Quem ouvir os noticiários , ler os jornais e alguns livros e for ouvindo os telejornais, procurando estabelecer uma relação entre as notícias, depara certamente com acontecimentos aparentemente sem lógica, mas que se percebe não acontecerem por acaso, tal o grau de eficiência que existe na sua execução.
Ouvi com muita atenção e respeito o discurso do Senhor Presidente da República no anúncio da sua candidatura a Belém. A ninguém pode restar dúvidas de que ele é uma pessoa competente e muito honesta. Tocou a minha sensibilidade, quando o ouvi dizer que nunca seria o Presidente de qualquer "grupo" ou "facção", mas sim de todos os portugueses! Não esperava outra coisa, mas, no dia seguinte quando procurei nos jornais esta afirmação feita por ele, não a encontrei em nenhum!
É como se um conjunto de pessoas, não expostas, mas muito influentes, através de um complicado sistema de cordelinhos, conseguissem encaminhar todos os acontecimentos a seu belo prazer, supõe-se também que com vantagens próprias asseguradas. Provavelmente tudo não passará de simples coincidência, ou mesmo pura alucinação. Mas, em boa verdade e realidade, os valores são relegados e combatidos, as teorias do “relativismo” são acarinhadas e defendidas.
O mau uso e concepção da “tolerância” atiram-nos para o meio do extenso “lodaçal” em que vivemos. O mérito, a honestidade, o desempenho, a competência e a inteligência das pessoas parecem ser um estorvo à funcionalidade do “Sistema” que tudo controla.
Este, prefere o servilismo de legiões de “clones” onde abundam o oportunismo, a denúncia, e a incompetência, ou mesmo, o analfabetismo endémico. Dessa forma conseguem um total domínio estruturado, no mau sentido, da nossa Sociedade Civil ! Foi assim que se deu o aparecimento da descrença e da desmotivação colectiva, por todo o País.
A suspeita e o desencanto são o estado de espirito do povo. Qualquer pessoa mais resoluta e forte no seu carácter é sempre traída no seu idealismo pelo poder, pela corrupção e pela mentira. Foi assim, também, que as palavras mais bonitas do candidato foram pela "porta fora"!
Antonio Reis Luz