Ficou evidente que Sócrates e o seu Governo vivem ou fingem viver num País real. Querem fazer acreditar aos portugueses que a sua gestão tomou este nosso comum recanto numa maravilha e utilizam a sabida expressão: "uma mentira repetida mil vezes transforma-se numa verdade". Mas a tal expressão hà que contrapor outra: " o rei vai nu". A partir deste grito, talvez todos venham a reconhecer a realidade, o que não queriam ou não podiam. Pois é: este é o Governo que nos coloca no fim da Europa, quando muitos países já estão a sair dessa crise financeira internacional e que nos continua a arrastar para o desemprego, para o agravamento da dívida ao estrangeiro e para o aumento da despesa pública, por muitos impostos que cobre. Este é o Governo que, em suma, nos leva a lado algum.
Mesmo quanto ao aumento enorme de incêndios este ano, devemos colocar-nos muitas interrogações. A resposta será para psicólogos, entre outros especialistas, mas não devemos estar muito longe da verdade se, como factor desencadeante, encontrarmos a crise social, o desemprego, a precariedade, a revolta, tudo praticado em cobardia, contra tudo e contra todos, sem que dêem a cara.
E continuando por este triste Verão político, na crise do Ministério Público parece evidente que os campos se clarificam: há, transversalmente, tanto entre os políticos como entre não políticos, quem queira um Ministério Público dependente, controlado. Porquê? Temem a sua independência, temem investigações até ao fim.
Na saúde, por entre um silêncio ensurdecedor, foi publicado no final de Julho um Decreto-lei que vai fazer com que muitos especialistas abandonem os Serviços de Urgência (SU). Medida inexplicável para quem diz defender o SNS. Agora saem médicos diferenciados! O Estado poupa uns euros. Os privados agradecem a chegada de mão-de-obra especializada e que rareia no mercado. Pois é, cidadãos de primeira, que recorrem aos médicos e instituições que querem porque podem pagar, e os de segunda, que esperam meses por consultas, consultam médicos de recurso, porque não têm médico de família e suportam horas de espera nos serviços de urgência.
E diz o Governo: "Defender o SNS e o Estado Social."
Que venha um Estado social justo e equitativo, mas não certamente com este Governo que, jurando-lhe amor, não tem cessado de o mutilar
Paula Teixeira da Cruz - Advogada
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