Alguém tem de falar com sentido de Estado ao país, numa matéria que muito tem prejudicado os portugueses de maior cidadania. Fala-se dos juros sobre as poupanças no contexto financeiro do país em geral!
Foram exactamente estes portugueses, que resistindo à “loucura do consumo”, incentivado como política de crescimento do PIB e da nossa economia pelos governos “rosa”, aqueles que tiveram (forçados) de acudir aos bancos e ao Estado com o suor das suas poupanças. Poupanças essas que em vez de crescerem iam diminuindo, quase desapareceram! Comidas pela inflação e pela pobreza crecente em que PORTUGAL se foi atolando! Eles foram as maiores vítimas de uma política de incentivo desregrado ao consumo, à falta de valores, ao oportunismo, à perda de cidadania, que ocorreu desde 1995.
Com toda esta política injusta e insensata, os bancos foram totalmente coniventes, com o “desgoverno”, e crivando o país de divida externa, para promoverem um consumo doentio, fazedor de ilusões suicídas. Não podemos esquecer as facilitadas e incentivadas compras de casas sem oportunidade ao arrendamento, as viagens turísticas etc, nem tão pouco esqueceremos as vergonhosas parcerias “Público-Privadas” que interessavam aos bancos e a certas empresas de construção! Não ao país, nem aos portugueses.
Entretanto, aqueles que foram prevenindo o seu futuro, julgavam eles, sem darem por isso, mais valia que tivessem ido todos os anos a Cuba, Punta Cana, Londres, Brasil, Seicheles e mais que fosse! Sem esquecer a tartaruga!
Agora ouvimos o presidente da Associação Portuguesa de Bancos, muito preocupado com a situação dos bancos portugueses! Com os portugueses de “hábitos de poupança” nem por isso! Nem se preocupa que os juros ainda estejam baixos, face àquilo que o país paga de juros ao estrangeiro! Não se preocupa com as técnicas de “amarração” dos bancos sobre os pobres depositantes, ou com os elevados spreads e taxas de utilização etc.
Hoje, as taxas de juro dos depósitos a prazo deveriam subir para valores brutos em torno dos 4 a 5% nas aplicações a longo prazo. A banca aposta forte nesta captação de poupança no final do ano, que perdem atractividade, nomeadamente em termos fiscais.
Mas alguns bancos estão a fazer depender a oferta de juros mais altos de um maior grau de relação comercial por parte do cliente, ou seja, o chamado cross selling. Para obter taxas mais elevadas é necessário que o aforrador possua uma carteira com vários produtos do banco, que resultam numa 'amarração' a longo prazo à instituição. Desde a domiciliação de ordenado, pagamento de despesas ou mesmo a subscrição de um PPR, tudo isto é exigido para se conseguir juros mais elevados. Trata-se de um conceito que é normalmente aplicado a produtos de crédito, para se conseguir reduzir o spread .
Ou seja, os juros variam de acordo com o saldo médio de um conjunto de produtos elegíveis, como seguros, PPR ou fundos de investimento e domiciliação do ordenado, mais o débito de pagamentos domésticos ou cartão de crédito. Tudo, formas de baixar, de facto, a compensação para com quem poupa!
Nesta terra continua a não valer a pena ser bom cidadão, os “oportunistas e esbanjadores”, vivem melhor, e com menos preocupações e responsabilidades! Até quando? Num mundo globalizado, por que esperam estes bons cidadãos para colocarem os seus "pés-de-meia" onde melhor os remunerarem? Protegendo-se, assim, contra a bancarrota. Ninguém lhes agradece nada! Então .... ?
António Reis Luz
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