Sábado, 31 de Janeiro de 2009

RESCALDO DA IMPRENSA (1)

 

CORREIO DA MANHÃ – 30 Janeiro 2009-01-31
 
                                               APONTAMENTOS
PS Mudou escutas – Se os ingleses pedissem escutas telefónicas a José Sócrates, o pedido teria de passar pelo presidente do Supremo Tribunal de Justiça, quarta figura do Estado, de acordo com a última revisão penal, que entrou em vigor em Setembro de 2007 e foi promovida pelo PS.
 
Igualdade e Políticos – O Procurador Geral da República, Pinto Monteiro, tem feito questão de garantir que “ todos são iguais perante a lei “. No entanto, segundo Cândida Almeida os processos que envolvem políticos, mesmo quando a Procuradoria garante que não há suspeitos, “ têm de ser rápidos.
 
Cândida com Soares – A procuradora Cândida Almeida, que dirige o Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) desde a sua instalação, em 1999, integrou a comissão de honra do candidato pelo PS, Mário Soares, às eleições para a Presidência da República, em 2006. Cavaco Silva venceu as eleições e é o actual Presidente da República.
 
Da licenciatura ao Freeport – Um ano e meio depois, José Socrates voltou a ter necessidade de dar explicações ao País em relação a situações que levantam suspeitas. Antes do Freeport foi a licenciatura em Engenharia Civil, na Universidade Independente. Dois casos diferentes, mas com um dominador comum: Foi também a coordenadora do DCIAP, que agora garante que Sócrates não é suspeito no inquérito ao licenciamento do outlet de Alcochete, que em Agosto de 2007 arquivou o caso da licenciatura.
 
Freitas Aprova - Freitas do Amaral veio defender a aprovação por um governo de gestão da alteração à Zona de Protecção Especial, em contradição com o que escreveu em vários livros.
 
 Cronologia - 7-01-2002 - José Dias Inocêncio toma posse como presidente da Câmara de Alcochete.
                     - 17-01-2002 - A Assembleia da República é dissolvida, na sequência da demissão do primeiro-ministro, António Guterres. Segundo as autoridades inglesas, neste dia josé Sócrates, então ministro do Ambiente, terá reunido com Ian Collidge e Manuel Pedro, da Smith & Pedro.
 
ENCONTRO - Manuel Pedro - Manuel Pedro disse que foi ele que se deslocou ao Ministério do Ambiente para uma reunião onde estiveram Sócrates e Rui Gonçalves, o secretário de Estado, e o presidente da Câmara de Alcochete.
 
Manuel Pedro - O sócio de Charles Smith, exerceu funções como assessor principal na Missão das salinas do Samouco, em Alcochete. Guterres nomeou o suspeito do caso Freeport.
 
UMA FUNDAÇÃO - A Fundação para preservar as Salinas do Samouco foi criada em 2001 e fechou as portas em Abril de 2008 por falta de verbas. O presidente era José Palma.
 
COMÉRCIO DO PEIXE - Actualmente, Manuel Pedro é presidente do Concelho de Administração da empresa SEA- Sociedade Europeia de Aquacultura, S.A., sediada em Alcochete, e cuja actividade é a de comércio por grosso de peixe, crustácios e moluscos, bem como a criação de enguias. 
 
Rui Gonçalves lidera empresas do Ambiente - Rui Gonçalves, secretário de Estado do Ambiente de Sócrates que aprovou o licenciamento do Freeport, é desde Abril de 2008 vogal da Empresa Geral de Fomento, por inerência, assumiu os cargos de presidente do conselho de administração da Valnor, da Rebat, da Resat, da Residouro e ainda de vogal da Valorsul, passando a presidir a partir de Setembro de 2008 à Resistrela. Todas estas empresas da área do saneamento básico foram criadas por José Sócrates quando era ministro do Ambiente. De 2002 a 2005 foi professor convidado da Universidade Independente.
 
 
publicado por luzdequeijas às 22:32
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Sexta-feira, 30 de Janeiro de 2009

A TAMPA DO RALO

 

Há sempre uma explicação : 

 

Eis a explicação para a situação do nosso país!!!!
 

      Durante uma visita a um Hospital de loucos,
Sócrates pergunta ao director qual o critério para definir se um paciente está curado ou não.

      - Bem, diz o director, nós enchemos uma banheira e oferecemos uma colher de chá e uma chávena e pedimos para esvaziar a banheira.

      - Entendi, diz Sócrates, uma pessoa normal escolhe a chávena, que é maior.

      - Não, responde o director, uma pessoa normal tira a tampa do ralo... 
  
  
  
  
 

publicado por luzdequeijas às 12:40
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Quarta-feira, 28 de Janeiro de 2009

FALTA DE ESCRÚPULOS

) Inserido Monday 26 January 2009 15:26

freeport, sócrates
Blogue de andrebarreiros :André Barreiros, Sócrates e o Freeport
O caso Freeport não pode ser relativizado por ter reaparecido em ano de eleições. Antes pelo contrário, devemos aproveitar o “lavar de roupa suja” da família Sócrates, suas ambições e expedientes, para reflectir e decidir se queremos este tipo de gente à frente dos destinos do País e consequentemente responsáveis pelo nosso próprio bem-estar. Revela-se o jogo de interesses, a fraude política, a fibra moral e uma cultura de enriquecimento ilícito incompatível com as aspirações justas e nobres da nossa revolução e Constituição democrática.
O primeiro-ministro José Sócrates bem pode tentar afastar-se da questão. O pequeno oportunista não é primo, é mais “um filho do meu tio”. O tio não é bem tio, é só meio-tio… e o engenheiro é mais hábito que monge…
Felizmente as pessoas não são parvas e já perceberam que o “maior espaço comercial da Europa”, o maravilhoso Freeport que anda às moscas e serviu de base a muita especulação imobiliária; a mega construção autorizada pelo ministro Sócrates a desequilibrar uma zona de grande interesse ecológico e ambiental, numa palavra a “negociata” está ensombrada do normal código corrupto que nos gere há 30 anos.
Em Portugal, toda a obra, todo o investimento, todo o projecto público serve inicialmente para enriquecer de uma série de sanguessugas da sociedade, encher as suas contas offshore e custear luxos; eles não diferentes das que lixam a vida às pessoas sérias e carentes do Mundo; a começar no felizmente afastado Bush, acabando no espírito boçal e provinciano dos que “ainda pensam que o dinheiro compra tudo”.
Agora tudo parece ainda mais grave, com uma Crise económica e financeira de dimensões inéditas, provocada pela ganância e soberba de alguns irresponsáveis que julgaram ser possível viver em luxo, ambicionar o luxo, imobilizar o luxo e viver num conto de fadas iluminadas de superiores qualidades administrativas. Dizem que tudo fizeram “com a melhor das intenções”. Mentira.
Os negócios de Estado servem para alimentar uma elite pseudo-partidária nada ideológica, muito menos socialista, cada vez mais saloia e demagoga. De cada milhão público, gasto ou recebido, gerado ou investido por terceiros, há sempre uma parte destinada às práticas abusivas e insustentáveis da neo-liberalização da administração pública. São pagas luvas e comissões a intermediários e o dinheiro do contribuinte é entregue a empresas privadas sem concurso público ou fiscalização independente. Consultores, assessores e gestores. É tudo deles e acham normal.
Temos um Estado obcecado em entregar riqueza a agentes privados e não se coíbe de lhes entregar como escravos e clientes os mais fracos da Nação; sejam os que sofrem para pagar a saúde, os que fraquejam perante a falta de oportunidades, os ignorantes e dependentes espirituais. É tudo privado e lucrativo, seja a educação do nosso Povo, a subsistência das famílias e saúde dos nossos concidadãos. É fartar vilanagem!
O tio do ministro ficou zangado porque não recebeu benefício líquido de ter promovido um encontro entre um inglês com quatro milhões e o nosso actual primeiro-ministro. O espantoso é que muita gente acharia regular que este típico burguês nacional fosse retribuído por ter servido de mero intermediário na marcação de uma reunião. É assim que grande parte do dinheiro que faz falta às grandes causas nacionais (Saúde, Educação, Segurança) é esbanjado;
; muitos milhões da nossa dívida pública, das derrapagens orçamentais e dos grandes investimentos nacionais vão parar aos promotores da desigualdade social e do crescente fosso entre ricos e pobres.
Esta política velhaca e de interesse corporativo-partidário é o carrapato da civilização moderna. Em Portugal, as carraças da democracia, ora PS, ora  PSD e outras saltitantes, são as ditas famílias do Poder e as suas redes de influência. Soaristas, Cavaquistas, Guterristas, Barrosistas, Socratistas e outros sacristas. Gente que enriquece ilicitamente, exibindo arrogância e insensibilidade, nunca tendo tido a intenção de servir o Estado, somente servir-se do Estado. São os amigalhaços, o primo e o amigo do ginásio; os novos gestores de formação dúbia e amoral que têm ou criam numa hora a empresa mais cotada para servir o País e que dispensa concurso público; são os idiotas da gestão que nunca abdicam do luxo quando chega a hora de despedir trabalhadores honestos; são os imbecis das reuniões de administração onde passam horas a discutir novos modelos de telemóvel, novos carros de empresa, viagens exóticas e ainda assim se julgam merecedores do ordenado que falta para pagar à empregada de limpeza.
Mesmo que o escândalo venha “a calhar” para outros interesses, nunca é tarde para reflectir e encontrar paralelos entre o Freeportgate e tudo mais o que acontece em Portugal desde que a sabujice substituiu o PREC no poder. Quem ganhou com a desconchavada descolonização e com a morte de Sá Carneiro; quem saiu beneficiado com o tráfico de armas, droga e com as guerras dos diamantes e petróleo; quem se aproveitou do Fundo Social Europeu e dos apoios da Europa, quem deu cabo do Serviço Nacional de Saúde, quem passou de funcionário público a fornecedor e traficante de influências.
Mais de trinta anos a encher os bolsos de uma cambada de incompetentes, meros criadores de enriquecimento pessoal e corporativo; não sociais, nem democratas, não socialistas mas sabujos.
André Barreiros  

NOTA - Desabafo do Procurador Geral da República sobre o caso Freeport : "O caso freeport é um caso como tantos. Há setente mil só no DIAP de Lisboa" .

 

Comentário - Se só em Lisboa há 70 mil, quantos haverá no país ? Era interessante saber-se, para se aquilatar do estado da Justiça em Portugal.

publicado por luzdequeijas às 17:36
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ESTUDOS " ENCOMENDADOS "

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Mário Cruz/Lusa  Resultados do estudo forama apresentados pelo primeiro-ministro, José SócratesResultados do estudo forama apresentados pelo primeiro-ministro, José Sócrates
28 Janeiro 2009 - 00h30

Educação: Documento encomendado pelo governo sob fogo

Estudo alvo de contestação

As associações de professores de matemática (APM) e de português (APP) não foram consultadas pelos peritos internacionais independentes contratados pelo Governo para avaliar as reformas introduzidas no 1º ciclo do ensino básico. Também a Sociedade Portuguesa de Matemática (SPM) ficou de fora, criticando as conclusões apresentadas no relatório divulgado segunda-feira.

Nuno Crato, presidente da SPM, critica o relatório encomendado pelo Governo, no que diz respeito aos resultados na disciplina. "Não há instrumentos que permitam saber se o ensino de matemática no primeiro ciclo está melhor. Os exames e as provas de aferição, que o Governo faz, não têm critérios definidos. Esses critérios variam de ano para ano, logo, é impossível dizer-se que está a melhorar", afirmou Nuno Crato ao CM, referindo-se ao documento apresentado anteontem, com a presença do primeiro-ministro José Sócrates e da ministra da Educação Maria de Lurdes Rodrigues, no qual a equipa de peritos diz que "os resultados estão a melhorar em matemática."

Da mesma opinião é Arsélio Martins, presidente da APM. "Parece haver alguma precipitação por parte do Governo. Como professor é muito difícil dizer que já se tem resultados em tão pouco tempo. Dizer que os alunos estão a ter melhores resultados, é um desejo político", disse Arsélio Martins, confirmando que "a APM não teve qualquer participação no estudo".

Em relação ao programa de formação contínua de professores de Matemática, também elogiado pelos peritos internacionais, Nuno Crato é peremptório. "O modelo de formação continua de professores foi amplamente criticado logo no inicio, pois foi dirigido pelos mesmos critérios que levaram a erros em outros anos", sublinhou, garantindo que "a SPM não foi consultada para a elaboração do relatório encomendado pelo Ministério de Educação".

Já Paulo Feytor Pinto, presidente da APP, reconhece qualidade à responsável pelo Programa de Formação em Português, mas garante desconhecer o que está a ser feito no terreno. "As pessoas envolvidas dão garantias de um bom trabalho. Sabemos que está a ser feito alguma coisa no plano de formação continua, mas não sabemos o quê em concreto", referiu Paulo Feytor Pinto.

Para a elaboração do relatório, os peritos internacionais reuniram com a Confederação Nacional das Associações de Pais (CONFAP), mas deixaram de fora a Confederação Nacional Independente de Pais e Encarregados de Educação (CNIPE). Uma decisão contestada por Maria José Viseu, porta-voz da comissão: "Não fomos ouvidos para a elaboração deste relatório e devíamos ter sido. Representamos cinco federações - Lisboa, Beja, Guarda, Viseu e Leiria - e temos tantos associados como a CONFAP".

André Pereira
publicado por luzdequeijas às 16:27
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Terça-feira, 27 de Janeiro de 2009

O ESPÓLIO DA GOVERNAÇÃO SÓCRATES

Assunto: PEDIDO DE AUMENTO

 

O jovem empregado vai à sala do patrão:
- Senhor director, vim aqui para lhe pedir um aumento. E adianto já, que há quatro empresas atrás de mim. 
O patrão, com medo de perder o talento promissor, dobra-lhe o salário.
As empresas só valorizam os funcionários quando eles recebem outras propostas...
- Mas mate-me uma curiosidade, meu rapaz. Pode dizer-me quais são essas quatro empresas?
- Sim, senhor.
 
A da luz, a da água, a do telefone e o meu banco!!!

 

publicado por luzdequeijas às 11:22
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Domingo, 25 de Janeiro de 2009

MERCADO DE ARRENDAMENTO

E se virássemos o conceito do betão, para outro chamado de           " Reabilitação Urbana ", não criaríamos muito mais postos de trabalho, com maior durabilidade ? Não resolveríamos o gravíssimo problema das áreas degradadas nos grandes centros urbanos ? E, não acabaríamos por resolver o grave problema da falta de " Mercado de Arrendamento" ?

Sem endividamento público ? Ou muito menor do que aquele feito com auto-estradas ? Sendo Portugal já o país da UE com mais auto-estradas por Km/2 !

Quem fará, no futuro, a reabilitação das casas vendidas a partir de 1970, a proprietários de poucos recursos ? E, cheios de encargos financeiros, para quem estará na terceira idade ! Sem poder pedir empréstimos bancários. Lá bem no fundo, uma parte da receita arrecadada com o IMI, não deveria servir para este tipo de reabilitação e para a recuperação do património classificado ?

 

Artigo de opinião

Nas últimas décadas deu-se uma verdadeira explosão urbanística no País, concentrada no faixa litoral entre Viana do Castelo e Setúbal e no litoral algarvio. Em pouco mais de 30 anos Portugal fez a transição rural-urbano que os outros países europeus fizeram em mais de um século, opondo um litoral com ganhos populacionais a um interior cada vez mais desertificado.  

A urbanização acelerada da sociedade portuguesa teve efeitos visíveis e deixou marcas profundas na configuração e imagem do território. A expansão urbana registada foi frequentemente caótica e desordenada, evidenciando as inconsistências do planeamento territorial e urbanístico. Também vários factores, como a arquitectura das construções, a articulação com o tecido urbano existente ou a dotação de infra-estruturas básicas, espaços verdes e acessibilidades não foram suficientemente valorizados, em prejuízo da qualidade de vida das populações.

De acordo com o Recenseamento da População e da Habitação, o número de alojamentos tem crescido significativamente, a ritmos muito superiores às carências habitacionais quantitativas existentes a cada momento, (entre 1971 e 2001 foi construído 63% do parque habitacional, sendo que em 2001 existiam, em média, 1.4 alojamentos por família, face a 1.3 em 1991 e 1.2 em 1981).

Ao contrário do que seria expectável, além de continuarem a existir muitas pessoas sem acesso a habitação condigna, este aumento do parque habitacional foi acompanhado pela subida do preço dos imóveis e, consequentemente, do incremento do valor médio dos encargos associados à aquisição de habitação própria permanente, sobretudo para os alojamentos construídos após 1970 (com a generalização da aquisição de casa própria, cresceu muito a proporção de proprietários com encargos financeiros e em situação de endividamento perante as instituições de crédito).

Os alojamentos vagos ocupavam em 2001 uma fatia de 11%, ou seja, representavam cerca de meio milhão num parque de cinco milhões de alojamentos clássicos, encontrando-se concentrados nas construções novas (1996-2001) e nos alojamentos vetustos construídos antes de 1919, sendo estes os mais atingidos pela degradação física, com cerca de 54% (291 mil) a necessitar de reparações.

Apesar destes dados, continua-se a verificar um grande crescimento do solo classificado como urbano (através da alteração dos PDM´s), muito superior ao do próprio parque habitacional efectivamente construído. Aliás, Portugal é o país da Europa que menos reabilita e onde a nova construção tem mais peso, cerca de 90,5% numa média europeia de 52,5%. O investimento em reabilitação urbana é de 5,66% do total dos investimentos em construção, enquanto a média europeia é de 33%.

Tal deve-se, em grande parte, ao facto de não existirem mecanismos legais que regulem o mercado do solo e de habitação, pondo fim aos esquemas de especulação fundiária e imobiliária, sobretudo por via das mais-valias originadas, que se aliam ao actual regime de financiamento autárquico.

Esta apetência urbanística, concretizada ou não em edificações, deve-se ao facto do solo, detendo um carácter patrimonial e não sendo uma mercadoria como outras (cujos valores são sensíveis aos fluxos de produção e consumo), valorizar-se devido a expectativas de "criação de valor" do investimento de capital, que se traduzem numa componente especulativa ou virtual no seu valor final.

É esta componente especulativa de "criação de valor" que dá origem às mais-valias urbanísticas, que podem resultar de:

- Decisões administrativas resultantes dos processos de planeamento, de competência e iniciativa pública, que realizam a alteração de classificação do solo de rústico para urbano ou, no solo urbano, a reconversão de usos, de serviços ou comércio para habitacional, ou ainda o aumento dos índices de construção (mais-valias simples);

- Transformações que ocorrem na estrutura territorial onde o prédio se integra, de iniciativa pública (exemplo, obras públicas) ou privada, sem que neste tenha ocorrido qualquer tipo de melhoramento ou transformação (mais-valias indirectas);

- Eventuais acréscimos de valor entre a venda de um prédio e o montante da sua compra pelo proprietário actual, nomeadamente por benfeitorias realizadas pelo proprietário (mais-valias impróprias).

Ora, o regime jurídico-administrativo português concede o direito de loteamento e urbanização aos privados (desde 1965), bem como a captura privada de todas as mais-valias urbanísticas, mesmo as que derivaram de actos estritos da administração pública (é totalmente omisso nesta questão). Além disso, não prevê a penalização da sub-utilização e da retenção especulativa dos imóveis urbanos e rústicos.

Este quadro legal faz forte pressão para que os particulares procedam ao loteamento dos seus terrenos urbanos (sem que procedam necessariamente à sua edificação) ou retenham os solos rústicos (e também os urbanos) à espera do aumento o valor do solo, levando ao crescimento do negócio altamente lucrativo da especulação fundiária (muito aproveitada por grandes grupos económicos) e a fenómenos de corrupção (em especial nas autarquias). Daqui resultam as profundas desigualdades sociais no acesso à habitação e aos serviços urbanos, bem como a desqualificação territorial e ambiental generalizada. Os resultados são desastrosos para o ordenamento do território e para os custos e a qualidade da habitação e dos equipamentos construídos.

A expansão das áreas metropolitanas para a periferia (num crescimento desarticulado em "mancha de óleo") tem sido expressiva deste fenómeno de apetências urbanísticas, as quais têm levado a um evidente desordenamento do tecido urbano:

- Nas áreas urbanas centrais os agentes de renovação urbana são aqueles que procuram aumentar o valor do solo através da (1) reconversão de usos e do (2) aumento dos índices de utilização.

- Nas áreas periféricas, tendo em consideração que o valor do solo aumenta por proximidade ao centro urbano devido a um acréscimo de procuras adventícias que competem nos usos expectáveis e instalados, os agentes são, de modo geral, (1) os proprietários rurais, que aguardam a subida do preço do mercado dos seus terrenos para os venderem ou lotearem, deixando-os frequentemente ao abandono para proporcionar a máxima disponibilidade para transacções de oportunidade, (2) os proprietários intermédios, que encaram o solo como um bem de aplicação de capital, comprando e retendo o solo rústico, geralmente sem lhe darem utilização, para depois o venderem com grandes lucros, e (3) os promotores, que são quem efectivamente faz pressão para que se realize a transformação do solo de rústico em urbano para operações de loteamento e/ou obras de edificação e frequentemente adquirem áreas superiores àquelas onde pensam intervir, na tentativa de controlar a oferta.

É preciso uma Lei de Solos que atribua primazia ao princípio do interesse público e da função social da propriedade fundiária, efectivando o controlo e programação pública do uso do solo, bem como que as mais-valias urbanísticas resultantes de meras decisões administrativas sejam públicas. É preciso também contrariar a visão expansionista dos espaços urbanos com uma perspectiva de planificação e reabilitação urbana, que articule de forma equilibrada e sustentável todo o tecido urbano e o torne um espaço de qualidade para ser vivido e partilhado pelas pessoas.   

Rita Calvário

 

publicado por luzdequeijas às 21:31
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AGORA É PIOR

Criado segunda-feira, 17 de Dezembro de 2001
Última actualização quarta-feira, 14 de Novembro de 2001
 
Miguel Madeira
A decisão de Guterres foi comunicada ao país depois de uma reunião de emergência da direcção socialista

Vitória histórica do PSD
Resultado Autárquico Força Demissão de Guterres
Por Ana Sá Lopes
17.12.2001
 
 

Os sociais-democratas conseguiram obter ontem uma vitória histórica e a hecatombe do PS levou o primeiro-ministro a anunciar a sua demissão. O país está mais bipolarizado: PCP e PP a sofreram pesadas derrotas.

António Guterres anunciou ontem que vai pedir ao Presidente da República a sua demissão do cargo de primeiro-ministro, para evitar que o país "caia num pântano político". A decisão foi comunicada ao país depois de uma reunião de emergência da direcção socialista, quando estava já adquirida que a derrota do PS nestas autárquicas assumia uma dimensão de hecatombe política.

Aguarda-se agora o que fará Jorge Sampaio, que já afirmou que só se pronunciará sobre a crise política depois de formalizado em Belém o pedido de demissão de António Guterres. Ignora-se agora se o primeiro-ministro admite recandidatar-se, sendo que vários dirigentes do PS saíram ontem da sede nacional do Largo do Rato com a convicção de que Guterres não estaria disponível para ser de novo candidato a primeiro-ministro. Durão Barroso já avisou o país de que "não haverá vazios de poder" e que "o PSD sabe interpretar a responsabilidade do voto que hoje se verificou".

A opção extrema de António Guterres foi tomada depois de ver o PS ser ultrapassado pelo PSD como o grande partido autárquico português, já quando era líquido que bastiões decisivos como Lisboa e Porto, importantes como Coimbra ou Faro e simbólicos como Sintra ou Setúbal tinham fugido das mãos do PS - e em todos os casos (à excepção de Setúbal, reconquistado pelo PCP) passado para a tutela do PSD.

O primeiro-ministro não pôde evitar a leitura nacional dos resultados, num momento em que o PSD, que começou a cantar vitória pouco depois do fecho das urnas, se afirmou preparado para a assumir-se como alternativa de Governo e pediu ao Presidente da República e ao próprio António Guterres para retirarem as ilações respectivas.

A dimensão nacional do terramoto torna difícil a explicação da derrota do PS baseada apenas numa variável: ao desgaste do Governo somam-se gestões autárquicas desastradas e/ou arrogantes e o prenúncio do fim do aparelho do PS tal como foi acarinhado pela dupla António Guterres-Jorge Coelho. A erosão socialista conseguiu a proeza de levar à liderança de autarquias tão importantes como o Porto, Coimbra ou Sintra personalidades do PSD que não estavam à partida à espera de prosseguirem as suas carreiras políticas como presidentes de câmara: Rui Rio, Carlos Encarnação e Fernando Seara são surpreendentes exemplos de até onde o desgaste do PS pôde chegar.

A vitória inesperada do PSD no Porto - que Rui Rio dedicou ao povo da "mui nobre e leal cidade invicta" - é a de uma candidatura imposta por Durão Barroso contra o líder da distrital portuense, Luís Filipe Menezes. O próprio Menezes foi obrigado a reconhecer que se tratava de uma vitória pessoal de Rui Rio e de Durão Barroso.

Mas foi Durão Barroso, evidentemente, o grande vencedor da noite. Os resultados nacionais do PSD não o colocaram numa posição diminuída perante a histórica vitória de Santana Lopes em Lisboa (que converteu o PSD, pela primeira vez em 25 anos de poder local, no partido mais votado na capital do país), suspensa quase até à contagem da última freguesia lisboeta. Aliás, ainda estava em aberto o resultado de Lisboa e já Durão Barroso, na sede nacional do PSD, afirmava: "Conto com o dr. Pedro Santana Lopes, a partir de amanhã, a trabalhar comigo para um novo futuro para Portugal". A euforia de que pode estar iminente um novo ciclo de poder social-democrata era visível em todos os discursos sociais-democratas e foi com Santana Lopes a seu lado que Durão Barroso afirmou ir aguardar a decisão do Presidente da República "com tranquilidade e confiança", uma vez que "o país sabe que existe alternativa".

publicado por luzdequeijas às 17:50
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LEMBRAM-SE ?

O curso do discurso


Segundo alguns órgãos de comunicação social, a grande novidade do discurso de António Guterres na Doca de Faro teria sido o anúncio da sua candidatura às próximas eleições legislativas. Se assim foi, trata-se, em primeiro lugar de uma novidade sabida e, em segundo lugar, da única novidade desvendada em todo o discurso.
Na verdade, é difícil acreditar que alguém estivesse à espera de Guterres ir à Doca de Faro anunciar a sua intenção de avançar para a presidência da Comissão Europeia e também não se afigurava credível a hipótese de o líder do PS omitir essa questão no seu discurso. Ou seja: o que era previsível, inevitável mesmo, foi o que aconteceu. De resto, o curso do discurso foi o previsto e esperado: o engenheiro Guterres não disse nada de novo. Repetiu-se na super valorização da política de direita que tem vindo a praticar e na exposição das qualidades e virtudes do seu governo. Ao fim e ao cabo, repetiu-se e repetiu, na Doca, o que o então Primeiro Ministro Cavaco Sikva disse, repetidas vezes, no Pontal.

Foi assim que ouvimos pela enésima vez as referências à "confiança", ao "desenvolvimento", à "solidariedade", à "estabilidade" e assistimos, até, à insólita repescagem do mais que estafado "pelotão da frente". Foi assim, igualmente, que ouvimos o Primeiro Ministro discorrer sobre uma realidade virtual, sobre um país que só existe no seu discurso. Foi assim que ouvimos o engenheiro Guterres falar de Portugal como se Portugal não fosse, na União Europeia, o país onde os salários são mais baixos, onde o salário mínimo nacional é o mais baixo, onde as pensões e reformas são as mais baixas - como se Portugal não fosse, na UE, o país onde é maior o fosso entre ricos e pobres, e como se esta realidade não resultante da política de direita que quer o Ps quer o PSD têm vindo a praticar.
Neste discurso a dois que já entrou na sua segunda década e que tem, como traço comum essencial, complementar o auto elogio com a solene afirmação de fé de que "é preciso fazer ainda mais e melhor", talvez Guterres tenha superado Cavaco no número de referências a esta seguna parte. O que em nada favorece, antes pelo contrário, o actual Primeiro Ministro.

Como para Cavaco, também para Guterres a "estabilidade" é uma espécie de menina dos olhos - significando tal coisa para ambos terem as mãos livres para fazerem o que quiserem.
É uma evidência que as repetidas alusões de António Guterres à "estabilidade", estão a anos luz de distância do pressuposto de que a verdadeira estabilidade é a que decorre da resolução dos problemas e dos anseios da maioria dos portugueses e do respeito pelos seus direitos e interesses. Na realidade, quem se prepara para avançar com avançar com alterações à legislação laboral que configuram uma das maiores machadadas de sempre nos direitos dos trabalhadores, pensa numa determinada "estabilidade": numa "estabilidade" ao serviço do grande capital, numa "estabilidade" que permita ao grande patronato intensificar a exploração dos trabalhadores. Da mesma forma que quem avança com um processo de privatizações que entrega aos grandes grupos económicos, a preços de saldo, todas as empresas públicas rentáveis, em muitos casos utilizando métodos e práticas de mais que duvidosa transparência - é nessa "estabilidade" que está a pensar.
Assim, a "estabilidade" invocada pelo engenheiro Guterres é, acima de tudo, um semear de ventos que, mais tarde ou mais cedo, o obrigarão a colher as inevitaveis tempestades.

A total ausência de novidades - sempre em similitude com o discurso laranja - ficou igualmente patente na abordagem do Primeiro Ministro à questão do Orçamento de Estado. Ouvindo-o, no sábado passado, dir-se-ia estarmos a ouvi-lo há um , há dois, há três anos. "Não dramatizando", como é seu hábito, ameaçou que, caso se forme na Assembleia da República uma "coligação negativa que desvirtue a proposta governamental", "vai mesmo dramatizar". Se assim for, "que cada um assuma as suas responsabilidades" - desafiou, dialogante e conciliador. E sempre sem "dramatizar", sempre garantindo que "não faremos chantagem com os portugueses", considerou que "é legítimo exigir que os três partidos da oposição, tão diferentes entre si, não façam uma coligação negativa para desvirtuar a Orçamento de Estado", lembrando que na discussão dos orçamentos de 96, 97 e 98 "tivemos oportunidade de provocar uma ruptura, as sondagens davam-nos maioria absoluta, e não o fizemos"...
É claro que Guterres sabe que a aprovação do Orçamento de Estado - hoje como no passado - é tarefa da exclusiva responsabilidade dos partidos defensores da política que esse Orçamento serve, oe seja, do PS, do PSD e do PP. E sabe também que o PCP nunca foi nem será ajudante de um governo - seja ele laranja, ou rosa, ou de qualquer outra cor ou mistura de cores - que aplique essa política de direita.

Finalmente, e pensando bem ... novidade, mesmo novidade, houve uma na Doca de Faro: a substituição de Vangelis por Quim Barreiros como referência musical do PS. O seu a seu dono.


publicado por luzdequeijas às 17:35
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Quarta-feira, 21 de Janeiro de 2009

GRUPÚSCULOS

 

 

“ PS/Porto contesta Augusto Santos Silva

 
A concelhia do PS/Porto , dirigida por Orlando Gaspar , enviou uma violenta carta a Augusto Santos Silva , questionando a capacidade de o antigo ministro da Cultura e da Educação para redigir a nova declaração de princípios dos socialistas.
A reacção de Orlando Gaspar surge na sequência de uma entrevista de Santos Silva ao « Jornal de Notícias » , na qual classificou como “embaraçosa” e “deslocada” a homenagem que o PS/Porto prestou recentemente a António Guterres.
Nessa entrevista , o antigo ministro sustentou que o gesto foi ridículo , o que provocou a reacção enérgica de Orlando Gaspar , directamente visado nas declarações . “(... )V. Ex. não foi capaz de entender o significado do acto simbólico da oferta de uma lembrança a um camarada que não esquecemos e que para nós é e será sempre uma enorme referência e a quem quisemos manifestar também a grandeza da condição humana “, escreveu Gaspar .
As críticas do PS/Porto vão mais além e são mais contundentes : “ Quem não é capaz de respeitar os seus camaradas , as estruturas a que pertence , os gestos embora simples mas decididos em conjunto , revelando um feroz espirito de casta que despreza os valores que temos vindo a afirmar , pode ser digno de lhe outorgarem a notabilíssima tarefa da redacção da Declaração de Princípios do PS , questiona Orlando Gaspar , deixando bem claro que para ele a resposta é negativa , apesar de Augusto Santos Silva ter sido apontado por Ferro Rodrigues , secretário-geral dos socialistas.
 A fechar a carta , o tom mantém-se igualmente violento : “ A esta interrogação , outras se vão seguir , autodisciplinando-nos tanto quanto possível no sentido de não dizermos publicamente o que de ridículo achamos em actos praticados pelo dr. Santos Silva ; não queremos descer a esse patamar .”   DN - 2002
publicado por luzdequeijas às 18:07
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GOVERNO DE GUTERRES

“ SOB SUSPEITA “

 

“ Ontem perguntava aqui , em que país, estamos nós ? Hoje já quase nem me atrevo a responder . Depois das tremendas afirmações que Jorge Ferreira fez no Sábado . Disse então ele : “os políticos indígenas gozam de uma impunidade total , assegurada por um sistema regido por interesses inconfessáveis , por uma rede de cumplicidades ( suponho que secretas ) e pelo medo .Pelo medo , reparem . E disse mais . Disse que o Ministério Publico e o poder judicial sabem de ilegalidades e de crimes a que fecham voluntariamente os olhos , para que tudo prescreva e essas ilegalidades e esses crimes tenham êxito . O “ polvo de interesses” acrescenta J F , não abrange apenas ( ao contrário do que muitos pensam )o PS e o PSD , o que obviamente indica que abrange também os outros partidos e as altas instituições do Estado . As próprias comissões parlamentares de inquérito só servem para branquear o Governo (hoje o do Guterres ,ontem o do impecável Cavaco ) . J. F. apresenta a título de prova o patético comportamento dos deputados socialistas na investigações das privatizações à Mundial Confiança e do Tota e , principalmente , do escândalo da JAE . Escuso de insistir na gravidade destas coisas . Mas convém perceber que a prazo nenhum regime sobrevive sob esta espécie de suspeita “.       DN- Vasco Polido Valente

publicado por luzdequeijas às 16:42
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Imprensa Dominante à Esquerda

Uma questão política “, covém recordar.

Se poucos erros palmares existiram durante o “ cavaquismo “ , o principal foi sem dúvida o modo como o centro-direita se despojou da sua influência nos média e vendeu aos seus adversários internos e externos a corda com que seria enforcado .
 
Se a SIC e a TVI , criadas com a bênção do consulado social-democrata foram os canais televisivos mais implacáveis com os governos de Cavaco , já a criação do “ Império da Lusomundo “ , redundou num genuíno Alcácer – Quibir já que a direcção e linha redactorial dominantes dos diários do grupo foram oferecidas de bandeja pelo coronel Silva às sinecuras socialistas do jornalismo .
 
A vitória do PSD nas últimas eleições, a qual se fez paradoxalmente contra a própria imprensa dominante, não foi, todavia, acompanhada por uma estratégia certeira para a comunicação social, pois um sector da liderança ainda acredita que “ la donna e mobile “ e que se pode vir a inclinar ainda para o seu lado .
 
A reacção da linha dominante da imprensa nos primeiros “ cem dias “ da actual coligação esmaece todas essas ilusões .
 
Para quem não queira ver , o “ estado de graça “ governativo foi morto à nascença por uma “fatwa “ dos fazedores de opinião ; o primeiro-ministro foi reduzido ao estatuto de um fantasma ; Manuela Ferreira Leite foi transformada na « bruxa malvada do Oeste » ; Morais Sarmento transmutado no “Calvin” do Executivo ; o Governo foi crismado de inepto e trapalhão ; os críticos internos do PSD foram brindados com um palco público de luxo ; e o “ Bloco de Esquerda “ erigido a consciência colectiva .
Importa , pois , que o PSD entenda , uma vez por todas , o que Portas já entendeu . Ou o centro-direita decide lutar no terreno da comunicação social pelo espaço próprio a que em termos de representatividade democrática tem direito , apoiando quem deve apoiar , ou será a sobredita “ comunicação social das causas “ a acabar com o centro-direita .                                                     
No tempo presente , a comunicação social de massas encontra-se maioritariamente privatizada e os grupos e interesses económicos que a possuem estão desde há muito acomodados ao “ pacto tácito “ de não influírem na linha editorial , contanto que a sua influência comunicativa no campo económico fique garantida . 
No seu entendimento foi sempre preferível manter uma orientação de esquerda na imprensa que controlam , para agradar aos imprevisíveis socialistas , estejam eles no Governo ou na oposição , já que os partidos do centro-direita “ estão no bolso “ e constituem um parceiro tácito e adquirido quando alcançam o poder .
Importará talvez que a coligação no poder , eventualmente através de um exemplo que faça doer , relembre a uma certa plutocracia descuidada e pouco grata que nada está verdadeiramente adquirido e que não existem valsas dançadas senão a dois .”
INDEPENDENTE -    12 Julho 2002
publicado por luzdequeijas às 16:16
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Segunda-feira, 19 de Janeiro de 2009

“ Triângulo Fatal “

HÁ um triângulo fatal na política portuguesa . Os partidos estão num dos vértices , noutro estão as empresas e no terceiro ficam os negócios . Partidos , empresas , negócios . Os partidos necessitam do dinheiro das empresas para sobreviverem . As empresas precisam dos partidos para fazerem negócios . Os negócios beneficiam em simultâneo partidos e empresas . Nenhum dos lados existe sem os restantes , numa relação por vezes desigual , como na geometria , mas indissociável . Este ensinamento simples , que se aprende nos primeiros anos da escola , constitui também o bê-á-bá- da vida política . De tão elementar que é , passa por vezes ao rol dos conhecimentos vulgares , logo esquecidos .Mas há sempre um momento em que é necessário avivar a memória para certas verdades inquestionáveis , elementares , simples como a sucessão dos dias . A proposta de abolição das portagens na Auto-Estrada do Oeste é um desses momentos .

Da longa polémica que antecedeu a apresentação e a aprovação dessa medida na Assembleia da República (AR) já muito foi dito e escrito . O Governo sofreu uma importante derrota , de consequências imprevisíveis caso a proposta de lei passe no Tribunal Constitucional , para onde certamente o Presidente da República a enviará . De certa forma , pode dizer-se que o Governo está , neste caso , a colher uma tempestade dos ventos que semeou , quando aboliu as portagens na CREL e em Ermesinde . Mas esse facto é importante não para acentuar a luta política que está subjacente ao que se passou na AR , mas para analisar a manifestação surpreendente de existência do esquecido triângulo fatal . Nessa altura , quando o Governo tratou de cumprir uma promessa eleitoral de duvidosa racionalidade empresarial , o caso manteve-se na esfera da política . As grandes construtoras ficaram de fora , não se manifestando . Desta vez , no entanto , essas empresas fizeram ouvir a sua voz . Uma voz crítica da abolição das portagens do Oeste .
Sabemos que assim é porque Manuel Monteiro veio a público denunciar pressões de grandes empresas de obras públicas . Alguns terão ameaçado cortar os financiamentos ao Partido Popular , caso este mantivesse a decisão de votar favoravelmente a abolição das portagens . E sabemos também que assim é porque o responsável de uma dessas empresas criticou o PSD pelo mesmo motivo , em declarações a um jornal diário .
Acontece que a empresa desse gestor concorre à concessão da chamada brisinha do Oeste , que vai receber o troço com portagem agora sob polémica . Neste caso o interesse é evidente. Nos outros, denunciados por Manuel Monteiro, a motivação deve ser semelhante. Estas empresas manifestam-se porque os seus interesses estão em jogo . Se a lei entrar mesmo em vigor , todo o processo de construção de novas auto-estradas fica posto em causa . E as empresas perdem trabalho , numa altura em que já é visível uma diminuição da carteira de grandes obras públicas . Tudo isto é verdade , tudo isto se entende . 
È verdade que o futuro pode ser sombrio para as empresas do sector , entende-se que as empresas estejam preocupadas . O que também é verdade é que há aqui algum «atrevimento » dessas empresas , quer na pressão política subterrânea quer na manifestação pública da critica partidária . O que também se entende é que há aqui uma evidente demonstração da confusão entre negócios , política e financiamentos dos partidos .
Das duas uma . Ou as perspectivas dos negócios são piores do que imaginamos , o que pode levar as empresas a alguns actos menos próprios ; ou os partidos estão mais dependentes dos financiamentos das empresas do que se pensa . Em qualquer dos casos esta promiscuidade entre política e negócios , entre partidos e empresas , é tudo menos salutar para o eficaz funcionamento da democracia e da economia . Não se trata só de um problema de aparências . Trata-se sobretudo de um problema de regras de funcionamento do sistema . Existe promiscuidade quando não é claro onde acaba a política e começa o negócio , e onde começa o negócio e acaba a política . Sendo evidente que os dois se cruzam , partidos e empresas têm de aceitar de forma muito clara que nem a política pode interferir nos negócios , nem estes podem determinar a política . Por muito que custe às empresas a decisão de abolir as portagens na Auto-Estrada do Oeste , é uma decisão política votada num órgão eleito, que é a Assembleia da República . Se as pressões sobre os partidos existiram, como foi denunciado, é mau sinal . Sobretudo porque deixa entender que possivelmente muitas outras pressões têm ocorrido noutras decisões e noutras ocasiões . “

CARAS & CASOS - Opinião - Luís Marques      

publicado por luzdequeijas às 23:38
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A MOÇÃO DE SÓCRATES

 

( Clique na imagem para ampliar )

 

Esta espécie de político, trouxe uma desvirtuação à vida dos portugueses, de arrepiar. Salta por cima das normas de conduta tidas até hoje como convenientes, suporta uma arrogância crescente e julga que todos lhe devem e não lhe pagam. Quem julga ele que é ?

Serve-se, cada vez mais, da política de mentira e dos seus ministros, para enxovalhar a líder da oposição. Também dos truques mais baixos ! Não tem nível político. Não tem rumo, nem perfil, tão pouco estatuto de homem de Estado . Não está só ! A política portuguesa desceu tão baixo que o seu estilo fez escola. Até pessoas que deveriam defender o seu estatuto, ganho com mérito, se baixam a servi-lo. Amanhã vão arrepender-se. A culpa é do “ Sistema” e, talvez, daquilo que pretendem fazer de quem é pobre, mas digno . Com as pessoas que escolhem e apoiam, não podem ter bons propósitos, nem levar este país a bom porto. Com pessoas que confidenciam a um qualquer líder “democrático vitalicio ” da América latina, que a economia portuguesa está estagnada, quando, ao digno povo lusitano lhe afirmavam, estar de boa saúde. Não haveria crise que lhe chegasse.
 
No essencial, a moção que Sócrates apresentou aos seus apaniguados no CCB, não passa de um documento de política eleitoral, daquilo que ele anda a fazer desde que há muito parou as reformas que deveria ter feito. E não fez. Vendeu e comprou “ Magalhães “e fez política eleitoral. E não foi para isso que lhe deram uma maioria absoluta ?
 
Os cemitérios estão cheios de políticos com imenso nível. Duvido que seja algum insulto chamarem-lhe coveiro. Contudo, os coveiros são trabalhadores dignos. Se há diferença entre aqueles que enterram um país e aqueles que enterram os mortos, os últimos são os mais dignos. Pelo menos dizem directamente aquilo que pensam e não mandam os outros dizer. Ofender !
 
Continua a mentir e enganar os portugueses, convencido de que consegue fazer-se passar por um homem de direita e ao mês tempo de esquerda. Na verdade é um homem do “centrão”, sem convicções económicas e sociais. Um ultra liberal.
As suas “ convicções “ ( ? ), estão e farão sofrer muito os portugueses. Muitas famílias, muitos doentes e desempregados. Muitas crianças e dependentes sociais. Anda desde o início do seu mandato a vender tudo e todos em seu proveito. Os reformados, os homossexuais, os pobres e os ricos, as mulheres, os homens, as esposas e os maridos, os criminosos e as suas vítimas, etc.
 
Agora quer comprar os votos da classe média, já desaparecida ! Promete-lhes redução de impostos, aproveitando-se das convicções de Manuela Ferreira Leite e daquilo que ela aprendeu como boa estudante e, como boa profissional e mulher honesta. Também como política competente e digna. Depois do embuste que tem sido a sua governação, quer transformar as próximas eleições num, ainda, maior embuste. A sua desfaçatez é ilimitada, pois, afirma que o fará à custa dos mais ricos ! Esta é de mais . Nunca ninguém governou ( ? ) mais à direita, disfarçando o facto com tomadas de decisão fracturantes. Quer dizer que criam fracturas entre o povo. É isso que o senhor sabe fazer.
 
Pois é, se quer governar à esquerda, só tem que fazer o contrário daquilo que tem feito até hoje . E não se fala de mudar de partido, nisso, ainda bem que o fez. É mais um, no sítio certo.
António Reis Luz
 
 
 

 

 

 

publicado por luzdequeijas às 21:50
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SEGUNDA DOSE ?

CONTRA A SEGUNDA DOSE

 

« (...) A política do Governo está irremediavelmente desfeita e as previsões para o futuro próximo são arrepiantes. Sócrates pretende que tudo isto é o resultado da crise internacional. Não é. É também em grande parte responsabilidade dele. A Standard & Poor's baixou o rating de Portugal (o que nos fará pagar mais caro qualquer empréstimo externo) não apenas por causa da miséria económica e financeira a que o país chegou. Repetindo o que já disseram e escreveram milhares de portugueses, a Standard & Poor's contou - e talvez principalmente - com o fracasso das reformas de Sócrates: com o fracasso da reforma da administração, em primeiro lugar, e, a seguir, da saúde e do ensino. Infelizmente, Sócrates nunca ouviu quem o avisava. Preferiu sempre acreditar na sua própria propaganda: sobre o Simplex ou sobre o valor tecnológico do que Portugal exportava, que ele supunha ter enfim transformado e que afinal ficou por um pequeno (e precário) progresso. Ele era a única fonte da verdade. Acontece que a verdade era outra. Começa agora a surgir por aí um argumento, que se aproxima da chantagem e que é bom perceber e recusar: o argumento de que o país não sobrevive sem a maioria absoluta do PS. Ou seja, o argumento de que sem a autoridade de Sócrates cairíamos rapidamente no caos. Da geral falência do Governo, sobrou, muito a custo, esta imagem do "homem forte", que, em teoria, justifica o resto. Além do odor à velha convicção de que o indígena gosta que mandem nele, há aqui a extraordinária ideia de que mais vale um primeiro-ministro incompetente e cego a uma solução qualquer que, embora frágil ou efémera, evite a persistência no erro. O juízo imparcial e desinteressado do Economist e da Standard & Poor's mostra o perigo de confiar no incontrolável. Uma dose de Sócrates levou ao que levou. Quem sabe ao que levará a segunda?»

Vasco Pulido Valente, Público

 
publicado por luzdequeijas às 15:47
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VALOR da DÍVIDA

Leitura recomendada:

Valor da dívida - se um elefante…

Arquivar em: Economia, Política — Rodrigo Adão da Fonseca @ 2:54 pm

Manuel Pinheiro, no Cachimbo de Magritte:

De acordo com os novos valores que constam do orçamento suplementar socialista, a dívida pública é de quase 70% do PIB. O salto face ao valor anterior assusta, e a dimensão em Portugal também. E mais assustaria se, numa lógica de transparência e frontalidade, a este valor se adicionasse o endividamento do sector empresarial do Estado. Num exercício que inclui apenas 9 empresas públicas ( Carris, CP, Metro de Lisboa, Metro do Porto, Refer, RTP, STCP, TAP e Transtejo), explica-se que o endividamento acumulado destas empresas ascendeu a 16 mil milhões de euros em 2007, 10% do PIB. Se alguém se assusta com os 70% ali de cima, é mesmo melhor ganhar fôlego e começar a pensar em 80% e preparar-se para continuar a adicionar.

publicado por luzdequeijas às 15:33
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RIR ou CHORAR

Medina Carreia comenta a situação do país.Veja o vídeo em:http://www.sic.pt/online/video/informacao/Nos+Por+Ca/2009/1/istoeumafantochada.htm

                                                          

                              CONTAR MENTIRAS
O sítio está a viver momentos únicos, inimagináveis há bem pouco tempo. Não, não se trata da crise económica e financeira que abala a vida de milhares de indígenas e empresas. Não, não são os dramas silenciosos de milhares de indígenas que, de um momento para o outro, ficaram mais pobres. Não, não são as tragédias que afectam pessoas que nunca souberam o que era a pobreza e hoje correm, envergonhadas, para as sopas distribuídas por diversas organizações nas noites das grandes cidades. Não, não são famílias inteiras que almoçam e jantam em restaurantes sociais em boa hora criados por algumas câmaras municipais. No meio de tanto drama escondido, o que é fantástico neste sítio manhoso, hipócrita, pobre, pequenino e cada vez mais mal frequentado é a impunidade dos mentirosos, a desfaçatez e o descaramento de quem anda a tentar enganar os indígenas sobre o presente e principalmente sobre o futuro. E neste filme miserável ninguém sai limpo. Em Outubro do ano passado, o Governo do senhor presidente do Conselho entregou na Assembleia da República um Orçamento de ficção, mentiroso e cor-de-rosa. Dois meses depois, já com o sítio a caminho da recessão, com o desemprego a aumentar e a pobreza a disparar, a maioria socialista aprovou o documento, com os votos contra dos restantes deputados que, desta maneira, deram aval a uma das maiores mentiras da Democracia. No final de Dezembro, o próprio Presidente da República, apesar de ter pedido um misterioso esclarecimento ao Governo, promulgou a mentira. E, agora, os mesmos mentirosos vêm apresentar um Orçamento dito suplementar ou rectificativo com mais mentiras. Para o senhor ministro das Finanças o sítio vai ter um crescimento negativo de 0,8 % , o desemprego será de 8,5% e o défice de 3,9% do PIB. Previsões extraordinárias, previsões mentirosas. Ao orçamento da mentira veio juntar-se outra mentira suplementar. A revista “ The Economist “ fala num crescimento negativo de 2% e de um défice de 4,5% do PIB, este ano e prevê um crescimento negativo de 0,1% e um défice de 4,8 % em 2010. É evidente que a mentira suplementar vai ter os votos favoráveis do PS e a oposição da Oposição. Mas ninguém se livra de ser conivente com mais uma mentira. A verdade, de ontem, de hoje e de amanhã, é que somos pequeninos na economia, na espinha, na coragem e na verdade. Somos grandes na miséria, na impunidade e no descaramento.
António Ribeiro Ferreira – CM – 19-01-2009     
publicado por luzdequeijas às 11:47
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Sábado, 17 de Janeiro de 2009

O SISTEMA

“ O Sistema odeia as pessoas íntegras “

Campos e Cunha não tem dúvidas. O sistema odeia as pessoas íntegras . Na entrevista ao CM e RCP, o ex-ministro das Finanças de José Sócrates mostra-se indignado com as campanhas feitas contra pessoas de valor e afirma que há uma degradação evidente na qualidade dos gestores da causa pública. Sobre a crise económica e financeira, Campos e Cunha diz que o Governo montou uma gigantesca operação de ocultação da situação e que por isso mesmo perdeu crédito não só junto dos portugueses como das instâncias internacionais. É por isso, diz, que recentemente a Standard & Poor´s fez um aviso de que o risco de crédito de Portugal pode piorar. Em relação à estratégia do Executivo de José Sócrates para combater a crise, Campos e Cunha afirma que ainda não percebeu o alcance das medidas e recusa a ideia de que um qualquer burocrata do Terreiro do Paço possa escolher os sectores de actividade que devem ser ou não apoiados. Para este economista, tudo o que tem sido feito não passa de coelhos que o Governo vai tirando da cartola. Sobre a matéria fiscal, Campos e Cunha defende a redução imediata das taxas de retenção do IRS e da taxa social única, tudo de forma temporária. E sobre as polémicas obras públicas, o ex-ministro das Finanças recusa terminantemente o projecto de construção do TGV.
CM 17-01-2009-01-17
 
Nota : As opiniões e avisos sucedem-se pela boca de gente credível. Os portugueses parecem anestesiados, mas na realidade estão desiludidos e sem esperança. Ainda não perceberam a gravidade da situação deste país em que vivemos. O “ Ilusionismo “ continua, e vê-se a espaços, o silêncio do primeiro-ministro para permitir que um ou outro ministro, insulte um candidato da oposição, depois de já ter mostrado ao país o seu baixo nível de expressão, quando quer defender aquilo que insiste em levar para a frente e representa mais uma cavadela na sepultura de Portugal. É muito triste assistir a este espectáculo de indecência ! O medo está instalado, e isso significa que vivemos em tudo menos em democracia. 
 
 
" Um povo imbecilizado e resignado, humilde e macambúzio, fatalista e sonâmbulo, burro de carga, besta de nora, aguentando pauladas, sacos de vergonhas, feixes de misérias, sem uma rebelião, um mostrar de dentes, a energia dum coice, pois que nem já com as orelhas é capaz de sacudir as moscas..."

Guerra Junqueiro escrito em 1886


publicado por luzdequeijas às 11:20
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Sexta-feira, 16 de Janeiro de 2009

É PRECISO RELEMBRAR?

É TÃO BOM SER DO ESTADO

A Lusa tem um correspondente na Austrália. Que faz dez peças por ano. Mas mesmo assim a agência estatal decidiu enviar um jornalista ao importante Mundial dos Sem Abrigo. Ordem rica.
CM – 16-01-2009
 
NEGÓCIOS NEGROS I
Um bom filho à casa torna
O filho chama-se, neste caso, Arnaldo Navarro Machado. Até há pouco tempo era o homem de confiança do ministro da Defesa Nuno Severiano Teixeira na Empordef. Era . A confiança acabou ao fim de sete meses e o homem foi despejado. Despejado é uma força de expressão. E isto porque Arnaldo Navarro Machado voltou à EDP, onde se notabilizou nos chamados “ negócios negros “, isto é, nos imensos milhões envolvidos nas compras de carvão pela eléctrica que o Estado controla.
CM – 16-01-2009
 
NEGÓCIOS NEGROS II
Milhões voam em Viana
O homem que só aguentou sete meses na Empordef e pôs a estratégia da holding de pantanas também estava à frente dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo. O resultado é notável . Conseguiu deixar um buraco de mais de 30 milhões de euros , isto é, multiplicou por 17 o défice de 2007. Que grande obra !
CM – 16-01-2009
Nota : Seria bom que os portugueses meditassem nestes e em milhares de outros exemplos similares que vão ocorrendo, para perceberem porque razão pagámos 4 anos de défice, que volta a crescer. E teremos de pagar de novo ! " AI AGUENTA, AGUENTA."
publicado por luzdequeijas às 19:40
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Ajuste Indirecto

  Sais tu para entrar a bela e querida Lena

      A verdade é que Sócrates controla cada vez mais tudo e todos
 
O mundo da Comunicação Social aguarda com enorme expectativa o lançamento do jornal diário generalista anunciado há meses pelo grupo Lena, sediado em Leiria, e com negócios em várias áreas, nomeadamente na construção civil e mais recentemente na área das energias renováveis, um sector cada vez mais apetecível , até pelas enormes ajudas dadas pelo Estado ( ? ). A expectativa sobre o novo jornal é grande por vários motivos, nomeadamente pelo facto de o mercado publicitário estar em queda evidente. Seja como for, o anúncio está feito e espera-se que saia antes do Verão. A propósito deste assunto correm muitos rumores no mercado e conta-se mesmo uma história que, a ser verdade, não deixa de ser intrigante. Recentemente foi lançado um concurso público para atribuição de uma licença na área das energias renováveis. Estavam vários consórcios na corrida, até que terá acontecido algo de insólito. Um dos participantes num dos consórcios concorrentes ficou deveras surpreendido quando foi chamado ao Ministério da Economia e o titular da Pasta, Manuel Pinho, lhe comunicou que tinha de sair do consórcio em questão para entrar o grupo Lena. Por ordem de Sócrates. Será ? 
CM – 16-01-2009
 

Nota : Será por todos estes interesses e obras públicas ( do Estado ) , que é tão difícil ao líder da oposição subir nas sondagens ? É que se ele, ou ela, for uma pessoa integra, dificilmente acontecerão coisas deste tipo. Até porque um líder a sério, não se deve meter nestes desvios!

publicado por luzdequeijas às 19:05
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Ajuste Directo

                                Jurista recebeu antes de fazer o trabalho

                     Quase tudo o que fez respeita ao contrato de 2005
 
A notícia de que a contratação de Pedroso ( irmão de Paulo Pedroso ) tinha sido feita por ajuste directo, dada em Novembro de 2007 pelo Rádio Clube Português, levou nessa altura o ministério a justificá-la, em comunicado, com a alegação, nunca fundamentada, de que aquele jurista era, “ especialista na área da educação” . O que então não se sabia era que Pedroso estava longe de ter concluído o trabalho, pago desde o fim de 2007 . Só em Fevereiro de 2008 é que entregou uma pequena parcela do trabalho e só em Abril é João Batista lhe escreveu a pedir o resto em dez dias, informando-o, já em Junho, de que estava em “ incumprimento definitivo “ , e pedindo a devolução de “ todas as quantias recebidas “. Três meses depois, Pedroso responde, dizendo que aceita a rescisão e atribuindo o facto de não ter acabado o trabalho à “ ignóbil campanha “ desencadeada contra o ministério e contra ele próprio. Nessa carta, avalia parte do trabalho feita em 80% do total e propõe-se restituir 20% do dinheiro recebido em prestações.
O ministério contrapõe com uma estimativa de, “ no máximo “, 50% , que é inicialmente rejeitada, acabando por ser aceite por Pedroso em 25 de Novembro último. 
Público 14-01-2009
 
Nota : Será por milhares de casos como este, e muito mais graves, que o partido que está no poder se mantém Unido ? Será ?
publicado por luzdequeijas às 18:20
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Terça-feira, 13 de Janeiro de 2009

O CAMINHO DE FERRO

Vinte empresas públicas tinham dívidas, em 31 de Dezembro de 2007, de 14,7 mil milhões de euros, o que representa cerca de 17% do total do Orçamento do Estado ! Mais de 84% daquele montante, ou seja, mais de 12,3 mil milhões de euros, concentravam-se apenas em seis empresas, a maioria da área dos transportes: Refer, Metropolitano de Lisboa, CP, Metropolitano do Porto, TAP e RTP.
 
Concentremo-nos, agora, apenas nas empresas responsáveis pelo Caminho de Ferro ( CP e Refer ). As duas têm dividas de médio / longo prazo, dominadas por empréstimos de instituições de crédito, de 7537944 mil milhões, pagando só em juros 308,8 milhões de euros por ano ! A CP e a Refer, como as restantes empresas públicas e o próprio Estado, pagam às Instituições de Crédito, anualmente, somas incalculáveis em juros ! Além disso, todas demoraram a pagar ( e continuam), em prazos muito alongados, aos seus fornecedores. O pagamento destes empréstimos, está programado para muitos anos ! A situação é sempre a piorar ! O montante a pedir é sempre maior ! Os juros também, se falarmos dos " spreads " cobrados pelos bancos. É uma bola de neve.
O prejuízo desta situação para a actividade económica privada, o motor da economia, é imenso. Funciona como um travão para quem produz riqueza . Um entrave ! Um bloqueio da economia produtiva. Da economia real.
 
Claro que os Bancos estão como o "peixe na água", os créditos que concedem ao Estado são uma mina, sempre garantidos. Não há risco. Os juros serão bem negociados ? A economia privada é prejudicada de duas maneiras; na demora a receber as dívidas do Estado e na dificuldade em conseguirem créditos. Esses vão para o Estado ! A história das linhas de crédito do governo, são uma farsa. Não esquecer que o dinheiro está barato, mas contiunua escasso.  
 
Assim, para quê os Bancos financiarem os privados ? O dinheiro é pouco e não chega para todos ! Os privados defendem o que é seu . Pelo Estado ninguém se queixa, ou queixa-se tarde e a más horas. Esta situação nunca irá mudar, a não ser com medidas de combate, muito duras e impopulares. Que deitam abaixo qualquer governo . De resto o nosso país está minado por lóbis, que ninguém sabe onde estão. Na maioria dos países da UE, estão legalizados . Em Portugal eles dominam e atravessam-se nas decisões do país, dos partidos e dos eleitos, que ocupam determinados lugares, em pontos estratégicos, para que tudo continue sempre na mesma ! Não para defenderem o interesse geral do Estado!
 
A opinião pública é contra a maioria das obras públicas. Sabem os sacrifícios que têm de fazer para as pagar. Depois de um dia de trabalho, chegam a casa, e são obrigados a ouvir um qualquer ministro ou primeiro-ministro, a anunciar mais betão ! Mais dispêndio improdutivo !
Há um ministro, que depois de ter evidênciado uma enorme falta de capacidade  para tomar decisões, ficou conhecido por “ jamais”, Mário Lino, lá estava hoje a anunciar pela vigésima vez o célebre TGV. É um projecto completamente ruinoso, mas isso não lhe tira o sono. Se falhar, e claro que falha, serão os outros a pagar a sua falta de escrúpulos. O dinheiro gasto no TGV, daria para fazer do caminho de ferro português, um transporte modelo, apreciado e acarinhado pelos utentes. Cobrindo todo o território, com preços acessíveis e oferta decente em matéria de horários. Teria sempre lotação esgotada e levaria a que muitos pusessem o carro de lado. A dívida do gáz, petróleo e das demais importações ao estrangeiro, sairia bem mais razoável. A dívida externa portuguesa, cairia.
A CP e a Refer não dariam prejuízos.
Depois, o “ Caminho de Ferro” terá de ser, dentro de poucos anos, quando o petróleo faltar, o meio de transporte que poderia, a nível de passageiros e carga, resolver o problema nacional dos transportes. Já é tarde para se seguir este caminho, porque este governo chega sempre tarde ! Só olha para hoje e, foi por tal, , que nem se apercebeu que uma gravíssima crise já tinha chegado. 
Outra pior está para vir e, o governo continua preocupado em não perder as próximas eleições. O ministro Mário Lino quer é fazer inaugurações, de tudo e de nada. De coisas que nunca ouviu falar. Nem para elas contribuiu! Ele e Sócrates. Porquê tanto apego ao poder ?
 
A Dívida da República Portuguesa está debaixo de olho, no mundo inteiro. A nota é muito baixa, o que aumenta o prémio de risco dos juros dos empréstimos, principalmente daqueles que fazem a campanha eleitoral do primeiro-ministro ! Os grandes e dispendiosos projectos.
Depois destas reflexões , fica uma grande dúvida por esclarecer. Se os juros sobem por efeito do risco, porque razão os juros dos Certificados de Aforro, em 3 meses, baixaram 40% ? Caminham para juros negativos! Para as poupanças a baixa dos juros significa a sua degradação.
Adianto uma resposta; porque é o " ZÉ " que tem de pagar tudo, como pagou a descida do défice, que qualquer dia volta a ultrapassar os 3% ! Viva o ministro das finanças .
António Reis Luz
 
publicado por luzdequeijas às 18:42
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Segunda-feira, 12 de Janeiro de 2009

A RUÍNA DO NOSSO PATRIMÓNIO

O património nacional está ao abandono, pode mesmo dizer-se que está em ruínas ! Mosteiros nacionais, imóveis classificados em todo o território, outros imóveis classificados de interesse público e joias classificadas de “ Património Mundial na lista da UNESCO. Destas, pelo menos um terço acusa um estado de abandono ! Pese, embora, algumas medidas anunciadas pelo governo, como os organismos públicos terem de pagar renda quando instalados em património nacional e 1% das contratações de obras públicas reverterem a favor da recuperação patrimonial. Enfim, tudo medidas anunciadas, como centenas de outras, que não passam disso mesmo. Propaganda! Será que Portugal quer mesmo ser destino turístico? Afinal, as figuras de Foz Côa não sabem mesmo nadar ! Desde 1994 !

 
Quanto à crise, podia ler-se num semanário: “ com a zona euro a crescer – 0.5 % o país não vai escapar, embora faça melhor que a Eurolândia “ !
 
Estes comentários de alguns jornalistas, comentadores de serviço e do próprio governo, são um espanto. Portugal diverge, vai para dez anos, da média de crescimento da UE ! Temos vivido muito acima das nossas possibilidades, sobrecarregando uma dívida externa medonha e, ouvimos e lemos coisas destas ! Já é preciso muita paciência. Temos uma economia quase totalmente dependente da Alemanha e da Espanha ( 70% ), países que vão cair por efeito da recessão, respectivamente -0,8 e - 0,9 % e nós, cairemos, por dados do Banco de Portugal, entre 0 e - 0,5% ! Chama-se a isto adormecer meninos ! Na Alemanha, o ministério da economia alemão já prevê atingir uma recessão de - 3% e o FMI e OCDE prevêem tempos sombrios . São uns loucos !
 
Portugal sim, está optimista . O Banco de Portugal ainda mantém no seu site um crescimento positivo de + 1,3%. Esta maneira de fazer política é muito estranha. Não haverá melhor semelhança para as curvas positivas e negativas do crescimento económico do que o exemplo do “ Pêndulo” . Quem mais cresce num sentido, é também quem mais cresce no sentido oposto. Um morto, dada a sua condição, já não tem oscilações ! Será este o caso de Portugal ? A história do aumento de poder de compra dos portugueses subir, por efeito da baixa inflação e do baixo preço do petróleo, é igual para todos os países da UE. Todavia os povos alemães e espanhóis, se tiverem uma recessão numericamente mais elevada, perdem poder de compra em função de um poder de compra muito mais elevado que o nosso. Ficarão, porém, nesse aspecto, muito acima dos portugueses. Não nos enganem mais, por favor. Só perde quem tem para perder. A nossa economia está morta. Essa é a realidade, por muito que Sócrates pinte o contrário. Este é o resultado da governação Sócrates, ainda muito pouco influenciado pela crise “ subprime”, e enquanto o preço petróleo não disparar de novo. Depois, será o fim ! Isto é realismo, não é pessimismo.
 
Neste meio tempo, em que apresentamos melhores resultados que os grandes países da UE ( ? ), a bolsa portuguesa apresenta nos últimos 12 meses, um índice de – 51%, o pior ano de que há memória ! Fecham 30 a 40 lojas por dia em Portugal e nem as lojas chinesas escapam ! Lisboa é o paraíso dos passaportes falsos ! Da avaliação decretada pelo governo para os professores, já quase nada resta ! Comprar um árbitro custa só 150 euros ! Hotéis fecham por falta de ocupação, o ministro da agricultura engana Sócrates, 20 empresas públicas devem 17,4 mil milhões de euros ( responsabilidade ditrecta de Sócrates ), etc.
 
O rol é negro e muito extenso e, terá sido esta realidade que terá levado o governo a fazer que Portugal seja o pioneiro a certificar mortes sem recurso a papeis ! Os óbitos serão atestados apenas por via electrónica ! É a primeira mudança em cem anos e revelará, com rigor, o que mata os portugueses ! Morreram mas ao menos conhcem a causa !
Tudo isto me cheira a sadismo puro. Não seria muito melhor ninguém saber do que morreu alguém ? Provavelmente, si .
Enfim é o “ Choque Tecnológico “ possível. Quem sabe, se com tal sistema, não seria possível detectar a casa da morte da nossa economia ? Que ela já não respira, é um facto !
 
 
Por último fica a pergunta . Porque será que os comentadores de serviço têm medo de dizer a verdade sobre a governação de Sócrates ? Medo de quem ? A campanha eleitoral continua !
 António Reis Luz  

 

 

publicado por luzdequeijas às 20:03
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Quinta-feira, 8 de Janeiro de 2009

BRINCADEIRA DE MAU GOSTO

Boca do Inferno – Ricardo Araújo Pereira
Circunspecção de mau gosto
O mais interessante é que Margarida Moreira, a mesma que agora vê uma
brincadeira de mau gosto no que mais parece ser um delito, é a mesma
que viu um delito no que mais parecia ser uma brincadeira de mau gosto
Julgo que a opinião da directora da DREN, Margarida Moreira, segundo a
qual a ameaça a uma professora com uma arma de plástico foi uma
brincadeira de mau gosto, é uma brincadeira de mau gosto. Mais uma vez
se prova que a crítica de cinema é extremamente subjectiva. Eu também
vi o filme no YouTube e não dei pela brincadeira de mau gosto. Vi dois
ou três encapuzados rodearem uma professora e, enquanto um ergue os
punhos e saltita junto dela, imitando um pugilista em combate, outro
aponta-lhe uma arma e pergunta: «E agora, vai dar-me positiva ou não?»
Na qualidade de apreciador de brincadeiras de mau gosto, fiquei
bastante desapontado por não ter detectado esta antes da ajuda de
Margarida Moreira.
Vejo-me então forçado a dizer, em defesa das brincadeiras de mau
gosto, que, no meu entendimento, as brincadeiras de mau gosto têm duas
características encantadoras: primeiro, são brincadeiras; segundo, são
de mau gosto. Brincar é saudável, e o mau gosto tem sido muito
subvalorizado. No entanto, aquilo que o filme captado na escola do
Cerco mostra aproxima-se mais do crime do que da brincadeira. E os
crimes, pensava eu, não são de bom-gosto nem de mau gosto. Para mim,
estavam um pouco para além disso – o que é, aliás, uma das
características encantadoras dos crimes. Se, como diz Margarida
Moreira, o que se vê no vídeo se enquadra no âmbito da brincadeira de
mau gosto, creio que acaba de se abrir todo um novo domínio de
actividade para milhares de brincalhões que, até hoje, estavam
convencidos, tal como eu, que o resultado de uma brincadeira é
ligeiramente diferente do efeito que puxar de uma arma, mesmo falsa,
no Bairro do Cerco, produz.

O mais interessante é que Margarida Moreira, a mesma que agora vê uma
brincadeira de mau gosto no que mais parece ser um delito, é a mesma
que viu um delito no que mais parecia ser uma brincadeira de mau
gosto. Trata-se da mesma directora que suspendeu o professor Fernando
Charrua por, numa conversa privada, ele ter feito um comentário
desagradável, ou até insultuoso, sobre o primeiro-ministro. Ora, eu
não me dou com ninguém que tenha apontado uma arma de plástico a um
professor, mas quase toda a gente que conheço já fez comentários
desagradáveis, ou até insultuosos, sobre o primeiro-ministro. Se os
primeiros são os brincalhões e os segundos os delinquentes, está claro
que preciso de arranjar urgentemente novos amigos.
In revista Visão (nº826)

publicado por luzdequeijas às 17:16
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A RECUSA DE SÓCRATES

Vamos tentar ver a fixação de Sócrates nas Obras Públicas, na moral da história que se conta a seguir, mas não passada no Céu, passada no Inferno actual, que é a Terra, particularmente, a nossa ! País à beira mar plantado :

 
*COLHER DE CABO COMPRIDO*
Conta uma lenda que Deus convidou um homem para conhecer o céu e o inferno.
No inferno, ao abrirem uma porta, o homem viu uma sala em cujo centro havia um caldeirão de substanciosa sopa e, em volta, pessoas famintas e desesperadas. Cada uma daquelas pessoas segurava uma colher de cabo muito comprido, que lhes possibilitava alcançar o caldeirão, mas não permitia que colocassem a sopa na própria boca, logo, o sofrimento era intenso.
Ao chegarem ao Céu, entraram numa sala idêntica à primeira, ou seja, havia o mesmo caldeirão, as colheres de cabo comprido e as pessoas em volta...*
"A diferença é que todas as pessoas  estavam saciadas, logo, não havia fome ou sofrimento".
- "Eu não compreendo!!! Porque aqui as pessoas estão felizes enquanto, na outra sala, morrem de aflição, se é tudo igual ? "  - Perguntou o homem a Deus.
*Deus, então, sorriu e respondeu:
-  "Porque aqui, eles aprenderam a dar comida uns aos outros". *
 
Naturalmente que tem de haver uma explicação para tudo o que acontece, só que, muitas vezes, essa explicação exige das pessoas um mínimo de preparação moral e intelectual e no caso de Portugal, as paixões pela “ Educação “ não têm feito chegar a elas, tal “conduto “, logo, não estão preparadas para concluírem as várias maneiras de usar uma colher muito comprida ! Com as “Novas Oportunidades”, exâmes muito facilitados, estatísticas defraudadas e diplomas à “ borla “, o afastamento é cada vez maior ! Hoje, querem dar de comer umas às outras, mas os políticos não deixam ! Porque a comida é pouca e Sócrates é fraco com os fortes e forte com os fracos. A colher é muito complicada ! Falta civismo para se entender, que para se comer é preciso também deixar os outros  comer.
Tudo isto se agrava quando, os líderes se enchem de arrogância e transformam as suas palavras num “dogma”. Quando se recusam a estudar as propostas da oposição e remetem tal discussão para o Parlamento ! Sabendo que tal lugar em vez de representar, hoje, um local de grande prestígio, saber e altruismo, se transformou no pousio daqueles políticos que estão desocupados ! Há espera de vez . Amarrados a compromissos.
 
Sabemos que um líder da oposição pode não ter assento no Parlamento, principalmente se for um cidadão ou cidadã, com vida própria e não um ser dependente dos impostos do povo. No caso do debate entre Sócrates e Manuela Ferreira Leite, se o primeiro-ministro não estivesse agarrado ao poder, com a maioria absoluta do PS, bem poderia alterar o Regimento da AR para que, pelo menos o líder do maior partido da oposição, pudesse questioná-lo neste lugar. Seria bonito e daria a possibilidade de todos os portugueses
ouvirem e verem discussões televisivas, importantíssimas para as suas vidas. Para o país também.
 
Muitas pessoas são chamadas à AR para serem ouvidas, porque não a possível futura chefe do governo? Sócratres está em queda !
Recusando-se a tal, mas remetendo as discussões para o Parlamento, fica a ideia de estar a fugir. Aceita o diálogo, onde MFL não pode ir. Não tem assento. Certamente por medo de ter que explicar a verdadeira razão porque pugna com tanta arrogância pelo “ betão”! É pena. Ficaria a perceber porque os “milhares de milhões de euros, que quer gastar naquilo que não nos faz falta, poderiam ser utilizados na descida dos impostos. Essa descida, reanimaria toda a economia, principalmente as PME e faria baixar o desemprego, possibilitando também um exponencial desenvolvimento nas nossas exportações. Por esta via a “ gritante dívida externa” poderia começar a descer. Tinha mesmo que descer. Dividas ? Já têm pagamentos agendados para os próximos 75 anos ! Às costas dos nossos netos e bisnetos!
Sócrates, prefere deixar que os ricos ( donos do betão), comam com a colher comprida. Quer que os pobres no limiar da pobreza levem umas migalhas e que a classe média desapareça! Através da sua teimosia vamos todos ao fundo. Não há salvação possível ! Para além da colher, também começa a escassear a sopa para a maioria.
 
No céu nunca falta. Basta a Sócrates que os órgãos de informação, repisem a crise no estrangeiro, para passar a ideia de que está mau em todo o lado. Infelizmente está. Só que quando os outros países cresciam o dobro do que Portugal crescia, os mesmos órgãos estavam caladinhos. A nossa crise vem de longe. Já passa de dez anos ! É o socialismo, mesmo a fingir.
António Reis Luz 
 
 
 
 

 

publicado por luzdequeijas às 13:55
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Quinta-feira, 1 de Janeiro de 2009

A BUROCRACIA NA EDUCAÇÃO

OS “ COELHOS “ NA EDUCAÇÃO E NO PAÍS

O monstro do Ministério da EDUCAÇÃO, é um bom exemplo das mudanças que deveriam ser operadas em toda a estrutura da sociedade portuguesa. Não sem antes, se aprofundar com muita seriedade qual deve ser o papel do Estado em representação da sociedade civil. O momento em que vivemos no mundo e igualmente em PORTUGAL, é de grande confusão, relativamente à crise ! Os “Velhos do Restelo” estão eufóricos, julgando poderem fazer a demonstração da indispensabilidade do Estado patrão e omnipresente, na vida de todos nós. Querem esquecer-se que foi a libertação dada à iniciativa privada, que permitiu um extraordinário desenvolvimento económico no mundo, dando a todas as famílias e pessoas, um conjunto de regalias, segurança e respeitabilidade, nunca antes adquiridas ! Claro, que quando se promove a liberdade, é seguro que relativamente a ela, ocorrerão desvios. Os homens têm imperfeições ! A começar por aqueles que estão a governar. Têm de ser controlados .
Os Desvios, detectados em devido tempo, permitirão ir fazendo correcções no aperfeiçoamento do modelo mais perfeito de sociedade. Modelo perfeito não haverá ! Nunca .
 
A propósito desta crise nacional e só depois internacional, nada como uma imagem simples, que poderá deixar um “ flash” propiciador de reflexões sérias. Situemo-nos numa simpática e antiga empresa de distribuição de correio. Qualquer que seja. Esta que imaginamos, funciona há muitos anos a contento de toda a gente, com custos e eficácia assinaláveis !O seu elemento base é o "pombo correio". Ele voa rápido, com grande sentido de orientação e responsabilidade. Por motivos ocasionais, os pombos mensageiros foram atingidos por uma epidemia. Já não é a primeira vez, nem será a última. Com a experiência adquirida nestas situações, todas têm sido resolvidas a contento. Só que desta vez, a obstinação de alguns, fez com que as tarefas das mensagens, passassem a ser atribuídas aos coelhos ! Neles, muitos reconheciam a sua velocidade como grande atributo ! A distribuição do correio e mensagens, rapidamente ficou entupida. As reclamações foram aos milhares. Entretanto tudo foi sendo normalizado, aos poucos, com a entrega das mensagens para distribuir, novamente, aos eficazes e vocacionados pombos! Viam do alto e voavam, igualmente, muito rápido. Com enorme experiência. Conheciam o caminho de cor.
 
No momento actual, as medidas contra a crise, estão a ser tomadas por burocratas da UE ! Que as recomendam aos primeiros-ministros e ministros das finanças de cada país. A princípio tudo bem. Os grandes problemas virão a seguir. Os “pombos”, nesta crise, são os milhares de empresários e banqueiros, responsáveis e muito experientes. Mas mal compreendido. Foram afastados, por culpa de alguns poucos ! Embora saibam muito bem como retomar aquilo que sempre fizeram. Os burocratas, sem qualquer experiência, estão a tomar medidas sem perceberem sequer as suas consequências. O caminho em frente está muito escuro. O dinheiro que manuseiam, é dinheiro do povo. Eles nunca conseguiram, sequer, poupanças de assinalar. Por isso não respeitam quem poupa ! Sempre viveram do Estado e encostados aos partidos. Nunca puseram um centavo do seu bolso!
São os “ coelhos “ investidos de mensageiros. O resultado vai ser mau.
 
No caso de Portugal, de momento, os coelhos são José Sócrates e Teixeira dos Santos. Não voam, não têm experiência, e só arriscam o que é do povo. Sem assumirem as consequências!
Tomemos como exemplo da sua capacidade o estado em que eles meteram a Educação das nossas escolas públicas. Minado de burocracia.
O descontrolo é total e o ensino dado aos alunos de muito baixa qualidade ! As “Novas Oportunidades”, são exemplo do abandono do mérito. Essencial ao respeito pelo esforço de quem estuda. Os diplomas entregues são o ridículo.
A despesa do Ministério da Educação é insuportável, face a uma economia que se quer produtiva e competitiva, e que nos tire da situação de falência, em que “ vários coelhos” meteram PORTUGAL. Pois são estes “ coelhos”, que estão ao leme de um país cheio de problemas. Sem capacidade para os resolver |
 
No caso da EDUCAÇÃO, a saída passa, tão só, por mais autonomia para as escolas. Muito mais. Mais dignidade para os professores, mas com muito mais responsabilidade pedida. Tal responsabilidade tem de ser-lhes outorgada na forma de autonomia. Autonomia controlada por exames nacionais para todas as escolas do país, públicas e privadas, resultando daí, a avaliação necessária dos alunos e professores e escolas.
O produto final tem de resultar em cidadãos muito bem preparados! Esta é a avaliação da sociedade civil, não da ministra ou do Ministério. Ambos politizados! Não vivem sem "Magalhães". E deveriam viver com computadores escolhidos em " Concurso Público ". A transparência da vida pública.
O papel regulador ( fiscalizador), muito bem definido em consenso nacional, caberá, isso sim , aos “ coelhos”. Por fim, também esses “ coelhos” terão de ser controlados e regulados, não só em eleições. De forma contínua ! Controlados pela sociedade civil, devidamente organizada e fortalecida. É fácil, só que neste momento os “ coelhos ” também querem voar. E não conseguem !
Claro que não conseguem ! O resultado é a situação do país.
António Reis Luz 
publicado por luzdequeijas às 19:04
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