A presidente social-democrata comentava o Boletim de Execução Orçamental de Maio, que revela que o Estado arrecadou nos primeiros cinco meses de 2009 menos 20,7 por cento que em igual período de 2008. 'Quando ela [a consolidação orçamental] se faz através da receita, não é uma consolidação duradoura, é momentânea. E está simplesmente a acontecer aquilo que já se tinha previsto', concluiu Ferreira Leite. No encontro à porta fechada em que participaram Daniel Bessa, na qualidade de presidente da COTEC Portugal, a líder do PSD tomou notas dos problemas das PME´S e terá avisado, mais uma vez, que não iria apresentar propostas no programa eleitoral que não pudesse cumprir. No rescaldo do conselho nacional, realizado segunda-feira à noite, onde a palavra de ordem foi 'renovação' e se destacou a necessidade de delinear uma estratégia de 'política de verdade' sem euforias pelos resultados nas europeias, Ferreira Leite não deu qualquer sinal sobre coligações pós-eleitorais em caso de vitória em maioria relativa. Sem a presença de Paulo Rangel, cabeça-de-lista às europeias, que se encontra em Bruxelas, os discursos mais ouvidos, a seguir ao da líder, foram os de Pedro Passos Coelho e António Capucho. A dúvida, agora, é saber se Ferreira Leite integrará ou não Passos Coelho nas listas. Havendo a possibilidade de o seu nome ser proposto pelo distrito de Vila Real, cabe à presidente social-democrata aprovar ou vetar o seu nome. E ninguém arrisca a sua decisão uma vez que não deu qualquer sinal. Passos Coelho mantém as divergências no partido, mas está disponível para ser deputado. Ontem à noite, reconheceu que o processo de formação das listas não será 'inteiramente pacífico', mas que 'ninguém no PSD vai ficar agarrado ao lugar'. Depois insistiu que o desejável para o partido é a maioria absoluta, ainda que não a tenha pedido. O antigo líder da JSD sublinhou, apenas, que os sociais-democratas devem lutar por uma 'maioria o mais confortável' possível. Já António Capucho pediu unidade interna. As referências a uma vitória do PSD sem maioria absoluta foram feitas por alguns conselheiros pedindo que se governe em minoria sem coligação com o CDS. Isto num cenário em que os sociais-democratas ganhem as Legislativas. A direcção do partido nada diz, a não ser que o PSD vai sózinho a eleições. O que subentende que PPM e MPT fiquem pelo caminho no capítulo de coligações pré-eleitorais. Aliás, o facto dos dois partidos terem quatro deputados na bancada há muito que gerava algum mal-estar entre parlamentares. Mas Ferreira Leite apenas disse esta terça-feira que nada foi decidido. Dentro do PSD parece ganhar força a tese de que os sociais-democratas farão o discurso de campanha de que por um voto se ganha, por um voto se perde, apontando caminho a um quadro de governo minoritário se vencerem as legislativas. O próximo conselho nacional será, com certeza, bem diferente do dia 22 de Junho. Até ao final de Julho deverá ter lugar outro para aprovar listas e programa eleitoral. Na próxima Legislatura a bancada do PSD será bem diferente da actual. Manuela Ferreira Leite
"Quebra de receitas era previsível"
A líder do PSD, Manuela Ferreira Leite, afirmou esta terça-feira que a quebra de receitas do Estado era prevísivel. "Há muito tempo que dizíamos que a evolução normal da actividade económica tem consequências na receita. É esse o motivo pelo qual, quando há uma consolidação pelo lado da receita e não pelo lado da despesa, evidentemente que sempre que há uma quebra o problema retoma", declarou aos jornalistas a meio de uma sessão do Fórum Portugal de Verdade dedicado às Pequenas e Médias Empresas.
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