O Governo apresentou à Assembleia da República uma proposta de alteração ao Orçamento do Estado que pressupõe um défice da ordem dos 8%.
Nada de surpreendente, após um período eleitoral com o alibi de uma crise.
O que admira é que há apenas dois meses o discurso oficial se baseasse no feito histórico da resolução do desequilíbrio das contas públicas e, só por causa da crise, o défice orçamental rondasse, nessa altura, os 5%.
Como não é possível, em dois meses, ter ocorrido um deterioração com esta amplitude, resta concluir que houve um mascarar intencional de uma situação há muito existente, mas que teve de ser encoberta para não suscitar mais reservas quanto à política que estava a ser seguida.
É ao ministro das Finanças, que foi o arauto da negação da evidência, que cabe agora a grande tarefa de fundamentar os valores apresentados, porque já se viu que só anunciar números deixou de ter significado.
Percebe-se que se prepara o ambiente e o caminho para o aumento de impostos, se não declarado, pelo menos camuflado. O que significa o novo Código Contributivo se não um aumento de impostos?
O ministro das Finanças veio agora confirmar o que muitos já diziam. Não me espantaria vê-lo tomar medidas a que sempre se opôs para resolver uma situação que sempre negou.
Manuela Ferreira Leite
FUGA DE CAPITAIS ATINGE RECORDE ESTE ANO !!!
Dinheiro português em paraísos fiscais cresceu e 2,8 mil milhões
Em apenas nove meses, o investimento português em regiões «offshore» já cresceu mais do que em qualquer ano, desde 1996 (começo do socialismo). De acordo com os últimos dados do Banco de Portugal, divulgados na semana passada no Boletim Estatístico de Novembro, as aplicações financeiras dos portugueses, num conjunto de 36 paraísos fiscais, aumentaram e 2,8 mil milhões este ano.
Esta verba corresponde à diferença entre o dinheiro aplicado e retirado neste período e que também é afectado por variações cambiais e de cotações dos activos. Os paraísos fiscais receberam, este ano, 10% do saldo de investimento em activos como acções, obrigações, fundos de investimento ou outro tipo de instrumentos financeiros. Desde 1996 já foram investidos nestas regiões quase e16 mil milhões, mais do que as verbas canalizadas, por exemplo, para países como a Alemanha ou Espanha. O expresso tentou saber quais os sectores institucionais que realizaram estas aplicações mas o Banco de Portugal não facultou essa informação, remetendo para os dados anuais do FMI, que apenas vão até 2007. Recorde-se que, no final desse ano, o Estado ainda tinha dinheiro aplicado em «offshore».
EXPRESSO
PS: Tudo isto é de espantar! A era socialista, que já vai demasiado longa, começou com Guterres a apelar ao consumo. Seria o motor do crescimento económico ! Pura fantasia de impreparados. Mas ao povo soube-lhe bem.
Começa também com um secretário de Estado do Tesouro, a atacar brutalmente as poupanças dos portugueses, diga-se "Certificados de Aforro". É, pois, natural esta fuga, quem poupa, sacrifica-se para o conseguir, mas cansa-se de ser maltratado e enganado! Afinal até o Estado coloca nas «offshore» o nosso dinheirinho! Os bancos para emprestarem recorrem a crédito estrangeiro (o país não tem dinheiro), pagando eles e os seus credores altíssimos juros e «spreads»! Não sei fazer tais contas, mas, sinto (um "feeling"), de que o país perde em toda a linha ! Os bancos não se queixam, os construtores civis também não, parecem até gostar muito de Sócrates, todavia, a "bolada" cai toda em cima do povo empobrecido. Aumento de impostos está à vista !
" A GRANDE PRIORIDADE DE JOSÉ SÓCRATES NÃO SÃO OS POSTOS DE TRABALHO, MAS A AJUDA ÀS EMPRESAS DO REGIME"
Henrique Neto - Empresário
01 Dezembro 2009 - 09h00
Não seria de esperar que Ricardo Rodrigues exigisse a divulgação das “conversas privadas” entre Sócrates e Vara?
Estava o país posto em sossego a dissertar melancolicamente sobre temas menores – como a operação ‘Face Oculta’, o combate à corrupção, o espectáculo da Justiça, o descalabro orçamental, o galopante endividamento público e o inevitável aumento de impostos – quando algumas almas mais atentas se lembraram de apimentar este desconchavado ramalhete com a nomeação de Fernando Lima para assessor da Casa Civil da Presidência da República. Sempre em cima do acontecimento, o ‘Diário de Notícias’ dedicou, de imediato, a sua primeira página a este hipotético escândalo. Fernando Lima, "o assessor das escutas", como há quem goste de o chamar, não só não tinha sido corrido de Belém por indecente e má figura como fora inesperadamente promovido por Cavaco Silva, em total desrespeito pelas fortes convicções dos democratas do costume – que naturalmente o viam já condenado ao subsídio de desemprego.
Como seria de esperar, sucedeu-se uma séria de indignações avulsas.
O deputado Ricardo Rodrigues, excelso vice-presidente da bancada socialista, declarou-se – usando a Assembleia da República para se exprimir a título pessoal – "estupefacto" com a desfaçatez, presume-se, do Presidente da República. Sabendo que o sr. Ricardo Rodrigues não é particularmente dado a grandes estupefacções, assimilando com grande naturalidade os inúmeros imbróglios em que está envolvido o PS, pode-se perguntar o que o terá levado a estes extremos em relação a Fernando Lima. A resposta, comezinha, passa obviamente por tentar diluir a trapalhada em que se enrolou o eng. Sócrates com as suas "conversas privadas" com o amigo Armando Vara, ao mesmo tempo que se tenta simultaneamente retirar margem de manobra ao Presidente da República para se pronunciar sobre toda esta matéria.
Esta táctica, tão brilhantemente cozinhada, sofre, no entanto, de algumas deficiências. Em primeiro lugar, Fernando Lima não foi apanhado em nenhuma escuta, muito menos numa escuta relacionada com um processo criminal. Em segundo lugar, Fernando Lima foi sacrificado porque o ‘Diário de Notícias’, em plena campanha eleitoral, decidiu publicar um mail privado de um jornalista do ‘Público’, declarando pomposamente que este era do interesse público – o que obviamente não era. Por último, a "estupefacção" do sr. Ricardo Rodrigues vem do facto de ter tido conhecimento do mail privado de um jornalista. Não seria então de esperar que o mesmo Ricardo Rodrigues exigisse a divulgação das "conversas privadas" entre José Sócrates e Armando Vara de forma a podermos ficar todos também estupefactos?
Constança Cunha e Sá, Jornalista
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