" Existe uma segunda tendência na era democrática que conduz os homens < por um caminho mais longo, mais secreto, mas mais seguro (e) que desemboca na servidão>. Esta é a tendência para a centralização e a uniformização a tendência para o reforço do poder político central e para o alargamento ilimitado da sua esfera de intervenção. Tocqueville analisa com notável rigor os muitos factores que contribuem para que a paixão da igualdade alimente a centralização e a uniformização. Entre eles, sobressai o que gostaríamos de designar por "falácia" de Rosseau", esse notável e maníaco profeta do despotismo igualitário na época moderna que Tocqueville leu atentamente: porque o governo é agora de todos e não já apenas de alguns, o homem democrático vai imaginar que, como pregou Rosseau, todo o poder que conceder ao poder pertence ainda a si próprio - dado que ele próprio participa na governação. Por outras palavras o homem democrático, em princípio independente e insubmisso, vai paradoxal e voluntariamente atribuir ao <governo de todos> um poder ilimitado e incomparavelmente superior ao poder de alguns que, na era aristocrática ou pré-democrática, era tradicionalmente limitado - pela religião, pela moral concebida acima de todos e de cada um, e, enfim, pela pluralidade de pólos aristocráticos que constituíam freios e contrapesos ao poder central do monarca."
João Carlos Espada
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