( ... ) Quando o FREEPORT já assumira grande importância e era um caso nacional, soube-se que Lopes da Mota, o representante de Portugal no EUROJUST, tinha feito pressões junto dos magistrados portugueses, invocando os nomes do ministro da Justiça e do primeiro-ministro, para o processo ser arquivado.
Era a sgunda tentativa para abafar o caso.
E aqui eu percebi que havia qualquer coisa escondida.
Se o tema era inóquo, como se justificava tantos cuidados?
Se tudo tinha sido legal, porque havia tanto medo?
Mas o freeport lá continuou a avançar – e na semana passada a Procuradoria anunciou a conclusão do processo, acusando dois indivíduos e ilibando José Sócrates.
O primeiro-ministro veio a público cantar vitória – e os seus apoiantes embandeiraram em arco: provava-se que Sócrates estava totalmente inocente!
Só que, no dia seguinte, o Público revelava que o caso tinha sido encerrado às três pancadas – e que todas as dúvidas que envolviam Sócrates se mantinham intactas.
Mais: os magistrados faziam questão de incluir no processo as 27 perguntas que não tinham tido ocasião de colocar ao primeiro-ministro – e que, no fundo, ficavam a pairar como outras tantas suspeitas.
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