O boicote do Governo socialista à eleição presidencial
O Ministério da Administração Interna não pode reduzir o assunto aos «sistemas de SMS, o portal do eleitor e o 'call-center'» porque há uma série de decisões tomadas que conduziram a este resultado. Um resultado que já se previa, atendendo aos problemas públicos com a votação com Cartão do Cidadão nas eleições de 2009. Quais foram as decisões premeditadas pelas quais o Governo socialista deve responder?
- Não envio a todos os eleitores do novo número de eleitor;
- Não envio a todos os eleitores da nova freguesia de votação;
- Mudança de local e secção de voto de eleitores, na mesma freguesia
- Não envio a todos os eleitores da nova secção de voto na mesma freguesia;
- Não realização da necessária campanha nas televisões e demais media, prevenindo os eleitores do problema.
Estas decisões não foram, que se saiba, contestadas pela Comissão Nacional de Eleições e o povo não foi prevenido, em tempo, desta dificuldade. A Comissão Nacional de Eleições, se entendia - e tem a obrigação legal de verificar - que havia problemas, tinha de os denunciar publicamente para que fossem postas em acção, sob pressão dos outros partidos, as medidas correctivas e o escrutínio não fosse manchado com a alegação de fraude. O objectivo indisfarçável era um maior abstencionismo da população idosa e menos instruída que provocasse uma diminuição e desmotivação do voto preferencial no Prof. Cavaco Silva, que, todavia, consegui ser eleito á primeira volta, mesmo sob este boicote eleitoral.
Estas decisões tomadas pelo Governo socialista inseriram-se numa tremenda campanha de promoção do abstencionismo, em que os media de confiança, e a própria RTP, participaram. O resultado está à vista: o escrutínio não foi regular e a responsabilidade é do Governo socialista.