Inserido em 28-09-2010 09:05
Em democracia, Portugal nunca conseguiu ter em ordem as contas do Estado, excepto pontualmente (em 1913, por exemplo). Será a democracia, entre nós, incompatível com o equilíbrio das finanças públicas? Ainda falta provar que não.
Pior: muitos portugueses parecem ter desistido de combater os défices orçamentais por sua iniciativa e esperam que, de fora, nos imponham as correcções necessárias.
De facto, assim aconteceu com a vinda do FMI em 1978 e 1983. No fim da década de 90, o objectivo de entrar no primeiro grupo do euro (o que exigia uma défice abaixo de 3% do PIB) foi atingido, infelizmente graças ao aumento da receita fiscal provocada pela expansão económica desses anos e não pela redução da despesa.
Depois de entrar na moeda única, Portugal baixou os braços e as finanças públicas voltaram a criar enormes problemas. A disciplina do euro, furada pela própria Alemanha, não funcionou.
Agora muita gente parece desejar que o FMI venha aí impor medidas drásticas, que os nossos políticos não têm coragem para tomar. É uma forma deprimente de demissão nacional.
De facto, assim aconteceu com a vinda do FMI em 1978 e 1983. No fim da década de 90, o objectivo de entrar no primeiro grupo do euro (o que exigia uma défice abaixo de 3% do PIB) foi atingido, infelizmente graças ao aumento da receita fiscal provocada pela expansão económica desses anos e não pela redução da despesa.
Depois de entrar na moeda única, Portugal baixou os braços e as finanças públicas voltaram a criar enormes problemas. A disciplina do euro, furada pela própria Alemanha, não funcionou.
Agora muita gente parece desejar que o FMI venha aí impor medidas drásticas, que os nossos políticos não têm coragem para tomar. É uma forma deprimente de demissão nacional.