A crise da dívida soberana não tem solução. Ou, melhor dizendo, tem: a União pode transformar-se numa real entidade política, económica e financeira, dispondo de mecanismos de transferência entre estados; ou, então, os países periféricos devem pensar em reestruturar as suas dívidas, abandonando a ilusão de que mais endividamento é a resposta ao endividamento.
O plano da sra. Merkel, pelo contrário, não é carne nem peixe: é uma mistura de austeridade alemã com optimismo económico que promete partir a espinha das economias deficitárias e alienar-lhes a réstia de independência económica.
Isto, que é trágico, não perturba o nosso primeiro-ministro, que aplaudiu o projecto de pé e fez juras de obediência eterna a Berlim. Na cabeça de Sócrates, o pacote da sra. Merkel evita a vinda do FMI (não evita) e ele, salvador da pátria, pode regressar a Lisboa para viver o seu reinado até ao fim. No meio deste negócio, a única coisa que se espera é que sejam os nossos parceiros europeus a defender os nossos interesses, recusando a proposta de Merkel. O eng. Sócrates, definitivamente, já só defende os dele.
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