Segunda-feira, 21 de Setembro de 2009
21 Setembro 2009 - 09h00
Estado do Sítio
Encomenda rosa
O facto é que uns crápulas aceitaram uma enconomenda e cometeram um crime grave de violação de correspondência.
O Presidente da República desconfia seriamente que elementos ligados ao Governo do senhor presidente do Conselho andam a vigiar a Presidência da República há bastante tempo. Por isso mesmo solicitou na semana passada uma busca às instalações de Belém para detectar eventuais escutas. Este facto é grave e levaria em circunstâncias normais o Chefe de Estado a demitir de imediato o Governo e o respectivo presidente do Conselho. Como estamos a poucos dias de eleições, o assunto estará de imediato em cima da mesa caso o partido do senhor Presidente do Conselho vença as Legislativas.
Esta situação é clara para qualquer pessoa e é natural que o assunto seja matéria de interesse público e alvo de naturais investigações jornalísticas. As primeiras notícias sobre o assunto saíram no jornal ‘Público’ e não devem ter sido bem recebidas em S. Bento e no Largo do Rato. Na verdade, o partido do senhor presidente do Conselho anda há mais de um ano a fazer guerra a Cavaco Silva. O primeiro sinal foi o Estatuto dos Açores, em que o senhor presidente do Conselho não respeitou compromissos assumidos com o Presidente da República, uma situação totalmente intolerável tanto do ponto de vista institucional como pessoal. A quebra de confiança entre Belém e S. Bento é irreversível e estará em cima da mesa depois de 27 de Setembro se o eleitorado der a vitória ao partido do senhor presidente do Conselho.
Na sequência destes factos, a máquina socialista pôs-se em movimento e, com a cumplicidade sabe-se lá de quem, teve acesso à correspondência privada do jornal que iniciou a investigação. Esses e-mails foram enviados posteriormente para vários órgãos de Comunicação Social e houve um, por acaso centenário, que aceitou publicar uma parte dessa correspondência privada, tornando-se, a partir desse momento, cúmplice de um crime grave de violação de correspondência privada. Não vale a pena chamar à colação questões éticas ou deontológicas. O que está em causa neste assunto nojento é a acção de um conjunto de crápulas que devem obviamente ser levados a tribunal. Os crápulas que violaram a correspondência e os que a publicaram. Anda muita poeira a voar e a polémica tem vindo a revelar o carácter viscoso de muita gente. O caso é tão simples como isto. Uns crápulas empregados do senhor Oliveira aceitaram uma encomenda e devem ser julgados por terem cometido um crime de violação de correspondência. Ponto final.
António Ribeiro Ferreira, Grande Repórter
21 Setembro 2009 - 02h00
Bónus da REN em 2008
Gestores públicos ganham prémios de 1,4 milhões
Os cinco administradores executivos da REN – Redes Energéticas Nacionais – receberam, em 2008, quase 1,34 milhões de euros em prémios de gestão. Ao todo, no ano passado, a REN pagou à administração executiva, incluindo gestores de outras firmas participadas pela REN, 1,41 milhões de euros. José Penedos, presidente desta empresa de maioria de capital público, diz que "quem responde pelas remunerações das empresas cotadas [em Bolsa, como é o caso da REN] são as comissões de remuneração e não os gestores". O presidente da REN, que foi reconduzido no cargo em 2007 pelo actual Governo, frisa que a empresa registou "o melhor desempenho, em 2008, no PSI 20", índice de referência da Bolsa.
Conheça todos os pormenores na edição de hoje do jornal 'Correio da Manhã'.
10:14 (JPP)
COISAS DA SÁBADO:
PODIA-SE CONHECER POR OUTRA VIA ALGUMAS DAS NOTÍCIAS DADAS PELO JORNAL NACIONAL DA TVI? PODIA, SÓ QUE NÃO É MESMA COISA. Há benefício do infractor? Claro que há. O que é que muda sem o Jornal Nacional da TVI? Muita coisa e em tempo útil, ou seja a tempo de evitar alguns problemas numa campanha eleitoral que se decide por milímetros.
É que não é a mesma coisa dar notícias incómodas para o governo e não as dar. E o Jornal da TVI dava-as e nunca foi desmentido na factualidade dessas notícias. O problema nunca foi o estilo de Manuela Moura Guedes, mas sim as notícias que ela dava. Quem quiser fazer a confusão com o secundário, que a faça. Mas, quantas televisões passariam o DVD de Charles Smith? A RTP com certeza que não. Por razões deontológicas? Duvido, porque quando se trata de matérias que não tem qualquer sensibilidade política não se coíbem de passar coisas bem piores. Por exemplo, a RTP esta semana entrevistou uma criança, a menina que a mãe levou para a Rússia, em violação de qualquer código deontológico. Com certeza o critério de interesse público mais que justificava que se conhecesse o conteúdo do DVD, falsíssimas que sejam as acusações, porque existe e tem um papel central numa investigação policial envolvendo actos públicos. Alguém imagina que a CNN o não passasse, ou a BBC? Os jornalistas da casa fariam um levantamento. Cá, quem dá notícias é penalizado.
É que não é a mesma coisa pegar numa notícia (sobre o caso Freeport por exemplo) e fazer jornalismo de investigação, ir aos arquivos, ver quem são as pessoas (foi assim que se identificou um grupo de pessoas que gravitam sempre à volta de tudo, da Universidade Independente aos processos do concurso e adjudicação da obra da central de tratamento de lixo da Cova da Beira, etc,, etc.), fazer perguntas concretas aos envolvidos (foi o que produziu o “tio” e as suas declarações), tentar obter esclarecimentos adicionais, etc, ou seja, ser proactivo com a notícia, ou dá-la com tantos “alegados” por metro quadrado que mesmo quando aparece o “tio” se imagina o “alegado tio”.
É que não é a mesma coisa colocar uma notícia sobre um caso deste tipo a abrir um telejornal, ou escondida numa parte menor do alinhamento de um telejornal, quando já não se pode deixar de falar disso, como fez no início do caso Freeport a RTP. É a mesma notícia, mas não tem o mesmo impacto, a própria televisão a desvaloriza. E depois evitar a todo o custo discuti-la. Lembram-se do Prós e Contras que foi feito a “pretexto” do caso Freeport? Tudo alcatifado, tudo ao lado, tudo sem as perguntas certas, nem com os intervenientes que podiam dar as respostas mais esclarecedoras. Mais para matar o caso do que para o analisar. Ora, em todas as televisões de uma democracia o caso Freeport, por exemplo, abriria sempre os noticiários, seria objecto de análises exaustivas e efectivamente contraditórias.
O Jornal Nacional da TVI tinha muito espalhafato? Tinha, mas tinha as notícias certas no lugar certo do alinhamento. Foi por isso que acabou.
11:54 (JPP)
EU COMPREENDO, MAS...
Eu compreendo que o Presidente da República, até pelas coisas graves que tem certamente para dizer face aos ataques que lhe têm sido dirigidos, não queira falar em período eleitoral. O que diria perturbaria e muito o período eleitoral. Mas temo que só depois das eleições é que se vá saber demasiadas coisas sobre esta governação e sobre o Primeiro-ministro. E temo que isso seja um fardo muito difícil de gerir, ganhe quem ganhar as eleições. Seja no caso Freeport, seja na questão da eventual espionagem aos seus opositores, seja no ataque à TVI e ao
Público, seja nos múltiplos negócios que estão por esclarecer, da OPA da Sonae à crise do BCP e à interferência da CGD, seja no caso BPN e nos nunca esclarecidos movimentos do dinheiro da Segurança Social, seja na tentativa de compra da PT da Media Capital e etc,. etc. Um etc. demasiado grande.
Vejam como começa o Telejornal da RTP. Percebe-se tudo. Asfixia, de facto, cada vez maior. Imaginem como ficaria Portugal se estes aprendizes de feiticeiros ganhassem as eleições. Pensamento único, líder único, partido único, não no papel, mas na realidade. O resto seria folclore tolerado, como o do PP, que não ameaça a governação; ou como o BE que prepara o acesso ao poder pelas mãos irresponsáveis de Sócrates, Alegre e Soares. Até o dia em que, o país estragado por muitos e muitos anos, se irão embora, deixando os estragos a outros.
ADENDA: e os oráculos também são interessantes. Notícias que pensem hostis ao PSD e à Presidência passam por vários dias...
Abrupto
NOTAS SOLTAS QUASE SEM TEMPO: SITUACIONISMO
ABRUPTO
NOTAS SOLTAS QUASE SEM TEMPO:
O PAPEL DE MÁRIO SOARES E ALEGRE...
...não foi mostrar a "unidade" do PS , mas sim preparar a aliança com o BE. Votar Sócrates hoje significa dar meio voto ao PS e meio voto ao BE.
A FRASE
O Bloco só pode ser um parceiro fiável de um governo se meter algumas das suas ideias na gaveta, especialmente a da nacionalização de sectores estratégicos. Um Governo nacionalizador afugentaria ainda mais o investimento externo, aumentaria a dívida pública e empobreceria o país.
"Armando Esteves Pereira, "Correio da Manhã", 21-9-2009
Eleições legislativas
Ferreira Leite diz que Governo aumentou desemprego ao “abandonar” agricultura 21.09.2009 - 11h29 Lusa
A líder do PSD, Manuela Ferreira Leite, acusou ontem à noite o Governo de ter agravado a situação do desemprego por ter “abandonado” a agricultura e por ter tido um ministro cuja actividade foi “liquidar a actividade que lhe foi atribuída”.
“A agricultura é importantíssima no momento de desemprego em que se encontra o país porque noutras épocas sempre se verificou que sempre que havia um aumento do desemprego era o momento em que aumentava a actividade agrícola porque as pessoas no desemprego se refugiavam no sector agrícola”, referiu a dirigente social-democrata.
E acrescentou: “Agora não tiveram onde se refugiar porque a agricultura está abandonada e porque este governo se deu ao luxo de não ter ministro da agricultura porque não me recordo de algum dia ter havido um ministro a quem lhe é atribuída uma pasta e a sua tarefa fundamental é liquidar a actividade que lhe foi atribuída”.
Ferreira Leite, que ontem visitou uma empresa de produção de vinho no Douro, apontou a região como exemplo do “abandono a que o Governo votou a agricultura e do esforço que os empresários agrícolas e os agricultores têm feito para sozinhos ultrapassarem a situação”. “Não podemos esquecer a agricultura e o sector agrícola, porque ele é uma parte importante da nossa actividade”, salientou.
O fundador do Expresso não tem dúvidas: este Governo seguiu uma estratégia para debilitar e enfraquecer os grupos privados. E o ministro responsável nunca compreendeu nem quis compreender os problemas da comunicação social numa época de rápidas mudanças
PÚBLICO 20-09-2009
Um recado sem mais comentários. Manuela Ferreira Leite ouviu Mário Soares chamar-lhe fanática e irresponsável, não gostou do tipo de linguagem, e passa à frente com desprezo. “Há certos comentários ou certas linguagens, vindas de determinadas pessoas que não me merecem o mínimo dos comentários”, afirmou a líder social-democrata ao ser questionada pelos jornalistas no final de uma visita ao Instituto Politécnico de Bragança
Público - 20-09-2009
Quem se habituou a ler este blog sabe que eu não tenho por hábito comentar assuntos internos do PSD, nomeadamente assuntos relacionados com os órgãos a que pertenço – neste caso, a Comissão Política Distrital de Lisboa. Mas queria deixar aqui uma nota de particular apreço por uma decisão que tomámos ontem à noite, que foi a de aprovar por esmagadora maioria o nome da dr.ª Isabel Meirelles como candidata à Câmara Municipal de Oeiras.
Não estarei a violar o sigilo partidário ao admitir que o processo autárquico em Oeiras não foi fácil. O actual Presidente de Câmara foi militante do PSD muitos anos, e a sua candidatura contra o PSD em 2005 deixou feridas difíceis de sarar. No entanto, o PSD em Oeiras nunca se apagou perante o IOMAF, como outros partidos fizeram noutros concelhos em que antigos militantes seus protagonizaram candidaturas vitoriosas. Teve um bom resultado em 2005, e nunca perdeu de vista o objectivo que deve ser o seu: retomar o património político que construiu desde 1986 em Oeiras, e que não pode ser nunca confundido com uma só pessoa.
A escolha da dr.ª Isabel Meirelles para candidata inscreve-se precisamente nesse propósito: oferecer aos oeirenses uma alternativa credível, confiável e renovada a uma liderança que teve as suas virtualidades mas que hoje se encontra esgotada. E essa alternativa não poderia nunca vir de outro lado que não o PSD: o PS apresenta um sucedâneo mal sucedido da gestão de António Costa em Lisboa, um candidato sem quaisquer créditos fora da vida partidária, e sem particular ligação a Oeiras.
O PSD apresenta uma oeirense com horizontes rasgados, uma mulher com uma personalidade vincada e cativante, uma pessoa que soube afirmar-se na sociedade portuguesa pelo seu próprio valor. Por isso mesmo a dr.ª Isabel Meirelles é a candidata certa para iniciar em Oeiras um novo ciclo de desenvolvimento, que consolide a posição liderante do concelho na Área Metropolitana de Lisboa, competindo a nível europeu e mundial com os mais avançados pólos de excelência económica, social e ambiental.
Estou convicto de que hoje, os oeirenses querem virar a página. O PSD tardou, mas soube fazer a escolha que lhes permitirá fazê-lo com segurança e confiança no futuro.
Temas: isabel meirelles, oeiras
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Quadro de David (1787), “A morte de Sócrates”.
"(...) Somos privilegiados por podermos ler aquela simples e corajosa (senão legendária) "apologia", ou defesa, na qual o primeiro mártir da filosofia proclamou os direitos e a necessidade de livre pensamento, sustentou seu valor pessoal para o Estado e recusou-se a pedir clemência à multidão que ele sempre desprezara. Ela detinha poderes para perdoá-lo; ele desdenhou de fazer o apelo. Foi uma singular confirmação de suas teorias o fato de os juízes quererem pô-lo em liberdade, enquanto a multidão irada votava pela sua morte. Não tinha ele negado os deuses? Maldito aquele que ensinava aos homens mais depressa do que eles podem aprender. Por isso, decretaram que ele deveria tomar cicuta. Seus amigos dirigiram-se à prisão onde ele se achava e lhe ofereceram uma fuga fácil: haviam subornado todos os funcionários que se achavam entre ele e a liberdade. Ele se recusou. Estava com setenta anos de idade agora (399 a.C.); talvez achasse que estava na hora de morrer, e que nunca teria nova oportunidade de morrer de forma tão proveitosa. _ Animai-vos _ disse ele aos amigos que se mostravam tristes _ e dizei que estão enterrando apenas o meu corpo. "Ao acabar de proferir aquelas palavras", diz Platão em uma das grandes passagens da literatura mundial (Fédon, 116-118, na tradução inglesa de Jowett) :
A crónica podia também chamar-se vitória de Pirro, pois a questão que o líder do PS tem pela frente é simples: ou (e nada o indica) tem uma vitória folgada ou sofre um destino de agonia política.
Há um quadro famoso do francês Jacques-Louis David, pintado em 1787, que retrata a morte de Sócrates, o filósofo. No quadro, aquele que é considerado o pai da filosofia ocidental, depois de condenado à morte por razões essencialmente políticas (relacionadas com a derrota de Atenas face a Esparta), discursa convictamente perante os seus discípulos desanimados. Um deles, que lhe entrega a cicuta (o veneno que, de acordo com a lei, o matará), leva uma mão à cara como se não pudesse crer no destino do seu mestre. Sócrates morre convicto das suas ideias, mas desprezado pelos seus concidadãos.
Digamos que a transposição para a actualidade tem pouco a ver. Há a convicção de Sócrates, a sua teimosia, existem os discípulos descrentes do seu destino, mas evidentemente não há cicuta nem a condenação. Mas há uma pergunta: como perdeu o líder do PS tanto apoio em quatro anos? Como chegou a este ponto, de ser o único primeiro-ministro eleito, em Portugal, a ter em dúvida a sua reeleição?
Haverá várias explicações, entre as quais a do seu adversário há quatro anos ter sido Santana Lopes, o que lhe deu muitos votos de mera oportunidade; há as medidas do Governo que provocaram descontentamento; há lacunas de comunicação; há erros políticos, mas há, sobretudo, um exercício do poder que não foi de molde a criar qualquer empatia e um passado, entretanto posto a descoberto, que levanta muitas dúvidas sobre a probidade de alguns dos seus actos.
Sócrates tomou todas as críticas e ataques políticos, incluindo os justos e injustos, como afrontas pessoais. Zangou-se, irritou-se, tornou-se irascível e - enquanto pensou que teria facilmente a maioria absoluta outra vez - pesporrente, arrogante, olímpico.
Agora, e apesar de ter perante ele uma líder do PSD cuja imagem de seriedade não esconde a desadaptação ao tempo que vivemos - demasiado conservadora nos costumes, demasiado convencional e tradicional para agradar a eleitorados jovens - vê-se aflito para construir uma alternativa. Se recuássemos seis meses, veríamos o seu destino actual como o do filósofo: inacreditável.
Claro que o líder do PS não tem tudo perdido. Mas se não tiver uma vitória distanciada do PSD (com mais de meia dúzia de pontos de diferença) terá muitas dificuldades em governar com partidos e líderes com quem levou tão a peito tantas divergências. Será, para citar Guterres na hora da sua demissão, um "pântano", um compasso de espera.
Quando o PS voltar às grandes vitórias, por muito que ele fique na sua história, já não será com José Sócrates à frente.
HENRIQUE MONTEIRO _ EXPRESSO 19-09-2009
José Sócrates é apontado pelos portugueses como o pior primeiro-ministro desde que Portugal entrou na União Europeia. A sondagem exclusiva da Exame/Gemeo-IPAM indica também que Cavaco Silva é o chefe do Governo mais acarinhado dos cinco políticos que governaram Portugal a partir de 1985. Joana Madeira Pereira (www.exame.expresso.pt)
ESTADO DO PAÍS RELATIVAMENTE A COMPROMISSOS ASSUMIDOS FORA DOS ORÇAMENTOS ANUAIS; MAS COM PROJECÇÃO PARA O MUITO LONGO PRAZO
QUADRO DOS CUSTOS COM AS PPP
( Parcerias Público - Privadas )
Não inclui custos adicionais, nomeadamente por modificação unilateral do contrato, atrasos nas expropriações e atrasos nas aprovações ambientais
PPP´s
|
Custo Médio Anual
(milhões)
|
Custo total (milhões)
|
Até ......
|
SCUT´s (portagem virtual)
|
597,1
|
14.332,3
|
2032
|
Auto-Estrada - portagem real
|
12,5
|
138,3
|
2019
|
Concessões rodoviárias
|
377,9
|
11.337.4
|
2038
|
Concessões ferroviárias
|
52,5
|
157,7
|
2011
|
Saúde – ( ** )
|
285,6
|
8.567,2
|
2039
|
SIRESP
|
42,8
|
557,3
|
2012
|
TGV
|
( *** )
|
9.400,0 (****)
|
2030
|
Novo Aeroporto de Lisboa ( *** )
|
4.900.0 (**** )
|
2030
|
(***) Concurso não adjudicado, logo sem encargo calculado
(**** ) Custo de construção previsto e não remuneração da PPP
SEGUNDO O PM E O MINISTRO DAS OBRAS PÚBLICAS, TAMBÉM O MINISTRO DAS FINANÇAS E ECONOMIA, AS CONTAS ESTÃO EM ORDEM! ATÉ 2039, JÁ TEMOS MUITO QUE PAGAR!
Domingo, 20 de Setembro de 2009
Sempre as sondagens
Elas aí estão, apetitosas, as queridas sondagens que fazem as delícias de politólogos, comentadores e analistas que acompanham de forma muito científica as campanhas eleitorais e o comportamento dos cidadãos que vão votar no dia 27.
Nas Europeias ninguém acertou no resultado final. Todas davam a vitória ao PS e o resultado final mostrou que, afinal, o PSD ganhou com uma razoável margem sobre o partido de José Sócrates. Agora, a uma semana das Legislativas, a história repete-se. O PS aparece sempre na frente, embora em muitos casos em empate técnico com os sociais-democratas e em duas ou três já com um confortável avanço sobre o partido de Manuela Ferreira Leite.
Mas, como vivemos num País em que a memória é cada vez mais curta, importa registar todos estes resultados para mais tarde recordar. E lembrar também que há quem não tenha qualquer pejo em publicar sondagens com uma margem de indecisos de 30 %. Isto é, em teoria, qualquer partido, até os mais pequenos, poderia ganhar as eleições. Qualquer pessoa minimamente inteligente percebe que há resultados que interessam mais a uns partidos do que a outros. E qualquer pessoa percebe que a habitual desculpa dos eleitores que enganam as empresas e mudam o voto no dia de reflexão é uma farsa que só os tolos engolem.
António Ribeiro Ferreira, Grande Repórter
20 Setembro 2009 - 00h30
Dia a dia
Publicado por JoaoMiranda em 17 Setembro, 2009
A sistemática deturpação do que Ferreira Leite diz pelos seus adversários só a favorece. Essa deturpação permite a Ferreira Leite defender-se facilmente de ataques, superar as expectativas e mostrar que os seus adversários são uns aldrabões. De cada vez que Ferreira Leite esclarece que as suas posições não são as que o PS lhe atribui, o PS perde credibilidade e Ferreira Leite ganha-a. O eleitor confirma a impressão geral de que o PS não tem nenhum respeito pela verdade, o que reforça a estratégia de campanha de Ferreira Leite.
Publicado por Gabriel Silva em 20 Setembro, 2009
Arquivado em: Comentário, Internacional, Media, Política, Portugal — André Azevedo Alves @ 23:57
Não vi o programa de Ricardo Araújo Pereira na SIC pelo que não sei quantos pontos terá Manuela Ferreira Leite ganho com a sua participação, mas suspeito que esta nova tentativa interferência de Zapatero nas eleições portuguesas vai custar alguns votos ao PS, especialmente tendo em conta a forma imprudente como Sócrates invoca o seu amigo espanhol…
Adenda: Até o habitualmente sensato Luís Amado insiste na questão espanhola. Creio que os estrategas da campanha socialista estão a cometer um grave erro.
Setembro 15, 2009
" Grandes investimentos são modernices de parolos"
Medina Carreira - ex- Ministro das Finanças
" Não é agradável ver um sujeito que fala inglês chamar corrupto ao nosso primeiro-ministro"
Saldanha Sanches - Fiscalista, sobre cassetes do caso Freeport
A líder do PSD considerou hoje que o primeiro-ministro "tem a obrigação" de esclarecer o país e os partidos que se apresentam nas próximas eleições legislativas sobre os números previstos do défice no final de 2009.
Manuela Ferreira Leite, que falava no final da última sessão do "Fórum Portugal de Verdade", desta vez sobre agricultura, defendeu que se José Sócrates não o fizer estará a incorrer numa "falha grave em democracia".
"O primeiro-ministro tem a obrigação, perante o país e a oposição, de esclarecer qual é o montante do défice que ele considera e prevê até ao final do ano (...) tem a obrigação porque vamos entrar num momento eleitoral e os diferentes partidos se quiserem ser sérios e honestos nas propostas que fazem aos portugueses têm que saber aquilo que vão encontrar quando assumirem as suas funções e para fazerem propostas credíveis e realistas, não serem simplesmente anúncios", disse.
Caso o chefe de Governo não o faça, salientou, cometerá "uma falha grave em democracia" já que "as oposições querem ser sérias" e, para o ser, necessitam das "bases de informação" que "o Governo dispõe".
"É ele [o primeiro-ministro] que tem os números na mão e sabe o que fez e aquilo que propõe fazer, os encargos que estão assumidos até ao final do ano, qual a perspectiva do dia 31 de Dezembro de 2009", salientou.
Manuela Ferreira Leite A líder do PSD considerou hoje que o primeiro-ministro "tem a obrigação" de esclarecer o país e os partidos que se apresentam nas próximas eleições legislativas sobre os números previstos do défice no final de 2009.
Manuela Ferreira Leite, que falava no final da última sessão do "Fórum Portugal de Verdade", desta vez sobre agricultura, defendeu que se José Sócrates não o fizer estará a incorrer numa "falha grave em democracia".
"O primeiro-ministro tem a obrigação, perante o país e a oposição, de esclarecer qual é o montante do défice que ele considera e prevê até ao final do ano (...) tem a obrigação porque vamos entrar num momento eleitoral e os diferentes partidos se quiserem ser sérios e honestos nas propostas que fazem aos portugueses têm que saber aquilo que vão encontrar quando assumirem as suas funções e para fazerem propostas credíveis e realistas, não serem simplesmente anúncios", disse.
Caso o chefe de Governo não o faça, salientou, cometerá "uma falha grave em democracia" já que "as oposições querem ser sérias" e, para o ser, necessitam das "bases de informação" que "o Governo dispõe".
"É ele [o primeiro-ministro] que tem os números na mão e sabe o que fez e aquilo que propõe fazer, os encargos que estão assumidos até ao final do ano, qual a perspectiva do dia 31 de Dezembro de 2009", salientou.
«Dívida subiu 20% por causa dos novos medicamentos»
Hospitais
O presidente da Associação Portuguesa dos Administradores Hospitalares, Pedro Lopes, considerou hoje que a subida em 20 por cento desde Janeiro da dívida dos hospitais aos fornecedores de medicamentos acontece devido ao preço dos novos medicamentos
SOL
Legislativas
Paulo Portas diz que só responde a Louçã quando este falar com uma peixeira
O líder do CDS-PP, Paulo Portas, disse hoje que só responde a Francisco Louçã, que o acusou de «racismo social», quando o líder do Bloco de Esquerda falar com uma peixeira
SOL
<input ... > Hoje O provedor do leitor do Público denunciou hoje que a sua correspondência electrónica foi «vasculhada sem aviso prévio» e questiona se a actuação do diário no caso das escutas de Belém não obedece a uma agenda política oculta
“O único medo que sinto é o do regresso ao passado”, diz Sócrates
Endividamento e recessão nos governos PSD 2002 2003 2004 e do PS 2005 2006 2007 2008 2009
Crescimento (PIB (%) 0,8 , 0,8 1,5 0,9 1.4 1,9 0,0 - 3,7
Dívida Pública (% PIB) 55,6 56,9 58,3 63,6 64,7 63,5 66,4 74,6
Dívida Externa (% PIB) 57,0 59,0 64,0 70.0 81,0 91,0 97,0 101,0
Ferreira Leite José Sócrates
Manuela Ferreira Leite deixa respectivamente, + 1,5 - 58,3 - 64,0 %
Sócrates - deixa respectivamente, menos 3,7 - 74,6 - 101,0 %
O GOVERNO DE SÓCRATES DEIXA O PAÍS COM INDICADORES PÉSSIMOS, COMO SE PODE VER ACIMA, TENDO O DESCARAMENTO DE FALAR EM CONTAS EM DIA !!! Houve recessão em 2003 e 2009, mas MFL recebeu de Guterres uma herança muito pesada, em termos de défice.
Disto ele não fala ao país, é certo que não sabe, mas ninguém dentro do PS parece preocupar-se com tal desastre !!! Só estão preocupados com o TGV e os prejuízos para ESPANHA .
a frase
"Nunca pensei que um jornal em Portugal publicasse e-mails internos de outro. (...) Estamos perante um comportamento pidesco"
Vicente Jorge Silva, “Correio da Manhã”, 19-09-2009
A Assembleia da República, em Lisboa, foi hoje o ponto de confluência de centenas de professores — mil, segundo a polícia, e 1500 a dois mil, segundo a Associação de Professores e Educadores em Defesa do Ensino — que antes se tinham concentrado frente ao Ministério da Educação, contra a política educativa do Governo, e ao Palácio de Belém, “contra o silêncio do Presidente da República”. A manifestação, a última antes das eleições, foi convocada por três dos movimentos independentes nascidos da contestação ao modelo de avaliação docente, que deixaram sobretudo um apelo: “Votem em quem quiserem, menos no Partido Socialista de Sócrates”. Um cartaz resumia a ideia: “Se Sócrates se candidatar ao governo do inferno, nós votaremos no diabo”.
PÚBLICO
20 Setembro 2009 - 00h30
A voz da razão
Sócrates ou Cavaco
A notícia do ‘DN’ sobre as escutas em Belém não tem nada de especial: tirando os aspectos deontológicos da coisa, apenas confirma o que o ‘Público’ já sugeria em Agosto. Se existe uma notícia relevante, ela foi publicada ontem pelo ‘CM’: segundo parece, a Presidência entregou aos militares a tarefa de passar a pente-fino os gabinetes de Belém.
Por outras palavras: quem pergunta por que motivo o PR não encaminhou o caso para o Ministério Público, já tem uma resposta. Cavaco também não confia no Ministério Público. O que implica saber em quem confia verdadeiramente Cavaco.
A resposta é evidente: nos portugueses. Ao não desmentir nada, Cavaco volta a confirmar tudo. E, confirmando, apela aos portugueses para que decidam pelo voto se acreditam na gravidade da situação. Dia 27, não é apenas Sócrates quem vai a votos. O silêncio de Cavaco também.
João Pereira Coutinho, Colunista
Luís Miguel Viana 20 Setembro 2009 - 00h30
CM 20-09-2009
Director da agência já foi chamado ao Parlamento por um motivo semelhante
Lusa volta a mudar notícia sobre recessão
"A economia portuguesa recuou 3,7 por cento no segundo trimestre face a igual período de 2008, abrandando a queda do trimestre anterior, que tinha atingido 4,0 por cento, informou hoje o INE", escreveu a agência Lusa no dia 8 deste mês, às 11h22.
Menos de meia hora depois (12h45) a notícia foi corrigida para: "O Instituto Nacional de Estatística (INE) confirmou hoje que Portugal saiu da recessão no segundo trimestre, com a economia a crescer 0,3 por cento face ao trimestre anterior." O caso foi denunciado pelo crítico de TV Eduardo Cintra Torres, no jornal ‘Público’.
Recorde-se que este tipo de ‘correcção’ das notícias por parte da Lusa já levou o seu director, Luís Miguel Viana, a prestar esclarecimentos no Parlamento. Na altura a palavra ‘estagnação’ foi retirada de uma notícia de economia. Luís Miguel Viana não atendeu o telefone até ao fecho da edição.
Bruno Colaço Jornalista recebeu inquérito do regulador 20 Setembro 2009 - 00h56
Respostas à ERC serão públicas
Manuela teme represálias
Manuela Moura Guedes teme represálias da administração da TVI pelas declarações que vai fazer à Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC), disse ao CM fonte próxima da ex-subdirectora de Informação da estação de Queluz.
"Ela enviou um pedido de audição ao regulador e no mesmo dia chegou-lhe uma carta com várias perguntas sobre o fim do ‘Jornal de 6ª’, e só tem cinco dias para responder", conta a mesma fonte. Porém, a jornalista "receia dizer a verdade porque tem um compromisso de lealdade para com a administração da empresa e normalmente todo o processo e respostas dadas à ERC são tornados públicos". O CM apurou que Manuela Moura Guedes deverá agora procurar um advogado do próprio regulador para saber se lhe podem garantir sigilo nas respostas, visto que está obrigada a dizer a verdade. Márcia Bajouco CM 20-09-2009
PEDRO CATARINO Rui Teixeira, de 40 anos, dirigiu o inquérito da Casa Pia e prendeu seis arguidos 20 Setembro 2009 - 00h30
Polémica: Magistrado da Casa Pia com carreira congelada
Juiz vítima de “retaliação política”
A decisão do Conselho Superior da Magistratura (CSM) de congelar a atribuição da nota de ‘Muito Bom’ ao juiz Rui Teixeira até que haja uma decisão final sobre o pedido de uma indemnização ao Estado por parte de Paulo Pedroso, ex-arguido do processo Casa Pia, ressuscitou a questão da "politização" e "partidarização" do órgão de gestão e disciplina de juízes.
A decisão inédita, suscitada por três vogais nomeados para o CSM pelo PS, apanhou muitos magistrados de surpresa, que admitem nunca ter tido conhecimento de um caso semelhante. Até Calvão da Silva, um dos vogais do Conselho que não esteve presente na reunião em que o ‘congelamento’ foi decretado, manifestou-se surpreendido ao CM. "Neste mandato nunca houve nenhuma decisão paralela", limitou-se a dizer, revelando, porém, que na próxima reunião irá pedir esclarecimentos.
São cada vez mais as vozes críticas à actual composição do Conselho – integrado por membros nomeados pela Assembleia da República, Presidente da República e juízes –, mas poucos são os que dão a cara, devido ao dever de reserva que é imposto aos juízes. Um magistrado contactado pelo CM, que solicitou o anonimato, não tem dúvidas de que a decisão de congelar a avaliação de Rui Teixeira se trata de uma "retaliação política", lembrando mesmo que o Conselho também impediu o ex-juiz da Casa Pia, que mandou prender seis arguidos, de depor no processo de Paulo Pedroso contra o Estado como testemunha do Ministério Público. Um processo que está ainda no Tribunal da Relação, que pode demorar anos a estar terminado, mas do qual o ‘Muito Bom’ de Rui Teixeira está agora dependente.
CM 20-09-2009
DESMENTIDO DE MADRID MAL RECEBIDO EM LISBOA
CM 20-09-2009
O desmentido da Prisa sobre o papel de Cébrian no cancelamento do ‘Jornal de Sexta’ de Manuela Moura Guedes foi muito mal recebido na administração da Media Capital. Uma fonte do grupo espanhol fez saber à Lusa que o conselheiro-geral da Prisa nada tinha a ver com assunto e que a decisão tinha sido tomada pela administração da Media Capital, isto é, por Bernardo Bairrão. Acontece que, como o CM noticiou ontem, a ordem irreversível de cancelamento foi dada na terça-feira por Cébrian a Bernardo Bairrão, e este ainda tentou, face à ameaça de demissão da direcção de direcção da TVI e ao terramoto político que a decisão iria provocar em plena campanha eleitoral, adiar para depois das eleições o fim do ‘Jornal de Sexta’. Apenas depois de Cébrian se ter mostrado inflexível o processo seguiu os seus termos, com a direcção de Informação a dizer na quarta-feira Manuela Moura Guedes que ia ser afastada dos ecrãs. O CM contactou a Prisa em Madrid, e o gabinete de comunicação do grupo espanhol referiu apenas que não havia nada a dizer sobre a matéria.
A TVI divulgou ontem novos dados que envolvem um outro primo do primeiro-ministro, Bernardo Pinto de Sousa, e recuperou o DVD onde Smith envolve Sócrates05 Setembro 2009 - 00h30
Investigação: TVI divulga novos dados sobre outlet de Alcochete
Novo primo de Sócrates no Freeport
Uma nova cara, a mesma notícia. O caso Freeport abriu o ‘Jornal Nacional’ da TVI de ontem. Sem Manuela Moura Guedes, foi a Patrícia Matos, uma estagiária, quem coube dar a novidade: há mais um primo de José Sócrates alegadamente envolvido no caso do outlet de Alcochete. Chama-se José Paulo Bernardo Pinto de Sousa, mais conhecido por ‘Bernardo’ ou ‘Gordo’.
A notícia da TVI nasceu com base em depoimentos de dois arguidos do caso Freeport que pediram o anonimato. Os denunciantes falaram à estação de Queluz de um homem mencionado em e-mails apreendidos pela Polícia Judiciária e cujo nome de código terá sido utilizado por Charles Smith e outros intervenientes no negócio.
Já no famoso DVD divulgado há meses pela TVI Charles Smith afirmava ter entregue durante dois anos envelopes com subornos a um primo de José Sócrates que alegadamente os faria chegar ao então ministro do Ambiente.
Num dos e-mails, agora na posse da PJ, datado de 18 de Maio de 2002, e enviado por Charles Smith para o seu sócio na Smith & Pedro, Manuel Pedro, lê-se: "Temos que pedir ao Freeport para enviar 80 mil libras ainda esta semana para podermos pagar ao pinochio algo no dia 31 de Maio, conforme eu combinei com o Bernardo, para não arriscar nada."
Mais tarde, a 15 de Junho de 2002, Smith enviou para Gary Russel, administrador do Freeport, o seguinte e-mail: "Estou preocupado que o protocolo não seja assinado até poder dizer ao gordo que foi feita uma transferência."
As tentativas que a TVI fez para chegar até José Paulo Bernardo Pinto de Sousa saíram falhadas. O primo de Sócrates tem vários negócios em Angola, até onde se desloca com frequência.
Segundo apurou o CM, a peça da TVI só foi montada ontem à tarde, como aliás é hábito na estação quando se trata de reportagens exclusivas, para evitar fugas de informação. Depois do afastamento de Moura Guedes do ecrã, permanecia a dúvida sobre o alinhamento do jornal de ontem, mas foi mesmo a investigação de Ana Leal sobre o caso Freeport a abrir o espaço informativo de sexta-feira.
Zonas de veraneio são descritas como perigosas para turistas20 Setembro 2009 - 02h00
Aviso do Governo britânico
Crime em Portugal assusta ingleses
O Foreign Office do governo britânico – o equivalente ao Ministério dos Negócios Estrangeiros – elevou esta semana o nível de alerta relativo a Portugal devido à criminalidade. Homicídios, roubos e abusos sexuais estão no topo das preocupações do Reino Unido, que recomenda aos mais de 2,2 milhões de nacionais que todos os anos visitam Portugal – são a maior fonte de receitas turísticas – especiais cuidados nas zonas de Lisboa e Algarve.
Saiba mais na edição de hoje do jornal 'Correio da Manhã'.
Comentário : O partido do Governo transformou-se numa máquina infernal. De política tem cada vez mais a "parte má"!
A economia nacional vive, presentemente, em larga escala, do turismo. Quem lê com atenção esta notícia, certamente fica preocupado, pois sabe qual o nível de insegurança que o país atingiu. Mas, mau será, se os portugueses não se interrogarem: " 2,2 milhões de turistas britânicos visitam anualmente Portugal, mas sentem-se inmseguros com o "AVISO" feito pelo seu Governo, para o perigo de visitarem a nossa terra"? Qual será, por isso, o motivo de na campanha eleitoral aparecerem os políticos profissionais do PS, ´tão preocupados com O TGV e os interesses espanhois ignorando os ingleses ? Será por causa do Freeport ?
ESTE EXEMPLO ABAIXO É O NOSSO DIA A DIA :
ETC .........
Sábado, 19 de Setembro de 2009
É preciso "rasgar" a interferência do Estado, por via do governo, na comunicação social, quer dando verdadeira independência a qualquer instância reguladora, quer diminuindo a tutela do Estado de órgãos de comunicação social. Tal não é possível sem a privatização da RTP e da RDP, em todas as suas componentes de órgão de informação, mantendo-se apenas um "serviço público mínimo", quer de carácter cultural e patrimonial, quer no âmbito de emissões que correspondem a objectivos estratégicos do Estado português, como seja a manutenção de uma área de influência lusófona nos PALOP, ou de integração e ligação nacional das comunidades emigrantes. Também nestes casos os objectivos deste "serviço público mínimo" podem ser contratados às estações privadas ou a entidades que se constituam para o garantir. Sem completa independência dos órgãos de comunicação social de qualquer forma de tutela directa ou indirecta (como aquela que permite a golden share em empresas como a PT).
(...)
- É necessário despolitizar de imediato os serviços de informação, em particular os serviços civis, proceder a uma reavaliação de fundo da sua qualidade e produção e estabelecer uma firewall mais eficaz entre o Governo e os serviços, evitando que mecanismos de dependência funcional se politizem, e garantir que se diminua a excessiva centralização do poder de decisão à volta do gabinete do primeiro-ministro.
ABRUPTO
ONDE NASCE A ASFIXIA(Escrito em Julho de 2009 no
Público e que convém lembrar aos "aprendizes de feiticeiros".)
- "É preciso "rasgar" a crescente promiscuidade entre o Estado, por via do governo, e os "grandes negócios", uma tendência que cresceu exponencialmente com o último governo e que atingiu um paroxismo com a situação da crise. Esta tendência é especialmente perversa, abrindo caminho não só a uma indevida influência do governo e do partido do governo, como a uma cada vez maior tendência para fugir às regras de transparência da administração pública, e ao escrutínio parlamentar. É igualmente uma receita garantida para o aumento da corrupção. Esta promiscuidade enfraquece a independência da economia privada e fere a autonomia já de si frágil da sociedade civil.
- É preciso "rasgar" o poder crescente dos muitos aprendizes de feiticeiro que gravitam à volta dos gabinetes governamentais, estabelecendo "pontes" pouco conhecidas e escrutinadas quer no mundo dos negócios quer no mundo da "influência" política. A política deve voltar a ter faces conhecidas e que respondam pelo que fazem, o que significava caminharmos na tradição de alguns países em que os decisores políticos vêm do parlamento e dos órgãos dos partidos. É aí que deve haver um esforço de qualificação e não favorecer o crescimento de uma espécie de segunda linha (na realidade a primeira) que existe entre os assessores, empresas de comunicação, os altos quadros das empresas, escritórios de advogados e muitos "intermediários" com acesso fácil à governação.
ABRUPTO
POLITIQUICE E EPISÓDIOS CHUNGA:
( .... ) O MNE não tem sentido de Estado nem do ridículo. Começou por confessar que a gestão do relacionamento entre Portugal e Espanha era difícil (mas isto diz-se?!? Cabe na boca de um MNE?!?). Evocou uma suposta luta de décadas (?!?) contra o preconceito anti-espanhol que existia no Estado Novo (alguém que lhe ensine um pouco de História, por favor). De seguida defendeu que era preciso cultivar uma boa relação com Espanha e declarou-se depois contra um suposto preconceito nacionalista serôdio, apenas porque uma líder partidária entende que não há dinheiro para o TGV e isso pode ofender os espanhóis e os seus interesses.
MAR SALGADO
POLITIQUICE E EPISÓDIOS CHUNGA:
Manuela Ferreira Leite anunciou as suas intenções relativamente a um determinado assunto, o TGV. Entende que não há dinheiro, logo, não há para já TGV. Até aqui muito simples. Mas os socialistas ficaram muito incomodados com o potencial incómodo dos espanhóis, que assim podiam ver os seus interesses desprotegidos. A isto Ferreira Leite disse o óbvio, talvez com ironia: que não somos uma província espanhola, temos de pensar primeiro em nós e fazer para já apenas aquilo para que temos dinheiro.
Os espanhóis, desde ministros a Zapatero, fartaram-se de proferir declarações sobre o que nós devíamos ou não fazer. Os socialistas portugueses, todos contentes com as ingerências, chamaram logo a atenção para as declarações e os interesses dos espanhóis. Em discurso partidário, o Ministro dos Negócios Estrangeiros, esquecendo-se da importância das suas funções governativas e de que representa Portugal, entendeu por bem tratar uma opção política legítima e defensável (mesmo que não concorde com ela) como uma arma de arremesso ao país vizinho e atear uma fogueira com petróleo e disparates. ( .....) MAR SALGADO
Mar Salgado
Quarta-feira, Setembro 16:
INSURGENTE
Dentro do mercado, perseguido por um pequeno grupo de apoiantes, Louçã cumprimentou os vendedores de frutas, legumes, animais de criação e pão. A poucos metros da peixaria, e num tom de voz mais baixo, disse a Adelino Granja, candidato bloquista à câmara de Alcobaça, que não queria ir àquele espaço. Por isso, quando passou pela entrada que dá acesso à zona do peixe nem sequer olhou para trás, apesar dos acenos das vendedoras.
Questionado pelos jornalistas sobre o facto de ter evitado a peixaria, Francisco Louçã foi rápido na resposta; “Nunca vou.” Porquê? “Por uma questão de princípio”, respondeu. E sustentou: “Porque cria uma dinâmica de espectáculo. Eu quero um contacto com as pessoas, não quero favorecer nenhuma forma de populismo, nenhuma forma de simplicidade na campanha eleitoral.”
Comentário do leitor Cirilo Marinho:
Arquivado em: Política, Portugal — André Azevedo Alves @ 20:30
Olhando para as sondagens, para a postura no assunto “escutas” e para o target da campanha do ps, percebe-se nitidamnete que há acordo entre Socrates e Louça (e que já não será assim tão recente).
Esperemos que os portugueses minimamente atentos depreendam a tempo o ridículo do voto de “protesto” na esquerda revolucionária.
Não deixaria de ser irónico – os comunistas, quando no poder, das primeiras coisas que fazem é acabar… com os votos… e com os protestos.
INSURGENTE
As autoridades inglesas têm provas que confirmam o pagamento de “luvas” no âmbito do licenciamento do outlet de Alcochete, noticia a edição de hoje do “Correio da Manhã”. Tendo em conta as novas informações, o jornal afirma ainda que o ex-presidente do Instituto da Conservação da Natureza, Carlos Guerra, não vai ser o único arguido no processo Freeport a ter de explicar os cerca de 200 mil euros depositados numa das suas contas.
Isto porque a investigação que está a ser conduzida em Londres descobriu vários depósitos em contas abertas em paraísos fiscais britânicos que envolvem alguns dos suspeitos já constituídos arguidos em Portugal. Há também três novas figuras, cujos nomes não são avançados. De acordo com o mesmo jornal, assim que a polícia inglesa enviar as novas provas que agregou ao processo, as autoridades portuguesas deverão constituir mais dois ou três arguidos.
Os depósitos foram alegadamente feitos por Charles Smith, representante da Freeport em Portugal e sócio da consultora Smith & Pedro, contratada para licenciar a superfície comercial de Alcochete. Uma informação a que os procuradores do Ministério Público Paes Faria e Vítor Magalhães terão tido acesso quando há mais de quatro meses estiveram a trabalhar em Londres com a polícia daquele país. Contudo, segundo o "Correio da Manhã" não foram recolhidos movimentos suspeitos nem sobre José Sócrates nem sobre os seus familiares.
Entretanto, no final de Agosto, a Polícia Judiciária recebeu uma nova carta anónima onde o autor garantia que a investigação estava a seguir o primo errado de José Sócrates e que deveria ouvir antes José Paulo Bernardo Pinto de Sousa. O nome deste primo foi também avançado na última sexta-feira pela TVI (o primeiro sem Manuela Moura Guedes) como sendo supostamente “o gordo” referido em alguns emails sobre pagamentos de “luvas”. Contudo, a PJ considerou já a denúncia infundada pelo que não deverá ouvir o primo do actual primeiro-ministro.
Novas provas
Freeport: polícia inglesa confirma pagamento de “luvas” 08.09.2009 - 11h25 PÚBLICO
Legislativas 2009
TGV: Mário Lino fala em mentalidade "salazarenta"
O ministro das Obras Públicas diz que Portugal tem muito mais interesse no TGV do que os espanhóis. Numa altura em que o projecto da Alta Velocidade tem sido um forte tema na campanha, sobretudo por causa das críticas do PSD que acusa o governo de estar a ceder a interesses e pressões de Espanha. É uma crítica que Mário Lino não entende, afirmando que Portugal tem muito mais interesse no comboio de alta velocidade que os espanhóis.
2009-09-16 17:57:38
Publicado por JoaoMiranda em 17 Setembro, 2009
As justificações para o TGV vão ao sabor do momento político. Antes da crise o TGV era um investimento totalmente privado em que o Estao entraria, quanto muito, com uma pequena parcela. Durante a recessão passou a ser investimento público substituto da procura interna para combater armadilha de liquidez. Entretanto, e segundo o governo saímos da recessão sem a ajuda do TGV. O TGV passou a ser uma forma de ajudar à retoma. Às vezes é investimento público, mas ontem Mário Lino já dizia que 50% é investimento privado. Também dizia que o TGV se ia fazer para combater o endividamento e o défice externo (porque alegadamente substitui importações de combustível). Entretanto, nos seus melhores dias, o Primeiro-Ministro consegue dizer que o TGV é para nos ligarmos à Europa ou para sermos modernos. Mas em nenhum momento o governo consegue desmentir o óbvio: o TGV só é viável se for fortemente subsidiado.
Mário Lino diz que concretização do projecto não vai agravar dívida pública
O ministro das Obras Públicas, Mário Lino, garantiu hoje que a concretização do projecto português de alta velocidade ferroviária (TGV) não vai agravar a dívida pública
O projecto de alta velocidade «contribui para combater o endividamento e não o contrário», disse o ministro das Obras Públicas, durante a sua intervenção no Fórum Infra-Estruturas e Transportes, organizado pelo Diário Económico, que decorreu hoje em Lisboa.
Mário Lino destacou o facto de o projecto português trazer para o país «benefícios financeiros, económicos e técnicos».
O ministro explicou que o investimento total no projecto, que ascende a 8,9 mil milhões de euros, «vai ser pago em grande parte pelo próprio projecto» (45 por cento), por fundos comunitários (20 por cento) e pelo Estado português (35 por cento).
«Portanto, estamos a tratar de um projecto cujo pagamento é escalonado ao longo dos anos e é um projecto que gera riqueza, como tem sido dito por toda a gente, mesmo aqueles que hoje combatem o TGV», afirmou Mário Lino, à margem do fórum.
A alta velocidade ferroviária «gera riqueza, dá valor, tem mais benefícios do que custos. Portanto, não é um projecto que agrave o endividamento», disse, acrescentando que o endividamento em «matéria de TGV ao longo destes 40 anos não tem nada a ver com o endividamento público, não conta para esse efeito».
O ministro disse que o país tem parcelas muito importantes nesse endividamento, dando como exemplo a energia.
«Temos de trabalhar muito seriamente para reduzir a nossa dependência económica» ao nível dos combustíveis fósseis, defendeu, salientando que a alta velocidade usa energia eléctrica e vai substituir o transporte rodoviário que usa combustíveis fósseis.
Questionado pelos jornalistas sobre as declarações da presidente do PSD, Manuela Ferreira Leite, sobre o projecto português de alta velocidade, o ministro disse que foram feitas de uma forma que considera «perfeitamente absurda», acrescentando que Portugal vai buscar mais fundos comunitários do que Espanha.
«Entre os dois países, proporcionalmente, quem vai buscar mais fundos comunitários, mesmo para os troços transfronteiriços, é Portugal, não é Espanha», disse."
Lusa / SOL
Comentário: Porque será que o Ministro, que já tanto errou, nunca mais se cala com o TGV. Repare-se bem, sobre o Aeroporto de Alcochete nem uma palavra, mas, sobre o TGV, este homem continua a querer convencer toda a gente que a "OTA" é melhor que "ALCOCHETE" e não tem medo do rídiculo ! Neste caso, ninguém o ouvirá dizer, TGV "jamais". Aqui há gato ! Ou talvez seja só lebre ?
SOL - 18-09-2009
Espero que o PS também considere estes emails como prova suficiente da corrupção no Freeport.
Há uma 'asfixia democrática' como diz Manuela Ferreira Leite?
Há, sem dúvida! Mas já havia no tempo de Durão, de Cavaco, no de Soares e em todos os tempos. O que asfixia a democracia é o peso do Estado.
Há uma condição para sermos livres: sentirmo-nos livres. Isto é verdade em qualquer regime ou latitude. O que há, também, é um preço a pagar por essa liberdade - que vai do insuportável ao insignificante - consoante quem nos governa.
Em Portugal, quando Manuela Ferreira Leite introduz o tema da 'asfixia democrática', tentando colar o Governo de José Sócrates à etiqueta, tem e não tem razão.
Tem razão, porque o Governo de Sócrates, fruto da maioria absoluta, é muito eficaz na asfixia. Não tem razão, porque a asfixia não é um exclusivo de Sócrates; existe e existiu por todo o país.
As pessoas têm medo de falar? Têm! (Quem trabalha num jornal sabe-o perfeitamente). Acham que colocam em risco os seus negócios, empresas ou empregos se fizerem determinadas críticas? É verdade! Os empresários temem perder contratos se forem demasiado cáusticos? Sim!
Porquê? Porque entendem que o poder neste país pode ser usado para fins ínvios. Mas isto é verdade para o Estado central e mais ainda para os governos regionais e autarquias locais. Experimentem ver o que acontece a quem se mete com certos presidentes de câmara...
A verdade é que em Portugal o sentimento de liberdade é tímido e raro. Alguns empresários (Belmiro, por exemplo) dizem o que pensam, apesar de tudo. O mesmo fazem certos políticos. Mas a maioria cala-se. Mesmo na comunicação social vêem-se muitos jornalistas com medo das consequências do que escrevem e dizem. Pessoalmente, sempre actuei com liberdade e penso que ninguém me prejudicou por isso. Sei, também, que ninguém me beneficiou. E este é o outro lado do problema: em Portugal, demasiada gente vive à espera de ser beneficiada, bafejada por um lugarzinho, uma distinção, uma comenda, uma prebenda. Esses são os que se calam! Sempre! Seja Sócrates, seja Durão, seja Santana, seja Cavaco, seja Soares (excluo Guterres, porque penso que ele era diferente, embora o mesmo não possa dizer dos seus ministros). Os únicos que falam são políticos - se for sobre os adversários, claro - e os que nada temem ou porque são assim ou porque nada têm a perder.
Esta atitude geral de chapéu na mão, subserviência, de bovinidade conjugada com o peso excessivo e demasiado poder do Estado, traça-nos o quadro da 'asfixia'.
Seja qual for o Governo que não mude o essencial de certas regras, nada disto melhora. Os mesmos que agora se calam calar-se-ão.
A única forma de quebrar este ciclo é reduzir o poder dos governos e municípios em nomeações, contratos e prebendas. E esperar que nasçam, como estão a nascer, gerações de cidadãos livres.
EXPRESSO 19-09-2009 - HENRIQUE MONTEIRO
SÓCRATES ESTÁ A DIVIDIR O PAÍS AO MEIO, A CAMINHO DE UMA SOCIEDADE, AO JEITO DE HUGO CHAVES !!! SERÁ ISTO QUE OS PORTUGUESES QUEREM ? DEPOIS DE ACONTECER, NÃO TEM RETORNO, O SALAZARENTO É ELE E OS SEUS INTERESSES . SÓ QUE SALAZAR ERA COMPETENTE E SÉRIO, EMBORA, NÃO DEMOCRATA !
http://www.correiomanha.pt/Noticia.aspx?channelid=00000181-0000-0000-0000-000000000181&contentid=3DA202BD-CA37-480B-844F-15DD43ED69C2
Clique amia para ver
A Presidência da República desconfiava mesmo de que estava a ser vigiada por membros do Governo e chegou a pedir aos serviços de informação de carácter militar (que não o SIS) para que fosse feita (...)
Quinta-feira, 17 de Setembro de 2009
O meu amigo Paulo chamou-me a atenção para este post de Ana Cristina Leonardo, que nota como o poema de Ricardo Reis citado por Sócrates na sua entrevista a Raquel Alexandra era, afinal, de Álvaro de Campos. Se fosse Santana Lopes, ou Ferreira Leite, ou Cavaco Silva, a dizer uma coisa destas, o gozo ainda não tinha parado.
http://oinsurgente.org/
(clique acima para ouvir)
Por Carlos Botelho
"O cabeça-de-lista do PS pelo Algarve, João Soares, disse hoje não aceitar "lições de patriotismo" de Manuela Ferreira Leite, "aquela senhora" que, depois de ser ministra das Finanças, trabalhou "ao serviço de um Banco espanhol".
João Soares elegeu hoje como alvo do seu discurso no comício do PS em Faro a líder do PSD, e, sem nunca pronunciar o seu nome, referindo-se invariavelmente "àquela senhora", voltou à polémica em torno do projecto de ligação ferroviária de alta velocidade e dos interesses espanhóis no TGV para acusar Manuela Ferreira Leite de "nacionalismo bacoco".
Comentário :
Não é fácil compreender este amontoado de insultos, sem qualquer sentido. Principalmente vindo de alguém, que mais não tem feito do que se passear pelos corredores do poder, pela mão do papá !!! Será que há interesses feridos ? Mesmo assim, não faz sentido, e é uma atitude, completamente "bacoca" .
Comentário : O senhor tirou a mascara. Diz ele: "Portugal ou se isola ou se agiganta", os portugueses sentem que Portugal se afunda!!
A propósito, qual foi a Reforma Feita por este governo? A redução do valor das reformas, enquanto esbanja os recursos nacionais? Quanto à Presidência da União Europeia, "Porreiro, Pá".
O "preconceito nacionalista serôdio" será aquele que foi levado à LIBIA em honrra de quem assassina mais de duzentos inocentes ? Com aviões militares de permeio? Ou o apoio dado a Espanha, mas sómente, aos socialistas espanhois. Apoiar um país, é respeitar a sua diversidade e não interferir nele! São coisas bem diferentes!!!
Luís Amado Dixit
"Apesar de falar de uma «determinação nem sempre bem compreendida, nem sempre bem explicada», Luís Amado salientou que «Portugal tem apenas duas opções»: ou se «isola» ou se «agiganta». A primeira destas opções, para o dirigente socialista, tem como destino a «decadência». Para a outra, «o país precisa de um timoneiro com coragem e com determinação», frisou.
Numa campanha polarizada na disputa entre PS e PSD, Luís Amado introduziu o espectro mais à esquerda do seu partido. «À nossa esquerda temos uma esquerda pouco responsável, porque não aceita governar, não quer a responsabilidade que os votos lhe conferem», apontou, com a mira fixa no PCP e no BE.
Já no ataque à direita, o cabeça-de-lista por Leiria não dividiu munições. Ainda com a questão do TGV sob pano de fundo, defendeu a necessidade de um «projecto de quem não tem medo do Mundo, não tem medo da Europa, de quem não tem medo de Espanha ou dos espanhóis». E acusou o PSD de ter «desbaratado» a «boa relação com Espanha», cultivada «por todos os Governos, por todos os primeiros-ministros», de «Sá Carneiro a Cavaco, de Cavaco a Barroso». «Este preconceito nacionalista serôdio não queremos que regresse», apontou.
O dirigente socialista acusou ainda o PSD de «capitalizar qualquer descontentamento contra o Governo». Mas, fazendo isto, disse Amado, o partido de Manuela Ferreira Leite está a «cavar a sua sepultura». «Se amanhã ganhar as eleições, não tem força para impor nenhuma reforma», considerou.
José Sócrates, por sua vez, repetiu a fórmulas dos últimos dias e recordou a presidência portuguesa da União Europeia e o papel que desempenhou, ao lado de Luís Amado. «Fizemos uma presidência portuguesa que deixou uma marca na Europa», apontou, dizendo estar confiante na ratificação do Tratado de Lisboa por parte de todos os países do bloco europeu."
Quarta-feira, 16 de Setembro de 2009
(.... ) Vera Jardim criticou no entranto a líder do PSD por ter dito a propósito da decisão sobre o TGV que Portugal não é uma província de Espanha confessando julgar que “era uma linguagem que já estivesse um pouco afastada da política portuguesa” e que veio “levantar fantasmas ultrapassados” sobre as relações entre os dois países
Ibéricos.
Considerando que ao contrário da opinião de Luís Amado, ministro dos negócios estrangeiros, não estão em causa as relações entre os dois países, Nuno Morais Sarmento elogiou a prestação da líder do PSD no debate televisivo com Sócrates, no qual, em sua opinião, “esteve muito bem naquela questão e na maneira como a abordou”, concluindo que tudo o resto é “tentar fazer política” numa polémica “estéril”.
Para o dirigente social democrata “o facto de Manuela Ferreira Leite ter colaborado com um grupo espanhol só reforça a independência e a autenticidade com que diz o que num momento destes, rematando que não existe qualquer excesso ao dizer que “a decisão, numa matéria destas, tomo-a em primeiro lugar considerando os interesses nacionais”. “Aliás, o Engenheiro Sócrates podia ter dito a mesma coisa mas teveo azar de não o dizer”, concluiu.
Para o social-democrata Nuno Morais Sarmento as afirmações de João Soares foram “um excesso e uma indelicadeza” cabendo ao próprio decidir se deve ou não pedir desculpas.
Debate moderado pelo jornalista Castro Moura.
Comentário - Os socialistas, de "recurso", parecem estar de cabeça perdida. Não devemos esquecer que o nosso aliado de sempre tem sido a Inglaterra, e que as suas autoridades lançaram sobre o nosso PM graves acusações sem que até hoje as tenham retirado ! Também não devemos esquecer que Sócrates exibiu-se num estádio, repleto de socialistas, a quem deu o seu apoio. Está no seu direito, mas a oposição, caso ganhe as próximas eleições,também está no seu direito de não se esquecer desse facto, mudando de parceiro económico. Luís Amado e João Soares excederam-se em comentários, inconvenientemente, agora, e também quando se intrometeram noutros países, levando a eles, até, aviões da nossa FA, ou quando tomaram partido de uma das partes, numa guerra civil, num país lusófono, mas independente. Aí, sim, prejudicaram Portugal.
Legislativas: Sócrates vai-se calar sobre TGV e Espanha como fez com casamentos de homossexuais - Pacheco Pereira
15 de Setembro de 2009, 11:14
Santarém, 15 Set (Lusa) -- O cabeça-de-lista social-democrata às legislativas pelo círculo de Santarém, Pacheco Pereira, considerou hoje que o primeiro-ministro se vai calar sobre as relações com Espanha a propósito do TGV "como se calou com os casamentos dos homossexuais".
"Eu estou convencido de que o primeiro-ministro rapidamente perceberá que este tema de campanha que ele pensa que lhe é favorável lhe é altamente desfavorável e se calará como se calou com os casamentos dos homossexuais, com que iniciou a campanha e que depois se calou", afirmou Pacheco Pereira aos jornalistas.
As declarações do historiador e comentador político foram feitas antes de uma reunião com a Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), no Centro Nacional de Exposições de Santarém.
Uma das novidades desta campanha eleitoral foi o se ter iniciado, embora de forma ligeira, a discussão sobre os descontos para um fundo privado de reforma, a par com uma eventual redução das contribuições para a segurança social pública. A discussão sobre a livre escolha da escola para os filhos, bem como do debate, também muito ligeiro, do recurso aos hospitais privados.
Está também a ser muito positiva a discussão sobre os investimentos públicos. Pela primeira vez, um grande número de portugueses questiona se as grandes obras públicas serão a melhor forma para vivermos melhor. Após tantos anos a cair no mesmo erro, podemos dizer que antes tarde que nunca. Ter um partido como o PSD a questionar o investimento público megalómano, em pleno período de crise, não para se menosprezar. Há 5 anos duvido que um partido político em Portugal tivesse este discurso.
A alternativa política constrói-se. E como tudo o que se constrói, leva tempo. A única maneira de deixarmos de falar das nacionalizações e das vantagens de termos o estado a gerir empresas é passando à ofensiva. Esta campanha tem uma agenda imposta pelo PSD. É um pequeno passo, mas foi o primeiro.
Este avanço é demasiado importante para ser ignorado. A partir de agora, e a forma como a política económica do Bloco de Esquerda tem sido questionada é disso um sinal, a agenda política pode vir a ser marcada pela direita, para tal.
INSURGENTE
Arquivado em: Media, Política, Portugal — André Azevedo Alves @ 18:33
Sem ver as imagens do que se passou, é difícil formar uma opinião sobre a proporcionalidade da reacção ao “factor de risco” identificado pelo corpo de segurança pessoal do primeiro-ministro mas, a fazer fé no que é descrito, o PS pode estar perante mais um problema mediático numa campanha que parece cada vez mais desorientada.
Foram dez minutos de enorme confusão, com insultos, empurrões e pontapés. A equipa do programa “Vai Tudo Abaixo”, dos vídeos Sapo (ex-Sic Radical) – quatro homens e um megafone -, arrasou esta tarde com a passagem de José Sócrates no Seixal. Não houve arruada e quase ninguém ouviu o discurso mais curto da história desta campanha. E acabou com os humoristas Nuno (Jel) e Vasco Duarte (a dupla Neto e Falâncio) a caminho da esquadra.
(…)
Rapidamente foram reconhecidos pelos jornalistas, mas não pelo ‘staff’ e seguranças socialistas, que os sinalizaram como factor de risco. A JS recebeu instruções para cercar os dois actores com bandeiras e gritos de de ordem, o corpo de segurança pessoal do primeiro-ministro posicionou-se para os neutralizar e só largos minutos depois chegou o núcleo duro com Sócrates no centro.
(…)
A confusão era enorme. Sócrates era levado para o palco e os actores corriam no meio da massa socialista, saltando canteiros, tentando chegar à frente do palco. Mas foram empurrados, insultados e até levaram alguns pontapés. INSURGENTE
"O próprio primeiro-ministro, antes orgulhoso de ser um animal feroz, veste a pele de um falinhas-mansas, preocupado por ter sido indelicado com os professores ou por não ter explicado bem as políticas do Governo".
José Leite Pereira, "Jornal de Notícias", 16-09-2009
Veja ou reveja a entrevista de Manuela Ferreira Leite ao Gato Fedorento. Na opinião de Ricardo Araújo Pereira, a líder do PSD é uma "senhora divertida". A entrevista bateu um recorde de audiência: foi vista por 1,92 milhões de pessoas, ultrapassando a de Sócrates, que teve 1,35 milhões.Veja o vídeo dentro do texto. Clique para visitar o dossiê Portugal 2009.
Editorial 07/08/09
07 August 09 12:00 PM
Portugal viveu esta semana um momento histórico: um político em exercício de funções foi condenado em tribunal – de primeira instância, é certo. O recurso pode determinar outro desfecho. Mas digo histórico porque o sentimento generalizado da população é o de que existe uma Justiça para pobres e outra para ricos. Ricos, entenda-se, poderosos. Ao longo dos anos habituámo-nos a ver determinadas figuras a serem investigadas, com fortes indícios de corrupção, e absolvidas por falta de provas, ou até sem irem a tribunal. As coisas são ainda mais evidentes quando esses personagens estão no exercício das suas funções. Quem não se lembra de Vale e Azevedo? Foi preciso deixar a presidência do Benfica para ser julgado e condenado, embora esteja a passear livremente em Londres. O papel da Justiça é o de julgar com isenção, independentemente dos poderes políticos, económicos ou de outra ordem, como as sociedades secretas. Sociedades essas que têm membros de todas as profissões. A começar nos juízes e a terminar nos jornalistas...
Isaltino Morais foi condenado a sete anos de pena efectiva. Como é um homem hábil tratou logo de levar a Justiça para a rua, dizendo que não reconhece competência às autoridades para o julgar. Fantástica ideia. O autarca de Oeiras promete avançar com a sua recandidatura à Câmara e garante que é nas urnas que será feita Justiça. Pela minha parte não tenho grandes dúvidas de que o autarca será reeleito. Lembro-me, obviamente, da expressão brasileira. ‘Ele rouba, mas faz’. Independentemente dos crimes de que foi acusado, Isaltino tem a seu favor a obra que fez no concelho. E será por ela que irá ganhar as próximas eleições. Afinal, o povo acha que são todos iguais e que é preferível apostar num que, além do óbvio, faz obra.
Felizmente temos a Justiça que, apesar das tentativas políticas de a ‘abocanhar’, ainda vai fazendo o seu papel. A condenação de Isaltino não é mais do que um grito de esperança... de justiça.
Daí o surpreendente interesse pelos debates televisivos e o mais do que expectável desinteresse pelas arruadas, pelos comícios e por outras acções forjadas e montadas pelos aparelhos partidários – a estas já só vai quem está arregimentado e nada importam ou adiantam aos demais.
Nestas eleições, os debates televisivos são muito mais decisivos do que poderiam parecer à partida. E não apenas cada debate em si, mas a ideia que, do seu conjunto, cada eleitor – lucidamente indeciso – vai formando e consolidando dos candidatos em confronto.
Ora, pelo que se viu até hoje, José Sócrates leva vantagem sobre Manuela Ferreira Leite.
Desde logo porque é primeiro-ministro em exercício. Mesmo os erros – que foram muitos e, para muitos, imperdoáveis – da legislatura que finda não lhe retiram a vantagem de ser quem lá está.
Mas sobretudo porque Sócrates, em televisão e no confronto político, tem vasta experiência e tem jeito para o papel que desempenha quase na perfeição.
O líder do PS é um bom actor político e mediático. Muito melhor, nesta vertente, do que Manuela Ferreira Leite.
Só que, por paradoxal que pareça, essa vantagem pode reverter em desvantagem.
É que a questão, nestas eleições, é muito mais a de saber em quem os portugueses mais confiam para os tirar do belo enredo em que estão metidos, do que a arte e o engenho de actuar na política. Disso está muito boa gente farta.
E, aí, a capacidade de representar, de argumentar, de dar espectáculo, de lidar com as câmaras de televisão e com os telepontos pode bem não ser uma mais-valia em relação à autenticidade e espontaneidade de quem quer ser alternativa.
Só que esse é o problema de Manuela Ferreira Leite: fazer passar as suas ideias, as suas propostas, a sua mensagem... e com autenticidade.
Com excepção do frente-a-_-frente entre Louçã e Sócrates, os confrontos já havidos foram demasiados tácticos e cautelosos para vincar diferenças e valores – o que só beneficia quem está no poder.
Os debates têm sido demasiado neutros. Pouco assumidos. Pouco frontais.
Um bom exemplo contrário deu esta semana Durão Barroso na audiência com o grupo do PSE no Parlamento Europeu.
Barroso não teve problemas em assumir de forma directa e inequívoca o que o separa dos socialistas europeus. E desafiou quem nele quer votar, a fazê-lo pelo que ele é, pelo que ele fez e pelo que ele se propõe fazer. E quem não quiser, a mover-se pelas mesmas razões.
Ao invés, nós por cá continuamos a ter uma campanha a sépia. À imagem do país.
SOL 11-09-2009
Campanha a sépia
11 September 09 12:02 PM
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As extraordinárias audiências dos confrontos televisivos entre os líderes dos cinco maiores partidos (e que caem a pique mal entra em antena o genérico que assinala o final de cada debate) merecem reflexão.
Em primeiro lugar, porque poderiam fazer supor que há um particular entusiasmo do eleitorado com as eleições que estão aí à porta.
Puro engano.
Em segundo lugar, porque poderiam levar-nos a pensar que o eleitorado está especialmente mobilizado em torno dos partidos e dos seus principais protagonistas.
Nada de mais errado.
Em terceiro lugar, porque permitem a leitura de que a campanha eleitoral está em pleno e os portugueses não querem perder pitada.
Absolutamente ao contrário.
Em quarto lugar, porque inspiram a conclusão de que muitos eleitores sabem em quem não querem votar mas ainda não decidiram qual a melhor opção para gerir os destinos do país.
Das hipóteses enunciadas, esta é, sem dúvida, a única acertada.
Na verdade, tirando os políticos de carreira, os indefectíveis militantes e os analistas e estudiosos viciados na política, estas eleições legislativas não empolgam muita gente.
E essa falta de entusiasmo deriva da incapacidade de mobilização cada vez maior dos partidos e dos seus principais agentes.
As campanhas eleitorais tradicionais já não movem ninguém. A propaganda política vale cada vez menos e as operações de marketing também já tiveram muito maior peso.
Mais do que votar numa solução de Governo em que convictamente acreditam, a questão redunda na escolha do que poderá ser o mal menor para o país e para os interesses particulares de cada um.
O tempo é de crise. Não é de festa, nem de espectáculo, nem de acreditar em discursos messiânicos ou promessas vãs.
Desconvençam-se os que pensam que o eleitorado ainda se deixa convencer assim.
SOL 16-09-2009
OCDE
Portugal chegará a 2010 com 650 mil desempregados
A OCDE estima que no final de 2010 o desemprego em Portugal atinja 650 mil pessoas, o que significa que existirão mais 210 mil desempregados do que os contabilizados no final de 2007, segundo um relatório hoje divulgado
Terça-feira, 15 de Setembro de 2009
1917
11 September 09 12:01 PM
CHEGUEI de férias no domingo à noite, abri a televisão de madrugada e o que vi?
Um homem que parecia saído das catacumbas da revolução soviética.
O homem discutia com uma senhora com aspecto de professora primária, que o escutava com ar paciente, como se ele dissesse coisas razoáveis.
O que dizia o homem?
Que tinha sido um erro a privatização da EDP, que no ano passado deu um lucro de 1500 milhões de euros – o qual podia ter revertido a favor do Estado.
Não ocorreu ao homem que, se a EDP fosse do Estado, talvez não tivesse dado um lucro tão grande.
E a senhora também não se lembrou de o dizer.
SOL -11-09-2009
O HOMEM indignou-se depois contra a proposta de baixar a chamada ‘taxa social única’ paga pelas empresas.
Aí a senhora explicou que, numa sociedade de mercado, quem cria riqueza e quem cria postos de trabalho são as empresas – e por isso não podem ser sobrecarregadas com impostos.
Se as empresas não tiverem capital para investir, a produção não cresce e o emprego não aumenta.
O homem discordou: para ele, os empresários são basicamente uns exploradores, a quem é imoral dar facilidades.
O homem condenou depois os hospitais privados, dizendo que são maus, que não prestam, e defendeu a concentração de todos os cuidados de saúde nas mãos do Estado.
A senhora contra-argumentou, lembrando que os ricos recorrem à medicina privada (querendo com isso adiantar que esta não deve ser tão má como o homem afirmava).
Mas o homem não percebeu o alcance da sua observação e começou a disparar noutra direcção, dizendo que isso não podia acontecer e o acesso à saúde devia ser igual para todos.
Publicado por JAS-SOL 11-09-2009
NA PERSPECTIVA do homem, o Estado tem obrigação de dar tudo aos cidadãos: emprego, saúde, crédito favorável, pensões altas, subsídio de desemprego digno, habitação para os carenciados, etc.
Só não se sabe onde irá o Estado arranjar dinheiro para tudo isto.
Às empresas?
Mas como, se os impostos já são tão altos?
Mas de que modo, se muitas delas já vivem com tantas dificuldades – e o homem quer nacionalizar as que dão lucro, passando provavelmente a dar prejuízo (como se viu após as nacionalizações de 1975)?
NO FINAL da discussão, o homem criticou o Governo por ter interferido na TVI, acabando com o telejornal de Manuela Moura Guedes.
O homem não percebeu que, quanto maior for o Estado, como ele defende, mais frequentes serão estes episódios.
Basta olhar à volta: em todos os países onde o Estado tem muito poder a liberdade é condicionada.
E, voltando à economia, todos os países que hoje são ricos não assentaram o seu desenvolvimento no Estado mas no investimento privado.
Publicadopor JAS-SOL 11-09-2009
O HOMEM ainda não percebeu que o problema português através dos séculos sempre foi o excessivo peso do Estado na sociedade.
É aqui que reside o nosso atraso – e, se não o resolvermos rapidamente, se a iniciativa privada não se dinamizar, seremos cada vez mais pobres.
O homem não vê que já passou um século sobre a revolução russa, que já assistimos ao triste espectáculo das suas atrocidades e dos seus erros, resultantes de um Estado monopolista e dominador, que o Muro de Berlim caiu, que em todo o mundo – da Rússia à China, passando por África – já se percebeu que os países só podem enriquecer através do reforço da sociedade civil e não através dos poderes públicos.
O HOMEM teima em não perceber que a liberdade de
que constantemente fala só pode existir se o poder estiver disseminado, se o Estado não for o único patrão, se os empresários tiverem condições para investir e forem acarinhados – e não vistos como salteadores que só pretendem explorar o próximo.
O homem fala em liberdade, fingindo não saber que o modelo económico que ele defende conduziu em toda a parte a sinistras ditaduras.
Publicadopor JAS | SOL 11-09-2009
CARLOS MANUEL PINHO
" Aquilo a que pudemos assistir mostra, sem sombra de dúvida, o descrédito em que a classe política caíu !
É o desnorte completo deste desgoverno que nos tem oferecido quatro anos de demagogia barata, muita parra, pouca uva.
Longueira - Visão 09-07-2009
15 Setembro 2009 - 09h00
Opinião
O preço da reforma
Revisão das leis penais não contribui para melhorar a Justiça Criminal, antes para a descredibilizar.
Dois anos após a apressadíssima entrada em vigor da alteração que o Código de Processo Penal (CPP) sofreu em 2007, o balanço que da mesma deve ser feito é, globalmente, bastante negativo.
Em verdade, essa reforma resolveu poucos dos problemas que realmente existiam e criou muitos mais. Exigiu muito do Ministério Público (MP) e das polícias, mas, como então se adivinhava, estes não beneficiaram de qualquer efectivo reforço dos meios necessários à satisfação do pretendido.
Foi dirigida essencialmente ao MP e à fase processual que dirige – o inquérito, cuja burocratização agravou – pouco alterando as demais, nomeadamente a de julgamento, onde residiam muitas das causas da morosidade. Assim, não aumentou a celeridade do processo.
O ‘novo’ CPP não conciliou a protecção da vítima e da sociedade com as garantias de defesa do arguido, agravando o desequilíbrio a favor deste último (v. g. impedindo o MP de recorrer das decisões do juiz de não aplicação de medidas de coacção), e criou grandes e injustificadas dificuldades ao combate e investigação da criminalidade económico-financeira, grave e violenta (v. g. fim do segredo de justiça, que, contrariamente ao anunciado, em nada acelerou a investigação, apenas permitiu aos arguidos conhecerem o seu conteúdo).
Foi, enfim, uma reforma fantasiosa, completamente desajustada da nossa realidade sociológica e criminal, das reais necessidades do país e dos meios existentes. Faltou um correcto diagnóstico da realidade, uma verdadeira política criminal. Por exemplo, um dos seus pressupostos foi a existência de uma elevada taxa de encarceramento e de presos preventivos, quando, em verdade, em 2007 os valores de Portugal já estavam perfeitamente dentro da média europeia. A pretendida e largamente conseguida redução de presos não era necessária nem tinha qualquer fundamento de realização de Justiça. Foi completamente artificial, servindo apenas para redução de custos com as prisões. Lucraram uns, pagaram outros. Quem? Obviamente, todos os que sofreram na pele o aumento da criminalidade.
Como os magistrados previam que acontecesse e atempadamente alertaram, esta reforma não contribuiu para melhorar a Justiça Criminal, antes para a descredibilizar. Será para esconder estas verdades que, desde Junho, o Governo oculta o Relatório Final do Observatório da Justiça sobre a reforma penal?
Rui Cardoso, Magistrado do Ministério Público
ENTREVISTA COM O JUÍZ António Martins da Associação Sindical de Juízes Portugueses sobre o ESTADO da JUSTIÇA PORTUGUESA :
"O GOVERNO É OPACO"
António Martins acusa o Governo de "opacidade" por esconder os dois últimos relatórios de avaliação à reforma dos códigos penal e do processo penal (que entrou em vigor em 2007) elaborados pelo Observatório Permanente da Justiça. "É inaceitável que a sociedade não tenha os dados necessários para saber se as reformas estão directamente ligadas ao aumento da criminalidade", critica. "E acredito que até 27 de Sembro (data das legislativas) nunca serão divulgados porque seguramente não são favoráveis ao Governo"
Domingo - 13-09-2009
Marinho Pinto, Alberto Costa, Pinto Monteiro e Noronha Nascimento reuniram-se há uma semana15 Setembro 2009 - 00h30
Ordem dos Advogados
Bastonário paga jantar de 300 euros com ministro
A reunião de "alto nível" realizada na Ordem dos Advogados há uma semana, que juntou Marinho Pinto, Alberto Costa, Pinto Monteiro e Noronha Nascimento, acabou também com um jantar de "alto nível" num dos mais caros restaurantes de Lisboa. Já sem o presidente do Tribunal de Justiça, Noronha Nascimento, o bastonário da Ordem dos Advogados, o ministro da Justiça e o procurador-geral da República jantaram no Gambrinus, e a refeição, regada com uma garrafa de tinto ‘Evel Grande Escolha’ de 2004 – que naquele restaurante custa 96 euros –, ascendeu a perto de 300 €, segundo apurou o CM.
Saiba mais na edição de hoje do jornal 'Correio da Manhã'.
" VAMOS IMAGINAR que Pinto da Costa, em lugar da "fruta" mandava um autocarro ao Hotel buscar os árbitros e jornalistas para os levasr e trazer de volta ao Hotel. Imaginemos que o autocarro tinha bebidas frescas e Internet, à borla, para todos. O que diria muita gente, embora ele estivesse a gastar o dinheiro do clube.
Este é um bom exemplo de demonstrar a "Democracia Asfixiante" que ele diz não existir !!!
É só um pequeno exemplo, porqwue há mil e uma maneira de produzir este efeito, curiosamente sem gastar o donheiro do partido, ou o seu.
Expresso 12-09-2009
"Sócrates está mais paciente, mais descontraído, mais dialogante. Por isso, a campanha dos socialistas vai pôr Sócrates a dar beijinhos às pessoas - sem restrições da gripe A -, a fazer vários debates e a subir ao palco para os tradicionais comícios. O PS é, o partido que mais vai gastar, neste tipo de iniciativas. O orçamento de campanha está todo centrado na promoção do líder, muito mais do que há quatro anos.
Para descontrair, o truque de Sócrates será o jogging matinal, embora não vá madrugar. As actividades do PS nunca começarão antes das 11h da manhã.
Tal como na campanha das europeias, o PS tem um autocarro para transportar os jornalistas, que serve também de escritório sobre rodas, com ligações à Internet e frigo-bar."
EXPRESSO 15-09-2009
ESPANHOIS FAZEM "SALDOS" NO TGV
CM _ 15-09-2009
O presidente da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola considerou que a polémica à volta da ligação entre Portugal e Espanha por TGV "não vai ter impacto nas relações comerciais entre os dois países". "Então, as pessoas vão deixar de comprar ou vender produtos só por haver ou não haver TGV? É claro que não tem impacto", garante Enrique Santos à agência Lusa, acrescentando que "toda a questão é um tiro no pé" das relações entre os dois países. Espanha é o maior importador de produtos portugueses, representando mais de 25 por cento de todas as exportações nacionais. No último ano registou-se uma quebra de mais de 20% nos fluxos comerciais entre os dois países, de 10,8 mil milhões para 8,4 mil milhões de euros.
FCC Construcción já construiu mais de 350 quilómetros de linha de alta velocidade e 112 quilómetros de túneis em Espanha 15 Setembro 2009 - 00h30
Polémica: FCC Construcción com preço mais barato entre Lisboa e Poceirão
Espanhóis fazem ‘saldos’ no TGV
A proposta mais barata para a construção do troço entre Lisboa e Poceirão para a alta velocidade foi apresentada por um consórcio liderado por uma empresa espanhola: a FCC Construcción, que lidera o agrupamento TAVE Tejo.
O valor de 1,8 mil milhões de euros apresentado para o total das obras e expropriações fica mesmo abaixo do preço de referência de 1,9 mil milhões estimado pela RAVE, entidade portuguesa responsável pela alta velocidade.
O tema tem dominado a campanha e a líder do PSD não desarma.
Em Cabeço de Vide, distrito de Portalegre, Manuela Ferreira Leite respondeu ao líder socialista: "Estou perplexa por haver um primeiro-ministro que considere que a defesa da independência económica do País seja uma política baixa ou um ataque baixo."
A líder social-democrata garante que não a intimidam facilmente, que está a "defender os elevados interesses do País" e que os "incómodos" de Espanha só lhe dão razão.
Em Beja, José Sócrates centrou todo o seu discurso contra Ferreira Leite: "Dizer que fazemos a alta velocidade apenas para agradar aos espanhóis é um argumento rasteiro." E acusou a presidente social-democrata de ter "uma visão retrógrada" e de isolamento económico.
CM 15-09-2009
Daniel Bessa (www.expresso.pt)
8:00 Terça-feira, 15 de Set de 2009
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As primeiras notícias de melhoria da situação económica apoiavam-se em indicadores muito avançados: variáveis que costumam recuperar mais cedo (por exemplo, pedidos de autorização para construção de novas casas, que sempre antecedem o início da construção, que, este sim, vai gerar PIB e criar emprego).
O aumento do PIB no 2º trimestre em vários países, relativamente ao 1º trimestre, é uma notícia mais convincente. Mas, mesmo aqui, é preciso ter cuidado: o PIB do segundo trimestre beneficia de um efeito sazonal positivo (na Primavera produz-se sempre mais que no Inverno em várias áreas de actividade) que, só por si, pode explicar um aumento de 0,2 ou 0,3%. Se este efeito não foi descontado, e julgo que não foi na generalidade dos países, podemos não estar ainda no início de uma verdadeira recuperação do ciclo económico.
Acresce o efeito de elevados níveis de despesa e de défice público, em todo o lado, que terão de ser reduzidos. Em alguns sectores (por exemplo automóvel) há apoios extraordinários, que terão de ser retirados.
São boas notícias e não julgo que alguém possa ficar triste por terem surgido. Aconselha-se apenas prudência e que se aguardem novos resultados. O emprego, como sempre, e infelizmente, será o último a iniciar a recuperação.
SÓCRATES PREFERE A "DEPENDÊNCIA ECONÓMICA", principalmente se ela assentar em ZAPATERO OU HUGO CHAVES !
Sócrates criticou o ("extraordinário) argumento da "independência económica", utilizado hoje por Ferreira Leite para justificar porque se bate contra a concretização do TGV.
Comentário : Fica orgulhosamente só, um país, na situação de falência a que Sócrates conduziu PORTUGAL !!! É o atraso e a pobreza a que nos conduziu, que nos coloca na situação de " orgulhosamente sós ". Somos o "pedinte" da EUROPA .
Mais endividados, não obrigado . Quanto ao TGV, comecemos pela sua utilização no transporte de carga e, em direcção ao porto de SINES. Façamos deste porto, com condições de profundidade excepcionais, a nossa ligação à EUROPA e ao MUNDO. Quanto a passageiros, os portugueses estão tão empobrecidos, que não viajarão de TGV, quando muito viajarão num qualquer "comboio correio e em terceira classe". E quanto aos turístas eles virão sempre de AVIÃO, normal ou "low cost". Acabemos com as mentiras, este é o orgulho que devemos ter como portugueses.
Segunda-feira, 14 de Setembro de 2009
DR 14 Setembro 2009 - 15h37
Espanha diz que situação geraria crise
TGV: Sócrates acusa visão "retrógada" do PSD (ACTUALIZADA)
O secretário-geral do PS acusou Manuela Ferreira Leite de ter uma visão "retrógrada" e "isolacionista" no que diz respeito ao TGV.
José Sócrates, que falou no final de um almoço em Beja, considera que a política do PSD, ao defender a suspensão do projecto, não tem em conta o papel de Portugal no contexto europeu.
Antes, a líder do PSD tinha considerado que as críticas vindas de Espanha à paralisação proposta para o projecto do TGV lhe 'davam razão” porque confirma os interesses espanhóis no investimento.
“A reacção do Governo espanhol vem dar razão àquilo que eu disse, que há efectivamente interesses espanhóis neste empreendimento', referiu Manuela Ferreira Leite em Cabeço de Vide, concelho de Fronteira.
A porta-voz do PSD afirmou que defende os interesses do País e estranha que isso possa ser entendido como “política baixa”.
Esta foi, por sua vez, uma reacção às declarações do presidente do governo regional da Extremadura espanhola que considera que suspender o projecto do TGV entre os dois países provocará “uma crise entre os dois países”. De acordo com a imprensa local, Guillermo Fernández Vara considera que é complicado assinar um compromisso com um Estado que depois não cumpre.
Já à TSF, o presidente da Câmara de Comércio Luso-Espanhola disse não acreditar que Ferreira Leite deixe cair o TGV.
“Acredito que vai ser uma suspensão temporária porque a doutora Manuela Ferreira Leite compreende o problema e tenho a certeza que considera esta ligação a Espanha e à Europa como muito importante”, disse Henrique Santos.
MAIOR AUMENTO NA CRIMINALIDADE EM 2008
No ano passado o crime violento aumentou 10,7% e a criminalidade geral subiu 7,5%. O que significa o maior crescimento dos últimos dez anos em Portugal.
CM 14-09-2009
CRIMINALIDADE NÃO REGREDIU EM 2009
A criminalidade geral não regrediu no primeiro semestre de 2009. Os dados recolhidos entre janeiro e Maio, pela PSP e pela GNR, revelam que os crimes que mais contribuiram para a tendência da subida foram os crimes com arma de fogo, o carjaking, os assaltos a residências, os roubos a restaurantes, ourivesarias e a outros estabelecimentos comerciais.
CM 14-09-2009
Manuela Ferreira Leite CM -14-09-2009
Alegada influência de Espanha no contexto político português
Imprensa espanhola destaca afirmações de Ferreira Leite
"Portugal não é um província de Espanha" é a frase de Manuela Ferreira Leite destacada este domingo no jornal 'El Mundo' sobre uma suposta influência de Espanha na construção da linha do TGV.
O matutino dá ênfase também à declaração da líder do PSD 'Não me agrada os espanhóis metidos na política portuguesa' e diz aos seus leitores que Ferreira Leite assegurou que caso seja eleita primeira-ministra no dia 27 de Setembro, suspenderá as negociações e os acordos para o comboio de alta velocidade Lisboa-Madrid.
A resposta de José Sócrates sobre esta matéria foi igualmente destacada: 'Portugal tem que decidir se quer a estação do TGV em Badajoz ou em Lisboa. Eu quero-a em Lisboa'.
Também o jornal 'El País' destaca na sua edição o debate dizendo que o tema do TGV foi um dos momentos mais tensos do confronto e realçou as mesmas declarações que o 'El Mundo'.
O diário 'Las Provincias' (de Valencia) deu importância à frase de Ferreira Leite quando esta pediu a José Sócrates para dizer aos seus 'camaradas espanhóis' que não a pressionassem, enquanto que o jornal ABC tinha como subtítulo do artigo: 'Manuela Ferreira Leite não gosta de espanhóis metidos na política portuguesa'.
ATAQUE A ESPANHA PODE RENDER VOTOS ?
"Num mundo globalizado as fronteiras dissipam-se mas não o orgulho e o sentimento pátrio.
Os portugueses não fogem à regra e apreciam quem se impõe. Se os dois países só têm a ganhar com um bom relacionamento, é importante que alguém diga que aqui mandamos nós.
Paulo João Santos - Editor de Fecho
14 Setembro 2009 - 09h00
Estado do Sítio
Adeus, animal feroz
“É natural que o senhor presidente do Conselho se tenha sentido como um peixinho fora de água nestes debates eleitorais”.
As audiências dos dez debates televisivos entre os cinco líderes partidários superaram as melhores expectativas e vieram dar razão aos que sempre defenderam a sua importância nestes tempos conturbados de crise económica e social. Os indígenas mostraram aos políticos que estão atentos e preocupados. Os indígenas sabem que a vidinha está cada vez mais difícil e, naturalmente, querem ouvir muito bem o que os políticos têm para lhes oferecer nos próximos quatro anos. Depois do êxito dos debates é natural que jornais, rádios e televisões apostem forte nestas duas semanas de campanha eleitoral.
E depois do êxito dos confrontos televisivos entre os cinco líderes parlamentares é legítimo esperar que a abstenção no dia 27 seja anormalmente baixa. Razão tinha o senhor presidente do Conselho e secretário-geral do PS quando fez tudo o que podia e não podia para fugir aos debates. É natural. Depois de quatro anos e meio de passadeiras vermelhas, muito espectáculo e muita propaganda, sozinho no palco e com uma poderosa máquina estatal atrás de si, o senhor presidente do Conselho temia o confronto com os adversários políticos em pé de igualdade, algo que detesta genuinamente porque vai contra a sua natureza e o seu carácter. Autoritário, arrogante, convencido, animal feroz, com empresários aos seus pés na busca de negócios chorudos, senhor todo-poderoso de um sítio que deixou mais pobre, mais deprimido, cheio de mentirosos, de larápios e, obviamente, cada vez mais mal frequentado, é muito natural que o senhor presidente do Conselho e secretário-geral do PS se tenha sentido como um peixinho fora de água nestes debates eleitorais.
E, como se viu no sábado à noite, no final do frente-a-frente com Manuela Ferreira Leite, o homem vai andar pelas terras do sítio a lacrimejar, a fazer--se de vítima, a dizer aos indígenas que não passam de uma turba de mal-agradecidos. Sim, porque o senhor presidente do Conselho andou estes quatro anos e meio a pensar unicamente no bem do sítio e dos desgraçados que, para mal dos seus pecados, o têm de aturar. É verdade. Na perspectiva do senhor presidente do Conselho, os indígenas teriam de sair para as ruas a venerá-lo, a agradecer-lhe comovidos o seu esforço, a sua arte, o seu engenho e o enorme sacrifício que andou a fazer nestes quatro anos e meio. Mas pode ser que os indígenas respondam à letra à sua enorme charlatanice e lhe ofereçam umas justas e longas férias, longe da vista e do coração.
António Ribeiro Ferreira, Jornalista
SERIA URGENTE E IMPORTANTÍSSIMO PARA SALVAR PORTUGAL E OS PORTUGUESES
Assim, o deficit público, de 2 e tal por cento em 2008, ou de 7 por cento (em 2009), é uma mentira. E a afirmação de que as contas públicas estão controladas é uma piada cruel e ridícula.
Alguém como José Sócrates, ignorante em assuntos económicos e financeiros, pode olhar para uns números que não percebe e acreditar nas mentiras que lhe são ditas. É mau, mas pior é quando quem lhe mente é o Ministro das Finanças. E o pior de tudo é quererem impor uma despesa pública adicional brutal, em investimentos de vantagens discutíveis e que, com os juros e deficits operacionais, vai arrasar as contas públicas durante muitos anos.
O que o PS (Partido do Sócrates) está a tentar fazer não é apenas uma má opção política. É perigoso.
Infelizmente, não foi nem será feito nenhum debate entre José Sócrates e Manuela Ferreira Leite só sobre Economia. Se fosse e Manuela Ferreira Leite estivesse em boa forma, a questão deixaria de ser sobre quem ganhará as eleições e passaria a ser sobre se a maioria do PSD seria absoluta ou não.
Comentário : Dizer-se, como alguns jornais dizem, que Sócrates ganhou o debate é ridículo e falso, a comunicação social continua a dar cabo deste país. Comparar as duas personalidades em debate, é de muito mau gosto, porque não há comparação possível. Hoje a economia comanda tudo, querer ignorar-se isto, ou manterem-se candidatos que nada percebem de economia, em nada ajuda a resolver os graves problemas deste país. Ouvir-se dizer a um candidato, que não se podem perder duas ou três centenas de milhões de euros dados pela UE, pela construção do TGV, é de pasmar. Principalmente quando Portugal terá de dispender, para tal, milhares de milhões !!! Numa situação económica de crise profunda, com a despesa pública e externa a níveis assustadores e quando é fundamental reabilitar a nossa economia em termos da sua internacionalização, fala-se em investir no TGV somas elevadíssimas, para não se perderem umas centenas de milhares de euros. Se o ridículo matásse ....
CONTAS PÚBLICAS CONTROLADAS ????
João,Blasfémias
O deficit orçamental de 7% em 2009, por si só, não indica que as contas públicas não estejam controladas. Não estão, mas não é o deficit orçamental de 2009 que o demonstra.
Se quase 5% deste deficit se dever à intervenção do Estado na Economia como reacção à crise internacional, essa despesa será transitória. Acaba a crise, os apoios do Estado para a combater deixam de ser necessários e essa despesa desaparece, baixando imediatamente o deficit.
Acontece que ninguém diz isto, o que indica que já está interiorizado que essa despesa extra não é conjuntural mas sim estrutural. E isso é muito estranho.
O que indica que as contas públicas não estão controladas é a forma como se chega aos 2 e tal por cento de deficit orçamental em 2008.
A despesa pública aumentou em todos os anos da Legislatura, tanto em valor absoluto como em percentagem do PIB. Em todos os anos foram realizadas despesas extraordinárias. Em todos os anos a receita fiscal subiu. E em todos os anos, o Estado deixou de fazer investimento público que tinha previsto no Orçamento.
Como as despesas extraordinárias devem ser um expediente de recurso, não podem continuar a ser usadas indefinidamente para melhorar (mascarar?) o deficit público.
A receita fiscal não pode continuar a subir.
E o investimento público não pode continuar a ser reduzido indefinidamente.
Isto significa que o deficit orçamental baixou realmente mas de forma conjuntural e não estrutural (o que seria realmente controlar as contas públicas).
Mar Salgado
Segunda-feira, Setembro 14:
DETALHES:
O PM anunciou
novos ministros em todas as pastas. Lá caiu por terra a lenga-lenga da necessidade de não estar sempre a mudar o pessoal político. A esta declaração sucedeu uma granada de fumo - "não é bem assim e assado"- que não adiantou grande coisa. A ideia é simples: não é bastar sangue novo, quere-se uma transfusão completa.
Um partido no poder apresenta-se como disposto a mudar tudo. Isto tem o seu interesse, pois atribui à promessa de alteração de nomes - não de políticas - um forte valor eleitoral . Já diz bastante sobre a mundividencia e sobre o respeito pelo trabalho de bons políticos.
Há mais. A sede de apresentar uma novidade completa também nos indica o tipo de letra que dá forma à mundividencia. O partido no poder trata os eleitores como adolescentes interessados em cromos novos ou, dada a componente moderníssima da tal mundividencia, em novos
gadgets electrónicos.
Isto perverte o sentido do julgamento de uma equipa governativa. Vamos à luta a dizer que fizemos muito bem, mas prometo-vos que nos despediremos todos. Ou quase todos.
posted by FNV on 11:36 AM # (0) comments
Publicado por Gabriel Silva em 11 Setembro, 2009
Alberto Martins, cabeça de lista do PS pelo Porto, naquele seu estilo de quem diz uma verdade óbvia, mas em que falta sempre consistência com a realidade, afirma taxativamente. «O Governo não vai privatizar a ANA (…) não passa pela cabeça do governo privatizar. A verdade da oposição neste caso, ainda que previsão, é mais uma mentira» (no Grande Porto).
Que se trata de «mais uma mentira» parece bastante claro. Repare-se na Resolução do Conselho de Ministros de 25/07/2007: «...a privatização da ANA—Aeroportos de Portugal, S. A., e a contratação da concepção, construção, financiamento e exploração do novo aeroporto de Lisboa, a localizar na Ota, sejam realizadas através de uma operação única que conjugue aquelas componentes.».
Lá está, «…., é mais uma mentira»….
Publicado por JoaoMiranda em 13 Setembro, 2009
Sócrates repetiu várias vezes ao longo dos debates que “as contas públicas estão controladas”. Esta fantasia é contrariada pela realidade e só possível num mentiroso compulsivo que acredita nas próprias mentiras. Sócrates chega ao fim do mandato com um défice da ordem dos 7%, dívida pública de 80%, peso do Estado na economia de 50%. Este é o mesmo Sócrates que ontem tentou passar a ideia de que só aumentou o IVA e que até já chegou a defender que o PS durante este mandato baixou os impostos. Na verdade, Sócrates aumentou o IVA, o ISP, o imposto sobre tabaco e o IRS. Estes aumentos de impostos acrescem ao aumento do IVA pelo governo CDS/PSD. Ou seja, Sócrates não só não controlou as contas públicas como reduziu a margem para resolver as contas públicas pela via do aumento dos impostos. As contas públicas estão piores do que há 4 anos e a margem para as resolver é menor que há 4 anos
Publicado em Geral
Publicado por LR em 13 Setembro, 2009
Depois da trapalhada de ontem em que Sócrates “despediu” todo o governo no final do debate com MFL, não têm faltado esclarecimentos: desde o comunicado do seu gabinete com a “interpretação autêntica” das palavras do chefe, até às declarações do próprio Sócrates hoje em Arronches (bolds meus), como que prevendo um futuro mais “risonho”:
Não antecipemos decisões pela simples razão que nada está garantido. Não há garantias que seja primeiro-ministro. Vamos primeiro deixar os portugueses votarem e depois haverá um novo Governo, com um novo primeiro-ministro e com novos ministros. Um Governo é sempre um governo novo.
Deus o oiça!
direitos reservados Arguido garante que fraudes fiscais com sucatas continuam 14 Setembro 2009 - 02h00
Sucatas: Estado reclama 105 milhões de pagamentos indevidos em sede de IVA
Gang luso-espanhol desvia 105 milhões
"Cheguei a carregar sucata para Espanha cinco a sete vezes por dia. Mas estou de consciência tranquila. Infelizmente, só através das facturas falsas se sobrevive neste negócio, vai ser sempre assim." A afirmação pertence a António Marques Cardoso, ex-empresário do sector de sucatas e um dos principais arguidos do processo que lesou o Estado em mais de 105 milhões de euros e que depois de amanhã chega a julgamento. António reconhece o esquema paralelo – que leva 57 arguidos ao banco dos réus, por fraude fiscal, branqueamento e associação criminosa – mas garante que todos os empresários do sector o praticam.
Conheça todos os pormenores na edição de segunda-feira do jornal 'Correio da Manhã'.
CM
Manuel Isaac Sócrates classificou de “simbólico” o início de campanha no Interior 14 Setembro 2009 - 00h30
PS:Dia no Alentejo
Ministros geram polémica
O "arranque simbólico" da campanha numa freguesia que votou de forma massiva no PS nas últimas Legislativas foi dominado pela polémica declaração de José Sócrates no debate televisivo com Manuela Ferreira Leite.
"Disse que ia haver um novo Governo e naturalmente haverá novos ministros", rejeitando a ideia de que mudará todo o Executivo. "Vocês sabem o que quis dizer", rematou o secretário-geral do PS, antes de se sentar à mesa na casa do presidente da Junta de Mosteiros (Arronches), Francisco Figueira. Dali, Sócrates partiu para Portalegre onde voltou a frisar o papel do Sistema Nacional de Saúde no seu programa eleitoral. O longo dia só terminou em Évora, com um comício na Escola Severim de Faria.
FRASE DO DIA
"Um Governo saído das eleições é sempre um Governo novo"
José Sócrates PS
COM CHUVA E SEM BATEDOR
Sócrates apanhou chuva e chegou com uma hora de atraso a Mosteiros. "Não está como PM, logo não tem batedor", dizia um homem do staff.
As autoridades estão a tentar compreender o sucedido. Em declarações à rádio TSF o comandante dos bombeiros de Braga, António Cerqueira diz que se trata de vandalismo: 'São actos de vandalismo, colocaram alguns pneus junto à porta da Câmara Municipal e ardeu parte da porta da autarquia'.
CM - 14-09-2009
D.R. Porta do edifício ficou danificada 14 Setembro 2009 - 08h59
Esta madrugada
Braga: Fogo Posto no edifício da Câmara
Esta madrugada a cidade de Braga foi agitada pelo fogo posto no edifício da Câmara Municipal e também em duas dependências bancárias.
Na fachada da Câmara foram colocados três pneus de automóvel a arder o que obrigou à intervenção dos bombeiros enquanto que quer nas dependências bancárias do BCP e da CGD foram colocados dois pneus a arder, sendo que uma delas ficou danificada uma vez que o fogo deflagrou no interior e estragou duas caixas multibanco.
Domingo, 13 de Setembro de 2009
Num dos momentos mais interessantes do debate de ontem, Manuela Ferreira Leite revelou que, graças às reformas de Sócrates, nos próximos 10 anos as pensões vão passar de 70% do último salário para cerca de 50%. Este dado é particularmente interessante. Sócrates tem vindo a defender a superioridade das pensões públicas alegando que, enquanto os fundos de pensões privados jogam na bolsa e podem perder valor, as pensões públicas são garantidas por lei. O que Sócrates se esquece de dizer é que as pensões públicas desvalorizam por lei.
BLASFÉMIAS
Publicado por JoaoMiranda em 13 Setembro, 2009
O logro. Por Adolfo Mesquita Nunes.
http://oinsurgente.org/
(clique acima para ver)
É tão evidente que a entrevista a Carolina Patrocínio ao jornal i foi combinada ao pormenor que vão agora dizer-nos, como é de moda, que é tão óbvio tão óbvio que a coisa foi montada para limpar a imagem da mandatária que vota aos 17 anos que é evidente que ninguém no PS seria tonto ao ponto de aceitar uma entrevista com perguntas combinadas previamente.
E basta ver como as perguntas nunca são consequência das respostas. É uma entrevista estanque, em que a entrevistadora nunca pega em palavras da resposta para, de seguida, fazer uma pergunta. Tudo como se a coisa tivesse sido feita por e-mail.
(…)
Esta entrevista foi um logro. Tal como o socialismo que nos governa.
Arquivado em: Diversos — Maria João Marques @ 16:52
Sócrates não gosta nada da maledicência nem daqueles políticos que passam o tempo a criticar os outros. Tem-se queixado – pobre homem – dos seus opositores até à exaustão (nossa, claro).
Foi por isso que passou todo o debate com Manuela Ferreira Leite a criticar e maldizer as propostas reais ou inventadas do PSD em vez de enaltecer as suas concretizações (de quatro anos e meio) e propostas (para a próxima legislatura).
Vem na linha da lógica imbatível referida pelo Bruno.
INSURGENTE
Setembro 13, 2009
ENTREVISTA COM JUDITE DE SOUSA
( ... )
O 'caso Freeport' é revelador da relação conflituosa que existe entre o poder político e os média.
Foi e é um caso que gerou muito mal estar entre o poder político e a comunicação social. O ambiente ficou muito crispado.
Mas, neste caso, o primeiro-ministro reagiu de forma imediata, ao contrário do que fez com a questão da licenciatura e o caso da Independente. Terá aprendido a lição ao saber usar o tempo dos média?
Na história da licenciatura esteve um mês calado. Um político, quando está no centro do furacão, não pode fazer isso. Nesse caso permitiu a especulação sobre a história, que não era positiva. No 'caso Freeport' reagiu imediatamente, mas em condições comunicacionais que ele próprio definiu. A primeira vez que respondeu em condições que não foram pré-definidas fê-lo na entrevista à RTP, em Abril. Aí reagiu mal. Não o fez de forma distendida, normal e solta.
A partir das eleições europeias mudou de atitude.
Só depois da derrota nas europeias, em que o mundo lhe cai em cima, é que surgiu um homem mais ponderado e distendido. As perguntas têm que ser feitas. A entrevista do primeiro-ministro em Abril foi uma má entrevista, sobretudo como ele disse o que disse. Se no dia a seguir à entrevista as pessoas falam do meu tom agressivo em vez de falarem na entrevista, significa que fiz mal o meu papel.
Não é essa a sua característica.
Durante muitos anos as pessoas achavam que eu era agressiva. Nunca o fui. Os jornalistas não têm que ser agressivos. Devem fazer o seu trabalho com rigor, honestidade, e, sobretudo, com independência e respeito pela verdade. Têm que obedecer à neutralidade, objectividade, credibilidade e à verdade. (.... )
Isso não está em causa.
Está, está. Aquilo que constato é que Sócrates, em situação de entrevista, só foi questionado sobre o 'caso Freeport' nesta casa. Qualquer suspeita que se faça sobre o trabalho dos jornalistas da RTP relativamente ao primeiro-ministro é difamação, inveja ou outra coisa qualquer.
O afastamento de Manuela Moura Guedes nesta altura pode ter consequências nos resultados eleitorais?
Não tenho a certeza disso.
A correr mal, pode acontecer a quem? Ao primeiro-ministro?
Eu perguntei-lhe isso. O que vai determinar o voto dos portugueses é a situação económica do país. Embora os problemas suscitados pela liberdade de imprensa sejam muito caros às pessoas.
Acha aceitável e oportuna a decisão tomada pela administração da TVI de acabar com o Jornal Nacional a menos de um mês das eleições legislativas?
Não sei se foi oportuna. Não conheço a administração da TVI. Vi-os uma ou duas vezes. Não foram muito espertos acabar com o Jornal três semanas antes das eleições. Se fosse assessora deles ter-lhes-ia dito para não o fazerem. (.... )
Encontra alguma semelhança entre este caso e o de Marcelo Rebelo de Sousa quando este saiu da TVI?
Perguntei a Sócrates até que ponto o facto de num congresso do PS ter feito declarações em que se insurgia contra aquele órgão de comunicação social poderia ter influenciado o accionista a tomar esta decisão. Respondeu que não. Que não tinha nada a ver com a atitude dos espanhóis. A pergunta também deverá ser feita aos espanhóis. É preciso perguntar-lhes até que ponto se sentiram condicionados por um ambiente político e em função disso tomaram a decisão. Podemos também admitir que os espanhóis não gostavam do jornal e simplesmente acabaram com ele.
José Sócrates também nunca foi muito simpático consigo nas entrevistas que lhe deu. Sabe qual é a razão?
É por causa do meu marido. Há muito sectarismo e mesquinhice na política. Sou jornalista há 30 anos. Já era a Judite de Sousa antes de ser casada com Fernando Seara. Não admito que ponham em causa o meu profissionalismo e a minha independência por estar casada com um político.
O que a leva a pensar que a antipatia de Sócrates tenha a ver com o seu marido?
Nunca mo disse, mas alguns amigos dele do PS também estão intrigados. Na última entrevista que me deu foi mais simpático, mas fez um grande esforço. Conheço José Sócrates há muitos anos, entrevistei-o muitas vezes quando foi ministro do Ambiente. Na entrevista de Abril tive que lhe fazer perguntas difíceis mas necessárias sobre o 'caso Freeport'. Foi muito agressivo. Até fiquei um pouco zangada. Mas passou-me.
Há até quem ache, e na entrevista que refere as pessoas fizeram essa leitura, que José Sócrates fala consigo como se fosse seu patrão.
Senti que foi agressivo, mal educado, arrogante e toda a gente pensou isso. O Fernando Madrinha escreveu no Expresso que, se estivesse no meu lugar, se tinha levantado e ia embora. A única pessoa em Portugal que disse que eu fui mole com ele foi a Manuela Moura Guedes. Mas como nunca o entrevistou não sabemos como ela se comportaria.
Aconteceu alguma coisa entre o seu marido e o primeiro-ministro que tivesse levado a essa mudança?
Como nunca aconteceu nada entre nós, sou levada a crer que Sócrates deve ser daquele tipo de pessoas que emprenha pelos ouvidos. Quem gravita à sua volta, em São Bento, deve dizer-lhe assim: "aquela Judite de Sousa, casada com o Fernando Seara, que é do PSD, que derrotou a tua madrinha de casamento em Sintra..." (risos) Não encontro motivo ele para ser agressivo comigo e não o vejo a ser agressivo com mais nenhum jornalista.
O que pensa o seu marido sobre isso?
Diverte-se imenso. Há um mês entrevistei o António Costa e ele perguntou-me porque é que o primeiro-ministro embirra comigo. Disse-lhe que deve olhar para mim e ver um homem sem cabelo do PSD (risos). Costa riu-se imenso. (... )
EXPRESSO 12-09-2009
Expresso 12-09-2009 - JUDITE DE SOUSA ENTREVISTADA
Mantém há 12 anos um programa semanal de entrevistas na televisão pública. Conhece de perto a relação do poder político com os média. Sabe bem qual é a importância de uma imagem. A propósito do lançamento do livro "A Vida É Um Minuto" (Oficina do Livro) fala dos protagonistas da vida política. Na RTP diz-se atacada por todos os lados e não poupa críticas ao primeiro-ministro e a Manuela Moura Guedes.
O livro que acaba de publicar é sobre a relação entre a comunicação social e o poder político. Que relação é essa?
Uma relação tensa, que opõe as lógicas do poder às lógicas do contra-poder. É uma relação de amor - jornalistas e políticos actuam no mesmo espaço - e de ódio - em tudo o mais têm interesses completamente antagónicos. Daí falar de uma relação tensa, ambivalente, conflituosa e incompreendida.
Por parte dos políticos.
Os políticos pensam que quando as coisas correm bem o mérito é deles e quando correm mal a culpa é da comunicação social. Veja-se o que aconteceu com o caso Freeport, em que a comunicação social foi apontada pela autoria de uma campanha negra e constituindo-se como um poder oculto.
Já lá vamos. No seu livro diz que os políticos não usam linguagem mediática e não o fazem com transparência. São todos assim?
Há uns que sabem melhor do que outros e têm esse talento natural.
Está a pensar em alguém?
No Francisco Louçã.
Apesar de Paulo Portas conhecer por dentro o funcionamento da comunicação social.
À partida, Paulo Portas teria as melhores condições para saber falar para os média. Talvez por saber como são os bastidores da profissão, isso se tenha virado contra ele.
Este livro levanta questões sobre a comunicação moderna. Mas não conta histórias dos bastidores, que certamente haverá. Espera vir a fazê-lo mais tarde?
Não conto muitas. Não posso.
Não pode porquê? Tem medo de perder alguns entrevistados?
Não seria sério da minha parte estar agora a contar histórias picantes de bastidores. Isso poderia inviabilizar a minha actividade profissional enquanto autora e coordenadora de um programa semanal. Poderia perder a relação de confiança entre mim e os entrevistados. Também não era o objectivo deste livro. A partir de casos da actualidade, procurei reflectir sobre os problemas que se colocam entre os jornalistas e o poder político. (..... )
Asfixia democrática no frente-a frente Sócrates/Ferreira Leite
No frente-a-frente de sábado à noite entre Manuela Ferreira Leite a José Sócrates a Madeira voltou a ser referida.
O tema da asfixia democrática voltou aos debates entre candidatos à Assembleia da República com José Sócrates a recusar a acusação de tentar acabar com a democracia em Portugal e Manuela Ferreira Leite a considerá-lo o principal responsável pela "asfixia democrática" que diz existir no país.
A Madeira voltou ao debate, com José Sócrates a referir-se à política de verdade defendida por Manuela Ferreira Leite para lembrar a candidatura de Alberto João Jardim, que o PS considera "virtual".
EXPRESSO 13-09-2009
Comentário: Portugal está pior do que nunca esteve. Parabéns Manuela Ferreira Leite pela coragem e determinação que mostrou aos portugueses. A asfixia democrática é uma realidade no Portugal de hoje. O clima que se sente neste país, assemelha-se demasiado com aquele que se respira na Venezuela! Clima de medo, acima de tudo. Depois, clima de medo pela precariedade do emprego, pelo receio de cair, como outras centenas de milhares, no desemprego, pela insegurança nas ruas, pela revoltante "arrogância" do PM, ( que às vezes vira Português Suave), por muitas outras coisas mal explicadas ou escondidas dos cidadãos, pelos ataques à família, pelo futuro cada vez mais comprometido, etc.!
Quanto à Madeira não são enxergáveis quaisquer diferenças com os Açores! Também, em qualquer aspecto, são sempre melhores do que as actuais do continente!
Por fim, e em última instância, se na Madeira houvesse alguma coisa, que não há, a responsabilidade seria sempre do actual PM. Ele também é o PM da Madeira, mas, talvez porque se não sabe dar ao respeito, não tem autoridade para se impor. Prefere atirar atoardas do que tomar medidas.Pediu boas maneiras no debate esquecendo-se, que tem sido ele que atiça os seus habituais ministros contra a MFL sempre que fala. Deturpando as suas palavras, pondo na sua boca coisas que não disse, por fim denegrindo-a aproveitando o medo que existe na Comunicação social