Entre os vários défices que aumentam a um ritmo exponencial todas as semanas, há um muito perigoso: o défice de bom senso, que tão depressa se apoderou da classe política dirigente do País.
É evidente que nesta novela de dramatização orçamental há muitos cálculos políticos a pensarem em eventuais eleições legislativas depois das presidenciais no próximo ano. O Governo não quer ficar com o exclusivo dos custos de um Orçamento que tem de cortar despesa e apertar ainda mais o cinto aos portugueses e, num jogo habilidoso, tenta agarrar o PSD para prolongar o pacto do PEC II. Mas quem perde neste jogo é Portugal. A percepção de não haver um Orçamento credível só aumenta o mau nome do País nos mercados financeiros. Cabe ao ministro das Finanças apresentar um Orçamento credível que sossegue os mercados.
Se Portugal não precisasse de recorrer a um ritmo quase semanal ao financiamento externo, até podia viver de duodécimos, sem Orçamento. Mas a realidade é bem diferente e, sem o dinheiro dos credores, o Estado não consegue honrar os compromissos. É por isso que a novela política do Orçamento pode acelerar um processo de bancarrota.
O Estado privatiza a Galp com emissão de obrigações convertíveis. E enquanto não entrega as acções paga juro de 5,25%. E os 885 milhões não chegam para abater dívida.
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