A nossa democracia nasceu de forma extremamente complicada, no-pós 25 de Abril. Seguiram-se tempos muito conturbados, com a tentativa do Partido Comunista de, a qualquer modo, controlar o poder. Greves, manifestações, comícios, barricadas e tentativas de golpes militares, houve de tudo! Muitos portugueses resolveram abandonar o país e até ao 25 de Novembro de 1976, não mais houve um dia de sossego. Os militares revoltosos não estavam preparados para governar o país.
De referir também a descolonização, com a vinda de milhares de pessoas do chamado “ Ultramar”, o que também constituiu um factor de forte agravamento da nossa situação.
É muito difícil dizer quem mandou no país neste período altamente conturbado, dado que as Forças Armadas estavam completamente divididas e o “Poder” estava na rua. O chamado “ Conselho da Revolução”, sem experiência política, ia fazendo o que podia, mas que era notoriamente pouco, muito pouco. O oportunismo tomou conta do país e a situação financeira foi-se degradando completamente.
Com o 25 de Novembro de 1976, lá foram aparecendo os partidos políticos e, aos poucos, se foi ganhando maior estabilidade.
É forçoso dizer-se que, a democracia há tanto esperada, não chegou da melhor forma. O nosso país foi tomado pelas pessoas mais oportunistas e menos escrupulosas. Grande parte dos nossos melhores técnicos e quadros, tinham sido compulsivamente afastados, até do seu próprio país.
A situação económica degradou-se tanto, tanto, que só com o recurso ao FMI, se conseguiu, a muito custo, reencontrar algum equilíbrio. A entrada de Portugal na União Europeia ajudou, com a cedência de volumosos fundos, destinados ao seu desenvolvimento. Muitos destes fundos foram, entretanto, consumidos sem proveito para o País e do seu desenvolvimento.
Finalmente que democracia temos em Portugal?
Não é fácil dar uma resposta a esta pergunta. Todavia, podemos responder com outra pergunta: Portugal melhorou desde que pretendeu ser um país democrático?
Aqui, os donos da democracia saltam e apregoam toda uma série de conquistas! Só será de lhes darmos crédito se da comparação com outros países europeus e democráticos, os nossos indicadores, se situarem na média dos países da União Europeia. E isso não acontece. Nem pouco mais ou menos!
Os nossos partidos políticos não têm funcionado como deviam e se exige. A nossa comunicação social também não, afastou-se do verdadeiro esclarecimento político e social. Assim, o povo não evolui nos seus critérios políticos de escolha de candidatos, já de si, longe de parâmetros aceitáveis. Fica presa fácil dos demagogos, oportunistas e mentirosos. Mesmo em momentos cruciais, como acontece agora, em que os responsáveis pelas dramática situação de Portugal estão nas sondagens com possibilidade de continuarem no poder! Aí temos de novo o nosso conhecido FMI!
António Reis Luz
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