02 Outubro 2010
Mara Fava trabalha na organização do arquivo histórico. Irmã da ex-mulher de José Sócrates passou de precária a assessora da administração.
A EPAL, empresa pública tutelada pelo Ministério do Ambiente, contratou em Junho deste ano, já em plena derrapagem das contas públicas, a cunhada do primeiro-ministro para assessora do conselho de administração. A admissão de Mara Mesquita Carvalho Fava, irmã de Sofia Fava (ex-mulher de José Sócrates), nos quadros da EPAL ocorreu após quase dois anos como trabalhadora da empresa a recibos verdes. A cunhada de José Sócrates terá um salário mensal bruto de 2103 euros, acrescido de 21,5% do ordenado por isenção de horário de trabalho.
O ingresso de Mara Fava nos quadros da EPAL foi revelado pelo próprio jornal da empresa: na edição de Junho de 2010 do ‘Águas Livres’, na coluna Movimento de Pessoal, indica-se que foram admitidas Mara Fava e Mariana Barreto Dias de Castro Henriques, mulher de Jorge Moreira da Silva, ex-secretário de Estado do Ambiente, ex-consultor do Presidente da República e vice-presidente do PSD. A EPAL diz que "a admissão das duas funcionárias referidas fez-se de acordo com as regras em vigor na empresa e de acordo com a avaliação do curriculum e desempenho efectuada pelos serviços respectivos". E frisa que, "desde 2005, foram admitidos na empresa 111 novos colaboradores".
Como Mara Fava é irmã da ex-mulher do primeiro-ministro e o presidente da EPAL, João Fidalgo, foi nomeado para este cargo no primeiro Governo de José Sócrates, em 2005, o CM tentou saber junto do gabinete do chefe do Executivo se Sócrates tinha conhecimento do ingresso de Mara Fava na EPAL. Até ao fecho desta edição, não obteve resposta.
A Comissão de Trabalhadores, em resposta ao CM, assume que o assunto "é falado entre os trabalhadores da EPAL e em termos nada abonatórios para os envolvidos directa ou indirectamente na sua admissão, assim como para a justificação do vencimento mais isenção de horário de trabalho".
Tudo porque, diz, essas pessoas "foram admitidas com a categoria de assessoras, para assessorar um assessor do conselho de administração para a organização do Arquivo Histórico da EPAL, com um vencimento muito superior a qualquer admissão vulgar de início e isenção de horário de trabalho".
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