O Governo anda literalmente ‘aos papéis’.
Se isso só acontecesse com um ministro, dir-se-ia que a responsabilidade era dele.
Acontecendo com quase todos os ministros, a responsabilidade é da coordenação, da falta de orientação, da ausência de rumo.
O Governo nem sequer navega à vista, porque há muito que deixou de ver terra: está perdido no alto mar.
É já mais do que óbvio que José Sócrates não sabe governar em minoria.
Tendo um perfil autoritário, como se disse, perde-se quando tem de negociar: deixa de ser capaz de controlar a situação.
Assim sendo, de duas uma: ou caminhamos rapidamente para eleições ou o PS estabelece com outro partido (que pode ser o PSD ou o CDS) um acordo no Parlamento que dê ao Governo uma base estável.
Uma coligação é impossível, porque aí voltaríamos ao princípio: o primeiro-ministro teria de negociar permanentemente as medidas com o parceiro de Governo, e Sócrates não foi talhado para isso.
A negociação de um acordo entre grupos parlamentares, que garanta ao Executivo uma base maioritária, é pois, na actual conjuntura, a única solução viável.
Se isto não for possível, as eleições estarão ao virar da esquina.
Mas os dois maiores partidos, o PS e o PSD, farão tudo para as evitar.
O PS porque poderá perder o poder.
O PSD porque não quererá ir já para o poder.
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