Portugal não vive apenas uma crise económica, financeira e social. Vive também uma crise ética, moral e de valores. Uma crise que é mais profunda do que se pensa e mais séria do que se imagina. Uma crise que contamina a nossa sociedade, as nossas instituições e a nossa democracia. Uma crise que leva os cidadãos a estarem cada vez mais descrentes e desconfiados de todos aqueles que os representam.
Não gosto de ser alarmista nem de cultivar falsos moralismos. Mas a verdade é que começa a ser tempo de sermos mais exigentes em relação à democracia em que vivemos e, especialmente, em relação aos políticos que temos.
Quando há dois anos critiquei a “trapalhada” do que se passou com o caso da licenciatura do primeiro-ministro, não o fiz por chicana política ou táctica partidária. Fi-lo porque o que daquele caso irradiou para a sociedade foi o exemplo. O mau exemplo. Em vez de se dar aos jovens o exemplo de que tirar um curso superior é uma questão muito séria, que exige rigor, disciplina, esforço e mérito, a imagem que passou foi a da habilidade, do “chico-espertismo” da mera preocupação com o título académico. ( ... ) Ora, o bom exemplo, é mais importante que as melhores leis que possamos aprovar e que os discursos mais brilhantes que possamos fazer. E, além do mais não custa dinheiro nem contribui para o défice público.
Luís Marques Mendes
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