Há um ano, José Sócrates prometeu com pompa e entusiasmo um cheque de 200 euros para uma conta-poupança oferecida aos bebés.
Se alguém decidiu ter filhos por causa da promessa tem razões para se sentir defraudado com o primeiro-ministro, porque, quase 12 meses depois, a lei que cria o bónus para a natalidade ainda não existe. A promessa de Sócrates não foi sobre um assunto abstracto ou dita de forma tão vaga que os cidadãos pensassem que um ano depois ainda não estaria de pé. Foi uma promessa concreta, com objecto e valores definidos. Este caso é paradigmático de uma maneira de fazer política virtual, interessada apenas na propaganda.
E Portugal bem precisava de políticas de incentivo à natalidade, se bem que o apoio a creches e infantários seria mais importante do que o cheque de 200 euros. Neste país já nascem menos de cem mil bebés por ano, quando o necessário para manter a renovação das gerações seria 160 mil novas crianças.
Mesmo com a oferta dos 200 euros, que paga cerca de quatro meses de fraldas, os recém-nascidos já nascem a assumir uma conta pesada, porque cada novo cidadão português é responsável pelo pagamento de dívida pública, que já é de 10 400 euros per capita. E a dívida, ao contrário das promessas de Sócrates, tem mesmo de ser paga.
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