Quinta-feira, 12 de Março de 2009
| Classe média e desempregados protestam em toda a Argentina Enfurecidos com o aumento desenfreado do desemprego, o crescimento da pobreza - que quase engloba metade da população -, a disparada dos preços dos alimentos da cesta básica e com o "curralito", como é conhecido o semicongelamento de depósitos bancários, milhares de desempregados e integrantes da falida classe média argentina protestaram, ontem, nas ruas das principais cidades do país. Os protestos, que incluíram um "abraço" simbólico ao Congresso Nacional e piquetes nas estradas de acesso à capital argentina, coincidiram com a comemoração dos dois meses da queda do governo do ex-presidente Fernando de la Rúa (1999-2001), quando iniciaram os "panelaços" populares. No fim da tarde de ontem, milhares de desempregados e moradores dos bairros portenhos concentraram-se na Praça de Mayo, na frente da Casa Rosada, para protestar contra a política econômica do governo do presidente Eduardo Duhalde. Os protestos também foram dirigidos contra a Câmara de Deputados, que hoje deverá iniciar o debate do projeto de Orçamento Nacional. O projeto é impopular, pois prevê uma série de cortes orçamentários que poderiam agravar a crise social que assola a Argentina. O vice-ministro da Economia, Jorge Todesca, admitiu diante de uma comissão parlamentar que desde outubro o número de "novos" pobres e indigentes aumentou em 1,4 milhão de pessoas, que se somam aos dez milhões já existentes. (AE) | |