Ontem, a Europa respirou de alívio com o facto de Portugal ter conseguido colocar no mercado mais de milhões de euros em duas emissões obrigacionistas.
A pressão é tanta que o elevado preço que o Estado vai ter de pagar de juros até passou para segundo plano. Os contribuintes pagam cada vez mais caro a má fama de Portugal e dos outros países periféricos do Euro. A emissão a dez anos colocada ontem vai ter de pagar juros anuais de 5,973%. A anterior emissão pagava 5,32%. Face a emissões de Abril, a diferença é superior. Por cada milhão de euros colocado, o custo dos juros subiu 18 mil euros em apenas quatro meses. O problema é que o desequilíbrio das contas públicas torna obrigatório o uso recorrente aos mercados externos. Não é por acaso que a prioridade da visita de Teixeira dos Santos a Macau e a Hong Kong é aliciar os investidores orientais para comprarem dívida portuguesa.
Nos primeiros sete meses do ano, o aumento da dívida pública aproximou-se do ritmo de dois mil milhões de euros por mês. Alguém vai ter de pagar a conta. No próximo ano são cerca de 20 milhões de euros por dia de impostos que vão só para pagar os juros. Com uma economia anémica que só sobe ao ritmo de décimas, o peso da dívida e do défice constitui a espada de Dâmocles que paira sobre o País.
. O CONCEITO DE SERVIÇO PÚB...
. ENDIVIDAMENTO PÚBLICO E P...
. A SACRALIDADE DA PESSOA H...
. 200 000
. A VERDADE PODE SER DOLORO...
. IMAGINEM
. PORTUGAL, UM PAÍS DO ABSU...
. CIVILIZAÇÃO Pré-histórica...
. UMA SOCIEDADE SEM "EXTRAV...
. O POVOADO PRÉ-HISTÓRICO D...
. AS INTRIGAS NO BURGO (Vil...
. MANHOSICES COM POLVO, POT...
. NOTA PRÉVIA DE UM LIVRO Q...