( ... ) Essa falta de um rumo também se nota nas pessoas. Observamos as pessoas nas ruas, nos supermercados, nos transportes públicos, e – vendo as suas expressões, o modo como se vestem e se comportam – temos essa mesma sensação de que há muita gente perdida, que anda à toa, sem objectivos.
Isso tem que ver com a situação do país, mas não só.
Sobretudo nos meios urbanos, a sociedade perdeu as referências que durante séculos apontavam aos cidadãos uma orientação e um destino.
Essas referências eram a religião católica, por um lado, e um conceito de família, por outro.
O catolicismo fornecia todo um programa de vida. Que não se limitava à orientação moral, embora esta fosse decisiva. A religião ia muito para além disso, enunciando regras básicas de convivência em sociedade – «não matarás, não roubarás, não cobiçarás a mulher do próximo» – e oferecendo às pessoas um destino, uma missão. A missão de cada ser humano era utilizar a sua passagem pela Terra para construir a ‘outra vida’ – a vida eterna. Por isso, era necessário praticar o bem, ajudar os outros, não pecar.
Quem acreditasse nisto – quem tivesse fé – tinha um sentido para a sua existência. Não andava cá ‘por andar’.
JAS - SOL
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