Todos nós, em maior ou menor grau, temos o sentimento de que vivemos hoje num país sem rumo. Falta a Portugal um projecto, uma ideia integradora.
Defendo há anos que o mar – a ‘marca Atlântica’ – tem condições para ser o eixo dessa ideia.
O mar remete para quase tudo o que nos diz respeito: para a nossa história, para a nossa economia (através das pescas, dos transportes marítimos, dos portos, das indústrias ligadas à pesca, como as conservas), para o turismo (através das praias), para a diplomacia (através das relações que devemos privilegiar com os países de língua portuguesa), etc.
Ao cortarmos os laços com o mar a seguir ao 25 de Abril, voltando-lhe as costas e apostando tudo na Europa, interrompemos uma linha de continuidade. Uma linha que devemos retomar, para nos reencontrarmos connosco.
Essa falta de um rumo também se nota nas pessoas. Observamos as pessoas nas ruas, nos supermercados, nos transportes públicos, e – vendo as suas expressões, o modo como se vestem e se comportam – temos essa mesma sensação de que há muita gente perdida, que anda à toa, sem objectivos.
Isso tem que ver com a situação do país, mas não só.
Sobretudo nos meios urbanos, a sociedade perdeu as referências que durante séculos apontavam aos cidadãos uma orientação e um destino.
Essas referências eram a religião católica, por um lado, e um conceito de família, por outro. ( ... )
JAS - SOL
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