“ Quem vê Maria José Morgado na rua não adivinha quem ali vai. Pequena de estatura e peso, indumentária comprada na Ana Salazar, um enorme relógio desportivo, passo curto e rápido. Não parece uma agente da autoridade e muito menos a magistrada implacável que tem fama de ser. Em 1980 começou como delegada e viria a ser coordenadora do Tribunal da Boa-Hora. O anterior PGR, Cunha Rodrigues, deu-lhe duas missões especiais: conduzir a acusação no julgamento de Carlos Melância e destacou-a para o processo dos hemofílicos, se tivesse chegado à barra do tribunal. Tinha passado para o Tribunal da Relação quando Luís Bonina a foi buscar, em Novembro de 2000. Os casos Vale e Azevedo, directores de finanças, agentes da GNR, fornecedores de barcos da Expo-98, fraudes ao fisco e nas telecomunicações e farmácias criaram a ideia de que os crimes de colarinho branco começavam a ser atacados.
Por ela ainda poderia (agora já não pode) vir a passar o que falta esclarecer sobre as ligações de Paulo Portas à Moderna. No primeiro semestre, a sua Direcção fez mais de 300 buscas, 75 detenções e 3000 interrogatórios e inquirições, uma produtividade que Adelino Salvado promete intensificar com os projectos que tem para a polícia. Fica a promessa.
O combate aos crimes dos poderosos despertava-lhe bem mais interesse do que a outra criminalidade, fosse pequena ou violenta. Assumiu, com empenho, o papel de justiceira.”
Expresso 31 Agosto 02
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