A promiscuidade reinante na actual vida política, que contagia todo o tecido da sociedade, o modo de total falta de transparência utilizado pelo “Sistema” em toda a sua actividade, incluindo processos desburocratizados, e o modo como são aliciados e pagos os seus servidores, arrasa a confiança dos cidadãos, mesmo inconscientemente.
É disto que toda a gente vai murmurando! Principalmente os arautos da igualdade, que empossados em cargos de grandes responsabilidades se esqueceram de pagar as promessas a toda uma geração, desalojando para as gerações vindouras os sacrifícios mais penosos. A justiça igualitária tão prometida, não só em Portugal mas por todo o mundo, de tão afastada, já ninguém a vê.
O mal já vem de muito longe. Os racionalistas tradicionais, insistem em mudar radicalmente tudo o que deve ser evolutivo. É assim, sem rebuço, com as chamadas “medidas fracturantes”! Sem nunca atingirem os seus objectivos, vão deixando um rasto de marasmo, perda de confiança e destruição, por tudo o que é canto. Em lugar de pararem para reflectir, aceleram na caminhada louca. De Platão a Rousseau até Marx e seus discípulos. Rumou-se ao dogmatismo, ao relativismo, até se ignorarem os valores mais fecundos da nossa secular sociedade.
Suportámos entre outros Estalin, Itler, Mao ou Kim Il Sung. Dos exemplos mais recentes podemos citar Fidel de Castro e Saddam Hussein. Todos falaram de socialismo, liberdade e igualdade. A um e a outro o herói do nosso 25 de Abril (Otelo), chamou homens de esquerda. Porquê? Os dois defendem, ou defenderam, o princípio da igualdade. A esquerda defende-a e considera-a uma meta a atingir. Também o céu é uma meta a atingir!
A direita rejeita tal conceito de sociedade, pois acredita somente na valorização das diferenças. Ao apregoar a igualdade, a esquerda cativa o votante mostrando mais humanismo e sentido de justiça. Induz o povo em logro! Sendo, todavia, as pessoas diferentes, a igualdade só se consegue pela repressão e os seus maiores anunciadores acabaram sempre por se tornarem ditadores. Ou lideres fortemente carismáticos.
Com o aumento da influência desta gente, ferozes na oposição e incompetentes na governação, fomos assistindo ao progressivo enfraquecimento da cultura social e da própria dignidade da “Pessoa Humana”. Em nome dessa anunciada igualdade subestimou-se a preocupação social autêntica. O papel das famílias na educação dos seus filhos, e os valores, mais caros à sociedade, foram sendo deliberadamente desprezados. A crise de valores era inevitável e a perda de referências estáveis, instalou-se. A bandeira demagógica empunhada, foi e continua a ser “Liberdade e Igualdade”.
Pouco importa o mérito e a criação de riqueza! São coisas secundárias.
Também se fala muito de “tolerância”, mas nunca de responsabilização.
Entretanto a bandeira já está descolorida pelo tempo passado e as coisas modificaram-se e agravaram-se, sempre para pior.
António Reis Luz
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