Quando pela primeira vez alguém me disse que a culpa do estado em que está o país era do povo, fiquei indignado. Então ele sofre cada vez mais e ainda é o culpado ? Os portugueses que vão para o estrangeiro são cidadãos e trabalhadores exemplares, e aqui são os culpados desta situação calamitosa ?
De uma coisa temos a certeza; todos nós temos alguma culpa, mas sem uma mudança radical e profunda, não vamos lá ! Ouvidos moucos àqueles que se indignam com os chamados “ profetas da desgraça”, com o “ bota-abaixo”, sem estes, já teríamos chegado ao fim da linha, ou seja, à bancarrota. Essa é a verdade ! Uma sociedade deve ser crítica quanto baste. O nosso “Zé Povinho” é demasiado acomodado e cordato! Entretanto os políticos ( os de esquerda ) esfregam as mãos de contentes. A vida corre-lhes bem ! Basta dizerem-se de esquerda e os votos aparecem nas urnas ! O dinheiro do povo é gerido por eles sem responsabilidade, nem critério, mas com total desprezo por aquilo que não lhes custou suor ou risco algum. Quem será que vota na esquerda, além dos grandes empresários ? Infelizmente gente demais e vezes de mais !
José Adelino Maltês vê em Portugal o « País mais à esquerda da Europa». Aqui, diz, « até a direita é social-democrata e os empresários vivem no conúbio devorista que gerou a casta bancoburocrática de que falava Antero de Quental» ! Parece ser uma realidade e, agora, com a crise, ainda mais. Por outro lado, « os cidadãos tendem a preferir um emprego no Estado e a esperar que seja o poder público a resolver todos os problemas, do mesmo modo que revelam uma atitude de reverência perante esse poder ou quem o personifica». É estranho muito estranho. Há menos de setenta anos o nível de vida no mundo, em Portugal ainda mais, era baixíssimo. As experiências socialistas ocorridas no início do último século foram desastrosas. Os povos saídos dos regimes comunistas ( expoente máximo do poder Estatal ), apareceram à luz da liberdade mundial despidos de tudo quanto se pode classificar de qualidade de vida.
Por outro lado, a economia de mercado trouxe aos povos, dos chamados países democráticos, uma qualidade de vida impressionante. Quase inimaginável! Também liberdade e democracia !
Tal economia deu lugar ao chamado empresário, como motor deste desenvolvimento ! Sem ele não há economia de mercado e sem esta não pode existir “ sociedade civil ”, nem mesmo democracia ! O desenvolvimento no mundo foi deslumbrante. É verdade, que nem em todo o mundo. Ao invés, um Estado forte ( musculado ) é sempre devorador para uma sociedade civil fraca, e atentatório das infracções mais comuns às liberdades individuais. A Europa do norte, percebeu isso, tem uma sociedade civil forte . Ao sul, principalmente em Portugal, ainda não. Aqui o povo é culpado por forçar a que a esquerda esteja no poder. Fá-lo por instinto ! Não tem quem lhe facilite um conhecimento mais real da verdade. A esquerda e alguns oportunistas da direita introduzidos na esquerda, colaboram, sem remorsos, enganando o povo. A comunicação social, também ela imbuída do mesmo pendor esquerdista, nada contribui para fazer o povo trabalhador perceber que ganharia muito, em fazer alternância . O socialismo há muito que está metido na gaveta pela Internacional Socialista !
Não tem havido um esforço sério para fazer o povo entender o que é o Estado. Alguns dizem; o Estado somos nós. É verdade, mas é curto. O estado é muitas outras coisas comprovadas :a) É mau empresário, b) É esbanjador sem limites, c) Tem de ter funções bem especificadas e limitadas e não tem, d) Pode, e deve, dentro delas ter um papel regulador de parceria com outras realidades da sociedade, nunca só, e) A despesa que o delicía, deve ser aquela que os impostos dos trabalhadores e das empresas pode suportar, sem entraves para a sua competitividade, f) Não pode ser nunca um “Estado Patrão”, tem de saber conviver com todas as outras variáveis sociais que, por sua vez, convivem na sociedade civil . g) Não sabe o que é criar riqueza, só faz despesa ,para os nossos netos pagarem. h) Agora até dizem que são eles ( netos ) que irão usufruir dessa despesa. Pouca vergonha. A vida deles ( netos) terá de resultar das suas opções, nunca poderão nascer com um saco de 50 quilos amarrado às suas costas! O saco deixado pelos socialistas já mortos.
Nada, nem ninguém, está acima de interesse geral da população, a força motora do país tem de sair de uma comunhão conjunta de esforços tendo em vista o bem comum. Ninguém pode tomar decisões graves, como criar despesa insuportável, para hoje e aman hã, sem um consenso nacional.
Chegados a este ponto, é confrangedor assistir neste momento de crise, a um Governo gastando sem “Rei nem Roque”, definindo prioridades absurdas e criando despesa, até para efeitos da sua campanha eleitoral, sem que ninguém lhe deite a mão e possa gritar, basta ! Os grandes empresários aceitam o esbanjamento, porque também comem do saco. O povo é quem paga e julga que está no bom caminho ! Isto não é democracia, mesmo daquela chamada de representativa, que existe há milhares de anos, sem evoluir. Está bem assim, para os senhores que controlam o "sistema político" . É vê-los em poucos anos a gozarem de enriquecimento ilícito ! Sem crime nem castigo.
A verdadeira democracia está congelada pelos interesses ditos "socialistas". Nem quero lembrar que, da mesma idade, foi concebida a democracia participativa ! Deveríamos caminhar nesse sentido. Da participação do povo, muito para além do voto enganador que lhe permitem. Lentamente, é certo. Mas sem patrões do dinheiro alheio ! Pobres com tiques de rico. Socialistas de bolso cheio.
Como pode alguém sentar-se numa cadeira do poder e decidir tudo, sem a colaboração das outras esferas siciais ? Que o não são, mas deveriam ser também, poder. Por vezes, alguém que nos mente, que nos intruja, que nos despreza e que, apesar disso, o povo quer no poder porque julga que ele tem uma varinha de condão e com ela faz dinheiro. É este o engano em que cai o povo . Não, não há varinha nenhuma. É o dinheiro do povo e dos empresários pago em impostos, porque o país está mal gerido. Gerido por incompetentes !São esses incompetentes que se apoderam do nosso dinheiro ilegalmente ! São homens que sem o actual Estado ( o dinheio do povo ), nada eram. E nada são.
O Estado não nos dá nada : educação, saúde, reformas, portagens, cemitério, etc. nada nos dá de graça , dão-nos aquilo que nós já pagámos com os impostos a que nos brigam ! É falso que ele, Estado, nos dê alguma coisa ,como aparece Sócrates a prometer e, por isso, é socialista e de esquerda. A verdade é que tudo isto é mentira. Provavelmente, se todos estes cuidados fossem realizados por empresas privadas, teríamos melhor qualidade nos serviços prestados e não pagaríamos tanto. É com esta mentira e com esta ocultação ao povo da realidade, que as gentes de esquerda se vão mantendo no poder e atirando este país para a pobreza. É por isso que não querem menos Estado. O Estado é o seu ganha pão ! Quanto maior e improdutivo, melhor.
Foi a economia de mercado que modificou o mundo para uma vida com qualidade para todos, não foi o Estado ou o socialismo ! Onde há socialismo, há miséria.
O Estado será sempre aquilo que a nossa economia o permitir. Se o Estado quiser gastar para além disso, como está a acontecer neste momento, Portugal cairá na bancarrota. Estamos perto dela, e este abismo vem de mais Estado, em lugar de menos e melhor Estado. Sócrates, há meses atrás, pôs em prática medidas rotuladas de direita em qualquer parte do mundo, muitas. Para servir o capital, agora, com uma crise à porta, que poderia servir para um salto em frente, diz-se de esquerda, nunca parando de mentir ao povo. De gastar os parcos dinheiros do Estado.
Que este povo vai perceber isto um dia, não tenho dúvida, quando já não sei. Espero que falte pouco, para que, o mesmo povo, não tenha que sofrer muito. Este momento de crise deveria ser aproveitado para a sociedade dar um salto em frente. Com respeito pelos empresários. Indispensáveis numa economia de mercado. Mas com muito mais repeito pelo povo. Dar um salto qualitativo. Melhorar e dignificar o "sistema político". A proveitar para criar uma maior união entre os empresários, tendo em vista, pô-los a pensar, também, em fins sociais e não só em lucros. Seriam eles, voluntariamente, que deveriam garantir fundos sociais a favor dos mais necessitados, saídos da riqueza que eles e os trabalhadores criaram. Sócrates não cria riqueza nenhuma. Saído do poder vai acolher-se nas empresas de algum capitalista, dos muitos que ele está a financiar ! Os políticos estão a mais na forma como actuam. Têm de mudar de vida.
Que o mundo mude depressa, para bem de todos, agora, o socialismo é uma mentira maior que foi o defunto comunismo. Aceitemos todos, as regras de uma economia de mercado, que nos tiraram da miséria vivida até à primeira metade do último século. Vamos aperfeiçoar o nosso sistema político, dar-lhe mais verdade e transparência. Mais sentido humanitário. De resto, o socialismo, é uma requintada mentira. Portugal vai votando à esquerda e está cada vez pior ! Melhor, só para os políticos socialistas e os capitalistas ! Para os corruptos também. O povo piora sempre ! Até quando ?
Os outros países irão sair da crise mundial. nós portugueses também. Só que Portugal ficará mergulhado, por muitos anos, noutra crise. Nossa, muito nossa, a crise do socialismo que nos governa desde 1995 ! A crise do Estado esbanjador.
Para terminar parece lógico concluir de que se temos de mudar de povo, também temos de mudar de políticos !!! Eles refinam os defeitos do povo.
António Reis da Luz