Inserido em 24-01-2011 08:17
Sem bombos e sem festas, o país regressa hoje à sua realidade. Depois de apagadas as luzes da festa presidencial, é bom reter alguns números: não votaram 5.139.726 pessoas.
Fernando Nobre e José Manuel Coelho, os candidatos anti-sistema, tiveram 783.208 votos.
Mas como a democracia não contabiliza nem interioriza estes números no “day after”: Cavaco fica contente, porque se mantém em Belém. Sócrates fica contente, porque assim sabe com que contar, cenário que não ocorreria se para lá fosse Manuel Alegre.
Passos Coelho e Paulo Portas ficam contentes, porque julgam que assim será mais fácil chegar ao poder.
No final, pouco ou nada mudou, a situação é a que é e Cavaco não vai mudar de estilo, por isso, a crise política vai ter que esperar melhores dias ou um erro de Sócrates, que está longe de querer deixar o palco para os senhores que se seguem.
Enquanto isso, uma larga maioria dos portugueses, mais de cinco milhões, prefere tentar sobreviver alheio à classe política. O problema é que, com mais ou menos votos, as eleições são legítimas e aos que não votam resta acatar sem protesto as decisões dos políticos.
Estava na altura de a maioria silenciosa perceber que, em democracia, o melhor mesmo é fazer-se ouvir.
Mas como a democracia não contabiliza nem interioriza estes números no “day after”: Cavaco fica contente, porque se mantém em Belém. Sócrates fica contente, porque assim sabe com que contar, cenário que não ocorreria se para lá fosse Manuel Alegre.
Passos Coelho e Paulo Portas ficam contentes, porque julgam que assim será mais fácil chegar ao poder.
No final, pouco ou nada mudou, a situação é a que é e Cavaco não vai mudar de estilo, por isso, a crise política vai ter que esperar melhores dias ou um erro de Sócrates, que está longe de querer deixar o palco para os senhores que se seguem.
Enquanto isso, uma larga maioria dos portugueses, mais de cinco milhões, prefere tentar sobreviver alheio à classe política. O problema é que, com mais ou menos votos, as eleições são legítimas e aos que não votam resta acatar sem protesto as decisões dos políticos.
Estava na altura de a maioria silenciosa perceber que, em democracia, o melhor mesmo é fazer-se ouvir.
Raquel Abecasis