A dança prometia mas o par não resistiu aos primeiros passos. Sócrates e Passos Coelho desfizeram a dupla do tango e não voltarão a roçar a perna. Passos Coelho, depois de uma acção de boa vontade imposta pela crise, cedo percebeu que não tinha condições para continuar a dialogar e que se arriscava a morrer no canto da sereia de S. Bento.
Agora é simples: o PSD atingiu a sua quota máxima de colaboração com o Governo e daqui para a frente vai deixá-lo a fritar no lume da crise e da sua própria desorientação política. Os factos dos últimos dias são desastrosos. Vimos um Governo a tropeçar em si próprio, a não acertar com o momento de entrada em vigor da mais importante lei dos últimos anos, a comunicar uma intranquilidade absoluta quanto à capacidade que lhe falta para enfrentar a crise, quando deveria ser um estandarte de confiança.
É um Governo que pede sacrifícios aos portugueses sem sequer lhes garantir que é capaz de manter o rumo por dois dias... Passos Coelho vai, por isso, limitar-se a esperar que o fruto caia maduro e preparar-se para ser primeiro-ministro. Pode ser já, se a degradação for insuportável para o País, mas, de preferência, após as presidenciais e, sobretudo, após um mortal Orçamento para 2011 assinado por Sócrates. O tango é uma música de paixão e morte. Neste caso, nunca foi paixão mas morte há-de haver uma...
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