-presidente do BCP, antigo governante e dirigente do PS) e a Lopes Barreira (um empresário da área socialista, com uma ligação antiga a Mário Lino) para que exercessem a sua influência junto de membros do Governo.
Godinho pretendia que as sua empresas (o grupo O2) voltassem a ser contratadas pela Refer. Segundo o MP, Godinho prometeu mesmo «dar-lhes dinheiro e contrapartidas não patrimoniais, bem como donativos para o PS». Vara e Lopes Barreira assim fizeram, constando no processo diversas escutas telefónicas como prova.
Ainda segundo o despacho do MP de Aveiro, Mário Lino aceitou o pedido de Vara e Lopes Barreira - e falou com a sua secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino, «expressando-lhe que Vara e Lopes Barreira, indivíduos que qualificou como muito importantes no PS, se achavam muito preocupados com o comportamento inflexível do presidente do Conselho de Administração da Refer, Luís Pardal, para com a O2».
Como Ana Paula Vitorino recusou demitir Luís Pardal ou dar instruções para se reatarem os negócios com Godinho, Mário Lino falou directamente com o presidente da Refer e tentou instruí-lo nesse sentido. Por pressão do ministro, Pardal acabaria por ter uma reunião com Mário Lino.
Mas o conflito manteve-se. Recorde-se que a Refer processara a O2 e Pardal dera instruções para que não fosse mais contratada, pois detectara-se que roubava materiais e sobrefacturava os carregamentos de resíduos (havia camiões que em vez de resíduos ferrosos carregavam sobretudo terra). Um dos departamentos da Refer onde isso acontecia era no Entroncamento, com a conivência de um funcionário.
Luís Pardal deu instruções internas para que fosse feita uma reestruturação do serviço, de modo a que este funcionário fosse afastado. Surpreendentemente, porém, após ter sido concluída a reestruturação, diz o MP que esse funcionário continuou no seu posto.
paula.azevedo@sol.pt
Sexta-feira, 29 de Outubro de 2010
Por José António Lima
Bastavam alguns relatórios internacionais, esta semana divulgados, para os portugueses avaliarem devidamente, sem mentiras nem ilusões, o que representaram para o país estes cinco anos e meio de governação de José Sócrates.
«A década perdida de Portugal», titulava o El País no domingo, citando o Relatório da Economia Mundial do FMI, onde Portugal surge em antepenúltimo lugar entre 180 países no que respeita ao crescimento do PIB entre 2000 e 2010. Com Sócrates como primeiro-ministro, Portugal afastou-se, ano após ano, da União Europeia. E o Relatório prevê que os próximos cinco anos serão de estagnação da economia portuguesa.
Num outro relatório, este da Transparência Internacional, com sede em Berlim, Portugal aparece em 32.º lugar no ranking da corrupção, uma classificação que o coloca como um dos piores países da Europa Ocidental.
Dias antes, o relatório anual da organização Repórteres Sem Fronteiras fazia cair Portugal para a 40.ª posição no que respeita à liberdade de expressão existente no país. Em 2007, Portugal encontrava-se no 8.º lugar, em 2008 baixou para 16.º, em 2009 para 30.º e, agora, para 40.º
EMPRESAS PÚBLICAS GASTAM MAIS DE 75% DO QUE EM 2005
DESPESAS COM PESSOAL AUMENTARAM 62% DESDE QUE SÓCRATES É PRIMEIRO-MINISTRO
O SECTOR empresarial do Estado (SEE) consome cada vez mais recursos. As despesas de funcionamento já atingem 13,3 milhões de euros e o passivo mais do que duplicou em dois anos. Desde que José Sócrates é primeiro-ministro, as despesas com pessoal aumentaram 62%. O Estado gasta anualmente 7,5 milhões de euros com salários e regalias de 46 administradores de empresas estatais, como a ANA, Refer, Carris ou CTT, sendo que os gastos com a gestão da TAP representam um terço do total desta despesa. Só o presidente da transportadora aérea, Fernando Pinto, recebeu, em 2009, 420 mil euros de salário-base. O Governo quer agora cortar nos custos, prevendo-se que as empresas do sector dos transportes sejam as mais «sacrificadas», dado que representam a maior fatia do SEE. O Governo pretende cortar também as indemnizações compensatórias em 12,9% em 2011, passando de uma despesa de 593,2 milhões de euros em 2010 para 516,5 milhões no próximo ano.
SOL 29-10-2010
EMPRESAS PÚBLICAS GASTAM MAIS DE 75% DO QUE EM 2005
DESPESAS COM PESSOAL AUMENTARAM 62% DESDE QUE SÓCRATES É PRIMEIRO-MINISTRO
O SECTOR empresarial do Estado (SEE) consome cada vez mais recursos. As despesas de funcionamento já atingem 13,3 milhões de euros e o passivo mais do que duplicou em dois anos. Desde que José Sócrates é primeiro-ministro, as despesas com pessoal aumentaram 62%. O Estado gasta anualmente 7,5 milhões de euros com salários e regalias de 46 administradores de empresas estatais, como a ANA, Refer, Carris ou CTT, sendo que os gastos com a gestão da TAP representam um terço do total desta despesa. Só o presidente da transportadora aérea, Fernando Pinto, recebeu, em 2009, 420 mil euros de salário-base. O Governo quer agora cortar nos custos, prevendo-se que as empresas do sector dos transportes sejam as mais «sacrificadas», dado que representam a maior fatia do SEE. O Governo pretende cortar também as indemnizações compensatórias em 12,9% em 2011, passando de uma despesa de 593,2 milhões de euros em 2010 para 516,5 milhões no próximo ano.
SOL 29-10-2010
Eis um retrato fiel e sucinto da degradação a que a governação de Sócrates conduziu o país. Atraso e definhamento da economia, proliferação da corrupção e do negocismo, redução da qualidade da democracia com tentativas de controlo e silenciamento da comunicação social. A que se podem juntar o descontrolo total do despesismo do Estado, o endividamento galopante do país nos mercados internacionais, um desemprego inédito e o aumento incessante de impostos a par de cortes nos salários.
Percebe-se, por tudo isto, que Sócrates não queria enfrentar as consequências próximas da sua desastrada e irresponsável governação. Que tente, uma vez mais, vitimizar-se e atirar as culpas para cima de outros. Que prefira, com frio calculismo político, a ruptura a qualquer negociação ou entendimento mínimo que o obriguem a manter-se em funções. Sem mais expedientes. E a arcar com as consequências.
jal@sol.pt
A Natureza é realmente bela e maravilhosa!

A Cascata Horsetail só aparece entre o fim do inverno e início da primavera. Ela fica no parque de Yosemite, na Califórnia. Um evento específico ocorre nesta queda d’água no fim de fevereiro, nos dias em que o céu está claro e sem nuvens. Os últimos raios de sol do dia caem de forma especial sobre a cachoeira, iluminando as suas águas com um brilho dourado, ganhando uma aparência de fogo.

ESTÃO PREPARADOS PARA O ORÇAMENTO "CASCATA DE FOGO" ?
Rui Rio culpa poder político 'fraco' por crise na República
29 de Outubro, 2010

O presidente da Câmara do Porto, Rui Rio, considerou quinta-feira à noite que temos em Portugal um regime em «crise» por culpa de um poder político «fraco e descredibilizado». Rui Rio, que falou sobre 'O estado da República', numa reunião do conselho de opinião do PSD de Coimbra, em que foi orador, disse que a actual situação orçamental é resultante da «fraca governabilidade».
«A situação orçamental a que chegámos é apenas uma consequência de problemas mais graves que, para mim, são os políticos e não propriamente os económicos que são consequência de uma série de constrangimentos políticos que o país tem atravessado nos últimos 20 anos», sublinhou Rui Rio, em declarações aos jornalistas.
Para o antigo dirigente social-democrata, quando o poder político não tem força «são mais fortes os poderes não democráticos eleitos que fazem parte da sociedade» e o interesse público é pior defendido.
«O Estado cresce porque o Governo é muito fraco perante as circunstâncias e cede perante elas», considerou Rui Rio, que entende ser preciso «prestigiar a actividade política e reforçar o poder político» como única via para «salvar» o regime.
O autarca da Invicta defende ainda uma reforma da Justiça para acabar com «o sentimento de impunidade que destrutura a sociedade e não defende valores básicos».
«Como pode uma sociedade viver quando não há confiança na justiça e respeitabilidade por aquele órgão de soberania», questionou o político social-democrata, que apontou também o dedo à comunicação social, dizendo que é preciso legislação que a responsabilize «por aquilo que escreve».
Segundo o antigo deputado, «a sociedade muda muito rapidamente e, por isso, é preciso fazer mais reformas» para «defender e salvaguardar os valores principais do sistema democrático».
Lusa / SOL
GODINHO PROMETEU FINANCIAR PS
Ministério Público de Aveiro diz no despacho de acusação do processo Face Oculta que Armando Vara e Lopes Barreira aceitaram ajudar o sucateiro a ser favorecido na Refer a troco de 25 mil euros e de donativos para o PS. ( ... )
SOL
"ESPANTA ver um ministro que tinha uma imagem de credibilidade e seriedade prestar-se ao papel de pau mandado para fazer fracassar negociações encenadas e de agitador político debutante e sem jeito, como se viu no triste espectáculo da inacreditável conferência de imprensa que deu a seguir a Eduardo Catroga. E o descontrolado défice real de 2010, bem acima dos 8%, aí está a delapidar o que ainda restava da sua anterior imagem."
José António Saraiva
O maior exemplo de desapego vem das abelhas. Após construírem a colméia, abandonam-na. E não a deixam morta, em ruínas, mas viva e repleta de alimento. Todo mel que fabricaram além do que necessitavam é deixado sem preocupação com o destino que terá. Batem asas para a próxima morada sem olhar para trás.
Na VIDA DAS ABELHAS temos uma grande lição. Em geral O homem constrói para si, pensa no valor da Propriedade, tem ambição de conseguir mais bens, sofre e briga quando na iminência de perder o que "lutou" para adquirir. ( ... )
Postado por Neusa Rocha Teles às 18:19
Fim do Acimentamento de Portugal
Posted by Clavis Prophetarum em 2010/10/29

Fernando Ulrich (mediaserver.rr.pt)
Portugal tem que fazer uma séria inflexão de rumo. Não nos próximos anos, mas já. E não há condições para que o faça com um Primeiro-ministro que já demonstrou que é capaz de prezar a sua teimosia contra toda a racionalidade, pessoal ou económica. Com efeito, acabou o “Tempo do Cimento” para Portugal. Muita da Dívida Externa portuguesa foi criada para financiar este acimentamento de Portugal, um vício que enriqueceu muitas construtoras “amigas do PS-PSD” e que encharcou o país de auto-estradas vazias e CCBs novoriquistas e além das nossas capacidades de suporte.
Mesmo que Sócrates ou outro dos seus sucessores pretendam retomar este delírio acimentador, a verdade é que esse tempo já passou e que agora, ninguém nos vai financiar mais este vício. Todos os recursos financeiros que lograrmos recolher, nas próximas décadas, terão que ser investidos no setor produtivo, agrícola, pesqueiro, de mineração ou industrial, e aqui, a Banca irá cumprir um papel crucial, sendo animadoras as palavras de Fernando Ulrich quando admite que “nos próximos 10 anos” (…) as verbas existentes devem ser canalizadas para “o essencial: tornar o País mais competitivo”.
Esperemos agora que Sócrates se demita ou seja demitido e terminem assim as loucuras megalómanas do TGV, Aeroporto e novas auto-estradas… Cavaco esteve demasiado embrenhado na sua própria ambição da reeleição e deixou passar os prazos legais para mudar de ciclo, um erro histórico do qual pagaremos ainda todas as consequências. Mas Portugal vai mudar. A Bem ou a Mal.
Quinta-feira, 28 de Outubro de 2010
A VOZ DE UM AMIGO DE LONGA DATA
Estive a ouvir, na SkyNews, notícias sobre o orçamento apresentado pelo David Cameron.
Entre militares e funcionários do Ministério da Defesa são 45.000 que vão para casa.
Renovação da frota de submarinos atrasada 5 anos.
Desactivado um porta-aviões.
Na Força Aérea os Harriers acabam.
Fecham 2 bases na Escócia.
Cancelados novos aviões de reconhecimento.
No Exército, 20% dos tanques e blindados para o lixo.
Gigantescas reduções de despesa em todos os sectores do Estado.
Poupança de mais de 20 mil milhões por ano, durante os próximos 5.
No total, uma redução na ordem dos 25%.
Não ouvi uma única referência a aumento de impostos ou corte de salários e pensões!!!
Campeões e amigos
A notícia veio esta semana nos jornais. Portugal está na cauda da Europa, também no que toca à chamada ‘’consciência da corrupção’’.
No fundo, quer dizer isto: deixamo-nos corromper facilmente. Como se não déssemos por isso. Há dias, um dirigente regional do PS denunciou publicamente o chefe de gabinete de José Sócrates, que o terá tentado comprar para que não se envolvesse numa disputa eleitoral interna no partido.
Ontem, soube-se que uma ex-secretária da Estado, Ana Paula Vitorino, terá contado ao Ministério Público, no âmbito do processo Face Oculta, que o ex-ministro das Obras Públicas, Mário Lino, a pressionou a favorecer o empresário Manuel Godinho.
No fundo, terá dito o ministro, tratava-se apenas de resolver problemas de um ‘’amigo do PS’’. Lino diz que não se lembra, o chefe de gabinete de Sócrates também desmente quem o acusa de actos ilícitos. Mas, como de costume, o clima de fim de ciclo ajuda a levantar a poeira e a destapar verdades inconvenientes. Incapazes de aprovar um Orçamento, de desencalhar a economia e de pôr ordem nas contas públicas, só nos faltava agora ser campeões da corrupção leviana.
Quem sabe se não nos fará bem bater no fundo.
A PJ e o ministério Público deram um forte golpe na dissipação de património do BPN quando se antevia a sua queda queda. Foram apreendidos milhões em carros, barcos, um avião, dinheiro, casas, na verdade, um assalto a um banco salvo pelo Estado com uma factura a cobrar a todos os portugueses que já vai em quatro mil milhões.
Por:Eduardo Dâmaso, Director-Adjunto
Este novo buraco do BPN, por outro lado, envia estilhaços para outro banco que há muito é alvo de sucessivas burlas, buracos e desfalques. Que não subsistam dúvidas: este é um grande trabalho das autoridades judiciais, aquelas a quem uma certa ‘vox populi’ que todos os dias passa na TV sob a forma de comentário político atribui o ‘maior mal do País’. Não escondendo os males que existem na Justiça, uma coisa é certa: nem todos os senhores arguidos nesta operação foram detidos a aguardar apresentação ao juiz porque a revisão penal de 2007 os ajuda; a estes senhores arguidos dificilmente será retirada a fortuna porque a lei lhes faculta a possibilidade de esconderem tudo em paraísos fiscais; estes senhores arguidos dificilmente conhecerão a hotelaria prisional porque a lei lhes faculta uma litigância até ao Tribunal Constitucional que o seu muito dinheiro bem suporta. Ora, e quem fez a lei? Os senhores políticos, não os senhores juízes, polícias ou magistrados do Ministério Público.
QUEM QUISER VOAR TEM DE TER BOAS ASAS, SEM ELAS A QUEDA É ESTRONDOSA.
Desde sempre o Homem sonhou voar, estando essa firme vontade bem expressa na histórica lenda de ICARO que vale a pena recordar:
Dédalo era o melhor e mais conhecido dos artesãos e inventores da antiguidade. Quem desejasse algo engenhoso vinha primeiro à sua oficina em Atenas. Dédalo tinha um sobrinho, Talos, filho de sua irmã, Policasta . Ele aceitou Talos como aprendiz , e o garoto, apesar de ter só doze anos, logo mostrou sinais de ser mais esperto do que seu mestre! Foi Talos que inventou o primeiro serrote, a roda do oleiro e imaginou o primeiro par de compassos. A reputação de Talos espalhou - se e as pessoas começaram a trazer os seus problemas mais complicados para o garoto, e não para o mestre. Consumido de ciúmes, Dédalo atraiu o garoto até o topo do templo de Atenas e empurrou - o para a morte. A mãe de Talos, Policasta, suicidou-se de tristeza, e Dédalo, juntamente com seu filho, Ícaro – um garoto vaidoso sem nada da esperteza de Talos – foram banidos da cidade de Atenas. Dédalo e Ícaro refugiaram - se na ilha de Creta, onde Dédalo colocou a sua habilidade e esperteza a serviço do rei Minos. Mas ele perdeu os favores do rei, quando Teseu matou o minotauro e conseguiu escapar do Labirinto, que supostamente era à prova de fuga, e que Dédalo havia construído para abrigar o monstro. Furioso, o rei Minos jogou Dédalo e seu filho na prisão. Enquanto Ícaro passava os dias cuidando de si, vaidoso, Dédalo estudava profundamente, planeando como escapar de Creta. Era longe demais para nadar até à próxima ilha, e impossível conseguir um bote devido à vigilância da armada do rei Minos. Finalmente, Dédalo concebeu um plano audacioso. Ele construiu dois pares de asas, tecendo as penas e juntando-as com cera. Quando as asas estavam prontas, levou Ícaro para um canto. "Coloque isso e siga - me", disse, "mas cuidado para não voar perto demais do sol, ou perto demais do mar. Mantenha um curso médio. Com essas asas escaparemos daqui." Os dois levantaram voo a partir de um rochedo alto e seguiram para o horizonte. Por muitos quilómetros o jovem Ícaro seguiu o seu pai mas, sentindo-se jovem e despreocupado, e desfrutando de vento, começou a subir para o céu, livre como um pássaro.
Quando Dédalo olhou ao redor procurando-o, não conseguiu vê - lo . "Ícaro! Ícaro!", chamou o pai ansioso. Mas não veio resposta. No mar, lá em baixo, um punhado de penas flutuava nas ondas, e algumas pequenas ondulações marcavam o ponto onde Ícaro caíra, pois o rapaz tinha voado perto demais do sol, e a cera que unia as asas derreteu-se como manteiga.
Em boa verdade o Homem voou mais longe do que naquele tempo Ícaro poderia imaginar ! Mas, hoje, contiuam a aparecer ÍCAROS que levam as multidões a grandes quedas !
Começa aqui o Desafio de Portugal – O Mar
De todas as negociações entre os Reis de Portugal e os vários Papas resultou a vantagem dos mestres das Ordens Portuguesas serem nomeados pelo Papa, dando o mestrado a membros da Família Real. O primeiro a receber este título foi o Infante D. Henrique como Governador e Administrador da Ordem de Cristo.
Devemos notar também que a Ordem de Cristo, durante o comando do Infante D. Henrique, tornou-se a Organização Militar Religiosa mais poderosa do Reino de Portugal, tornado-se ao mesmo tempo muito querida dos Papas por os Cavaleiros da Ordem de Cristo, tornados Navegadores espalharem a Fé Cristã, na missão das Cruzadas do Ocidente.
E foi, assim, dos cofres da rica Ordem de Cristo que o Infante D. Henrique tirou os dinheiros para custear as despesas dos Descobrimentos e para manter a sua Escola de Navegação, em Sagres. Embora a Escola de Navegação fosse o próprio Infante D. Henrique, -- onde ele estivesse, estava a Escola -- à semelhança das Escolas Filosóficas de Platão e de Aristóteles – o certo é que o Infante veio a morrer perto da Escola de Sagres, em 1460!
Olhando do nosso tempo, é difícil imaginar alguém pensando em máquinas voadoras no final do século XV. Fosse outra a tecnologia da época e Leonardo da Vinci teria voado. Claro que não disputa o título do primeiro voo mas mesmo assim é o pai da aviação.

Esboço de Helicóptero
A arte de Leonardo da Vinci destaca-se da grande safra de génios da pintura que viveram naqueles tempos, mesmo entre os renascentistas italianos. A técnica, o talento, o trabalho minucioso que parece dar vida aos personagens. Da vontade de sorrir de volta para a Gioconda e de perguntar o porquê daquele sorriso tão maroto e instigante. O que estaria pensando a bela mulher? Se é que é uma mulher, afinal, pois há quem pense o contrário. Da Vinci impressiona pela perfeição mas o que, para alem da retórica e do devaneio, faz admirar esse homem é o seu espírito criador, capaz de pensar e projectar o que ninguém mais sonhava. Uma máquina de fazer parafusos, uma poderosa artilharia, complicados estudos trigonométricos, esteiras industriais que vislumbravam a produção em série, helicópteros, tanques de guerra que só iriam surgir na Primeira Guerra Mundial e uma infinidade de criações, simples e complexas, em quantidade inesgotável e sobre todos os assuntos, mostram bem como funcionava a mente desse homem admirável.
Em vida, da Vinci jamais permitiu o manuseio dos seus muitos cadernos, onde anotava tudo, desde os compromissos particulares, dívidas, frases, pensamentos, poemas, até projectos inteiros, experiências científicas, onde explicava mais através de esboços e desenhos do que de palavras. Dizia que quanto mais detalhadamente se explicasse um projecto, mais pareceria confuso, ao passo que uma figura esclareceria tudo. Toda a riqueza desse material só foi examinada após a sua morte.
Quarta-feira, 27 de Outubro de 2010
Noruega... para pensar
'Na Noruega, o horário de trabalho começa cedo (às 8 horas) e acaba cedo (às 15.30). As mães e os pais noruegueses têm uma parte significativa dos seus dias para serem pais, para proporcionar aos filhos algo mais do que um serão de televisão ou videojogos. Têm um ano de licença de maternidade e nunca ouviram falar de despedimentos por gravidez.'
'A riqueza que produzem nos seus trabalhos garante-lhes o maior nível salarial da Europa. Que é também, desculpem-me os menos sensíveis ao argumento, o mais igualitário. Todos descontam um IRS limpo e transparente que não é depois desbaratado em rotundas e estatuária kitsh, nem em auto-estradas (só têm 200 quilómetros dessas «alavancas de progresso»), nem em Expos e Euros.'
'É tempo de os empresários portugueses constatarem que, na Noruega, a fuga ao fisco não é uma «vantagem competitiva». Ali, o cruzamento de dados «devassa» as contas bancárias, as apólices de seguros, as propriedades móveis e imóveis e as «ofertas» de património a familiares que, em Portugal, país de gentes inventivas, garantem anonimato aos crimes e «confundem» os poucos olhos que se dedicam ao combate à fraude económica. 'Mais do que os costumeiros «bons negócios», deviam os empresários portugueses pôr os olhos naquilo que a Noruega tem para nos ensinar. E, já agora, os políticos. Numa crónica inspirada, o correspondente da TSF naquele país, afiança que os ministros não se medem pelas gravatas, nem pela alta cilindrada das suas frotas. Pelo contrário, andam de metro, e não se ofendem quando os tratam por tu. Aqui, cada ministério faz uso de dezenas de carros topo de gama, com vidros fumados para não dar lastro às ideias de transparência dos cidadãos. Os ministros portugueses fazem-se preceder de batedores motorizados, poluem o ambiente, dão maus exemplos e gastam a rodos o dinheiro que escasseia para assuntos verdadeiramente importantes. 'Mais: os noruegueses sabem que não se «projecta o nome do país» com despesismos faraónicos, basta ser-se sensato e fazer da gestão das contas públicas um exercício de ética e responsabilidade. Arafat e Rabin assinaram um tratado de paz em Oslo. E, que se saiba, não foi preciso desbaratarem milhões de contos para que o nome da capital norueguesa corresse mundo por uma boa causa.· 'Até os clubes de futebol noruegueses, que pedem meças aos seus congéneres lusos em competições internacionais, nunca precisaram de pagar aos seus jogadores 400 salários mínimos por mês para que estes joguem à bola. Nas gélidas terras dos vikings conheci empresários portugueses que ali montaram negócios florescentes. Um deles, isolado numa ilha acima do círculo polar Árctico, deixava elogios rasgados à «social-democracia nórdica». Ao tempo para viver e à segurança social.' 'Ali, naquele país, também há patos-bravos. Mas para os vermos precisamos de apontar binóculos para o céu. Não andam de jipe e óculos escuros. Não clamam por messias nem por prebendas . Não se queixam do «excessivo peso do Estado», para depois exigirem isenções e subsídios. É tempo de aprendermos que os bárbaros somos nós. Seria meio caminho andado para nos civilizarmos.
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Corvos se consolam depois de uma briga
Ao ver o "amigo" apanhar, a ave aproxima-se da vítima e parece consolá-la, diz pesquisa
Getty Images
Os pesquisadores Orlaith Fraser e Thomas Bugnyar descobriram que os corvos se consolam uns aos outros depois de uma briga. Os cientistas acompanharam, por dois anos, o fim de 152 brigas entre 13 jovens corvos num centro de pesquisas da Áustria. É a primeira vez que outro animal, além do chimpanzé, demonstra esse tipo de comportamento. Os corvos pertencem a um grupo de aves famosas pela esperteza, por isso são escolhidos para pesquisas comparativas sobre o comportamento de mamíferos. Eles vivem no hemisfério Norte do planeta. Bugnyar observou os corvos que se meteram em brigas e como elas aconteceram. Ele e o seu colega classificaram os animais em três categorias de acordo com os tipos de "discussão": os agressores, as vítimas e aqueles que ficam em cima do muro, só observando. Eles notaram que aquelas aves com quem a vítima passava um bom tempo eram as que tendiam a se aproximar depois de uma briga. Os “amigos” da vítima pareciam perceber quando ela estava stressada por causa da luta. A descoberta significa um melhor entendimento sobre como os corvos mantêm suas relações sociais e equilibram os custos de vida em grupo. Os pesquisadores acrescentaram que o estudo também sugere que os corvos podem ser sensíveis às necessidades emocionais dos outros.
O consolo de vítimas de briga só tinha sido mostrado em chimpanzés e nos bonobos. Estudos recentes revelaram um comportamento parecido em cachorros e lobos.
Os resultados da pesquisa foram publicados na revista científica PLos one.
Insetos donzelinha preferem machos quentes
Eles se tornam mais atraentes quando se aquecem ao Sol
Foto por Michael Siva-Jothy
Pesquisador diz que o macho se torna atraente quando o seu território está sob o Sol e extremamente desinteressante para a fêmea se estiver na sombra
Uma pesquisa, publicada na revista Ecologia e Sociobiologia Comportamental nesta quinta-feira (20), revelou que os insetos donzelinha machos (parentes próximos da libélula) que aqueceram os seus corpos ao Sol, são mais atraentes para as donzelinhas fêmeas.
O estudo revelou que os machos que se aquecem ao Sol possuem corpos mais quentes e mais atraentes para as fêmeas e tinham mais chances de "transar" do que os machos mais frios.
Os pesquisadores descobriram que as fêmeas se beneficiam quando se acasalam com os machos quentes porque eles geralmente têm acesso a territórios com maior temperatura e oferece às suas parceiras um ambiente mais adequado para que elas depositem os seus ovos.
O professor Michael Siva-Jothy, um dos autores do estudo e membro do Departamento de Ciências Animais e Vegetais da Universidade de Sheffield, no Reino Unido, comentou a curiosidade.
- Essa pesquisa mostra que a preferência para o acasalamento pode mudar num um período muito curto de tempo. Um macho pode-se tornar atraente quando seu território está sob o Sol e extremamente desinteressante para a fêmea se estiver na sombra.
Para cortejar a fêmea, o macho dessa espécie bate as asas em alta frequência. Estudos anteriores mostravam que a escolha da fêmea é baseada no desempenho do macho, mas não deixava claro se a performance varia entre os insectos e qual a influência dos fatores ambientais.
A conclusão a partir da análise do ritual de cortejo foi feita com a ajuda de duas novas tecnologias: imagens termográficas e de videografia digital de alta velocidade que mostram as áreas mais quentes do corpo.
Orçamento mau, injusto, mas necessário
Se nada mudar na proposta de Orçamento do PS para o próximo ano, os pensionistas pobres irão sofrer o maior corte de poder de compra das últimas décadas. Os funcionários públicos suportarão um corte dos salários entre três e 10%. A classe média será alvo de um autêntico esbulho fiscal pela via, directa e indirecta, do aumento dos impostos e da redução das deduções. O desemprego continuará a subir.
Ninguém ficará de fora do esforço de contenção das contas públicas, mas é falso que todos sejam chamados a pagar de forma igual. Pelo contrário, serão mais uma vez os trabalhadores por conta de outrem e os chamados remediados a pagar a factura.
Quem poupou a vida toda será tratado como quem se endividou e gastou à tripa-forra. O saque fiscal é cego. Vai-se a tudo o que possa gerar receita. Mas, enquanto se calcula ao cêntimo as verbas esperadas com a factura imposta às famílias, deixa-se prudentemente em branco a verba esperada com o novo imposto sobre a banca. Será que vai render alguma coisa?
Mesmo injusto, este é, infelizmente, um Orçamento necessário e é impossível avaliar o risco internacional associado à sua possível recusa parlamentar. Para o equilíbrio das contas públicas não se opta por um corte na despesa de 77% (e um aumento da receita de apenas 23%!) como se fez em Inglaterra. Mas aí, onde os cortes serão brutais e 42 mil funcionários públicos irão ser despedidos, o Governo minoritário de Cameron procurou legitimar as medidas formando previamente um Governo de coligação com os parceiros liberais. Coisa rara em Inglaterra.
Por cá, não se exige tanto. Apenas que o bom senso prevaleça na mesa de negociação. Embora os cabelos brancos de Catroga pareçam uma garantia, não é certo que se consiga evitar o péssimo: a recusa liminar de um Orçamento MAU!
Graça Franco
Sexo em exposição
Uma boneca que convida os visitantes a espancá-la, mas avisa quando a força da palmada passou dos limites é uma das atracções
Londres está a preparar-se para receber a sua primeira atracção turística sobre amor, sexo e relacionamentos. Depois de mais de três anos de planeamento e mais de dez milhões de euros, o museu «Amora» abre as portas aos visitantes com mais de 18 anos, noticia a BBCNews.
Diferente dos outros museus do sexo espalhados pelo mundo, o «Amora» autodenomina-se por «academia», porque trata o assunto em questão de uma forma mais actual e tem sete áreas interactivas, que apresentam todos os aspectos das relações sexuais.
Os visitantes têm de pagar cerca de sete euros, e durante a visita podem aprender técnicas para um beijo perfeito, a biologia de um orgasmo e até como dar «palmadas de amor» correctamente.
Pavilhão do Conhecimento
Polémica com exposição de sexo
Banalização da sexualidade infantil contestada. Projecto para os mais novos tem pénis erectos, posições sexuais e aborda temas como a homossexualidade, a pedofilia, o incesto e a masturbação
CM
"Por causa do "chico-espertismo", facilitismo, comodismo e da impunidade geral, Portugal deixou de merecer ser independente. Caminha para a bancarrota e passará a ser governado a partir da UE e pelo FMI. Se governantes e governados não tivessem mentalidade tacanha, mudariam por iniciativa própria. Terá de vir alguém de fora mostrar como se faz."
Eduardo Rocha , Lisboa
" Hugo Chavez veio dar duas mãos ao amigo Sócrates e este até se curvou para apanhar o cheque da compra dos "Magalhães" e do ferry boat "Atlântida" ! Mais parecia um mendigo a apanhar uma esmola. Como na Europa não conseguiu arranjar nenhum parceiro para dançar o tango, virou-se para a América Latina e, aí, arranjou par mesmo à medida."
Manuel Rufo, Barreiro - CM
" Não pode ter futuro um País onde a monumental, inoperante e ineficaz máquina estatal, de forma insaciável, consome os cada vez mais escassos recursos. Também não tem viabilidade um País onde milhares de reformados recebem pensões milionárias, quando o total da população activa, com salários baixos, praticamente iguala os pensionistas."
CM - José Silva, porto
" A política está como o País. Pobre de ideias e cheia de oportunistas que tratam das suas vidinhas"
António Ribeiro Ferreira
PREFEREM ALGUÉM COM UM CURSO TIRADO AO DOMINGO
O FUNDO MONETÁRIO INTERNACIONAL (FMI) nomeou o economista português António Borges, ex-vice director do Departamento Europeu.
O director do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, anunciou esta terça-feira a nomeação do economista português António Borges como director do Departamento Europeu da instituição financeira, escreve a Lusa.
«Borges está idealmente ajustado para tomar em mãos o trabalho do Fundo na Europa nesta altura crítica», afirma o director do FMI, em nota divulgada esta terça-feira.
O economista português, adianta, «traz uma combinação notável de experiência do setor público, privado e académica, e demonstrou as suas competências de liderança estratégica a operacional».
A realidade mata todos os sonhos, mentiras, corporações, reivindicações e devia, em circunstâncias normais, liquidar os vigaristas que andam há anos a encher os bolsos à esquerda e à direita.
Por:António Ribeiro Ferreira, Jornalista
Democraticamente, à pala dos votos que os indígenas depositam alegremente nas urnas. Vamos a factos. A economia lusa foi a terceira que menos cresceu na última década num conjunto de 180 países.
A Justiça é a segunda mais lenta, a que emprega mais juízes e a que paga melhor a procuradores e magistrados do topo da carreira. Este retrato pode estender-se a outras classes e a outros sectores da vida nacional. As crises não têm apenas coisas más. Permitem desmascarar muitas carecas e destapar muitas panelas e panelinhas.
Com um cheirinho nojento muito especial. Um cheiro a Portugal.
COLOCA PORTUGAL ENTRE OS PAÍSES MAIS CORRUPTOS DA EUROPA
Portugal ocupa a 32.ª posição no quadro dos 178 países analisados pela Transparência Internacional (TI) quanto à percepção da corrupção, quando em 2009 aparecia em 35º lugar, o pior ranking de sempre para o País desde 2000. No relatório anual da organização não governamental, intitulada "Índice de Percepção da Corrupção (IPC) 2010; Portugal mantém-se como um dos países da Europa Ocidental em pior posição do ranking. Leis "herméticas", um aparelho de Justiça que "não funciona" e resultados "nulos" no combate à corrupção são algumas das razões apontadas pela TI.
O presidente do Conselho de Prevenção da Corrupção (CPC) Guilherme d´Oliveira Martins, considerou que as conclusões deste relatório são um "desafio exigente e nmecessário". J. F. COM LUSA
Dia a dia
Anda mesmo tudo ligado
Portugal vai entrar na pior fase do último século. Sabe--se que a recessão virá inevitavelmente em 2011, mas não se consegue adivinhar quando acabará nem quando atingirá o fundo.
Por:Armando Esteves Pereira, Director-Adjunto
Portugal vai entrar na pior fase do último século. Sabe-se que a recessão virá inevitavelmente em 2011, mas não se consegue adivinhar quando acabará nem quando atingirá o fundo. É uma espécie de buraco negro que dizimará dezenas de milhares de postos de trabalho, hipotecará o futuro das gerações mais novas e ameaçará a reforma tranquila a que as gerações mais velhas legitimamente aspiravam. Portugal vai ficar mais pobre e o mercado vai encolher. Os melhores quadros vão emigrar. Esta nova recessão que se segue a uma década desperdiçada tem muitos culpados. E não foi só por incompetência e por inércia que o País chegou a este Estado. A corrupção explica muitas das más decisões. Toda a corrupção é paga pelos cidadãos, quer através do serviço público de menor qualidade e mais caro, quer através do pagamento de impostos – que acabam por pagar a derrapagem das obras, o criminoso desordenamento do território ou as negociatas como as do caso BPN. Com ética e bom senso, poderíamos viver melhor e evitar essa trágica recessão que se avizinha.
É inacreditável um país onde são cometidas burlas de milhões, que geralmente acabam por ficar impunes, sacrificar algumas dezenas de euros de abono que fazem a diferença numa família de trabalhadores. Mas como escreveu Eduardo Guerra Carneiro, "isto anda tudo ligado".
Crimes relacionados com a campanha eleitoral de 2005
Ex-deputado contesta acusações de corrupção
O ex-deputado do PS pelo círculo de Leiria acusado de 19 crimes de corrupção passiva por alegadas promessas a empreiteiros a troco de ajudas financeiras para as autárquicas de 2005 disse ontem ao CM que vai contestar a acusação formulada pelo Ministério Público.
CM
clicar acima
“O sr. Godinho é amigo do PS”
Despacho está concluído. Ana Paula Vitorino contou no processo a conversa que manteve com Vara e Mário Lino. Pressionaram-na para resolver litígio com a Refer.
Ana Paula Vitorino acusou Armando Vara e Mário Lino de a pressionarem. Ao ‘CM’, recusou esclarecer o teor do seu depoimento, garantindo no entanto que o fará em sede judicial. “Só nesse momento falarei do que aconteceu”, disse.
CM
Terça-feira, 26 de Outubro de 2010
REGRESSAR ÀS ORIGENS
FRASE
" Fizeram tudo para que os homens não possam, mesmo que queiram, regressar à terra e às serras"
Moita Flores
" Já se sabia que o Orçamento para 2011 ia ser duro de "roer". Que fosse tão mau para os mais pobres ninguém imaginaria. Sobretudo quando a taxa dos bens alimentares de primeira necessidade sobe de 6% para 23%, penalizando os que menos têm. Seria dramático não rever a situação."
Acácio Pinto, V. R. Sto. António
" SÓCRATES REWIND"
" O Governo de maioria relativa de José Sócrates completa terça-feira um ano. O país que temos hoje não é o país que o primeiro-ministro falava em 2009. Tanto no discurso económico, como nas políticas sociais, o Executivo deu várias reviravoltas."
SOL
EM PRÉ CAMPANHA ELEITORAL - 09-2009
«Teremos que reduzir as deduções dos mais ricos com um objectivo:o dinheiro que aí se poupará de despesa fiscal servirá para aliviar aquilo que são as contribuições fiscais da classe média.»
O "verbo" aliviar no dicionário de Sócrates passou a um significado ... diferente para a classe média e média baixa. O Governo acaba de decretar o fim do abono de família para agregados familiares que recebam cerca de 700 euros/mês, famílias com mais de 275 euros por cabeça perdem apoios para a compra de manuais escolares e para as refeições dos filhos. Os idosos com pensões mais baixas deixam de ter medicamentos comparticipados a 100%. Apenas o 1º e 2º escalão de IRS (até 605 euros/mês) escapam aos cortes nas deduções fiscais de saúde e educação. Isto para além dos cortes nos salários da função pública (3,5% a partir dos 1500 euros).
SOL
Apresentação do Programa no Parlamento - 05-11-2009
«Seria um erro - e um erro muito grave - retirar antes de tempo, ainda em plena crise, os estímulos e os apoios especiais do Estado à economia, às empresas e ao emprego. Não estamos em tempo disso ! E não cometeremos esse erro !»
Entretanto, a meio de 2010, o Governo anunciou a retirada de oito das 17 medidas de apoio extraordinário à crise, que tinham entrado em vigor apenas em Janeiro. Acabou, por exemplo, o prolongamento por seis meses do subsídio social de desemprego, a redução do período de descontos necessário ao acesso ao subsídio de desemprego, a redução do período de descontos necessário ao acesso ao subsídio de desemprego, a redução em 3% das contribuições para a segurança social de micro e pequenas empresas com trabalhadores com mais de 45 anos, a majoração do subsídio de desemprego aos desempregados com filhos a cargo. Em Junho, o número de desempregados ultrapassou os 600 mil.
SOL
EM CAMPANHA ELEITORAL - 17-09-2009
«Há cinco meses consecutivos que a confiança dos consumidores e agentes económicos não pára de melhorar e todos sabemos como isso é importante para a recuperação da economia. Não é o fim da crise, mas é o princípio do fim da crise.»
O discurso do fim da crise foi, afinal, o princípio de outro ziguezague de Sócrates. A situação do País agudizou-se ao ponto de ser preciso um pacote extraordinário de medidas de contenção, o PCII em Maio, e agora um PCIII para que portugal consiga terminar 2010 dentro do défice revisto para 7,3%. No final de Setembro, os juros da dívida pública a 10 anos ultrapassaram, os 6,5%. O risco da entrada do FMI em Portugal cresceu, ao mesmo tempo que o nosso país era comparado pelos mercados internacionais à Grécia. Actualmente, os bancos portugueses financiam-se quase exclusivamente junto do Banco Central Europeu. O Governo, que até há meses gasbava-se da saída da crise, tenta agora impor um Orçamento para 2011, considerado o «mais dificil» dos últimos 25 anos.
SOL
DISCURSO DE TOMADA DE POSSE EM 26/10/2009
«É no crescimento económico e no emprego que concentraremos o essencial das nossas energias. E, neste contexto económico, o Estado tem aí um papel determinado, defendendo o emprego e incentivando a contratação. Promovendo o investimento público que, ao mesmo tempo, dê oportunidades às empresas e estimule o emprego».
O Governo adiou o novo aeroporto de Lisboa e a nova ponte do Tejo. O recuo começou com o PCII. Resta o TGV. O segundo troço foi suspenso e o Governo diz que um novo concurso para a ligação entre Lisboa e o Poceirão só «será lançado quando existirem melhores condições financeiras». Sócrates garante que a alta velocidade «é um projecto inovador que Portugal não pode dispensar». SERÁ ?
SOL
CARLOS MORENO - QUANDO se discute, finalmente sem rodeios, o gigantismo despesista do aparelho de Estado, o juíz jubilado que esteve 15 anos no Tribunal de Contas publica o livro Como o Estado Gasta o Nosso Dinheiro. E surge em esclarecedoras entrevistas a denunciar a falta de responsabilização dos decisores públicos pelos erros sistemáticos na gestão dos dinheiros do Estado, a derrapagem constante de custos e preços nas obras públicas ou a espiral de encargos das parcerias público-privadas, em que Portugal se tornou recordista europeu. Um contributo oportuno e exemplar.
SOL
" Impera na sociedade portuguesa uma filosofia de vida desgraçada. Que visa maximizar a imoralidade, a preguiça e a ignorância. E, consequentemente, minimizar a inteligência, a ética, o trabalho e o estudo. Tudo o que implique esforço e disciplina é repudiado. Esta maneira de estar na vida leva o País à ruína.
Eduardo Rocha, Lisboa
O Juíz Mouraz Lopes explicou ontem que as remunerações dos magistrados são superiores à média salarial em todos os países para proteger o «princípio da independência».
CM - 26-10-2010
PS: No conceito que tenho de cidadão, está sempre incluído o dever moral de independência e amor à verdade. Estes valores não se compram. De resto, em todas as profissões existe esse dever em relação a quem nos paga o salário! No caso dos magistrados, a independência deve estar orientada no cumprimento dos preceitos constitucionais que o Estado é obrigado a assegurar!
Em Portugal, e quem anda pela rua, ouve coisas deste tipo frequentemente: " Os políticos portugueses nunca são presos" e se pensarmos parece haver uma esponja sobre todos os mega processos, envolvendo políticos ou não. Escrevi parece. Recuso, como cidadão, o princípio aflorado pelo Juíz Mouraz Lopes, que até me parece constituir um agravo à dignidade dos magistrados!
A política lusa está como o país. Pobre de ideias e cheia de oportunistas que tratam acima de tudo das suas vidinhas.
Por:António Ribeiro Ferreira, Jornalista
Os partidos, os pilares da democracia, transformaram-se há muito em agências de emprego de luxo para clientelas medíocres que crescem, aparecem e engordam à custa do Estado.
Neste panorama miserável resta olhar para cima e ver que na Presidência da República está um homem que não vende ilusões, mentiras e que não gosta desta política. É verdade que foi no seu tempo de primeiro-ministro que nasceu e floresceu muito do entulho que ainda hoje polui a sociedade.
Mas também é verdade que hoje é o único referencial de realismo e honestidade. A sua reeleição é necessária, embora esteja longe de ser suficiente para secar este pântano. Seja como for, haja Cavaco.
Coim o aproximar do fim do ano, bancos e companhgias de seguros reforçam as campanhas dos PPR.
Por:Armando Esteves Pereira, Director-Adjunto
O benefício fiscal é atractivo. Por exemplo, quem tem menos de 35 anos beneficia de uma dedução de 20% sobre as subscrições com o limite de 400 euros. Ou seja, se entregar 2000 euros poupa 400 em impostos.
Quem tiver entre 35 e 50 anos só poupa no máximo 350 euros em IRS, o que significa uma subscrição máxima aconselhável de 1750 euros, enquanto as pessoas com mais de 50 anos só deduzem até 300 euros, o que representa uma aplicação de 1500 euros. Mas nem tudo o que luz é ouro. A associação de consumidores Deco fez um estudo de mercado e concluiu que há produtos com comissões bastante elevadas. As entidades financeiras aproveitam o chamariz fiscal para cobrar dinheiro aos clientes.
A preocupação com a reforma é uma questão de bom senso, até porque se sabe que a Segurança Social dentro de 25 anos não vai poder pagar o valor correspondente às expectativas dos actuais contribuintes. Mas ninguém ganha em aplicar mais do que o dinheiro dedutível em impostos nos PPR. Por exemplo, os certificados de tesouro rendem 4,85% ao ano se forem mantidos a 5 anos e 6,10% se a aplicação durar 10 anos. As limitações dos benefícios em 2011 vão obrigar as instituições financeiras a mudar a sua gestão dos PPR, porque o Fisco vai reduzir a galinha de ‘ovos de ouro’.
ALARMISMO - Sócrates condena alarmismo sobre dívida
O primeiro-ministro classificou esta quinta-feira, em Bruxelas, de «alarmistas» as notícias que dão conta de um descontrolo da dívida pública tendo assegurado que o Governo irá atingir os objectivos orçamentais definidos «Este ano vamos atingir os objectivos orçamentais» e «trata-se de puro alarmismo pretender que os resultados e a realidade» são diferentes, declarou José Sócrates no final de uma reunião dos chefes de Estado e de Governo da União Europeia. ( ... )
SOL
Segunda-feira, 25 de Outubro de 2010
O MINISTRO E A DESILUSÃO DOS ALMOÇOS GRÁTIS
O ministro Teixeira dos Santos fez do ano,de quase todas as eleições,o seu «annus horribilis,ao insistir em cenários e números cuja inverdade conhecia e ao proclamar o fim da crise
O ministro das Finanças "enganou-se". Mas, longe de ser erro ou incompetência, o seu "engano" foi condição necessária da ilusão criada pela máquina socialista.
Em Dezembro de 2008, o ministro afasta o cenário de orçamento rectificativo. Em Abril de 2009, reitera essa convicção. No dia 4 de Maio, esclarece que tal orçamento rectificativo não seria "oportuno".A 15 de Maio, assegura que seria também desnecessário. Em Junho, o seu SE dos Assuntos Fiscais garante que o Governo iria "cumprir as metas estipuladas em matéria de cobrança de impostos". No dia 1 de Julho, o ministro insiste na rejeição do orçamento rectificativo e lembra que o " OE 2009 foi feito com grande sentido de responsabilidade".
A 21 de Julho, afasta de novo a perspectiva de orçamento rectificativo e diz ter indicadores que "consolidam a percepção que o Governo inicialmente tinha e dão sinais claros de controlo da despesa". No dia 20 de Agosto, através do SE do Orçamento, recusa o orçamento rectificativo, adiantando que "os resultados da execução orçamental dos primeiros sete meses do ano" estavam "dentro do grau de segurança". Em 10 de Novembro, o ministro considera ser "ainda cedo"para aferir a necessidade de orçamento rectificativo: admite ter de esperar pelos números da execução de Outubro, mas afiança ter sinais de que a despesa está sob controlo". No dia 19 de novembro, O Governo aprova a proposta de orçamento rectificativo. Em Dezembro, na Comissão de Orçamento e Finanças, o ministro confessa:EM MAIO/JUNHO JÁ SABIA DO MAU ESTADO DAS CONTAS PÚBLICAS .... No âmago desta história, a grande mistificação do défice. Assume-se agora que dispara para 13,8 mil milhões de euros, ou seja, 8,4% do PIB ! Mas, em Setembro, o ministro das Finanças ainda garantia à Comissão Europeia que não ultrapassaria os 5,9%. E antes estimara 3,9%.
Teixeira dos Santos fez do ano de quase todas as eleições o seu «annus horribilis». Insistiu em cenários e números cuja inverdade conhecia. Proclamou, à medida da conveniência política, o fim da crise. Permitiu ao chefe do Governo a patética vanglória de alardear que "está para nascer o primeiro-ministro que faça melhor no défice do que eu" !
No fim, deixa-nos um futuro sem respostas. Como vai o Governo reagir à recomendação de Bruxelas e iniciar a redução do défice excessivo já em 2010? Vai insistir, perante uma economia exangue, no implausível aumento da receita? Vai aprofundar o caminho da desorçamentação da dívida? Vai prosseguir com a adjudicação de contratos que geram encargos plurianuais astronómicos? Vai dizer aos portugueses que hoje têm cerca de 40 anos, que as suas velhices serão amparadas por reformas que decerto ficarão aquém de metade dos seus salários?!
Sofia Galvão - Expresso
SALAZAR
Só participava em eventos públicos quando não tinha alternativa. Empenhou-se na criação do Hotel Ritz mas faltou à sua inauguração; apesar de todos os convites, nunca assistiu ao lançamento à água de um navio de Alfredo da Silva, patrão da CUF; e nem sequer esteve na recepção que marcou o início da Fundação do seu grande amigo Ricardo Espirito Santo - aliás o banqueiro comunicou-lhe os casamentos de duas filhas, mas disse logo que nem o convidava por saber que ele declinaria.
SÁBADO - 19-11-2009
HOJE: Não há "Festa nem Dança onde não vá a Maria Constança ....
RANKING dos Repórteres Sem Fronteira
PORTUGAL CAI PARA 40.º lugar na liberdade de imprensa
DO ANO PASSADO para este, Portugal desceu 10 lugares no ranking da liberdade de expressão dos Repórteres Sem Fronteiras. Há um ano, Portugal estava em 30º lugar; ex-aequo com a Costa Rica e o Mali, e agora está em 40º. Nos últimos três anos, o país tem vindo sempre a perder lugares. Em 2007, estava em 8º lugar; em 2008, passou para 16º, caindo depois para 30º e 40º. Esta queda de 10 lugares em 2010 é considerada muito significativa pela organização, que a assinala com duas setas para baixo. E será devido ao escândalo Face Oculta, que revelou uma tentativa de controlo de alguns órgãos de comunicação social por parte Governo. A propósito, os Repórteres Sem Fronteira divulgaram em Agosto um relatório condenando o Governo português por aquilo que designavam uma «perseguição ao semanário SOL». ( ... )
MAIS DEPENDÊNCIA DO ESTADO
31 Dezembro 2009 - 00h30
Heresias
Em 2010
Em 2010 os políticos, todos, vão repisar promessas que nunca tencionaram cumprir. Em 2010 vai aumentar o desemprego embora Sócrates e seus cúmplices jurem que não.
Em 2010 duplicará a nossa dependência de um Estado cada vez mais inchado. Em 2010 subirão os impostos com o pretexto da crise que passou e da que está para vir. Em 2010 o País ficará mais endividado. Em 2010 vamos ser superados por outra mão-cheia de países do ex-Leste europeu. Em 2010 a podridão dos homens públicos já não abalará quase ninguém. Em 2010, falar-se de corrupção passará a ser uma grave falha de etiqueta. Em 2010 a liberdade de expressão ocorrerá só às vezes. Em 2010 nenhum dos crónicos problemas que este regime retém será resolvido. Em 2010 ficaremos ainda mais iguais ao que éramos em 1910.
Carlos de Abreu Amorim, Jurista
Investimento público
Em 23 de Setembro de 2008, o inenarrável Manuel Pinho lançou um projecto que jurava ser ‘pioneiro a nível mundial!’: criar energia a partir das ondas do mar. Para tal, criou-se o Parque de Ondas da Aguçadoura e derramaram-se um milhão e 250 mil euros a fundo (muito) perdido – só para começar. Delirante, Pinho chegou a dizer que "daqui a 15 anos o Mundo vai-se lembrar que tudo começou aqui".
Mas a coisa só durou três meses – as máquinas foram abandonadas em Leixões, a empresa faliu e a inevitável EDP tornou-se dona do programa nado-morto.
O caso é um exemplo da dissipação de dinheiros públicos e do modo socrático de desgovernar o País: anúncios espampanantes, resultados pífios e muito dinheiro esbanjado que ficou algures em parte incerta. Imaginem o que vai ser com o TGV…
Carlos de Abreu Amorim, Jurista
APOSTAR NA PRODUÇÃO DE BENS TRANSACIONÁVEIS
Precisamos de um D. Dinis para repensar a agricultura em Portugal”

Paulo Rangel reafirmou ontem, em Torres Vedras, a agricultura como uma das suas principais preocupações. Segundo o candidato, a agricultura deve deixar de ser encarada numa perspectiva estritamente económica, mas como uma “questão estratégica de defesa nacional”.
De facto, Portugal transformou-se rapidamente num país com uma economia eminentemente terciária, de prestação de serviços, não apostando na produção de bens tangíveis.
Paulo Rangel salienta a necessidade do país em ter “reservas agrícolas”, denunciando o plano económico socialista. Portugal deverá voltar a virar-se para a produção agrícola como aposta na criação de riqueza e valor internos, apoiando a agricultura e os agricultores. O país deve manter uma capacidade de produção que garanta a autonomia perante os mercados internacionais.
A aposta no desenvolvimento da agricultura é, também, necessária na medida em que esta contribuirá para atenuar as disparidades entre interior e litoral. De qualquer forma, lembrem-se zonas bastante próximas de Lisboa e com uma componente agrícola significativa e frequentemente esquecida, nomeadamente: Azambuja, Mafra, Torres Vedras e Sintra. Uma aposta forte e clara neste sector de actividade teria repercussões positivas em todo o território nacional.
A mãe Europa e o amigo americano
22 de Outubro, 2010Por Mário Ramires
Num país de paradoxos, a viabilização do Orçamento do Estado acaba por interessar muito mais aos partidos da oposição do que ao partido do Governo. Em 2009, um em cada cinco portugueses ou era pobre ou vivia no limiar da pobreza. Os dados são do INE e foram divulgados na quarta-feira.
Acontece que nos mais de nove meses que entretanto passaram, que não foram de bonança, a situação só pode ter piorado. E, como dizia ontem ao Público o padre Jardim Moreira, da Rede Europeia Antipobreza, o que se antevê para os próximos tempos é que «o cenário vai agravar-se e muito» com as medidas contidas na proposta de Orçamento de Estado para 2011.
Pobre gente. Pobre país.
Esse é o drama da gente: é que o país é pobre. E andou tempo de mais a viver a fingir que era rico - a fingir, porque rico não vive assim: não pede, cobra; não gasta, investe; não desperdiça, cria valor; não subtrai, multiplica... Por isso é que é rico.
Portugal é pobre. E mais pobre vai ficar com um Orçamento que inevitavelmente vai ter de ser viabilizado no Parlamento, com ou sem sensibilidade do Governo às propostas, às sugestões, às condições, aos pressupostos, ao ultimato, seja qual for o nome que se quiser dar aos seis pontos que o PSD esta semana lançou para o centro do debate político nacional.
Não tem alternativa, nem há volta a dar.
Os mercados internacionais não perdoariam, a Europa não toleraria, os Estados Unidos não compreenderiam e por aí fora.
Pobre não manda, sujeita-se. ( ... )
Mário Ramires
Nas últimas semanas, a cultura da politiquice atingiu o seu pique aqui na Pátria. Para a elite política e "comentadeira", uma chantagem é apenas uma jogada. Os "José Sócrates" nascem e alimentam-se neste ambiente podre.
Henrique Raposo, Expresso
No fundo tudo se resume a isto. José Sócrates e sus muchachos engendram uns esquemas para enganar a opinião pública, os jornalistas e comentadores entram na onda, e a governação do país fica relegada para segundo plano. É triste, mas é verdade.
publicado por Nuno Gouveia às 12:20
ANDAMOS TODOS À NORA, AO CONTRÁRIO DOS ALCATRUZES, MUITO MAIS PARA BAIXO QUE PARA CIMA!
Os animais quando trabalhavam na nora costumavam ter os olhos vendados para evitar que se desorientassem, sendo esse risco real, pois muitas vezes andavam à volta do poço sem ninguém a guiá-los e assisti uma vez a um caso desses, em que um boi começou a correr desenfreadamente, tendo provocado danos graves na nora.
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Outro tipo de engenho |
Na zona (interior do distrito de Coimbra), existiam numerosos engenhos deste género e, pelo que me é dado observar, a maior parte dos poços mais antigos ainda os têm montados, apesar de na maior parte dos casos estarem completamente inoperacionais, porém ainda se encontram alguns que foram recuperados e até aplicados em novos poços, mais para servirem de adorno e como recordação, do que para um funcionamento efectivo
RIQUEZA - ENTRE 2000 E 2010 O PIB CRESCEU APENAS 6,4 POR CENTO
ECONOMIA PORTUGUESA PERDEU UMA DÉCADA
PORTUGAL REGISTA UMA DAS PIORES EVOLUÇÕES ECONÓMICAS. PIOR SÓ MESMO A ITÁLIA E O HAITI, SENDO ESTE ÚLTIMO O ÚNICO DO MUNDO QUE VIU A ECONOMIA DECRESCER: 2,39 POR CENTO, EM DEZ ANOS
CM - 25-10-2010
As últimas semanas têm sido reveladoras da insanidade colectiva em que Portugal embarcou. São infelizmente, o culminar de anos de erros, de omissões e de embuste colectivo.
Não só criámos um estado tentacular e muito mais caro do que aquilo que poderemos pagar, como vivemos há muito tempo bem acima das nossas posses.
Por:António Nogueira Leite, Economista
A próxima década será um longo período de sacrifícios e de mudanças muito profundas. As gerações que dominaram a cena política, económica e empresarial nos últimos 30 anos geraram a oligarquia que trouxe Portugal a este ponto, e terão de ser chamadas a partilhar com as mais novas os desafios e as restrições impostos pelo novo caminho.
Para já, só os mais pobres das gerações nascidas entre 1920 e 1960 estão a sentir o aperto. A grande maioria de quem mais beneficiou deste erro colectivo de proporções históricas vai passar quase incólume no primeiro embate.
Não é justo que seja predominantemente sobre quem hoje trabalha e está condenado a reformas miseráveis (os nascidos nas décadas de 60 e 70, pelo menos) que partilhe, mais uma vez, o essencial do custo de ajustamento. Os políticos jogam com o facto de que, destes, só uma escassa minoria perceba o que lhes vai acontecer. Parte da classe política dessa geração sacrificada até já se acautelou pessoalmente à custa do dinheiro de todos. Mas não é justo e eu não me resigno.
"Parte da classe política dessa geração sacrificada (nascida em 60 e 70) até já se acautelou pessoalmente à custa do dinheiro de todos." A frase é de António Nogueira Leite, economista, ex-secretário de Estado das Finanças, colunista do CM, e foi escrita anteontem neste jornal.
Por:Eduardo Dâmaso, Director-Adjunto
Quem não goste de António Nogueira Leite vai começar por lhe exigir que diga o que sabe e que não se fique por uma insinuação genérica. Quem queira fazer um debate minimamente sério sobre estas matérias, porém, sabe que ela corresponde a uma das mais pantanosas realidades da vida política portuguesa: a exteriorização de sinais de riqueza por parte de pessoas que estiveram sempre no exercício de cargos públicos, sem que se lhes conheça o exercício de profissões liberais durante esse tempo, ou que não têm pura e simplesmente qualquer profissão conhecida.
Essa é a gente que "pessoalmente se acautelou à custa do dinheiro de todos" e está distribuída em lugares cimeiros dos partidos, de ministérios e direcções-gerais, de empresas públicas e do chamado sector empresarial do Estado. Essa é gente que cobra percentagem pelo poder que tem. Um poder de decisão para concessionar, atribuir, adjudicar, desbloquear e facilitar. Que gere milhões incontáveis de desperdício. Falta é começar a pôr--lhes todos os nomes e, aí, exige-se uma palavra a todos os órgãos de escrutínio do Estado. Essa é a urgência que queima em Portugal.
O senhor Sarkozy expulsou milhares de ciganos búlgaros e romenos que acampavam em vilas e cidades, se dedicavam à mendicidade e ao roubo e recebiam subsídios do Estado francês.
Por:António Ribeiro Ferreira, Jornalista
A senhora Merkel decretou o fim do multiculturalismo, um rotundo fracasso, e avisou os imigrantes que, a partir de agora, têm de aceitar os valores cristãos germânicos e falar alemão. A alternativa é a porta da rua. Holanda, Suécia e Dinamarca seguem as pisadas da França e da Alemanha neste arrumar da casa depois de anos e anos de utopia, laxismo e hipocrisia em matéria de imigração, particularmente em relação aos cidadãos oriundos de países islâmicos. A Europa da paz, do amor, do bem-estar, das flores e do medo de represálias dos fundamentalistas morreu. Finalmente pôs os pés na Terra. E acabou a lamechice.
Visita: Portugal e Venezuela assinam acordos de cooperação
‘‘Dar as duas mãos ao amigo Sócrates’’
"Daqui a vinte anos, voltaremos a encontrar-nos aqui, eu presidente e tu primeiro-ministro, a não ser que tenhas planos para te retirares da política." A frase dita entre risos perante a placa inaugural da fábrica Enercom, em Viana do Castelo, um dos locais que o presidente venezuelano Hugo Chávez visitou ontem, durante a sua deslocação aos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC), mereceu como resposta de José Sócrates um tímido "tenho, tenho". O primeiro-ministro conseguiu evitar um grupo de cem pessoas que se manifestavam contra as portagens na A28.
Por:Fátima Vilaça

Sócrates esteve muito solicito ao lado de Chavez e até se baixou para apanhar papéis
Na primeira década do novo milénio, só o Haiti viu o ível de riqueza baixar. Mas a Itália, Portugal e Japão aparecem como os países com a menor evolução da riqueza gerada. Tecnicamente, os dois países latinos e o do Extremo Oriente sofrem uma longa estagnação económica. Mas Portugal, apesar de ter sintomas idênticos aos do Japão e da Itália (PIB anémico e elevado risco de envelhecimento da população), não está no mesmo barco.
Por:Armando Esteves Pereira, Director-Adjunto
O império nipónico está há quase duas décadas com um PIB estagnado, mas ainda é dos três mais ricos do Mundo, tem empresas globais e marcas muito fortes. A Itália tem um grande endividamento público e grandes assimetrias entre o Norte e o Sul, mas, tal como o Japão, tem empresas fortes no mercado globalizado e as suas marcas gozam de uma grande imagem a nível mundial. Portugal, que antes da globalização ganhava quotas de mercado no Mundo graças aos preços da mão-de-obra (agora elevados face à concorrência asiática), vai enfrentar uma nova década que ameaça ser ainda pior. O Orçamento restritivo deve trazer a recessão em 2011 e elevar o desemprego para patamares aterradores. A má imagem que o País já tem vai afastar o cada vez mais escasso investimento externo.
Caetano Veloso e Gilberto Gil cantavam que o "Haiti não é aqui". Os dois baianos referiam-se ao Brasil, porque em 2020 Portugal arrisca-se a que o Haiti seja quase aqui.
Domingo, 24 de Outubro de 2010
"A monarquia fez Portugal e criou um Império; a República acabou com o Império e está em vias de acabar com Portugal."
Inscrevi-me nas novas oportunidades e desisti, aquilo não fazia sentido, o guião está escrito e não nos podemos desviar daquilo que as formadoras querem que conste do referencial.
Os nossos reais temas e conhecimentos de vida de nada servem, se não for o que as formadoras querem que se enquadre no guião é pura e simplesmente ignorado, é palha como elas dizem.
Não existe um qualquer tipo de aprendizagem.
Não existe nenhum tipo de avaliação.
Existem pessoas que não sabem uma palavra de inglês, francês etcaetera.
Existem pessoas que dominam fluentemente o inglês, francês etcaetera.
Não há distinção entre os candidatos, não há selecção, não há critério não há nada…é uma treta.
Comentário por Joaquim Barbosa — Outubro 17, 2010 @ 12:07

A DGCI diz que tem obtido “resultados expressivos no combate à economia paralela que ainda grassa no sector da restauração”.
O objectivo é detectar o incumprimento das regras de registo de vendas para determinar, numa segunda fase, auditorias.
Os inspectores do fisco têm vindo a sentar-se à mesa de vários restaurantes, em todo o país, para identificar os riscos nestes estabelecimentos. As equipas de inspecção actuam directamente nestes estabelecimentos, sem conhecimento do contribuinte, para observação do negócio. Objectivo: detectar o incumprimento de regras de registo de vendas para determinar, numa segunda fase, auditorias.
A medida advém da necessidade de selecção segmentada de contribuintes de risco a fiscalizar e junta-se a um conjunto de outros procediments de fiscalização e que tomam a forma de um manual da inspecção na restauração, a que o Diário Económico teve acesso. A observação-teste é um dos métodos aí apontados e que os inspectores tributários deverão ter em conta na fiscalização as vários estabelecimentos que abrange o sector: restaurantes, marisqueiras, ‘snack bares' (refeições ligeiras a qualquer hora ao balcão), ‘coffee-shop' (serviço semelhante ao snack bar, mas com mesas), ‘take-away', ‘self-service' e pizzarias.
O controlo tributário dos restaurantes e actividades relacionadas está previsto no plano de actividades da inspecção tributária (PNAIT) para 2010, onde estes estabelecimentos continuam a ser apontados como sector de risco na fraude e evasão. Por isso, foi fixado que, durante este ano, seria alvo de "uma acção planeada e coordenada a nível central" e com "selecção segmentada de contribuintes de risco a fiscalizar". O PNAIT frisa a necessidade da consolidação dos modelos de controlo na restauração, destacando que o fisco tem obtido "resultados expressivos no combate à economia paralela que ainda grassa no sector".
Segundo fonte da inspecção tributária, "o método da observação no local está a servir, numa fase prévia à auditoria, para detectar o incumprimento de regras como manutenção da caixa registadora aberta, que indicia falta de registo das vendas e para o inspector pedir um recibo para posteriormente confirmar o seu registo".
*Leia a versão completa na edição de hoje do Diário Económico
O Fisco já apertou cerco ao sector dos eventos com inspectores à paisana. O negócio dos casamentos mereceu especial atenção.
As acções com inspectores a actuarem sem identificação para recolherem informação sobre sectores considerados de risco já não são novas. Foi com o mesmo objectivo de identificar quem está a fugir ao fisco que, em 2008, o sector de organização de eventos foi alvo de acção semelhante. O negócio dos casamentos mereceu especial atenção dos inspectores tributários que utilizaram o mesmo método da observação, que está a ser aplicado aos restaurantes, para identificarem as empresas de catering e locais de realização destes eventos, nomeadamente quintas. Um sector que estava à margem da tributação e onde foram apanhas muitas empresas não declaradas.
No mesmo ano, na sequência desta identificação, os serviços de Finanças acabariam por enviar cartas a recém-casados onde exigiam resposta a informação sobre os gastos com a boda, do restaurante, vestido de noiva, fotógrafos, floristas e animação. Na altura, os casais que não enviaram - em 15 dias - a informação detalhada às Finanças foram mesmo ameaçados de incorrerem numa coima que podia ascender aos 2.500 euros.
Também em 2009 a Exponoivos, exposição de produtos e serviços relacionados com o casamento, nas instalações da Feira Internacional de Lisboa (FIL), foi visitada por Equipas de fiscalização da Direcção Distrital de Finanças de Lisboa. Os inspectores do Fisco actuaram sem identificação com o objectivo de recolher elementos relacionados com o negócio dos casamentos.
A coligação governamental anunciou, na semana passada, o plano da despesa pública britânica para os próximos quatro anos.
O Governo britânico anunciará dentro de dias que irá vender até metade das florestas do país, no âmbito do plano para combater o défice.
PS: As nossas arderam!
Orçamento: José Sócrates ameaça demitir-se caso OE seja chumbado
Portugal pagou ontem juros recorde desde a entrada em vigor do euro
Mercados não dão tréguas a Portugal
Por: Pedro H. Gonçalves/J.F.
É a resposta dos mercados ao impasse criado na aprovação do Orçamento do Estado de 2011, com o primeiro-ministro, José Sócrates, a garantir que, se aquele for chumbado, o Governo demite-se.
O juro exigido pelos investidores para aplicarem em obrigações portuguesas a dez anos subiu 15,6 pontos-base para os 6,458%, batendo o recorde histórico que tinha sido imposto apenas nesta segunda-feira. Os analistas do mercado acreditam mesmo que Portugal pode chegar a pagar 7 por cento em leilões futuros de dívida pública. Portugal paga agora quase 42 milhões de euros em cada mil milhões de dívida pública emitida. O risco para segurar os títulos portugueses também disparou cerca de 8%. Só a Grécia e a Irlanda pagam mais.
Os analistas têm reiterado as semelhanças entre a situação das contas públicas portuguesas e as da Grécia no mês que antecedeu a entrada do Fundo Monetário Internacional (FMI) no país. E a ameaça de demissão do Governo não ajudou a acalmar os mercados.
Em Nova Iorque, Sócrates reiterou o que o ministro da Presidência já tinha dado a entender: "Parece-me que decorre do bom senso político que, quando um Governo não tem um Orçamento aprovado, também não tem condições para governar." Uma ameaça que apenas fez subir o tom no PSD.
O primeiro-ministro considera que poderá ser mais justo, eventualmente, aumentar impostos do que colocar em causa a Saúde e Educação públicas e recusou reduzir o défice só com corte na despesa. "Não aceito reduzir a despesa se isso atingir a Saúde, a Educação, porque o País precisa de bons públicos". "Nós vamos reduzir a despesa em áreas muito significativas, mas não aceito a ideia de que tudo deve ser feito apenas à custa da redução da despesa", disse, na sede das Nações Unidas.
16 De Setembro de 2010
Sócrates critica "alarmismo" com dívida pública
O primeiro-ministro classificou esta quinta-feira, em Bruxelas, de "alarmistas" as notícias que dão conta de um descontrolo da dívida pública tendo assegurado que o Governo irá atingir os objectivos orçamentais definidos.
"Este ano vamos atingir os objectivos orçamentais" e "trata-se de puro alarmismo pretender que os resultados e a realidade" são diferentes, declarou José Sócrates, citado pela agência Lusa, no final de uma reunião dos chefes de Estado e de Governo da União Europeia.
O chefe do Governo explicou que neste momento "a receita é maior" do que se esperava e a despesa "também está em linha com o que estava orçamentado".
RECEITA MAIOR = subida dos impostos
Despesas = mantêm-se
As instituições publicas têm sido em Portugal “monstros sagrados”. Esmagam a Sociedade civil, através do pagamento de impostos que ela não pode pagar ! Impostos que nada têm que ver com ela! Existem, não para servir a sociedade civil, mas para servir os inúmeros interesses e aligeirar as assustadoras estatísticas. Pelo medonho mundo de tais impostos, passam todo o tipo de interesses. Também por lá passa a corrupção e os vícios do sistema político. Também a falta de transparência que é nacional. Também os privilégios dos defensores do “Estado Patrão”.
Tudo isto não é pessimismo, é ir ao fundo do poço e sem essa viagem, as coisas não se alterarão. Foi o povo mais desprotegido, que se habituou a resistir e a desconfiar de um Estado professoral e intrometido, que manteve sentimentos correspondentes ao que hoje a esquerda chama, com horror, de “neoliberalismo”.
Desde sempre foi este poder estatal o causador do endividamento crónico do Estado, da inflação e das ameaças de bancarrota. Não o povo simples e trabalhador.
Só em 2006 a nossa divida pública cresceu cerca de 7 mil milhões de euros!
De facto este país subsiste. Felizmente também subsistem aqueles que pagam o esbanjamento dos políticos. A sua incompetência. Os custos materiais e morais da corrupção!
É este o povo autêntico. É este povo anónimo que os políticos devem saber ouvir, entender e respeitar. A razão e a verdade estão com ele. Mas continua a ser sobre ele que o travão da despesa pública está a incidir, arrasando o poder de compra das famílias! Apesar disso, a derrapagem das contas públicas lá vai, pelos vistos, de despiste em despiste até ao desastre inevitável. Ainda antes desse desastre final, já terão caído os valores e a família andará perdida, sem referências dignas desse nome. São os tempos das medidas fracturantes, no qual, os alicerces da sociedade que tivemos, terão sido lentamente corroídos.
António reis Luz
Picota- Do céltico, árabe ou francês? Engenho simples, tosco em madeira, que serve para tirar água dos poços pouco fundos ou de vales, rios e ribeiras, para as regas, formada por uma longa vara ou tronco basculante, o vaivém, chamado balança, balanço, esteio ou cambão, de pinheiro, eucalipto, ... , que se apoia, através de um eixo, num prumo ou poste vertical, denominado pégão ou pilar, forquilha ou garfo e tem numa das extremidades um peso devidamente calculado, uma simples pedra e na outra suspenso, de duma haste rígida- a varela-, onde fica preso o balde de zinco ou de madeira, destinado à elevação da água, que é deitada no tombadouro ou tabuleiro, que podia ser de zinco ou madeira, indo de seguida, para os regos ou leiras para fazer a rega directa. Este aparelho também é conhecido por cegonha, burra.
Os alcatruzes da nora
estão certamente fora do sítio de quem produziu a legislação sobre o registo de poças, noras, charcas, furos, fossas etc Portugal vive mediaticamente em torno de Lisboa, Porto e respectivos bairros problemáticos e parques tecnológicos. Para lá disso existe um outro país sobre o qual se produz um discurso bondosamente insuportável sobre raízes e tradições. No mais esse país é verdadeiramente tratado por cima da burra pela administração pública. Por exemplo um português que pode nem sequer ter água canalizada passa a ter de subservientemente pedir autorização para poder consumir legalmente a água do furo/poço que teve de abrir ele ou os seus avós.
INSURGENTE

PERDURAM NUMA VELHA E HISTÓRICA QUINTA