O associativismo, tem de ser obra de gente dotada de caráter e génio bastante, para fazer nascer, progredir e manter espaços fora da política mas ao serviço das populações, nomeadamente das mais desfavorecidas.
É dado adquirido que algum poder política passa pelos partidos, governos e outras organizações previstas na Constituição Política, não todo. Felizmente. A “Sociedade Civil” pode e deve deter uma parte desse todo, se perceber que o deve agarrar. Segundo acreditados estudiosos desta matéria, as estruturas mediadoras da sociedade civil são essenciais para a vitalidade de uma sociedade democrática.
Em livro publicado, Dahrendorf associou a sociedade civil a grupos de ativistas ao serviço das ONG, e definiu estas como a totalidade das organizações e instituições cívicas voluntárias que formam a base de uma sociedade em funcionamento, por oposição às estruturas apoiadas pela força de um Estado (independentemente do seu sistema político). São, ainda estas organizações, também conhecidas por pelotões, que englobam “associações voluntárias em geral, clubes, bombeiros, corporações” e muitas outras instituições civis. Podem e devem ainda englobar as famílias, a vizinhança e as igrejas.
Por sina ou outras artes mágicas, infelizmente, tudo isto no meu país está, de todo, desvirtuado! Falemos de “capelinhas” que, não cobertas pela legalidade, transformam e devastam este pulmão que devia arejar e alimentar o povo mais necessitado. Pois é, este é um país minado por “capelinhas “. E por regras que a maioria do povo desconhece! Neste país, é muito complicado que um cidadão ou grupo de cidadãos, possam manter, desenvolver e acarinhar um qualquer projeto associativo que eles próprios tenham sonhado! Forças entrosadas, acham que tal sonho só pode existir se, tal dama casadoira, tiver por contrato três ou quatro maridos. E a cada dois anos, seria um a mandar lá em casa! Mesmo sem aliança de casamento!
Acresce, ainda, que qualquer pedido de apoio governamental ou autárquico, transforma-se logo num pedido armadilhado. Antes do subsídio, que na maioria dos casos não vem, surgem pressões de toda a ordem. É preciso manter a família de quatro maridos, mesmo quando as leis vigentes, chamam a isso “adultério”. Esta realidade, porém, esconde interesses políticos não válidos ou invejas pessoais de baixa estirpe. De facto, torna-se necessário dinamizar todas as iniciativas que indivíduos, ou grupos de indivíduos, tenham levado a cabo e que enriqueçam a vida dos cidadãos ou mesmo os fluxos turísticos. É este espirito massificador, castrador e unificador, muitas vezes canhestro e arrogante, que impera em cima de tudo que cheira a criatividade pura!
Quando é que os eleitos em nome do povo, resolvem respeitar os interesses desse mesmo povo? Quando é que tais eleitos em nome do povo resolvem deixar de impor “cânones” que nada têm que ver com o povo que os elegeu? E, por fim, demonstrar, sem paternalismos, uma vontade forte de ajudar a melhorar, sem interferir com a autonomia e o orgulho de quem está disposto a fazer.
. O CONCEITO DE SERVIÇO PÚB...
. ENDIVIDAMENTO PÚBLICO E P...
. A SACRALIDADE DA PESSOA H...
. 200 000
. A VERDADE PODE SER DOLORO...
. IMAGINEM
. PORTUGAL, UM PAÍS DO ABSU...
. CIVILIZAÇÃO Pré-histórica...
. UMA SOCIEDADE SEM "EXTRAV...
. O POVOADO PRÉ-HISTÓRICO D...
. AS INTRIGAS NO BURGO (Vil...
. MANHOSICES COM POLVO, POT...
. NOTA PRÉVIA DE UM LIVRO Q...