Paulo Rangel reafirmou ontem, em Torres Vedras, a agricultura como uma das suas principais preocupações. Segundo o candidato, a agricultura deve deixar de ser encarada numa perspectiva estritamente económica, mas como uma “questão estratégica de defesa nacional”.
De facto, Portugal transformou-se rapidamente num país com uma economia eminentemente terciária, de prestação de serviços, não apostando na produção de bens tangíveis.
Paulo Rangel salienta a necessidade do país em ter “reservas agrícolas”, denunciando o plano económico socialista. Portugal deverá voltar a virar-se para a produção agrícola como aposta na criação de riqueza e valor internos, apoiando a agricultura e os agricultores. O país deve manter uma capacidade de produção que garanta a autonomia perante os mercados internacionais.
A aposta no desenvolvimento da agricultura é, também, necessária na medida em que esta contribuirá para atenuar as disparidades entre interior e litoral. De qualquer forma, lembrem-se zonas bastante próximas de Lisboa e com uma componente agrícola significativa e frequentemente esquecida, nomeadamente: Azambuja, Mafra, Torres Vedras e Sintra. Uma aposta forte e clara neste sector de actividade teria repercussões positivas em todo o território nacional.