O autor acredita que com esta reflexão pode provocar algum efeito dominó, que seja benéfico para a sociedade em que nos inserimos, sem excepção de pessoas ou grupos, pequenos ou grandes, pois a intenção não é, nunca poderia ser, modificar o tipo de sociedade ou economia em que já vivemos, desse ponto de vista existe a convicção de que estamos no bom caminho. De uma pedrada no charco, espera-se sempre, que o agitar das águas produza resultados positivos e não que algum peixe seja atingido.
Uma última preocupação desta reflexão, vai acima de tudo na procura do exacto significado de várias palavras, ou expressões, que, por muito utilizadas, deveriam ter um significado mais transparente, logo menos dúbio, de maneira a produzirem junto dos milhões de consumidores de informação um estado de alma mais impregnado de tranquilidade e, sobretudo, isento de desconfiança. Recordem-se de uma expressão muito utilizada pelo antigo primeiro-ministro Prof. Aníbal Cavaco Silva, quando se referia às dificuldades que lhe eram sub-repticiamente criadas: “ “FORÇAS DE BLOQUEIO “.
Ninguém duvidará da honestidade e competência daquele que é considerado por muitos o melhor primeiro-ministro da nossa democracia, contudo, ficou sempre por esclarecer quais eram essas ditas forças. O autor acredita que elas existiram e existem, hoje muito mais, e que tinham sobretudo uma acção bloqueadora.
Há palavras ou expressões muitas vezes referidas na imprensa e de boca para boca, que têm uma acção ainda muito mais complexa, pois funcionam em sentido muito lato e tanto podem bloquear como fazer fluir, dependendo tudo das circunstâncias.
Tal como as bruxas, nas quais poucas pessoas acreditam, também o “SISTEMA“ existe, embora, como elas, nada visível.Penso que ele assenta, sempre, num “vanguardismo iluminado“, apoiado em exércitos numerosos de “tropas de choque“ para quem o escrúpulo tem enorme elasticidade e que estão permanentemente de mão estendida à espera de "benesses". Naturalmente que neste momento estamos de novo a entrar em levitação, ou seja, voando baixinho através da imaginação.
O estado da nossa SOCIEDADE CIVIL é realmente o problema crucial que hoje nos aflige, e que não tem nada a ver com as elites, embora como elas, também seja indispensável ao nosso desenvolvimento social e económico. Nesta ficção, a nossa preocupação reside nos meios de que elas (elites) deitam mão, acabando por criarem, com isso, uma situação na sociedade civil extremamente pantanosa e, por isso mesmo, muito injusta para o normal cidadão. Normalmente aos de melhor cidadania!
Com esta simples reflexão, aparece também a pretensão de clamar a quem detém poder sobre estas coisas, para que comecem a corrigir a rota lentamente mas com firmeza, enquanto é tempo.
Neste Portugal que orgulhosamente deu novos mundos ao mundo, hoje, só por receio, é que as pessoas mais esclarecidas não gritam alto e bom som, que na actual sociedade civil portuguesa HÁ MEDO. É ele que tolhe todo o grande sentido criativo do povo que fomos e que necessariamente ainda somos.
O enorme, perigoso e complexo “ Sistema “que tem vindo a ser montado na nossa “Sociedade Civil“, para além de iludir a democracia, é essencialmente inibidor da criação de valores, em cada uma e em todas as pessoas. É de supor que o número dos incluídos no dito “ Sistema “ cresça, continuamente, pois cada vez são mais as pessoas que se vão apercebendo dele. Perante esta situação, o comum das pessoas ou fingem não perceber, para evitar problemas de consciência ou, de forma mais oportunista, procuram deixar-se seduzir.
Impõe-se urgentemente uma moralização! Como processá-la? É difícil antecipar.
Portugal e os portugueses só se podem impor à consideração e respeito mundiais, pela via de uma sociedade transparente. Muito transparente. Com ela virá a nossa verdadeira identidade e o bem-estar para todos, sem distinção.
A democracia é transparência e respeito pelos outros, e não aquilo que nos estão a dar. O segredo, pode ir amortecendo a queda deste medonho edifício, mas não vai consegui-lo manter de pé durante muito mais tempo. As torres do “World Trade Center “eram de facto imponentes e, em minutos, caíram de forma inesperada e brutal.
Ainda haverá gente de bom senso e de bom carácter que chegará para mudar as coisas? Temos de acreditar que sim. Essa gente, aliada aqueles que ainda estão fora do sistema (a maioria), irá permitir um verdadeiro e profundo saneamento da nossa SOCIEDADE CIVIL.
Aos outros, mesmo empossados em altos cargos, desejo que compreendam que os caminhos de sentido único não interessam a ninguém. São autênticos atentados à dignidade humana e no fundo prejudiciais a toda a população. Até mesmo aos privilegiados! Na vida tudo pode mudar.
António Reis Luz
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