"Parte da classe política dessa geração sacrificada (nascida em 60 e 70) até já se acautelou pessoalmente à custa do dinheiro de todos." A frase é de António Nogueira Leite, economista, ex-secretário de Estado das Finanças, colunista do CM, e foi escrita anteontem neste jornal.
Quem não goste de António Nogueira Leite vai começar por lhe exigir que diga o que sabe e que não se fique por uma insinuação genérica. Quem queira fazer um debate minimamente sério sobre estas matérias, porém, sabe que ela corresponde a uma das mais pantanosas realidades da vida política portuguesa: a exteriorização de sinais de riqueza por parte de pessoas que estiveram sempre no exercício de cargos públicos, sem que se lhes conheça o exercício de profissões liberais durante esse tempo, ou que não têm pura e simplesmente qualquer profissão conhecida.
Essa é a gente que "pessoalmente se acautelou à custa do dinheiro de todos" e está distribuída em lugares cimeiros dos partidos, de ministérios e direcções-gerais, de empresas públicas e do chamado sector empresarial do Estado. Essa é gente que cobra percentagem pelo poder que tem. Um poder de decisão para concessionar, atribuir, adjudicar, desbloquear e facilitar. Que gere milhões incontáveis de desperdício. Falta é começar a pôr--lhes todos os nomes e, aí, exige-se uma palavra a todos os órgãos de escrutínio do Estado. Essa é a urgência que queima em Portugal.
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