Quinta-feira, 5 de Fevereiro de 2009

SÓ MAIS ESTE

SENHOR MINISTRO SANTOS SILVA : O INE deixou de colaborar com as estatísticas que não interessam !

Comunidades

   Portugal continua a ser um país de emigrantes
Terça-Feira, 18 Março de 2008

Portugal tem a sétima maior comunidade de emigrantes no mundo. Dados revelados pela investigadora Helena Rato negam a ideia de que Portugal deixou de ser um país de emigrantes.

Segundo dados estatísticos nacionais e internacionais, Portugal tem a sétima maior comunidade de emigrantes no mundo. No âmbito do "Colóquio sobre as políticas para a juventude, cultura e associativismo nas comunidades portuguesas", foram apresentados na Universidade Lusófona dados estatísticos das comunidades portuguesas, com base em dados públicos do Instituto Nacional de Estatística (INE), da Organização da Cooperação para o Desenvolvimento Económico (OCDE) e das Nações Unidas. Segundo Ana Cristina Ribeiro, da Direcção Geral dos Assuntos Consulares e Comunidades Portuguesas, dados da OCDE publicados em 2007 evidenciam Espanha e Suíça como os maiores destinos de emigração portuguesa nos últimos anos. "Com 1.049.500 emigrantes portugueses no mundo, Portugal possui a sétima maior comunidade do mundo", afirmou.

Quanto aos países de destino, os dados entre 2003 e 2006 revelam um aumento significativo de emigrantes portugueses a deslocarem-se para a Suíça e para a Espanha. A França, o Reino Unido e o Luxemburgo são outros destinos frequentes da emigração portuguesa.

Entretanto, a investigadora Helena Rato, do Instituto Nacional de Administração, divulgou dados que indicam que, por cada 15 novos imigrantes que chegam a Portugal, há 100 portugueses que saem para trabalhar no estrangeiro. Segundo a investigadora, esta informação contradiz a noção de que Portugal há muito deixara de ser um país de emigrantes.

Na realidade, defende, "o panorama antigo continua a ser muito actual".

A informação divulgada indica também que, destes "novos emigrantes", uma "percentagem ínfima" é de trabalhadores qualificados, e que a maioria vai para Espanha e para o Reino Unido.

Adicionalmente, "a informação disponível permite estabelecer o seguinte diagnóstico: verifica-se uma tendência ao aumento da população emigrante com menos de 29 anos de idade, enquanto que o ritmo de emigração da população mais velha tende a manter-se constante; a taxa de crescimento da emigração permanente é superior à da emigração temporária; na emigração permanente verifica-se uma quase paridade entre os dois sexos, enquanto que a emigração temporária permanece essencialmente masculida; a emigração de trabalhadores qualificados tende a crescer mais do que a dos trabalhadores não qualificados."

Estes dados foram publicados pela doutora Helena Rato num artigo publicado no anuário ‘Janus2008'.

 

INE não publica dados

 

Ainda assim, esta nova rea-lidade permanece pouco estudada. Ao Emigrante/Mundo Português, Helena Rato sublinhou que desde 2003 que o Instituto Nacional de Estatística terá deixado de fazer inquéritos e de recolher dados sobre o assunto. Mafalda Durão Ferreira, ex-subdirectora-geral dos Assuntos Parlamentares, afirma que a inexistência de números reais sobre a emigração "alivia as estatísticas do desemprego".

Como noticiámos na última edição do jornal, o Governo prometeu para breve a criação de um Observatório da Emigração. O Observatório irá revelar dados estatísticos sobre as comunida-des portuguesas no estrangeiro, congregando entidades estatais que produzem estudos estatísticos e académicos

 

publicado por luzdequeijas às 16:54
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2 comentários:
De Zé da Burra o Alentejano a 9 de Fevereiro de 2009 às 16:18
As estatísticas, essas há-as para todos os gostos. Há quem se refira a elas a torto e a direito, principalmente os políticos quando querem provar o valor das suas decisões. Mas as estatísticas respondem conforme a conveniência desde que haja a habilidade suficiente para preparar os questionários mais adequados que lhes servem de base.

A "Média" é muito utilizada para demonstrar uma realidade que pode não existir. O seu cálculo é muito simples: somam-se os valores de cada uma das ocorrências (rendimentos, anos de escolaridade, esperança de vida, número de pães comidos, etc) e divide-se pelo o número total de ocorrências.

Exemplo 1 - Num grupo de 10 pessoas: 9 ganham 100€ e 1 ganha 100.000€. Concluímos ganham uma média de 10.090€ cada uma. Nada mau!

Exemplo 2 – Num grupo de 100 pessoas: 80 não têm acesso à saúde preventiva e mesmo em situações agudas têm extrema dificuldade de aceder aos cuidados de saúde, mas as outras 20, de um grupo privilegiado, fazem “check up’s” regulares e saúde preventiva; aos primeiros sinais de doença são rapidamente assistidos no hospital, em casa ou vão ao estrangeiro. A “esperança de vida” destes 20 é muito superior à dos outros 80. Assim, poderão obter-se valores médios de esperança de vida muito bons que nada têm que ver com os 80% de desfavorecidos.

Exemplo 3 – Num país os alunos têm uma escolaridade obrigatória de 6 anos e transitam de ano apenas à medida que os conhecimentos adquiridos são comprovados em exame sério e exigente; Noutro país os alunos têm uma escolaridade obrigatória de 12 anos mas transitam automaticamente de ano e ao fim de 12 anos de escolaridade todos possuem o 12º ano. Quando as estatísticas forem confrontadas os últimos parecem melhor habilitados, mas será que é verdade? São realidades que não podem ser comparadas. Se queremos mostrar sucesso no nosso sistema de ensino e dizer ao mundo que temos uma população com alto nível de escolarização? Então o melhor será optar-se pelo 2o caso, embora haja inconvenientes: temos um sistema desmotivador, que não selecciona os melhores, que cria apenas gente incapaz e incompetente. Nem será o ambiente mais adequado para os mais empenhados e inteligentes porque não motiva o estudo.

Exemplo 4 – Se quisermos fazer uma estatística sobre o desemprego obteremos resultados diferentes: 1º caso) se considerarmos como desempregados todos os indivíduos adultos que não estando doentes não trabalham nem estão em formação; 2º caso) se considerarmos apenas como desempregados os indivíduos adultos que não estando doentes não trabalham nem estão em formação mas que estão inscritos nos Centros de Desemprego. Este número é menor e vai apresentar um número menor de desempregados. Se para ser considerado desempregado a inscrição tiver que ser validada regularmente, quanto menor for o prazo, menor será o número de desempregados. Temos resultados diferentes para uma mesma realidade.

As estatísticas valem o que valem e desconfio muitas delas.

Zé da Burra o Alentejano


De luzdequeijas a 20 de Fevereiro de 2009 às 12:34
Na generalidade concordo com o que está escrito. Todavia, as estatísticas oficiais, pagas por todos nós, têm que ser isentas e revelarem transparência total, indicando sempre as condições em que foram feitas.As sondagens também, porque sente-se haver muitas encomenmdadas.


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