Sábado, 31 de Outubro de 2009
DISCURSO DO LÍDER DO PPD/PSD, HELDER SÁ, NA TOMADA DE POSSE.
Na qualidade de representante do PPD/PSD na Assembleia de Freguesia de Queijas e Linda-a-Pastora desejo cumprimentar os vencedores do acto eleitoral de 11 de Outubro;
De igual modo cumprimentamos os restantes eleitos, merecedores da confiança de parte da população desta Freguesia.
Uma palavra de saudação aos membros do Executivo e Assembleia que cessam funções. Acreditamos que deram o melhor de si, contribuindo para o desenvolvimento da nossa freguesia e dos seus habitantes.
Uma palavra de agradecimento ao CDS-PP e ao PPM nossos parceiros na coligação Mais Oeiras.
A postura dos eleitos do PPD/PSD será de colaboração crítica ou de oposição construtiva em relação ao novo Executivo da Junta de Freguesia. A batalha das ideias e propostas terminou no passado dia 11, é chegada a hora de viabilizar o funcionamento do Executivo e da Assembleia, o que faremos.
Oriundos da mesma família política, a social-democracia, o PPD/PSD e o Grupo de Cidadãos Eleitores vencedor das eleições, sendo um ponto de convergência, acarreta-nos, enquanto Oposição, uma maior responsabilidade, que não enjeitamos.
Este acto de viabilização poderá não ser entendido por algumas forças políticas, porém, relembramos que no Mandato cessante a governabilidade foi também assegurada por forças que a partir de hoje serão Oposição ao Executivo.
Vamos escrutinar o Executivo como ele não foi escrutinado no Mandato 2005/2009.
Continuamos a acreditar, fruto da nossa experiência profissional, que a delegação de competências na área da limpeza urbana, vulgo “varredura de ruas” e recolha de “monos”, bem como a transferência da gestão do Mercado para a Junta de Freguesia de Queijas e Linda-a-Pastora seriam um passo importante para a descentralização tantas vezes prometida, raramente cumprida.
Queijas Merece Mais que tapar buracos ou colocar pilaretes, Queijas Merece que a Câmara Municipal lhe confie competências para melhor servir os cidadãos.
Aos direitos que a Câmara Municipal exige que o Governo cumpra em diversas áreas, deve corresponder idêntico tratamento daquela para com a Junta de Freguesia de Queijas e Linda-a-Pastora. Há que ultrapassar a vertente burocrática a que estão sujeitas a
Juntas, limitadas a pouco mais que à emissão de atestados de residência e de insuficiência económica.
A “Excelência” tantas vezes exaltada pelo Presidente da Câmara Municipal, o número considerável de licenciados, que também estendeu à Junta de Freguesia de Queijas, quer em relação a Presidente que agora cessa funções, quer ao que hoje as assume.A tal “Excelência” deverá corresponder uma maior transferência de competências. Chega de retórica.
Vamos escrutinar o cumprimento das promessas eleitorais de Executivo, sabendo que as mesmas não podem ser dissociadas das promessas feitas pelo reeleito Presidente da Câmara Municipal.
Aprendemos ao longo da vida que “o exemplo vem de cima”, descrente neste ditado queremos acreditar que o exemplo deve vir de “baixo” (e este “baixo” são as Juntas de Freguesia), pelo que vamos pugnar por uma gestão transparente (e esta afirmação não significa que a gestão desta casa não seja ou não tenha sido transparente), deixamos já o apelo para que os requerimentos que vierem a ser entregues pelos eleitos do PPD/PSD sejam respondidos em tempo útil e de forma esclarecedora.
Damos ao Executivo agora empossado o benefício da dúvida, não temos razões para pensar e agir de forma contrária. Tal não significa que prescindamos dos nossos Valores.
Francisco Sá Carneiro disse, um dia, que o País está em 1.º lugar, só depois o Partido.
Para nós, eleitos do PPD/PSD, Queijas está em 1.º lugar, Oeiras em 2.º e o Partido em 3.º e acima de todos eles AS PESSOAS ESTÃO EM
PRIMEIRÍSSIMO LUGAR, não importa o seu “status social”!
As maiores felicidades aos Srs. Membros do Executivo, aos Srs. e Sras. Membros da Assembleia de Freguesia, extensivas também ao Eng. Ricardo Barros nas funções de Vereador.
Viva Queijas e Linda-a-Pastora!
Viva Oeiras!
Centro Paroquial de Queijas, 30 de Outubro de 2009.
Publicado por PauloMorais em 28 Outubro, 2009
“No vértice do governo, está um homem refém dos grandes grupos económicos, aos quais hipotecou o país. Aguenta-se no cargo sem honra nem glória, descredibilizado pessoalmente e diminuído politicamente. Ser primeiro-ministro é o seu crime e o seu castigo.”
Hoje no JN
Ernâni Lopes
Portugal vai conseguir sair mais cedo desta crise?
Lamentavelmente, não. Acredito mesmo que sairá mais devagar e com maiores dificuldades, falando da actividade macro, medida pelo PIB. E, se falarmos sobre o emprego e questões sociais, não há nenhuma recuperação à vista. A evolução dos últimos anos implicou destruição de riqueza e emprego a níveis a que não se assistia há décadas à escala internacional. Resulta da conjugação do quadro macro – a evolução económica e financeira geral – com a evolução tecnológica e a competição global.
Este post é dedicado ao Gonçalo Pires que acha que as reformas estruturais podem ser substituidas por um reforço do “espírto coporativo”. “Tudo pela Nação, nada contra a Nação”
INSURGENTE
http://aeiou.expresso.pt/se-nao-agirmos-ja=f544792
Se não agirmos já...
...Continuaremos a sentir cada vez mais o impacto das alterações climáticas no nosso quotidiano. Actores, ambientalistas, uma prémio Nobel da Paz e chefes de Estado alertam para a importância da Cimeira de Copenhaga, a realizar já no próximo mês de Dezembro.
O BCP NUMA CAMISA DE ONZE VARAS
Depois da guerra fratricida entre accionistas, que deixou o BCP à beira do abismo, eis que agora o ovo da serpente foi chocado no próprio conselho de administração. A acusação de que o vice-presidente Armando Vara pode estar ligado a uma rede tentacular que visava assegurar negócios com grandes empresas do Estado é devastadora para o próprio, mas também para a instituição.
O BCP vive no fio da navalha. Sobre ele paira o espectro da nacionalização ou do seu desmembramento. Agora ganhou mais uma camisa de onze varas. Não é só a acusação de envolvimento na tal rede. É a de ter recebido o dinheiro do suborno nas próprias instalações do banco onde é dirigente.
A suspensão imediata de funções por parte de Armando Vara, até total esclarecimento das acusações, é a única solução que pode minorar as consequências de mais um caso devastador para o banco. Tudo o resto só servirá para desmoralizar um pouco mais todos os excelentes quadros do BCP.
Expresso - Nicolau Santos - 31-10-2009
A BIBLIOTECA DIGITAL MUNDIAL DA UNESCO (UMA JÓIA)
Www.wdl.org
Olá
Envio-vos o que considero, sem dúvida, o arquivo CULTURAL mais importante que recebi!!! A NOTÍCIA DO LANÇAMENTO NA INTERNET DA WDL.....
A BIBLIOTECA DIGITAL MUNDIAL. QUE PRESENTE DA UNESCO PARA A
HUMANIDADE INTEIRA !!!! especialmente para OS JOVENS
Já está disponível na Internet, através do sítio www.wdl.org
É uma notícia QUE NÃO SÓ VALE A PENA REENVIAR MAS SIM É UM DEVER
ÉTICO, FAZÊ-LO!!
Reúne mapas, textos, fotos, gravações e filmes de todos os tempos
e explica em sete idiomas as jóias e relíquias culturais de todas
as bibliotecas do planeta.
Portugal é um país sui generis. Os primatas que por cá nascem andam de pé como o homo sapiens. Interiormente, contudo, quase todos vivem agachadinhos. Basta sentirem que alguma coisa que digam ou façam os pode prejudicar na sua vidinha e zás: do peito dos bravos lusitanos salta logo o "homo agachadinhus" que trazem dentro deles. Mas o pior de tudo é desagradar ao padrinho ! As consequências podem ser terríveis e muito duradouras !
Os sinais de má formação congénita são os seguintes: quem devia falar, não fala; quem devia escrever, não escreve; quem devia opinar, não opina.
Quem devia demitir-se, não se demite.
Nem todos, contudo, sofrem do mal. (..... )
Nicolau Santos - Expresso 31-10-2009
http://aeiou.expresso.pt/video-jornalistas-no-mundo-da-ficcao=f544551
O que têm em comum um romance sobre a perda, 12 contos sobre os hábitos da sociedade, uma metáfora sobre o fim do Império, Portugal visto por três gerações de mulheres, uma história de mistério que começa com um bilhete escrito por uma velha louca em papel pardo e uma novela que cruza o destino de uma rua condenada com um casal a desmoronar-se? São histórias de ficção escritas por jornalistas.
Por uns momentos Rodrigo Guedes de Carvalho, Clara Ferreira Alves, Fernando da Costa, Inês Pedrosa, Henrique Monteiro e Mário Zambujal deixaram os factos de lado e dedicaram-se à ficção.
Até dia 5 de Dezembro, pode adquirir com o Expresso e a Revista Visão obras destes autores/jornalistas. A colecção chama-se jornalistas escritores - escritores jornalistas.
Na apresentação do livro a Economia no Futuro de Portugal - que conta com a parceira do SOL - o responsável afirmou ainda que considera «muito preocupante a situação em geral do país» com um fraco crescimento económico, elevados custos sociais, grande nível de desemprego, forte endividamento e carga fiscal e falta de qualificação dos portugueses.
António Carrapatoso lamenta que «o Estado esteja politizado, aumentando a dificuldade em atrair e reter bons quadros». Uma das consequências é «a fraca qualidade, em geral, dos serviços públicos», sendo o Estado «um indutor da promiscuidade politico-económica».
«Os ministros não devem estar preocupados em andar a falar com presidentes de empresas nem a geri-las», disse.
António Carrapatoso defende um modelo de Estado focado na regulação, promotor da qualidade de vida dos cidadãos, que garanta a igualdade de oportunidades e coesão social e que propicie a criação de riqueza.
O chairman da Vodafone manifestou ainda preocupação com a independência da comunicação social. «O Estado deve garantir a independência da comunicação social. São preocupantes alguns passos que têm sido dados» pela classe política, critica.
ricardo.d.lopes@sol.pt
O Dia das Bruxas, tradição celta com mais de dois mil anos, é comemorado hoje à noite com jantares, festas e concertos em vários locais do país.
As raízes da festa remontam ao festival celta Samhain, que servia para comemorar o ano novo. Em Portugal, é em Bragança que o Dia das Bruxas tem mais tradição, com a Noite das Bruxas e a Festa da Cabra e do Canhoto, na Aldeia de Cidões.
A 1 de Novembro marcava-se o final do Verão e o início do Inverno frio e escuro, associado à morte. Os celtas acreditavam que se esbatia a fronteira entre o mundo dos vivos e o dos mortos e que os fantasmas regressavam.
A influência cristã, através do Papa Bonifácio IV, redefiniu o dia 01 de Novembro como o de Todos-os-Santos. A celebração foi denominada “All-hallows” ou “All-hallowmas”, que acabou por evoluir para Halloween.
Sexta-feira, 30 de Outubro de 2009
<input ... >Hoje A Economia no Futuro de Portugal, estudo elaborado pela consultora SaeR e editado com o apoio do SOL, lança discussão e traça pistas para o desenvolvimento nacional. O autor deste trabalho, Ernâni Lopes, apresentou-o hoje, num evento em que António Carrapatoso e Vítor Bento também se mostraram preocupados com o rumo do país
Na sessão decorreu esta manhã no Centro Cultural de Belém tem a intervenção do autor da obra, Ernâni Lopes, antigo ministro das Finanças e actual presidente da consultora SaeR, afirmou que «a corrupção e as burlas condenam o país e que vale tudo para enriquecer depressa».
António Carrapatoso, chairman da Vodafone, foi um dos oradores convidados e deixou claro que, no seu entender, as «grandes obras públicas são um erro», caracterizando a situação geral do país como «muito preocupante».
O presidente da SIBS, Vítor Bento, mostrou-se preocupado com com o papel do país no contexto internacional: «Vamos ser para a Europa o que Trás-os-Montes é para Portugal».
SOL
A corrupção e o tráfico de influências junto do Governo e das empresas públicas.
Leia tudo o que o MP diz sobre a ‘Operação Face Oculta’
Contactos com governantes
Um mês depois, Lopes Barreira manifestou-se disponível a Godinho para falar com Jorge Coelho, presidente da Mota-Engil e ex-ministro de António Guterres, no sentido de lhe arranjarem trabalho para as suas empresas. Só em 2008, o grupo O2 facturou mais de 50 milhões de euros, quando no ano anterior não tinham ido além dos 24 milhões de euros.
Além de Coelho, Lopes Barreira afirmou a Godinho que possuía boas relações com o então ministro das Obras Públicas, Mário Lino (peça fundamental para desbloquear o conflito que a REFER tinha com Godinho) e com João Mira Gomes, secretário da Estado da Defesa. O empresário disponibilizou-se para falar com Gomes, seu amigo pessoal, para «espoletar o favorecimento do universo empresarial» do grupo O2 junto das empresas tuteladas pelo Ministério da Defesa, nomeadamente com os Estaleiros Navais de Viana do Castelo – empresa com a qual Godinho se queixava não ter relações comerciais.
Vara apresenta a Godinho administrador da EDP
Armando Vara, por seu lado, apresentou a Godinho um administrador da EDP Imobiliário, chamado Paiva Nunes – tendo alegadamente solicitado cerca de 10 mil euros em numerário como contrapartida que lhe foram entregues no seu gabinete do BCP, na Av. José Malhoa, em Lisboa. Paiva Nunes, segundo a PJ de Aveiro, terá favorecido as empresas de Godinho em diversos concursos lançados por aquela empresa. Paiva Nunes chegou a pedir a Manuel Godinho que lhe indicasse três empresas para uma consulta ao mercado que o grupo EDP iria realizar, ao que o líder da O2 indicou duas sociedades por si lideradas e um empreiteiro da sua confiança. O objectivo era claro: o grupo de Godinho ganharia o concurso.
Através do gestor da EDP (que chegou a ser candidato do PS à Câmara de Sintra), Godinho ‘chegou’ a Paulo Costa, director de Relações Institucionais da Galp. Costa, que é dado por Paulo Penedos como «amigo de Armando Vara», ligou a Manuel Godinho no dia 3 de Junho de 2009 e discutiu com o gestor da O2 «pormenores capazes de possibilitar o favorecimento» da FRACON – Construção e Reparação Naval, Lda – uma das empresas do grupo O2.
Paiva Nunes e Paulo Costa receberam de Manuel Godinho dois veículos topo gama, tendo o primeiro recebido um Mercedes SL 500 (avaliado em 161 mil euros) e o quadro superior da Galp um Mercedes CL 65 (avaliado em mais de 280 mil euros). A PJ de Aveiro entende que os dois veículos são uma contrapartida pelas decisões dos dois gestores.
Gestor do PS apresenta ‘colega’ a Godinho
Paulo Costa apresentou a Godinho mais um gestor ligado ao PS: José António Contradanças. Ex-dirigente do PS e ex-administrador do Porto de Sines no tempo de Jorge Coelho como ministro das Obras Públicas, Contradanças é agora administrador de uma empresa do grupo EMPORDEF – holding estatal controlada pelo Estado através do Ministério da Defesa.
Contradanças ligou a Manuel Godinho no dia 5 de Junho de 2009, «dando-lhe conta que Paulo Costa lhe havia transmitido que estaria interessado em ser favorecido nos concursos e nas consultas públicas» na área dos resíduos industriais lançados pela empresa IDD – Indústria de Desmilitarização e Defesa, SA., lê-se no mandado de busca a que o SOL teve acesso.
A principal fonte na REFER
Carlos Vasconcellos, ex-administrador do grupo Refer, é mais um gestor público que alegadamente terá sido subornado por Manuel Godinho. Segundo a PJ, Vasconcelos terá recebido de Godinho cerca de 2.500 euros em numerário para que lhe «continuasse a fornecer informação privilegiada sobre o posicionamento, o pensar e o sentir da administração da Refer», segundo se pode ler no mandado das buscas realizadas na passada quarta-feira. Vasconcellos foi uma peça importante na tentativa de afastamento da administração liderada por Luís Pardal. O ex-administrador do grupo REFER, hoje simples funcionário, tinha sido afastado por Pardal depois de a empresa ter descoberto, através de um inquérito interno, o seu envolvimento nos alegados favorecimentos às empresas de Godinho nas adjudicações da gestora da rede ferroviária.
online@sol.pt
Operação Face Oculta
Gestores do PS implicados
Por Ana Paula Azevedo, Graça Rosendo e Luís Rosa
Manuel Godinho, presidente da empresa de tratamentos de resíduos envolvida no processo ‘Face Oculta’, beneficiou de uma extensa rede de gestores ligados ao PS para conseguir os melhores negócios em várias empresas participadas pelo Estado.
O DIAP (Departamento de Investigação e Acção Penal) do Baixo Vouga e a Polícia Judiciária (PJ) de Aveiro entendem ter provas de que Armando Vara, vice-presidente do Banco Comercial Português (BCP), juntamente com os gestores Lopes Barreira (Consulgal), Paiva Nunes (EDP Imobiliária), Paulo Costa (Galp) e António Contradanças (Empoderf), Carlos Vasconcellos (Refer), José Penedos (presidente da Rede Eléctrica Nacional) e Paulo Penedos (assessor da Comissão Executiva da PT) ajudaram de forma ilegítima Manuel Godinho e o seu grupo O2 a ganharem concursos públicos naquelas e noutras empresas.
A PJ entende que Armando Vara, Paulo Penedos, Paiva Nunes, Paulo Costa e Carlos Vasconcellos receberam avultadas contrapartidas financeiras e patrimoniais para ‘abrirem as portas’ daquelas empresas participadas pelo Estado às empresas de Manuel Godinho.
Vara e Lopes Barreira: figuras centrais
Armando Vara e Lopes Barreira são nomes centrais dessa «rede tentacular», segundo as palavras do DIAP do Baixo Vouga. Amigo de Vara e um dos fundadores da Fundação para a Prevenção e Segurança (polémica entidade que Vara criou enquanto secretário de Estado de António Guterres), Lopes Barreira tem um passado de ligação ao Partido Socialista, ‘mexendo-se’ muito bem nos corredores do poder. Em 1999 foi acusado pelo general Garcia dos Santos, então presidente da JAE (Junta Autónoma de Estradas), de o ter tentado pressionar para contratar militantes socialistas para os quadros daquela empresa pública. Anos antes, a Consulgal, de Lopes Barreira, tinha estado ‘debaixo de fogo’ por ter sido a autora do projecto de renovação da Linha do Norte – obra que, devido a vários erros de vários projectistas, teve um desvio financeiro de mais de 200 milhões de euros.
No processo ‘Face Oculta’, Lopes Barreira é dado como membro de uma «rede tentacular», que, «a troco de vantagens patrimoniais e/ou não patrimoniais» terá exercido a «sua influência junto de titulares de cargos governativos e políticos, titulares de cargos de direcção com capacidade de decisão ou com acesso a informação privilegiada, no sentido de favorecerem» as empresas de Manuel Godinho.
29 Outubro 2009 - 09h00
Da vida real
Articulem-se
A desarticulação das políticas tem sido uma constante, o que explica muito do desnorte que o País vive.
E agora, que políticas públicas? Para já, uma certeza: os recursos são dramaticamente escassos dado o pouco que produzimos. Tudo isto sai agravado pelo muito que importamos, quase tudo. E esta realidade limita o êxito das necessárias políticas públicas sociais.
A desarticulação das várias políticas públicas, quando não o próprio antagonismo entre elas, ainda que sob o chapéu do mesmo Governo, tem sido uma constante dos últimos anos, o que explica muito do desnorte que o País vive.
Não tem havido maturação suficiente para articular, por exemplo, as Finanças com a Economia e o Ambiente, nem a Educação com as verdadeiras necessidades de recursos humanos do País. Basta olhar para o número de licenciados no desemprego, sem necessidade, aqui, de análises mais profundas, num País em que ainda se faz tudo para ter o direito a um "sr. dr." (que no resto da Europa só cabe mesmo aos médicos) e que aqui de pouco vai servindo, apesar do deslumbramento de uns tantos com o dito título.
Pensar nas razões do abandono escolar, com taxas muito elevadas e oferecer cursos profissionalizantes, seria importante. Qualificar as Universidades também (não temos nenhuma nos rankings internacionais).
E já que somos tão bons na arte de improviso, talvez não fosse mau dar um incremento à Investigação em vez de destruir instituições reconhecidas que a faziam.
Saber o que produzir, aproveitar os clusters marinhos que estão abandonados. Investir muito nas estruturas e equipamentos de proximidade, o que baixa os custos, ao invés do investimento só em monstruosos equipamentos longe das populações, o que aumenta os custos.
Mas, insisto, tudo isto tem de estar articulado. Não é cada Ministro para seu lado, como se um Programa de Governo não tivesse de provar essa necessidade de articulação. Definitivamente, o que não basta é o mero elencar daquilo que cada Ministro pretende fazer, como é hábito.
Aliás, infelizmente não foi com espanto que ouvi um Ministro recém-empossado afirmar que cumular duas pastas seria quase antinatural, porque o responsável pelas Finanças deve dizer não... aos demais responsáveis.
É esta cultura que nos leva a lado algum. Se houver um programa articulado, há que dizer não ao que não está no programa e sim ao que nele está, se o programa for sério, claro está, mas essa já é outra questão, embora seja pressuposto de tudo o que aqui vai escrito.
Paula Teixeira da Cruz, Advogada
Hugo Delgado/Lusa União de Sindicatos de Braga promoveu ontem uma acção de solidariedade para com os ex-trabalhadores da Delphi 30 Outubro 2009 - 00h30 - CM
Delphi: Mil funcionários vão ser dispensados em Ponte de Sor e na Guarda
Igreja dá a mão aos despedidos
A Igreja vai ajudar os 430 trabalhadores da Delphi de Ponte de Sor que serão despedidos no final do ano. Roupas, alimentos e dinheiro são algumas das formas de apoio encontradas pela Cáritas Diocesana de Portalegre para minimizar os problemas causados pela falta de trabalho.
"Temos de ser solidários, porque não existem outras perspectivas de inserção para aquelas pessoas", referiu o bispo de Portalegre e Castelo Branco, D. António Dias. Um dos exemplos é Francisco Godinho, de 47 anos e empregado há 25 na unidade. "Tenho mulher e um filho. Sou novo de mais para me reformar e velho para me darem trabalho." Para conhecer a realidade da Delphi de Ponte de Sor, o presidente da Cáritas de Portalegre, Elícidio Bilé, reúne-se hoje com trabalhadores e sindicatos. "No início as pessoas têm dinheiro, mas depois perdem a esperança. O nosso papel é ajudá-las também a ter confiança, e até a apoiar a criação do próprio emprego através do micro-crédito", adiantou.
Além das dispensas em Ponte de Sor, a multinacional prevê despedir 500 trabalhadores na fábrica da Guarda até Março de 2010 e colocar em lay-off 300 em Braga. E se na Guarda a situação está a criar algum "clima de medo", em Braga o anúncio levou a União de Sindicatos a organizar de imediato uma acção de solidariedade.
CLIMA DE MEDO NA GUARDA
Na Delphi da Guarda está instalado um clima de "medo" sobre a lista das primeiras 300 pessoas que a empresa despedirá a 31 de Dezembro. Os trabalhadores não sabem quem sairá da empresa, e por isso evitam falar sobre o assunto, com receio de que o seu nome, não estando na lista, possa vir a ser incluído como represália.
Alterar tamanho de letra
Miguel Baltazar/Jornal de Negócios, Natália Ferraz Armando Vara vai ter de ser ouvido pelo juiz, em princípio no final da próxima semana. Também José Penedos, presidente da REN, será constituído arguido e interrogado 30 Outubro 2009 - 02h00
Investigação: Paulo Penedos recebeu 225 mil € em cheques
Vara recebeu 'luvas' na sede do BCP
Armando Vara e Paulo Penedos receberam dinheiro do sucateiro Manuel Godinho. Para lá do pedido descoberto numa escuta, o dinheiro foi efectivamente entregue e na própria sede do banco onde é vice-presidente. Quem o diz é a PJ de Aveiro que, durante meses, montou vigilâncias a todos os envolvidos na operação ‘Face Oculta’, que, à excepção do empresário detido, começam a ser ouvidos pelo juiz na próxima semana. O ex-ministro e o advogado de Coimbra – filho do actual presidente da REN – receberam de Manuel Godinho contrapartidas monetárias. Os mandados são claros e as vigilâncias e a apreensão de documentação bancária também não deixam dúvidas.
Conheça todos os pormenores na edição de sexta-feira do jornal 'Correio da Manhã'.
Sexta-feira, 9 de Maio de 2008
A VLN, o Remendo nas Calças
Umas calças por levarem um remendo não deixam de ser velhas. Tudo isto a propósito da Via Longitudinal Norte, há mais de 10 anos anunciada e sistematicamente adiada, ou quase.
Em boa verdade anda ali pelos lados da Outurela naquilo que foi designado pelo 1.º sublanço e mesmo assim por iniciativa da CMO. O 2.º sublanço era para chegar a Queijas em 2004 !
O monstro que a partir do ano 2000 se tornou desmedidamente grande, ao abrigo de um consumismo incentivado como panaceia do crescimento económico, provocou no poder central uma magreza assustadora na sua capacidade de realização de obras estruturantes!
Parece lógico que as prioridades de execução do poder central se articulem em paralelo com as do poder local. Na verdade elas, quando falham, afectam sempre vários projectos em curso não só de um, mas de vários concelhos!
Neste caso a não execução da VLN afectou principalmente os concelhos de Oeiras, Cascais e Sintra. No caso de Oeiras afectou durante vários anos, em especial, a boa funcionalidade do principal polo do desenvolvimento estratégico de Oeiras.
Falamos do Taguspark, ou seja uma visão muito acertada da CMO no plano tecnológico, que só agora foi descoberta pelo poder central e ainda de uma forma incipiente! A falta destas infra-estruturas (VLN), nesta zona, situada junto a Lisboa e na confluência de vários eixos fundamentais no acesso a Lisboa (rodoviários, A5, IC19 e CREL, e ferroviários, linha de Cascais e de Sintra), obrigava a que os utentes, visitantes e convidados do Taguspark percorressem 4 ou 5 quilómetros, por vezes, em mais de uma hora.
Felizmente que, de novo a CMO, conseguiu fazer a pressão necessária para que muitos anos depois da inauguração da jóia de Oeiras aparecesse um acesso fácil entre a A5 e o Taguspark.
Ganhámos um espaço de acessibilidade que permitiu às grandes empresas deslocarem-se para lá, rapidamente.
Lamentavelmente muitas sequelas continuaram, originadas pela ausência da VLN.
A realização desta via teria ainda permitido um melhor aproveitamento do aeródromo de Tires e o descongestionamento da A5 e IC19.
Mais do que necessário, acho indispensável essa infra-estrutura.
A grande força de desenvolvimento destes concelhos foi a A5 ter chegado a Cascais. Agora, de novo, estamos carentes de um outro impulso. Trata-se de uma via que permitirá fazer a ligação entre Cascais e Oeiras pelo interior dos dois concelhos e desenvolver esse mesmo interior.
Temos que afastar as pessoas de se deslocarem no transporte individual. A dívida externa (importação de carros, combustível,
acessórios, etc.) e perdas de tempo, impõem tal decisão.
Junto ao mar temos uma linha de comboio, mas é preciso que as freguesias de Porto Salvo, Barcarena, Queijas e Carnaxide, sejam servidas pelo mesmo meio de transporte ou por um menos poluente, mais rentável e mais cómodo. Este pode ser um metro e superfície que se faça em paralelo com a via longitudinal norte, que anda há 10 anos para ser feita.
Muitas urbanizações no concelho de Oeiras e noutros, fizeram-se a contar com as acessibilidades disponibilizadas por esta via e hoje, na sua falta, temos um trânsito caótico, nomeadamente ao princípio e final dos dias.
Dentro das povoações é uma balbúrdia como seja, por exemplo, o caso da vila de Queijas.
O congestionamento do IC19 leva ao atravessamento do tráfego entre esta via e a A5, ora num sentido ora noutro. A obrigatoriedade de pagamento de portagens na CREL, fez com que muitos condutores a ignorassem e em Queijas invadissem esta vila para, através da Estrada Militar, atingirem o IC19 ou a A5 sem pagarem.
Estes serão os constrangimentos externos no caótico trânsito dentro desta vila aos quais serão de somar outros internos.
Queijas e Porto Salvo há mais de quarenta anos foram escolhidas como localidades a albergar um projecto de auto-construção, destinado a pessoas de baixos recursos financeiros. Esta medida eleitoral populista, dos anos 60, foi de curta duração e contemplou pouco mais de cem famílias.
Por um valor à volta de 20 contos essas famílias adquiriam um lote de 200 m2 e teriam de construir uma casa simples com projecto fornecido pela câmara. Depois do acto eleitoral acabou!
Todavia a estreiteza de conceito urbanístico, ruas e passeios de largura muito reduzida, foi tornado extensivo a largas áreas de terreno, mas tais lotes foram já vendidos a preços especulativos.
Com o decorrer dos anos vieram outros projectos sociais como cooperativas atiradas para o lado nascente de Queijas e sem outras acessibilidades que não fossem as estreitas ruas de Queijas.
Já nos tempos em que se falava da Via Longitudinal Norte outras urbanizações foram aprovadas (encosta de Linda-a-Pastora) no pressuposto das acessibilidades desta infra-estrutura que serviria de circular á parte nascente de Queijas com duas rotundas, uma próximo da Senhora da Rocha e outra mais a norte.
Com o passar dos anos e o esquecimento da realização desta obra (VLN), muitas centenas de moradores são obrigados diariamente a atravessarem, para entrarem e saírem de Queijas, as suas ruas sem condições de circulação rodoviária.
O problema do Taguspark levou um remendo, construção da Variante da EN249-3 (Porto Salvo a Taguspark), mas as acessibilidades funcionais de Queijas e outras localidades dos três concelhos ficaram feridas de morte.” Ad Eternum”!
António Reis Luz
Quinta-feira, 29 de Outubro de 2009
INFORMAÇÃO GERAL
Fazendo referência à TOMADA DE POSSE da CÂMARA MUNICIPAL e ASSEMBLEIA MUNICIPAL o Jornal de Oeiras de 27-10-2009, que tenho à minha frente, aborda o trabalho executado durante o mandato que termina, e refere o Programa Eleitoral apresentado:
De entre os projectos iniciados, contam-se o do novo edifício dos Paços do Concelho, da Casa dos Cientistas, o Passeio Marítimo entre Paço de Arcos e a Cruz Quebrada, o projecto de urbanização da Fundição de Oeiras, as bases para o Acordo com a Irmandade de Porto Salvo, o Centro de Congressos e Exposições de Oeiras, o Programa Estratégico do Alto da Boa Viagem, O futuro Complexo Desportivo de Carnaxide, O Complexo Desportivo do Atlético de Porto Salvo, as duas novas residências assistidas em Laveiras e Porto Salvo, o Plano Estratégico Habitar Oeiras, a proposta das Áreas Criticas de Recuperação e Reconversão Urbanística de Algés e Cruz Quebrada/Dafundo, Carnaxide e Linda a Velha ou o concurso de execução/construção do Centro de Saúde de Algés. Foram concluídos o novo Edifício para a Protecção Civil e Polícia Municipal, a extensão do Passeio Marítimo até à Praia de Paço de Arcos, as bancadas e a cobertura do Estádio Municipal de Oeiras, o Complexo Desportivo Carlos Queiroz, a requalificação do Palácio do Egipto, a Casa das Letras na Ribeira da Lage, a reabilitação do Palácio dos Anjos, a residência dos Sacerdotes de Linda a Pastora, e a Residência Madre Maria Clara.
Foram lançadas iniciativas para os séniores, com o Oeiras Está Lá, a Teleassistência e o programa de comparticipação em 50% das despesas de medicamentos.
Estão a ser criadas as sociedades de reabilitação urbana da Cruz-Qubrada/Dafundo, de Linda a Velha e de Carnaxide. Foram plantadas cerca de 25 mil árvores. Concluídas as negociações com o Ministério da Justiça e a Parpública, para a afectação da antiga Quinta Real de Caxias. Concluído o viaduto da A5 e da Quinta do Minote (Miraflores - Outurela). Aprovada a Carta Educativa de Oeiras, lançada a construção da EB1 e JI em Porto Salvo e Algés, segue-se-lhe Linda a Velha.
NO FUTURO
Durante o próximo mandato pretendem iniciar a construção da segunda fase do Parque dos Poetas e a segunda Fase do SATU. Criação da AITECOEIRAS ( Associação para a Internacionalização, Tecnologias, Promoção e Desenvolvimento Empresarial de Oeiras). Pretende-se instituir o Fórum das Industrias Criativas, espaço de exposição, recriação e promoção dos seus produtos, projectando-se como mercado de ideias a nível internacional, centrado no Centro de Congressos e Exposições de Oeiras.
Continua sempre, DUAS PÁGINAS sem uma palavra chamada QUEIJAS, e eu pergunto àqueles que têm o descaramento de se intitularem "AUTARCAS DE QUEIJAS" se se sentem realizados. Se não têm vergonha de vir à rua ? Não é Isaltino de Morais que eu condeno, (não faz em Queijas ele lá saberá porquê!! ), mas sim esta gente que se vende não sei a quê !!!! Que são os "OS AUTARCAS DE QUEIJAS" !!!!
Continuando, continuando, finalmente encontramos QUEIJAS. Quando se fala de CENTROS DE SAÚDE e sabem em que lugar? Eu explico: 1.º Algés (neste mandato), 2.º Carnaxide, 3.º Barcarena e 4.º QUEIJAS, quando a maioria de nós já partimos para o outro mundo!!!
ATÉ LÁ VAMOS TELEFONANDO .......
O Centro de Saúde de QUEIJAS, teve assinatura protocolar entre a CMO e o MINISTÉRIO DA SAÚDE em 2001 para começo da sua construção, e em directo na televisão para todo o país !!!!
É claro que eu nunca ceei em privado com Isaltino de Morais, mas aqueles que têm esse previlégio, não o aproveitam, a BEM DA SUA TERRA E DO SEUS HABITANTES !!! Não posso ter respeito por estes "AUTARCAS". Não fazem o meu género.
António Reis Luz
CORREIO DA MANHÃ - 29-10-2009
FRAUDE DE 11 MILHÕES
Manuel Godinho é o único detido na ‘Operação Face Oculta’, ontem realizada pela PJ de Aveiro. Eram 18h20 quando lhe foi dada voz de prisão pelos inspectores, numa das suas empresas, e passou a noite nos calabouços da Judiciária. Três horas após a detenção, João, filho do empresário, foi à PJ administrar insulina ao pai, que sofre de diabetes. O arguido esteve sempre acompanhado por dois advogados.
A empresa de sucata 02, em Ovar, propriedade de Godinho, está no cerne da operação – cujos contornos podem revelar uma extensa rede de corrupção – ontem realizada em todo o País pela Polícia Judiciária de Aveiro. O caso foi desencadeado em Junho deste ano, e em causa estavam, pelo menos, 11 milhões e 600 mil euros que o Estado não terá recebido, entre 2005 e 2007, por parte da empresa de Godinho.
O esquema fraudulento assentava na utilização de facturas relativas à venda de sucatas emitidas por 'operadores fictícios'. Em causa estavam já os crimes de fuga ao Fisco, branqueamento de capitais, facturas falsas, favorecimento e corrupção em negócios de compra e venda de sucata ferroviária. Quadros da Refer (Rede Ferroviária Nacional) apareciam já nessa altura com ligações duvidosas a Manuel Godinho. Estava em causa a venda de sucata de material ferroviário, designadamente na linha do Tua. O conhecido empresário, que chegou a ganhar a concessão para a recolha da sucata da Expo’98, foi constituído arguido, nesse primeiro momento. A PJ não perdeu de vista as movimentações de Godinho, e ontem voltou a efectuar buscas na empresa sediada na zona industrial de Maceda, em Ovar, nas traseiras da desactivada Sucatas Godinho.
Durante várias horas, diversos inspectores da PJ passaram a pente-fino toda a papelada e os computadores das empresas.
Segundo as denúncias feitas àquela revista por militantes e ex-militantes do PSD, nas eleições para a direcção nacional e para a distrital de Lisboa houve quem comprasse votos por 25 e 30 euros para melhorar o resultado eleitoral de um determinado candidato.
As fontes ouvidas pela Sábado acusam os deputados António Preto e Helena Lopes da Costa de conhecerem estas práticas quando tiveram poder ou influência na distrital de Lisboa, mas os visados desmentiram os factos à Sábado. Refira-se que ambos entraram nas listas do PSD na quota de Manuela Ferreira Leite, sob fortes críticas por estarem implicados em processos judiciais.
A "Sábado" refere que algumas secções na distrital de Lisboa do PSD duplicaram o número de militantes entre 2002 e 2008. A secção “E” terá sextuplicado os filiados e, ainda segundo a revista, uma das estratégias de angariação de inscritos no PSD passaria pela contratação de avençados em juntas de freguesia que, para manterem os empregos, garantiriam a manutenção do poder ao presidente da sua secção.
Confrontada pela "Sábado", Manuela Ferreira Leite recusou comentários. Fonte do PSD disse ao PÚBLICO que o assunto já não é novo e que foi “ressuscitado” agora “por causa da campanha eleitoral”.
Nos últimos anos a imprensa tem referido numerosas vezes situações em que dirigentes locais do PSD, mas também do PS e do CDS, pagavam as quotas aos militantes para ganharem peso nas disputas internas nos respectivos partidos.
REVISTA SÁBADO
Notícia actualizada às 20h47
EXPRESSO
'CLÃ PENEDOS' COM LIGAÇÕES SUSPEITAS
O empresário Manuel Godinho, figura central de toda a investigação, ofereceu ao advogado Paulo Penedos avultadas contrapartidas financeiras que ascenderiam a, pelo menos, 270 mil euros.
O objectivo era que Paulo Penedos, através do poder de decisão do pai, José Penedos (que foi secretário de Estado da Defesa no Governo de António Guterres entre 1995 e 1999), concretizasse a renovação do contrato de gestão global dos resíduos produzidos pela REN, celebrados pela empresa do Estado e a O2 – empresa de Manuel Godinho.
O acordo verbal incluía também obter informação privilegiada sobre concursos e consultas públicas a lançar pela REN e garantir a adjudicação às suas empresas.
Antes, em Fevereiro deste ano, uma escuta telefónica captou uma ligação feita por Paulo Penedos a Manuel Godinho em que o empresário diz ter cumprimentado José Penedos e que este se mostrou satisfeito com os números apresentados. Na conversa, Godinho dizia que apenas lhe restava saber se lhe iriam ser adjudicados alguns dos investimentos apresentados. Paulo Penedos disse-lhe que o seu pai tinha ficado satisfeito por o encontrar e que o contacto tinha sido importante.
FRAUDE DE 11 MILHÕES
222 páginas com dicas
A prateleira dos livros de auto-ajuda conta agora com um exclusivamente dedicado aos sofridos e assustados progenitores. Chama-se "Parenting Your Teenager" e fornece, em 222 páginas, algumas dicas úteis para ultrapassar a adolescência dos filhos sem grandes sobressaltos além dos próprios da idade, e para tornar possível isso que os filhos se negam a ter agora mais do que em qualquer outra altura da vida: o diálogo. A autora, a britânica Suzie Hayman - que assina uma trintena de livros, muitos dos quais sobre a adolescência -, não pretende fazer um tratado sobre esta etapa e as suas características. Antes pressupõe que, por vezes, os confrontos entre pais e filhos têm origem na desadaptação dos pais, ou melhor, na persistência destes em continuar a utilizar os padrões de relacionamento vigentes em etapas anteriores.
Negociar é importante
Em resumo, e o livro começa com esta afirmação, as crianças são cães, enquanto os adolescentes são gatos. Ninguém trata um cão da mesma forma que um gato. Insistir em fazê-lo é mais do que meio caminho andado para o fracasso da comunicação. E, tal como não se espera de um gato que acate uma ordem, dificilmente o jovem consentirá que os pais o controlem ou lhe imponham regras rígidas. Aos pais, habituados a ter o controlo das situações, requer-se que incorporem no seu vocabulário algumas palavras essenciais: negociação, mútuo consentimento, acordo. "O que funciona com uma criança pode não ser apropriado para lidar com um adolescente. Estes precisam e respondem melhor à comunicação e à negociação do que à supervisão e à orientação", escreve Hayman.
Ora, para comunicar com um adolescente são necessárias ferramentas específicas, que os pais podem e devem encontrar dentro de si próprios. Uma delas é saber ouvi-lo, ter a capacidade de não o julgar mal ele acaba uma frase, não colocar-se como exemplo do género "eu já passei por isto", não desvalorizar o que diz, não estar distraído quando o faz. Sobretudo, não desperdiçar uma oportunidade de conversa com ele, seja curta ou extensa, porque "não se tem tempo" ou porque se considera o assunto irrelevante. O conceito de "escuta activa" (e reflexiva) é o indicado para interagir com um jovem que, mais do que procurar que lhe dêem soluções, quer encontrá-las por si mesmo.
O que está por trás da atitude
Claro que o adolescente irá esticar a corda até ao limite - e fá-lo-á em nome do direito a descobrir quem é. O seu processo de crescimento alimenta-se inevitavelmente da oposição. Ele precisa de desprender-se, de separar-se, de encontrar-se, e todo o seu comportamento estará para aí orientado. Os pais, enquanto alvo principal, terão de lhe estabelecer limites, mas é importante que o façam distinguindo o comportamento da pessoa. "Se eu disser 'tu és mau, não prestas, chegaste tarde a casa, és um mau filho', estou a atacar a pessoa. Se eu disser 'tu fizeste uma coisa de que eu não gostei, não o devias ter feito', estou a comentar apenas o comportamento", exemplifica Daniel Sampaio, acrescentando que os ataques pessoais têm consequências duradouras a nível da auto-estima e da segurança afectiva.
O importante é compreender que os comportamentos não nascem do nada, mas são a ponta do icebergue de uma complexa engrenagem que assenta em sentimentos e necessidades. Para Suzie Hayman, "todo o comportamento é uma forma de obter o que se precisa". Não se trata, portanto, de "tentar mudar" a forma como o jovem adulto age. Mas de perguntar-se o que é que está por trás da sua atitude, que necessidades a impulsionam, que sentimentos a desencadeiam. "O que subjaz o comportamento é muitas vezes necessidade de atenção, de aceitação, de apreço e de independência", garante Hayman. Mas que fazer? "Uma boa maneira de lidar com o conflito é agir, não reagir." Ensinar o filho a expressar as suas emoções e a compreender os seus anseios. Faz toda a diferença: uma vez percebido o que o origina, o (mau) comportamento deixa de fazer sentido - pelo menos durante algum tempo.
EXPRESSO - DANIEL SAMPAIO
COMO EDUCAR UM ADOLESCENTE, SEM ENTRAR EM PÂNICO
EXPRESSO - DANIEL SAMPAIO
O psiquiatra Daniel Sampaio, que no livro "Lavrar o Mar" também trata dos problemas dos adolescentes da perspectiva dos pais, explica que é demasiado habitual os adultos não ouvirem. E diz que a chamada escuta activa consiste em "ir reformulando e pondo questões, que obrigam o adolescente a reflectir". "O pensamento do adolescente é muito rápido", comenta Sampaio, "é um 'pensamento agido', é como se ele estivesse a actuar com o pensamento, sem reflectir". Pedir mais informação, sugerir que se volte a falar daqui a cinco ou dez minutos, mudar o contexto da conversa - do quarto para a cozinha ou de casa para o café - e surpreendê-los, sempre que possível, com o conteúdo das respostas são alguns dos 'truques' que podem contribuir para evitar o braço-de-ferro, uma situação estanque só ultrapassável se um dos intervenientes abdicar do seu ponto de vista.
Na pele de um adulto
Não, desenganem-se os que pensam que todos os adolescentes são assim. Mas é dado mais ou menos adquirido que, nesta fase, as mudanças vividas pela criança prestes a tornar-se adulta conseguem superar as da personagem de Gregorio Samsa na "Metamorfose" de Kafka, que passa de homem a insecto. Se o nosso bebé não acorda subitamente com o corpo de um insecto - podemos ficar descansados! -, ele vai sofrer as mais variadas alterações para, um dia, despertar na pele de um adulto. Vai revoltar-se, embirrar, espernear, opor-se, isolar-se, correr riscos, exigir, afogar-se num copo de água, achar-se o dono da razão, errar e voltar a errar. E, no processo, vai testar os pais até à exaustão. Ser pai ou mãe de um adolescente não é pêra doce. Mas pode ser um fruto menos amargo do que se pensa.
Jorge Paula 29 Outubro 2009 - 05h00
Investigação da PJ: Vice-presidente do BCP constituído arguido
Vara apanhado na 'Face Oculta' (COM VÍDEO)
Armando Vara, ex-ministro e actual vice-presidente do BCP, foi ontem constituído arguido no processo que a PJ apelidou de ‘Face Oculta’. O ex-governante é apontado nos mandados de busca como uma "pessoa influente nas empresas com participações do Estado", designadamente na recolha da informação privilegiada, e foi apanhado em escutas telefónicas com o empresário Manuel Godinho. Na conversa com Godinho – preso ontem pela PJ de Aveiro – Vara pede pelo menos dez mil euros "pelas diligências por si encetadas".
Conheça todos os pormenores deste caso na edição de hoje do jornal 'Correio da Manhã'.
Quarta-feira, 28 de Outubro de 2009
28 Outubro 2009 - 00h30
Dia a dia
A primeira prioridade
Cavaco Silva disse a José Sócrates que este era o tempo da cultura de negociação com a Oposição e, obviamente, com os parceiros sociais.
Com toda a legitimidade para governar e cumprir o mandato de quatro anos, o novo Executivo não pode, de acordo com as palavras do Presidente da República, manter a atitude arrogante que caracterizou a acção do anterior Governo durante quatro anos e meio.
A estas palavras sábias, Sócrates respondeu com a arrogância do costume. Lembrou que o voto do eleitorado em 27 de Setembro lhe dava toda a legitimidade para manter o rumo reformista do passado e que o Governo já tinha o seu rumo definido.
Percebe-se claramente qual é o caminho que o primeiro-ministro pretende tomar nos tempos mais próximos. Um caminho que o leve, no mais curto prazo de tempo possível, a novas eleições e, claro, a uma nova maioria absoluta. Para isso, manteve o seu núcleo duro, afastou as peças mais polémicas que fizeram o PS perder votos, arranjou umas figuras simpáticas para a Educação, Agricultura e Trabalho e agora pretende ignorar a Oposição e o Parlamento. Isto é, Sócrates vai atirar à cara dos partidos a recusa em fazerem coligações ou acordos parlamentares e fazer chantagem com novas eleições. Esta é a primeira e grande prioridade do novo Governo.
António Ribeiro Ferreira, Grande Repórter
28 Outubro 2009 - 09h00
Cozido à portuguesa
Cavaco e a cooperação
Em 2005, e pela primeira vez na história do semipresidencialismo em Portugal, um Presidente da República demitiu um primeiro-ministro de um governo que tinha maioria absoluta, dissolveu a Assembleia e convocou eleições.
Os resultados foram os conhecidos: o partido desse presidente, o PS, ganhou com maioria absoluta e Jorge Sampaio, sim era ele o Presidente, conseguiu afastar Santana Lopes de S. Bento. É certo que poderá sempre dizer-se que foram as trapalhadas do governo de Lopes e Portas que levaram Sampaio a tal acto extremo, mas a verdade é que o fez, e só o fez quando o PS escolheu como líder alguém – Sócrates – que Sampaio considerava ter condições para ganhar.
Em 1987, o que aconteceu foi diferente. Nesse já longínquo ano, um presidente que tinha sido eleito pela esquerda – Mário Soares – dissolveu o Parlamento e convocou eleições, que foram ganhas pelo PSD de Cavaco Silva, com maioria absoluta. Constâncio, o líder do PS na época, não convencia ninguém e Soares não o ajudou, tendo optado por beneficiar Cavaco.
Com estes dois exemplos na memória, devemos reflectir sobre o que se pode vir a passar até às presidenciais de 2011. Sabendo que Sócrates e Cavaco não têm as melhores relações, como agirá Cavaco? Como Soares em 87? Ou como Sampaio em 2005?
À partida, acredito que Cavaco gostaria mais de ser Sampaio 2005 do que de ser Soares 1987. Ou seja, acredito que esperará que o PSD escolha um líder em condições e, a partir desse momento, aproveitará um qualquer pretexto para puxar o tapete a José Sócrates, como Sampaio fez a Santana. Contudo, se o líder escolhido pelo PSD não agradar a Cavaco, ele poderá ter de mudar de rumo, e mesmo a contragosto, escolher ser mais Soares 1987, deixando Sócrates governar sem pressão presidencial.
A estratégia de Cavaco está, pois, muito dependente do PSD. Tal como Sampaio esteve dependente do PS até este trocar Ferro por Sócrates, Cavaco espera ardentemente que o PSD escolha bem o seu próximo líder. O espaço de manobra do Presidente aumenta se o PSD tiver à sua frente alguém credível e com hipóteses de convencer o País. Nesse caso, duvida-se que o actual governo dure muito. Se, pelo contrário, a escolha do PSD não entusiasmar ninguém, Cavaco tenderá a ser mais prudente, e José Sócrates pode mesmo conseguir ficar primeiro-ministro mais quatro anos. A cooperação entre Belém e S. Bento depende mais do PSD do que de José Sócrates ou de Cavaco Silva.
Domingos Amaral, Director da GQ
Terça-feira, 27 de Outubro de 2009
direitos reservados Maioria das reformas é inferior a 628€ 27 Outubro 2009 - 02h00
Reformas: Revelam dados do Instituto da Segurança Social
Reforma milionária para 751 pensionistas
O número de beneficiários do regime geral da Segurança Social com uma pensão mensal superior a 5030 euros, correspondente a 12 Indexante de Apoios Sociais (IAS), abrangia, em Setembro deste ano, 751 pessoas, um aumento de quase 31 por cento face a 2006. Para obter "uma maior moralização do sistema" na atribuição de reformas milionárias, o Governo fixou, a partir de 1 de Julho de 2007, um limite mensal, relativo a 12 IAS, para as pensões calculadas com base nos melhores dez dos últimos 15 anos.
Conheça todos os pormenores na edição de terça-feira do jornal 'Correio da Manhã'.
Nota: Um Governo que começou com a mais pura demagogia com os reformados, não deixando que se acumulassem reformas baixas com outras ocupações remuneradas. Tão demagógica que levou à demissão de Campos e Cunha por estar reformado e não poder acumular (por ser ministro). Não esquecer que milhares de trabalhadores foram reformados compulsivamente com 50 e poucos anos, empobrecendo aos poucos, se por acaso não morressem logo de seguida. São muitos anos a empobrecer. Ainda há quem chame aos reformados "rabujentos e frustrados". Algum socialista com dois ou três empregos !!!
d.r. O Dia Internacional do Idoso assinala-se amanhã 27 Outubro 2009 - 15h26
Dinheiro é principal motivo
40 mil idosos passam fome
Um inquérito da Deco concluiu que existem pelo menos 40 mil idosos em Portugal não têm dinheiro para comer e o preço dos alimentos é o factor mais importante na hora de comprar.
Segundo o estudo, realizado através de questionário enviado em Fevereiro e Março para 3423 idosos, entre os 65 e os 79 anos, que vivem em casa, 64 por cento dos inquiridos elege o preço como "o factor que mais decide a escolha" dos alimentos, seguindo-se a qualidade e o sabor dos alimentos.
"A difícil situação económica e a falta de autonomia influenciam de forma negativa o que se come: mais de um quinto dos inquiridos indicou ter dificuldades financeiras", pode ler-se no estudo que será público da edição de Novembro da Proteste.
Segundo os analistas, 35 por cento dos idosos comem mal devido a problemas dentários, 24 por cento por dificuldades financeiras, 13 por falta de apetite e 12 devido aos medicamentos.
No que diz respeito aos alimentos, o inquérito concluiu que a carne é o principal alimento da dieta dos idosos em detrimento do peixe. "O custo do peixe é um dos factores que explica esta opção", diz o estudo.
A Deco concluiu ainda que a maioria dos idosos, principalmente homens, bebem mais álcool do que o recomendável, mais de dois copos por dia. O estudo foi realizado a propósito do Dia Internacional dos Idosos, que se assinala amanhã.
RETOMANDO A SEGUNDA VAGA
Portugal é, na UE, o país que tem uma esquerda eleitoral mais forte. Porquê ? Não adianta tirar já conclusões.
Embora este seja um facto concreto, tal não tem chegado para essa esquerda atingir o poder. Outros factores se interpõem, evitando males maiores! Dado o estado quase primitivo como os portugueses utilizam o voto no seu partido, com total espírito de lealdade, os méritos da democracia nunca serão atingidos.
As máquinas partidárias se têm boas virtudes, também têm perigosos desvios democráticos. Vejamos o modo como Sócrates serviu e se serviu da maioria absoluta que o povo socialista lhe deu de mão beijada. Arrogância e abuso, sem proveito para ninguém!
Uma sociedade não pode viver só de uma esquerda como a maioria dos portugueses a contemplam, "amiga dos pobres". Nem só de uma direita "amiga dos ricos" como uma maioria do povo a vê e a sente! Nem tão pouco de um "centrão" onde os «moderados» se acolhem, sempre! Nada custa a entender que estes factores se entrelaçam e a força de trabalho do povo é indispensável, como o empreendorismo dos empresários (ricos?) também o é. Alguma moderação também.Tão pouco os "moderados são os anjos" que muitos pensam.
Assim, é desta conjuntura inseparável que pode sair um bom regime democrático, que Portugal ainda não tem. Pode sair, quando os eleitores souberem colocar os partidos sem a garantia de votos seguros, mas a terem de lutar, sempre, por eles. Só teremos um regime verdadeiramente democrático, quando os eleitores conseguirem dominar-se nas suas simpatias e através de alternâncias, provocarem o aparecimento deste efeito.Utilizando o voto livre. Em cada eleição escolho o voto que melhor me serve a mim e ao país.
António Reis Luz
A segunda vaga de fundo que atravessa o país político é a do crescimento da "liberdade de voto". Esta atitude ... «em cada eleição escolho o voto que mais me interessa» - opõe-se à do voto no partido. A escolha contra o hábito não é, em si mesma uma novidade. Desde 1974, emergiu pontualmente em disputas, nomeadamente nas presidênciais.
A hipótese que agora coloco é a de que a excepção se possa estar a transformar numa regra usada por boa parte dos eleitores. Confesso a minha simpatia por este fenómeno. Ele coloca os partidos à prova e sujeita-os a uma relação mais exigente com a sociedade. Laiciza a política. Mas não há bela sem senão.Esta liberdade não se compreende sem a hiperfulanização da própria política. O que explica o aumento e o emagrecimento do CDS e do BE em 15 dias, em última instância, isto mesmo. O centrão encolhe em Setembro porque, à sua esquerda e à sua direita, as ideias, as ideias fortes foram suportadas por protagonistas que as souberam propagar. Esta realidade não se podia reproduzir nas autárquicas porque, aí, os protagonistas eram os gerontes do poder local. (.... ) SOL DA ESQUERDA Miguel Portas
27 Outubro 2009 - 09h00
Causas e Consequências
Dois Governos
Existem dois Governos num só que têm no eng. Sócrates o seu improvável denominador comum.
O novo Governo é feito à imagem e semelhança do primeiro-ministro, com um núcleo duro inamovível e um conjunto simpático de independentes sem qualquer peso político. Perdida a maioria absoluta, o eng. Sócrates decidiu apostar na sua excelsa figura, rodeando-se do seu velho e conhecido grupo de fiéis que, garantindo-lhe uma necessária coesão executiva, não deixa de fechar o Governo a outras áreas e sensibilidades, nomeadamente no interior do PS. Ao mesmo tempo, a remoção de todos os ministros "polémicos", a escolha cirúrgica de vários independentes ligados a algumas corporações e a inesperada promoção de Jorge Lacão a ministro dos Assuntos Parlamentares mostra até que ponto o primeiro-ministro se vai empenhar nas negociações com a Oposição e com os famosos "privilegiados" do passado que passaram, agora, miraculosamente, à condição de parceiros sociais.
No fundo, é como se existissem dois Governos num só, que têm no eng. Sócrates o seu único e improvável denominador comum: por um lado, o primeiro-ministro preside a um Governo político, onde reina a unanimidade e a obediência à palavra do chefe; por outro, preside a um Governo técnico onde reina a simpatia e a vontade de dialogar. Enquanto ele é o mesmo e o seu contrário, o Governo divide-se entre uma "linha de rumo" definida e uma abertura vaga aos vários sectores da sociedade. O discurso do primeiro-ministro na tomada de posse do Governo não deixou de revelar esta difícil conciliação interna: ao contrário de há quatro anos, o eng. Sócrates refugiou--se numa vasta série de banalidades: falou de uma "linha de rumo", definiu três prioridades óbvias, lembrou os seus encontros com a Oposição, mostrou-se aberto e dialogante, garantiu que se ia manter fiel ao programa do PS e, como não podia deixar de ser, reafirmou o seu espírito reformista.
Tudo isto com muita estabilidade e muita responsabilidade à mistura, de forma a condicionar a Oposição e a ganhar mais espaço de manobra. Não se pode dizer que o exercício tenha sido galvanizador. O facto de ter ressuscitado das cinzas, durante o ciclo eleitoral, por muito animador que seja, não aconselha este excesso de voluntarismo, assente num homem só, que tem a seu desfavor quatro anos de desgaste governativo. E, se dúvidas houvesse, o discurso do Presidente da República encarregou-se de as desfazer. O prof. Cavaco Silva pode ter ficado diminuído com o "caso das escutas", mas, como se viu, não está disposto a abdicar do papel fundamental que tem nestes anos de instabilidade.
Constança Cunha e Sá, Jornalista
Segunda-feira, 26 de Outubro de 2009
Graça Rosendo - Margarida Davim
Mesas mal preparadas
Uma situação «caricata» aconteceu na freguesia onde vota José Sócrates: no Coração de Jesus, foram trocados os votos de PS e BE- fazendo com que os bloquistas tivessem cinco eleitos e os socialistas nenhum. A troca daria mais um deputado ao Bloco, na Assembleia Municipal, dificultando mais a vida de António Costa naquele órgão.
«É uma situação muito grave, como nunca se viu em Lisboa», comenta Chaparro, que não encontra explicações para o sucedido. «Não se percebe, mas as contas - do método de Hondt - não estão bem feitas».
Maria Helena Coelho, presidente da mesa de voto n.° 1 de Campolide, explica que falta formação a quem está nestas funções. «As mesas de voto não faziam as actas; mandavam tudo trocado; atribuíam votações de outros partidos a terceiros; ou ainda, não enviavam votos nulos e brancos», exemplificou Helena Coelho, que verificou 160 mesas em quatro dias.
«Em abono da verdade, as mesas de voto deveriam ser todas fechadas manualmente na Comissão de Apuramento», comenta, contando que a troca de símbolos, por exemplo, pode ter alterado os resultados na capital. A falta de informação sobre o logótipo da coligação liderada por Santana Lopes estará, segundo Helena Coelho, na origem da nulidade de alguns votos: «Os idosos queriam votar PSD e faziam a cruz no quadrado do partido, o que tornava o voto nulo».
Para evitar situações como a de 2001-quando surgiram dúvidas sobre a vitória de Santana -, o PS deu, em Lisboa, indicações aos seus militantes para que pedissem certidões de todos os resultados apurados.
Um pouco por todo o país houve recontagens de votos. Cadaval, Alandroal, Mesão Frio e Vieira do Minho são alguns exemplos - onde acabaram por ser confirmados os vencedores anunciados. Os casos de Mesão Frio e Espinho, porém, ainda estão por decidir. O PSD de Mesão Frio apresentou esta quarta-feira uma queixa ao TC por irregularidades» na votação. E, na terça, o PS enviou um requerimento, denunciando o facto de votos nulos terem sido considerados válidos e de urnas terem sido transportadas nas viaturas pessoais dos presidentes das mesas.
Outubro 26, 2009
Pelo que tenho ouvido, o benefício da dúvida de jornalistas e comentadores vai apenas para os novos ministros. Ninguém o diria há um mês e meio, mas afinal os ministros do anterior governo não são assim tão recomendáveis. Ana Jorge ‘é marketing’, Santos Silva excessivamente conflituoso. Luís Amado aprecia em demasia alguns malfeitores internacionais. Há um excesso de obras públicas planeadas por Mário Lino.
Com uma excepção: Teixeira dos Santos, que, dizem, por razões que escapam ao meu entendimento, é um bom ministro. Vamos devagarinho. É necessária, desde que Guterres escavacou as contas públicas, uma consolidação orçamental. A consolidação orçamental apenas se faz com redução da despesa pública (o próprio Teixeira dos Santos o reconhece). Teixeira dos Santos é o responsável por orçamentos que, em termos reais, aumentaram a despesa pública todos os anos. Conclusão: Teixeira dos Santos tem tornado mais difícil consolidar as contas públicas. (Vamos esquecer por agora o aumento dos impostos que conseguiu pôr o défice orçamental abaixo dos 3% e que tem consequências perniciosas a todos os níveis). Mas foi um bom ministro, dizem, e as expectativas são de que fará um bom trabalho. E dizem-no sem rir nem corar de embaraço
Por um voto se ganha por um voto se perde. A máxima verificou-se, nestas eleições autárquicas, no Seixal, onde um único boletim deu ao Bloco de Esquerda a eleição de um vereador, tirando ao PSD a possibilidade de incluir um segundo eleito na vereação da câmara. O caso levantou dúvidas aos sociais-democratas, que apresentaram queixa junto do Tribunal Constitucional (TC), exigindo a recontagem dos votos.
Na queixa, o PSD colocou ainda outras dúvidas ao acto eleitoral no Seixal: «os envelopes com os boletins não foram lacrados e havia mais votos do que os expressos» disse ao SOL o social-democrata Paulo Cunha.
Mas as questões formais levaram ao indeferimento da sua queixa. «O TC entendeu que a questão devia ter sido levantada no acto eleitoral», explica Cunha, que não vai recorrer, apesar de considerar «gravíssima a suspeição» que fica a pairar sobre estas eleições.
O caso de Seixal é, porém, apenas mais um entre os 40 que chegaram ao TC, depois das eleições de 11 de Outubro. Algumas das queixas foram entregues, esta terça-feira, pela CDU de Lisboa, que encontrou «irregularidades» no apuramento dos votos nas Juntas de Freguesia da Ajuda, Alcântara, Prazeres, Charneca e Coração de Jesus.
Na Ajuda, diz a CDU, «foram atribuídos oito mandatos ao PS, quando na realidade este partido apenas elege cinco», contou ao SOL o comunista Carlos Chaparro, que alertou para os problemas que estes erros podem trazer. «Os presidentes das assembleias de Junta têm cinco dias depois do sufrágio para as reunir, mas não sabem quem convocar», disse.
Graça Rosendo - Margarida Davim
Domingo, 25 de Outubro de 2009
Os dirigentes da Freeport PLC eram Gary Russell, director comercial, e Jonathan Rawnsley, director de empreendimentos. Em 2003, à saída de uma reunião oficial para discutir aspectos do licenciamento do outlet, Rawnsley não gostou dos novos problemas suscitados, enfiou as mãos nos bolsos e exclamou: «O dinheiro com que já entrámos ainda não chega?». Foi nessa altura que este arguido teve a certeza da existência de subornos naquele negócio.
Esta conversa ocorreu em 2003, já depois da aprovação do projecto (em 14 de Março de 2002, a três dias das eleições legislativas, perdidas pelo PS) e tinha como pano de fundo as dificuldades que a Freeport estava agora a enfrentar, na Câmara de Alcochete e no Instituto de Conservação da Natureza (em termos de cumprimento do projecto e das medidas de requalificação ambiental de zonas adjacentes ao outlet, impostas pela Declaração de Impacte Ambiental).
felicia.cabrita@sol.pt
A Comissão Nacional de Eleições (CNE) recebeu este mês cerca de 300 queixas acerca das últimas eleições autárquicas, quase o mesmo número das eleições de 2005, mas em termos qualitativos a comissão considera que a situação “piorou bastante” este ano.
«O que piorou bastante foi o comportamento de alguns titulares de cargos nas juntas de freguesia e nas autarquias, que tornaram mais sofisticada a publicidade indirecta» à sua recandidatura, afirmou à Lusa Nuno Godinho de Matos, adiantando que esta é uma forma não punível de violar a regra da isenção (a que estão sujeitos autarcas e presidentes de junta).
Das 300 queixas recebidas pela CNE, apenas quatro foram enviadas ao ministério público, apenas as que tinham base legal para ser comprovado o dever de isenção.
«Há casos obscenos», afirma, exemplificando que «um deles» foi o de uma autarquia que prometeu – já depois de anunciada a data das eleições – uma redução das tarifas na factura da água enviada para casa dos munícipes.
«Mas este caso foi de tal forma explícito que o enviamos para o ministério público, mas em muitos, ou mesmo na maioria, isso não foi possível», por falta de base legal, afirmou Nuno Godinho de Matos.
Um dos casos que não foi enviado ao Ministério Público, adiantou este responsável, aconteceu no município de Sines onde o presidente da Câmara terá ido, no dia das eleições, para o átrio da escola onde decorria a votação apelando ao voto dos munícipes e distribuindo cópias de boletim de voto com uma cruz assinalada na sua candidatura.
«Quem me relatou esse caso de Sines foi a governadora civil. Mas, como o candidato se retirou entretanto do local, não houve forma de avançar com o processo», explicou Nuno Godinho de Matos.
Outros casos não enviados ao Ministério Públicos, e que ultrapassam a dezena, são os que o porta-voz denomina de «sofisticada publicidade indirecta»: com «eleições já marcadas, se assiste a uma invasão de cartazes sobre obra feita pelo autarca que se recandidata, isso é publicidade indirecta».
Nuno Godinho explica que num caso destes o conteúdo do cartaz pode ser irrepreensível, e por isso sem punição, mas que a quantidade de cartazes pode ser uma «brutalidade tal» que é visível essa publicidade a uma recandidatura.
«Mas não podemos fazer nada porque a lei não determina uma quantidade», afirma, adiantando que pretende propor à Comissão que, no seu relatório sobre as eleições, proponha uma alteração à lei eleitoral para vedar a possibilidade de publicidade indirecta nos 60 dias seguintes ao anuncio de eleições.
Outra das situações denunciadas pela CNE é o «luxo» dos boletins municipais que, embora com textos irrepreensíveis, e assim impunes perante a lei, têm uma qualidade de papel, imagem e grafismo que têm de ter implicado gastos enormes com dinheiros públicos e visam chamar a atenção do eleitor para o trabalho feito.
Publicidade indirecta aconteceu ainda, segundo o porta-voz da CNE, com a oferta de bilhetes para viagens ou espectáculos: «É óptimo que ofereçam bilhetes, mas não no período de campanha eleitoral. É um pouco promíscuo», afirmou.
Lusa / SOL
Dez dias depois das autárquicas, a CDU detectou «irregularidades» no apuramento dos votos nas Juntas de Freguesia da Ajuda, Alcântara, Prazeres, Charneca e Coração de Jesus.
Num comunicado enviado às redacções, os comunistas explicam que algumas destas falhas beneficiam o PS e o Bloco de Esquerda e anunciam já ter apresentado queixa junto do Tribunal Constitucional (TC).
Segundo a CDU, na Ajuda «foram atribuídos oito mandatos ao PS, quando na realidade este partido apenas elege 5 candidatos», fazendo com que todas as outras forças políticas perdessem um eleito.
O facto foi comunicado ao TC, que já mandou proceder à sua correcção.
Um erro que está ainda por corrigir foi detectado em Alcântara, onde «a lista oficial de eleitos inclui uma candidata da CDU como se pertencesse ao PS».
Já na Freguesia do Coração de Jesus, «verifica-se na deliberação uma inversão do número de eleitos, com o BE a ‘receber’ 5 e o PS com 0» eleitos.
Nos Prazeres, «o Edital relativo à deliberação da Assembleia de Apuramento Geral inclui apenas 9 em vez de 13 eleitos naquela Freguesia». E na Charneca a distribuição dos resultados também não está de acordo com os resultados eleitorais.
«Seja por que razões for (desleixo, incompetência, má fé…) é uma situação lamentável que necessita de ser rectificada», escreve a CDU de Lisboa, numa nota enviada às redacções.
margarida.davim@sol.pt
Sexta-feira, 23 de Outubro de 2009
AGARRADO A ANTÓNIO PRETO E HELENA LOPES DA COSTA e estes agarrados a ISALTINO DE MORAIS, não é de certeza o meu partido.
"O PSD tornou-se um partido errático e em roda livre. Em poucos dias, vimos dois vice-presidentes da actual e agonizante direcção, Aguiar Branco e Paulo Mota Pinto entrarem em confronto público sobre o preenchimento do cargo de líder parlamentar, com Aguiar Branco a antecipar-se e a ocupar o terreno. Assistimos à inacreditável renúncia de Deus Pinheiro ao mandato de deputado para o qual acabara de ser reeleito como cabeça de lista por Braga, em sobranceiro desrespeito e menosprezo pelos que o elegeram, pelo prestígio do Parlamento e pela imagem de seriedade do seu partido (depois dos casos António Preto e Helena Lopes da Costa), foi mais uma machadada na tão propalada política de verdade e rectidão de Manuela Ferreira Leite). E fomos, ainda, confrontados com o disparatado fundamentalismo nacionalista e religioso de um eurodeputado do PSD, à margem de qualquer espírito de tolerância social-democrata, a embarcar na promoção involuntária do último livro de Saramago (e a fazer lembrar tristes episódios de semelhante radicalismo perante uma obra de Saramago, por parte de um delirante e medieval subsecretário de Estado da Cultura, que se pensava estarem enterrados e resolvidos há mais de 17 anos."
José António Lima - O SOL 23-10-2009
Quinta-feira, 22 de Outubro de 2009
E se, num golpe de mágica, alguém fizesse desaparecer 100 votos na Sé ? E mais 200 no Campo Grande? E outros 250 na Lapa ? E mais 448 em S. João de Deus? E rasuras, actas em branco e balbúrdia. Senhoras e senhores, o "Circo das Eleições" tem a honra de apresentar os resultados das autárquicas de Dezembro de 2001 sob a forma de despacho do Ministério Público. Datado de 21 de Junho de 2004. A coligação "Amar Lisboa", encabeçada por João Soares, viu evaporar-se "935 votos (era uma cifra superior mas subtraíram-se aqueles que foram contabilizados a mais) regularmente expressos nas urnas". A palavra ao visado: "Não sei se haveria material para ir mais além ... ", diz João
"Soares, fazendo, no entanto, questão de destacar o trabalho "sério do Ministério Público que demonstra um conjunto de irregularidades".
O ex-presidente da Câmara de Lisboa viu fugir-lhe a vitória nas últimas autárquicas por uma unha negra. Ainda assim, os resultados provisórios apontavam para uma derrota, frente à coligação " Lisboa Feliz (PSD/PPM), por uma diferença de 856 votos, cifra que duplicou (1726) quando se fez o apuramento definitivo." Foi uma diferença tangencial. Houve uma transferência de votos e é preciso perceber de onde vieram e para onde foram.", afirma entre esperanças de compreender algo mais do que se passou quando ler o livro que está a ser ultimado por Silva Lopes, o engenheiro que denunciou à procuradoria um esquema de fraude. Cenário que fez avançar as investigações que concluíram não estar em causa este tipo de crime, ainda que ficassem na mira alguns responsáveis incertos: "Não existem registos nem os membros da assembleia recordam quem fez o tratamento dos dados nas freguesias onde os erros mais evidentes foram detectados. Tal forma de trabalhar impede que se responsabilize alguém determinado pelas alterações verificadas, pelo que, mesmo, mesmo a dar-se por indiciada uma conduta intencional na alteração dos resultados eleitorais, os autos teriam de ser arquivados por não se indiciar quem foi o seu autor.". O despacho refere-se directamente a uma das três mesas de apuramento geral, precisamente aquela que era liderada pelo Juiz Torres Vouga, o magistrado que também encabeçou a mesa geral de apuramento. O Independente não conseguiu contactar o magistrado, mas teve acesso a uma carta dirigida esta semana por Silva Lopes a Torres Vouga, onde o engenheiro acusa o Juiz de estar "no centro de uma grave suspeição". (.... )
António José Vilela - Francisco Teixeira
correio@oindependente.pt
Independente - 9 de Julho de 2004
PS/Espinho pede nulidade das autárquicas
<input ... >2009-10-20
PS de Espinho recorreu para o Tribunal Constitucional alegando que houve irregularidades e ilegalidades no processo que deu a presidência da Câmara ao PSD.
O PS de Espinho apresentou na passada sexta feira, 16 de Outubro, um recurso ao Tribunal Constitucional (TC), pedindo a nulidade das Eleições Autárquicas neste concelho.
Urnas que viajaram nas viaturas pessoais dos presidentes de mesa e votos considerados válidos apesar de apresentarem escritos como "o IMI está muito alto" e "mandem o Mota para o Brasil" são alguns dos exemplos referidos na queixa dos socialistas, a que a Lusa teve acesso hoje, terça-feira.
José Mota, o ainda presidente da Câmara que a 11 de Outubro perdeu a reeleição, remete as explicações do caso para Liliana Ferreira, eleita pelo PS para a Assembleia Municipal e para a Assembleia de Freguesia de Espinho.
Liliana Ferreira, advogada, sustenta que o partido "detectou imensas irregularidades e ilegalidades durante todo o processo eleitoral".
"O Tribunal Constitucional tem que apurar responsabilidades e corrigir a situação", acrescenta.
Como alguns exemplos Liliana Ferreira sustenta que "na mesa de voto 4, havia 467 votantes assinalados nos cadernos como tendo comparecido para votar, mas, nas urnas, estavam 637 boletins".
Acrescenta ainda que "a PSP só deve levar os boletins nulos e brancos, e não pode levar os que ficaram por utilizar. Mas houve mesas de votos em que levou tudo".
"Também houve presidentes de mesa que andaram com os votos nos seus carros particulares e tiveram oportunidade de preencher como entenderam esses boletins que estavam por utilizar", frisa a advogada.
Segundo Liliana Ferreira "isso pode justificar a discrepância de resultados".
O caso "mais evidente", para a eleita do PS, será o de Silvalde, onde o PSD começou por ganhar por 299 votos "quando na realidade só tinham 289".
"As contas finais deram a Junta de Silvalde ao PSD por apenas um voto de diferença, mas o PS reclama que há um boletim de voto a favor dos socialistas que foi considerado nulo e não devia", sustenta.
"Nesse caso", explica Liliana Ferreira, "o resultado seria um empate e teria que repetir-se o acto eleitoral".
A queixa que o PS apresentou ao Tribunal Constitucional faz ainda referência a uma carta anónima com fotografias das urnas e dos boletins de votos, alegando que os sociais-democratas pagariam "20 euros ou mais por cada voto no PSD", diz a advogada.
O TC notificou, segunda-feira, todos os partidos que participaram no acto eleitoral de Espinho para se pronunciarem sobre o caso.
Depois de serem ouvidos, o TC tem 48 horas para se pronunciar.
O DESCRÉDITO VAI MINANDO CADA VEZ MAIS OS PARTIDOS POR DENTRO, E JÁ CONTAGIOU AS PRÓPRIAS ELEIÇÕES NACIONAIS, TENDO A COMISSÃO NACIONAL DE ELEIÇÕES JÁ ALERTADO, PUBLICAMENTE, PARA A POSSIBILIDADE DE FRAUDES EM ELEIÇÕES GERAIS, COM VOTAÇÕES MUITO IGUAIS ! QUEM PODE INTERVIR ? QUEM DEVE INTERVIR?
FECHADA PARA OBRAS
22 Outubro 2009 - 00h30
Heresias
Fechada para obras
De todo o lado ouço narrativas de violação das regras da transparência eleitoral: urnas transportadas por candidatos, assalariados de um candidato com atestados médicos a votarem dezenas de vezes em nome de eleitores incapacitados, transferências ‘mágicas’ de eleitores a pretexto do Cartão do Cidadão. Temo que os métodos há muito usados nas votações internas dos partidos se possam estar a fixar nas eleições gerais.
A diferença é que o PS, derrotado em Espinho, faz tudo para reverter a situação e iniciou uma campanha mediática tremenda. O PSD, queixoso em tantos lugares, ficou indolente. Os militantes desistiram de falar com a direcção nacional: nem lhes atenderam o telefone. Não admira – só o seu próprio sustento os absorve e não a Trofa, Mesão Frio e etc...
Carlos Abreu Amorim, Jurista
Quarta-feira, 21 de Outubro de 2009
Pacheco Pereira falou sobre partidos políticos, nas tertúlias do Casino. O antigo deputado do PSD não poupou nas críticas aos aparelhos partidários.
O Casino da Figueira convidou Pacheco Pereira para falar sobre o sistema político-partidário. Mas o antigo deputado à Assembleia da República e ao Parlamento Europeu não poupou críticas aos partidos e aos seus aparelhos. A dada altura, Pacheco Pereira afirmou que “os partidos políticos controlam a vida pública” portuguesa. E explicou como. O controlo começa nas juventudes partidárias, através de assessorias a eleitos e governantes, empresas municipais, vereação, entre outros “jobs” que os “boys” têm, à partida garantidos”.
À partida, porque têm de pertencer ao aparelho partidário, caso contrário, terão de continuar a aguardar na lista de espera. De resto, são os aparelhos partidários que detêm “o verdadeiro poder”. Excessivo, quiçá, comparativamente com a maioria dos países europeus, apontou. Por outro lado, em Portugal, as carreiras políticas raramente premeiam o mérito e a qualidade. Porque, explicou, elas dependem dos partidos e não dos eleitores.
Obedecendo a um esquema hermético e, às vezes esotérico, os aparelhos não se renovam e promovem uma “pequeníssima abertura à sociedade”. Afinal, o espaço é pequeno para tanta gente, que se atropela à entrada de um elevador que vai para o mesmo andar, como ilustrou um membro da assistência. Autófago, o sistema encontra nas estruturas locais e regionais de nomeação política a sua sobrevivência.
Guerra sem ideologia
Em Portugal, frisou o orador da tertúlia do Casino, o sistema partidário está de tal modo entranhado, que “é mais fácil criar uma partido do que uma candidatura independente a uma autarquia”. Mas Pacheco Pereira deu muitos outros exemplos que confirmam a hegemonia que os partidos exercem sobre as instituições e sociedade civil. De resto, basta conferir quem ocupa os lugares de comando entre as tropas partidárias em associações de estudantes, sectoriais, empresariais, em colectividades, além dos cargos de nomeação política.
“As guerras internas dos partidos não têm ideologia”, realçou Pacheco Pereira. Assim sendo, os beligerantes lutam por um lugar ao sol, mesmo que isso implique remeter para a sombra os que mais brilham pela qualidade. Porém, qualidade é algo que não se pode exigir em demasia: “os bons, salvo raras excepções, não querem fazer carreira política, pois ganham várias vezes mais no sector privado”. Contudo, para quem não tem outra profissão, ressalvou, a política até compensa.
Os caminhos da mudança
Não é fácil mudar um sistema onde os interesses que orbitam à volta do mesmo são tantos e tão poderosos. Existem no entanto vias para a mudança: “os partidos só aprendem com a pressão do exterior”. Internamente, também é possível promover outras soluções. Por exemplo, “que cada uma pague as suas quotas, e não o presidente da secção”. Para que isso possa acontecer, defendeu o convidado das Tertúlias do Casino na Figueira, os partidos têm de aplicar o método de individualização da quotização.
Pacheco Pereira apresentou uma ideia controversa, para alterar o diálogo entre eleitos e eleitores. O antigo parlamentar preconizou que sejam os eleitores a determinarem os lugares que cada candidato a deputado deve ocupar na lista. Lembre-se que o actual sistema confere aos aparelhos partidários a exclusividade da tabela classificativa, extrapolando para outros “campeonatos”. Numa coisa estiveram todos, orador e assistência, de acordo: existe uma redução significativa do espaço público. E a claustrofobia que daí advém atinge, sobretudo, quem procura uma lufada de ar fresco.
Outra solução que pode conduzir a uma renovação dos actores políticos, e a uma maior participação dos eleitores no sistema político, são os círculos eleitorais mistos, isto é, uninominais e nacionais. Essa é a proposta de Pacheco Pereira, porque, com apenas a primeira alternativa, correr-se-ia o risco de se dar origem a “fenómenos de caciquismo, como nas autarquias”. Um elemento da assistência perguntou quanto tempo poderá demorar alterar o sistema político-partidário e as mentalidades. “Se demorasse uns 30 anos, não era mau...”, respondeu Pacheco Pereira.
Jot´ Alves - Figueira da Foz
AS LISTAS
As listas para deputados à Assembleia da República revelam a força da “partidocracia”. Fala-se em renovação, mas são os aparelhos partidários que controlam o sistema. Em vez de uma democracia participativa dos cidadãos, temos uma “democracia” exclusivamente partidária, onde não há lugar para as candidaturas independentes ou para os talentos e vocações emergentes da sociedade civil.
Os partidos continuam a ter o monopólio da representatividade política. Pior do que isso: os aparelhos partidários impõem os seus candidatos.
Assim não há renovação política nem reforma do sistema. Em algumas regiões surgem candidaturas partidárias divorciadas do meio e da realidade, que pouco ou nada têm a ver com os anseios e os problemas das populações locais.
Representam mais o partido do que a sociedade. Representam mais a “partidocracia” do que a democracia. Não admira que os cidadãos não conheçam os seus representantes ou ignorem a sua actividade parlamentar.
Uma democracia assim é uma democracia cheia de fragilidades e contradições. E coloca-se com toda a legitimidade a questão: os políticos têm mais vontade de servir ou ambição de mandar?
A igualdade de oportunidades, o aproveitamento de vocações, a qualidade da democracia, deixam muito a desejar. De facto, é justo questionar se as listas partidárias têm em consideração o mérito, a competência, o rigor, o serviço público.
Toda a gente começa a perceber que a política tem estagnado como ciência para se transformar num verdadeiro espectáculo mediático. Muitas pessoas estão na ribalta política, não pela sua cultura, experiência ou formação, mas pela sua subserviência partidária. Tal facto diminui a qualidade da democracia e causa desinteresse na população.
Por outro lado, os partidos não têm desenvolvido uma acção conducente à pedagogia dos valores, à formação doutrinária, à preparação de quadros dirigentes. Pelo contrário, têm privilegiado os jogos tácticos e as estratégias partidárias, quase sempre para conservar certos interesses adquiridos à custa do sistema.
As novas gerações não encontram motivação para participar activamente na vida política. Não tem havido uma educação para a cidadania e para a militância cívica e certos comportamentos e práticas políticas têm afastado os cidadãos da participação democrática.
Claro que os partidos fazem falta à democracia, mas é preciso entender que a democracia não se esgota neles. Muitos valores da sociedade civil, muitas personalidades que têm dado o seu contributo para a liberdade e para a qualidade da democracia, ficam excluídos das listas partidárias pela sua independência e pela sua consciência crítica. Esta perda de valores fragiliza o sistema democrático e contribui para o aumento da abstenção eleitoral, pois a política e os políticos vão perdendo a confiança dos cidadãos.
Há pessoas que não fizeram mais nada na vida senão política partidária. Perpetuaram-se nos seus lugares e nunca viram com bons olhos o aparecimento de novos valores. A democracia tem perdido muito com a falta de debate democrático e com a sobrevalorização dos aparelhos partidários em relação ao pluralismo social.
As campanhas eleitorais são autênticas “festas de propaganda”, mas têm pouco a ver com a apresentação de projectos e com o esclarecimento das populações.
Cansado destas lutas político-partidárias, onde por vezes ou quase sempre se promete o que não se consegue cumprir, o povo quer a democracia e a liberdade, mas duvida desta democracia e desta liberdade.
A política tem de ser um serviço, uma vocação, e jamais uma “estranha forma de vida”. Por outro lado, as pessoas começam a perceber que a melhor política é a honestidade. Se é verdade que há políticos sérios e competentes, também é verdade que há outros que só pensam exclusivamente na sua carreira pessoal. Sem palco e sem fama não sabem viver.
Jornal Algarvio 15-10-2009
NA VIZINHA ESPANHA
Edil de El EJIDO detido por corrupção
Naquele que é mais um caso de corrupção desmamtelado em Espanha, a polícia deteve o presidente da Câmara de El Ejido (Alméria) Juan Antonio Ruiz, o inspector da mesma edilidade, José Alemán, e mais 18 pessoas, todos acusados de branqueamento de capitais, desvio de fundos públicos, subornos, tráfico de influências e falsificação de documentos.
Ao abrigo da "Operação Poente" a polícia fez buscas na edilidade bem como na sede de 12 sociedades e ainda nos escritórios da Empresa Mixta de Servicios Municipales.
Recorde-se que Ruiz foi expulso do Partido Popular em 2005 e fundou o Partido de Almeria, tendo ganho as últimas eleições com maioria absoluta.
CM 21-10-2009
Muito se tem discutido o fenómeno dos independentes nas últimas eleições autárquicas. O assunto foi repescado a propósito das candidaturas de Carmona Rodrigues e Helena Roseta à CM de Lisboa.
Não pretendo aqui dissecar as diferentes motivações que podem estar na origem das candidaturas independentes ou as razões que concorrem para o seu notório sucesso eleitoral.
Não sou miltante de nenhum partido apesar de já ter sido desafiado por amigos das quatro juventudes partidárias mais representativas. Acontece, porém, que nunca senti aquele impulso determinante para se tomar uma decisão deste nível. Note-se, no entanto, que tal não se fica a dever a nenhuma indefinição ideológica da minha parte. Como qualquer pessoa, tenho os meus ideais e as minhas convicções e não teria dificuldades em integrar-me. Contudo, não gosto de algo que, admito, sem conhecer bem, conheço o suficiente para repugnar: os vulgarmente designados «aparelhos partidários» e os seus «jogos de poder».
Não tenho dúvidas que muitos dos votos conquistados por candidatos independentes em várias autarquias do país são, acima de tudo, votos de protesto em relação aos partidos. Não quero, ainda assim, alinhar-me pelo discurso fundamentalista anti-partidário, mas, ao assistir às "guerrilhas" internas pelo poder em determinados partidos, compreendo perfeitamente o pensamento dos eleitores.
O que se passou em relação à autarquia aveirense na semana passada com o líder de uma concelhia partidária a substitur-se aos membros do executivo; os ataques internos do PSD a Marques Mendes por este não ter pactuado com o clima de suspeição que a autarquia liderada por Carmona Rodrigues já não conseguia esconder, ou, ainda, a manipulação dos idosos de uma série de localidades do norte por parte do PS nos festejos de António Costa em Lisboa, são apenas exemplos que reforçam o meu actual desgosto pela lógica de actuação dos partidos.
Terça-feira, 20 de Outubro de 2009
segunda-feira, 19 de Outubro de 2009
Como será evidente, qualquer cidadão gosta de se afirmar como independente, querendo com isto dizer, que é capaz de ter uma visão ou perspectiva pessoal sobre qualquer matéria. È importante para nós sentirmos e acreditarmos nessa capacidade, nesse estatuto de independência. Sabemos também que esta, continuemos a chamar-lhe independência, em bom rigor dificilmente existirá, a nossa perspectiva sobre o que está à nossa volta depende sempre da gestão dos interesses envolvidos, por mais subjectivos ou irrelevantes do ponto de vista colectivo que possam ser esses interesses. Por exemplo, dificilmente eu serei “independente” a olhar para um jogo de futebol em que participe o meu clube do qual aliás, nem sequer sou sócio, embora durma perfeitamente tranquilo quando perde.
Sabemos também que a partidocracia instalada em Portugal tornou os partidos donos da democracia e inibe a participação cívica de cidadãos fora dos aparelhos partidários.
Neste quadro, entende-se mal que cidadãos militantes partidários que por qualquer razão vêem romper-se a sua ligação com o partido, assumam, com toda a legitimidade, vida política afirmando-se agora “independentes” mas mantendo o vínculo formal ao partido, situação que tem acontecido em diferentes partidos. Mais uma vez não me parece um bom serviço prestado à democracia. A decisão de concorrer a umas eleições fora do aparelho do partido em que se militava deveria ser acompanhada pela desvinculação formal do partido podendo, assim, reclamar o estatuto de “independente” que, como disse acima, tenho dificuldade de entender, sobretudo em política. No entanto como sabeis, os políticos também são uns fingidores, até fingem de independentes.
De qualquer forma, um militante partidário concorrer a eleições contra o seu partido é, no mínimo, estranho e de difícil enquadramento em ética política.
Texto de Zé Morgado at 15:16
Segunda-feira, 19 de Outubro de 2009
Ministério Público não vai investigar
“O Ministério Público não vai investigar a alegada compra de votos no PSD, porque considera que não está em causa nenhum crime. “Os factos, tal como são relatados na imprensa, não preenchem qualquer tipo legal de crime, situando-se a questão no domínio político (?). Não há, por ora, fundamento legal para abrir inquérito”, disse ao “Diário Económico” o gabinete de imprensa da Procuradoria-Geral da República. A notícia da alegada compra de votos a militantes, denunciada por militantes e ex-militantes sociais-democratas como uma prática corrente em várias secções de Lisboa do PSD, foi divulgada na quarta-feira em exclusivo pela SÁBADO. “
Que me desculpem os senhores do MP, com todo o respeito, gostaria de lembrar que os partidos têm estatutos e regulamentos. QUEM ZELA PELO SEU CUMPRIMENTO? OS ÓRGÃOS DE JURISDIÇÃO DOS PARTIDOS? Só com muita ingenuidade se pode acreditar em tal!
Quanto à Constituição tomemos em atenção, artigo 51º:
ASSOCIAÇÕES E PARTIDOS POLÍTICOS
N.º 5 - Os partidos Políticos devem reger-se pelos princípios da transparência, da organização e da gestão democráticas e da participação de todos os seus membros. Se não o fizerem, quem poderá controlá-los? No presente é seguro que não o estão a fazer!
Salvo melhor opinião, tanto os estatutos como os regulamentos, deveriam estar regulamentados em lei, para que, de partido para partido, não haja grandes desvios. A ética deveria ser “ponto de honra” relativamente aquelas instituições que detêm o privilégio de legislar sobre tudo o que mexe no país, que lhes paga muitíssimo bem, para esse fim! Pugnamos por igualdade de direitos e deveres para todos os partidos.
Existindo legislação, só não há porque ela não dá jeito aos partidos, a luta política seria muito mais salutar e exemplar perante toda a população. O respeito pelos partidos ganharia outra estatura e a política sairia dignificada. O MP deveria fazer cumprir, com rigor, toda essa legislação sobre os partidos. Estes deixariam de ser coutadas, como são hoje, e de estarem fechados à sociedade. O voto dentro e fora dos partidos terá de ser, sempre, um acto sublime. Ninguém deveria poder pagar quotas por outras pessoas, pois, tal constitui um acto de grande indignidade democrática!
Se num dos grandes partidos somente 33 350 militantes têm as quotas pagas, num universo de 144 500 militantes, e no momento de eleições internas aparecem sempre os mesmos a pagar quotas a quem não está interessado em fazê-lo, pergunta-se, então porque o fazem? Fazem-no por intenção de pura manipulação política dentro da mais “baixa política”, ou seja, para formarem grupos com amigos, cujo objectivo é somente promoverem actividades ilegais! Ao invés, a bem do país e da sua população, deveriam ser escolhidos os candidatos mais competentes, honestos e respeitados pela população. Hoje, esta é obrigada a escolher um, entre vários maus candidatos.
O estado do país é prova disso mesmo!
António Reis Luz
Domingo, 18 de Outubro de 2009
OS PARTIDOS são hoje, as mais poderosas e temíveis sociedades quase secretas, porque deles só sabemos o que eles querem que saibamos. Porque têm uma força que resulta das ficções com que eles se protegem através da própria lei. Porque são sociedades fechadas onde já só entra quem eles querem (e cada vez menos querem entrar). Porque têm os seus rituais quase canónicos, indispensáveis à luta pelo poder pessoal. Porque são verdadeiras fábricas de abortos políticos, que depois nos massacram sem que tenhamos qualquer controlo sobre eles. E, sobretudo, porque usam falaciosamente uma linguagem democrática. Que utilizam contra nós como um "spray" repelente que os defende de qualquer crítica séria.
Mas tenhamos esperança. Ontem, os noticiários deram-nos conta de que na AR não se dorme, incansáveis e vigilantes cérebros de excepção, depois de aturado labor, num golpe de génio que mesmo predestinados só têm uma vez na vida, conceberam e adoptaram bandeira e galhardete para aquele órgão de soberania. A grande falta para a resolução de todos os nossos problemas foi descoberta e está sanada! Deus seja louvado ! Com tais cérebros a velar pelo nosso bem-estar a democracia será salva.
João Marques dos Santos
CM 05-01-2007
ESCUTAS A PRETO AJUDAM CONDENAÇÃO EM TÁBUA
Virgílio Sobral de Sousa, ex-vereador socialista da Câmara da Amadora e empresário, foi condenado, quinta-feira, a quatro anos de prisão efectiva por ser «o arquitecto do sistema de corrupção» no Centro de Exames de Tábua (CET).
Os registos das escutas telefónicas efectuadas pela Polícia Judiciária (PJ) aos telefones de Virgílio, do filho Sérgio e do respectivo advogado, António Preto, foram uma das provas em que o tribunal de Tábua fundamentou a decisão. As escutas foram consideradas «elucidativas do esquema fraudulento», refere o repórter da agência Lusa, presente na leitura do acórdão. Entre as transcrições - validadas logo na primeira audiência - estão as conversas que tornaram Preto também suspeito de actos de corrupção e deram origem a outro processo, já reveladas pelo EXPRESSO.
EXPRESSO 17-07-2004
As escutas da Polícia Judiciária a António Preto iniciaram-se a 22 de Maio de 2002, cinco dias depois de o deputado ser eleito presidente da distrital de Lisboa do PSD, e prolongaram-se durante cerca de 60 dias. Estas são algumas das transcrições dessas escutas, tal como a PJ as fez e que constam no processo que vai começar a ser julgado no Tribunal de Tábua, em que é arguido Virgílio Sobral de Sousa, de quem Preto é advogado.
Resolver problemas
(27-05-2002)
«V. (Virgílio Sobral de Sousa) pergunta se daquelas situações tinha tratado de alguma. P. (Preto) diz que só tratou da do Carmona Rodrigues (então vice-presidente da Câmara de Lisboa, actual Ministro-das Obras Públicas) e que este lhe disse que vai dar tudo hoje à Helena (vereadora da Câmara de Lisboa). P. está à espera para ver se ele faz mesmo isso. V. diz que lhe trate da do Lipari (Sérgio Lipari), presidente da secção de Benfica do PSD na freguesia de Benfica). P. diz que sim, mas que para tratar dessa tem de estar pessoalmente com ele e ainda não arranjou tempo, porque está a preparar aquilo para amanhã ir a Coimbra. V. pergunta-lhe sobre a relação. P. diz que também já a pediu à Lena e que se esta puder ainda lhe leva hoje à distrital. P. diz que está muito cansado. Então V. aproveita para lhe dizer se com esse cansaço todo ele não se vai esquecer do gajo de Montalegre., porque também é giro verem isso. Preto e Sérgio vão a Coimbra amanhã de manhã. V. termina pedindo mais uma vez que lhe veja "essas três coisas"».
EXPRESSO 01-05-2004
ALMOÇO COM PROCURADORES
31-05-2002
« VM (voz masculina que a PJ não consegue identificar) pergunta se P. tem um minuto. P. diz que sim e que vai ter agora com a Manuela (Manuela Ferreira Leite) e o Vasco Valdez (secretário de Estado das Finanças). VM diz que dia 6 P. vai almoçar com ele, com o Nuno Aires (procurador-geral-adjunto), o Maximiano (Inspector-geral da Administração Interna), o director da PJ de Setúbal e o comandante do Porto de Setúbal. Será em Setúbal no Portinho da Arrábida. P. diz que tá combinado (.... ) P., diz que então agora vai ali para o Vasco e para a "Manuela" e vai tornar a "falar nisso". VM diz que o gajo é um gajo muito honesto (..... ) acrescenta que, se eles não quiserem, Preto tem outro gajo, que foi subdirector da PJ no tempo do Laborinho, que é o Jacinto Meca e que é " nosso mesmo", é um juiz e por isso não pode ser militante, que conhece os gajos todos, os agentes infiltrados, tanto os de colarinho branco colmo os outros porque ele é que os fez. P. diz que já tem falado no outro».
EXPRESSO 01-05-2004
REUNIÃO COM ARNAUT
(18-06-2002
«Virgílio liga a Helena Marques (funcionária da Câmara da Amadora). V. diz que ontem esteve a trabalhar para ela. Teve uma reunião com Lipari e depois com o Preto. H. (Helena) pergunta "e então"? V. responde-lhe "o lugar é dele". Aparentemente é para o marido de H. V. diz que aproveite a ligar-lhe amanhã por volta das dez e um quarto, porque o Preto está com ele a essa hora. Aliás, embora ele não devesse divulgar isto porque pode ter o telefone sob escuta, amanhã às 10h vão estar no escritório dele o Preto e o sr. José Luís Arnaut (secretário-geral do PSD e ministro-adjunto). H. acrescenta rindo "esperemos que não esteja em escuta".
20 mil contos
01-08-2002
V. diz que vai levantar 20 mil contitos da conta dele. P. diz-lhe que esteja à vontade com isso. V. diz-lhe que lhe liga logo que tiver o «cacau». P. concorda e diz que fica combinado.
Polícia não paga
01-08-2002
S. (Susana) diz que está lá um polícia, de nome Abrantes, diz que foi o senhor Sobral que há muitos anos deu autorização para irem lá lavar os carros. V. diz que sim, que o lavem, não lhe levam nada, mas que no talão anotem o número da matrícula. Como é da polícia não pagam.
EXPRESSO 01-05-2004
PRÉDIOS DEVOLUTOS
03/06/2002
V. quer combinar um almoço. Diz que hoje não o vai largar, mas P. diz que hoje não pode almoçar. V. diz que assim não o vai largar toda a semana. V. quer saber qual é a situação e P. diz que a situação é esta: Hoje vai estar com o Carmona Rodrigues, diz que inclusivamente vai lá de propósito por causa «disso». V. pergunta se falou alguma coisa ao Marco Almeida. P. diz que tentou telefonar-lhe, até pode dar o número dele a V., porque já tentou várias vezes e ele não atende.
V. ri-se e diz que é porque já está preso. Pergunta ainda pelo Lipari ( Sérgio Lipari, presidente do PSD-Benfica). P. diz que ele e a Eduarda Rosa estão em França num convénio e só regressa quinta-feira. Depois V. pergunta-lhe pela lista dos prédios devolutos. P. já a pediu à Helena. V. diz que esta semana ou fica pronto o assunto de Sintra ou o de Lisboa. E diz que lhe volta a ligar a meio da tarde.»
EXPRESSO 01-05-2004
AS CONVERSAS QUE ALERTARAM A PJ E O MP
(31-05-2002)
Virgílio - pergunta pela "nossa vida".
Preto- responde que «o nosso amigo Carmona Rodrigues» continua a dizer para estar descansado. Que ainda na quarta-feira jantou com ele e com Helena e que Carmona lhe disse que podia estar descansado, mas que agora estava uma nova pessoa, mas que não havia problema.
Que vai jantar com o Marco Almeida (vereador em Sintra e membro da Comissão Política do PSD-Lisboa) e com Helena e vai saber como está o outro assunto, V. diz que cada vez que Carmona diz ao P. para ficar descansado é motivo de preocupação, anda a dizer isso desde Dezembro e mostra não ter grande consideração por P.
Preto concorda e recorda a ideia: «nenhuma». Segundo P. o problema daquela câmara é como diz a Helena: nada funciona. V. quer que P. vá lá dizer como é que se faz e o P. diz que, se não resolverem até segunda-feira, vai lá falar com o novo director de serviços. V. diz que não o larga, vai andar pessoalmente atrás dele. P. diz que vai entregar o carro no dia seguinte. V. diz que não quer saber do carro, que pode andar com ele até ao Natal e P. diz que não pode e que o vai entregar, que no escritório apareceu-lhe uma coisa, «irmãos Anselmo» , que têm uma coisa lá no Cacém. V. diz que sim, que já tinha há uns anos e pergunta quanto é que querem por ela. P. diz que aquilo está em negociação com o Polis e que querem que seja ele o advogado deles. V. diz que faz bem, porque é uma coisa muito grande, para ganhar dinheiro a sério. P. diz que lhe disse que só é advogado nessas coisas com procuração passada, porque não quer que venham a dizer que anda a traficar influências. V. aconselha P. a defender-se e pergunta se lhe resolve um dos problemas na semana que vem. P. diz que vai ver se apanha o director-geral no fim-de-semana e fala com ele. V. pergunta quem é que decide isso, se é ele ou a Maria Helena e P. diz que ela é vereadora, mas ele é director-geral. P. diz que tem uma série de militantes no partido que deram o litro para o apoiar, para o meter e que o V. termina dizendo que P. lhe anda a prometer datas há muito tempo e que ele transmite o que ele diz e que já o andam a pressionar, ficando mal visto.
EXPRESSO 01-05-2004
Sábado, 17 de Outubro de 2009
No processo de Tábua, Preto pediu a anulação das escutas, alegando a condição de deputado e de advogado dos arguidos, mas o tribunal indeferiu o pedido e reafirmou a legalidade das transcrições. Preto fez então juntar ao processo uma exposição, garantindo que em todas as conversas escutadas «está presente o advogado, nunca o intermediário influente que a PJ ficcionou, em nenhum caso há sequer a tentativa e muito menos a obtenção de um favor, com base numa conduta ilegal da Administração Pública». Acrescentou ainda que as malas de dinheiro foram sempre pagamentos de honorários, dos quais passou recibo, e foram justificadas pela necessidade de ter liquidez imediata para os gastos da sua campanha à distrital de Lisboa do PSD.
As conversas escutadas levaram a PJ a classificar o político como suspeito «de tráfico de influência e corrupção», num relatório intercalar feito no inquérito de Tábua. A PJ destacou ainda «um automóvel que António Preto utilizou e que será pertença de Virgílio de Sousa, e a quantia de 20 mil contos que este se propõe levantar e entregar àquele, cuja natureza e destino final se desconhece». Também o MP, em despacho posterior para justificar as escutas, considerou que «António Preto surgiu como um pontencial e presumível implicado (.... ) em actos de corruptela». O DCIAP pediu entretanto à Juíza do processo de Tábua a gravação integral das escutas aos telefonemas de Preto, já que nos autos só constam nove transcrições.
EXPRESSO 01-05-2004
António Preto defende Virgílio e o filho, Sérgio Sobral de Sousa, no processo de Tábua, pois é, desde 1998, advogado da maioria das suas empresas - cuja área de negócios vai do ramo imobiliário à prestação de serviços, passando por uma bomba de gasolina e um centro de inspecção de veículos. Mas os registos das escutas telefónicas realizadas durante o inquérito de Tábua tornaram Preto também suspeito e o próprio advogado foi escutado durante dois meses. Como as conversas extravasavam o caso de Tábua, o MP propôs a abertura de uma investigação autónoma. Mas no processo de Tábua, consultado pelo EXPRESSO esta semana, ainda estão vários documentos reveladores das influências movidas no aparelho partidário social-democrata.
Os registos das escutas permitem perceber que Virgílio pedia vários favores a António Preto. Alguns estavam relacionados com os centros de exames de condução e envolviam os responsáveis da Direcção Geral de Viação. Mas noutros o objectivo foi diferente. São exemplos o pedido de Virgílio para Preto lhe arranjar a lista dos prédios devolutos em Lisboa - que o presidente da Distrital promete conseguir através da vereadora Helena Lopes da Costa - ou a tentativa de Virgílio de arranjar colocação para o marido de uma amiga. Nas escutas, Sobral de Sousa insinua ter acesso directo a outros dirigentes sociais-democratas, como José Luís Arnaut (secretário-geral do PSD e actual ministro-adjunto), referindo que teria uma reunião com Preto e Arnaut, embora não seja perceptível o assunto que a justifica. O advogado chega a desabafar que Virgílio «anda a chatear-lhe a cabeça com pedidos». Sobral de Sousa responde que ele é que «lhe anda a prometer datas há muito tempo e que já o andam a pressionar, ficando mal visto». O EXPRESSO tentou contactar António Preto, para melhor esclarecer o contexto destes telefonemas, mas até ao fecho da edição não obteve resposta.
EXPRESSO - 01-05-2004
O EXPRESSO consultou o processo em que António Preto foi indiciado. Revela pressões entre autarquias, empresários e o PSD
As trocas de favores e o jogo de influências entre autarcas, construtores civis e aparelhos partidários estão no centro das atenções do Ministério (MP) e da Polícia Judiciária (PJ). São às dezenas os inquéritos-crime em investigação nos quais essas relações, que muitas vezes passam a fronteira da legalidade, estão a ser escrutinadas. Um deles decorre no Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP), que coordena a investigação da criminalidade organizada, e envolve o presidente da Distrital de Lisboa do PSD, António Preto.
O também deputado e advogado é suspeito de tráfego de influências, devido aos indícios de que terá utilizado os conhecimentos no PSD e em várias câmaras para ajudar negócios de amigos e clientes. Investigadas estão a ser também entregas de vultuosas quantias de dinheiro a Preto, em notas, dentro de uma mala (como o Expresso noticiou em Junho de 2003). No entanto, quase dois anos após o início do inquérito, ainda não foram constituídos quaisquer arguidos.
Esse processo foi instaurado no DCIAP em 2002, por iniciativa de um procurador de Coimbra que investigava indícios de corrupção em centros de exames de condução geridos por empresas de Virgílio Sobral de Sousa - ex-vrereador socialista da Câmara da Amadora que, em 1993, denunciou, numa carta a Guterres, os esquemas de corrupção naquela autarquia, entre vereadores do PS e PSD e coinstrutores civis.A recolha de provas sobre a corrupção no Centro de Exames de Tábua (CET) foi a mais rápida, o que permitiu avançar com acusação em Fevereiro de 2003. O julgamento começa já na próxima semana e Virgílio Sobral de Sousa é um dos 23 arguídos. Mas outras situações de corrupção e irregularidades continuam em investigação.
Expresso 01-05-2004
Supergabinete na Câmara de Lisboa
A vereadora Helena Lopes da Costa tem 16 assessores e secretários a seu lado. De pouco valem os apelos à contenção de custos
Em tempo de vacas magras, Helena Lopes da Costa, apoiante da austera Manuela Ferreira Leite para a presidência da Assembleia Distrital de Lisboa do PSD, tem o maior gabinete da câmara Lisboeta (2002/2005). A própria vereadora confirmou ao Independente que se faz acompanhar nas tarefas autárquicas por 16 assessores e secretários. Um número bem superior ao usual, até mesmo em ministérios da nação. O próprio presidente, Santana Lopes, nem 10 colaboradores tem.
Metade da equipa pertence aos quadros da própria câmara e a outra metade entrou em funções com o novo Executivo. Helena Lopes da Costa - que é membro da Comissão Política Nacional de Durão Barroso e candidata à Comissão Política Distrital de Lisboa do seu partido numa lista sintonizada com a ministra das Finanças - desdramatiza, garantindo que, apesar de 16, as pessoas que compõem o seu gabinete não são suficientes para responder ao volume de trabalho, sendo frequentemente obrigados a "trabalhar aos domingos e feriados".
Além do adjunto (comparável às funções de chefe de gabinete), a vereadora levou duas secretárias, requisitou quatro assistentes administrativas, dois juristas, dois assessores para a área da toxicodependência; um assessor para tratar dos sem-abrigo, um jurista para a habitação, um economista; um assessor para acompanhar a área dos deficientes; e ainda uma assessora para as questões da educação.
Nomeações na Gebalis
Helena lopes da Costa fez também alterações na Gebalis - Gestão de Bairros Municipais de Lisboa. Apesar de ter nomeado um novo presidente e um vogal para o Conselho de Administração, substituíu os dois directores da empresa municipal sob a sua tutela. Com as alterações entraram também alguns funcionários novos, e o director-geral é agora Sérgio Lipari Pinto, actual presidente da Junta de Freguesia de S. Domingos de Benfica.
A vereadora afirma tratar-se de procedimentos normais e sublinha o volume de tarefas que lhe calhou na distribuição dos pelouros municipais. É responsável pelos Bairros Sociais, o pelouro da criança; Educação e Juventude; Acção Social; e Toxicodependência.
" Fiquei com pelouros que antes estavam distribuídos por três vereadores e até pelo presidente", refere, para justificar os seus assessores e secretários.
PP Levado de arrasto na "rede Gurtel"
A dimensão da rede de corrupção em torno do primeiro partido da oposição em Espanha desgasta Mariano Rajoy
O Partido Popular vive a fase mais dolorosa da sua história. A descoberta de um esquema que afecta dezenas de dirigentes cava divisões internas e desgasta a liderança nacional, incapaz de se demarcar dos corruptos.
No centro do caso, os negócios realizados, desde há dez anos, por Francisco Correa (actualmente detido), figura da alta sociedade de Madrid, que teceu uma rede de contactos em municípios e comunidades autónomas governados pelo Partido Popular. Através de subornos e presentes caros Correa conseguiu que lhe fosse adjudicada a organização de eventos do partido, bem como negócios imobiliários. Os lucros iam parar a contas secretas e paraísos fiscais. A polícia interveio em Novembro de 2007, devido à denúncia de José Luís Peñas, vereador do PP numa localidade próxima de Madrid, que entregou aos investigadores 15 cassetes com gravações comprometedoras.
Em Fevereiro deste ano ficou clara a dimensão da rede. O Ministério Público e os juízes deram ao caso o nome de código "Gurtel" (que significa correia em alemão). A polícia encontrou documentação com os nomes dos subornados e os montantes recebidos. A lista inclui presidentes de câmara e vereadores de autarquias prósperas, próximas da capital do país ( Pozuelo, Majadahonda, Arganda del Rey, Boadilla del Monte). Há ministros de governos autónomos, de Madrid, Valência e Castela Leão. Sem esquecer figuras nacionais do PP, como Francisco Camps, da Comunidade Valenciana. Sobre este último incidem todos os olhares, por ter introduzido a rede "Gurtel" na região e ter desenvolvido actividades no quadro desta.
A instrução do processo sugere que Correa e seus seguidores tenham arrecadado milhões de euros. Há sinais de financiamento ilegal do PP. E de envolvimento de pessoas próximas do ex-presidente do partido, José Maria Aznar, caso do seu genro, Alejandro Agag. O casamento deste com a filha de Aznar, no Palácio do Escorial, foi organizado por Correa. Dentro e fora do partido chovem críticas sobre Mariano Rajoy, líder do PP, por tardar em ordenar uma drástica limpeza interna. A estratégia seguida até há pouco foi desacreditar a instrução, rotulando-a de manobra do PSOE e do primeiro-ministro Zapatero, para desviar as atenções da crise económica e prejudicar eleitoralmente o PP. Esta estratégia caiu por terra, quando dirigentes importantes, como a presidente da Comunidade de Madrid, Esperanza Aguirre, rival de Rajoy, não hesitaram em afastar da sua equipa os suspeitos de corrupção. Esta semana, Rajoy destituiu o "número dois" do PP em Valência, Ricardo Costa, bode expiatório do presidente da Comunidade, Francisco Camps. Costa é referido na instrução como protector do delegado de Correa na Comunidade Valenciana, Álvaro Perez, é suspeito de receber presentes valiosos.
O PP poderá apostar na anulação dos processos judiciais, baseando-se em irregularidades da instrução, como a gravação das conversas entre detidos e advogados, ordenadas pelo Juíz Baltazar Garzón.
Angel Luís de la Calle
Expresso 17-10-2009
Quinta-feira, 15 de Outubro de 2009
Publicada por O Príncipe
A campanha eleitoral em Oeiras ficou ontem marcada por confrontos entre apoiantes de Isaltino Morais e de Marcos Perestrello. Momentos antes de José Sócrates chegar ao local, socialistas e apoiantes do candidato independente cruzaram-se na zona comercial de Algés e gerou-se a confusão.
Nada seria anormal não fossem os apoiantes de Isaltino Militantes do PSD das secções de Algés (Helena Lopes da Costa), e da secção de Oeiras (Pedro Paulo e Alexandre Luz), Parece que as más praticas que o presidente da Distrital Carlos Carreiras denunciou continuam a ser feitas...
Isto é uma vergonha, são pessoas que inclusive estão a ajudar na campanha de Isabel Meireles!
É o vale tudo em Oeiras para se vingarem da Distrital uns, e outros para manter os lugares, empregos e avenças...
Quarta-feira, 14 de Outubro de 2009
“Só os que aguentaram o deserto podem chegar ao fim do deserto”.
Recordar hoje Sá Carneiro não é só evocar os seus triunfos , é também sublinhar as angustias e as sete solidões que amassaram o seu destino dentro do PSD .”
José Freire Antunes
Os partidos vivem repletos de pessoas que em nada primam pela lisura , antes, mergulham sem qualquer cerimónia , nos terrenos movediços da mentira e da falcatrua .
Infelizmente parece serem esses os que mais singram na vida política e, ao invés, as pessoas sérias e correctas, caem normalmente em desgraça!!!
A inscrição de supostos militantes nos partidos faz-se, por vezes, em grandes grupos de “mercenários”. Tais grupos depois de ajudarem a conquistar um núcleo, uma secção ou uma distrital, são transferidos para outra área geográfica e assim sucessivamente,defraudando toda a verdade eleitoral, interna e externa.
Dentro dos maiores partidos portugueses, tudo o que é dito nos notíciários dos media, sobre estas falcatruas, é a perfeita realidade.
Na vila em que vive a Mariagrossa, a mesma fez de tudo que está descrito no livro de Rui Rio e no prefácio de Pacheco Pereira, "A Política in Situ".
Para variar de personagens vou transcrever o mesmo, mas com outros artistas.
"Casa de Narciso com gente a mais.
O endereço de Narciso de Miranda em Matosinhos regista três outros moradores, todos inscritos nos cadernos eleitorais da secção do PS de Matosinhos pouco antes das eleições para a concelhia. Os três fazem parte de uma lista de 24 militantes socialistas que transferiram recentemente as inscrições. O caso está já nas mãos de Francisco Assis, líder da Distrital do PS – Porto.
Estes 24 militantes estão registados em apenas cinco moradas, todas no centro da cidade e na área da secção do PS de Matosinhos.
Esta é apenas uma das 26 situações que constam de uma carta que António Parada, da secção de Matosinhos, enviou a Francisco Assis. A carta fala de «transferências de outras secções para a secção de Matosinhos, recentíssimas, com origens desconhecidas, mas todas concentradas num reduzido número de moradas»." Expresso 21 Junho 2003
Conhecidas figuras que dão aulas de "política" em “Universidades” e “Polítécnicos”, ou até empossadas como vereadoras, usam e abusam destas práticas desonestas! É o caminho certo para subir dentro de um partido. Helena Lopes da Costa e a sua "gente", na qual se salienta Josefina Cigarra, andaram, anos a fio, a perseguir Isaltino de Morais. Era o obstáculo para que dominasse o feudo que criou em Oeiras. Quiçá, o obstáculo para se candidatar à CMO. Saído Isaltino do PSD, o obstáculo terminou e passaram a ser amigos. FOI NESTA NOVA CONDIÇÃO DE AMIGA DE ISALTINO que levou o PSD - ao descalabro absoluto, em Oeiras.
Dividiu as tropas e envenenou, em vez de unir. Alimentou os dois lados com fria intuição! Estranho pacto, para uma protegida de Manuela Ferreira Leite. Levou-a ao descrédito, por culpa própria, e da reputação da sua protegida!.
Terça-feira, 13 de Outubro de 2009
“ O PSD no seu melhor”
" As eleições para a secção de Algés abrem a guerra total entre dois membros da Comissão Política do PSD: Isaltino contra Helena Lopes da Costa .
Acusações , cartas , denúncias, tudo tem acontecido à volta da conturbada eleição para a secção de Algés (Lisboa). O clima foi tal que a questão acabou por subir até ao próprio Durão Barroso. A coisa não era para menos , dado que o processo envolvia dois membros da Comissão Política Nacional , Isaltino e Helena Lopes da Costa.
É o PSD no seu melhor.
Os traços essenciais da eleição contam-se em poucas linhas . Concorreram duas listas, uma apoiada por Isaltino e outra por Helena Lopes da Costa, esta aliás impossibilitada de voltar a recandidatar-se à liderança da secção por ter atingido o número máximo de mandatos permitidos pelos estatutos. E foi esta lista que venceu por 37 votos de diferença num escrutínio muito concorrido. Tão concorrido que , segundo os derrotados até houve “brigadas móveis” de votantes organizadas para apoiar a lista de Helena Lopes da Costa.
Tanto J. E. Costa, o candidato que perdeu, como Isaltino são unânimes no relato. A « ajuda» à lista vitoriosa foi dada pela inscrição de cinquenta e tal novos militantes trazidos por José Rodrigues Branco , um empreiteiro que foi vereador do PSD na Amadora até 1997 e que saiu do partido por não ter sido incluído na lista para as autárquicas desse ano. Mas não faz mal, entrou então para a lista do PP e apresentou-se às urnas. Azar dos azares não foi eleito.
Segundo Isaltino , “apareceu depois em Algés , dando como residência a casa do presidente do núcleo de Queijas.”
Acresce que esses cinquenta e tal novos inscritos “ entraram todos na mesma data por conivência com a então presidente da secção ( Helena Lopes da Costa ), afiança J.E. Costa. Mais : Costa assevera que , no dia das eleições , “ um grupo de pessoas foi levada em carrinhas por José Rodrigues Branco até ao local de voto”. Garante que algumas destas pessoas “ eram empregados dele “ , africanos que tinham o bilhete de Identidade da Amadora e que interrogados sobre as respectivas moradas não sabiam responder.
As peripécias são mais que muitas , incluindo ainda a existência de vários inscritos na mesma morada. “Ganharam as eleições , mas com fraude eleitoral “, diz J.E.Costa , que escreveu uma carta aos militantes a denunciar tudo isto antes das eleições. Helena Lopes da Costa a principal visada , diz que “ isso é tudo mentira “ e que a situação foi em devido tempo esclarecida “ antes do acto eleitoral , pela distrital e pela direcção nacional através do secretário-geral “. Quanto à readmissão de José Rodrigues Branco, afirma que tal foi feito dentro dos trâmites , ou seja, através de uma carta prévia à direcção do PSD “ numa altura em que o partido apoiava a estratégia da AD”. Com esta afirmação , Helena Lopes da Costa quer desvalorizar o facto de aquele militante ter concorrido nas últimas autárquicas numa lista do PP.
O certo é que o assunto mereceu uma carta dura de Isaltino a Barroso. “ Isto são questões de natureza política e não jurídica” , diz o autarca ao Independente, criticando, ainda a limpeza dos ficheiros do PSD, feita no tempo do R. Rio , cujo o efeito refere como” pior a emenda que o soneto” . E como que a provar que a guerra entre os dois membros da CPN está para durar , Isaltino acusa Helena Lopes da Costa de “ dar cobertura a atitudes negativas para a imagem do PSD”.
Quem também sai beliscada é Manuela Ferreira Leite , que foi “informada de tudo” . Mas quanto a este aspecto , J.E, Costa é lacónico: Sobre a conversa com a Dra. Manuela não faço comentários.” Independente 30 junho 2000
“ O processo conhecido como “ refiliação “, de responsabilidade primeira de Rui Rio e apoiado pela direcção original de Marcelo Rebelo de Sousa , foi nos tempos recentes a mais profunda mudança interna conhecida pelo PSD e ela se deveu a uma conjugação excepcional de circunstâncias dificilmente repetíveis . Na sua origem estava o impulso inicial da direcção de Marcelo , que se materializou no seu primeiro sucesso político – a luta contra o “ totonegócio “ – e a experiência pessoal de Rui Rio , como militante activo e empenhado , e que tinha a experiência de estar em oposição e em minoria , real ou manipulada , dentro do partido . Esta experiência deu-lhe uma visão muito crítica sobre os mecanismos habitualmente utilizados no interior do partido para a manutenção do poder .
Ele conhecia bem as inscrições maciças de militantes com moradas falsas , o crescimento artificial de secções controladas de forma caciqueira para garantir um maior número de delegados a congressos e a assembleias distritais , os comportamentos aparelhisticos das juventudes partidárias , actuando como sindicatos de votos para garantir a negociação de lugares e pessoas , o fechamento de secções a inscrições de novos militantes para os seus dirigentes mantivessem o controlo , o pagamento colectivo e selectivo de cotas em vésperas de eleições para garantir votos , a utilização das secções para pequenas «cotories» pessoais e de grupo , cujo único objectivo era o controlo sobre as escolhas de meia dúzia de cargos autárquicos ou de deputados , a corrupção favorecida pela promiscuidade entre situação e oposição nas vereações municipais , etc., etc., Ele também sabia que havia medidas discretas , fáceis de aplicar e seguras para evitar estas perversões da democracia interna e do sentido de bem público da acção política . Medidas que podiam ser tão simples como a mera obrigação do pagamento individualizado de quotas através de cheque ou transferência bancária . “
Também a Igreja se tem vindo a manifestar claramente mal impressionada com a situação política do país. Hoje, mau grado o esforço epenhado, a situação volta à estaca zero. Outros processos terão de ser implementados, a menos que se queira deixar morrer o partido à míngua de credibilidade!
“ Os partidos e os interesses "
À medida que a sociedade avança , os factores de distorção do nosso regime são cada vez mais notórios e mais limitativos do exercício da democracia representativa , tal como foi pensada e praticada , durante anos e anos , nas mais diversas nações .
Os partidos são pressionados por dois tipos de interesses perfeitamente distintos . De um lado , os pequenos interesses , representados por aqueles que dominam as suas estruturas e as fecham à sociedade e , do outro , os grandes interesses representados pelos que dependem dos seus negócios com o poder , seja ele central , regional ou local .Os primeiros são os principais responsáveis pela degradação da qualidade da classe política . Os segundos, por decisões , cujo principal pressuposto não é o interesse público , mas sim outro , normalmente antagónico .Um e outro degradam o regime , retiram-lhe eficácia e prejudicam sobremaneira o regime .
Se pensarmos que os partidos são o alforge dos políticos destinados a pôr em prática as políticas representativas do melhor para o país e para os portugueses. Se pensarmos que estes mesmos políticos , muitas vezes , aparecem nestas posições apoiando-se em procedimentos do género exemplificado nas transcrições que fizemos.
Acaba por crescer em nós um sentimento de grande desilusão .
A situação é deveras comprometedora para o país e para a classe política e toda a gente com responsabilidades na governação finge não saber !!!
Figuras políticas da nossa governação, colocadas perante situações de fraudes praticadas por pessoas da sua esfera de influência, na presença de centenas de militantes, preferiram defendê-los e defender-se. A verdade não conta mesmo quando se apregoam virtudes ao País!!!
P.S.D. / QUEIJAS
Queijas, 25/01/2000
Companheiros
Conforme prometido no nosso anterior comunicado, voltamos à v/ presença com novas considerações dos militantes que decidiram unir-se para DINAMIZAR o n/ partido.
Nada nos move, individualmente, contra qualquer dos companheiros que têm dirigido o n/ núcleo, porém concluimos que, colectivamente, a comissão politica em exercício não tomou medidas para mobilizar os militantes. NADA FOI FEITO !…
Ou melhor, foi feito tudo o que não deveria ser:
- Ataques pessoais a quem não concorda com a comissão politica.
- Admissão de militantes ( ? ) em quantidade industrial, que depois se vem dizer que são para transferir para outra secção. Então porque não entraram directamente para essa secção se não são residentes nem trabalham na nossa àrea? (Artº 5º, nºs 2 e 4 dos Estatutos).
- Aglomeração de militantes na mesma morada. Será que existem ?
- Não convocação de militantes, quer para assembleias, quer para quaisquer outras actividades politicas!
NOTA: O signatário é militante desde 1 de Agosto de 1997 e nunca foi convocado para qualquer actividade do n/ núcleo !… E O COMPANHEIRO FOI ?
É neste sentido que vamos tentar dar uma NOVA VIDA ao n/ núcleo e MOBILIZAR todos os militantes para os novos tempos que se aproximam, evitando, mais uma vez, a tristeza de vermos o n/ partido ser ultrapassado pelas forças concorrentes.
A nossa freguesia tem ganho, nos últimos anos, as eleições autárquicas, graças à acção e prestígio do nosso companheiro Dr. Isaltino Morais, no entanto, em todas as outras temos sido batidos pelos nossos adversários. TEMOS DE MUDAR ESTA SITUAÇÃO. Temos de demonstrar a nossa força e ganhar todas as eleições que se avizinham. É por isso que lutamos
Está em preparação o plano de actividades que pretendemos levar por diante e a lista deste movimento para as próximas eleições do n/ núcleo do que daremos conta logo que estejam marcadas as eleições..
Como devem reparar as n/ palavras de ordem são : DINAMIZAR, MOBILIZAR e DAR NOVA VIDA. São efectivamente estes os três pontos chaves que nortearão a n/ actividade.
CONTAMOS CONSIGO !…
Não poderemos levar esta tarefa a cabo sem a colaboração DE TODOS. Só haverá a excepção de quem se quizer auto-excluir.
Em breve voltaremos a contactá-lo.
Aceite as n/ saudações amigas,
António Rocha
(Militante nº 43454)
NOTA: Hoje pactua (duas eleições e IOMAF) com esta democrata de sete costados. Há pessoas de memória curta e muito boa boca !
Sr. Presidente da mesa
Caros companheiros
Depois de quatro anos de intenso trabalho e de uma obra reconhecida por toda a gente, soube pela boca de Helena Lopes da Costa, numa assembleia de militantes no “Núcleo de Queijas”, que não seria recandidatado.
Explicações Públicas não houve, mas houve sim, uma das formas mais baixas em atitudes persecutórias, em público, e num Núcleo do qual fui eu um dos 4 fundadores.
A promiscuidade política é tanta, que se diz isto publicamente quando se sabe, ou deveria saber, que a C.P.S faz propostas, a Assembleia de militantes da Secção dá pareceres e a C.P.D. decide e nada disto tinha sido feito.
Pelo jornal a “Capital “ de 30 de Agosto fiquei também a saber que o Sr. Presidente da C.P.S. Algés afirmou: “Os únicos critérios que foram seguidos foi os directamente relacionados com competências políticas, para exercer os cargos ... a renovação esteve também na origem da escolha de outros nomes para as autarquias em questão.”
Pelo jornal “Público” de 14 de setembro a Sr.ª Vice Presidente da C.P.S. Algés afirmou:
“Vai ser afastado porque assim que foi eleito, pensou que era independente e recusou-se a prestar contas ao P.S.D.... o autarca de Queijas só respondia à Comissão Política por escrito e dizia que não tinha que prestar contas porque estava eleito pelo povo.”
O Sr. Presidente da C.P.S. Algés terá ainda dito frente à Dr.ª Manuela Ferreira Leite e ao Dr. Isaltino de Morais:
“As escolhas foram baseadas na existência de um projecto da C.P.S. Algés diferente do da outra candidatura que saiu derrotada.”
Pelos corredores fez afirmações aos companheiros: “Fartei-me de lhe escrever para ir à secção e ele não ia.”
Caros companheiros perante a obra feita e o apoio popular, as acusações de rejeição são patéticas e em grande parte falsas.
Poderia ignorá-las mas sinto que devo denunciar tanta desonestidade e hipocrisia.
Para mim a TRANSPARÊNCIA, está acima de tudo.
1 – Assim vou passar a responder ao Dr. Amaral Lopes.
- Quem avalia as competências políticas, caro senhor?
A população, logo os eleitores?
O Senhor Presidente da Câmara? ... ou o Senhor que nada sabe de Queijas e tem como única fonte uma pessoa que dá pelo nome de Josefina?
- Fala de renovação quando ainda não completei o meu primeiro mandato? Então e o senhor há quantos mandatos está na C.P.S. de Algés?
E a sua Vice há quantos mandatos lá está?
Como é possível estar na C.P. Nacional / Distrital, na Secção e ainda ir controlar, contra os estatutos, ás assembleias de militantes em Queijas?
E porque queria ela voltar a ser Presidente de Junta em Algés, onde já esteve vários mandatos?
- Em conversas de corredor (há testemunhas) acusa-me de não ir à secção depois de várias convocatórias escritas
O senhor sabe ser mentira. Só fui convocado uma vez e compareci.
O espectáculo foi triste e deprimente pois numa noite inteira falou-se de assuntos que nada tinham a ver com a Junta, com o P.S.D. ou com os interesses da população de Queijas.
Podia ao menos, ter aproveitado a ocasião para me dar as tais instruções do partido que nunca me deu, motivo porque não as poderia, se quisesse, ter cumprido.
Quanto ao projecto da C.P.S. Algés, realmente desconheço que tenha havido algum projecto, estou mesmo seguro que ninguém deu por ele.
O senhor não desconhece que sou autarca e que a nível de “Poder local” quem detém a política do P.S.D. para o Concelho é a respectiva Câmara.
É a Câmara que detém os meios e as competências e a sua Vice foi muitas vezes, enquanto Presidente de Junta, pedir ajuda ao Dr. Isaltino de Morais para pagar os vencimentos dos funcionários!
A propósito, como é a Câmara que detém as competências também na área da secção de Algés, quantas vezes o Sr. convocou o Dr. Isaltino para ir à secção? E como, por escrito ou oralmente?
O Dr. Isaltino considera-me um excelente autarca e totalmente leal ao partido.
Então em que ficamos, a qual dos partidos é que eu não presto contas? E se os projectos forem diferentes qual deles devo seguir? O nosso que nem conheço, ou aquele que fez do Dr. Isaltino o autarca modelo?
Quanto a convocatórias para ir à secção a sua falta de nível não tem qualificação, pois limita-se a mandar uma menina qualquer, desconhecida, ligar para casa de um Presidente de Junta, para que este vá á secção.
Fui vezes sem conta à Câmara Municipal, tratar de assuntos da Freguesia, a pedido do seu Presidente, que sempre me convocou pessoalmente.
Um Presidente de Junta está pelo menos ao nível de um Presidente de secção.
Ter-lhe-ia ficado muito bem proceder do mesmo modo, ou seja, telefonar e perguntar:
“Temos que falar, onde nos encontramos aqui ou aí? Também podemos almoçar juntos.”
O Senhor, ao invés, procedeu da forma mais rasteira, sujeitando os Presidentes de Junta, a interrogatórios humilhantes, perante plateias de gente mal intencionada.
Mesmo assim lhe digo Sr. Presidente da C.P.S., fui eu que lhe enviei o balanço da minha actividade nos quatro anos e que distribuí igualmente pela população.
Com o mesmo ofício que lhe dirigi e que passo a distribuir pelos presentes, oferecia-me para vir aqui, quando o Senhor entendesse.
Dr. Amaral Lopes até hoje não tive qualquer resposta.
2 – Passarei agora a responder à D. Helena Lopes da Costa.
Lamento que maldosamente a Senhora tenha retirado de uma carta que eu enviei à secção de Algés, as palavras que coloca no Jornal.
É mais uma operação cirúrgica de falta de transparência que a Senhora praticou, com intuitos que nada dignificam o P.S.D.
Ao fazer isto retirou do contexto, o que eu tinha dito na carta, que tenho de memória e começava assim:
“Passaram-se coisas extremamente graves durante a minha campanha eleitoral.........".
A pessoa responsável por tais coisas, continua a merecer, desta C.P. todo o apoio.”
Estou-me a referir a quem dá pelo nome de Josefina, e que foi acusada de burla com provas na última Assembleia de militantes da Distrital sem que tenha tido sequer a coragem de se dirigir ao microfone para fazer a sua defesa.
De resto, D.ª Helena Lopes da Costa, a senhora também o foi, e também não reagiu.
Há em tudo isto uma estranha conivência entre as duas.
Quero por último afirmar aquilo que é minha convicção, ou seja, tudo isto é pura e simplesmente um acto PERSECUTÓRIO repugnante, que nada tem a ver com os interesses do P.S.D., da minha Freguesia, e muito menos com a Democracia.
Documento lido em Assembleia de Militantes do Núcleo do PSD de QUEIJAS, pelo Presidente da JFQ.
HISTÓRIA DE UM SANEAMENTO SELVAGEM À MEDIDA DO MAU CARÁCTER DE LOPES DA COSTA E ANTÓNIO PRETO. MANUELA FERREIRA LEITE TOMOU CONHECIMENTO; OCULTOU E FOI CONIVENTE
Ao
Conselho de Jurisdição Nacional do
Partido Social Democrata
Rua de São Caetano n.9
1249- 087 Lisbo
2004-11-12
Assunto . Processo Disciplinar ( Militante n. º 9096 )
Ex.mo Senhor
Em resposta à s/carta de 09-11-2004, em seguida fundamentarei a minha participação há quase 4 anos numa lista de Independentes na Freguesia de Queijas.
Só lamento ter já passado tanto tempo, o que me obriga a um grande esforço para relatar tudo que se foi passando nessa altura. Na verdade talvez só num livro fosse possível fazê-lo com exactidão.
De há muito tempo se estabeleceu uma guerra sem quartel no concelho de Oeiras entre a Secção de Algés e o ex. Presidente da Câmara Dr. Isaltino de Morais.
Dessa luta enviarei alguns extractos de jornais (1) bem elucidativos, para permitir que alguém no partido entenda que estas coisas tornadas públicas não podem acontecer por mancharem a imagem do PSD e dos próprios militantes em desempenho de funções.
Refiro-me às lutas de grupos, para além do razoável.
Uma coisa é certa, quem é eleito tem de ser respeitado e acarinhado por todo o partido, não sendo de admitir que seja de dentro do seu próprio partido que partam os ataques mais ignóbeis para com quem foi eleito exactamente para o representar.
Nesta luta o Núcleo de Queijas tem desempenhado um mau papel ao alinhar incondicionalmente com a Secção de Algés, quando os interesses da freguesia e do PSD exigiriam algum comedimento para com a Câmara, que detém as atribuições e meios técnicos e financeiros necessários à resolução das nossas muitas carências.
Nesta guerra, uma mulher de seu nome Josefina Cigarra, que começou por ter a simpatia dos militantes desta vila em virtude do seu "aparente" isolamento familiar e pouca instrução, mas que aos poucos se foi revelando arrogante, de mau carácter e semeando intrigas e calúnias contra todos quantos lhe fizessem frente.
Muitos têm medo dela, vá lá saber-se porquê !
Atacando a vida privada das pessoas, mentindo sem qualquer cerimónia, foi obrigando a que os mais antigos e respeitáveis militantes locais, se fossem afastando da vida partidária, inclusive os próprios fundadores do Núcleo.
Sem qualquer noção do mal que ia infligindo às pessoas e ao próprio PSD, optou pela fuga em frente recrutando para dentro do partido gente do seu nível social, cultural e moral, em substituição dos que iam saindo.
A tudo isto a Secção de Algés foi fechando os olhos, a troco de alguns votos de gente totalmente instrumentalizada, com pequenos favores, quotas pagas ou feitos militantes no Centro Social em termos vitalícios!
Chegou ela ao desplante de forçar, ao arrepio dos estatutos e dos próprios companheiros de lista, a sua 4ª. eleição consecutiva para Presidente do Núcleo! Aí os amigos, avisados e assustados, barraram-lhe os intentos.
Deste modo temos hoje um ambiente humano no Núcleo de Queijas, que em nada fica a dever ao famoso PS de Matosinhos. E o pior é que a "teia" funciona mesmo, anulando de todo, as virtudes da democracia, nesta terra de gente boa.
Convido o senhor instrutor a fazer um levantamento estatístico dos resultados eleitorais nesta freguesia, para poder concluir que há mais de dez anos o PSD perde para o PS, com excepção das autárquicas, por virtude de Isaltino de Morais.
Provavelmente isto até pode interessar a alguém ! Não sei, admito. (2)
Controlando de forma caciqueira o Núcleo, aquando da elevação de Queijas a freguesia instalou-se também na Junta de Freguesia, mandando em toda a gente, inclusive no presidente que era então um independente.
Nunca conseguiu separar as funções do partido das funções autárquicas, o que originou que na campanha que fiz na rua para as eleições que eu venci em Dezembro de 1997, as pessoas me dissessem quando lhes pedia o seu voto:
"Para que é que vou votar em si, se depois quem manda é a «gorda»."
Comecei a aperceber-me também de que a Queijas não chegavam panfletos que eu encontrava noutras freguesias, o que me despertou para algo de anormal.
Seria essa a razão pela qual ela nessa campanha eleitoral chegou ao ponto de me impedir de ir à Sede de Campanha em Linda- a - Velha buscar o material de propaganda, como os outros candidatos, o que me obrigou a chamar o mandatário para resolver o problema.
Já em Queijas fui à Junta com testemunhas, estava ela como sempre ao balcão, e pedi-lhe que me dissesse onde estava o material de campanha da Câmara e da Freguesia, ao que ela malcriadamente me respondeu à frente de todos os funcionários:
"Se o senhor para cá vier, manda tanto como os que cá estão", respondi-lhe que se for eleito mandaria de acordo com as minhas atribuições, mas que tinha de ir comigo e me dizer onde estava o material desaparecido.
Fi-la entrar no meu carro e á força lá me foi mostrar onde o tinha escondido, algum, porque outro já tinha ido para o lixo. Com amigos fiz a distribuição do ainda existente.
De tudo isto e muito mais a Comissão Política de Algés teve conhecimento, todavia, sempre fingiu não saber, o que me levou a mais tarde pedir a demissão dessa mesma comissão política, bem como da comissão política do Núcleo de Queijas (3).
Entretanto já no exercício de novo mandato, da prepotência passou à desonestidade, falsificando documentos (4) e arrecadando dinheiros ilicitamente da CMO, enquanto ia mantendo em segredo um processo de obtenção de uma segunda reforma fraudulenta através e a expensas da Junta, então completamente exaurida de dinheiros na sua tesouraria.
Empossada na função de Secretária da Junta, veio a revelar-se praticamente analfabeta (5) obrigando, por isso, os outros membros a desempenharem as funções que lhe cabiam.
De facto esta mulher nasceu mesmo para fazer mal e só isso.
Nas reuniões do executivo votava sempre favoravelmente as propostas do executivo, por saber ter este assegurada a sua aprovação. Ao sair para a rua espalhava por todo o lado versões contrárias, inclusive aquando do processo da elevação de Queijas a vila.
Tudo estava mal na junta, era então propalado por ela na Praça Pública.
Esta conduta, bem como a sua atitude arrogante no atendimento da população, que havia retirado aos funcionários para melhor controlar, puseram-na na boca do povo.
Entretanto ia sendo protegida por certas pessoas..... às quais os seus métodos davam jeito e iriam permitir ascensão impensável dentro do partido a gente a ela ligada.
Ao nível do Núcleo o seu objectivo sempre foi esconder do partido o que aqui se passava na freguesia, fazer dos estatutos letra morta, nomear quem queria e muito bem lhe apetecia e, de nada informar os militantes de Queijas acerca do partido. De resto assembleias de militantes nunca se faziam e as eleições eram ocultadas com a certeza de que poucos liam o Povo Livre e assim quando queriam já não podiam propor outra candidatura.
De há muito que este Núcleo tem inscritos 320 militantes, mas só votam à volta de setenta a quem ela paga as quotas e dessa forma mantém as pessoas instrumentalizadas. É a "teia" a funcionar.... e de tanto ser assim os restantes militantes não manipuláveis, desiludidos, foram - se afastando, conseguindo ela sempre o seu objectivo que nunca foi ganhar eleições públicas para o partido, mas tão somente ganhá-las dentro do partido.
Deste modo o partido está fechado à "Sociedade Civil", qualquer tentativa de esclarecimento é inútil, e o partido em Queijas está prisioneiro de umas 60 pessoas, na sua maioria inconscientes do mal que estão a fazer a toda a população da freguesia.
O caciquismo tem ido ao ponto de inscrever em Queijas 70 militantes (juntam-se fotocópias) (6) de jovens da Amadora ligados a um empreiteiro, à data vereador da Câmara, de nome J. R. Branco, (7) metido num processo em investigação criminal, segundo os jornais, através do qual vereadores do PSD e do PS exigiam financiamentos para o partido e também para eles.
Sabemos todos do que se está a falar......tais supostos militantes nunca cá moraram nem trabalharam ! Mas votaram, pois até há testemunhas da Helena Lopes da Costa a ir buscá-los, em grupos, a uma camioneta para votarem! (8)
Muitos ainda estão nos cadernos eleitorais. É só consultá-los.
Quem vive em Queijas sabe que a Josefina Cigarra é uma pessoa totalmente desacreditada nesta freguesia.
Foi pois por vingança, contra quem não quis colaborar em todas estas manobras baixas feitas contra o prestigio do partido e dos seus membros eleitos, que esta mulher saneou da lista do PSD às autárquicas de Dezembro de 2001, 18 candidatos que ela própria tinha nomeado em 1997.
Recusaram-se a colaborar com ela. Com as suas falcatruas e mentiras.
A desfaçatez e impunidade deste saneamento foi de tal ordem que a população, conhecedora do trabalho levado a cabo na freguesia por estes autarcas saneados, ficou estupefacta. A partir daí ficaram em causa o bom nome e a própria dignidade de todos estes autarcas nomeadamente de mim próprio.
A dignidade de qualquer pessoa está muito acima de quaisquer estatutos.
Fiz então uma tentativa de recolha de assinaturas junto da população para me apoiarem na recandidatura, juntando 850 (8A) e ainda o apoio expresso de todas as associações, clubes colectividades e restantes forças vivas da freguesia.
Foram enviadas à Dr.ª Ferreira Leite, todavia em vão, pois a Helena Lopes da Costa a ia envenenando com mentiras e falsidades a meu respeito.(8B) Ela parecia gostar.
Em Julho de 2001, enviei também à Secção um balanço final do trabalho da Junta nos 4 anos de mandato. (9)
Não houve quaisquer explicações públicas, não podia haver. A única coisa que a Helena Lopes da Costa mandou para os jornais foi que eu me tinha recusado a ouvir o partido e só ouviria o povo que me elegeu. (10) Tremenda mentira, pois o Presidente da Câmara era o representante local do partido e fez rasgados elogios ao meu desempenho e colaboração partidária. Não esqueço também a sua grande colaboração a favor da resolução dos problemas da minha freguesia. Em conjunto decidimos o que era melhor para o partido e para a freguesia.
Fui membro da comissão política da Secção de Algés, com essa senhora ( Lopes da Costa) como presidente, e nunca lá foi chamado qualquer Presidente de Junta para receber instruções !
Afastei-me por a Josefina Cigarra de lá receber todo o apoio para as suas manobras de mau carácter. Foi isso que disse numa carta que lhe enviei e à própria Josefina.
Foi pois em nome dum vil saneamento e na defesa da honra e dignidade humana de mim próprio e dos meus companheiros que o movimento independente foi para a frente.
Apoiei financeiramente as despesas do Núcleo de Queijas do qual fui fundador, desempenhei dentro e mesmo fora do partido, funções representativas do PSD e só uma grande revolta poderia fazer-me ser candidato fora do partido como independente. Noutro partido nem pensar.
Ainda bem que o fiz pois os factos ocorridos têm - me dado toda a razão e uma cada vez maior admiração da população desta freguesia onde vivo há 40 anos.
Não sou um retornado à procura de terra. Esta é a minha terra.
Com esta atitude não prejudiquei o partido, a secção de Algés infelizmente prejudicou, fazendo candidato e Presidente da Junta uma pessoa completamente incapaz.
Eles bem o sabem. A sua impreparação é confrangedora! O partido pagará os custos.
A dita Josefina Cigarra teve muita dificuldade em preencher a lista de candidaturas do partido, nessas eleições!
Só conseguiu arranjar 18 candidatos, desses, vários não eram militantes (cinco) e outros não eram sequer moradores em Queijas (sete) justificando a sua inclusão com moradas falsas, incluindo o candidato a presidente!
Dos candidatos não militantes (cinco) diziam-se simpatizantes do partido socialista 4 e o outro é claramente simpatizante do partido comunista, afirmando depois das eleições, ter sido eleito pelo PSD, mesmo votando ele próprio noutro partido!
A lista formada pelos Independentes, na qual fiz questão de entrar como cabeça de lista, composta por 29 pessoas da freguesia, protegeu os 18 candidatos saneados injustamente por uma pessoa que, ela sim, há muito deveria ter sido corrida do partido.
A prova disso está nos resultados destas eleições, nas quais o PSD, INDEPENDENTES e PS obtiveram cada um 4 mandatos ! Numas eleições em que o PSD obteve maiorias absolutas em todas as outras freguesias.
Os Independentes ficaram a 60 votos da vitória mas ganharam ao PS, numa demonstração inequívoca da enorme admiração que eu, como Presidente da Junta, tinha e ainda tenho da população.
Estranhamente a mesma Presidente do Núcleo, perante estes resultados recusou-se a fazer uma coligação pós eleitoral com os Independentes, que daria um total de 8 em 13 eleitos.
Ela preferiu juntar-se ao PS na Junta ( conclua-se qualquer coisa ! ) e remeteu para a oposição muitos militantes dignos do PSD, que mesmo como independentes ajudariam o partido.
De resto a candidatura independente não afectou as votações para a Assembleia Municipal nem para a Câmara e com uma coligação acordada, em nada afectaria o PSD.
Só que esta mulher perdida e achada era vista com os socialistas de Queijas a quem passava todas as informações e decisões do executivo! Reunia-se com eles depois das assembleias !
Nas próximas eleições de 2005, afigura-se como certa a vitória do PS, dada a pobreza da actuação do executivo PSD/PS, principalmente do Presidente da Junta (PSD), recaindo todavia a impopularidade sobre o vencedor das eleições, o PSD.
Desta enorme injustiça levada a cabo pela Josefina Cigarra, Secção de Algés e Distrital, contra a vontade do Presidente da Câmara, ele sim conhecedor do trabalho desenvolvido na Junta nos anos 1998 a 2001, junto uma carta (11) que alguém divulgou por esta freguesia, na qual ele dava uma visão perfeita da situação vivida e relatada por muitos dos grandes jornais nacionais e dos quais também se junta fotocópia. (12)
Hoje percebe-se ainda melhor a forma como eu como Presidente da Junta me dediquei à defesa dos interesses desta freguesia, da sua população e como honrei o PSD e prestigiei o desempenho autárquico.
Seria bom para o nosso partido poder dispor de autarcas como eu fui, honesto, trabalhador, competente e amigo de toda a população sem excepção.
Não significou pois, a candidatura independente, qualquer acto de animosidade ou desrespeito para com o partido no qual milito vai para muitos anos, antes, significou uma vontade forte de defender pessoas injustiçadas e chamar a atenção de alguém responsável do PSD para a necessidade de pôr termo ao mais despudorado caciquismo que de há anos se instalou nesta terra de gente de bem que é Queijas, pela mão de uma pessoa que já perdeu, ou nunca teve, um verdadeiro sentido do que é uma sã convivência democrática e o respeito devido ao próximo.
Com os meus muito respeitosos cumprimentos
O Militante 9096
António Reis da Luz
QUEIJAS
NOTA: O processo foi deixado prescrever, facto comunicado por escrito, sem qualquer nota de culpa para mim ou para os responsáveis e agentes a quem fiz acusações gravíssimas. ESTA NÃO É UMA POLÍTICA DE VERDADE, NEM ESTAS PESSOAS PODEM IR SENTAR-SE DE NOVO NA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA !!!!!
Votos a 25 euros no PSD
Por:Vítor Matos
16 SETEMBRO 2009
O voto num determinado candidato pode custar 25 ou 30 euros. O PSD tem sido marcado por tantas disputas internas nos últimos anos, para a direcção nacional e para a distrital de Lisboa, que para melhorar o resultado eleitoral houve quem comprasse votos a militantes angariados em bairros sociais, denunciam militantes e ex-militantes do partido que aceitaram dar a cara fazendo depoimentos em vídeo para a SÁBADO. Entre outros, estas fontes (cujos testemunhos em vídeo pode ver no final do artigo) acusam os deputados António Preto e Helena Lopes da Costa de serem coniventes, dando cobertura a estas práticas, quando tiveram poder ou influência na distrital de Lisboa. Várias fontes da SÁBADO, que trabalharam de perto com António Preto ou Helena Lopes da Costa, confirmaram estas histórias. Refira-se que ambos entraram nas listas do PSD na quota da líder, Manuela Ferreira Leite, debaixo de uma chuva de críticas por estarem acusados em processos judiciais.
Em termos estatísticos, comprova-se que as principais secções do PSD na distrital de Lisboa duplicaram de militantes com quotas pagas entre 2002 e 2008, sendo que a secção “E” até sextuplicou os filiados. Muitas quotas são pagas indiscriminadamente por alguém que não os militantes. Uma das estratégias de angariação de inscritos no PSD passa pela contratação de avençados em juntas de freguesia que, para manterem os empregos, têm de garantir a manutenção do poder ao presidente da sua secção angariando militantes que votarão em quem lhes indicarem.
Ministério Público não vai investigar
O Ministério Público não vai investigar a alegada compra de votos no PSD, porque considera que não está em causa nenhum crime. “Os factos, tal como são relatados na imprensa, não preenchem qualquer tipo legal de crime, situando-se a questão no domínio político. Não há, por ora, fundamento legal para abrir inquérito”, disse ao “Diário Económico” o gabinete de imprensa da Procuradoria-Geral da República. A notícia da alegada compra de votos a militantes, denunciada por militantes e ex-militantes sociais-democratas como uma prática corrente em várias secções de Lisboa do PSD, foi divulgada na quarta-feira em exclusivo pela SÁBADO.
Manuela Ferreira Leite desconhece compra de votos
Manuela Ferreira Leite afirma não ter conhecimento da alegada compra de votos dentro do partido. A líder do PSD reagiu desta forma à notícia avançada ontem pela SÁBADO, que denunciou que a compra de votos a militantes é uma prática corrente em várias secções de Lisboa do PSD. Ferreira Leite, que falou esta manhã no Fórum TSF, desvalorizou o assunto que apelidou de uma “história de campanha”.
Nos últimos anos, numa tentativa de melhorar os resultados eleitorais do partido, houve pessoas do PSD a comprar votos a militantes angariados em bairros sociais, denunciaram à SÁBADO vários militantes e ex-militantes sociais-democratas (que deram a cara fazendo depoimentos em vídeo para a edição online da revista). Isto aconteceu pelo menos em duas situações, nas eleições para a direcção nacional e para a distrital de Lisboa. O voto em determinado candidato custava entre 25 a 30 euros. As fontes ouvidas acusam António Preto e Helena Lopes da Costa – ambos candidatos a deputados nas listas do partido - de saberem e pactuarem com estas práticas, quando tiveram poder ou influência na distrital de Lisboa.
Ismael Ferreira, um dos envolvidos na angariação ilícita de militantes - segundo uma das fontes ouvidas -, também reagiu à notícia acusando os jornalistas da SÁBADO de oferecerem dinheiro em troca de depoimentos. O presidente da secção Oriental de Lisboa disse também que vai avançar com uma queixa na Entidade Reguladora para a Comunicação Social contra a revista SÁBADO e contra o jornalista que assina a notícia.
A SÁBADO desmente por absoluto esta acusação. A revista tem como política editorial não pagar por informações e irá mover processos judiciais contra todos os que fizerem esta acusação a qualquer jornalista da SÁBADO.
Distrital investiga alegada compra de votos
A distrital de Lisboa vai investigar a alegada angariação ilícita de militantes, denunciada por vários militantes e ex-militantes do PSD em exclusivo à revista SÁBADO.
O conselho de jurisdição da distrital já marcou uma reunião para amanhã, onde estará em análise o suposto incumprimento do regulamento financeiro quanto ao pagamento de quotas. O processo de averiguação sobre estas irregularidades implicará os dois candidatos a deputados das listas do PSD, António Preto e Helena Lopes da Costa, acusados, em depoimentos gravados para a SÁBADO, por vários militantes do partido, de envolvimento na alegada “compra” de votos a militantes. Ana Paula Silva, ex-militante do PSD
- Irene Lopes, militante do PSD
- José Moreira, ex-militante do PSD
- Felismino Vaz, militante do PSD
- Marcelino Figueiredo, ex-militante do PSD
Comentário: Como é possível tanto descaramento, desmentindo uma verdade indesmentível!!! Se o senhor jornalista quiser provas absolutas basta fornecer-se com uma listagem de militantes do PSD e vir a Queijas verificar com os seus próprios olhos dezenas e dezenas de militantes falsos registados em determinadas casas. A promotora de tanta aldrabice está a ser paga por Isaltino de Morais e a fazer propaganda política no Mercado de Queijas. Trabalha para Lopes da Costa e António Preto. Levem a investigação até ao fim agora que estão acabadinhas as " (?) Eleições Autárquicas".
Quando se diz que a política bateu no fundo , sobre ela , que mais se poderá dizer ? As cumplicidades são numerosíssimas , as teias são espantosamente grandes , os interesses em jogo de uma complexidade impressionante, e fazer com que tudo isto corra sem grandes « broncas » , é tarefa quase impossível . Mas vão-no fazendo !
Teremos de concluir deste modo, pois não se vislumbra um só sinal tranquilizador de que as coisas poderão estar a caminho de melhorias. Sem se perceber bem a origem do mal , o país afunda-se a pouco e pouco num atoleiro . Os sinais são inúmeros e vêm de toda a parte : do universo do futebol, do mundo da política, da relação dos portugueses com a televisão. E dela própria. A mediocridade banalizou-se , tornou-se normal. O mau gosto alastra. A honra das pessoas perdeu valor e qualidade . Ninguém pode saber, com toda a sinceridade , a maneira de mudar este estado de coisas. Não se sente que haja energia suficiente para inverter tal situação. Há uma espécie de entropia instituída, de conformismo e facilitismo, que puxa o país para baixo. Sempre para baixo !
Perderam-se as referências . Já não se identifica a mediocridade , o mau e o bom gosto misturam-se , confunde-se a esperteza com a falta de carácter , a ambição com o oportunismo. Portugal afunda-se num enorme lodaçal. A salvação já não é colectiva nem é individual, é fugir. Emigrar para retemperar forças. A mente ocupada esquece facilmente as agruras da vida , mesmo as mais penosas. Assim, o contacto com a realidade do país que temos torna-se mais difícil. A maioria das pessoas quereriam ser optimistas, até para criar uma onda de alto astral. Mas não dá . Tudo piora quando se houve ou lê, alguém responsável afirmar : “bons resultados para a nossa economia, o PIB cresceu 0,1 %”. Meu Deus, parece que vivemos num país de atrasados mentais ou que nos querem fazer passar por isso ! Falar claro e honestamente, sem medo de dizer ( mesmo a Hugo Chaves ), que a economia está estagnada. Ou pior, estagnada no fio da navalha!
Vejamos o que pensam os portugueses dos nossos partidos políticos e da Assembleia da República. Os últimos resultados das sondagens de opinião pública ( 2001 ) mostram a sensibilidade que as pessoas têm e que anda perto da realidade , quando muito pecando por defeito ; hoje este tipo de sondagem não aparece publicado e se aparecer ninguém acredita nela! A manipulação é prática corrente. Percebe-se pelas contradições. Até a nossa participação nos Jogos Olímpicos foi anunciada como um grande êxito ! Como é possível ?
“ OS PARTIDOS políticos e a Assembleia da República são as instituições em que os portugueses menos confiam , ainda menos do que nas seguradoras , revela um estudo sobre a imagem dos serviços públicos encomendado pelo governo. Dados que o Ministério ( Alberto Martins ) do governo socialista ( 2001 ) interpreta como preocupante do ponto de vista da qualidade da democracia . Entretanto as coisas só pioraram! E novos motivos de preocupação com a saúde do sistema político são encontrados quando se avalia o nível de identificação com os partidos : Para 53,7 % dos inquiridos não há nenhum partido político do qual cada um se sinta próximo . Nesta sondagem realizada pelo Centro de Sondagens da Católica ainda se conclui que as Forças Armadas , a comunicação social e a banca são , em contra partida , as instituições que mais merecem a confiança dos inquiridos “ . Em ordem decrescente os resultados foram : Forças Armadas 2.36% , Comunicação Social 2.34% , Banca 2.17% , Ordens Profissionais 2.13% , Administração Publica 2.11% , Patronato 2.08% , Tribunais 1.98%, Sindicatos 1.95% , Grupos Económicos 1.89% , Seguradoras 1.88% , Assembleia da Republica 1.86% , Partidos Políticos 1. 49%!
A credibilidade atingiu um nível tão baixo entre os portugueses , que alguma coisa tem que ser feita . Será que os mais altos responsáveis da nação não se apercebem disto?
A realidade é sobejamente conhecida, mas os responsáveis de todos os quadrantes, mais não têm feito do que, como em gíria se diz , “assobiar para o lado” . Um regresso muito desejado a uma sociedade mais transparente, mais humana e com predomínio da dignidade pessoal, pode estar em perigo.
António Reis Luz
Segunda-feira, 25 de Agosto de 2008
A Política Bate no Fundo
eguinte »
Quarta-feira, 20 de Agosto de 2008
Ideal Olímpico
Tradicionalmente, costuma-se afirmar que os primeiros Jogos Olímpicos foram realizados na Grécia Antiga no ano 776 a.C., como uma importante celebração e tributo aos deuses. Porém, em 1896, um aristocrata francês, Barão de Coubertin, recuperou os Jogos, tentando reavivar o espírito das primeiras Olimpíadas, que passaram a ser realizadas de quatro em quatro anos desde então (como a tradição grega), tendo sido interrompidos apenas durante a Primeirae a Segunda Guerra Mundial. Inicialmente, os Jogos eram disputados apenas por atletas amadores. Entretanto, no fim do século XX, a competição foi aberta a atletas profissionais e crianças. Os gregos faziam uma oração no templo de Zeuspara que as competições fossem justas. Pierre de Coubertin foi inspirado pelas suas visitas a colégios ingleses e estadunidenses, propondo-se a melhorar os sistemas de educação. Nas melhorias que visionava estava incluída a promoção da educação para o desporto, que ele acreditava ser uma parte importante do desenvolvimento pessoal dos jovens.
Actualmente, os atletas prometem, no juramento, honra, boa vontade e desportivismo. "O importante não é vencer, mas competir. Com dignidade." Esse era o lema do educador francês Pierre de Frédy, mais conhecido como Barão de Coubertin.
A primeira edição das Olimpíadas modernas foi marcada para a primavera de 1896, em Atenas . A principal luta do Barão de Coubertin foi impedir a presença de atletas profissionais nas disputas. Pierre de Frédy gastou praticamente toda a sua fortuna para colocar em prática o sonho da Olimpíada. Morreu pobre e isolado, em 1937, em Genebra, na Suíça. Como forma de reconhecimento, o seu coração foi transportado para Olímpia ( Grécia), onde repousa até hoje num mausoléu. O seu corpo repousa em Lausane, na Suíça. A manifestação do ideal olímpico, através do equilíbrio mente, corpo e espírito, valoriza a verdadeira liderança, naqueles que aspiram à integridade pessoal e querem alcançar a excelência, ou seja, equilíbrio em qualquer actividade profissional, educativa ou pessoal. Estes Jogos Olímpicos em Pequim, de 2008, terão sido aqueles em que a representação portugueses, obteve os piores resultados, em termos de medalhas conquistadas. Já no Europeu de futebol, deste ano, houve algo de estranho! Tudo isto seria de somenos, se a atitude dos nossos atletas se tivesse pautado por uma atitude de equilíbrio da mente, corpo e espirito. Ou se o juramento olímpico tivesse sido cumprido. Não terá sido assim, infelizmente ! Que as culpas não sejam todas assacadas aos atletas. É justo. Estes terão tido as suas ; declarações e actuações arredadas do desportivismo, honra e com a boa vontade, a ficar-se longe de uma atitude muito digna. Houve excepções a confirmar a regra. Também houve atenuantes, que roçam o estado geral do país, a influenciá-los. A verdadeira disputa nos Jogos Olímpicos é um verdadeiro teste ao espírito do atleta. Por esse espírito tem de passar o amor à verdade, à transparência e ao sacrifício ! A doença anda por aí.
Com Carlos Lopes, Rosa Mota, Aurora Cunha e outros heróis olímpicos portugueses, o contexto era diferente. Havia querer, espirito de sacrifício e grande vontade de ganhar. De ouvir o hino nacional também e sem tantas condições, como hoje são dadas. Foram muito dignos !Como podem estes jovens de hoje, saídos há pouco das escolas, até mesmo ainda estudantes, sentir-se quando sabem e percebem que são dados diplomas escolares a centenas de pessoas, sem trabalho ? Dados é o termo ! Com o único objectivo, de falsear as estatísticas. Neste plano estes exemplos na governação actual são muito latos ! O clima de facilidades nos exames é algo de muito contagioso no espirito do povo e mais, dos jovens. O mérito ignorado no exercício da profissão, muitas vezes premiando quem usou caminhos estranhos à verdade e à transparência, desmotiva ! Os presos que não cumprem as suas penas ! Claro que sim, sempre houve ! Mas nunca com a dimensão que há hoje. O facilitismo, a mentira, a denuncia e a falta de dignidade nas atitudes, estão aí ! Descaradamente, infelizmente . O povo percebe isto e muito mais ! Interioriza ! O que é pior .
Por último, uma palavra de respeito para meia dúzia de atletas que, ganhando ou não, tiveram um comportamento digno de campeões ( o povo sabe quem são). Alguns são portuguess por opção, nunca tiveram quem os ensinasse a amar uma pátria. Eles aprenderam sofrendo, muito. Um campeão olímpico tem de saber respeitar os adverários e ter como atitude trabalho (duro), humildade, ambição e liderança. Estes, mesmo quando perdem, são sempre campeões !
No resto, os meninos mal educados, cábulas e a quem fazem a "papinha" toda, nunca farão grande uma pátria. Sem desporto nas escolas, muita educação sexual e certificados "dados", está em marcha o progresso para a destruição, social , ecnómica e ambiental a que chamam “ Entropia”. Geralmente associada ao conceito subjectivo de desordem. Vivemos ignorando o lixo quando arrumamos a nossa casa ! Qualquer dia não podemos entrar ou ,viver nela. Fala-se do país, no seu todo ! O desporto poderia ser uma terapia . Infelizmente ...... está contagiado do mal geral. Depois do maior investimento de sempre! No ranking das medalhas, 19 dos 27 países da UE ficaram à nossa frente ! O habitual ! Igual a nós só o Panamá, declarou feriado nacional pela conquista da medalha de ouro no salto em comprimento ! Vicente Moura retirou o pedido de demissão. Tudo como dantes, o Quartel General em Abrantes.
António Reis Luz
13 Outubro 2009 - 00h30
Heresias
Inverno laranja
Há uma leitura nacional destas Autárquicas: confirmou-se a queda do PSD que passou de 157 para 140 presidências de câmara e viu o PS subir de 110 para 131. Perdeu, ainda, para os socialistas a maioria dos mandatos e dos votos. Com esta tendência de declive, é quase caricato o esforço da actual liderança em se proclamar vitoriosa.
Este PSD está doente – não sabe quem é nem descobre o que quer. A sua enfermidade vem de longe e tem sido disfarçada pela enorme implantação do seu aparelho. Esta liderança, a pior da sua história, agravou o mal: no entanto, tudo fará para se manter no poder até ao fim da Primavera.
Esse erro pode ter um custo irreparável – o de uma invernia política persistente e provavelmente fatal para a construção de uma alternativa capaz.
Carlos Abreu Amorim, Jurista
Comentário: Quem levanta a bandeira da verdade não pode pactuar com a mentira. Hoje o PSD sofre de uma doença chamada "LEPRA", introduzida no partido por gente da laia de António Preto, Helena Lopes da Costa, Josefina Cigarra e muitos, muitos outros que pululam dentro do partido. Manuela pactuou com eles na "Distrital de Lisboa" e a partir daí, por muito que se limpe... sofre na pele a destruição provocada pela mentira. Com gente desta não se chega a lado nenhum. É bom que rapidamente o PSD perceba isto e arrepie caminho, defendendo a ética e com ela "gente limpa", séria e competente.
Segunda-feira, 12 de Outubro de 2009
Votos a 25 euros no PSD
Por:Vítor Matos
16 SETEMBRO 2009
O voto num determinado candidato pode custar 25 ou 30 euros. O PSD tem sido marcado por tantas disputas internas nos últimos anos, para a direcção nacional e para a distrital de Lisboa, que para melhorar o resultado eleitoral houve quem comprasse votos a militantes angariados em bairros sociais, denunciam militantes e ex-militantes do partido que aceitaram dar a cara fazendo depoimentos em vídeo para a SÁBADO. Entre outros, estas fontes (cujos testemunhos em vídeo pode ver no final do artigo) acusam os deputados António Preto e Helena Lopes da Costa de serem coniventes, dando cobertura a estas práticas, quando tiveram poder ou influência na distrital de Lisboa. Várias fontes da SÁBADO, que trabalharam de perto com António Preto ou Helena Lopes da Costa, confirmaram estas histórias. Refira-se que ambos entraram nas listas do PSD na quota da líder, Manuela Ferreira Leite, debaixo de uma chuva de críticas por estarem acusados em processos judiciais.
Em termos estatísticos, comprova-se que as principais secções do PSD na distrital de Lisboa duplicaram de militantes com quotas pagas entre 2002 e 2008, sendo que a secção “E” até sextuplicou os filiados. Muitas quotas são pagas indiscriminadamente por alguém que não os militantes. Uma das estratégias de angariação de inscritos no PSD passa pela contratação de avençados em juntas de freguesia que, para manterem os empregos, têm de garantir a manutenção do poder ao presidente da sua secção angariando militantes que votarão em quem lhes indicarem.
Ministério Público não vai investigar
O Ministério Público não vai investigar a alegada compra de votos no PSD, porque considera que não está em causa nenhum crime. “Os factos, tal como são relatados na imprensa, não preenchem qualquer tipo legal de crime, situando-se a questão no domínio político. Não há, por ora, fundamento legal para abrir inquérito”, disse ao “Diário Económico” o gabinete de imprensa da Procuradoria-Geral da República. A notícia da alegada compra de votos a militantes, denunciada por militantes e ex-militantes sociais-democratas como uma prática corrente em várias secções de Lisboa do PSD, foi divulgada na quarta-feira em exclusivo pela SÁBADO.
Manuela Ferreira Leite desconhece compra de votos
Manuela Ferreira Leite afirma não ter conhecimento da alegada compra de votos dentro do partido. A líder do PSD reagiu desta forma à notícia avançada ontem pela SÁBADO, que denunciou que a compra de votos a militantes é uma prática corrente em várias secções de Lisboa do PSD. Ferreira Leite, que falou esta manhã no Fórum TSF, desvalorizou o assunto que apelidou de uma “história de campanha”.
Nos últimos anos, numa tentativa de melhorar os resultados eleitorais do partido, houve pessoas do PSD a comprar votos a militantes angariados em bairros sociais, denunciaram à SÁBADO vários militantes e ex-militantes sociais-democratas (que deram a cara fazendo depoimentos em vídeo para a edição online da revista). Isto aconteceu pelo menos em duas situações, nas eleições para a direcção nacional e para a distrital de Lisboa. O voto em determinado candidato custava entre 25 a 30 euros. As fontes ouvidas acusam António Preto e Helena Lopes da Costa – ambos candidatos a deputados nas listas do partido - de saberem e pactuarem com estas práticas, quando tiveram poder ou influência na distrital de Lisboa.
Ismael Ferreira, um dos envolvidos na angariação ilícita de militantes - segundo uma das fontes ouvidas -, também reagiu à notícia acusando os jornalistas da SÁBADO de oferecerem dinheiro em troca de depoimentos. O presidente da secção Oriental de Lisboa disse também que vai avançar com uma queixa na Entidade Reguladora para a Comunicação Social contra a revista SÁBADO e contra o jornalista que assina a notícia.
A SÁBADO desmente por absoluto esta acusação. A revista tem como política editorial não pagar por informações e irá mover processos judiciais contra todos os que fizerem esta acusação a qualquer jornalista da SÁBADO.
Distrital investiga alegada compra de votos
A distrital de Lisboa vai investigar a alegada angariação ilícita de militantes, denunciada por vários militantes e ex-militantes do PSD em exclusivo à revista SÁBADO.
O conselho de jurisdição da distrital já marcou uma reunião para amanhã, onde estará em análise o suposto incumprimento do regulamento financeiro quanto ao pagamento de quotas. O processo de averiguação sobre estas irregularidades implicará os dois candidatos a deputados das listas do PSD, António Preto e Helena Lopes da Costa, acusados, em depoimentos gravados para a SÁBADO, por vários militantes do partido, de envolvimento na alegada “compra” de votos a militantes. Ana Paula Silva, ex-militante do PSD
- Irene Lopes, militante do PSD
- José Moreira, ex-militante do PSD
- Felismino Vaz, militante do PSD
- Marcelino Figueiredo, ex-militante do PSD
Comentário: Como é possível tanto descaramento, desmentindo uma verdade indesmentível!!! Se o senhor jornalista quiser provas absolutas basta fornecer-se com uma listagem de militantes do PSD e vir a Queijas verificar com os seus próprios olhos dezenas e dezenas de militantes falsos registados em determinadas casas. A promotora de tanta aldrabice está a ser paga por Isaltino de Morais e a fazer propaganda política no Mercado de Queijas. Trabalha para Lopes da Costa e António Preto. Levem a investigação até ao fim agora que estão acabadinhas as " (?) Eleições Autárquicas".
Averiguações à alegada compra de votos no PSD - Conselho de jurisdição de Lisboa abre processo de averiguações
O conselho de jurisdição da distrital do PSD de Lisboa vai instaurar um processo de averiguações à alegada compra de votos em campanhas internas do PSD, anunciou hoje aquele órgão.
Em comunicado, o conselho de jurisdição da distrital do PSD de Lisboa adianta que vai reunir-se sexta-feira "extraordinariamente para as primeiras diligências" do processo de averiguações que vão instaurar.
Contactado pela Agência Lusa, o presidente da distrital do PSD de Lisboa, Carlos Carreiras, disse que pediu ao conselho de jurisdição para abrir um processo, que na sua opinião, só deverá ter início após as eleições autárquicas, 11 de Outubro.
Segundo o responsável, o processo de averiguações deve ser "levado até às últimas consequências", tendo em conta que agora aparecem "depoimentos".
"Rumores já existiam há muito anos, a novidade é terem aparecidos depoimentos, apesar de alguns já pertencerem a outro partido", acrescentou.
Apoiando-se em testemunhos de vários militantes e ex-militantes sociais-democratas, a revista Sábado noticia que os candidatos a deputados António Preto e Helena Lopes da Costa sabiam e pactuaram com as práticas de compra de votos, que segundo uma militante, chegaram a envolver promessas de emprego em órgãos autárquicos a quem se filiasse, e à família inteira, no PSD.
Quinta-feira, 17 de Setembro de 2009
Averiguações à alegada compra de votos no PSD - Conselho de jurisdição de Lisboa abre processo de averiguações
TVI 24 HORAS
PSD: Helena Lopes da Costa acusada de beneficiar Isaltino
Líder da secção de Algés pediu a anulação de algumas listas apresentadas pelo partido
Por: Redacção /RS | 19-08-2009 20: 30
A Secção de Oeiras do PSD acusou esta quarta-feira a líder da Secção de Algés daquela estrutura local do partido de querer «beneficiar» Isaltino Morais e o PS, nas autárquicas, ao pedir a anulação de algumas das listas apresentadas, avança a agência Lusa.
A líder da Secção social-democrata de Algés, Helena Lopes da Costa, pediu ao partido, esta segunda-feira, a anulação das listas sociais-democratas à Assembleia Municipal e a três freguesias de Oeiras. O pedido fez-se depois das listas não terem sido votadas na Comissão Distrital do partido, liderada por Carlos Carreiras.
Numa reacção às declarações de Helena Lopes da Costa, o presidente da Secção de Oeiras do PSD, Alexandre Luz, considerou que «a sua atitude não beneficia apenas o Dr. Isaltino Morais mas essencialmente o Partido Socialista».
Já Helena Lopes da Costa explicou esta terça-feira que as listas foram aprovadas «sem votação» na Comissão Distrital de Lisboa do PSD, porque o presidente daquela estrutura, Carlos Carreiras, teve «vontade de beneficiar a candidatura de Isaltino Morais [candidato independente e actual líder da autarquia]».
Helena Lopes da Costa «está mais preocupada com a sua candidatura à Distrital do PSD do que com a Candidatura do PSD e da Dra. Isabel Meirelles à Câmara Municipal de Oeiras», acusou, por sua vez, Alexandre Luz.
«Helena Lopes da Costa quer concorrer novamente à Distrital de Lisboa» e, por essa razão, «quer fragilizar Carlos Carreiras», acrescenta.
O líder da secção de Oeiras acrescentou ainda não perceber «como é que se criticam candidaturas sociais-democratas que trabalharam com Isaltino Morais [Helena Lopes da Costa criticou a escolha do número dois da lista do PSD, Pedro Paulo, por ter sido assessor do actual presidente da autarquia], quando o próprio marido entrou nas listas do IOMAF [movimento independente de Isaltino] em 2005».
O pedido de anulação das listas à Assembleia Municipal e a três Juntas de Freguesia foi para o Conselho de Jurisdição Nacional do PSD e o caso encontra-se nas mãos do secretário-geral do partido, Marques Guedes.
Estou emocionado e sensibilizado com tanta preocupação devido ao meu fugaz desaparecimento. Não, não vieram nenhuns capangas ter comigo, apenas descortinei duas ameaças anónimas no Oeiras Local.
Processo judicial? Querem que me retrate? Nem por sombras! Quem tem de mudar de vida, quem tem de reencontrar o caminho da ÉTICA e da LEALDADE são alguns senhores e algumas senhoras da Secção Política de Algés do Partido Social Democrata!
Sejam coerentes como o Paulo Vistas, que escolheu estar ao lado de Isaltino Morais, opção respeitável e que respeito, não sejam como o Ângelo Pereira que de manhã é PSD e à tarde IOMAF! Sejam coerentes, escolham um dos lados, não se pode estar com Deus e com o Diabo (provérbio popular, não estou a dizer que o PSD é Deus e IOMAF Diabo), não se pode agradar a gregos e a troianos.
O que aqui foi descrito na 3.ª pessoa sobre as traições e chantagens provenientes de alguns elementos de Algés, com a sua Presidente à cabeça, noutras situações enviando os seus "peões", foram relatadas pelo Carlos Carreiras na noite e madrugada de domingo! Leiam as declarações de Helena Lopes da Costa, leiam a contra-resposta do Presidente da Distrital:
"A secção fez chantagem para apresentarmos um nome elegível para a vereação que é apoiante de Isaltino Morais, dizendo que não entregavam as listas das cinco freguesias de sua responsabilidade [Algés, Cruz Quebrada-Dafundo, Carnaxide, Linda-a-Velha e Queijas]".
Os militantes de Algés foram utilizados e descartados por Helena Lopes da Costa, devido ao ódio de estimação que tem a Alda Lima e ao próprio Carreiras, que a derrotou nas últimas eleições para a Distrital!
Há mais para contar sobre as peripécias da formação da coligação MAIS OEIRAS, liderada pela Dra. Isabel Meirelles ( e não duvidem, lidera mesmo). Em tempo oportuno, que será após 11 de Outubro, se não me chatearem, caso contrário "vomito" tudo o que me foi dito e alguns militantes de Algés não ficarão bem na foto, bem como um ou outro de Oeiras.
Em que país pensam que vivem esses senhores (?) e essas senhoras (?)?
Portugal, os portugueses, o povo com enormes dificuldades no dia a dia e apenas pensam no TACHO?
Apenas pensam em lixar, em fornicar o próximo?
O que vai nessas cabeças?
Vaidades pessoais?
Não conseguem pensar nos outros, na comunidade, só pensam em si?
O que vos move na política?
Os interesses?
Devem todos ter lido "O Príncipe", de Nicolau Maquiavel, quando para vocês os fins justificam os meios!
Que belo exemplo deram a Oeiras e ao país: compreende-se, o TACHO de alguns de vocês está assegurado na candidatura do Dr. Isaltino!
Assumam a vossa incompatibilidade com o Partido, sejam honestos convosco, suspendam a militância ou demitam-se! Sejam coerentes!
Diz Helena Lopes da Costa que a Lista à Câmara é composta por homens de Isaltino: desaforo desavergonhado! Diga onde estão os seu 2 vice-presidentes, diga onde está o Presidente da Mesa?
Digo mais uma vez: o Nuno Costa é Chefe de Gabinete do Presidente da Câmara Municipal, o Armando Soares é Assessor do Presidente e o Ângelo Pereira tem uma avença no Gabinete do Vice-Presidente, embora dependa directamente do Presidente!
Quem controla os bairros sociais? Sou eu, não? Ângelo Cipriano! E no dia 11 de Outubro lá vamos vê-lo nos bairros a "enxotar" aqueles que recebem os cabritos, os frangos, os porcos, os garrafões de vinho, indicando-lhe o caminho das mesas de voto!
Desaparecido em combate? MIA (Missing In Action)? Nem por sombras! Estou aqui para lutar pelo que acredito, leal para com quem é leal, sacana para quem me sacaneia!
O "anónimo", nome de baptismo dos desleais e desprovidos de ÉTICA (pensava que Maria, António, João e José eram nomes mais populares e usuais), que me ameaça com processo judicial faça o que tem a fazer, que eu farei o mesmo. Provavelmente será a Lenita Gentil, perdão a Lenita da Costa.
Vá em frente, encontramo-nos onde a Justiça determinar.
Quem saiu mal nesta fotografia toda foi você e acredite, o pior que lhe pode acontecer é Isabel Meirelles e a coligação ganharem a Câmara Municipal, aí você ficará lixada de todo!
A "História duma Traição", a propósito da novela autárquica de Oeiras não é ficção, Helena Lopes da Costa, Susana Santos, Ângelo Pereira, Armando Soares, João Annes e Cª. Lda. sabem-no bem. Alguns factos não terão ocorrido naquele local e naquela hora? Claro, há que proteger algumas pessoas, mas aconteceram!
Voltando ao princípio (2008): Oeiras apresenta à Distrital Pedro Simões, Algés diz que não; Oeiras pede a Algés para avançar um nome, que poderia ser o própria Helena (pensava que o Santana a levava), Algés refugia-se no silêncio.
Reunião da Distrital em Abril, salvo erro: Oeiras avança novamente com o nome de Pedro Simões, que é levado a votação (a tal votação que para umas coisas serve para a Helena e para outras não) e de forma esmagadora o seu nome é proposto à Nacional.
O resto sabem vocês. E sabem que a Secção de Algés e a sua Presidente Helena Lopes da Costa NUNCA, NUNCA, MAS NUNCA, apresentaram um nome alternativo ao de Pedro Simões! Nem o dela, sequer!
Quem trabalhou para pôr a campanha de Isabel Meirelles é que está ao serviço de Isaltino?
Assuma, Sra. D. Helena, que você NUNCA teve a intenção de apresentar candidaturas às "suas" freguesias, ASSUMA que ia "entalar" o José Barroco, você pretendia e pretende que o Grupo IOMAF seja maioritário nas 10 freguesias, na Assembleia Municipal e na Câmara Municipal!
Ainda não deu conta que já não tem futuro no PSD, que esse seu plano digno de Maquiavel (não importam os meios para atingir os fins ou todos os meios são válidos para atingir os fins - PODER) caiu por terra e que você TEME uma vitória da coligação liderada por Isabel Meirelles?
Se o IOMAF ganhar que seja com métodos limpos, claros, democráticos (para que conste, não acredito que o Presidente Isaltino, Paulo Vistas, Madalena Castro, Elisabete Oliveira ou Ricardo Barros apoiem a sua estratégia suicida), você e os seus apaniguados são mais papistas que o Papa.
Pode ser que 11 de Outubro lhe traga uma surpresa.
De cabeça levantada vou continuar, a minha LEALDADE, ainda como simples militante de base do PSD, que não vai a assembleias por não ter tempo para as mesmas, vai continuar a ser para com o PSD. Faça o mesmo ou passe para o "outro" lado, certamente será mais respeitada.
A minha "fonte" terá exagerado alguma coisa? É possível, eu não estava lá para ver ou ouvir!
A minha "fonte" é fidedigna? É, SEM DÚVIDA!
Ter-me-á contado tudo? Acho que não, fiquei com a impressão que há pormenores políticamente escabrosos que omitiu!
Terá exagerado num ou noutro pormenor? Também acredito que sim.
Em termos globais o que me relatou é FIÁVEL? As notícias vindas a lume, nos jornais, internet, rádio e televisão o demonstram: juntam-se as pontas e vê-se que há fumo e fogo!
Portugal está encurralado por Sócrates, eu não estou. Penso por mim, a Liberdade de pensamento e opinião existe, ainda que a ERC nos queira amordaçar.
Caríssimo "anónimo" do OL não ameace com processos judiciais, intente-os!
A Capital - 9 de Maio de 1999
A própria Helena Lopes da Costa, recentemente eleita (Maio de 1996) presidente da secção de Algés e vogal da comissão política de Pacheco Pereira, por um lado, afirma estar solidária com «tudo aquilo que venha a ser decidido pela distrital», por outro, reconhece que Isaltino «tem a sua imagem pública um pouco desgastada tanto junto dos militantes como dos eleitores em geral».
Helena Lopes da Costa recorda que o autarca «laranja» tem "uma obra feita" no concelho e já «deu muito do seu tempo ao partido», mas não deixa de dizer que «o partido tem de encontrar novos rostos». Ou seja: «Não temos legitimidade para nos opor à candidatura de Isaltino Morais, embora a renovação seja efectivamente necessária.» Assim, o caso está nas mãos de Pacheco Pereira, mas entre os opositores de Isaltino é quase certo que se este quiser recandidatar-se à Câmara de Oeiras «ninguém o pode contrariar». O que não impede o grupo de mover as suas influências dentro da distrital à procura de uma alternativa.
ISALTINO DIZ QUE HELENA LOPES DA COSTA DÁ MÁ IMAGEM AO PSD
Aurea Sampaio - asampaio@mail.soci.pt
Independente 30 Junho 2000
Acusações, cartas, denúncias, tudo tem acontecido à volta da conturbada eleição para a secção de Algés (Lisboa). O clima foi tal que a questão acabou por subir até ao próprio Durão Barroso. A coisa não era para menos, dado que o processo envolvia dois membros da Comissão Política Nacional, Isaltino de Morais e Helena Lopes da Costa. É o PSD no seu melhor.
Os traços essênciais da eleição contam-se em poucas linhas. Concorreram duas listas, uma apoiada por Isaltino e outra por Helena, esta aliás impossibilitada de voltar a recandidatar-se à liderança da secção da secçãop por ter atingido o número máximo de mandatos permitido pelos estatutos. E foi esta lista que venceu por 37 votos de diferença num escrutínio muito concorrido. Tão concorrido que, segundo os derrotados, até houve "brigadas móveis" de votantes, organizadas para apoiar a lista de Helena. Tanto josé Eduardo Costa, o candidato que perdeu, como Isaltino de Morais são unânimes no relato. A "ajuda" à lista vitoriosa foi dada pela inscrição de cinquenta e tal novos militantes trazidos por José Rodrigues Branco, um empreiteiro que foi vereador do PSD na Amadora até 1997, e que saiu do partido por não ter sido incluído na lista para as autárquicas desse ano.
Mas não faz mal, entrou então para a lista do PP e apresentou-se às urnas. Azar dos azares, não foi eleito. Segundo Isaltino, "apareceu depois em Algés, dando como residência a casa do presidente do Núcleo de Queijas. Acresce que estes cinquenta e tal novos inscritos "entraram todos na mesma data por conivência com a então presidente da secção (Helena Lopes da Costa)", afiança Eduardo Costa. Mais: Costa assevera que, no dia das eleições, "um grupo de pessoas foi levada em carrinhas por Rodriguea Branco até ao local de voto". Garante que algumas destas pessoas "eram empregadas dele", africanos que tinham o bilhete de identidade da Amadora e que interrogados sobre as respectivas moradas não sabiam responder.
As peripécias são mais que muitas, incluindo ainda a existência de vários inscritos na mesma morada. "Ganharam as eleições, mas com fraude eleitoral", diz Eduardo Costa, que escreveu uma carta aos militantes a denunciar tudo isto antes das eleições.
Helena lopes da Costa, a principal visada diz que "isso é tudo mentira" e que a situação foi em devido tempo esclarecida "antes do acto eleitoral, pela distrital e pela direcção nacional através do secretário geral". Quanto à readmissão de Rodrigues Branco, afirma que tal foi feito dentro dos trâmites, ou seja, através de uma carta prévia à direcção do PSD "numa altura em que o partido apoiava a estratégia da AD". Com esta afirmação, Lopes da Costa quer desvalorizar o facto de aquele militante ter concorrido nas últimas autárquicas numa lista do PP.
O certo é que o assunto mereceu uma carta dura de Isaltino a Durão Barroso. "Isto são questões de natureza política e não jurídica", diz o autarca a O Independente, criticando, ainda a limpeza dos ficheiros do PSD, feita no tempo de Rui Rio, cujo efeito refere como "pior a emenda que o soneto". E como que a provar que a guerra entre os dois membros da CPN está para durar, Isaltino acusa Helena Lopes da Costa de "dar cobertura a atitudes negativas para a imagem do PSD". Quem também sai beliscada é Manuela Ferreira Leite, que foi, "informada de tudo". Mas quanto a este aspecto, Eduardo Costa é lacónico: "Sobre a conversa com a Dr.ª Manuela não faço comentários.
Comentário: Tudo o que está escrito e muito mais, é a pura realidade. Tudo passou por Queijas (dezenas de militantes inscritos de forma fraudulenta). A executora, como sempre foi Josefina Cigarra. Os militantes falsos, ainda hoje constam dos cadernos de militantes de Queijas. Numa assembleia eleitoral feita no núcleo de Queijas, lá estava ao fundo da sala o Rodrigues da Junta( Secretário da JFQ e seu membro desde que ela foi fundada) em grande amizade com o empreiteiro que andou a trocrar o PSD e o PP, como quem muda de camisa! Perguntei-lhe se o conhecia ao que me disse, tinham andado os dois na tropa! Coincidências!
Para HLC, isto não são ilegalidades, não, não são. São aldrabices em acto contínuo, até destruirem o PSD! Hoje Isaltino, HLC e Josefina Cigarra são como irmãos. Porque será?
PROCESSO N.º 02/2000
Assunto: Participação de utilização indevida de ficheiro informático
ACORDÃO N.º 03/2000
1- Deu entrada neste Conselho de Jurisdição, em 21/03/2000, uma participação titulada «Participação de utilização indevida de ficheiro informático relativo a militantes do PSD», assinada pela Presidente da CPS do PSD de Algés em nome desta Comissão Política, figurando em anexo três exemplares de cartas dirigidas aos militantes do Núcleo de Queijas do PSD, remetidas pelo militante António Rocha.
Alega a Presidente da CPS de Algés, que para o envio de tais cartas dirigidas aos militantes, o companheiro António Rocha terá utilizado um ficheiro informático com nomes e moradas de militantes do Núcleo de Queijas, (alegação que no entanto não vem fundamentada em qualquer documentação ou outros elementos de prova) utilizando ainda numa das cartas enviadas o logotipo do PSD, bem como o anúncio de um apartado pessoal para recepção de eventuais respostas.
2 - Analizados os factos constantes da «participação», entende-se que nenhum deles constitui qualquer infracção aos Regulamentos ou aos Estatutos do PSD.
A utilização de um ficheiro informático ou não, não se considera só por si que possa constituir qualquer infracção, como igualmente é nosso entendimento não infringir os Regulamentos do PSD a utilização do logotipo do PSD em carta assinada por militantes do PSD em pleno gozo dos seus direitos e deveres. Não constitiu igualmente matéria infractora o anúncio de um endereço para recepção de eventuais respostas.
Comentário: trata-se de um comportamento da Helena Lopes da Costa, tão desprovido de sentido, que só pode ter um rótulo: "Vergonhoso"
O suposto infractor era candidato a eleições no Núcleo de Queijas e no mínimo tais "infracções" deveriam ter sido fornecidas pela própria secção. Não esquecer o rosário de "esquemas" que a outra candidata "Josefina Cigarra" tem levado a cabo com a HLC. São muito parecidas, em quase tudo. O António Rocha deveria nunca mais ter esquecido estas atitudes mas, infelizmente, hoje é vogal do Execuivo da JFQ, conluiado com HLC e Isaltino. Há pessoas a quem as feridas não deixamn marcas! ILEGAL, FOI MESMO A FORMA COMO O NÚCLEO FOI ENCERRADO. SEM QUALQUER CONSULTA AOS MILITANTES ( VERDADEIROS) DO PSD LOCAL.
QUANDO É QUE ESTA FARSA ACABA NO PSD DE ALGÉS? SOU MILITANTE E NÃO RECEBO NENHUMA INFORMAçÂO DA SECÇÃO ! PORQUÊ?
PROTAGONISTA
A Contra-Revolucionária
Valentina Marcelino
Cravos, capitães de Abril e o povo «que saíu à rua» são imagens que lhe provocam aversão. «É uma questão de estética», terá confessado a amigos mais próximos. Os íconos da esquerda são, para esta social-democrata, vereadora da Câmara Municipal de Lisboa (CML), de «muito mau gosto».
Helena Lopes da Costa tinha 20 anos em 25 de Abril de 1974. Nesse dia histórico estava a ter aulas na faculdade de Direito de Lisboa, curso que abandonou mais tarde, e a sua rotina diária manteve-se exactamente como a do dia anterior. Não se juntou ao povo, nem empunhou um cravo e muito menos terá beijado um qualquer soldado revolucionário. Terá sido, segundo um colega do partido, um dia «como outro qualquer». Vinte e oito anos depois aproveitou o feriado para gozar a «sua» liberdade. Ficou em casa a descansar. Militante social-democrata desde 1976, formada em Ciência Política, professora universitária num Instituto Politécnico, foi a primeira presidente da Junta de Freguesia de Algés, uma das maiores do distrito de Lisboa, onde se manteve por dois mandatos.
Nesse período conquistou a inimizade do dinossauro Isaltino de Morais, que chegou a fazer queixa de Helena à então líder Manuela Ferreira Leite, acusando-a de querer fazer «saneamentos políticos» na secção do PSD local.
Todos, amigos e inimigos lhe recnhecem «uma enorme capacidade de trabalho» e «uma grande generosidade». Será assim a pessoa certa no cargo certo, visto que tem as pastas da Juventude, Habitação e Acção Social. Barrosista indefectível, apoiou Durão logo em 95, contra Fernando Nogueira. A sua intiução política tem sido certeira e todos os que apoiou - desde presidentes da Distrital de Lisboa a Santana Lopes e, claro, Durão Barroso - conquistaram os lugares ambicionados.
As suas recentes atitudes na CML, como o assumir que quer acabar com as «festas de esquerda» ou o veto ao cartaz com uma imagem simbólica de Abril, que podem ter ofendido de morte muitos eleitores lisboetas, provam que Helena está longe, muito longe do «políticamente correcto». Subscreverá Santana Lopes as suas palavras ?
PARA MEMÓRIA FUTURA, VAMOS DAR INÍCIO À HISTÓRIA POLÍTICA DA NÓVEL FREGUESIA DE QUEIJAS, NA ESPERANÇA DE QUE O ACTUAL EXECUTIVO TENHA A CORAGEM DE A PUBLICAR NO SEU "SITE", DO MESMO MODO COM QUE TEM ESTADO A RECOLHER INFORMAÇÃO ALHEIA, SEM A DEVIDA PERMISSÃO. O RITMO SERÁ AQUELE QUE ENTENDERMOS MAIS APROPRIADO. FALAREMOS DE TRAIÇÕES E DE DESVIOS AOS INTERESSES DESTA FREGUESIA, ABOCANHADA POR INTERESSES PARTICULARES TRAÇADOS EM REUNIÕES, NOTÍVAGAS E SIGILOSAS:
A Junta de Freguesia de Queijas, ocupada de momento por "páraquedistas", tem recolhido informação histórica a quem tanto se afadigou a recolhê-la e tem os seus direitos de autor. Deve continuar, pois, para fazer um trabalho histórico não tem distanciamento, nem o mínimo de nível moral, intelectual ou independência de carácter:
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Quarta-feira, 7 de Maio de 2008
Por Favor, mais dignidade na Política.
Diz aquele senhor Amaral Lopes do PSD, no acto de apresentação do PSD em Queijas em 2005:
... “Aproveitou o momento para recordar que nesta vila, há quatro anos, o projeto do PSD sofria um processo de divisão interna, mas apesar de tudo o partido soube responder aos anseios da população. Foi difícil mas conseguimos passar a mensagem aos cidadãos”.
O processo de divisão de que fala o Sr. Amaral Lopes não se passou na vila de Queijas, mas em todo o concelho de Oeiras. De há muito que o anterior presidente da CMO (Isaltino de Morais) vinha sendo atacado por este senhor e apaniguados, apesar da obra reconhecida por toda a gente e das constantes vitórias que deu ao PSD.
A prova da verdade que digo, está em tudo o que se tem passado nos últimos seis meses. O seu saneamento selvagem, e de quem o apoiou, estava em marcha de há muito. Queijas incomodou este senhor Amaral porque no mandato 1998 –2001 colaborou com ele e desse modo conseguiu o respeito da população pelo trabalho realizado. A obra foi muito grande em Queijas de 1998 a 2001.
Este senhor que nunca teve a coragem de se assumir como candidato a nada, andou sempre à boleia dos outros, fala agora de ter conseguido passar a mensagem aos cidadãos. Será que ele tem alguma mensagem para passar? Se tem não perca a amabilidade de que desfruta neste jornal e diga-nos a todos qual era, ou é, essa tal mensagem!
Fico esperando, pois ainda terei muito para dizer sobre este e outros assuntos.
Seguidamente disse: “ E José Milhano, muito discretamente passou a servir os outros em detrimento dos seus próprios interesses e deu-nos a vitória em Queijas, esclarece.
Senhor Amaral Lopes, o actual presidente da Junta não deu vitória nenhuma ao PSD, porque não tem capacidade para tal. Em Queijas toda a gente o sabe.
Só é candidato porque ninguém o quis ser depois da figura que ele fez durante quatro anos!
Quem deu a vitória de que fala foi um senhor chamado Isaltino de Morais, que na campanha de 2001 veio todos os dias a Queijas. Se tem dúvidas pergunte-lhe.
Bateu-se comigo com um empenho nunca visto. Fez aquilo que nunca tinha feito, escrevendo a todos os habitantes da freguesia pedindo o voto para um candidato do qual em carta ao Dr. ª Manuela Ferreira Leite escreveu não possuir perfil para presidente da Junta. Enquanto afirmava ter sido eu próprio um óptimo presidente.
Se quiser publico essa carta e muitas outras coisas ..... como roubos, levados a efeito na Junta por outra senhora que o Sr. Amaral tanto apoia.
O PSD beneficiou nas eleições, ainda do trabalho feito pela Junta de então ....., pois desconhecedoras, muitas pessoas votaram no PSD pensando estar a votar no candidato que o senhor saneou. Depois, arrependeram-se e lamentaram-se. Era tarde demais!
A história dos desapegos materiais do seu candidato para a Junta de Queijas é bem conhecida desta população, tal como o seu também o é, há vários anos que anda agarrado ao PSD e ao PS, e por isso não lhe têm faltado tachos! Quanto a prestígio estamos falados.
Quanto à vitória de que falou, o PSD (Isaltino) ganhou por sessenta votos a um Independente que, como diz o Sr. Amaral, só pensa em si, numas autárquicas, nas quais obteve maiorias absolutas por todo o concelho!
Este Independente meteu 4 autarcas, tantos quantos o PSD e ganhou ao PS cujo Governo de então, meteu o Sr. Amaral como presidente da Comissão Liquidatária do Teatro D. Maria I I. A maldade ficava com o PSD!
Curiosamente o resultado até lhe serviu, pois permitiu meter na Junta de Queijas o Partido Socialista (último votado) de mão dada com o PSD. Vamos ver agora o resultado disso, mas para quem joga com duplas tudo estará sempre certo, e como já tem experiência de comissões liquidatárias. Vejamos o resultado.
A actual lista do PSD em Queijas diz bem da razão que tenho; em vinte e poucos candidatos tem 14 que também estão na lista de Linda – a – Velha, todos independentes! Dos restantes, 4 não são do PSD e outros 4 não são de Queijas. Nunca o PSD teve uma lista tão fraca, sendo composta de familiares (primos, cunhados, sogros, irmãs, pais etc.) de duas famílias, uma delas de Carnaxide!
É o PSD do senhor Amaral!
Há muito mais militantes PSD na lista do Dr. Isaltino. Sendo uma lista Independente. Quanto à Sr. ª Presidente da CMO e à sua obra em Queijas, depois de ter exibido tantos gráficos, espero que publique um com o dinheiro investido em Queijas até ao final de 2004. Nas outras freguesias também, para comparação e conclusão.
Eu tenho esse valor, mas teria muito mais impacto publicado pela senhora presidente. Já agora, publique também um com o mesmo valor no mandato ( 2001-2005), referente a todas as freguesias! A população de Queijas precisa saber a verdade.
Fala a senhora do pavilhão, da Regueira e da Alameda!
Na condição de vereadora desses pelouros, Senhora Presidente, o pavilhão quando eu saí estava contratualizado, com anúncios do facto por todos os jornais, da regueira de Queijas a junta de então já tinha resolvido o mais importante (dejetos a céu aberto), de resto o leito da regueira continua na mesma com poças de água estagnada, a minar o ambiente.
Sobre a Alameda fui eu próprio que encaminhei o projecto (no executivo da Junta, na assembleia de freguesia e nos gabinetes da câmara). No meu mandato e no meu carro fui vezes sem conta à CMO trabalhar com os arquitectos envolvidos.
Na campanha de 2001, que a senhora fez ao lado de Isaltino de Morais, foram distribuídos nas ruas milhares de panfletos com os pormenores do projecto. As pessoas lembram-se.
O que a senhora fez foi demorar quatro anos para que tudo isto aparecesse feito e só o fez depois de saber que era candidata. Fomos a última freguesia a ter pavilhão e ainda não temos Centro de Saúde, piscina, Centro Cultural etc.
Mobilizei uma manifestação à porta do Centro de Saúde de Carnaxide com muitas centenas de pessoas de Queijas, em 2001 ( Outubro) onde a senhora foi como vereadora a convite da SIC, houve assinatura do contrato em directo e o nosso Centro de Saúde continua por fazer, apesar da Sr. ª Presidente anunciar agora que vai fazer quatro!
Para as outras freguesias há “Polis”, “Proqual” e dinheiro da CMO para tudo, para Queijas nunca aparece.
Da minha obra na junta fala a população de Queijas, e eu não confundo obra da câmara com obra das Juntas. A obra de Isaltino, (1998 – 2001) é muito grande. A propósito diga-me uma só obra feita pelo actual executivo da Junta de Queijas? Deixei lá bom dinheiro, com projectos em vista.... e em falta para Queijas. Nada aconteceu nesta terra, com o Sr. Milhano!
Entretanto, estão a extinguir uma colectividade (1. º Dezembro ) e o Grupo Teatro Fersuna por falta de apoios da Junta (2002 – 2005) !
Das promessas não falo, pois o PSD vai perder as eleições. O Senhor Amaral nunca assume a responsabilidade de nada, porque não tem vergonha!
De facto, o acto eleitoral deu ao PSD em Queijas a maior derrota eleitoral da história desta freguesia! Ao nível da votação do PCP! Estes são os políticos que temos. Na sociedade civil ninguém os quer.
Se por ventura, a actuação política de Isaltino de Morais à frente da CMO, e em Queijas estiver a ser prejudicada pelo facto de algumas pessoas se venderem, pelo reconhecimento que é devido pela sua obra (1998-2001) nesta terra, nunca me ouvirão dizer mal dele publicamente!
António Reis Luz
António Reis Luz
Domingo, 11 de Outubro de 2009
11 Outubro 2009 - 00h30
A voz da Razão
Fascismo simpático
Era inevitável: depois da caça ao fumador, o governo promete inaugurar a caça ao bebedor e ao drogado. Como? Através de testes de despistagem no local de trabalho destinados a identificar consumidores de álcool ou drogas.
A ideia, obviamente simpática, é encaminhar o trabalhador vicioso para o tratamento respectivo, evitando-se a sinistralidade ou a desinserção laborais. Os sindicatos, em princípio, não se opõem. As empresas também não. E imagino que os trabalhadores, mergulhados no fascismo simpático em que vivemos, até agradecem esta clamorosa e até ilegal invasão da sua privacidade e dos seus hábitos. Um dia acordaremos num mundo que seria irreconhecível até há poucos anos: um mundo onde o poder político condenae determina as nossas condutas íntimas em nome de um ideal higiénico e perfeito que só existe na cabeça dos tiranos.
João Pereira Coutinho, Colunista
Sábado, 10 de Outubro de 2009
VOTEM ONDE QUISEREM, DEPOIS NÃO SE QUEIXEM, CADA UM TEM O ISALTINO QUE MERECE !!!!
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Quinta-feira, 24 de Julho de 2008
O Mercado de Queijas
Os habitantes de Queijas têm, naturalmente, motivos para algum desconforto ao lerem, no “Correio de Oeiras” de 16/07/2008, opiniões sobre o Mercado de Queijas, do Presidente da Junta e de um vereador da CMO. As opiniões recolhidas pelo jornal, também não ajudam muito, na medida que não foram diversificadas, antes demasiado selectivas. Que saudades nos deixou o saudoso Carlos Saraiva.
Ficámos a saber que o Mercado de Queijas está sem vida própria, sem actividade comercial e com lojas fechadas. Para os lados da Cheuni há um centro comercial no mesmo estado de alma !
Comecemos por tentar entender o PJ de Queijas. Sabemos que há muito não vivia nesta vila e cá se instalou para ser o tal Presidente que o movimento IOMAF precisava ou lhe foi imposto. Entretanto, foi afastado do PSD e juntou-se a três outros cidadãos que nas anteriores eleições tinham integrado uma lista independente contra Isaltino de Morais. É muito complicado, mas dá para as pessoas desconfiarem. Se quiserem.
Naturalmente faltava ao actual presidente o conhecimento do passado, sempre muito importante. Não teve, também, humildade para se inteirar. Antes, entregou-se nas mãos destes “ independentes”, que tudo leva a crer que, afinal, não o são. Com o senhor vereador passar-se-á o mesmo. Assim, não sabem bem como dar a volta à situação !
Prosseguimos para dar a estes senhores a informação que a área do mercado, não é agradável nem convidativa . Com uma Casa de D. Miguel ao abandono e barracas de permeio, ainda não resolvidas. Com um lago cheio de pedras e lixo e sem um repuxo ( que teve), num local onde abunda a água ( um extenso lençol de água no subsolo ). Existem três bombas a retirar água e a lançá-la no esgoto, para que o parque de estacionamento não fique inundado ! Há quem tenha ouvido o Sr. Presidente da CMO em 2001, em visita ao mercado, dar ordens aos senhores arquitectos, para na frente do mercado, serem colocados efeitos de água, visando o embelezamento local. Até hoje nada.
O aspecto exterior não abona pela falta de limpeza e ajardinamento ! Quanto ao interior as coisas ainda se complicam muito mais. O mercado, depois de uma fase inicial ( 1998/2001 ) em que manteve actividades lúdicas e muitas atracções artísticas de qualidade, foi sendo deixado ao descuido. Hoje tem lojas vazias, falta de qualidade e credibilidade. Tudo acrescido com a ocupação de duas lojas pela CMO. Numa, colocaram um serviço meramente de campanha ( pequenas assistências a idosos pobres) esquecendo que Queijas, como as outras terras vizinhas, tem idosos ( ainda bem ), mas não são indigentes. Claro que há oportunistas! Á frente dela colocaram uma figura sobejamente conhecida em Queijas. Demais ! Liderou o IOMAF na última campanha autárquica, local e tem 71 anos e praticamente não sabe ler ! O que faz, quem lhe paga e como, é um mistério. o IGAT deveria investigar. O abandono do mercado tem razões !
Na outra sala, a que a Junta chama de multiusos , têm tentado fazer cultura (?) ou coisas parecidas. Sem conseguirem. Normalmente está fechada. Os elementos do executivo, nunca subsidiaram a Associação Cultural de Queijas, que poderia ou deveria utilizá-la. Se assim fosse, muita gente seria atraída diariamente ao local. Pretendem manipular esta associação e ela não deixa ! Ela é, talvez, a única coisa independente em Queijas.
Os mercados de Algés e Carnaxide não são comparáveis com o de Queijas. Existem há muito mais tempo e souberam ganhar o seu espaço. O de Queijas, muito por culpa da tal figura colocada no mercado, foi prometido e quando chegou já não fazia sentido! Era o tempo dos Centros Cívicos. Os erros paga-os a população ! O Centro Comercial da Cheuni está amorfo, mas por outras razões. Tem a ver com a situação muito periférica. Vive dos moradores da cooperativa.
De resto o centro de gravidade comercial e cívico de Queijas está a deslocar-se mais para a zona do Pingo Doce, Escola Secundária e Pavilhão. Numa área de qualidade e expansão acentuada iniciadas nos anos 1998/2001. O presidente da Junta não era guarda nocturno !
Quanto ao Centro de Saúde de Queijas ou, como mais modernamente diz o Presidente da Junta USF, está desde os anos 1998/2001, com protocolo assinado entre a CMO e o Ministério da Saúde. Deu muito trabalho e dias inteiros de reuniões.
Foi assinado em directo na SIC, para todo o país, entre estas duas entidades. Lamentavelmente parece que a CMO tem interesse em resolver este problema, primeiro em Algés e Carnaxide. Não admira, são áreas onde habitam muitos votantes . Existem gravações deste factos e por elas o presidente da Junta poderá certificar-se deles e ver como a Junta de então conseguiu estar em directo de manhã no programa de Fátima Lopes e á tarde, a cobrir uma grande manifestação de gente desta vila frente ao Centro de Saúde de Carnaxide. Presentes centenas de pessoa e o Presidente da Junta com a vereadora da saúde de então, Teresa Zambujo. Por último se informa que, também, esteve presente um dos actuais “ independentes”, que faz parte do actual executivo. Provavelmente até já se esqueceu ! Não é autarca quem quer mas quem tem a benção dos Deuses! Mesmo que não valha muito como tal ! O povo paga tudo . É a vida.
António Reis Luz
Quinta-feira, 8 de Outubro de 2009
08 Outubro 2009 - 09h00
Opinião
Corrupção
Segundo os últimos indicadores, não existem quaisquer dúvidas: Portugal está a ficar mais corrupto.
Recentemente foi publicada pela Transparência Internacional (TI), uma Organização Não-Governamental, a listagem dos países menos corruptos. Convém referir que estamos perante uma listagem sobre o Índice de Percepção da Corrupção nesses países, e não sobre dados reais, uma vez que estes, neste tipo de crime, são muito difíceis, para não afirmar mesmo impossíveis de obter. Esta Organização foi fundada em 1993, sendo que Portugal apenas aderiu à mesma a 13 de Maio de 1998.
A Transparência Internacional analisa este fenómeno em cerca de 180 países. Da observação das últimas três listagens, resulta alguma preocupação para nós portugueses e um sinal claro que nos deve levar a todos não só a querer mudar o actual estado das coisas, como a irmos mais longe e a exigirmos essa mudança. Assim, em 2005 Portugal estava colocado em 25º lugar entre 175 países. No ano de 2007 a situação piorou. A TI analisou 173 países, sendo que Portugal aparece em 28º lugar, ou seja, descemos 3 posições. Na última lista divulgada, e depois de analisados 180 países, Portugal volta a cair, agora para o 32º, ou seja, uma descida de 4 posições, mas com o mesmo índice do 35.
Segundo os indicadores analisados pela TI, não existem dúvidas: Portugal está a ficar um país mais corrupto! E o problema é que os dados agora divulgados mostram claramente essa tendência, uma vez que estamos sistematicamente a descer. Poderíamos argumentar que o nosso índice se mantinha, mas que estávamos era a ser ultrapassados por países que tinham conseguido resolver esse problema. Mas, infelizmente, não é isso que se passa. O mais grave é que há de facto países a melhorar os índices, ou seja, a conseguirem efectuar um verdadeiro combate a este fenómeno, e por isso melhoram a sua classificação, ao passo que Portugal piora as suas performances na luta contra este crime. A hora não é a de encontrar culpados. Não podemos perder tempo nem recursos nisso. Temos de deixar de criar grupos de estudo para tudo e para nada, e que nunca chegam a conclusão digna desse nome. Isso é não querer encarar o problema e muito menos resolvê-lo. Todos sabemos o que há a fazer. Todos sabemos qual o caminho que devemos percorrer para que daqui a dois anos, quando sair a próxima lista, nos possamos orgulhar do trabalho feito.
Agora é preciso é que todos queiram percorrer esse caminho para obtermos bons resultados. Uma de duas coisas acontecerá: ou escolhemos esse caminho livremente, ou algum dia vamos ser obrigados a escolhê-lo,o que seria uma vergonha para todos nós.
Carlos Anjos, Presidente da ASFIC/PJ
IOMAF; EM QUEIJAS?
Após quatro anos de poder “Isaltinista” em Queijas, qualquer cidadão residente, tem o direito a manifestar a sua opinião sobre o seu desempenho no mandato outorgado.
Muitas são as coisas estranhas ou negativas a apontar, uma delas será a contagiante arrogância demonstrada, certamente por influência do líder!
Estranho é, muito mesmo, que durante quatro anos nunca tivessem celebrado a “Elevação de Queijas a VILA”, como se fosse coisa de somenos!
Estranho é o apego com que taparam buracos e pintaram os mesmos muros, dezenas de vezes, recorrendo aos amigos de “lista” IOMAF. Estranho é que não percebam, talvez percebam, que existem trabalhadores “independentes” em Queijas, muitos desempregados, cuja contratação ficaria muito mais barata do que meter operários a onerar as fracas finanças da Junta! Os independentes só trabalham e ganham quando há trabalho, um funcionário da Junta ganha até quando está a dormir, a comer, de férias, de doença, ou sem nada que fazer! Boa gestão precisa-se.
Estranho, mesmo muito estranho, é que tenham esquecido que em Dezembro de 2001 a SIC transmitiu em directo a assinatura de um acordo entre a CMO e o Ministério da Saúde para a construção e funcionamento do CENTRO DE SAÚDE DE QUEIJAS! Tão estranho, que alguns participaram desse directo televisivo, outros até ficaram em casa para o gravar, e todos se manifestaram juntamente com centenas de habitantes de Queijas e Linda a Pastora! Infelizmente o saudoso MCI, tinha demasiada gente que agora está no IOMAF! Foram eles os causadores da destruição do movimento que, em 2001, defrontou, com garbo, ISALTINO DE MORAIS! Hoje estão no IOMAF e com ISALTINO DE MORAIS!
Ao invés, e muito estranho ainda, é que em vez de defenderem o nosso CENTRO DE SAÚDE com acordo assinado, tenham posto os habitantes de Queijas a telefonar para Carnaxide, como se uma pessoa doente pudesse ser CONSULTADA pelo telefone.
Não pararei de desmascarar estes traidores da FREGUESIA DE QUEIJAS. É o que eles merecem.
O seu desempenho no mandato redundou no absoluto zero. Tenho moral para o afirmar.
António Reis Luz
Quarta-feira, 7 de Outubro de 2009
AS URBANIZAÇÕES DA PARTE NASCENTE DE QUEIJAS E LINDA A PASTORA
No final do último século, a parte nascente de Queijas foi objecto de várias novas urbanizações. Percebe-se que elas respeitaram aquilo que Queijas nunca pode permitir, ou seja, urbanizações de grande volumetria. A freguesia tem como perfil, a qualidade de vida e é com esse perfil que teremos de continuar. Não será por acaso que começou aqui um novo conceito de recolha de lixo: " Escolha Selectiva", para o país.
Vimos nascer e crescer estas urbanizações e agora estamos em condições de falar sobre elas. Demos-lhe todo o apoio sem pensar, sequer, em "recompensas".
Falamos agora da zona do "Pingo Doce". Começou por aparecer com um jardim e uma pequena alameda (SOUSA BASTOS). Era preciso estimular a compra dos andares que iam aparecendo. Há medida que os apartamentos iam sendo vendidos diminuia a qualidade dos espaços ajardinados. A situação foi-se agravando. O lago, grande e bonito, raramente tinha a sua água mudada! Ela ficou mesmo, longos meses e anos, na condição de estagnada. Por responsabilidade da CMO, os jardins ficavam cada vez mais degradados e o lago foi pura e simplesmente "arrasado"!
Na alameda Sousa Bastos acabou por nascer um espaço dedicado aos simpáticos cães e às suas necessidades. Paredes meias ( uma dúzia de metros) com os apartamentos, entretanto, vendidos. Durante o dia lá vão os canídios fazer o seu "cócó", em acumulação constante, e sem qualquer recolha programada. Situação lastimável!
A isso se juntou um verdadeiro inferno, em toda a zona envolvente, para os moradores sairem e chegarem a suas casas. No local de acesso à Via Longitudinal Norte, ( eclipsada ) lá estão as obras de uma estátua, (prometida há 15 anos) que, há pressa, está a ser construída para as eleições! Pretende-se com isso marcar quatro anos de poder IOMAF em Queijas, totalmente definido por um "zero absoluto" !
António Reis Luz
PS FOI CUMPLÍCE EM OEIRAS
EM OEIRAS PS FOI CUMPLÍCE COM ISALTINO NOS QUATRO ANOS ANTERIORES
João Relvas/ Lusa Apoiantes de Isaltino Morais e de Marcos Perestrello envolveram--se em confrontos 04 Outubro 2009 - 00h30
Tensão: Apoiantes de Perestrello e de Isaltino envolvem-se em confrontos
Insultos e empurrões em Oeiras
A campanha eleitoral em Oeiras ficou ontem marcada por confrontos entre apoiantes de Isaltino Morais e de Marcos Perestrello. Momentos antes de José Sócrates chegar ao local, socialistas e apoiantes do candidato independente cruzaram-se na zona comercial de Algés e gerou-se a confusão.
“Gatuno... não tinham nada de vir para aqui... vieram provocar-nos”, gritaram os apoiantes da candidatura de Marcos Perestrello, que aguardavam a chegada do candidato e de José Sócrates para uma arruada, quando se cruzaram com a comitiva de Isaltino Morais. A tensão aumentou e as duas comitivas trocaram insultos e empurrões. Os ânimos só acalmaram com a intervenção de alguns agentes da PSP.
Isaltino Morais, que assistiu aos desacatos, acusou a candidatura do seu adversário socialista de “falta de espírito democrático”, e responsabilizou os apoiantes do PS pelos confrontos. “Eu ia à frente da arruada para cumprimentar toda a gente [do PS]. Os socialistas revelaram falta de espírito democrático porque começaram aos insultos. Eu próprio levei um pequeno empurrão e depois começaram todos a empurrar”, contou o candidato independente à Câmara de Oeiras.
Versão diferente relata o PS. “Nós estávamos parados. Quem está parado não faz provocações a ninguém”, declarou ao CM Vieira da Silva, candidato à Assembleia Municipal de Oeiras.
José Sócrates, que chegou ao local com Marcos Perestrello minutos depois dos desacatos, lamentou a situação, referindo que “isso não é próprio e é raro acontecer”.
Já o candidato do PS a Oeiras considerou que a situação revela o “nervosismo” de Isaltino. “A candidatura de Isaltino Morais apresenta fortes sinais de nervosismo e, pelo que percebi, tínhamos marcado um ponto de encontro e vieram aqui encabeçados por Isaltino Morais provocar os nossos apoiantes”, afirmou Marcos Perestrello, no final da arruada, onde ao lado do secretário-geral do partido cumprimentou lojistas e transeuntes.
'SÓCRATES É PÉSSIMA COMPANHIA'
Não há música, nem uma multidão de apoiantes, mas Isabel Meirelles, candidata da coligação ‘Mais Oeiras’, garante que 'não é necessário centenas de pessoas aos gritos' para se fazer ouvir. E nem a presença de José Sócrates na campanha do seu adversário socialista preocupou a candidata. 'José Sócrates é uma péssima companhia para Marcos Perestrello. O PS foi o grande derrotado das Legislativas', atirou Isabel Meirelles, numa acção de campanha em Algés.
A uma semana das eleições, a aposta é no contacto com a população e as sondagens não desanimam a candidata à Câmara de Oeiras, que fala em manipulação. 'As sondagens estão a ser manipuladas. São realizadas por uma empresa afecta ao PS', acusou.
A candidatura de Isabel Meirelles (PSD/CDS-PP/PPM) acredita que será possível derrotar Isaltino Morais nas próximas eleições e tem um forte argumento: 'Se Isaltino ganhar será um executivo a curto prazo, porque ele foi condenado a sete anos de prisão'.
A explicação foi apresentada pela candidata à junta de freguesia de Algés, Alda Lima, a um apoiante de Isaltino Morais. Que respondeu: 'Pronto, se Isaltino for embora eu voto nesta senhora [Isabel Meirelles]'. Pedro Mota Soares, candidato à Assembleia Municipal de Oeiras, e Isabel Meirelles lembraram ainda que a condenação de Isaltino resultou na 'mais severa pena aplicada a um político'.
FRASE DO DIA
'A candidatura de Isaltino Morais apresenta sinais de nervosismo', Marcos Perestrello, PS
'O PS não pode criticar a gestão da autarquia porque foi cúmplice', Isabel Meirelles, PSD
Ana Patrícia Dias
Terça-feira, 6 de Outubro de 2009
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Quinta-feira, 13 de Agosto de 2009
publicado por Nuno Gouveia em 13 Ago 2009, às 19:19
As próximas eleições autárquicas de Oeiras serão um duro teste para o eleitorado deste concelho, um dos mais evoluídos do país, segundo dizem. Como em Gondomar e Felgueiras, autarcas condenados por crimes cometidos no exercício das suas funções vão a votos. Um país que tanto se queixa da corrupção, terá nestes três concelhos uma oportunidade para responder nas urnas a essas decisões da justiça. E, espero eu, punir eleitoralmente este tipo de comportamentos perversos para a democracia.
Oeiras será, talvez, o caso mais emblemático, pois tem um presidente condenado a pena de prisão efectiva de sete anos. Num outro país, não restaria outra hipótese a Isaltino Morais que não a retirada da candidatura. Mas o autarca vai novamente a votos, e deseja que lhe seja reconhecida nas urnas uma caução para os actos ilegais que cometeu, conforme ficou provado em tribunal.
Há quatro anos, Isaltino Morais venceu as eleições com apenas 4 por cento de vantagem sobre o PSD, mas até cheguei a temer que este ano seria um verdadeiro passeio para o autarca condenado. Em primeiro lugar porque o Partido Socialista escolheu um candidato de segunda linha, vindo directamente do aparelho socialista, e depois, porque o nome que se afigurava do PSD era um mero desconhecido.
Mas o PSD e CDS conseguiram surpreender e apresentaram uma candidatura muito forte, com Isabel Meirelles a liderar a coligação. Há vários anos que sigo com atenção o percurso da candidata, como especialista em assuntos europeus, e considero que dificilmente poderiam ter escolhido melhor para Oeiras. Alguém que vem de fora do sistema politico, cuja notoriedade foi conquistada na vida privada. E nestes tempos em que muitos apelam a uma regeneração da classe politica, esta candidatura representa uma verdadeira lufada de ar fresco. Se Isabel Meirelles conseguir vencer, a vida pública ganhará certamente uma grande autarca, e o país poderá respirar um bocadinho melhor com a derrota de Isaltino Morais.
06 Outubro 2009 - 00h30
VÁ-SE LÁ SABER PORQUÊ ?
Em Portugal, quando o poder muda de mãos é porque caducou por si mesmo e tombou por extenuação. Isto tanto é válido para o poder central como para o local. Quem detém o poder volta a ganhar, porque sim. (.... )
CM - CARLOS ABREU AMORIM
Como escolher o seu candidato ?
PORTUGAL volta ao clima eleitoral.
Neste momento é necessário que você observe que não existem salvadores da Pátria que, por um passe de mágica, vão erradicar a miséria e a pobreza.
Não existe um candidato 100% bom ou 100% mau.
Exija ao menos as seguintes qualificações do seu candidato:
. História de vida e honestidade pessoal;
. Zelo e seriedade pelo bem público
. Capacidade administrativa;
. Capacidade empreendedora;
. Sinceridade nas suas promessas de campanha.
Tenha certeza que o seu candidato não está em busca de auferir vantagens financeiras e, muito menos, alcançar uma função pública como via de acesso à sua vaidade pessoal e vote com confiança.
CUIDADO: EM CASO DE DÚVIDA, DÊ-LHE UMA SEGUNDA OPORTUNIDADE. NUNCA MAIS DO QUE ISSO. Á TERCEIRA, PASSA A JULGAR-SE DONO DAQUILO QUE É NOSSO
Eduardo Prado Coelho, antes de falecer (25/08/2007),
teve a lucidez de nos deixar esta reflexão, sobre nós todos,
por isso façam uma leitura atenta.
Precisa-se de matéria prima para construir um País
Eduardo Prado Coelho - in Público
A crença geral anterior era de que Santana Lopes não servia,
bem como Cavaco, Durão e Guterres.
Agora dizemos que Sócrates não serve.
E o que vier depois de Sócrates também não servirá para nada.
Por isso começo a suspeitar que o problema não está no trapalhão
que foi Santana Lopes ou na farsa que é o Sócrates.
O problema está em nós. Nós como povo.
Nós como matéria prima de um país.
Porque pertenço a um país onde a ESPERTEZA é a moeda
sempre valorizada, tanto ou mais do que o euro.
Um país onde ficar rico da noite para o dia é uma virtude
mais apreciada do que formar uma família
baseada em valores e respeito aos demais.
Pertenço a um país onde, lamentavelmente, os jornais jamais
poderão ser vendidos como em outros países, isto é,
pondo umas caixas nos passeios onde se paga por um só jornal
E SE TIRA UM SÓ JORNAL,
DEIXANDO-SE OS DEMAIS ONDE ESTÃO.
Pertenço ao país onde as EMPRESAS PRIVADAS são fornecedoras particulares
dos seus empregados pouco honestos, que levam para casa,
como se fosse correcto, folhas de papel, lápis, canetas, clips e tudo o que possa ser útil
para os trabalhos de escola dos filhos... e para eles mesmos.
Pertenço a um país onde as pessoas se sentem espertas porque
conseguiram comprar um descodificador falso da TV Cabo,
onde se frauda a declaração de IRS para não pagar ou pagar menos impostos.
Pertenço a um país:
-Onde a falta de pontualidade é um hábito;
-Onde os directores das empresas não valorizam o capital humano.
-Onde há pouco interesse pela ecologia, onde as pessoas atiram lixo nas ruas e, depois,
reclamam do governo por não limpar os esgotos.
-Onde pessoas se queixam que a luz e a água são serviços caros.
-Onde não existe a cultura pela leitura (onde os nossos jovens dizem que
é 'muito chato ter que ler') e não há consciência nem memória
política, histórica nem económica.
-Onde os nossos políticos trabalham dois dias por semana para aprovar projectos e leis
que só servem para caçar os pobres, arreliar a classe média
e beneficiar alguns.
Pertenço a um país onde as cartas de condução e as declarações médicas
podem ser 'compradas', sem se fazer qualquer exame.
-Um país onde uma pessoa de idade avançada, ou uma mulher com uma criança nos braços,
ou um inválido, fica em pé no autocarro, enquanto a pessoa que está sentada
finge que dorme para não lhe dar o lugar.
-Um país no qual a prioridade de passagem é para o carro
e não para o peão.
-Um país onde fazemos muitas coisas erradas,
mas estamos sempre a criticar os nossos governantes.
Quanto mais analiso os defeitos de Santana Lopes e de Sócrates,
melhor me sinto como pessoa, apesar de que ainda ontem
corrompi um guarda de trânsito para não ser multado.
Quanto mais digo o quanto o Cavaco é culpado, melhor sou eu como português,
apesar de que ainda hoje pela manhã explorei um cliente que confiava em mim,
o que me ajudou a pagar algumas dívidas.
Não. Não. Não. Já basta.
Como 'matéria prima' de um país, temos muitas coisas boas,
mas falta muito para sermos os homens e as mulheres que o nosso país precisa.
Esses defeitos, essa 'CHICO-ESPERTERTICE PORTUGUESA' congénita,
essa desonestidade em pequena escala, que depois cresce e evolui
até se converter em casos escandalosos na política, essa falta de qualidade humana,
mais do que Santana, Guterres, Cavaco ou Sócrates,
é que é real e honestamente má, porque todos eles são portugueses como nós,
ELEITOS POR NÓS. Nascidos aqui, não noutra parte...
Fico triste.
Porque, ainda que Sócrates se fosse embora hoje,
o próximo que o suceder terá que continuar a trabalhar com a mesma matéria prima
defeituosa que, como povo, somos nós mesmos.
E não poderá fazer nada...
Não tenho nenhuma garantia de que alguém possa fazer melhor,
mas enquanto alguém não sinalizar um caminho destinado a
erradicar primeiro os vícios que temos como povo, ninguém servirá.
Nem serviu Santana, nem serviu Guterres, não serviu Cavaco,
nem serve Sócrates e nem servirá o que vier.
Qual é a alternativa ?
Precisamos de mais um ditador, para que nos faça cumprir a lei
com a força e por meio do terror ?
Aqui faz falta outra coisa. E enquanto essa 'outra coisa' não comece
a surgir de baixo para cima, ou de cima para baixo, ou do centro para os lados,
ou como queiram, seguiremos igualmente condenados,
igualmente estancados... igualmente abusados !
É muito bom ser português. Mas quando essa portugalidade autóctone começa
a ser um empecilho às nossas possibilidades de desenvolvimento
como Nação, então tudo muda...
Não esperemos acender uma vela a todos os santos,
a ver se nos mandam um messias.
Nós temos que mudar. Um novo governante com os mesmos portugueses
nada poderá fazer.
Está muito claro... Somos nós que temos que mudar.
Sim, creio que isto encaixa muito bem em tudo o que anda a acontecer-nos:
Desculpamos a mediocridade de programas de televisão nefastos e,
francamente, somos tolerantes com o fracasso.
É a indústria da desculpa e da estupidez.
Agora, depois desta mensagem, francamente, decidi procurar o responsável,
não para o castigar, mas para lhe exigir (sim, exigir)
que melhore o seu comportamento e que não se faça de mouco,
de desentendido.
Sim, decidi procurar o responsável e ESTOU SEGURO DE QUE O ENCONTRAREI
QUANDO ME OLHAR NO ESPELHO.
AÍ ESTÁ. NÃO PRECISO PROCURÁ-LO NOUTRO LADO.
E você, o que pensa ?... MEDITE !
EDUARDO PRADO COELHO
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Não há novos nem velhos. TEM DE HAVER HONESTOS, COMPETENTES E DEDICADOS.
Isto é que é genica...
Apenas pelo curioso da situação, reproduzo aqui uma notícia inserta no SAPO Local de 28 de Agosto. Isto, sim, é genica!
Teresa Lopes tem 97 anos e candidatou-se às autárquicas
Foto: As Beiras
"Há uns dias Ricardo Dias, o presidente da Câmara de Arganil, recebeu a atenção da imprensa por ser o autarca mais novo do país. Teresa Santos Lopes está no lado oposto. Com 97 anos, esta habitante de Vila Franca da Beira, em Oliveira do Hospital, faz parte das listas à Assembleia de Freguesia da aldeia e assume-se «muito politiqueira»
A candidatura de Teresa Lopes é simbólica, até porque o seu nome encontra-se no último lugar da lista do Partido Socialista na localidade, mas arrisca-se muito provavelmente a ser a mais velha candidata nas eleições de 11 de Outubro.
Em conversa com o diário regional As Beiras, Teresa Lopes revelou que aceitou integrar as listas para apoiar o seu filho, António Lopes, o número dois desta lista. Desiludida com a política actual, que considera estar «muito mal dirigida» e «muito mal-educada», acredita nas qualidades do filho. «As pessoas não fazem como o António Lopes, que não anda aqui para ganhar dinheiro, nem para criar penacho, anda por humanidade ele não precisava de andar nesta vida», afirmou ao jornal regional.
A anciã, que tem oito filhos, 20 netos, 32 bisnetos e um trineto, classifica-se «muito politiqueira, mas pela verdade». E não vê a política como um trabalho fácil: «não se pode ir para uma junta ou uma câmara a pensar que vão os outros trabalhar por nós, não pode ser uma brincadeira».
O estado da sua terra e as poucas oportunidades de emprego para os jovens de Vila Franca da Beira preocupam Teresa Lopes e a candidata autárquica não deixa de apontar os problemas. Até porque, como a própria confessou ao jornal As Beiras, pode estar «muito doentinha e velhinha mas a língua ainda está boa».
Programa "Mais Oeiras" apresentado em Paço de Arcos
Tal como o "Pinhanços" havia anunciado, decorreu ontem, 5 de Outubro (99.º aniversário da implantação da República), a apresentação formal e oficial do Programa Eleitoral da "Coligação Mais Oeiras", que pode ser lido na íntegra, aqui ->
A sala do ex-restaurante "Arte & Tapas", no Jardim de Paço de Arcos, foi pequena para acolher os muitos militantes, simpatizantes e apoiantes das forças partidárias que integram a Coligação, pelo que muitos tiveram de contentar-se em escutar as intervenções na aprazível esplanada; até porque a chuva que ensombrara a tarde, resolveu por bem parar.
Isabel Meirelles (próxima Presidente da Câmara Municipal de Oeiras) e Pedro Mota Soares (próximo Presidente da Assembleia Municipal), puderam ainda contar com as presenças de Teresa Caeiro (deputada do CDS-PP e Vice-Presidente da Assembleia da República) e de Gonçalo da Câmara Pereira, Vice-Presidente do PPM.
(clicar nas imagens, para as ampliar)
"Mais Oeiras" percorreu o Concelho
Uma longa caravana automóvel, com bem mais de 100 veículos, percorreu no domingo as 10 Freguesias do Concelho.
De manhã, com a presença de Maria da Graça Carvalho (euro-deputada pelo PSD), a comitiva inicou a campanha no Passeio Marítimo e Porto de Recreio, seguindo-se o Bairro dos Navegadores, onde conviveu com os mais jovens e dialogou com alguns residentes, a quem apresentaram as propostas da "Coligação Mais Oeiras".
Ostentando bandeiras do PSD, CDS-PP e PPM, centenas de militantes e simpatizantes quiseram assim mostrar que a "Coligação Mais Oeiras" continua a ganhar adesões espontâneas dos Oeirenses, até à vitória no próximo dia 11 de Outubro.
As imagens valem mais do que palavras, e aí estão, sem provocações nem arruaças:
(clicar, para ampliar)
Não vale a pena andarmos a discutir o problema da competitividade da economia portuguesa se não tivermos coragem de enfrentar, de uma vez por todas, o problema da corrupção. Dizem as Nacões Unidas que somos o país mais corrupto da União Europeia. Provarei, através de uma diagrama da corrupção, que os mercados e, portanto, os países mais corrutos são necessariamente os mais pobres. A corrupção é um verdadeiro imposto encapotado, onde a economia perde mais do que aquilo que ganham os corruptos.
Semanario, 13-12-2002