Este lamentável lapso tem sido glosado por comentadores avulsos, nas televisões ou nos jornais. Em ano e meio não tiveram tempo? A risota é geral. Infelizmente, nada disto dá vontade de rir. Porque ‘falta de tempo’, no contexto do despacho, pode ser lida como uma metáfora assassina.
Quando os responsáveis pelo processo afirmam que não tiveram tempo, é legítimo concluir duas coisas. Em primeiro lugar, que as suspeitas sobre o primeiro--ministro no caso permanecem intactas. E, tal mais grave, que essas suspeitas só não foram investigadas a fundo porque a cúpula do Ministério Público não deixou.
Pior: o Ministério Público teria assim actuado para proteger indevidamente José Sócrates, amputando a investigação. Será isto verdade? Será isto mentira? Mistério. Mas, a ser verdade, não me lembro de uma acusação tão grave ao sistema judicial, vinda do interior desse sistema, desde o 25 de Abril. Cuidado, povo. Os regimes democráticos começam a ruir assim.
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