Em 2009, um em cada cinco portugueses ou era pobre ou vivia no limiar da pobreza. Os dados são do INE e foram divulgados na quarta-feira.
Acontece que nos mais de nove meses que entretanto passaram, que não foram de bonança, a situação só pode ter piorado. E, como dizia ontem ao Público o padre Jardim Moreira, da Rede Europeia Antipobreza, o que se antevê para os próximos tempos é que «o cenário vai agravar-se e muito» com as medidas contidas na proposta de Orçamento de Estado para 2011.
Pobre gente. Pobre país.
Esse é o drama da gente: é que o país é pobre. E andou tempo de mais a viver a fingir que era rico - a fingir, porque rico não vive assim: não pede, cobra; não gasta, investe; não desperdiça, cria valor; não subtrai, multiplica... Por isso é que é rico.
Portugal é pobre. E mais pobre vai ficar com um Orçamento que inevitavelmente vai ter de ser viabilizado no Parlamento, com ou sem sensibilidade do Governo às propostas, às sugestões, às condições, aos pressupostos, ao ultimato, seja qual for o nome que se quiser dar aos seis pontos que o PSD esta semana lançou para o centro do debate político nacional.
Não tem alternativa, nem há volta a dar.
Os mercados internacionais não perdoariam, a Europa não toleraria, os Estados Unidos não compreenderiam e por aí fora.
Pobre não manda, sujeita-se. ( ... )
Mário Ramires
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