Desde que Salazar amealhou várias toneladas de ouro para o património nacional que não se recolhia tanto metal como aconteceu nos últimos mil dias em Portugal. Só que, em vez de ir para os cofres do Banco de Portugal, os portugueses desfazem-se de todo o seu ouro para sobreviver à crise, por medo de assaltos e por ter atingido um alto valor. A sangria dourada verifica-se desde 2008 e a Alemanha é o destino das barras em que as jóias de ouro dos portugueses estão a ser fundidas
A crise, o medo de ser assaltado e uma extrema valorização são as principais razões que, desde 2008, têm levado os portugueses a desfazer-se vertiginosamente da maior parte dos objectos de ouro quem têm em sua posse.
A febre de venda de ouro que atingiu os portugueses subiu a um grau tão alto que Albino Moutinho, o proprietário da fundição que em Gondomar transforma as jóias, libras e outras moedas e todo o tipo de objectos deste metal em lingotes de ouro para vender à Alemanha, acredita que em dois anos os portugueses esgotarão este tipo de bens que lhes têm vindo a assegurar um complemento aos salários e a pagar crédito malparado. ( ... )