DIÁRIO ECONÓMICO - (Debate com Ferro Rodrigues) 19 -07-1995
A pensarem no objectivo inflação, a maioria das pessoas terão tendência a classificá-lo como objectivo eminentemente económico. Com efeito, na maioria dos países assim é. Só que, em Portugal, na actual conjuntura, o objectivo inflação é, acima de tudo, um objectivo de natureza política.
Sendo certo que o peso político dos estados-membros aderentes à moeda única logo no seu início será substancialmente maior do que o dos restantes, é, obviamente de todo o interesse tentar prosseguir esse desiderato.
Por outro lado, não será possível a qualquer candidato integrar esse pelotão inicial, se a sua actual moeda não tiver vivido um longo período de estabilidade cambial, que, por sua vez, só se consegue com um diferencial de inflação muito reduzido face aos parceiros comunitários.
Deste raciocino se depreende, portanto, que o objectivo de redução do diferencial de inflação acaba por ser nuclear do ponto de vista político. Dirão os críticos desta perspectiva que uma política desinflacionista levada às suas últimas consequências poderá criar sérios problemas ao nível do crescimento económico e do desemprego. É uma observação pertinente, só que qualquer sobreaquecimento da economia pode ter efeitos positivos imediatos, mas, na fase seguinte, terá custos bem pesados. Por outro lado, o mercado único só funciona na sua plenitude com uma moeda única.
. O CONCEITO DE SERVIÇO PÚB...
. ENDIVIDAMENTO PÚBLICO E P...
. A SACRALIDADE DA PESSOA H...
. 200 000
. A VERDADE PODE SER DOLORO...
. IMAGINEM
. PORTUGAL, UM PAÍS DO ABSU...
. CIVILIZAÇÃO Pré-histórica...
. UMA SOCIEDADE SEM "EXTRAV...
. O POVOADO PRÉ-HISTÓRICO D...
. AS INTRIGAS NO BURGO (Vil...
. MANHOSICES COM POLVO, POT...
. NOTA PRÉVIA DE UM LIVRO Q...