Ler ou ouvir Sócrates e o PS sobre o Estado Social não pode provocar mais do que uma enorme náusea ideológica (para quem teime em manter ideologia, ao contrário dos referidos). A propaganda é tanta, a mistificação é tal, que apenas peço ao leitor que se inquira sobre os factos e que tire as suas conclusões. Sobre o emprego, que nunca o número de desempregados foi tão elevado, não sofre contestação. O número de novos pobres aumentou exponencialmente. Por sua vez, o número de empresas que encerra por trimestre é aterrador. A classe média afunda.
Na Saúde, há cerca de um milhão de pessoas sem médico de família e o número de famílias a ter seguro de saúde subiu para 10%, demonstrando, claramente que, quem pode, recorre ao pagamento do seu bolso, numa "abdicação" forçada do que o Estado lhe oferece. Milhares de Portugueses têm subsistemas de saúde, como a ADSE, por exemplo. E a ADSE é um bom exemplo, porque quem tem ADSE tem liberdade de escolha e o Estado paga; a mesma liberdade de escolha que é negada à maioria dos Portugueses. O resto espera, espera, espera. Na Educação, a diminuição da qualidade de ensino é patente. O encerramento de escolas empobrece as regiões mais desfavorecidas e afasta os alunos das famílias. Os nossos melhores alunos procuram outros Países e muitos neles ficam.
Na Justiça, estamos falados: do aumento dos custos à conflitualidade com os Magistrados, sendo evidente a tentativa de politização constante (de forma directa ou indirecta), ao experimentalismo que gera insegurança e atraso na aplicação do Direito, para não falar na aberração que é a acção executiva... e a falta de especializações. Na Agricultura, olhem-se os campos, tantos que jazem abandonados, tendo nós de importar praticamente tudo o que consumimos. Nas Pescas, com a costa que temos, maltratam-se os pescadores e desperdiça-se a riqueza marítima e, claro, também aqui importamos.
No mercado das obras públicas, as empresas nacionais "competem" com empresas externas subsidiadas, sem que o Estado Português faça o que quer que seja.
Os impostos aumentam sem que, por contraponto, as despesas do Estado e os gastos sumptuários deixem de crescer… crescer… crescer. Como persiste esta muito pouco saudável convivência entre negócios públicos e privados. E atreve-se Sócrates a falar de ideologia. Só se for para provocar a mais profunda náusea ideológica, mas, repito, para quem ainda tem ideologia.
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